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Projeto Integrado

de Segurança em
Ambientes Laborais
Material Teórico
Programa de Prevenção de Riscos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Solange de Fátima Azevedo Dias

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Programa de Prevenção de Riscos

• Introdução;
• PPRA – NR-9;
• O Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional – PCMSO- NR-7;
• Programa de Gerenciamento
de Risco (PCMSO) – NR - 22 – Mineração;
• PPRPS – NR-12;
• O PPEOB- NR 15 - Atividades e Operações Insalubres;
• PPRMIP – NR-12 – Anexo III;
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
em Galvanoplastia (PPRAG);
• Programa de Prevenção de Acidentes com Materiais
Perfurocortantes em Serviços de Saúde (PPAMPSS).

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer todos os programas específicos;
· Interpretar as NRs específicas;
· Conhecer os riscos e como evitá-los.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

Introdução
A Organização Mundial da Saúde define que Saúde Ocupacional tem como ob-
jetivo “promover a melhoria das condições de trabalho e outros aspectos de higie-
ne ambiental”. A Higiene Ambiental é um conceito relacionado com a preservação
das condições sanitárias do meio ambiente, de forma a impedir que este prejudique
a saúde do homem, como os agentes químicos, físicos e biológicos.

Para evitar que esses agentes possam prejudicar a saúde do trabalhador, existem
programas, instruções, laudos e outros que auxiliam no entendimento da saúde
ocupacional. São eles:
• PCMSO;
• PPRA;
• PCMAT;
• PPR;
• LTCAT;
• EPCA.

PPRA – NR-9
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais tem como principal objetivo a “pre-
servação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reco-
nhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais” (BRASIL, 2016, p. 144).

O PPRA é de responsabilidade do empregador, mas deve ser desenvolvido con-


juntamente com os trabalhadores e ter como objetivo principal ações que pro-
movem e preservam a saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o
PCMSO (BRASIL, 2016, P. 144). Portanto, ambos andam de mãos dadas para
ser completo. O PPRA, via de regra, é elaborado, implementado, acompanhado e
avaliado pelo engenheiro/técnico de segurança do trabalho.

As etapas de construção do PPRA estão descritos no Esquema 1.


• PPRA – Esquema 1.
1. É necessário, para se elaborar o PPRA, que seja planejado anualmente ou
sempre que houver necessidade de alguma alteração ou inclusão de metas,
apresentados e discutidos com a CIPA;
2. As estratégias e metodologias de ação devem ser claras, objetivos e exequíveis;
3. Todos os planos devem ser registrados em livro ou planilha própria, ou
seja, precisa ser documentado e disponibilizado aos responsáveis legais;

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4. Os objetivos, estratégias de execução, ações, responsabilidades e resultados
devem ser divulgados em local específico, de forma que todos os envolvidos
tenham acesso. A divulgação de resultados ou qualquer alteração/inclusão
de dados devem periodicamente ser expostos;
5. Deve ser elaborado também as prioridades imediatas, a médio e longo
prazos, e o cronograma de ações (BRASIL, 2016, p. 144-145).

(1) Planejamento
anual com
estabelecimento
de metas

(5) Prioridades e (2) Estratégia e


cronograma metodologia de
ação
PPRA

(4) Manutenção e
divulgação dos (3) Forma do
dados, registro
periodicidade

Figura 1 – Etapas de elaboração do PPRA


Fonte: Acervo do Conteudista

O PPRA é um programa completo e amplo das empresas no campo da preser-


vação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com
o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na NR-7 (BRASIL, 2016, p. 144).

O PPRA não se limita apenas ao cumprimento da legislação e sim a apresentar


sugestões e recomendações técnicas adequadas ao ambiente de trabalho, tornando-o
mais adequado ao desenvolvimento de atividades laborais. Deve cumprir seu maior ob-
jetivo na prevenção de acidentes e as consequências destes (BRASIL, 2016, P. 145).

O Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional – PCMSO- NR-7
A norma regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece
a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os emprega-
dores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores (BRASIL, 2016, p. 127).

O PCMSO, estabelece que devem ser realizados exames médicos admissionais,


periódicos, de retorno ao trabalho, quando o trabalhador foi afastado, por mudança
de função ou quando um trabalhador é demitido.

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

O PCMSO tem que ser realizado com trabalhadores de qualquer tipo de empresa
e qualquer número de funcionários, mesmo que seja somente um, como o próprio
dono da mesma (INBEP, 2017).

Para explicitar a elaboração de um PCMSO, passaremos as etapas e um modelo


genérico do programa.

Responsabilidades
DO EMPREGADOR
a) Facilitar a elaboração e implementação do PCMSO;
b) Todos os custos relacionados ao PCMSO são de obrigação do empregador;
c) Indicar os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Se-
gurança e Medicina do Trabalho – SESMT da empresa, um coordena-
dor (MC) ou médico do trabalho (MT) responsável pela execução do
PCMSO (BRASIL, 2016, p.127).

Compete ao MC/ MT
a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1;
b) se encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros
e anexos desta NR profissionais e/ou entidades devidamente capacita-
dos, equipados e qualificados (p.128, itens 7.3.2 de a) e b)).
c) fazer uma avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame
físico e mental, e exames complementares (p. 128).

Na Tabela 1 estão descritos quando devem ser os exames:


Tabela 1 – Período de exames médicos
Tipo de exame Quando
Admissional Antes de assumir as atividades na empresa.
Anual: para menores de 18 anos e maiores de 45 anos;
Periódico
A cada 2 anos: para maiores de 18 anos e para menor de 45 anos.
De retorno ao trabalho 1º dia de trabalho.
Mudança de função Antes da data da mudança.
Demissional Até a data prevista da homologação.
Exceção: caso o trabalhador correr risco de grau 1, o exame médico deverá ser semestral.
Fonte: Elaborado pelo autor

Para mais informações sobre exames obrigatórios, proteção, primeiros socorros, avaliação
Explor

de riscos, programa de controle e relatório anual de saúde, ver: NR-7, p. 147 a 142

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PCMAT - NR 18
O PCMAT é um programa que estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento e de organização, que objetivam a implantação de medidas de con-
trole e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na Indústria da Construção (BRASIL, 2016, P.408).

Este programa direciona várias medidas de segurança no trabalho desde o início de


uma obra até o final, evitando o máximo possível que aconteçam acidentes ocupacionais.

Como a NR-18 tem setenta páginas, faremos uma tabela resumo explicativa,
Tabela 2.
Tabela 2 – Resumo e ilustração da NR-18
Temas importantes Ações
Responsabilidade de
Somente o Engenheiro de Segurança do Trabalho legalmente habilitado.
elaboração.
Atividades de: Demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral;
Tipos de serviços Manutenção de obras de urbanização e paisagismo;
Qualquer número de pavimentos ou tipo de construção.
a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em
consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra;
c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
Documentos anexos d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade com as
do PCMAT etapas de execução da obra;
e) Layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive,
previsão de dimensionamento das áreas de vivência;
f) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com
sua carga horária (BRASIL, 2016, p. 409 a 410).
a) Instalações sanitárias;
b) Vestiário;
c) Alojamento*;
d) Local de refeições;
e) Cozinha, quando houver preparo de refeições;
Áreas previstas f) Lavanderia*;
na NR da obra g) Área de lazer*;
h) Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores.
i) Uso de contêineres**
*Somente quando os trabalhadores ficarem alojados nas obras. (NR-18, p 410).
**Somente com uso temporário e atendendo as especificações da NR-18.4.1.3 a alínea e), p. 410.
1.Todos os empregados devem receber treinamentos admissional: específico para o tipo de trabalho;
Treinamento dos carga mínima de seis horas dentro do horário de trabalho.
trabalhadores da
Os treinamentos devem abordar como utilizar EPIs e EPC (coletivo)
construção civil
2. periódico: sempre que necessário ou ao início de cada nova fase da obra.
A NR-18 é extremamente abrangente, assim como as especificidades de canteiros de obra da construção civil,
portanto, as demais instruções, orientações e legislação federal, estadual e municipal e também de outras
Observação NRs, devem ser incorporadas à NR-18 e obedecidas as normas de segurança aplicáveis.
(Brasil, p. 408 a 481-adapatado).
Ao lado, tem-se um resumo de todas as NRs.
Fonte: Elaborada pelo autor, baseado na NR-18, p. 410 a 481

