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CONFORTO AMBIENTAL I

CONFORTO TÉRMICO E LUMINOSO

FONTE: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/arquiteto-desenvolve-estrategias-para-levar-maior-conforto-ambiental-a-favelas/
A PROBLEMÁTICA DOS VENTOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

O movimento do ar está relacionado com a diferença de pressão e por consequência


da temperatura;

O ar movimenta-se horizontalmente e verticalmente em função das diferenças


globais de temperatura e também em nível local, no vales, montanhas, cidades e
campos;

O deslocamento do ar acontece na Troposfera, camada inferior da atmosfera;

O ar quente sobe na faixa do equador e caminha para os polos, resfriando-se e


tendendo a descer. Parte desse ar tende-se a refluir para o equador e aquecer-se
novamente, tendendo mais uma vez a subir.

O Ar move-se por inércia, ou seja, tende-se a manter em movimento na mesma


direção.
VARIAÇÃO DA ALTURA DA CAMADA LIMITE:

A PROBLEMÁTICA DOS VENTOS Campo Aberto: 100 a 274 metros.


DEFINIÇÕES E CONCEITOS Periferia: 100 a 396 metros

Centro Urbano: 100 a 518 metros


O relevo do solo intervêm na formação do movimento dos ventos e o atrito com
barreiras diversas faz com que o vento perca velocidade e cause certas mudanças em
sua direção.

Quanto mais alto na Troposfera, maior é a velocidade dos ventos e, quanto mais alto,
mais constante é a velocidade. Esta camada se chama Camada Limite.

A Camada Limite é a parte inferior da Troposfera que está em contato com a


superfície terrestre e torna-se perturbada em função do atrito com o relevo.

A Camada Limite aumenta em altura com a complexidade da rugosidade do relevo.


Em geral, os ventos noturnos são mais lentos que os
ventos diurnos.

Quanto mais próximo ao meio-dia mais velocidade


possuem os ventos.
A PROBLEMÁTICA DOS VENTOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Podem carregar de um ambiente para outro:


• Poeira e objetos como folhas e resíduos;
• Odores indesejáveis;
• Gases tóxicos.

Em um espaço urbano bastante denso:


• Poderão sofrer barramento das edificações muito próximas, causando grande efeito
nas questões de conforto.
BARLAVENTO E SOTAVENTO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Os termos Barlavento e Sotavento são de origem náutica e foram apropriados para o


uso nos estudos de ventos em Conforto Ambiental.

Compreender de onde vem o vento e para onde ele vai contribui para a
compreensão dos seus efeitos nas edificações, tanto relacionados à térmica quanto
relacionados a esforços estruturais.

Veja mais em: A AÇÃO DO VENTO NOS EDIFÍCIOS


Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/roberto/vento/index.php>. Acesso em: 24 set. 2020.
PONTOS CARDEAIS

DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES E (ou L): este ou leste, prefere-se "E" por
DEFINIÇÕES E CONCEITOS consistência com os colaterais;

N: norte;
ROSA DOS VENTOS:
Representa os quatro Pontos Cardeais e seus intermediários, Colaterais e O (ou W): oeste, prefere-se "O" por ser português;
Subcolaterais.
S: sul.

Utilizada principalmente nas navegações como sentido e orientação. PONTOS COLATERAIS


NE: nordeste;
NO (ou NW): noroeste;
SE: sudeste;
SO (ou SW): sudoeste.

PONTOS SUBCOLATERAIS
ENE: lés-nordeste;
ESE: lés-sudeste;
SSE: sul-sudeste;
NNE: nor-nordeste;
NNO (ou NNW): nor-noroeste;
SSO (ou SSW): sul-sudoeste;
OSO (ou WSW): oés-sudoeste;
ONO (ou WNW): oés-noroeste.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa_dos_ventos
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

PELO CLIMA TEMPO


Pesquisar no Google: Climatempo + Nome da Cidade

Veja que neste dia os ventos dominantes estavam a ENE, que significa que está
vindo da direção entre Leste e Nordeste.
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

PELO INMET
Base de dados de uma análise de 29 anos, entre 1961 e 1990.
Pode-se ver a média do dia e por mês e inclusive a média anual.

