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Orientador(a)
DEZEMBRO DE 2014
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FICHA CATALOGRÁFICA
53 p.
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LISTA DE SIGLAS
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Sumário
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
2. Gestão de Projetos ............................................................................................................... 2
2.1. Conceito de Temporário ............................................................................................... 2
2.2. Produtos, serviços ou resultados exclusivos ...............................................4
2.3. Elaboração progressiva ...............................................................................3
3. Gestão de Projetos na indústria de Óleo e Gás .......................................................... 3
4. PMI ............................................................................................................................................. 4
5. Gestão de Riscos .................................................................................................................. 5
6. Montagem Mecânica na indústria de Óleo e Gás ....................................................... 6
7. Instalação da planta de processo tradicional de FPSOs ......................................... 6
7.1. Load Out de FPSOs ....................................................................................................... 6
7.2. Montagem mecânica FPSO ......................................................................................... 6
7.2.1. Construção de cascos e conversões ........................................................................ 6
7.2.2. Construção de módulos ................................................................................................ 6
7.2.3. Integração.......................................................................................................................... 6
7.2.4. Comissionamento ........................................................................................................... 6
7.2.4.1. Transporte de plataforma ....................................................................................... 6
7.2.4.2. Preservação ....................................................................................................6
7.2.4.3. Testes.....................................................................................................6
7.3. Condição de lastro inicial .............................................................................................. 6
7.4. Esquema de bombeamento ......................................................................................... 6
7.5. Riscos na montagem mecânica da FPSO46
8. Conclusão ..............................................................................................................................48
9. Bibliografia50
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1. Introdução
Explanar sobre os riscos em projetos hoje, sem dúvida é mais fácil de falarmos
do que há 40, 50 ou até 80 anos atrás. Quantos acidentes aconteceram por uma
ausência de análise de risco, mesmo que rasa, sem profundidade, realmente
dimensionada para trabalhos de proporções vultuosas. Hoje não é tão comum, mas
ouve-se falar bastante em análise de risco, principalmente, para o mercado de
segurança do trabalho e seguradoras de patrimônios. Neste presente trabalho,
falaremos dos riscos existentes na montagem mecânica dos equipamentos na FPSO.
As Plataformas Offshore, da Bacia de Campos, concentram a maior produção de
petróleo e gás, respondendo por mais de 80% da produção nacional. A importância
deste polo produtivo se reflete no número de projetos sendo desenvolvidos pelos
Projetos, Construção e Montagem (PCM), que é o setor em sua estrutura
organizacional, responsável por desenvolver e executar projetos relacionados às
modificações, ampliações e adequações das unidades marítimas na Bacia de
Campos. O objetivo deste trabalho é analisar os processos críticos do gerenciamento
de riscos em projetos aplicados à indústria do petróleo e verificar a sua aplicação nos
projetos de construção e montagem, fazendo uma análise crítica de suas deficiências
na aplicação prática e, verificando as consequências nos resultados dos projetos. A
gestão de risco vem sendo tratada como uma área de menor importância no
gerenciamento de projetos, não só em empresas de Engenharia, como em nas de
outros segmentos, com exceção das financeiras e de seguros, que possuem uma
eficiente gestão de risco, o que explica em parte, o crescimento destes tipos de
organizações.
As incertezas quanto ao futuro, sempre estiveram presentes na história da
humanidade. Os primeiros registros de risco estão ligados à teoria da probabilidade
aplicada aos jogos de azar (do árabe Al zahr, que significa dados), nascendo assim,
o conceito de risco relacionado à probabilidade de perda ou ganho. Segundo Salles
(2006) em um jogo, o gosto pela aposta, sustentada pela ambição de ganho,
compensa o receio da perda, ou seja, a perspectiva de ganho é a motivação para as
pessoas correrem riscos. A teoria da probabilidade e outros conceitos de matemática
e estatística vieram a contribuir significativamente para redução de incertezas com
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relação ao futuro, constituindo-se ferramenta indispensável no gerenciamento de
risco.
