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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA


PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO

UUNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

RAPHAELA LIVERANI PEREIRA

AT-PT2: RISCOS DE UM PROJETO

CAMPOS DOS GOYTACAZES


2023
RAPHAELA LIVERANI PEREIRA

AT-PT2: RISCOS DE UM PROJETO

Trabalho apresentado ao Departamento de


Pós-Graduação a Distância da Universidade
Salgado de Oliveira, como requisito parcial
à conclusão da disciplina de Gestão de
Riscos do Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu em Engenharia de Segurança do
Trabalho.

Professor: Wagner Carvalho.

CAMPOS DOS GOYTACAZES


2023
1. INTRODUÇÃO

O termo risco é proveniente da palavra risicu ou riscu, em latim, que significa


ousar (to dare, em inglês) (FERREIRA, 2017).

Costuma-se entender “risco” como possibilidade de “algo não dar certo”, mas seu
conceito atual envolve a quantificação e qualificação da incerteza, tanto no que diz
respeito às “perdas” como aos “ganhos”, com relação ao rumo dos acontecimentos
planejados, seja por indivíduos, seja por organizações (ABGR, 2020).

O risco é inerente a qualquer atividade na vida pessoal, profissional ou nas


organizações, e pode envolver perdas, bem como oportunidades (ASSI, 2023). O
objetivo desse trabalho conceituar o risco de mercado, o risco operacional e risco
legal, dando exemplos práticos desses riscos.

2. RISCOS DE PROJETOS

Analisar riscos é uma parte importante do planejamento de projeto. Quando os


riscos estão claros, você pode preveni-los ou se preparar para eles. Entenda, neste
artigo, quais são os sete riscos mais comuns em projetos e capacite a sua equipe a
encontrar soluções antes que esses problemas atrapalhem iniciativas importantes
(ASANA, 2022).

2.1. Risco de mercado

O risco de mercado é o risco decorrente das variações dos preços dos ativos e
passivos de uma organização. Esse risco está associado às flutuações de taxas de
juros, câmbio, commoditites, preços de ações, opções, derivativos e outras variáveis
que podem afetar tanto os ativos quanto os passivos de qualquer investidor
(FREITAS, et. al., 2007).

Os negócios das empresas estão relacionados à administração de riscos.


Embora algumas aceitem os riscos financeiros incorridos de maneira passiva, outras
esforçam-se em ter vantagem competitiva, expondo-se a riscos de forma
estratégica. Todavia, em ambos os casos, esses riscos devem ser monitorados
cuidadosamente, uma vez que podem acarretar grandes perdas (SOUZA, 2017).

As diversas crises financeiras que ocorreram ao longo dos anos desde a crise
de 24, como a crise do México (1994), crise financeira Asiática (1997 – 1998), crise
da bolha da Internet (2000) e a crise financeira mundial – subprime (2008),
aumentaram sensivelmente a exposição das empresas a diversos tipos de risco.

O constante movimento dos mercados financeiros e a imprevisibilidade dos


eventos econômicos fazem aparecer novos desafios para quem atua na área de
riscos.

Exemplo prático:

Risco: Flutuações abruptas nos fatores de risco de mercado, em especial, taxas de


juros, câmbio, preços de ações e commodities, e de risco de crédito causaram
perdas severas nas demonstrações financeiras e/ou fluxos de caixa das empresas.

Causas:
• revisão do limite entre a carteira de negociação e a carteira bancária;
• revisão das abordagens de modelos padronizados e modelos internos para o
risco de mercado;
• mudança do uso da métrica Value at Risk (VaR) para Expected Shortfall (ES); e
• incorporação do risco de iliquidez do mercado.

2.2. Risco operacional

O risco operacional é definido como o risco de perdas decorrente da


inadequação ou falha dos processos, pessoas e sistemas internos, ou por eventos
externos, ou seja, qualquer acontecimento interno ou externo que constitua a
materialização de um risco de caráter operacional, independente de sofrer perda ou
não e que, potencialmente, pode gerar outros impactos na organização por exemplo
impactos reputacionais e/ou regulatórios (FREITAS, et. al., 2007).