Dados mais atuais podem ser solicitados para o próprio Instituto Nacional de
Meteorologia.

LINK PLANILHA: https://portal.inmet.gov.br/uploads/normais/Vento-Direcao-


Predominante_NCB_1961-1990.xls
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

PELO WINDFINDER
É um site especializado em ventos principalmente para aeroportos e esportes
aquáticos que utilizam do vento como força motriz.
É o site com dados mais completos e complexos, mas sem fazer uma leitura média.
Mostra: Velocidade do Vento, Temperatura do Ar e Precipitação.

LINK: https://www.windfinder.com
1 Nó = 1,85 km/h
DIFERENÇA DE PRESSÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

A diferença de pressão (positiva e negativa) causada pela incidência a Barlavento e o


oposto a Sotavento, criando uma pressão positiva no primeiro e negativa no
segundo;

A Pressão Positiva ( + ) (ou Sobrepressão) é aquela que chega ou entra;

A Pressão Negativa ( - ) (ou Subpressão) é aquela que sai;

A pressão vai depender da Velocidade do Vento e do Ângulo de Incidência;

Com a diferença de pressão nas faces da edificação, a ventilação ocorre de maneira


passiva, ou seja, naturalmente;

As áreas de subpressão (ou pressão negativa) poderão apresentar movimentos de


vento turbilhonar. O fluxo de ar pode ser calculado segundo fórmula e
regras específicas. Para isso veja: FROTA; SCHIFFER,
2003: 126 – 129.
MOVIMENTO DO AR
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

O Ar Frio DESCE
É puxado para dentro pelo ar quente
Costuma ser o ar mais puro por ser
mais rico em oxigênio.

Resfria o ambiente.

O Ar Quente SOBE
Puxa o ar fresco para dentro
Costuma ser o ar mais impuro

Aquece o ambiente.
O AR QUENTE QUER SE ESFRIAR!
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

A tendência do Ar Quente é se resfriar.

A massa de Ar Quente sempre se moverá à massa de Ar Frio com o objetivo de se


equilibrar.

Se o ar externo estiver frio e o interior de uma edificação estiver quente, a tendência


é o interior se esfriar.

Se o ar externo estiver quente e o interior de uma edificação estiver frio, a tendência


é o ambiente interno se aquecer.

Deste modo, deve-se entender quando se deve ou não permitir a entrada considerável
de ar nos ambientes a fim de manter o conforto térmico dos mesmos.

O AMBIENTE FRIO TOMA TEMPERATURA DO AMBIENTE QUENTE


ESCALA DE BEAUFORT
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

A Escala de Beaufort classifica a intensidade dos ventos, tendo em conta a sua


velocidade e os efeitos resultantes das ventanias no mar e em terra.

Foi concebida pelo meteorologista anglo-irlandês Francis Beaufort no início do século


XIX e serve como boa base de comparação para percepções reais e cotidianas.

Na década de 1830, a escala de Beaufort já era amplamente utilizada pela Marinha


Real Britânica.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Beaufort
O EFEITO CHAMINÉ
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

O Efeito Chaminé será mais eficiente quando a diferença de temperatura entre o


ambiente interno e externo for superior a 2°C;

Não necessariamente deve existir a presença considerável de ventos, uma vez que a
temperatura é o principal fator de ocorrência do fenômeno através da pressão;

Esta variação de temperatura permitirá que a diferença de pressão seja maior e


influenciará na eficiência da renovação do ar de modo passivo;

Quanto mais baixas forem as aberturas de entrada de ar e quanto mais altas forem as As dimensões das aberturas para determinação do
fluxo de ar podem ser calculadas segundo fórmula e
aberturas de saída de ar, maior será o fluxo observado.
regras específicas, inclusive quando se considera a
ação dos ventos.

Para isso veja: FROTA; SCHIFFER, 2003: 135 – 138.


