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Os 10 exercícios do pensador
O LIVRO DE EXERCÍCIOS PARA TREINAR OBSERVAÇÃO, DEDUÇÃO E RACIOCÍNIO LÓGICO

Este é um livro prático, direto ao ponto. Nas próximas páginas terão exercícios, breves
explicações e exemplos de como os exercícios deverão ser feitos.

PARA MELHOR APROVEITAMENTO, VOU DEIXAR NESSA INTRODUÇÃO ALGUNS CONCEITOS QUE
VOCÊ PRECISA TER EM MENTE SEMPRE QUE FOR PRATICAR ALGUM DESSES TREINAMENTOS.

Observação Subjetiva
Aquele tipo de observação que nos deixamos levar por achismos. Pensamentos baseados no
nosso piloto automático preguiçoso que utiliza de preconceitos para tirar conclusões
precipitadas.

Exemplo de observação subjetiva: "Essa criança sofreu vários ferimentos na perna. Parece grave”

Observação Objetiva
Aquele tipo de observação que nos esforçamos para torná-lo o mais próximo possível da
realidade, com o máximo de descrições que podem ser metrificadas em algum tipo de escala
conhecida. Nunca se usa preconceito ou piloto automático, apenas usa-se o conhecimento
derivado da verdade para ser aplicado nas experiências futuras:

Exemplo de observação objetiva: “Essa criança sofreu três ferimentos na perna, ambos em
formatos de circulo do tamanho aproximado de moedas de um real, estão levemente amarelados
com bordas roxas.”
(LEITURA RECOMENDADA: INTELIGÊNCIA VISUAL: APRENDA A ARTE DA PERCEPÇÃO. LINK PARA O
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Tipos de raciocínio

Raciocínio Dedutivo
O raciocínio que junta duas ou mais premissas(observações objetivas com outras
observações ou conhecimentos científicos) com o intuito de somá-las e encontrar uma conclusão
palpável.

Exemplo de raciocínio dedutivo: “ (premissa 1 - conhecimento) manchas brancas nas unhas


indicam falta de minerais como cálcio, zinco, silício, ácido fólico e  vitamina  B12. (premissa 2 -
observação) João tem manchas brancas em mais de três unhas. (conclusão por soma) João tem
carência de minerais.

Raciocínio indutivo
Raciocínio muito perigoso de se trabalhar pois lida com probabilidades. E nós humanos,
adoradores do piloto automático, não perdemos uma chance de achar que algo é mais provável
que outra coisa, sem ter nenhuma prova ou estudo por trás, apenas baseado em nossos
achismos e preconceitos. Porém quando utilizado com conhecimento realmente baseado em
fatos, é útil para nos contar verdades.

Exemplo de raciocínio indutivo: As chances de eu ganhar na mega-sena da virada são as


mesmas chances de 1 em 50.063.860 ou seja, 0,000002%. As mesmas chances de ser morto por
14 bicos de aviões que caiam sobre minha cabeça. Logo, o tempo de comprar uma cartela em
busca de ganhar dinheiro vai ser 99.999998% melhor utilizado se eu usá-lo para pensar como de
fato fazer dinheiro.

(LEITURA RECOMENDADA: O ANDAR DO BÊBADO: COMO O ACASO DETERMINA NOSSAS VIDAS.


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Raciocínio abdutivo
Um dos raciocínios mais fáceis de de se utilizar quando feito por alguém que sabe utilizar.
É o preferido de Sherlock Holmes. Ao contrário do raciocínio dedutivo onde buscamos somar um
conhecimento a uma observação objetiva, na abdução procuramos subtrair as observações dos
conhecimentos, e o que sobrar deverá ser a verdade. Essa técnica necessita que você tenha
bastante conhecimentos sobre diversas áreas, e será sempre mais poderosa o quanto mais você
souber sobre as coisas. detalhe: informações verdadeiras. Muitas vezes você pode estar
consumindo fake news se estiver estudando por meio de blogs.

Exemplo de raciocínio abdutivo: (premissa 1 - observação) Os culpados mais prováveis são


essas 3 pessoas que estavam na cena do crime, mas sabemos que (premissa 2 - subtração) ele
era canhoto, então podemos excluir esses outros dois. (conclusão restante) Logo, esse último é o
culpado.