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

Programa de Gerenciamento de Risco


(PCMSO) – NR - 22 – Mineração
O Programa de Gerenciamento de Riscos tem como objetivo buscar a preservação
da vida e evitar danos físicos e psíquicos às pessoas, além de propiciar o controle
de agentes ambientais e preservar os recursos naturais.

A NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração (2002), graças ao au-


mento de demanda de brita na construção civil e, consequentemente, o crescimen-
to do número de acidentes nas mineradoras, passou a ser obrigatória, a partir da
identificação e controle dos riscos. No caso das mineradoras, foi extinto o PPRA e
a obrigatoriedade de criar e implementar o Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional (PCMSO).

Na atividade de mineração de pedra britada, os principais riscos aos quais os


trabalhadores estão expostos são:
1. Atmosferas explosivas (agentes explosivos utilizados para diminuir o tama-
nho da pedra), com isso ocorre:
a) Deficiência de oxigênio na atmosfera da mineradora.
2. Equipamento de proteção individual de uso obrigatório, exclusivos para o
trabalhador de mineração:
a) máscaras respiratórias (para não inspirar poeira);
b) protetores auriculares (evitar ruídos de explosão, máquinas, motores e
outros);
c) óculos de proteção (para proteger os olhos contra estilhaços, pedras e
poeira);
d) máscara de solda (garantir segurança contra irradiações);
e) capacete, calçados e luvas (proteção).
3. Ergonomia e organização do trabalho (cadeiras e poltronas de caminhões
e máquinas adequados ao tamanho do operador para evitar problemas
posturais e organização do trabalho para evitar acidentes com o conjunto
de ações de uma mineradora).
4. Estabilidade do maciço* (as rochas devem estar estavelmente compactas
para evitar deslizamentos).
5. Introdução de novas tecnologias (utilizar processos modernos de extração
de minerais sem riscos aos trabalhadores e meio ambiente).
6. Investigação e análise de acidentes do trabalho (promover estudos que
levem a descobrir o porquê dos acidentes).
7. Plano de emergência (implantar em casos de acidentes).

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8. Proteção respiratória (dar e fiscalizar o uso).
9. Riscos decorrentes do trabalho em altura, profundidade e espaços confina-
dos (orientar, sinalizar, monitorar os possíveis riscos).
10. Riscos físicos, químicos e biológicos (implantar sistemas de monitoramento
e fiscalização de riscos).
11. Ventilação (implantar sistemas de ventilação adequada no interior de
minas) (NR-22 adaptado).

Os problemas causados por trabalho em mineração são bem específicos e po-


dem causar alguns tipos de doenças. A Tabela 3 descreve os principais tipos de
agentes causadores dessas doenças e os agentes causadores. Os maiores proble-
mas para os trabalhadores são causados pelas explosões e perfurações, manuseio
e transporte de britas nas minas. As explosões podem causar problemas no sistema
auditivo, com elas, o pó, poeiras, névoas e fumos podem causar problemas respi-
ratórios, diminuindo a resistência física do trabalhador, levando-o a problemas de
saúde física e mental.