Uma definição mais completa de risco é encontrada no Project Management
Body of Knowledge (PMBOK), onde o mesmo é colocado como um evento ou
condição incerta, que caso ocorra, irá gerar um efeito positivo ou negativo nos
objetivos do projeto. Esta definição é muito interessante, pois coloca o risco não
apenas como uma ameaça, mas também como uma oportunidade. Isso pode ser
exemplificado no risco de uma elevação da taxa cambial, pois para aquele que exporta
seus produtos terá um efeito positivo, uma vez que seus lucros serão maximizados
pela desvalorização da moeda, diferente do importador que comprará seus produtos
mais caros em moeda corrente (Mendes, Valle e Fabra, 2009).
Assim como em outras áreas, no gerenciamento de projetos, também existem
incertezas em todas as suas fases, que demandam um processo sistemático para
identificar e tratar os riscos, reduzindo a vulnerabilidade dos processos. Desta forma
o gerenciamento de risco dá a sua contribuição para minimizar a ocorrência de
surpresas e problemas, reduzindo as perdas e potencializando os resultados dos
projetos.
O gerenciamento de risco é uma das onze áreas do gerenciamento de projetos
segundo o Project Management Institute (PMI), e considera que, os riscos (nos
projetos) devem ser identificados, analisados, e tratados a fim de se ampliar a
probabilidade de ocorrência de eventos positivos e minimizar a ocorrência dos
negativos, que podem comprometer o sucesso do projeto.
Assim, serão tecidos os conceitos primordiais para o entendimento do
problema, como a proposta inicial ao arcabouço do estudo, iniciando com uma
introdução sobre o gerenciamento de projetos, passando à análise do ciclo de vida de
um projeto, bem como dos riscos envolvidos, como uma fase importante para o
entendimento de uma parada de produção, o gerenciamento de risco em projeto,
conceituando o PMI, passando ao gerenciamento de projetos na indústria do petróleo,
além do desenvolvimento de projetos em uma empresa do setor petrolífero,
finalizando com a análise do gerenciamento (de projetos) em uma parada da produção
e as considerações finais do trabalho.
Porém, conciliar uma presença maior de uma gestão mais sólida de projetos
nas empresas, independentemente do tamanho e vulto financeiro do mesmo, com a
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entrada do pré-sal, mais FPSO’s serão construídas, com isso maior a probabilidade
de problemas de montagem, uso de overhead do orçamento, estouro no cronograma,
deterioração acelerada dos equipamentos por falha no start up, entre outros. Cada
vez mais se torna necessário identificar os riscos, de montagem mecânica das
FPSO’s, positivos ou negativos, e atuar sobre eles para transformar antigas perdas
em valores para empresa.
Cada vez mais é inadmissível ter erros, perder vidas, ter altos custos de
retrabalho, perdas financeiras. Então, uma das maneiras de evitar todos estes
transtornos de gestão é identificar as possibilidades existentes de riscos em
montagem mecânica dos equipamentos da FPSO. Não é possível, nem admissível,
ter erros durante a montagem, pois isso poderia causar transtornos graves na posta
em marcha da FPSO. Outro ponto que será levado em consideração neste trabalho
são descrições de lições aprendidas de montagem mecânica de uma FPSO.
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2. Gestão de Projetos
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frequência, ter impactos sociais, econômicos e ambientais, intencionais ou não, com
duração muito mais longa que a dos próprios projetos.
A natureza temporária dos projetos pode, também, ser aplicada a outros aspectos
do esforço:
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residentes de menor renda da comunidade X.” Conforme o projeto
continua, os produtos podem ser descritos de forma mais específica como,
por exemplo: “Oferecer acesso à alimentação e água a 500 residentes de
baixa renda da comunidade X.” A próxima etapa da elaboração
progressiva poderia focar exclusivamente no aumento da produção
agrícola e da comercialização, com o fornecimento de água, sendo
considerada uma prioridade secundária, a ser iniciada quando o
componente agrícola estivesse em estágio avançado.
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projeto é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou
negativo em pelo menos um objetivo do projeto.
A equipe de gerenciamento de projetos possui uma responsabilidade profissional
com suas partes interessadas, inclusive os clientes, a organização executora e o
público. Os membros do PMI seguem um “Código de ética” e os que possuem a
certificação Profissional de gerenciamento de projetos (PMP®) seguem um “Código
de conduta profissional”. Os membros da equipe do projeto que são membros do PMI
e/ ou PMP’s são obrigados a seguir as versões atuais desses códigos.