(LEITURA RECOMENDADA: QUALQUER LIVRO OU CONTO DE SHERLOCK HOLMES. LINK PARA


TODA COLEÇÃO: HTTPS://AMZN.TO/34SLRIH)

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Atenção:

Nesses exercícios é MUITO importante você errar. Ninguém está 100% imune a erros, e somente
treinando e errando constantemente que você consegue perceber onde está errando, onde está
deixando de ser objetivo, onde está deixando de observar os detalhes, pra você consertar na
próxima vez que for praticar.

O importante é praticar. Ninguém começa a fazer manobras radicais de bicicleta apenas vendo
um vídeo no YouTube. Você precisa aprender a andar, equilibrar, saltar e terá muitas quedas até a
sua primeira manobra radical.

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Lista de exercícios para treinar o raciocínio lógico

EXERCÍCIO 1
OBSERVAÇÃO E PERCEPÇÃO

Durante uma época no início do século XIX, a escola artística estava em um movimento chamado
de Realismo e Impressionismo, um dos artistas marcantes dessa época foi Edward Hopper,
famoso por retratar pessoas e situações reais do dia a dia. O google está cheio de quadros de
Hopper, e um bom exercício para treinar a sua observação objetiva é da mesma forma que eu
cito em meus vídeos, listar detalhe por detalhe que você consegue enxergar nessas fotos. E
Depois se possível fazer a correlação entre eles.

Exemplo do exercício 1: No quadro ao lado


de Edward Hopper vemos em destaque
uma mulher, sentada, lendo uma revista.
Até o momento não podemos dizer nada
relacionado a essa mulher, mas podemos
detalhar mais a cena inteira com várias
observações objetivas.

Podemos ver que a mulher usa um vestido


cinza escuro de comprimento até os
joelhos, mangas longas e um chapéu estilo
Cloche(uma pequena pesquisa no google
me informou o modelo, o que nos diz que
era uma moda dos anos 20 e nos permite
dizer quando isso aconteceu) de mesma
cor.

Está sentada em um banco de duas pessoas com estofado de cor verde com o encosto da
cabeça de cor branca. O banco está encostado na parede de trás e na parede da janela, e ainda
de frente para um outro banco. Ainda em cima do banco temos um outro caderno ou revista de
capa azul. As janelas mostram uma paisagem alaranjada, característico de fim de tarde, com uma
ponte construída sobre arcos por cima de um rio. Ao lado da janela temos um abajur de cor
branca e ainda mais acima temos o que parece ser um bagageiro.

Ao se atentar apenas para as observações feitas de forma objetiva, podemos dizer que estamos
vendo uma mulher que está viajando de trem em um final de tarde, e que lia uma revista para
matar o tédio de uma época sem celular em torno dos anos 20-30. E isso se confirma pelo nome
e ano do quadro: Edward Hopper, Compartment C, Car 193, 1938.


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EXERCÍCIO 2
OBSERVANDO DURANTE O TÉDIO 1

Sempre que entrar em um ônibus, ao se sentar, escolha uma pessoa que esteja perto de você
para ser sua “cobaia”. Depois de escolhido, faça como no primeiro exercício e liste tudo o que
puder. Use um bloco de notas se necessário.

Dessa vez, após fazer todas as suas observações objetivas, use os raciocínios ensinados para
responder as seguintes perguntas:

-Classe econômica. Por que?

-M o t i v o p r o v á v e l d e e s t a r
pegando esse ônibus à essa hora.
Por que?

-O que essa pessoa estava


fazendo antes de pegar esse
ônibus? Por que?

-Com o que essa pessoa trabalha/


estuda? Por que?

-Como é a personalidade dessa


pessoa? Por que?

Sempre que você se perguntar o


por que de alguma das perguntas,
é para você por a prova a
objetividade do seu raciocínio. Se de repente você responder: “Porque eu acho isso”ou “porque
isso é assim”(e aí você se pergunta: Isso realmente é assim ou é achismo meu?) E também, você
vai treinar o seu cérebro a perceber os caminhos que você percorre para tirar determinadas
conclusões. Exatamente como acontece nas obras de Sherlock Holmes: Sherlock dá uma
resposta impressionante, todos perguntam o porquê, e ele expõe seu raciocínio.