As máquinas perfuradoras, caminhões, tratores, máquinas soldadoras são de grande


porte, ocasionando problemas com ruído, calor, irradiação e outras. O local da minerado-
ra é de alto risco de intoxicações e acidentes de trabalho, graças ao material manu-
seado e às máquinas e caminhões que circulam pela área de trabalho. A Tabela 3
demonstra alguns tipos de riscos ao homem e ao ambiente causados pela atividade
de mineração.
Tabela 3 – Agentes causadores de doenças
Agentes Possíveis consequências Agente causador
Físicos: Temperaturas extremas Desidratação. Motores das máquinas.
Acidentes;
Desequilíbrio;
Dores de cabeça;
Ruído e vibrações Máquinas perfuradoras e explosões.
Problemas psicológicos.
Surdes;
Tonturas.
Poeiras de óxido de sílica formado pela
Químicos Intoxicações. penetração de brocas para perfurar a rocha.
Tráfico de caminhos no ambiente da mina.
Alterações fisiológicas;
Radiação ionizante e não ionizante Proveniente de soldas elétricas.
Cegueira.
Embolia;
Pressões anormais agentes Distúrbios fisiológicos; Em mineração no subsolo da mina.
Efeitos psicológicos.
Doenças;
Vírus ou bactérias presentes no ambiente
Agentes biológicos Infecto contagiosas;
de trabalho.
Dermatoses.
Doenças do aparelho respiratório;
Poeiras minerais Brocas e tráfico de caminhões.
Dermatoses.
Fonte: Elaborada pelo autor

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

Para a elaboração do PGR, a empresa mineradora deve utilizar as informações


da CIPA local, acompanhar, monitorar e avaliar os fatores de risco e da exposição
dos trabalhadores, registrar os dados coletados periodicamente e arquivá-los por
pelo menos vinte anos. A Figura 2, demonstra uma área de mineração- transporte
de minerais e, a Figura 3, ilustra um *maciço, área segura para a atividade humana.

Figura 2 – Caminhão transportando minério


Fonte: iStock/Getty Images

Figura 3 – Maciço* (área segura para executar o trabalho).


Fonte: iStock/Getty Images

PPRPS – NR-12
O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares é regulamentado
pela NR-12, tem como objetivo proteger a saúde do trabalhador e propor medidas
de segurança que devem ser implementadas em atividades que envolvam prensas
e equipamentos similares.

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A NR-12 dispões também sobre a fabricação, importação, comercialização, ex-
posição e cessão de máquinas e equipamentos novos e usados. Essas máquinas
podem ser:
• Martelos de queda;
• Martelos pneumáticos;
• Marteletes;
• Dobradeiras;
• Recalcadoras;
• Guilhotinas, tesouras e cisalhadoras;
• Prensas de compactação e modelagem;
• Dispositivos hidráulicos e pneumáticos;
• Endireitadeiras;
• Prensas enfardadeiras;
• Outras máquinas similares.

O Trabalhador ou operador que executa atividades com as máquinas citadas


deve adotar todas as medidas específicas de proteção e ser coordenado por um
engenheiro de segurança do trabalho, documentado conforme manda a legislação,
de forma a atender ao princípio da falha segura.

A falha segura parte do princípio que toda máquina, nova ou usada, pode em
algum momento de sua utilização “falhar”, portanto, a empresa e o trabalhador devem
propor medidas de prevenção de acidentes individuais, coletivos, administrativos
e organizacionais. No local de instalação de máquinas ou equipamentos que diz
respeito a NR-12, deve ser devidamente demarcadas e as demais NRs afins devem
ser obedecidas. A Figura 4 demostra alguns tipos de máquinas e equipamentos.

Figura 4 – Máquinas e ferramentas


Fonte: iStock/Getty Images

Para o trabalhador ou operador de máquinas, os treinamentos são específicos


para cada tipo de equipamento.

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

O PPEOB- NR 15 - Atividades
e Operações Insalubres
ANEXO XIII-A
O Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno (PPEOB)
tem como objetivo antecipar, reconhecer e avaliar as ocorrências de exposição ao
Benzeno que existam ou venham a existir no ambiente de trabalho.

