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Analise de Risco Financeiro e Economico nas Empresas

Autora: Elizabeth Tomas Caetano Magan Santiago da Cruz

Modulo: Economia Empresarial

Curso: Mestrado em Administração e Gestão de Empresa

RESUMO

Atualmente todas as organizações estão expostas à volatilidade dos preços dos produtos, da
procura, dos custos de produção e outras fontes de risco, como o risco que resulta da adoção de
determinada tecnologia de produção. Muitas destas estão também expostas ao risco resultante da
volatilidade das taxas de câmbio e de juro. Contudo, os gestores das organizações têm a
possibilidade de limitar esses riscos, evitando resultados indesejados e diminuindo o custo do
capital. Diante do esposto, esta pesquisa teve como objectivo principal analisar os riscos
financeiros e económicos que as empresas enfrentam na sua sobrevivência, para isso procurou-se
especificsamente discutir o conceito de riscos, analisas os diferentes tipos riscos e trazer
conceitos para a minimização dos riscos. O método utilizado é qualitativo, exploratório,
descritivo e bivliografico. Os resultados permitem concluir que O conjunto das informações
recebidas é a base para uma correta tomada de decisão, sejam estas informações qualitativas ou
quantitativas, é o entendimento deste racionamento de informações que irá dar ao analista
financeiro os mais acertados pareceres a respeito do analisado e aos gestores uma maior
confiabilidade em seus negócios realizados.

Palavras-Chave: Risco, risco económico, risco financeiro, decisão

ABSTRACT

Currently, all organizations are exposed to the volatility of product prices, demand, production
costs and other sources of risk, such as the risk resulting from the adoption of a certain
production technology. Many of these are also exposed to the risk resulting from the volatility of
exchange rates and interest rates. However, the organizations' managers have the possibility to
limit these risks, avoiding undesired results and reducing the cost of capital. In view of the
above, this research had as its main objective to analyze the financial and economic risks that
companies face in their survival, for this purpose we specifically sought to discuss the concept of

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risk, analyze the different types of risk and bring concepts for risk minimization. The method
used is qualitative, exploratory, descriptive and bibliographical. The results allow concluding
that The set of information received is the basis for a correct decision-making, whether this
information is qualitative or quantitative, it is the understanding of this rationing of information
that will give the financial analyst the most correct opinions regarding the analyzed and the
managers greater reliability in their business.

Keywords: Risk, economic risk, financial risk, decision

INTRODUÇÃO

Actualmente presencia-se um contexto de ampla globalização. As orgaizacoes buscam meios


para minimizar ganhos e reduzir perdas em uambiente caracterizado pela diminuição de
fronteira, aumentando a concorencia e avanço tecnológico. Nesse contexto, a tomada de decisão
correta e rápida mostra-se como o diferencial competitivo na busca da sobrevivência e
crescimento. Dos instrumentos que podem subsidiar com dados relevantes o processo decisório
do administrador é a gestão de risco.

A gestão de toda e qualquer empresa envolve alguns tipos de riscos económicos e financeiros
inerentes ao negócio. É claro que cada um deles tem suas especificidades que podem variar de
acordo com o segmento de atuação da empresa, mas nunca haverá uma atuação sem nenhum tipo
de risco. E é neste contexto que surge a análise de riscos.

Mais do que evitar riscos, esse tipo de análise permite, principalmente, prever cenários de crise e
planejar ações que possam mitigar as consequências negativas comuns aos momentos nos quais
os riscos se tornam realidade.

Por tudo isso, uma análise de risco bem elaborada é fundamental à saúde dos negócios de uma
empresa. Com isso, surgem dúvidas sobre o que é essa análise e como fazê-la da maneira mais
adequada.

Este estudo irá tratar mais sobre este assunto tão presente na vida do profissional de crédito, dos
comerciantes, porque não dizer na vida dos vendedores, pois são eles que estão mais próximos
dos negócios, são eles que trazem as informações para dentro das empresas em alguns casos, ou
seja, são parcelas importante deste processo. O tema capacidade de honrar uma concessão de

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crédito, entre os profissionais de crédito, pode ser definido como a capacidade de pagamento de
uma empresa de honrar suas dívidas e obrigações. Pode ser definida também como a habilidade
e/ou a competência de se administrar a empresa. Não se tem como objetivo adotar uma verdade
sobre os assuntos, aqui abordados, por isto sempre haverá espaço para as várias formas de
conceituação dos temas relativos ao crédito, ao risco e a cobrança. Adotou-se a definição para
capacidade, como sendo a habilidade ou competência, como já escrito anteriormente.