VENTILAÇÃO CRUZADA
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Baseia-se na diferença de pressão entre as fachadas a Barlavento e Sotavento.

Fachada a Barlavento: a fachada que recebe o vento diretamente. SOTAVENTO


Fachada a Sotavento: a fachada contrária à direção do vento.

É eficiente quando a distância entre as aberturas não é superior a 5x a altura do pé-


direito.
Por exemplo: Se o pé-direito for de 3m, a distância máxima entre aberturas opostas
deverá ser de 15m.

A abertura dos vãos deve ser de pelo menos 5% da área de piso.


Por exemplo: Se o ambiente possui 16m² de área útil de piso, a abertura somada dos
vãos deverá ser de no mínimo 0,8m².

Não é eficiente se não há ventos e deve-se considerar que a incidência solar na


edificação poderá aquecer sua matéria e o ar interno, e a maior renovação do ar
pode ser necessária para resfriar o ambiente.

BARLAVENTO
VENTO NOS ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Para o resfriamento, os ventos frios devem cruzar a edificação, levando os ventos


quentes e permitindo a redução de temperatura dos interiores;

Em geral, pelo amanhecer e pelo entardecer, haverá brisas frescas que podem ser
aproveitadas nas edificações;

Conhecer os ventos predominantes não é suficiente. É necessário visitar o local onde


haverá intervenção arquitetônica ou urbanística, uma vez que diversos elementos
locais podem trazer características muito peculiares dos ventos locais, como a
topografia ou até mesmo a existência de rios e lagos;

O clima mais complicado de se conseguir atingir a região de Conforto é o Quente e


Úmido, uma vez que em função da quantidade de umidade no ar o resfriamento por
evaporação é praticamente impossível;

No clima Quente e Seco, o vento alivia muito pouco o calor e traz bastante poeira,
por isso deve-se impedir sua entrada nos interiores. Há bastante disponibilidade de
luz, por isso, pequenas aberturas são suficientes.
VENTILAÇÃO NÃO CRUZADA
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Em ambientes onde não exista mais de uma abertura, deve-se tomar o cuidado de
que a profundidade do ambiente não seja maior que 6 metros.

Além disso, é importante que as janelas sejam de abrir, otimizando a abertura real e
garantindo inclusive maior possibilidade de iluminação natural.

Em locais onde o clima é quente e úmido e onde a velocidade do vento é baixa, é


possível que as aberturas sejam bem maiores que 5% da área de piso.

Para efetivação da Ventilação Cruzada deve-se utilizar vão com no máximo 20 metros
entre uma abertura e outra. Mas veja a norma de 5x a altura do pé-direito.
JANELAS, PORTAS E ABERTURAS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Janelas, Portas e Aberturas possuem características muito específicas que poderão


influenciar diretamente na qualidade da ventilação da edificação;

Em geral, os vãos horizontais são mais eficientes para a ventilação, independente da


inclinação do vento dominante.
JANELAS, PORTAS E ABERTURAS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Elementos de proteção contra poeira, sol e insetos irão afetar na efetividade de


ventilação;

O ideal é que os brises possam ter um afastamento das aberturas para que, mesmo
protegendo do sol, permita a entrada do vento;

Deste modo, atente-se em ter janelas mais generosas quando houver elementos que
barrarão o vento, como os brises, por exemplo.
JANELAS, PORTAS E ABERTURAS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Atente-se principalmente à quantidade de abertura que cada modelo permite, uma


vez que isto irá condicionar a quantidade de ar que acessará os ambientes e poderão
permitir ou não o controle desta quantidade de ventilação;

Exemplo Janela Maxim-ar


DIRECIONAMENTO DO VENTO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Dependendo da relação das aberturas com a direção do vento predominante assim


como com a relação entre as aberturas existentes em um ambiente, a ventilação
ocorrerá de diferentes maneiras.

Os principais fatores que irão influenciar são:

Localização Geográfica, Relação com os Ventos Predominantes, Dimensionamento


das Aberturas, Sistema de Abertura e Altura do Peitoril.

