Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EM ELETROTÉCNICA
MÓDULO II
PROJETOS ELÉTRICOS E MEDIÇÃO DE GRANDEZAS
ELÉTRICAS
MÓDULO III
PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO E
MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA
MÁQUINAS ELÉTRICAS
Autores:
James Silveira
João Carlos Martins Lúcio
Marco Antonio Juliatto
CEFET/SC
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA
Av. Mauro Ramos, 950 - Centro - 88.020-300 - Florianópolis - SC
Diretor Geral
Consuelo Aparecida Sielski Santos
Diretor da Unidade de Florianópolis
Anderson Antônio Mattos Martins
Diretor de Relações Empresariais e Comunitárias
Marcelo Carlos da Silva
Gerente Educacional de Eletrotécnica
Carlos Ernani da Veiga
Coordenador Administrativo da Gerência de Eletrotécnica
Eugênio Camison Avello
Coordenador Pedagógico da Gerência de Eletrotécnica
Anésio José Macari
INTEC
INSTITUTO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO
Rua Trajano, 265 sala 1002 – Centro - 88010-010 - Florianópolis / SC
Diretor Presidente
Marcelo Carlos da Silva
Gerente Geral
Lucilene de Souza Maluche
ELETROSUL
ELETROSUL CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
Rua Deputado Antonio Edu Vieira, 999 - Pantanal - 88040-901 - Florianópolis - SC
Diretor Presidente (Interino)
José Drumond Saraiva
Diretor de Gestão Administrativa e Financeira
Antonio Waldir Vituri
Diretor Técnico
Ronaldo dos Santos Custódio
Departamento de Gestão de Pessoas
Antonio Manuel Henriques Martins Tavares
Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas
Sandra da Silva Peres
Coordenação do Projeto Educar
Maristela Marinho da Silva Ribeiro
Nádia Clasen Gagliotti
Rosângela Teske Corrêa
ELETROTÉCNICA
EQUIPE RESPONSÁVEL
Supervisor Geral
James Silveira
Desenvolvimento Administrativo
Ramon José Rodrigues
Desenvolvimento Pedagógico
Walcir Miot Fernandes
Desenvolvimento Técnico
João Carlos Martins Lúcio
Produção Gráfica
Lex Graf Ltda
Apresentação
Caros alunos,
É hora de um novo desafio!
Como nos eixos temáticos anteriores seu esforço ditará os resultados. Nós,
que estaremos ao seu lado ao longo de todo este trabalho, desejamos um amplo
sucesso em mais esta empreitada.
Os Autores
SUMÁRIO
1 TRANSFORMADORES ............................................................................................................ 1
1.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 1
1.2 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS BÁSICOS .................................................................................... 2
1.2.1. Formas básicas de construção do transformador ...................................................... 2
1.2.2. O núcleo .................................................................................................................... 2
1.2.3. Os enrolamentos ....................................................................................................... 2
1.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................................. 3
1.4 RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E FLUXO NUMA BOBINA PERCORRIDA POR CORRENTE ALTERNADA ...... 3
1.5 CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO .............................................................................................. 5
1.6 TRANSFORMADOR MONOFÁSICO ........................................................................................... 6
1.6.1. O transformador ideal ................................................................................................ 6
1.6.2. Funcionamento a Vazio ............................................................................................. 6
1.6.3. Diagrama fasorial do trafo ideal a vazio ..................................................................... 7
1.6.4. Funcionamento com carga ........................................................................................ 7
1.6.5. Diagrama fasorial do trafo ideal com carga ............................................................... 9
1.6.6. Transformador real .................................................................................................... 9
1.6.7. Circuito equivalente do transformador real .............................................................. 12
1.6.8. Descrição dos elementos, grandezas e suas influências ........................................ 14
1.6.9. Diagrama fasorial do trafo real com carga ............................................................... 16
1.6.10. Circuito equivalente referido ao primário ............................................................... 19
1.6.11. Fluxo de potência no transformador ...................................................................... 21
1.6.12. Rendimento do transformador ............................................................................... 23
1.6.13. Regulação de tensão do transformador................................................................. 23
1.6.14. Exercícios resolvidos ............................................................................................. 24
1.6.15. Exercícios propostos ............................................................................................. 30
1.7 TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS......................................................................................... 32
1.7.1. Banco de transformadores monofásicos ................................................................. 32
1.7.2. Configuração do transformador trifásico .................................................................. 33
1.7.3. Circuito Equivalente ................................................................................................. 33
