Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Clodoaldo Cristiano Reis
ABSTRACT: The text explores the relationship between education and communication.
The approach refers to the contexts of communication as the main instrument to
guide the learning process. Since the dawn of humanity to this day, the media always
1
Bacharel em direito e licenciado em filosofia pela Universidade Federal de Rondônia,
professor de filosofia da E.E.E.F.M. Clodoaldo Nunes de Almeida, Estado de Rondônia. E-
mail: prof.clodoaldo@hotmail.com
1
played a leading role with regard to the intellectual development of individuals in
different social groups throughout human history.
It is this perspective that supports the reflection of the author. Demonstrate that the
communication has always been related to a process of teaching and learning, and
always exceeded the school space since the act of communication is also an act of
socialization and expression of power.
Today we live the era of knowledge, and increasingly, looms the role of
communication, because the information it generates knowledge acquired status of
intellectual capital between organizations in the globalized world. The numerous
existing social networks today, especially the Internet, allow Internet users have
access to much information at once. However, finding and filtering this knowledge
becomes the primary mission of education-formal, after all these tools make up the
new media-reality of teaching and learning.
INTRODUÇÃO
2
brilhante instrumento de emancipação e perpetuação do conhecimento humano,
tornou-se o ponto de partida dessa busca, que também procura desvendar e
responder, que ações pedagógicas são mais apropriadas em tempos de
comunicação por cyber vias? Como desenvolver uma pedagogia voltada para a
comunicação? Que mecanismos podem e devem ser adotados a fim de transformar
a relação docente e discente em comunicação e não em simples informação?
Para isso cumpre um olhar sobre o que já foi produzido sobre esta estreita
relação da comunicação com a educação. Utilizando métodos empíricos para o
levantamento de informações que possam evidenciar ou conduzir a conclusões
sobre a importância da comunicação para o processo de ensino e aprendizagem.
N
os primórdios da existência humana os processos de busca pela
sobrevivência eram sobremaneira dificultosos, pois muitos eram os perigos
que cercavam os hominídeos. As lutas eram travadas em desigualdade de
forças e quase sempre os animais de grande porte levavam a melhor. Pondera
(Mithen, 2002 p.200) Que a vida não era nada fácil para os neandertais, isso está demonstrado
nos óbitos precoces: 70%-80% dos indivíduos já havia morrido aos quarenta anos. Como se não
bastasse a dificuldade na hora de caçar, os hominídeos ainda enfrentavam
dificuldades que eram impostas pela natureza como: o frio, a escuridão, entre outros
eventos que os ameaçavam de morte.
3
princípio de hierarquia dentro do grupo. Sendo que os mais fortes assumiram a partir
daí a condição de líder do grupo.
pedras e peles de animais. Desde o primeiro uga uga, até os dias atuais muito se fez
para aumentar e melhorar a qualidade da comunicação entre os seres humanos. Os
egípcios foram os responsáveis por criar um novo padrão de linguagem que
favoreceu em muito a capacidade humana de interpretar os sinais desenhados por
outra pessoa. Fato que fez evoluir a sociedade egípcia.
Os hieróglifos dos egípcios trouxeram uma nova perspectiva de incremento
da comunicação e permitiram a ampliação das possibilidades de ensinar e aprender.
Os egípcios também criaram o papiro, um tipo especial de papel cujo uso foi
bastante difundido em sua cultura. Já na Idade Média, os reis europeus utilizavam
os arautos quando necessitavam comunicar algo ao povo. Na América, os índios
norte-americanos utilizavam sinais de fumaça enquanto os índios do Brasil imitavam
os pássaros para se comunicar. Procedimentos como esses, ajudaram a aumentar a
capacidade de abstração do homem o que favoreceu ao seu desenvolvimento
mental e filosófico.
A filosofia tem papel importante nesse processo, pois a partir do pensamento
filosófico o homem pode compreender melhor o mundo a sua volta, podendo assim,
analisar a diferença entre a comunicação dos animais instintiva e a humana racional.