No caso, a foto para exemplificar é uma imagem meramente ilustrativa, então sabemos que a
mulher é uma modelo oriental, russa. E com uma produtora que conseguiu um ônibus inteiro pra
ela. Provavelmente passou o tempo anterior a sessão de fotos em no camarim escolhendo roupa
e com um maquiador profissional, e depois disso vai passar em um fast food com os produtores
pra poder comer (acredite, sessões de fotos são longas e ninguém gosta de ficar com fome)

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EXERCÍCIO 3
OBSERVANDO DURANTE O TÉDIO 2

Assim como no exercício 2, esse exercício vai treinar a sua observação e percepção em um
ambiente cheio, porém, ao invés de ser em um ônibus, é uma prática para ser feita em
restaurantes e lanchonetes, esteja você sozinho ou acompanhado. Olhe para uma mesa perto de
você que tenha algumas pessoas conversando. E discuta consigo ou com seus amigos as
seguintes perguntas baseado em observação tanto de vestuário, aspectos corporais e linguagem
corporal:

- Qual a relação entre as pessoas daquela mesa? São íntimos? namorados? amigos? Por que?

- Qual das pessoas dessa relação está mais interessada e qual está menos interessada?

- O que será que eles fizeram antes de


chegar aqui? E o que será que vão fazer
depois?

- Baseado em como tal pessoa se


relaciona com a outra, como deve ser a
personalidade dela? E da outra?

- Qual o aspecto econômico de cada uma


das pessoas da roda?

- Com o que será que cada pessoa


trabalha/estuda?

Mais uma vez caímos em um exemplo em


que a imagem, meramente ilustrativa, retrata
modelos comendo. Mas imagine-se no
shopping. Descobrir se aquele grupo de amigos trabalha em alguma loja por lá, ou se estão
esperando o horário do cinema de acordo com o que estão vestindo, grau de ansiedade pela
linguagem corporal. Ou aquele casal em que ambos estão inclinados um para o outro quase
como se tivessem acabado de começar a namorar… as vezes foi isso mesmo.

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EXERCÍCIO 4
CONSCIÊNCIA SITUACIONAL - MINI-MAPA

Consciência situacional é o conceito que define o quanto de atenção você tem dedicada ao
ambiente e situação em que você se encontra. Um boa forma de exemplificar é quando estamos
em um ambiente em que temos noção de todos os lugares, janelas, entradas e saídas, funis e
pessoas. E dentre essas pessoas, estamos atentos para possíveis ameaças, surpresas, situações
e oportunidades. E Como desenvolver esse nível de consciência situacional? Bem, podemos
aproveitar o conceito dos mini-mapas de vídeo games.

Na maioria dos jogos que necessita


do mínimo de estratégia, temos em
acompanhamento um mini-mapa
que delineia os obstáculos e
objetos, entradas e saídas, pontos
de interesse de uma forma brilhante
e os outros jogadores, tanto inimigos
como aliados. Ainda no próprio jogo
as possíveis ameaças são marcadas
com uma linha vermelha e isso torna
um jogo de estratégia mais fácil de
se jogar. Não é atoa. Consciência situacional é uma tecnologia de informação que auxilia na
criação de estratégias, na execução de planos e nas ações emergenciais.

Com esse conceito e conhecimento na mente, você pode aplicar o mesmo na sua vida. Sempre
que você estiver passando por um lugar, tente visualizar na sua mente um mapa mental da
mesma forma que acabou de ser descrita no parágrafo anterior. Desenhe os obstáculos, objetos,
pontos de interesse, aliados, possíveis ameaças e para ajudar na sua observação tente sempre
responder o por quê tal coisa é um ponto de interesse ou porque você acha que algo ou alguém
é uma ameaça. Você pode se surpreender pelas pessoas que parecem inocentes, mas que tem
um potencial de ameaça, e também se surpreender quando perceber observações subjetivas
quando perceber algum preconceito que nem sabia que tinha.

