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FONTE: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/arquiteto-desenvolve-estrategias-para-levar-maior-conforto-ambiental-a-favelas/
A PROBLEMÁTICA DOS VENTOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Quanto mais alto na Troposfera, maior é a velocidade dos ventos e, quanto mais alto,
mais constante é a velocidade. Esta camada se chama Camada Limite.
Compreender de onde vem o vento e para onde ele vai contribui para a
compreensão dos seus efeitos nas edificações, tanto relacionados à térmica quanto
relacionados a esforços estruturais.
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES E (ou L): este ou leste, prefere-se "E" por
DEFINIÇÕES E CONCEITOS consistência com os colaterais;
N: norte;
ROSA DOS VENTOS:
Representa os quatro Pontos Cardeais e seus intermediários, Colaterais e O (ou W): oeste, prefere-se "O" por ser português;
Subcolaterais.
S: sul.
PONTOS SUBCOLATERAIS
ENE: lés-nordeste;
ESE: lés-sudeste;
SSE: sul-sudeste;
NNE: nor-nordeste;
NNO (ou NNW): nor-noroeste;
SSO (ou SSW): sul-sudoeste;
OSO (ou WSW): oés-sudoeste;
ONO (ou WNW): oés-noroeste.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa_dos_ventos
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Veja que neste dia os ventos dominantes estavam a ENE, que significa que está
vindo da direção entre Leste e Nordeste.
DIREÇÃO DOS VENTOS DOMINANTES
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
PELO INMET
Base de dados de uma análise de 29 anos, entre 1961 e 1990.
Pode-se ver a média do dia e por mês e inclusive a média anual.
Dados mais atuais podem ser solicitados para o próprio Instituto Nacional de
Meteorologia.
PELO WINDFINDER
É um site especializado em ventos principalmente para aeroportos e esportes
aquáticos que utilizam do vento como força motriz.
É o site com dados mais completos e complexos, mas sem fazer uma leitura média.
Mostra: Velocidade do Vento, Temperatura do Ar e Precipitação.
LINK: https://www.windfinder.com
1 Nó = 1,85 km/h
DIFERENÇA DE PRESSÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
O Ar Frio DESCE
É puxado para dentro pelo ar quente
Costuma ser o ar mais puro por ser
mais rico em oxigênio.
Resfria o ambiente.
O Ar Quente SOBE
Puxa o ar fresco para dentro
Costuma ser o ar mais impuro
Aquece o ambiente.
O AR QUENTE QUER SE ESFRIAR!
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Deste modo, deve-se entender quando se deve ou não permitir a entrada considerável
de ar nos ambientes a fim de manter o conforto térmico dos mesmos.
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Beaufort
O EFEITO CHAMINÉ
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Não necessariamente deve existir a presença considerável de ventos, uma vez que a
temperatura é o principal fator de ocorrência do fenômeno através da pressão;
Quanto mais baixas forem as aberturas de entrada de ar e quanto mais altas forem as As dimensões das aberturas para determinação do
fluxo de ar podem ser calculadas segundo fórmula e
aberturas de saída de ar, maior será o fluxo observado.
regras específicas, inclusive quando se considera a
ação dos ventos.
BARLAVENTO
VENTO NOS ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Em geral, pelo amanhecer e pelo entardecer, haverá brisas frescas que podem ser
aproveitadas nas edificações;
No clima Quente e Seco, o vento alivia muito pouco o calor e traz bastante poeira,
por isso deve-se impedir sua entrada nos interiores. Há bastante disponibilidade de
luz, por isso, pequenas aberturas são suficientes.
VENTILAÇÃO NÃO CRUZADA
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Em ambientes onde não exista mais de uma abertura, deve-se tomar o cuidado de
que a profundidade do ambiente não seja maior que 6 metros.
Além disso, é importante que as janelas sejam de abrir, otimizando a abertura real e
garantindo inclusive maior possibilidade de iluminação natural.
Para efetivação da Ventilação Cruzada deve-se utilizar vão com no máximo 20 metros
entre uma abertura e outra. Mas veja a norma de 5x a altura do pé-direito.
JANELAS, PORTAS E ABERTURAS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
O ideal é que os brises possam ter um afastamento das aberturas para que, mesmo
protegendo do sol, permita a entrada do vento;
Deste modo, atente-se em ter janelas mais generosas quando houver elementos que
barrarão o vento, como os brises, por exemplo.
JANELAS, PORTAS E ABERTURAS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
IGUAL IGUAL
Os arquitetos precisam visualizar e avaliar qual será o fluxo do vento inclusive para
que faça a definição de layout de mobiliário, prezando pelo conforto do usuário.
Quando se trata de resfriamento, a brisa fresca deve passar pelo corpo das pessoas e
não acima delas.
Isso deverá ser aplicado a todos os ambientes onde a ventilação é necessária para
resfriamento.