O benzeno é um líquido incolor ou levemente amarelado, altamente inflamável,


evapora no ar rapidamente e, devido às propriedades químicas e físicas, é muito
utilizado na fabricação de solvente nas indústrias farmacêuticas e químicas. É utili-
zado na fabricação der corantes, detergentes, borrachas, lubrificantes, pesticidas e
é uma substância que faz parte da composição da gasolina.

Em postos de gasolina, o problema é muito sério, pois como o combustível é alta-


mente volátil, os vapores que passam para o ar, durante o manuseio do combustível,
contêm o benzeno. Dado o problema, os postos de combustíveis devem adotar me-
didas específicas de segurança para trabalhadores e do ambiente de trabalho, como:
• Instalação de recuperação de vapores nas bombas;
• Bombas de injeção de combustível com trava de segurança para não haver
derramamento de combustível na mão do frentista e ambiente;
• Usar uniforme sempre limpo;
• Fazer exames de sangue semestralmente em todos os funcionários de postos
de combustível, inclusive os lavadores de veículos;
• Utilizar todos os EPIs constante na legislação em vigor.

Por ser altamente tóxico, pode ter a ocorrência de câncer e atacar o sistema
nervoso central, além de causar anemia, leucemia e outras doenças.

O PPEOB
1. Aplicabilidade
»» O anexo 13-A se aplica a todas as empresas que fabricam, armazenam,
transportam ou utilizam o benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um
por cento) ou mais de volume, além daquelas que forem contratadas para
exercer uma das atividades citadas.
2. PPEOB - elaboração
»» Deve ser elaborado por um funcionário de cargo não menor do que a de gerên-
cia e este deve indicar um responsável pelo Programa, que terá a função de re-
presentar a empresa junto aos órgãos públicos, às representações dos trabalha-

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dores específicas para o benzeno e ao sindicato profissional da categoria. Para
a elaboração do programa deve obedecer a NR-9; com as demais informações
sobre as instalações, armazenamento e concentrações do solvente.
Este é um programa complexo, pois como o trabalhador não pode ficar
exposto ao solvente, todas as precauções na área de produção, manuseio de
embalagens, transporte e utilização em processos como matéria prima são
rigorosamente controlados.
3. EPIs
» Não há limites de exposição ao “benzeno”, portanto, o trabalhador não pode
ficar exposto ao solvente mesmo em mínimas concentrações.

PPRMIP – NR-12 – Anexo III


O Programa de Proteção de Máquinas Injetoras e Plástico (PPRMIP) tem como
objetivos proteger os profissionais que trabalham com máquinas deste tipo de
serviço. Essas máquinas executam atividades com altas velocidades e temperaturas
para fabricar peças, aparelhos, utensílios, ferramentas e muitos outros materiais
de uso doméstico e industrial. Elas têm a função de aquecer o material derivado
de petróleo em produtos manufaturados, através do derretimento e moldagem da
matéria prima, chamada de polímero.

A NR-12 prevê, como forma de proteção e segurança aos trabalhadores de má-


quina de injeção, que as partes móveis da máquina tenham uma trava que impeça
o fechamento acidental dos moldes e auto teste com rearme manual; dispositivo de
segurança ligado a CLP de segurança com software instalado que garanta a sua efi-
cácia, de forma a reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha
humana, em seu projeto, com sistema de verificação de conformidade, a fim de evitar
o comprometimento de qualquer função relativa à segurança, bem como não permi-
tir a alteração do software básico pelo usuário, conforme o item 4.1.2 da convenção
coletiva de trabalho de segurança em máquinas injetoras de plásticos 2008/2010.
Explor

Confira um exemplo de máquina injetora de plástico no link: https://goo.gl/omrD8J.

Os Riscos na Máquina Injetora podem ser:


• Riscos Mecânicos;
• Riscos Elétricos;
• Riscos Térmicos;
• Riscos Químicos;
• Riscos Gerados por Ruído;
• Riscos de Queda.