4
O pensamento filosófico proporcionou a interpretação de que a comunicação pode e
deve ser feita a partir de sinais que possam ser compreendidos por outras pessoas.
Assim tomou forma dentro da filosofia o conceito de linguagem. O filósofo Jean-
Jacques Rousseau (1712-1778) conjeturou que a linguagem humana teria evoluído
gradualmente, a partir da necessidade de exprimir os sentimentos, até formas mais
complexas e abstratas. Para Rousseau, a linguagem não era de uso comum, era
usada pelos primeiros homens apenas para implorar por socorro no perigo ou como
alívio de dores violentas.
5
maioria, vilipendiados em suas faculdades mentais e até execrados do convívio
social.
seja comunicado. Com o passar dos tempos o conhecimento foi se tornando algo
popular e as possibilidades de ampliação dos estudos também. O resultado é que a
partir do século XVIII, com a revolução industrial iniciada na Inglaterra, o processo
de criação e propagação da ciência e de tudo que já tinha sido estudado, atingiu
maior velocidade e novas possibilidades.
6
mais o desenvolvimento, pois diminuiu o desperdício de tempo tanto na elaboração
como na execução de algumas atividades.
Este perfil desejado pelo mercado de trabalho está comprometido, pois nosso
sistema de ensino não prestigia, ainda, as relações sociais e as ações em grupo. A
própria comunicação entre os alunos é pouco estimulada, e por vezes coibida aos
gritos por profissionais da educação tradicionalista. Leciona (Niskier, 2001 p.30) A
educação tradicional é, portanto, inadequada e inaplicável a uma sociedade em transformação.
7
Professores bem formados conseguem ter segurança para administrar a
diversidade de seus alunos e, junto com eles, aproveitar o progresso e as
experiências de uns e garantir, ao mesmo tempo, o acesso e o uso
criterioso das tecnologias pelos outros. (Kenski, 2008 p.103)
8
de cada pessoa ser individual, única, e tende a ver as coisas segundo a sua
interpretação. De acordo com (Niskier, 2001 p.44) Alguns filósofos da educação acham
ingênuo o igualitarismo, e mais sentimental do que científico. A psicologia educacional comprovou as
diferenças individuais; assim sendo, não pode existir igualitarismo em educação. De nossa parte a
escolha do vocabulário mais adequado para cada ocasião, bem como a necessidade
de ter em mente que nem todos atribuem necessariamente o mesmo significado e
peso às palavras, são princípios a serem seguidos na busca do melhor
relacionamento com os educandos. Para que as barreiras sejam derrubadas
devemos primar por um entendimento.
numerosos e velozes que passam a integrar o dia-a-dia dos cidadãos. Um primeiro aspecto da
comunicação está ligado à capacidade que nosso interlocutor tem para entender
nossa mensagem. Assim sendo, a enormidade de conteúdos disponibilizados de
forma indiscriminada pelos atuais veículos de comunicação padecem de conteúdo
proveitoso. O que evidencia a urgência de profissionais de educação capacitados a
lidar com a nova realidade.
9
interferências de toda ordem, mas sempre foi possível amenizar ou melhorar a
interpretação das informações através da educação formal.
CONCLUSÃO
O que se observa é que existe um princípio muito claro a ser seguido por
quem almeje o desenvolvimento. Esse princípio sustenta-se na trilogia educação,
comunicação e evolução, que transforma e multiplica todas as possibilidades de
sucesso.
10
É pré-requisito estimular a pedagogia da humanização entre os profissionais
da educação, a fim de não se perder de vistas o convívio afetivo, tão importante na
formação do ser social. Proporcionar a todos uma maior capacidade de interpretar e
absorver a avalanche de informações de todas as cyber vias existentes, que liberam
uma profusão de sinais e códigos nem sempre interpretados de maneira adequada.
Só assim, poderemos usufruir de uma sociedade melhor e mais igualitária, onde
todos possam crescer e se desenvolver amplamente.
REFERÊNCIAS
NISKIER, Arnaldo - Filosofia da educação: uma visão crítica. São Paulo: Edições
Loyola, 2001.
11