Veja os exemplos em Planta Baixa e em Corte:


DIRECIONAMENTO DO VENTO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Veja os exemplos de relação entre dimensionamento de aberturas dentro dos


ambientes e a velocidade e distribuição dos ventos nos interiores:
A variação das aberturas de entrada e saída vão modificar a pressão e velocidade do
vento. Isso tem relação com a área de incidência do vento.

MENOR MAIOR MAIOR MENOR

IGUAL IGUAL

OBS.: MENOR ABERTURA MAIOR PRESSÃO.


DIRECIONAMENTO DO VENTO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Os arquitetos precisam visualizar e avaliar qual será o fluxo do vento inclusive para
que faça a definição de layout de mobiliário, prezando pelo conforto do usuário.

Quando se trata de resfriamento, a brisa fresca deve passar pelo corpo das pessoas e
não acima delas.

Isso deverá ser aplicado a todos os ambientes onde a ventilação é necessária para
resfriamento.
USO DE ELEMENTOS VAZADOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

O uso de Elementos Vazados como Cobogós ou Brises permitem além de certa


proteção contra o sol, a permeabilidade dos ventos nos interiores.

Dependendo do direcionamento do Brise, a direção do vento no interior irá mudar.


LIMITANDO E DIRECIONANDO VENTILAÇÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Dependendo da relação entre direção predominante do vento e localização da


abertura, a ventilação estará reduzida ou bastante prejudicada.

Atente-se aos elementos que podem estar funcionando como barreira ou use
elementos que funcionem como redirecionadores dos ventos.

Atente-se também para as áreas com possíveis turbilhonamentos.


REDIRECIONANDO A VENTILAÇÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

A vegetação, existente ou a ser implantada no local também poderá ser utilizada


como meio de barrar ou redirecionar a ventilação.

Para isso deve-se atentar ao porte das espécies utilizadas, uma vez que a altura é um
dos fatores que contribuem para a forma como o vento irá fluir.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO + CONVECÇÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Em climas Quentes e Secos é possível relacionar a Direção dos Ventos + Jardim / Água
+ Abertura no intuito de conseguir: Redução da Temperatura e Aumento da
Umidade.
Deve ser utilizado principalmente em Climas Quentes e Secos onde não há brisa.
E O USO DE VENTILADORES?
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Ventiladores podem ser muito úteis em locais onde o vento possui velocidade muito
baixa e pode auxiliar na renovação do ar dos ambientes, principalmente em Climas
Quentes e Úmidos.

Em projetos que já consideram a Ventilação Cruzada, o uso de ventiladores mesmo


em velocidades baixas, pode contribuir para dar suporte à circulação já existente.
ROSA DOS VENTOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

As imagens ao lado foram geradas utilizando o software O SOL-AR que é um


programa gráfico que permite a obtenção da carta solar da latitude especificada,
auxiliando no projeto de proteções solares através da visualização gráfica dos ângulos
de projeção desejados sobre transferidor de ângulos, que pode ser plotado para
qualquer ângulo de orientação.

O programa também permite, para as cidades com dados horários disponíveis na


base de dados, a visualização de intervalos de temperatura anuais correspondentes
às trajetórias solares ao longo do ano e do dia.

Para estas cidades, o programa também oferece a possibilidade de obtenção da rosa


dos ventos para frequência de ocorrência dos ventos e velocidade média para cada
estação do ano em oito orientações (N, NE, L, SE, S, SO, O, NO).

O programa possui algumas cidades com latitude, longitude e dados de temperatura


e vento disponíveis em arquivos CSV (Valores Separados por Vírgula): Belém, Brasília,
Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador, São Luis, São Paulo, Vitória.

Fonte: https://labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar
VENTO NOS ESPAÇOS URBANOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

No espaço urbano com alta densidade o conforto está principalmente condicionado


às massas de edificações existentes em grande quantidade.