É importante observar que muitos processos dentro do gerenciamento de
projetos são iterativos devido à existência, e necessidade, de uma elaboração
progressiva em um projeto durante todo o ciclo de vida do mesmo. Isto é, conforme
uma equipe de gerenciamento aprende mais sobre um projeto, ela poderá gerenciar
com um nível maior de detalhes.
O termo “gerenciamento de projetos”, às vezes, é usado para descrever uma
abordagem organizacional ou gerencial e de algumas operações já em andamento,
que podem ser redefinidas como projetos (o que também é chamado “gerenciamento
por projetos”). Uma organização que adota essa abordagem define suas atividades
como projetos de acordo com a definição de projeto. Tem havido uma tendência, nos
últimos anos, de se gerenciar mais atividades em mais áreas de aplicação usando o
gerenciamento de projetos. Mais organizações estão usando o “gerenciamento por
projeto”. Isso não significa dizer que todas as operações podem ou devem ser
organizadas em projetos. A adoção do “gerenciamento por projeto” também está
relacionada à adoção de uma cultura organizacional parecida com a cultura de
gerenciamento de projetos. Embora um entendimento de gerenciamento de projetos
seja essencial para uma organização que o esteja utilizando, uma discussão
detalhada da abordagem em si está fora do escopo desta norma.
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3. Gestão de Projetos na indústria de Óleo e Gás
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Na área de Exploração e Produção (E&P) esta doutrina é balizada pelo
Programa de Desenvolvimento e Execução de Projetos (PRODEP). De acordo com
este programa, duas etapas compõem todo o processo: o Planejamento e o Controle.
Estas duas etapas se subdividem em cinco fases: identificação e/ou avaliação da
oportunidade, seleção, definição, execução/ implantação e encerramento. As três
primeiras referem-se ao planejamento e as duas últimas ao controle.
A etapa de planejamento é composta pelas fases de definição dos objetivos,
de como alcançá-los e pelo detalhamento do projeto (PRODEP, 2010).
1ª Fase (identificação) - Nesta fase verifica-se se o projeto está alinhado com
as diretrizes estratégicas da empresa, e é oficializada através da emissão de
documento específico preenchido pela gerência responsável por esta fase. As
principais atividades desta fase são: verificar a viabilidade técnica e econômica;
determinar o valor que poderá agregar para a empresa; fazer um levantamento das
prováveis incertezas e sua mitigação; verificar a necessidade de investimentos
antecipados no projeto; identificar alternativas e estratégias para o desenvolvimento;
indicar os direcionadores estratégicos e tecnológicos adequado ao projeto.
2ª Fase (seleção) - Tem o objetivo de selecionar e identificar as alternativas
técnicas para a implantação. Após cada alternativa ser avaliada técnica e
economicamente, é elaborado um Estudo de Viabilidade Técnica Econômica (EVTE)
do Projeto Conceitual, para as alternativas selecionadas.
3ª Fase (definição) - Nesta fase será desenvolvido o plano executivo do
projeto, o projeto básico, o EVTE (do projeto básico) e a licitação da obra. As fases
seguintes compõem a etapa de controle, cujo foco é a execução do plano de projeto
e o controle de desempenho do mesmo até o encerramento.
4ª Fase (execução/ implantação) - Trata-se da execução do projeto conforme
o escopo, prazo e custo definidos no planejamento. Algumas atividades
características desta fase são: perfuração de poços, completação e interligação de
poços, construção e montagem, planos de operação, etc.
5ª Fase (encerramento) - Inicia ao término da execução do escopo. Nesta fase
os contratos são encerrados, os dados do projeto são coletados, analisados e
arquivados. Verifica-se então o desempenho do projeto e as lições aprendidas.
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A Documentação Final do Projeto deve ser disponibilizada pelas respectivas
áreas de negócio para consulta, de forma a contribuir para a Gestão do Conhecimento
da Companhia.