1.7.4. Ligações mais comuns ............................................................................................ 34
1.7.5. Deslocamento angular ............................................................................................. 35
1.7.6. Polaridade ............................................................................................................... 37
1.7.7. Agrupamento de transformadores em paralelo ....................................................... 38
1.8 AUTOTRANSFORMADOR ...................................................................................................... 40
1.8.1. Funcionamento do autotransformador ..................................................................... 40
1.8.2. Vantagens e desvantagens dos autotransformadores............................................. 41
1.8.3. Relação de tranformação ........................................................................................ 41
1.8.4. Potência dos autotransformadores .......................................................................... 42
1.8.5. Exercícios resolvidos ............................................................................................... 42
1.8.6. Exercícios propostos ............................................................................................... 43
2 MOTOR DE INDUÇÃO ........................................................................................................... 45
2.1 HISTÓRIA DO MOTOR DE INDUÇÃO ....................................................................................... 45
2.2 MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO (MIT) ................................................................................. 47
2.2.1. Principais componentes........................................................................................... 47
2.2.2. Campo magnético girante ........................................................................................ 48
2.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE INDUÇÃO ........................................................ 51
2.3.1. Velocidade do campo girante .................................................................................. 52
2.3.2. Escorregamento ...................................................................................................... 53
2.3.3. Freqüência das tensões induzidas no rotor ............................................................. 53
2.3.4. Equilíbrio dinâmico do motor de indução ................................................................. 54
2.3.5. Torque no eixo do motor.......................................................................................... 54
2.3.6. Fluxo de potência do motor de indução ................................................................... 54
2.3.7. Rendimento do motor .............................................................................................. 55
2.3.8. Categorias de motores de indução .......................................................................... 55
2.3.9. Partida dos motores de Indução .............................................................................. 56
2.3.10. Circuito equivalente do motor de indução trifásico ................................................ 58
2.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS .................................................................................................... 64
2.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................................................................... 69
2.6 MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO (MIM) ............................................................................. 70
2.6.1. Motor de fase dividida .............................................................................................. 70
2.6.2. Motor com capacitor de partida ............................................................................... 72
2.6.3. Motor com capacitor permanente ............................................................................ 73
2.6.4. Motor com duplo capacitor ...................................................................................... 73
2.7 EXERCÍCIO RESOLVIDO ....................................................................................................... 74
2.8 EXERCÍCIO PROPOSTO ........................................................................................................ 75
3 MÁQUINA SÍNCRONA ........................................................................................................... 78
3.1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 78
3.2 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS BÁSICOS ................................................................................. 78
3.2.1. Estator ..................................................................................................................... 78
3.2.2. Rotor ........................................................................................................................ 79
3.3 OPERAÇÃO DA MÁQUINA SÍNCRONA COMO GERADOR ELÉTRICO – ALTERNADOR .................... 79
3.3.1. Princípio de Funcionamento do Alternador .............................................................. 80
3.3.2. Freqüência da Tensão Elétrica Gerada por um Alternador ..................................... 83
3.3.3. Tipos de Excitação .................................................................................................. 83
3.3.4. Tipos de Máquinas Primárias .................................................................................. 85
3.3.5. Circuito Equivalente do Alternador .......................................................................... 86
