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UNIVERISDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL
DISCIPLINA DE MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

ADEQUAÇÃO TRATOR IMPLEMENTO

Prof. Antônio Lilles Tavares Machado


Pelotas, junho de 2007
POTÊNCIAS

ªMáxima
ªNa TDP
ªNa Barra de tração

Ft (kN ) × v  km  Ft (kgf ) × v  km 
   
 h   h 
Pt (kW ) = ou Pt (CV ) =
3,6 270
Onde:

Pt = Potência na barra de tração (kw ou CV)

Ft = Força de tração (kN ou kgf)

V = velocidade de deslocamento (km.h-1)


Carga extra em função da declividade

Mt ( kg )× d (% )
Ce (kg ) =
100
Onde:

Ce = Carga extra (kg)

Mt = Massa total do conjunto (trator+implemento+operador) (kg)

d = Declividade do terreno (%)


Potência consumida para vencer a declividade

Ce(kg ) × v km 
 
 h 
Pd (kW ) =
367,2

Onde:

Pd = Potência consumida para vencer a declividade (kW)

Ce = Carga extra (kg)


Determinação da potência requerida pelo implemento

F(kN ) × v  km  F(kgf ) × v  km 
   
 h   h 
Pr(kW ) = ou Pr(CV ) =
3,6 270

Onde:

Pr = Potência requerida (kW ou CV)

Ft = Força de tração (kN ou kgf)

V = velocidade de deslocamento (km.h-1)


Potência requerida pelo implemento
e consumida pela declividade

Pti(kW ) = Pd(kW ) + Pr(kW )

Onde:

Pti = Potência total requerida pelo implemento e declividade

Pd = Potência consumida pela declividade

Pr = Potência requerida
POTÊNCIA EXIGIDA NO MOTOR DE TRATOR

a = Potência no motor

b = a x 0,86 ⇒ Potência máxima na TDP

c = b x 0,86 ⇒ Potência máxima na B.T. (concreto)

d = c x 0,86 ⇒ Potência máxima na B.T. (solo firme)

e = d x 0,86 ⇒ Potência útil na B.T.(solo firme)

f = e x 0,86 ⇒ Potência útil na B.T. (solo cultivado)

g = f x 0,86 ⇒ Potência útil na B.T. (solo solto)


POTÊNCIA EXIGIDA NO MOTOR DE TRATOR

Exemplo: Trator com 75 kW a 2200 RPM de potência máxima no motor

a = Potência máxima disponível no motor Ö 75kW;

b = Potência máx. na TDP: 75 kW X 0,86 Ö 64,50kW;

c = Potência máx. na B.T(concreto): 64,50 X 0,86 Ö 55,47kW;

d = Potência máxima na B.T. (solo firme): 55,47kW X 0,86 Ö 47,71kW;

e = Potência útil na B.T. (solo firme): 47,71kW X 0,86 Ö 41,03kW;

f = Potência útil na B.T. (solo cultivado): 41,03kW X 0,86 Ö 35,28kW;

g = Potência útil na B.T. (solo solto): 35,28kW X 0,86 Ö 30,35kW


Norma ASAE D497.4 – Fev. (2003)
Potência Máxima no Motor

0,83

Potência na TDP

Trator Solo
Concreto Firme Cultivado Solto
4x2 0,87 0,72 0,67 0,55
4 x 2 - TDA 0,87 0,77 0,73 0,65
4x4 0,88 0,78 0,75 0,70
Esteira 0,88 0,82 0,80 0,78

Potência usável na Barra de Tração


Exemplo 1:
1 Trator 4x2 com 75kW a 2200rpm
de potência máxima no motor
1 = Potência máxima disponível no motor Ö 75kW
2 = Potência máx. na TDP: 75kW X 0,83 Ö 62,25kW;
3 = Potência útil na B.T(concreto): 62,25kW X 0,87 Ö 54,16kW;
4 = Potência útil na B.T. (solo firme): 62,25kW X 0,72 Ö 44,82kW;
5 = Potência útil na B.T. (solo cultiv.): 62,25kW X 0,67 Ö 41,71kW;
6 = Potência útil na B.T. (solo solto): 62,25kW X 0,55 Ö34,24kW;