Isto se dá em função da verticalização em excesso, da desconsideração da


interferência do projeto no entorno e também da materialidade das edificações e sua
inércia térmica.

Dentre os elementos que prejudicam o conforto no espaço urbano estão: Fachada


refletoras de calor, coberturas planas com maior exposição solar, ruas e calçadas
desprotegidas com alto poder de absorção e emissividade.
VENTO NOS ESPAÇOS URBANOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Os afastamentos entre as edificações são parâmetros que permitem condições mais


salutares relacionados à insolação e ventilação. Quanto mais próximas e
verticalizadas são as edificações, mais deficiente poderá ser a qualidade da
ventilação.

Deve-se observar o entorno imediato do local de intervenção para compreender


quais são as possíveis interferências que poderão ocorrer e assim tomar as decisões
projetuais mais adequadas.
A)

VENTO NOS ESPAÇOS URBANOS


DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Muro ou cerca maciça de 1,5m desviará quase a totalidade dos ventos para cima das
construções vizinhas.

A mesma cerca com 2m tenderá a direcionar o vento ainda mais para cima. Neste
caso, ele só voltará ao solo a aproximadamente 20m de distância da cerca.
B)
Considerando um barreira de 2m de altura e um vento de 35km/h:

A) Protegerá somente a área próxima dela;

B) Barreira 50% ventilada, poderá reduzir a velocidade do vento em até 75% e


proteger um pouco mais longe do que a sólida;

C) Barreira de vegetação também reduzirá a velocidade do vento e tenderá a


proteger até uma distância maior do que as outras opções. C)
LE HAVRE – OSCAR NIEMEYER
REBAIXAMENTO COMO PROTEÇÃO CONTRA OS VENTOS E O FRIO

No projeto de Oscar Niemeyer para o Centro Cultural Le Havre (Volcano) na França


em 1972, a solução para proteger as pessoas dos ventos e do frio foi o rebaixamento
da praça principal.
COPAN– OSCAR NIEMEYER
ABERTURAS PARA VENTILAÇÃO CRUZADA E REDUÇÃO DE ESFORÇOS NA ESTRUTURA
EFEITOS AERODINÂMICOS MAIS COMUNS
EFEITOS DO VENTO MAIS OBSERVADOS NO ESPAÇO URBANO

EFEITO PILOTIS EFEITO DE ESQUINA EFEITO DE BARREIRA


EFEITOS AERODINÂMICOS MAIS COMUNS
EFEITOS DO VENTO MAIS OBSERVADOS NO ESPAÇO URBANO

EFEITO VENTURI EFEITO CANALIZAÇÃO

OUTROS EFEITOS
ESTEIRA REDEMOINHO ZONAS DIFERENTE PRESSÃO MALHA PIRÂMIDE
Efeito Pilotis
EFEITOS AERODINÂMICOS MAIS COMUNS
EFEITOS DO VENTO MAIS OBSERVADOS NO ESPAÇO URBANO

EFEITO PILOTIS:
Corrente de ar sob o imóvel. A entrada se dá de forma difusa mas a saída é a jato.
Efeito de Esquina
Principais Soluções: Edifício paralelo ao vento dominante; Complementar a base com
um pouco de vegetação; Dividir o fluxo através da porosidade do edifício; Evitar
pilotis paralelos, de forma contínua.

EFEITO DE ESQUINA:
Efeito de Barreira
Corrente de ar nos ângulos das construções.

Principais Soluções: Cantos arredondados; Construção em níveis; Adensamento


próximo às esquinas com vegetação; Prever elementos porosos próximos à esquina.

EFEITO DE BARREIRA:
Corrente de ar com desvio em espiral.

Principais Soluções: Dividir o bloco em mais de um para aumentar a porosidade; Criar


elementos ortogonais que possuam comprimento com mais de 2x a altura do
edifício.
Efeito Venturi
EFEITOS AERODINÂMICOS MAIS COMUNS
EFEITOS DO VENTO MAIS OBSERVADOS NO ESPAÇO URBANO
Efeito de Canalização
EFEITO VENTURI:
Corrente de ar formando um coletor dos fluxos criados pelas construções projetadas
num ângulo aberto ao vento.