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EXERCÍCIO 5
USE SEUS AMIGOS PARA GANHAR FEEDBACK

Sempre que você se encontrar com algum amigo, tente dizer o que ele estava fazendo antes de
vocês se encontrarem com base em observações objetivas. É uma grande oportunidade de
treinar que estamos sempre “perdendo”, mas que é muito útil por que a pessoa pode te dar a
certeza se você acertou ou não.

Daí que começa o aprendizado. Pergunte para ele o que ele estava fazendo antes, já que você
errou. E então coloque sua observação objetiva para trabalhar e perceber quais coisas, quais
detalhes físicos que ele ou a situação apresenta, que juntando dentro de um raciocínio te levaria
para a resposta certa.

Feito isso, anote exatamente essa observação e esse raciocínio para que você mantenha essa
nova situação na sua biblioteca mental. Dá próxima vez que identificar as mesmas
características, as mesmas migalhas ou manchas, você saberá exatamente o porquê esses
detalhes estão ali.

Exemplo: Seu amigo chega e você vê


que no bolso lateral da mochila dele tem
um guardanapo engordurado amassado
com migalhas amareladas. Aí você olha
pra blusa dele e vê duas ou três
migalhas e percebe que seu lábio está
brilhoso (e bem, ele é um homem que
não costuma usar gloss labial). Aí para
efeitos dramáticos você fala: “E aí, jão,
tava comendo risole ou coxinha?” E ele
se assusta como se você fosse um
psíquico ou um stalker.

Exemplo2: Sua amiga chega e você olha para a blusa dela e vê que tem vários pelos brancos
pela roupa, e você sabe que ela não tem nenhum Pet em casa. Então todo bonitão você vai e
fala: “ééééé, Aninha, quer dizer que finalmente arrumou aquele gato que você queria?”

Então ela te olha com uma cara de dúvidas, e te explica que na verdade ela tinha ido visitar a tia
dela que mora perto e ficou brincando com os gatos dela.

Para o aprendizado você percebe que hoje a Ana está com a mochila mais lotada que o normal,
significa que ela estava provavelmente levando mais roupas e itens de maquiagem que não teria
acesso em outro lugar, se não sua casa, e que a blusa dela estava ligeiramente amassada, sendo
que ela sempre usava blusas impecavelmente passadas. Anoto isso no caderno e lembro sempre
de olhar esse tipo de detalhe nas próximas vezes que me deparar com pelos em uma roupa.

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EXERCÍCIO 6
ESTEJA ATENTO PARA AJUDAR SEUS AMIGOS

Se você já assistiu ou leu Sherlock Holmes, pode perceber que ele tinha uma mania muito
inteligente e possivelmente chata: Ele corrigia seus parceiros e a polícia constantemente, porque
eles não conseguiam ser objetivos em suas observações.

“Não, inspetor, esse caso claramente é um homicídio. Veja. Observando a caneca de café, o lado
em que a caneta está do bloco de anotações, o lado que a faca está em relação ao manteigueiro
a vítima claramente é canhota, mas a arma se encontra na mão direita. Ele teria que fazer um
bom malabarismo com o braço dominante pra acertar essa precisão e depois de morto trocar a
arma de mão pra poder estar nesse estado.”

Você não precisa necessariamente corrigir as conclusões dos seus amigos, o que também é um
bom exercício, mas foque-se em duas coisas:

A primeira é sempre que um amigo começar a


fazer observações subjetivas sobre alguma
coisa, você começa a fazer perguntas para ele
que forçam ele a ser objetivo.

A Segunda é perguntar o “por quê você acha


isso?” Sempre que ouvir uma observação
subjetiva. Muitas vezes a pessoa irá
responder: “Porque sim” ou “Porque é o que
parece” ao invés de citar uma dedução,
indução ou abdução (no sentido literal, como
explicado no início deste livro. Observação -
ou + conhecimento).

Ensinar algo para alguém é uma ótima forma


de aprender. Muitas vezes você estará
corrigindo e ajudando em uma observação que você mesmo nunca fez sozinho, mas a partir
dessa ajuda, esse conhecimento vai fazer parte do seu leque de experiências.