Exemplo 2 : Trator 4x 2-TDA com 75kW a 2200rpm


de potência máxima no motor

1 = Potência máxima disponível no motor Ö 75kW


2 = Potência máx. na TDP: 75kW X 0,83 Ö 62,25kW;
3 = Potência útil na B.T(concreto): 62,25kW X 0,87 Ö 54,16kW;
4 = Potência útil na B.T. (solo firme): 62,25kW X 0,77 Ö 48,13kW;
5 = Potência útil na B.T. (solo cultiv.): 62,25kW X 0,73 Ö 45,44kW;
6 = Potência útil na B.T. (solo solto): 62,25kW X 0,65 Ö40,46kW;
)Para motores aspirados, perde-se
aproximadamente 1% da potência no motor a
cada 100m de altitude.
)Para motores turbinados esta perda pode ser
desconsiderada.
)Este aumento na potência do motor do trator é
adicionado após o cálculo da potência total
exigida pelo implemento e da potência perdida
pelo sistema de transmissão e contato roda-solo.
DETERMINAÇÃO DA FT REQUERIDA PELO IMPLEMENTO

Ft = N x L x P x Rs (SAAD, 1976)

Onde:
N = número de órgãos ativos do equipamento;
L = largura de trabalho de cada órgão ativo (cm);
P = profundidade de trabalho (cm);
Rs = resistência específica do solo (kgf.cm-2).
Ft = Rs x P x L (SILVEIRA, 1998)

Onde:
Rs = resistência específica do solo;
P = profundidade de trabalho (cm);
L = largura de trabalho (cm);
Tipo de solo Resistência específica (kgf.cm-2)
Arenoso 0,20 – 0,30
Franco-arenoso 0,25 – 0,45
Franco-siltoso 0,35 – 0,50
Franco argiloso 0,40 – 0,60
Argiloso 0,50 – 0,80
Argila 0,80 – 1,00
Argila de alta atividade 1,00 – 1,25
(SILVEIRA, 1998)

Ft – grades – kgf por metro de largura de corte

Tipo de solo (kgf.m-1)


Discos simples ação 60 – 195
Discos dupla ação 120 – 240
Dentes fixos 45 – 90
Dentes flexíveis 112 – 225

Ft = 1,2 x P
Onde:

P = peso da grade (kgf)


ASAE – Norma – D497.4 (2003)

Ft = Fi x [ A + B (S) + C (S)2] x W x T
Onde:

Ft = Força de tração do implemento (N);


F = ajuste da textura do solo (adimensional) – tabelado;
i = relativo a textura do solo,
1Ötextura fina; 2 Ötextura média; 3 Ötextura grossa;
A, B e C = parâmetros do equipamento – tabelado;
S = velocidade de trabalho (km.h-1);
W = Largura do equipamento (m) ou número de linhas ou
ferramentas;
T = profundidae de trabalho (cm); para semeadoras e ferramentas
de preparo menores valor adimensional e igual a 1.
equipament Unidade (L) Parâmetros Parâmetros solo
o máquina
A B C F1 F2 F3
Arado m 652 0,0 5,1 1,00 0,70 0,45
aiveca
Escarificado Ferram.
r
5 cm (larg.) 91 5,4 0,0 1,00 0,85 0,65
7,5 cm (larg.) 107 6,3 0,0 1,00 0,85 0,65
10cm (larg.) 123 7,3 0,0 1,00 0,85 0,65

Cultivador
Prep. Prim. Ferram. 46 2,8 0,0 1,00 0,85 0,65
Prep. Sec. Ferram. 32 1,9 0,0 1,00 0,85 0,65

Subsolador Pont. 226 0,0 1,8 1,0 0,70 0,45


Estreita
Pont. Larga 294 0,0 5,1 1,0 0,70 0,45
equipamento Unidade (L) Parâmetros máquina Parâmetros solo

A B C F1 F2 F3

Grade (tandem)

1ª passada m 309 16,0 0,0 1,0 0,88 0,78

2ª passada m 216 11,2 0,0 1,0 0,88 0,78

Grade (offset)

1ª passada m 364 18,8 0,0 1,0 0,88 0,78

2ª passada m 254 13,2 0,0 1,0 0,88 0,78


equipamento Unidade (L) Parâmetros máquina Parâmetros solo

A B C F1 F2 F3
Semeadora
Precisão
(convenc.)
Montada linha 500 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
Arrasto linha 1550 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
Semeadora linha 1820 0,0 0,0 1,00 0,96 0,92
(PD)
Semeadora
Fluxo Cont.
(convenc.)
< 2,4m linha 400 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
2,4 a 3,7m linha 300 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
> 3,7m linha 200 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
Semeadora
Fluxo Cont. linha 720 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
(PD)
Semedora m 3700 0,0 0,0 1,00 1,00 1,00
Pneumática

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