O processo de gerenciamento de risco utiliza-se dos outros planos do projeto,
para que através de reuniões de análises de planejamento, se crie o plano de
gerenciamento de risco, onde estará descrita a estrutura e sua execução ao longo do
projeto. Nele deverão constar:
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i) Formatos dos relatórios - Como serão documentados os diversos processos
do gerenciamento de risco, sua comunicação e análise;
j) Acompanhamento. São os registros das atividades do gerenciamento de
risco, para consulta futura.
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4. PMI
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5. Gestão de Riscos
Incertezas da globalização;
Política internacional e nacional;
Mercado e do setor de atuação da organização;
Ambiente macroeconômico e dos próprios processos da organização.
E a evolução do país e da sociedade passaram a exigir cada vez mais que cada
um assuma sua responsabilidade e, por extensão, o governo e as empresas que
constituem o patrimônio de uma nação. Com isto, procurou-se focar no presente
trabalho alguns pontos que deverão constituir o desafio das empresas e da sociedade
como um todo.
O gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos que tratam da realização
de identificação, análise, respostas, monitoramento e controle e planejamento do
gerenciamento de riscos em um projeto. A maioria desses processos é atualizada
durante todo o projeto. Os objetivos do gerenciamento de riscos do projeto são
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aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e diminuir a probabilidade
e o impacto dos eventos adversos ao projeto.
Os processos de gerenciamento de riscos do projeto incluem os seguintes:
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6. Montagem Mecânica na indústria de Óleo e Gás
As conversões das plataformas P31, P32, P33, P34 e P35 foram executadas em
regime de “AS NEW” (inspeção, reparo, e substituição para que fique como novo) e
com navios da (FRONAPE).
Problemas com esse regime de conversão - obsolescência (Navios da década de
70) e indisponibilidade de navios da frota levou a Petrobras, na conversão da P37, a
adotar novas estratégias:
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7. Instalação da planta de processo tradicional de FPSO’s
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das vezes, os guindastes são flutuantes para que fiquem fora da FPSO e que tenha
mobilidade na movimentação.
Uma vez que a balsa de transporte marítimo está devidamente posicionada
próxima à unidade FPSO, e considerando que o pontal da balsa é muito menor que o
pontal da plataforma, a operação mais utilizada para este tipo de situação é o
içamento. Esta etapa define os escantilhões dos elementos componentes da estrutura
do módulo, uma vez que, para a presente operação em estudo, compõe a situação de
menor número de apoios (que será o número de olhais fixados a estrutura do módulo)
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7.1 Load out em FPSO’s
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embarcação de transporte, um estudo cuidadoso dos movimentos tanto da estrutura
quanto da embarcação de transporte é necessário para se avaliar o risco de
abalroamento vertical entre ambas.
Do ponto de vista estrutural é necessária a provisão do controle das tensões
atuantes tanto na estrutura sendo transportada, quanto na embarcação de transporte,
dado que ambas, por serem constituídas de materiais elásticos (como o aço), sofrem
deformações significativas e ficam sujeitas a uma evolução de tensões cujos limites
precisam ser controlados.
A carga a ser embarcada é transferida do cais do estaleiro para o convés de
uma barcaça que estará flutuando junto ao cais, devidamente fundeada e amarrada
em posição.
Para que a transferência se realize em segurança e sob completo controle é
necessário que a barcaça esteja nivelada com o cais e que esta condição permaneça
constante durante toda a operação. De uma maneira mais explícita, deve ser
observado o seguinte:
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Módulo compressor Booster & desidratação de gás da P55: Sistema de
Compressão de Gás Booster - O objetivo deste sistema é servir de reforço para a
compressão do gás associado produzido nos separadores atmosféricos V-T6201 A/B
e no separador de teste V-T6204 (quando opera em baixa pressão). Este gás é gerado
à pressão quase atmosférica, com isso deve ser comprimido até a pressão de sucção
do primeiro estágio do sistema de compressão.
Sistema de Desidratação de Gás e Regeneração de Glicol: O objetivo da
unidade é eliminar a possibilidade de formação de hidratos durante a passagem do
gás pelo gasoduto e linhas de injeção de gás lift, em função das expansões e
consequente redução de temperatura.