Um bom exemplo desse exercício é o caso fictício do assassinato no início desta página. Sempre
que ouvir algo que você identificou como subjetivo, coloque seus amigos para pensar. É um
forma tanto de melhorar sua cognição como ajudar os seus amigos a serem mais objetivos em
suas observações. Assim caso eventualmente tal amigo venha a ser seu parceiro de dedução,
você terá mais facilidade em encontrar coisas. Dois com um olhar apurado fica mais fácil que
apenas um.

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EXERCÍCIO 7
ENGENHARIA REVERSA

Engenharia seria os passos que leva até algo ser construído. Uma cena por exemplo.

Engenharia reversa seria pegar uma cena, e desconstruir ela até o passo inicial.

Acostume-se a fazer a engenharia reversa quando você encontra algo fora do normal.
Suponhamos que você está caminhando pelas calçadas indo para algum lugar rotineiro, e
quando vira a esquina vê dois carros amassados, uma viatura de polícia e duas pessoas
nervosas enquanto o policial sai da viatura em direção a eles. Você obviamente que não é
nenhum debiloide com -4 de QI sabe que rolou um acidente alí.

Nesse momento, porém, você pode treinar suas funções cognitivas fazendo a engenharia
reversa.

Olhe as manchas de pneu no chão, a


posição dos carros, onde que estão os
amassados, se por acaso tem cacos de
vidro em algum lugar mais específico que
outro. Isso tudo conta uma história e com
essas observações você consegue fazer
a engenharia reversa, desde o início da
cena, e aí você será capaz de contar essa
história, exatamente da forma que
aconteceu, sem nem mesmo ter
presenciado o acontecimento.

Veja como exemplo a imagem ao lado. O


carro está claramente danificado na
lateral direita, mais especificamente da
porta do motorista até a frente, e como
vidro quebrado e amassados na parte de
cima. O que seria mais provável nessa imagem segundo as observações objetivas que temos?

Sem nenhuma informação (nem prévia, e nem depois, afinal essa foto foi tirada de um banco de
imagens gratuitas e não contem explicações) conseguimos dizer que o acidente aconteceu em
um cruzamento, em altíssima velocidade, o carro girou sem controle e bateu em algum cano/
poste que caiu em cima do veículo de forma diagonal, pegando da roda dianteira direita até a
roda traseira esquerda, o que explica o vidro e o teto amassado.

Não se foque apenas em acidentes, são os exemplos mais fáceis. Quis dizer para fazer
engenharia reversa de coisas que estão fora do normal. O machucado de alguém de acordo com
a cor e formato, ou algum tipo de amassado ou arranhado em algum material. Tudo conta uma
história. Cabe a você lê-la. (wow, filosofei)

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EXERCÍCIO 8
CONHECIMENTO GERAL-ESPECÍFICO

Comece a prestar atenção, procurar e principalmente tomar nota de todo tipo de conhecimento
Geral-Específico que você se depara.

O que é conhecimento Geral-Específico? Basicamente é como chamo os conhecimentos que são


considerados conhecimentos gerais só que dentro de áreas específicas. Por exemplo, saber de
forma rasa pra que serve cada componente da placa-mãe é um conhecimento geral na área de
Tecnologia da informação, mas não é considerado conhecimentos gerais. Então assim categorizo
o que é conhecimento geral-específico.

Então procurar ter esse tipo de conhecimento


sobre o máximo de áreas possíveis e sempre
anotar e tentar aprender.

Essas coisas vão ser muito úteis, por que são


um dos combustíveis para uma boa dedução.
A soma ou subtração de informações de
conhecimento com informações de
observação.

Basicamente, existem algumas áreas


importantes que você pode começar hoje a
procurar essas “curiosidades”. Como
Tecnologia da informação, Estatística e
Probabilidades, Finanças, Nutrição, Biologia
humana e medicina, Química, Alguma luta,
Biomecânica, gastronomia, política, história e
eletrônica.

Os conhecimentos gerais dentro dessas áreas


específicas são suficientes para responder
90% das perguntas que vão surgir dentro de
uma situação do cotidiano. E vamos que
Sherlock chama o Mycroft de Wikipedia humana como uma das poucas coisas boas que o
próprio acha que vale a pena exaltar.