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais em Galvanoplastia (PPRAG)
Os riscos a que os trabalhadores de galvanoplastia estão sujeitos são os agentes
químicos e as substâncias utilizadas no processo, como soluções metálicas, cianetos,
solventes e vapores orgânicos, vapores ácidos e básico, entre outros.

Os riscos no chão de fábrica podem ser:


• Reações químicas extremamente violentas;
• Respingos de soluções metálicas;
• Formas de manuseio, armazenagem e descarte;
• Falta de cursos de reciclagem;
• Falta de EPIs necessários.

Programa de Prevenção de Acidentes


com Materiais Perfurocortantes
em Serviços de Saúde (PPAMPSS)
Trabalhadores da área da saúde correm riscos no desenvolvimento de seu
trabalho a todo instante. Por manusearem produtos biológicos e que às vezes
são necessários, tais como seringas e agulhas perfurocortantes, podem ocorrer
ferimentos com estes instrumentos e possivelmente danos à integridade física.
A NR-32 é a regulamentação para esse tipo de trabalho.

Os riscos de transmissão de vírus através de agulhas e seringas é frequente,


portanto, algumas formas de evitá-los devem estar afixadas em todos os ambientes
de trabalho, como:
• Instituir o PPAMPSS;
• Utilizar perfurocortantes com dispositivos de segurança;
• Os produtos devem ter certificados dos órgãos competentes;
• Realizar capacitações de forma de manuseio, armazenamento, formas de descartes;
• Utilizar os EPIs obrigados por lei.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NR-9. Programa de prevenção de riscos ambientais.2013.
https://goo.gl/9Jz4a5
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NR-10 . Programa de controle médico de saúde ocupa-
cional. 2013.
https://goo.gl/pFwqaN
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NR 15. Programa de controle médico de saúde ocupa-
cional. 2013.
https://goo.gl/FCN6Fx
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NRs 7. Programa de controle médico de saúde ocupa-
cional. 2013.
https://goo.gl/HxvK5q

Livros
Curso básico do trabalhador portuário: módulos I e II
BRASIL. Marinha. Diretoria de Portos e Costa. Curso básico do trabalhador portuário:
módulos I e II. Rio de Janeiro, 1999. ______. ______. ______. Manual básico do traba-
lhador portuário: módulos I, II, III, IV, V e VI. Rio de Janeiro, 1995. DF, 24 ago. 2012;
Seção 1. p. 46.

Leitura
Uma Metodologia para Auxiliar no Gerenciamento de Riscos e na Seleção de Alternativas de Investimento
sem Segurança
ALBERTON, Anete. Uma Metodologia para Auxiliar no Gerenciamento de Riscos e
na Seleção de Alternativas de Investimento sem Segurança. 1996.
https://goo.gl/gXqqWj

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UNIDADE Programa de Prevenção de Riscos

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.823, de 23 de agosto de 2012.
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Poder executivo, Brasília, 2012.

________. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº 06, de 08 de


junho de 1978. Brasília, 1978a. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/
FF8080812BE914E6012BF2FE9B8C247D/nr_33.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2018.

________. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria Nº 25, de 29 de dezembro de


1994. Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais. Brasília, dez. 1994. Seção 1, p. 21.278 e 21.302.

________. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro


de 2005. Estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Brasília,
v. 142, n. 219, nov. 2005. p.80-104.

MEDEIROS, A. L. et al. Gerenciamento de Riscos e Segurança no Trabalho em


Unidades de Saúde da Família. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, São Paulo,
v.17, n.4, p. 341-348, abril. 2018.

Sites Consultados:
Fundacentro – Espaço Confinado. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=HxUyUcapCtg&feature=related>. Acesso em: 13 fev. 2018.

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de segurança e medicina do trabalho. Fundacentro:


espaço confinado. Disponível em: <https://goo.gl/VAF27L>. Acesso em: 13 fev. 2018.

INBEP. Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/tudo-trabalho-em-espacos-


confinados-nr33/>. Acesso em: 15 fev. 2018.

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