3.3.6. Operação do Alternador a Vazio e com Carga – Controle da Geração de Energia
Elétrica ................................................................................................................... 87
3.3.7. Potência Elétrica Gerada pelo Alternador ................................................................ 93
3.3.8. Curvas Características do Alternador ...................................................................... 96
3.3.9. Rendimento e Regulação de Tensão do Alternador ................................................ 98
3.3.10. Operação de Alternadores em Paralelo ............................................................... 100
3.3.11. Exercícios Resolvidos .......................................................................................... 102
Exercícios Propostos ....................................................................................................... 104
3.4 OPERAÇÃO DA MÁQUINA SÍNCRONA COMO MOTOR ELÉTRICO – MOTOR SÍNCRONO .............. 105
3.4.1. Partida e Princípio de Funcionamento do Motor Síncrono .................................... 106
3.4.2. Circuito Equivalente do Motor Síncrono ................................................................ 109
3.4.3. Operação do Motor Síncrono a Vazio e com Carga .............................................. 110
3.4.4. Ajuste do fator de Potência do Motor Síncrono ..................................................... 114
3.4.5. Exercícios Resolvidos ........................................................................................... 117
3.4.6. Exercícios Propostos ............................................................................................. 120
4 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA .............................................................................. 122
4.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 122
4.2 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS BÁSICOS ................................................................................ 123
4.2.1. Carcaça ................................................................................................................. 124
4.2.2. Rotor ...................................................................................................................... 124
4.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DAS MÁQUINAS CC............................................................. 124
4.3.1. Funcionamento do Comutador .............................................................................. 126
4.3.2. Interpolo e enrolamento compensador .................................................................. 128
4.4 CIRCUITO EQUIVALENTE REAL ............................................................................................ 131
4.4.1. Aspectos do circuito elétrico .................................................................................. 134
4.4.2. Controle de velocidade de MCC ............................................................................ 136
4.4.3. Métodos de ajuste de velocidade nos MCC .......................................................... 138
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 140
1 Transformadores
Competências e habilidades
Habilitar o educando a analisar os fenômenos que regem o
funcionamento dos motores de indução, bem como equacioná-
los e determinar seus principais parâmetros.
1.1 Introdução
(a) (b)
Figura 1.2 - Configurações para transformadores: (a) núcleo envolvido; (b) núcleo
envolvente.
1.2.2. O núcleo
1.2.3. Os enrolamentos
1.4 Relação entre tensão e fluxo numa bobina percorrida por corrente
alternada
im
t
Observe que a
tensão está
adiantada de 90o com
e1 relação ao fluxo
(corrente).
Isso já era esperado,
t considerando que o
circuito em análise é
indutivo.
E1
E2
a (1.10)
O fluxo que se estabelece no núcleo não pode ser alterado, uma vez
que ele é imposto pela tensão V 1 . Aparecerão, então, no primário, uma corrente
I 1´ (corrente de reação do primário) e uma força magnetomotriz 1 N 1 .I 1'
para anular o fluxo produzido pela força magnetomotriz 2 , de tal forma que o
fluxo no núcleo não se altere. Assim, temos:
1 2 ou N 1 .I 1 N 2 .I 2
'
I2 N
a 1 (1.11)
I 1' N 2
Relacionando com a expressão para tensão temos:
I2 E N
a 1 1 (1.12)
I 1' E 2 N 2
Note que para o fluxo não se alterar, respeitando a Lei de Lenz , o
fluxo 2 produzido pela corrente I 2 deve ser anulado pelo fluxo 1 produzido
pela corrente I 1' . Para que isso aconteça é necessário que essas correntes
estejam em fase, de tal forma que para qualquer instante de tempo os fluxos se
anulem mutuamente. Observe na figura 1.9 que os fluxos 1 e 2 circulam em
sentidos opostos e, por terem a mesma amplitude, anulam-se e, dessa forma, a
resultante de fluxo no núcleo é somente o fluxo principal .
X 2 .L2 (1.14)
V 2 E 2 R2 I 2 jX 2 I 2 (1.17)
As equações (1.16) e (1.17) mostram a necessidade que temos em
considerar as quedas de tensão causadas pelos elementos R1 , X 1 , R 2 e X 2 ,
que representam a não idealidade dos enrolamentos, visto que os mesmos, ao
serem atravessados pela corrente elétrica, modificam a relação entre as
tensões terminais.
b) Tensões
V 1 – Tensão de alimentação do transformador: também chamada de
tensão do primário, é aquela que impõe o fluxo principal da máquina; enquanto
ela não muda, o fluxo que circula pelo núcleo também não pode mudar.
c) Correntes
I 1 – Corrente do primário: juntamente com a tensão do primário,
representa toda a energia absorvida pelo transformador, para criar o fluxo
principal, alimentar a carga e também suprir todas as perdas envolvidas no
processo de transmissão da energia do primário para o secundário.