Um bom exemplo é você se passar por um especialista em alguma área quando você entender
alguns processos e termos técnicos, criando uma confiança. Outro exemplo é que você vai ser
visto como alguém de muito conhecimento, sempre que surge um problema você sabe explicar a
provável causa daquilo e de repente até como consertar.

E outro exemplo é que caso você more sozinho, você não vai precisar de procurar profissionais
para tudo o que acontecer. Afinal você tem uma boa noção sobre os acontecimentos dentro de
suas áreas específicas.

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EXERCÍCIO 9
PALÁCIO MENTAL

Sempre que estiver meditando, reserve um tempo para praticar a técnica do palácio mental com
o exercício a seguir.

O palácio mental, também conhecido como palácio da memória consiste em durante a


meditação, se imaginar em um local criado ou conhecido (de preferência conhecido para ser mais
fácil) relativamente limpo e organizado em que você consegue imaginar tudo o que se precisa
lembrar sendo colocado nesse lugar. Logo tudo o que estiver fora do lugar e fora da organização
quando você voltar ao seu palácio é o que
você precisa lembrar.

A técnica é boa pra memória porque além de


você exaltar as características do assunto a
se lembrar, você repassa aquilo outra vez na
sua cabeça. E todos nós sabemos que a
repetição é a mãe do aprendizado.

É aqui que entra o exercício 9. Sempre que


puder, a noite, medite e visite o seu palácio
mental. E durante a sua estadia, revise tudo o
que você aprendeu durante esse dia. Rever
uma matéria depois de um tempo “off” ajuda
a fortalecer os neurônios; Meditar ajuda a
limpar a mente; e estudar antes de dormir
melhora a retenção do aprendizado.

Ou seja, juntamos 3 conhecimentos


científicos com a técnica palácio mental e
quadruplicamos a eficiência dos aprendizados
sobre nossas práticas.

Tenho certeza que depois dessa você nunca mais vai esquecer de observar a faca do lado
esquerdo do manteigueiro :D

Um exemplo para essa prática seria ao estar no seu palácio mental, repassar as informações do
exercício citado em que você corrige seus amigos com pergunta para tornar suas observações
objetivas.

Repassar as informações é uma boa prática para qualquer exercício inclusive. Também pode ser
usado em outras coisas como estudos para a escola/faculdade/trabalho. É uma ótima forma de
entender a matéria de uma prova, ou repassar como vai ser a sua apresentação, sobre que
coisas você vai falar e como você vai falar.

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EXERCÍCIO 10
LEIA/RELEIA SHERLOCK HOLMES

É. Parece bobo, mas primeiro: muita gente que consome os conteúdos do meu canal não leram o
cânone. E Segundo que apesar de ser um personagem fictício, todos os aspectos foram
baseados na realidade, incluindo o próprio Sherlock Holmes que foi baseado no Dr. Joseph Bell.
Famoso por conseguir dizer qualquer coisa de qualquer pessoa. Até fazia apresentações do tipo.

Sherlock Holmes além de te apresentar histórias interessantes, te mostra pelo menos 3 tipos de
deduções por história:

A primeira, quando a clientela
chega em 221b, e que Sherlock diz
coisas sobre a(s) pessoa(s).

A segunda, quando Watson tenta ir


desvendando o caso junto com a
gente (para quem não leu, Watson é
o narrador das histórias).

E a terceira, quando Sherlock nos


apresenta o caso inteiro com todas
as suas deduções sobre suas
conclusões e do porque as coisas
aconteceram como aconteceram.

É um ótimo aprendizado junto com um ótimo entretenimento.

E o que há de melhor quando conseguimos nos divertir e melhorar nosso raciocínio lógico ao
mesmo tempo? (Não me responda, muita gente conseguiria pensar em muita coisa kk mas pra
mim esse é o melhor quadro).

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BONS ESTUDOS!

TODOS OS DIREITOS ATRIBUÍDOS À


PAULO DALBONI

CASO TENHA ADQUIRIDO ESTA CÓPIA FORA DA


PÁGINA DA HOTMART, ENVIAR EMAIL PARA:
DALBONIP+JURIDICO@OUTLOOK.COM

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