Módulo de remoção de sulfato da P53: Seu objetivo é remover sulfatos
naturalmente presentes na água do mar. A unidade é alimentada pelo sistema de
captação de água do mar. A corrente de água é bombeada para os bancos de
membranas onde sofre uma redução dos sulfatos em dois estágios de permeação. Ao
final dos dois estágios, a água dessulfatada, correspondente a aproximadamente 75%
do fluxo inicial, segue para o sistema de injeção de água, sendo o restante, 25%,
descartado para o mar.
Módulo de transferência de óleo da P53: A operação de transferência de carga
ou offloading consiste no bombeio do petróleo produzido, processado e estocado pela
plataforma para um navio aliviador (petroleiro). O navio aliviador atraca
periodicamente à proa ou à popa do FPU e recebe, através de um mangote flexível,
uma vazão de óleo constante procedente das bombas de transferência. O sistema de
transferência é composto por detectores de vazamento e por um conjunto de válvulas
de segurança, visando mitigar qualquer risco ambiental.
Desde Junho de 2010, quando chegaram da Espanha ao Brasil, os três
módulos do sistema de regeneração contínua de catalisador (CCR), na nova Unidade
de Reforma Catalítica (URC), chamaram a atenção por onde passaram.
As três carretas com 40 metros de comprimento cada, com as peças que
medem cerca de 8 metros de largura, por 8 metros de altura, percorreram cerca de
300 km de São Sebastião-SP até Paulínia-SP, em uma operação que moveu
passarelas, postes, utilizou guindastes para transpor os módulos por viadutos e
mobilizou inúmeras pessoas até seu destino final: a Refinaria de petróleo - REPLAN.
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Os três módulos chegaram à Refinaria de Paulínia, onde serão instalados
verticalmente um sobre o outro, formando uma estrutura de cerca de 80 metros de
altura, sendo que o conjunto completo tem 660 toneladas.
A estrutura da CCR será montada pela modalidade EPC (Engineering,
Procurement, Construction) Galvão, juntamente com toda a unidade de Reforma
Catalítica.
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energia. A unidade de energia produzia 55 megawatts e era alimentada por óleo BPF
à base de petróleo com opção para consumo de cavacos de madeira.
Nos últimos anos a Petróleo Brasileiro SA (PETROBRAS) vem experimentando
várias modalidades de contratação, como por exemplo:
7.2.3. Integração
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Figura 5: Montagem dos equipamentos da FPSO.
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Figura 6:- Modelo 3D (Projeto Original) do FPSO P-62 Estudado
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Planejamento: É primordial para o sucesso de qualquer projeto, que o
planejamento seja bem feito. Algumas empresas formam uma equipe de
planejamento. No caso de uma FPSO, a equipe normalmente é constituída por
um gestor de planejamento e 2 técnicos. O uso de ferramentas de controle
também é imprescindível. As duas ferramentas mais comuns no mercado são
o PRIMAVERA da Oracle e o MS PROOJECT da Microsoft;
Ambiente de fábrica: a partir de um bom PCP e um estudo de construtibilidade
tem-se a montagem na área industrial – Construção dos módulos da P55;
Load-out: através de um eficiente e seguro sistema hidráulico é possível fazer
a remoção e transferência dos módulos construídos na Fábrica de Módulos
para as Balsas de Transporte – Load out dos módulos da P56;
Transporte e entrega: os módulos são encaminhados para o local de integração
através de balsas, e com toda uma engenharia de fixação (sea fastening) para
suportar as mais variadas condições de navegação. Toda a operação é
devidamente certificada por entidades credenciadas. Transporte dos módulos
da P56.
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O içamento dos módulos é uma das etapas mais difíceis e críticas da integração,
onde todo o estudo de construtibilidade e planejamento se faz necessário. Não se
admitem deslizes ou imprecisões, uma vez que as cargas envolvidas são
extremamente pesadas e caras.
A fase subsequente de interligações segue um padrão de construção típico de
projetos de plantas industriais, com a diferença de que todos os serviços são
realizados na condição de embarcados, onde a logística e planejamento são
primordiais.