Primário
Secundário
Figura 1.16 - Exemplo de diagrama fasorial para um trafo ideal com carga
.
A tensão induzida no secundário corresponde a E 2 , e servirá como
referência, portanto sua representação fasorial está localizada na origem
(ângulo de 0o);
.
Como exemplo de carga, indicamos uma corrente I 2 atrasada da tensão
.
V 2 de um ângulo 2 (portanto, carga indutiva);
.
Quando esta corrente I 2 (corrente de carga) circula pelo enrolamento
.
secundário, provoca uma queda de tensão na resistência R2 ( V R 2 ), e
.
também na reatância de dispersão X 2 ( V jX 2 ), como mostrado no
diagrama da Figura 1.16. Perceba que a queda de tensão na resistência
.
tem o mesmo ângulo da corrente I 2 enquanto que a provocada na
reatância está defasada de 90º Veja o porquê:
. .
V R 2 R2 . I 2 R2 . I 2 2 V R 2 2 (1.18)
. .
V jX 2 jX 2 . I 2 X 2 90 0 . I 2 2 VR 2 2 90 o (1.19)
. .
V jX 1 jX 1 . I 1 X 1 90 0 . I 1 1 VR1 1 90 o (1.21)
2
I
2
I2
RC .I 2 RC '.I 1 RC ' RC . RC . 2
2 2
Então: 2
I1 I1
I2
Como: a , temos: RC ' RC .a 2
I1
I2
V2 ' V2 .a I 2' I 1´
a
I p´ I p .a I m´ I m .a I 0´ I 0 .a
V1 Rp Xm
V1´ R p´ X m´
a a2 a2
PRp P fe R p .I p
2
(1.25)
2
E1
ou ainda: PRp P fe (1.26)
Rp
Máquinas Elétricas 23
Pc arg a P2
% 100% % 100% (1.28)
Pentrada P1
V1 1
a V1 a .V 2 .220 110 V
V2 2
Resolução:
a) O rendimento é a relação entre a potência entregue à carga e a potência
absorvida da rede. Dessa forma, devemos calcular as potências de saída
(entregue à carga), e a de entrada, que nada mais é do que a potência
entregue à carga somada às perdas, assim:
P2 S 2 . cos 2000 .1 2000 W
P1 P2 Perdas 2000 130 2130 W
P 2000
% 2 x 100% x 100%
P1 2130
Máquinas Elétricas 25
% 93 ,90%
b) P2 S 2 . cos 2000 .0 ,8 1600 W
P1 P2 Perdas 1600 130 1730 W
P 1600
% 2 x 100% x 100%
P1 1730
% 92 ,48%
Resolução:
a) Se a carga diminuir, a corrente que circula nos enrolamentos também
diminuirá e, conseqüentemente, as quedas de tensão. O resultado é uma
diminuição do valor da regulação, que idealmente deveria ser zero.
Resolução:
N1
a) A relação de transformação é definida por: a , então:
N2
1000
a 10
100
Máquinas Elétricas 26
V1
b) Em um trafo ideal, a relação de transformação a é válida,
V2
220 220
logo: 10 V2
22V
V2 10
c) A corrente de carga pode ser calculada através de: S 2 V2 .I 2 ,
portanto:
S 2 440
I2 20 A
V2 22
I 20
E, como: a 2 , temos: I 1 2A
I1 10
Obs: Perceba que como o transformador é ideal não haverá perdas e,
portanto, a potência da carga será igual à potência de entrada, então:
Potência na carga: P2 V2 .I 2 . cos 22.20.1 440W
Potência de entrada: P1 V1 .I 1 . cos 220.2.1 440W
I2 20 36 ,87 o
E, como: a , temos: I 1 2 36 ,87 o A
I1 10
Obs: Perceba novamente que como o transformador é ideal não haverá
perdas e, portanto, a potência da carga será igual à potência de entrada;
porém, como o fator de potência mudou, a potência ativa também é alterada.