REVISÃO DA LITERATURA

Risco Economico e Risco Financeiro

A nocao de risco e geralmente associada a algo de inesperado e indesejável que se pretende


reduzir ou eliminar. Numa ótica especificamente financeira, está sobretudo ligada a perspetiva
dos resultados a obter poderem vir a ser diferentes dos previstos, em maior ou menor escala.
Segundo Durban (1989) o risco e o possível desvio que se verificara entre os valores estimados e
os realmente alcançados, quando as previsões são feitas em condições de incerteza. (p. 14)

O principal aspecto a reter, quando se fala de risco, consiste para Conso (198l) na variabilidade
dos resultados futuros, o que leva mesmo Durban (1989) a propor que, por razoes de clarificação,
se deva substituir a palavra risco (na sua acepção económica e financeira) por variabilidade.

Quanto aos diferentes riscos a que as empresas se encontram expostas, podem ser arrumados em
dois grandes grupos, Suarez Suarez (1977):

 Risco económico;
 Risco financeiro.

O risco econ6mico, também denominado risco empresarial ou de mercado, é «(...) o que tem
origem em todas as circunstancias ou eventualidades que afectarn o resultado da exploracao e
que fazem com que a empresa não possa garantir a estabilidade desse resultado» (Suarez Suarez,
1977) (flutuações da procura, acidentes de trabalho e greves, inovação tecnológica, mudanças de
políticas económicas por parte dos governos, concorrência exterior, etc.).

Trata-se de um risco que deriva da instabilidade do resultado corrente (ou seja, resultado antes da
função financeira). Este risco esta mais associado a «adequa ao dos recursos a atividade da
empresa, o seu saber fazer técnico, comercial e em aprovisionamento, os instrumentos de

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produção e de distribuição, os seus recursos humanos e de gestão, e as características do meio cm
que ela evolui, ou seja os seus pontos críticos de sucesso» (Bric, 1993).

O risco financeiro e o que surge (...) quando uma empresa contrai dividas, sobretudo quando se
trata de dívidas a medio e longo prazo (Suarez,1977). Deve-se essencialmente a instabilidade do
resultado apos a função financeira (antes ou depois de impostos).

Trata-se do risco que resulta, segundo Bric (1993) da estrutura financeira da compressa (na ótica
da origem dos seus capitais). Esta pode afectar a empresa de duas formas: actuando sobre as
condições de laboração (favorável ou desfavoravelmente) ou sobre o equilíbrio e estabilidade
(segurança e manutenção cm funcionamento). Em principio, quanto maior o endividamento,
maior o risco.

Sendo a variabilidade (e dispersão dos resultados esperados) o principal aspecto a considerar no


conceito de risco, e natural que, na medição deste, se utilize um indicador que quantifique o nível
daquela. O mais utilizado tem sido a medida de dispersão estatística designada por desvio-
padrão, uma vez que todo o evento suscetível de incrementar a dispersão dos resultados
esperados tem um impacto sobre o risco global.

Alguns instrumentos financeiros tem por principal objectivo, relativamente à empresa, atenuar os
efeitos desta dispersão ou variabilidade, designadamente através da transferência dos mesmos
para terceiros, ou repartição com estes. A inovação financeira não suprime o risco apenas o
transfere, redistribui e diversifica. Cada um dos intervenientes no processo pode, fazendo uso de
instrumentos financeiros inovadores, reduzir os seus riscos individuais, mas o risco global
inerente a um sistema, de modo real, não diminui (Ran e Vilalta, 1992.: p. 132).

Tipologia Dos Riscos Financeiros

São diversas as circunstâncias que contribuem para a ocorrência de variabilidade ou dispersão de


resultados, que consubstancia o conceito de risco, tal como atras ficou expresso. No que respeita
aos riscos financeiros, estas circunstâncias podem assumir configurações diversas, que integram
um conjunto, mais ou menos vasto, de tipos de risco específicos que concorrem para o risco
global a que a empresa esta sujeita.