Exemplo prático: Bow tie de falhas estruturais para um casco de FPSO, risco
relacionado a operações em NAVIOS PLATAFORMA (FPSO)

Imagem 01: Bow tie de risco de operar unidade flutuante tipo FPSO. Fonte: FREITAS, 2021.

Imagem 02: Bow tie de Risco Operacional de Armazenamento de produto tóxico (cloro) em
cilindro da ETA. Fonte: RES Consultoria, 2020.
2.3. Risco legal

O risco legal está associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados


pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos
legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades
desenvolvidas pela Organização, ou seja, é o risco de perda devido aos erros na
aplicação de leis, regulamentações ou normas, ou pela interpretação das mesmas
por parte dos tribunais (FREITAS, et. al., 2007).

Exemplo Prático:

Imagem 03: Bow tie de Risco Legal relacionado a atividades realizadas por funcionário
exposto a COVID-19. Fonte: RSE Consultoria, 2020.

3. CONCLUSÃO

Todo projeto, atividade e operação apresentam riscos. A gestão de riscos deve


estar presente em todas as fases de projeto, desde o início e durante a
execução/implantação, pois fazem parte da estrutura da Segurança Empresarial.
O Gerenciamento de riscos contribui, de forma antecipada para o mapeamento
das incertezas dos projetos, visando à identificação de problemas potenciais e de
oportunidades antes que ocorram, com o objetivo de eliminar ou reduzir a
probabilidade de ocorrência e o impacto de eventos negativos para os objetivos do
projeto, além de potencializar os efeitos da ocorrência dos eventos positivos.
Entender estes riscos e montar estratégias para enfrentá-los é necessário para
assegurar resultados desejados para os empreendimentos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABGR – Associação Brasileira de Gestão de Riscos. Gestão de Riscos e


continuidade dos negócios durante ou pós-pandemia. Revista Insurance Corp.
Disponível em: <https://www.abgr.org.br/noticias?id=665> Acesso em: 21/05/2023.

ASANA. Sete riscos de projeto comuns e as maneiras de preveni-los. Disponível


em: https://asana.com/pt/resources/project-risks> Acesso em 21/05/2023.

ASSI, Marcos. Gestão de Riscos e Continuidade dos Negócios durante ou pós


pandemia? Revista Ferramental. Disponível em:< https://marcosassi.com.br/gestao-
de-riscos-e-continuidade-dos-negocios-durante-ou-pos-pandemia> Acesso em:
21/05/2023.

FERREIRA, Carlos Alberto Campos. Conceituação de Risco. Disponível em:


https://www.linkedin.com/pulse/conceitua%C3%A7%C3%A3o-de-risco-carlos-
ferreira/?trk=pulse-article_more-articles_related-content-card&originalSubdomain=pt
Acesso em: 21/05/2023.

FREITAS, Felipe Soares. Análise de risco utilizando diagramas bow tie para
prevenção de falhas estruturais em navios plataforma (FPSO) /Felipe Soares
Freitas - Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2021. XIV, 111 p.: il.; 29,7cm

FREITAS, Thiago Alves de. FRANCISCO, José Roberto de Souza. FREITAS,


Josiane Aparecida Alves de. PEREIRA, Victor Hugo. Risco De Mercado: A
Importância Do Gerenciamento Para Mensurar O Risco De Uma Carteira De
Investimento. In: XV SEGet Simpósio de Excelência em Gestão de Tecnologia,
UFMG, 2007. Disponível em:
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos18/10326142.pdf Acesso em: 21/05/2023

SANTANDER. Orientação sobre Riscos Operacionais. Disponível em: <


https://cms.santander.com.br/sites/WPS/documentos/arq-orientacoes-riscos-
operacionais/18-12-
06_193657_orientacoessobreriscosoperacionais+santander_portalfornecedores.pdf>
Acesso em 21/05/2023

RSE CONSULTORIA. Webinar BOWTIE: Metodologia e simplicidade na


identificação dos controles preventivos e mitigadores. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VVVXkPnORuw> Acesso em 21/05/2023.

SOUZA, Iram Alves de Souza. Gestão de Risco de Mercado – Mensuração do


Value-at-Risk (VaR) comparando a exigência de capital em diferentes
abordagens / Iram Alves de Souza Souza; orientador João Carlos Felix Souza; co-
orientador. Brasília, 2017. 147 p.

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