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Origem
O Movimento da Rua Azuza teve como precursor e líder William Joseph
Seymour. Ele nasceu em 1870, filho dos ex-escravos católicos Simon e Phylis
Seymour. Ele e seus irmãos acabaram por ser batizados na Igreja Católica. Por
conveniência da distância, frequentavam uma Igreja Batista próxima à sua
casa. Na infância era conhecido por ter sonhos com viés espiritual e visões.
No ano de 1900, ele mudou-se para Cincinnati, onde juntou-se ao
Movimento Reformador da Igreja de Deus.
Em 1905, mudou-se para Houston, onde passou a frequentar a escola
bíblica de Charles Fox Parham, um dos precursores do Movimento da
Santidade. Para assistir as aulas, William J. Seymour colocava uma cadeira no
corredor, pois ele era negro e, devido à grande segregação racial da época,
não podia assistir aula na mesma sala dos brancos. Antes de William Seymour
chegar a Los Angeles, em 1906, fora evangelista no Mississipi e pastor da
igreja da Santidade, em Houston.
Foi nesse período, que Seymour aprendeu as doutrinas do movimento da
Santidade. Ele desenvolveu a crença no dom de línguas como evidência do
batismo no Espírito Santo e na cura como parte de redenção.
Como se desenvolveu
Ao final de 1905, uma mulher afroamericana chamada Neely Terry fez
uma viagem para Houston. Estando lá, ela visitou a igreja de Seymour, onde
ele pregava sobre o batismo no Espírito Santo. Essa mulher ficou maravilhada
com a mensagem e o convidou para pregar na igreja de Los Angeles liderada
por Julia Hutchins.
Em fevereiro de 1906, Seymour chega a Los Angeles e vai pregar na
igreja em que havia recebido o convite. Durante seu primeiro sermão, ele fala
sobre o falar em línguas. No domingo subsequente, quando ele volta à igreja,
ela estava fechada com um cadeado. A Associação da Igreja da Santidade do
Sul da Califórnia, com a qual a igreja estava filiada, e os anciãos não aceitaram
o ensinamento de Seymour.
Entretanto, alguns membros da igreja de Julia Hutchins ficaram
impressionados com a pregação de Seymour. Foi então que um dos membros
o convidou para se hospedar na casa dele. Seymour passou a fazer estudos
bíblicos e reuniões de oração.
Após pouco tempo, mudou-se novamente, dessa vez para a casa de
Richard e Ruth Aberry, na rua Bonnie Brae Norte, 214. Lá ele continuou o
trabalho com o seu grupo de seguidores.
Na procura de um lugar maior para continuar seu trabalho, Seymour
encontrou um edifício disponível e que tinha sido uma Igreja Episcopal
Metodista Africana. O edifício, que era pequeno, retangular e de teto plano,
encontrava-se na Rua Azusa, 312. Agora, as reuniões passaram a ter um
templo e a nova “igreja” passou a ser chamada de Missão de Fé Apostólica.
Os cultos começaram a atrair pessoas em busca de milagres, curas e
acontecimentos extraordinários. Os cultos na rua Azusa eram frequentes e
espontâneos. Entre os que foram atraídos ao avivamento estavam os membros
do Movimento de Santidade, batistas, menonitas, quakers e presbiterianos.
Cristãos de várias tradições diziam que o movimento era hiperemocional
e que a Escritura era mal usada e o foco sobre Cristo foi perdido pela sobre-
ênfase no Espírito Santo. Dentro de pouco tempo ministros estavam alertando
suas congregações para ficarem longe da Missão da Rua Azusa.
Fim do Movimento
Em 1913 o movimento já havia perdido o impulso. Dois anos depois, em
1915, quase não se falava mais sobre o assunto. Porém, William J. Seymour e
sua esposa Jennie ficaram lá pelo resto de suas vidas como pastores da
pequena congregação; embora muitas vezes ele tivesse feito curtas viagens
para tentar estabelecer outros avivamentos – sempre sem sucesso.
Em setembro de 1922, Seymour tem um infarto e morre. Jennie, sua
viúva, liderou a igreja até 1931, quando a congregação perdeu o prédio da
igreja.
Conclusão