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Destes podemos destacar os seguintes, dos quais apenas serão desenvolvidos no nosso estudo os
indicados em ultimo lugar (riscos de mercado), por serem geralmente considerados como os mais
relevantes e frequentes:

 Risco de crédito (ou de contrapartida);


 Risco de país, risco de soberania e de transferência;
 Risco de desfasamento;
 Risco de base;
 Risco de entrega;
 Risco de volatilidade ou de traject6ria;
 Riscos de mercado: risco de câmbio e de taxas de juro.

O risco de credito (ou de contrapartida) reside na possibilidade de, em determinado contrato,


uma das partes poder vir a não cumprir as obrigações contratuais assumidas de realizar os
pagamentos devidos nas respetivas datas de vencimento, (Bank for International Settlements,
1986). Este risco verifica-se a, pelo menos dois níveis: nas relações entre bancos e seus clientes
(empresas/ particulares) e nas relações entre os próprios bancos. (Gillot e Pion, 1993).

Relativamente as operações financeiras realizadas entre os bancos e os seus clientes, estas são
frequentemente, por parte do banco, objeto de uma cobertura (uma operarão similar mas em
sentido inverso). Sem esta cobertura, o banco poderá estar exposto as consequências negativas
decorrentes do não cumprimento, pelo cliente, dos compromissos assumidos.

As relações entre bancos são essencialmente de mercado e existe sempre o risco de uma das
partes não respeitar as suas obrigações. Assim, e também necessário constituir coberturas para
este tipo de operações. Estas são geralmente realizadas por períodos muito curtos, mas o risco
incorrido é elevado, já que os valores envolvidos no mercado interbancário são altos e a falência
de um banco tem sempre efeitos bastante graves.

O risco de país é que ocorre nas dívidas de um pais, globalmente consideradas, por
circunstâncias inerentes a soberania dos Estados, ou, em geral, distintas do risco comercial. Este
risco pode subdividir-se em:

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 Risco de soberania: o dos credores do Estado ou de entidades garantidas por ele, quando
não são eficazes as ações contra o devedor por razoes de soberania;
 Risco de transferência: o dos credores estrangeiros em relação a um país que sofre de
uma incapacidade geral de fazer face as suas dividas, pelo facto de estar carente da divisa
ou das divisas em que as mesmas estão tituladas.

O risco de desfasamento esta associado ao desfasamento entre vencimentos e montantes, em


operações em que estão previstas trocas de posições. Verifica-se quando não existe coincidência
entre montantes e/ou vencimentos de recebimentos e pagamentos relativos as posições que se
relacionam entre si. Estes desfasamentos podem criar dificuldades a uma das partes envolvidas.

Os ativos que são negociados em bolsas de valores tem normalmente dois tipos de preços: preços
a vista e preços a prazo. A diferença entre estes dois preços chama-se base. O risco de base
reside na sua variação desfavorável em relação a uma determinada posição estratégica de
cobertura. (Rane e Vilalta, 1992).

O risco de entrega é o risco associado ao crédito tradicional, adaptado aos produtos do mercado
(adiantamento de divisas, etc.) e que esta ligada a não entrega em devido tempo dos fundos
negociados para serem postos a disposição da contraparte numa data futura (futuros).

O risco de volatilidade ou de trajetória reúne todos os fatores de vária aos responsáveis pelas
flutuações de taxas de juro e de câmbio.

O risco de mercado, pode-se decompor em risco de câmbio e risco de taxas de juro.

O risco de cambio esta ligado a variação do preço de uma divisa relativamente a outra e (...) pode
ser gerado por atividades de comercio (exportação/importação) com o estrangeiro, por uma
atividade financeira em divisas e também pelo desenvolvimento multinacional da empresa
(Gillote Pion, 1993).