Principais Soluções: Bissetriz da abertura deve fugir da direção do vento dominante


abrindo ou fechando o ângulo; Reduzir a altura da construção; Adensar o entorno
imediato;

EFEITO CANALIZAÇÃO:
Corrente de ar que flui por um canal a céu aberto formado pelas construções.

Principais Soluções: Traçado urbano com ruas cujo ângulo esteja entre 90° e 45°;
Afastamento das construções; Espaçamento de largura maior que 2x a altura dos
edifícios.
IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO
MAIS QUE BARREIRAS FÍSICAS

Para mais que barreiras físicas, a vegetação está para o espaço urbano como um
importante elemento na definição da temperatura e umidade.

O sombreamento poderá reduzir em grande quantidade a necessidade expressiva da


ventilação, contribuindo com umidade e redução de radiação eu chega até as ruas
asfaltadas e calçadas concretadas.

Importante lembrar que, mesmo sendo a umidade e o sombreamento importantes


para o conforto, os mesmos devem ser utilizados quando necessário e quando
adequado ao clima local.

Outra importante contribuição da vegetação é com relação à sua capacidade de


filtrar as partículas suspensas no ar, como poeira por exemplo.

Para mais que isso, a vegetação ainda pode ter uma importante contribuição
acústica.
SOFTWARE FLUXO VENTO E MESA D’ÁGUA

FLUXO VENTO
Para análises mais simplificadas pode ser utilizado o software Fluxo Vento,
desenvolvido pela PUC Rio, que é um Programa Livre e permite uma aproximação
com o que irá ocorrer na realidade.

No Fluxo Vento não é possível visualizar áreas de turbilhonamento, por isso é


também importante utilizar a Mesa D’água.

Link para download:


http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/etools/fluxovento/

MESA D’ÁGUA
Uma forma de melhor observar a ocorrência do Fluxo de Ventos em uma edificação é
utilizar a Mesa D’água, que demonstrará a partir da água como um fluido e da fina
camada de espuma na superfície da mesma, as manifestações.

A Mesa D’água pode ser utilizada no Laboratório de Conforto Ambiental da


Universidade mediante agendamento com o professor responsável.
VEJA MAIS EM:

VENTILAÇÃO CRUZADA? EFEITO CHAMINÉ? ENTENDA ALGUNS CONCEITOS


DE VENTILAÇÃO NATURAL

https://www.archdaily.com.br/br/886541/ventilacao-cruzada-efeito-chamine-
entenda-alguns-conceitos-de-ventilacao-natural
BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS IMPORTANTES PARA ESTA AULA

BÁSICA

FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. 8. ed. São Paulo: Nobel, 2007. 243 p.
ISBN 9788585445393 (broch.).

GURGEL, Miriam. Design passivo: baixo consumo energético: guia para conhecer, entender e aplicar os princípios do
design passivo em residências. São Paulo: Senac São Paulo, 2012. 175 p. ISBN 9788539602643 (broch.).

COMPLEMENTAR
BROWN, G. Z.; DEKAY, Mark. Sol, vento & luz : estratégias para o projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2007. 415 p. ISBN 9788577800902. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577800902/cfi/0!/4/4@0.00:0.00. Acesso em: 8 maio
2017.

CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental.
2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Revan, 2009. 305 p. ISBN 9788571063976 (broch.).

HEYWOOD, Huw. 101 regras básicas para uma arquitetura de baixo consumo energético. São Paulo: Gustavo Gili,
2015. 239 p. ISBN 9788584520350 (broch.).

MATERIAL DE APOIO
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando Oscar Ruttkay. Eficiência energética na
arquitetura. 3. ed. Rio de Janeiro: Eletrobras, [20--].

ROMERO, Marta Adriana Bustos. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. [2. ed.]. São
Paulo: UNB, c2013. 123 p. ISBN 9788523010904 (broch.).

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