USO DE ELEMENTOS VAZADOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Atente-se aos elementos que podem estar funcionando como barreira ou use
elementos que funcionem como redirecionadores dos ventos.
Para isso deve-se atentar ao porte das espécies utilizadas, uma vez que a altura é um
dos fatores que contribuem para a forma como o vento irá fluir.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO + CONVECÇÃO
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Em climas Quentes e Secos é possível relacionar a Direção dos Ventos + Jardim / Água
+ Abertura no intuito de conseguir: Redução da Temperatura e Aumento da
Umidade.
Deve ser utilizado principalmente em Climas Quentes e Secos onde não há brisa.
E O USO DE VENTILADORES?
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Ventiladores podem ser muito úteis em locais onde o vento possui velocidade muito
baixa e pode auxiliar na renovação do ar dos ambientes, principalmente em Climas
Quentes e Úmidos.
Fonte: https://labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar
VENTO NOS ESPAÇOS URBANOS
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Muro ou cerca maciça de 1,5m desviará quase a totalidade dos ventos para cima das
construções vizinhas.
A mesma cerca com 2m tenderá a direcionar o vento ainda mais para cima. Neste
caso, ele só voltará ao solo a aproximadamente 20m de distância da cerca.
B)
Considerando um barreira de 2m de altura e um vento de 35km/h:
OUTROS EFEITOS
ESTEIRA REDEMOINHO ZONAS DIFERENTE PRESSÃO MALHA PIRÂMIDE
Efeito Pilotis
EFEITOS AERODINÂMICOS MAIS COMUNS
EFEITOS DO VENTO MAIS OBSERVADOS NO ESPAÇO URBANO
EFEITO PILOTIS:
Corrente de ar sob o imóvel. A entrada se dá de forma difusa mas a saída é a jato.
Efeito de Esquina
Principais Soluções: Edifício paralelo ao vento dominante; Complementar a base com
um pouco de vegetação; Dividir o fluxo através da porosidade do edifício; Evitar
pilotis paralelos, de forma contínua.
EFEITO DE ESQUINA:
Efeito de Barreira
Corrente de ar nos ângulos das construções.
EFEITO DE BARREIRA:
Corrente de ar com desvio em espiral.
EFEITO CANALIZAÇÃO:
Corrente de ar que flui por um canal a céu aberto formado pelas construções.
Principais Soluções: Traçado urbano com ruas cujo ângulo esteja entre 90° e 45°;
Afastamento das construções; Espaçamento de largura maior que 2x a altura dos
edifícios.
IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO
MAIS QUE BARREIRAS FÍSICAS
Para mais que barreiras físicas, a vegetação está para o espaço urbano como um
importante elemento na definição da temperatura e umidade.
Para mais que isso, a vegetação ainda pode ter uma importante contribuição
acústica.
SOFTWARE FLUXO VENTO E MESA D’ÁGUA
FLUXO VENTO
Para análises mais simplificadas pode ser utilizado o software Fluxo Vento,
desenvolvido pela PUC Rio, que é um Programa Livre e permite uma aproximação
com o que irá ocorrer na realidade.
MESA D’ÁGUA
Uma forma de melhor observar a ocorrência do Fluxo de Ventos em uma edificação é
utilizar a Mesa D’água, que demonstrará a partir da água como um fluido e da fina
camada de espuma na superfície da mesma, as manifestações.
https://www.archdaily.com.br/br/886541/ventilacao-cruzada-efeito-chamine-
entenda-alguns-conceitos-de-ventilacao-natural
BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS IMPORTANTES PARA ESTA AULA
BÁSICA
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. 8. ed. São Paulo: Nobel, 2007. 243 p.
ISBN 9788585445393 (broch.).
GURGEL, Miriam. Design passivo: baixo consumo energético: guia para conhecer, entender e aplicar os princípios do
design passivo em residências. São Paulo: Senac São Paulo, 2012. 175 p. ISBN 9788539602643 (broch.).
COMPLEMENTAR
BROWN, G. Z.; DEKAY, Mark. Sol, vento & luz : estratégias para o projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2007. 415 p. ISBN 9788577800902. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577800902/cfi/0!/4/4@0.00:0.00. Acesso em: 8 maio
2017.
CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental.
2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Revan, 2009. 305 p. ISBN 9788571063976 (broch.).
HEYWOOD, Huw. 101 regras básicas para uma arquitetura de baixo consumo energético. São Paulo: Gustavo Gili,
2015. 239 p. ISBN 9788584520350 (broch.).
MATERIAL DE APOIO
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando Oscar Ruttkay. Eficiência energética na
arquitetura. 3. ed. Rio de Janeiro: Eletrobras, [20--].
ROMERO, Marta Adriana Bustos. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. [2. ed.]. São
Paulo: UNB, c2013. 123 p. ISBN 9788523010904 (broch.).