Nessa fase, o contingente envolvido e embarcado, numa plataforma do porte da
P53, chega a ser de aproximadamente 4 mil colaboradores, trabalhando em regime
de turno. O prazo para execução de todas atividades desde o içamento, passando
pela interligação e até a saída para o mar varia de 8 a 10 meses.
7.2.4. Comissionamento
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Denomina-se “item preservável” os equipamentos e acessórios, que em geral,
deverão ser submetidos, individualmente, à atividade de verificação de funcionalidade,
a fim de impedir a corrosão, a deterioração e os danos físicos resultantes da exposição
dos materiais e equipamentos aos diversos agentes agressivos, durante o manuseio,
o transporte, o recebimento, a expedição e a montagem.
Uma vez construída a plataforma, o processo de instalação é iniciado, através
do transporte do casco da mesma para a área de exploração no mar, esse processo
é feito em etapas, depois do lançamento do casco é feita a instalação deste.
c) Navio Heavy Lift, que é o mais versátil, normalmente utilizado para transporte
das plataformas semi – submersível e TLP.
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O uso de barcaças é feito quando a instalação não é localizada muito distante
da costa, porém a escolha desse tipo de transporte é arriscada quando a estrutura da
plataforma é muito pesada, porque apesar de aparentar um baixo custo, pode
significar maiores gastos com seguro, custos logísticos e tempo de viagem, tendo
então um maior custo no final do processo.
7.2.4.2. Preservação
Fases da preservação:
Fase do fornecedor – Preservação no fabricante e condicionamento para
transporte;
Fase de recebimento e armazenamento – Avaliação da preservação e
avaliação do condicionamento;
Fase de construção e montagem – Adequar as condições de preservação ao
local de instalação;
Fase de verificação e teste – Pré-comissionamento;
Fase de saída/entrega dos módulos.
7.2.4.3. Testes
Existem outros testes que são específicos de alguns sistemas, que assim como
os ditos gerais, deverão ter seus registros e certificados devidamente inseridos no
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sistema de verificação e controle da documentação. As informações e registros
gerados nessa fase serão imprescindíveis na pré-operação e partida da planta.
A pré-operação é o início da partida da planta, que na maioria das vezes,
consiste em se fazer uma verificação de estanqueidade dos sistemas e subsistemas,
pressurizando-os com ar ou nitrogênio, dependendo da especificidade de cada um.
Na sequência, começa a circular vapor, gás, nitrogênio ou óleo diesel, simulando as
condições de pressão e temperaturas de operação. Quando os sistemas ou
subsistemas estão estáveis e estanques, a operação é alinhada para a condição
normal de carga, produzindo-se uma primeira corrida, com óleo do poço e durante um
período pré-estabelecido.
Após esse período é feita uma avaliação das condições de operação e repetido
todo o processo de alinhamento. Quando o sistema já está alinhado e estável, são
realizados os testes de performance dos sistemas avaliando se os produtos e
subprodutos estão sendo produzidos de acordo com as especificações do projeto.
Todo esse processo, em geral, é acompanhado de assistência técnica dos
fabricantes de equipamentos, sistemas e dos módulos. É a chamada operação
assistida e deve durar até que os sistemas estejam com um desempenho satisfatório.
Parametrizada com base no software de mercado;
Multiprojetos – permite aos gestores acesso simultâneo nos projetos que
o mesmo tiver acesso;
Ambiente web, acesso pode ser feito via internet;
Permite interface com ferramentas de projeto;
Controle de acesso, por usuário e projeto;
Rastreabilidade das informações;
Carga de dados.