Para além do risco de câmbio gerado pelas operações já referidas, a variação das taxas de câmbio
pode ainda afectar, a medio prazo, a posição concorrencial de uma empresa, o que se verifica
quando as variações cambiais beneficiam, por lhe serem mais favoráveis, um concorrente
estrangeiro. Quando uma moeda desvaloriza face a outras, os bens produzidos no país da moeda

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que desvaloriza ficam mais baratos para os compradores de outros países, o que origina um
aumento de competitividade entre empresas dos países em causa.

Numa perspetiva temporal, uma empresa encontra-se exposta ao risco de câmbio no memento de
realizar uma transação comercial ou financeira, efetuada numa moeda diferente da sua moeda
nacional (Debeauvais e Sinnah , 1992). Este risco pode assumir, segundo Debeauvais e Sinnah
(1992), a seguinte tipologia:

 Risco de cambio comercial, quando a operação subjacente e comercial;


 Risco de cambio patrimonial, quando este decorre de investimentos no exterior;
 Risco de competitividade, quando as empresas estão submetidas a uma forte concorrência
internacional.

O risco de taxas de juro prende-se com a volatilidade que lhes é inerente. Esta volatilidade tem a
ver com as variações que as taxas de juro sofrem, motivadas por fatores económicos, sociais,
políticos ou outros, como por exemplo, as condições do mercado, a política das instituições
financeiras, a qualidade creditícia do agente solicitador de crédito.

No que respeita ao grau de variabilidade, as taxas de juro podem ser, segundo Ran e Vilalta
(1992):

 Fixas: aquelas que se mantem inalteradas por períodos fixos estabelecidos;


 Variáveis: as que variam sujeitas as regras de mercado ou indexadas a uma taxa variável
que lhes serve de referência. Podem ter uma flutuação permanente de acordo com a da
base tomada por referência.

Processo de Decisão na Gestão do Risco

As decisões tomadas no âmbito da gestão de risco, tal como outras que são tomadas em
diferentes contextos, devem basear-se numa análise custo-benefício para cada alternativa
possível. Nesse sentido, Ehrhardt e Brigham (2011) apresentam o seguinte processo para gerir o
risco:

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1. Identificar os riscos que a empresa enfrenta. Neste ponto o gestor de risco identifica os
potenciais riscos enfrentados pela empresa.
2. Medir os efeitos potenciais de cada risco. Enquanto alguns riscos são de pequena
dimensão, outros tem o potencial para destruir a empresa. Devem-se agrupar os riscos
pelo seu efeito potencial e focalizar nos que apresentam ameaças mais sérias.
3. Decidir como cada risco relevante deve ser tratado. Na maior parte das situações, a
exposição ao risco pode ser reduzida através de uma das seguintes técnicas:
a. Transferir o risco para uma companhia de seguros. Muitas vezes é vantajoso fazer
um seguro contra um risco. No entanto, pelo simples facto de um risco poder ser
assegurado, não significa que o deva ser. Em muitas circunstâncias, pode ser melhor
para a empresa suportar o risco do que pagar para que outra entidade o suporte.
b. Transferir a função que produz risco para terceiros. Trata-se de, por exemplo,
contratar uma empresa de serviços para fazer um serviço que era garantido pela
nossa organização. Ao fazer isto, estamos a transferir o risco para terceiros.
c. Comprar um derivado para reduzir o risco. O uso de derivados, como por exemplo os
futuros, pode ser usado para reduzir os riscos dos inputs. Da mesma forma, os
derivados financeiros podem ser usados para reduzir riscos provocados pela alteração
das taxas de juro e de câmbio.
d. Reduzir a probabilidade de ocorrência de eventos adversos. A perda esperada,
proveniente de qualquer risco, depende da probabilidade de ocorrência e do seu
custo. Em alguns casos é possível reduzir a probabilidade de ocorrência de um
determinado acontecimento. Por exemplo, substituir num edifício materiais
inflamáveis por outros que não o sejam, em locais com maior potencial de incêndio,
reduz a probabilidade deste ocorrer.
e. Reduzir a magnitude da perda associada a um acontecimento adverso. Pegando no
exemplo anterior, o custo associado à ocorrência de um incêndio, pode ser reduzido
ao instalar um sistema de combate a incêndios, ou localizando instalações perto de
um quartel de bombeiros.
f. Evitar totalmente a atividade que aumenta o risco. Por exemplo, uma empresa pode
descontinuar um produto ou serviço, dado que os riscos ultrapassam os benefícios.

A Gestão do Risco Financeiro

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Dos riscos financeiros atras referidos, os relativos a variação das taxas de juro e de câmbios, são
os que assumem, em regra, maior relevância e mobilizam a maior parte dos instrumentos de
cobertura e sobre estes que incidira, portanto, a maior parte do desenvolvimento deste trabalho.

A gestão do risco das taxas de juro e de câmbios compreende todas as medidas que as empresas
podem tornar para limitar ou, se for caso, evitar os efeitos negativos que as flutuações das taxas
(...) podem trazer sobre o valor patrimonial da empresa (Ran e Vilalta, 1992). Deve permitir,
segundo Claessens (1992), uma segurança contra as flutuações desfavoráveis dos preços sem se
ter que mobilizar recursos adicionais importantes (subvenções, reservas, financiamentos, por
exemplo) ou provocar distorção nos preços.

É determinado, em cada caso, em função da exposição existente, já que toda a exposição tem
associada um risco (Ran e Vilalta, 1992), e o sistema de controlo do risco financeiro da empresa
deve (... ) estar adaptado ao volume é a complexidade das transações, para garantir a exatidão
dos seus estados financeiros e das diferentes formas de reporting sobre a sua situação financeira»
(Tabuteau e Papaevangelou 1994).

As atuações das empresas tendentes a eliminar ou reduzir os riscos financeiros, que assumiram
um certo incremento com o fim das paridades fixas, ocorrido no início da década de 70, e
também com a utilização de taxas de juro variáveis, e se intensificaram a partir da década de 80,
como já atras foi referido, são por vezes tomadas de forma casuística, mas cada vez mais se
assiste ao seu enquadramento num esquema concertado de gestao de riscos financeiros.
Integram-se neste esquema, em regra, segundo Castro e Mascarenas (1991), as seguintes tarefas:

1. Definir a política no que respeita a gestão do risco, ou seja, se vai ser coberto na
totalidade durante todo o período, ou se não vai haver cobertura;
2. Determinar os ativos e passivos que vão ser afetados por variações nas taxas de juro e
taxas de câmbio;
3. Determinar a volatilidade dos fluxos de caixa e dos benefícios resultantes das variações
das taxas de juro e de câmbio através de uma análise de sensibilidade;
4. Identificar os instrumentos e produtos de cobertura que se ajustam a política seguida pela
empresa;
5. Idealizar diversas e diferentes estratégias para a gestão do risco de câmbio e de juro
segundo os diversos ambientes em que se pode encontrar a empresa;

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6. Realizar previsões sobre a possível evolução das taxas e implantar estratégias que estejam
de acordo com a estratégia seguida pela empresa».

Análise Quantitativa e Qualitativa dorisco financeiro

Para pessoa física ou jurídica o mercado analisa de formas distintas o risco com relação à
concessão de crédito, mesmo porque a forma de duas pessoas honrar um crédito depende da
capacidade de cada uma em gerar caixa, motivo pelo qual será necessário quantificar a
capacidade de geração de caixa do cliente e estabelecer o valor, o prazo e a forma de amortizar
que melhor se adapta a ela e, logicamente, baseados nas políticas de cada empresa que fornece
este crédito, pois os prazos e formas de recebimento, praticados para as pessoas físicas ou
jurídicas também são de fundamental importância para esta também honrar seus compromissos
(obrigações). Falando do cliente, por outro lado, quando fatores adversos e fora do controle do
cliente afetam sua geração de caixa, a sua capacidade e propensão de honrar o crédito irá
também depender do grau de competência e do interesse com que procura enfrentar a crise.
Existem portanto, fatores de natureza Quantitativa e Qualitativa a serem avaliados numa análise
de crédito.