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Cronograma (importação e exportação);
Documentos entregáveis (procedimentos, listas, manuais, etc);
Acompanhamento dos entregáveis da EAP;
Rede de precedência;
Matriz de controle (fiscalização);
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sequência lógica de montagem no campo. Caberá ao Setor de Produção
(SP), cumprir a programação dos serviços de tubulação definida pelo
Setor de Planejamento, utilizando os métodos, processos e
equipamentos adequados a cada atividade específica. Como
instrumento de retroalimentação do andamento dos serviços de
montagem, o Setor de Produção poderá recomendar modificações na
programação e redefinição das atividades prioritárias de acordo com os
recursos de material, equipamento e pessoal disponíveis. Só poderão
ser montados no campo os materiais, spools e equipamentos liberados
pelo Setor da Qualidade. Quando da montagem, deverá ser verificada
que as extremidades roscadas e flangeadas estejam limpas de corrosão,
tintas, graxas ou outras impurezas; As plaquetas de identificação dos
equipamentos (filtros, suportes de mola, etc.). Deverão ter sua superfície
protegida com dupla camada de fita crepe ou madeira, para evitar danos
durante a montagem;
Soldagem:
o Arco instável: Neutralize o sopro magnético inclinando o
eletrodo. Se a corrente de retorno curto-circuitar através da solda,
coloque um pedaço de madeira ou algum outro material isolante
sob uma das extremidades da peça a soldar; Modifique a posição
da garra do cabo de retorno. Evite ou modifique a posição de
objetos facilmente magnetizáveis; Use cobre, bronze, alumínio ou
grafite como cobre junta de apoio para a solda; Mude para CA
(use um transformador);
o Respingos abundantes: Diminua a corrente; encurte o arco;
Veja arco instável; limpe a peça; Resseque o eletrodo; Use um
novo eletrodo; Use um eletrodo de melhor qualidade;
o Soldas irregulares: Ajuste a corrente da máquina, aumentando
ou diminuindo; Verifique a especificação do eletrodo e inverta a
polaridade da máquina de solda; Resseque o eletrodo; Use um
novo eletrodo;
o Mordeduras laterais: O eletrodo deverá ser manejado de tal
forma que a fusão seja feita somente nos pontos onde o material
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é depositado; Aumentar o ângulo do chanfro (abertura do atalho
e o diâmetro do eletrodo devem ser relacionados entre si);
o Raízes defeituosas: Defeitos de raiz em soldas de um só passe;
Use um cobre-junta de um apoio em cobre, alumínio, grafite ou
similar; Use um anel de apoio, um suporte ou coloque a peça
sobre um gabarito; Adapte o diâmetro d e eletrodo, chanfro, nariz
e fresta, de modo a corresponder ao relacionamento entre eles;
Tente aumentar a fresta; Solde em vertical ascendente. Treine o
manejo; experimente diferentes ângulos e velocidades de
avançamento; isto lhe dará bons passes de raiz;
o Falta de penetração: Dirija o arco de modo que as chapas sejam
apropriadamente aquecidas, especialmente onde a penetração
tende a ser imperfeita; Pré-aqueça a peça; Solde em vertical
ascendente; Prepare a junta corretamente com ângulo do
chanfro, nariz e fresta recomendáveis ao caso;
o Soldas porosas: Avance mais lentamente; Inverta as ligações
nos terminais da máquina de solda; Ajuste a corrente na máquina,
aumentando ou diminuindo; Se o material de base contém teores
elevados de impurezas, tais como enxofre e fósforo, use eletrodos
de tipo básico; Seja cuidadoso quando interromper o arco; utilize
a técnica correta;
o Inclusão de escórias: Aumentar a corrente; Movimente o
eletrodo de forma a impedir que a escória passe à frente da poça
de fusão; aumentar o ângulo do chanfro; Destaque toda a escória
com cautela entre cada passe; Prepare a raiz até que o metal
apareça por completo antes de realizar o repasse;
o Trincas: Atenda para que o primeiro passe tenha uma seção
transversal suficientemente robusta; Escolha uma sequência de
soldagem que acarrete as menores tensões possíveis no metal
de solda; Retorne um pouco com o eletrodo para dentro da
cratera final antes de extinguir o arco e deixe apagar sobre o
passe recém executado; Aqueça ou resfrie e controle a
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distribuição do calor na peça de trabalho, aquecendo ou
resfriando; Aperfeiçoe a construção.