Segundo OTSUKA (2001), a análise Quantitativa é, basicamente, a mesma tanto para um cliente
pessoa física ou jurídica e trata da análise do caráter e da competência do cliente, bem como dos
aspectos conjunturais que afetam a capacidade e propensão desse em honrar um crédito. A
análise Qualitativa é distinta para pessoa física e pessoa jurídica, não pelo propósito da análise,
que é a mesma, a de quantificar a capacidade de geração de caixa do cliente, mas pelos
instrumentos utilizados na análise. Enquanto a análise Quantitativa de uma pessoa física é ·feita
com base em documentos comprobatórios de sua renda e, portanto, denominada de análise da
renda, a de uma. pessoa jurídica é baseada nos seus balanços e, portanto, denominada análise de
balanço.

Como o objetivo deste estudo é a análise de crédito de empresas, a abordagem será voltada
especificamente para empresas, já a distinção entre as análises Quantitativa e Qualitativa é
tratada apenas conceitualmente, não havendo nenhuma pretensão de demonstrar que são análises
independentes. Na prática, são análises complementares entre si e realizadas de forma sempre
simultanea, pois, quando se tenta quantificar a capacidade de um cliente gerar caixa (Análise
Quantitativa), está-se ao mesmo tempo avaliando com que competência ele tem gerado esse

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caixa (Análise Qualitativa). Nenhuma avaliação de crédito pode ser considerada completa sem a
realização de ambos os tipos de análise.

Análise Qualitativa

O objetivo principal de uma análise qualitativa do cliente é o de avaliar determinados aspectos de


seu perfil e de sua atividade que podem influenciar positiva ou negativamente a sua habilidade
de honrar os créditos que lhe são concedidos. Em geral, os principais aspectos a serem avaliados
qualitativamente podem ser agrupados como aspectos do caráter, da competência e conjunturais.
Embora a Análise de Balanço seja de caráter mais quantitativo, procura-se através dela
identificar aspectos qualitativos do cliente, como já visto estas análises são avaliadas
simultaneamente.

METODOLOGIA

Esta pesquisa quanto as objetivos é classificado como pesquisa descritiva, pois precisara
esclarecer determinadas características com base em assuntos já abordados, porem, no segundo
momento, terá um viés de pesquisa exploratória, pois o tema escolhido foi pouco explorado por
outros autores

A revisão da literatura refere-se à fundamentação teórica que foi adotada para tratar o tema e o
problema de pesquisa. Por meio da análise da literatura publicada ser atracado um quadro teórico
e será feita a estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa.

De acordo com Gil (2002), o método de pesquisa que foi utilizado foi a pesquisa bibliográfica,
em que através de recursos metodológicos adotados, procura-se evidenciar quais os
procedimentos que podem ser adotados por uma empresa para que seja feita uma análise de
gestão de riscos.

Seguindo, o mesmo autor Gil (2002) afirma que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal
vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma
gama de fenómenos muito mais ampla do que poderia pesquisar diretamente.

De acordo com Severino (2002), depois de estabelecido e delimitado o tema de trabalho e


formulado o problema, o próximo passo é o levantamento com a documentação existente sobre o

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assunto. Desencadeia-se, então, uma serie de procedimentos para a localização e busca metódica
dos documentos que possam interessar ao tema escolhido.

CONCLUSÕES

Todo analista financeiro sabe que a utilidade de seu trabalho depende em geral do método
empregado. Muitos relatórios parecem impecáveis na sua apresentação, acompanhados de
gráficos sugestivos, belas tabelas e conclusões quase que proféticas têm levado administradores
financeiros à ilusão quanto ao seu conteúdo. Exatamente essa situação tem colocado certos
analistas em situações embaraçosas perante a administração. Então será imprescindível verificar
a qualidade e a comparabilidade dos dados constantes nos relatórios.

Conhecer o cliente e obter informações - quanto mais informações melhor, e saber interpretar
estas informações aumenta os índices de acerto das decisões a serem tomadas a respeito do
crédito a ser liberado.

A conferência das informações (documentação) é outro fator primordial para se ter maior
segurança das informações recebidas, quanto maior a possibilidade de cruzar dados, que dará
informações que confirmam a veracidade dos documentos, melhor.

O conjunto das informações recebidas é a base para uma correta tomada de decisão, sejam estas
informações qualitativas ou quantitativas, é o entendimento deste racionamento de informações
que irá dar ao analista financeiro os mais acertados pareceres a respeito do analisado e aos
gestores uma maior confiabilidade em seus negócios realizados.

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