Riscos de segurança: O alinhamento de ambas as embarcações,
procedimento denominado de in tandem, onde o FPSO alinha a popa ou
proa com a proa do aliviador, distância cerca de 150 metros entre as
mesmas.
o Manobras de amarração de um navio a outro, com o uso de cabos
guias. Essas manobras geralmente são efetuadas à luz do dia,
boa visibilidade e condições ambientais adequadas, mas poderá
acontecer à noite;
o Conexão do mangote de transferência. O mangote é uma espécie
de mangueira flexível, geralmente com 12 polegadas de diâmetro
e 250 metros de comprimento e nas extremidades são
conectados flanges fixos. Na maioria das vezes, o mangote é
mantido em uma espécie de carretel e disposto lateralmente ao
FPSO até a próxima operação;
o Bombas de Carga. Bombeamento de óleo de uma embarcação
para outra acontece com o auxílio de bombas submersas no
interior de cada tanque ou localizadas na sala de bombas
presente na praça de máquina. Em geral, utiliza-se de duas a três
bombas acionadas por motor diesel;
o Acompanhamento por pessoas: No decorrer do processo da
operação de off loading, o acompanhamento permanente por
uma pessoa em cada estação assegura e intensifica o
monitoramento de eventuais problemas que possam surgir
durante toda operação;
o Final de operação. Após a operação, o mangote de transferência
é lavado e guardado. Desconexão dos cabos da manobra de
amarração. Partida do navio aliviador para os terminais de
descarga.
Riscos ao meio ambiente: Dentre as hipóteses acidentais apresentas
no capítulo anterior, delas 60% visualizam a principal causa de poluição
acidental dentro da operação de offloading, o vazamento de óleo. Apesar
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de serem classificados em riscos baixos e médios, os cenários
acidentais recebem maior atenção para o seu combate devido a suas
consequências críticas e catastróficas sobre os ecossistemas atingidos.
o Os impactos ambientais de um vazamento de óleo nos
ecossistemas costeiros e oceânicos podem variar em função do
tipo e composição do óleo (ºAP1), da quantidade derramada, da
época do ano, condições meteoceanográficas, da localização
geográfica, da persistência e biodisponibilidade dos
hidrocarbonetos e do estado biológico dos organismos na hora da
contaminação.
o Para determinar o grau de impacto e/ ou efeito causado pelo
derrame sobre a flora e fauna marítima é necessário conhecer as
propriedades, como densidade e a viscosidade, e os aspectos
físicos e químicos do óleo, características estas que auxilia na
tomada decisão para mitigar o dano ambiental num possível
acidente. Vale ressaltar que as medidas mitigadoras devem estar
contidas no PEI, segundo a Resolução Conama 398/08.
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até a maré alta prevista. É interessante notar que muitas barcaças
utilizadas para embarque possuem arranjos de tanques inadequados
com tanques não simétricos, reduzindo consideravelmente a capacidade
de lastro equilibrado.
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bombas é calculada considerando-se a velocidade máxima de subida da maré
sem considerar a entrada de nenhuma carga (Operação Parada por
Emergência).
Lastro para compensar o trim devido à entrada da carga. Como este lastro fica
obrigatoriamente armazenado em tanques da extremidade da barcaça por onde
entra a carga;
Lastro para equilibrar o lastro de trim;
Lastro para equilibrar a banda devido à entrada de carga. Este lastro também
obrigatoriamente fica no bordo onde a parte mais pesada da carga irá
embarcar, provocando a necessidade de outro item de lastro, que é: Lastro para
equilibra o lastro de banda;
Lastro equilibrado, isto é, que pode ser removido sem alterar o equilíbrio da
barcaça, de preferência, igual ao peso da peça a ser embarcada.
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embarques em lagos ou rios, fora da influência das marés, ou o presente caso em
estudo, no qual a maré age sobre os dois corpos flutuantes, tudo se processa mais
simplesmente, bastando que se tenham os itens de lastros previstos na condição
inicial, para se chegar ao término da operação sem surpresas. Não há tempo limite
para a operação, não há necessidade de se prever sistema de recuperação da
estrutura nem de espaço para o excesso de lastro, não há que se preocupar com a
borda livre mínima na preamar e nem com a falta de empuxo na baixa-mar.
Para a realização da operação de load out é necessário um local com as seguintes
características:
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8. Conclusão
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9. Bibliografia
REVISTA PETRÓLEO & ENERGIA, terceira edição, ano III, número 21, 2011. ISSN
2236-9392.
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Disponível em <http://www.epmag.com/Magazine/2008/9/item8296.php> Acessado
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13, n. 13, p. 207–221; 2011.
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