Observe:
Potência na carga: P2 V2 .I 2 . cos 22.20.0 ,8 352W
Resolução:
Esse exercício tem como objetivo mostrar que a tensão a ser aplicada
no primário de um transformador, caso suas quedas de tensão não sejam
compensadas, será superior ao valor definido pela relação de transformação.
Mostra, também, que existem perdas internas que inflenciam no rendimento
final da máquina.
E, finalmente, queremos mostrar que uma máquina pode ser
equacionada, com razoável nível de precisão, através de um circuito elétrico
convencional.
Para iniciar a resolução do problema, podemos referir todo o circuito
equivalente para o primário. Dessa forma temos:
N 1 1000
a 10 V2 ' V2 .a 220.10 2200 V
N2 100
R2 ' R2 .a 2 0 ,01.10 2 1,0
X 2 ' X 2 .a 2 0 ,02.10 2 2 ,0
Montamos então o circuito equivalente referido ao primário (figura
1.24):
S 2 22000
a) I2 100 A
V2 220
2 cos 1 ( 0 ,92 ) 23 ,07 o
Rp 4000
. E1 2217 ,120 ,37 o
Im A 0.004 j0 ,71 A
o
0 ,
71 89 ,67
jX m 3000 90 o
. . .
I0 I p Im
.
I 0 0 ,53 j0 ,003 0.004 j0 ,71
.
I 0 0 ,534 j0 ,713 A 0 ,89 53 ,17 o A
. . .
I 1 I 1' I 0
.
I 1 9 ,20 j 3 ,92 0 ,534 j0 ,713
.
I 1 9 ,734 j 4 ,633 A 10 ,78 25 ,45 o A
Então, a queda de tensão no enrolamento primário é:
. . .
V 1 Z 1 . I 1 ( R1 jX 1 ). I 1 ( 1,0 j 2 ,0 ).10 ,78 25 ,45 o
.
V 1 2 ,2463 ,43 o .10 ,78 25 ,45 o 24 ,1537 ,98 o V
Máquinas Elétricas 30
.
V 1 19 ,04 j 14 ,86 V
Rp
E 2 V2 221 220
% x 100% x 100% 0 ,45%
V2 220
Observe que o
transformador está
ligado em Y no
primário, e em no
secundário.
O fluxo criado pelo enrolamento da fase “A” circulará pelos ramos das
fases “B” e “C”, ou seja, um caminho curto e outro longo, o fluxo criado na fase
“C” percorre caminhos equivalentes, já o fluxo criado na fase “B” percorrerá
dois caminhos curtos. Essa análise nos leva à conclusão que a corrente de
excitação da fase central é ligeiramente inferior à das outras fases, visto que a
relutância dos caminhos percorridos pelo fluxo criado é menor.
Vantagens:
Reduz naturalmente a corrente de fase em 3 vezes com relação à
corrente de linha.
No caso de faltar uma fase, as duas restantes poderão operar em "delta
aberto", fornecendo potência trifásica, limitada em 58% da potência
original.
Desvantagens:
No caso de faltar uma fase, cada fase deixa de fornecer um terço (33,3%)
da potência trifásica e passa a fornecer 58%, o que implica sobrecarga nas
fases em operação.
Não existem neutros disponíveis, portanto não há a possibilidade de
aterramento.
Para tensões elevadas, o custo de construção dos enrolamentos torna-se
elevado.
Ligação Y/Y
É o esquema mais econômico para baixas potências e altas tensões.
Vantagens:
Possibilita a redução da tensão na fase em 3 vezes com relação à tensão
de linha.
Possibilidade de aterramento no primário e no secundário.
Equilíbrio nas tensões.
Máquinas Elétricas 35
Desvantagens:
Se os neutros não forem solidamente aterrados, teremos desequilíbrio das
tensões.
A falta de uma fase torna o transformador incapaz de fornecer potência
trifásica.
Para correntes de linha muito elevadas, o custo de construção dos
enrolamentos também é elevado.
Ligação Y/
É o melhor esquema para transformadores abaixadores e de alta
potência.
Vantagens:
O neutro do primário pode ser aterrado.
As tensões do secundário são equilibradas.
A corrente de desequilíbrio da carga flui pelo delta do secundário.
Desvantagens:
Não há neutro no secundário para aterrar a carga.
A falta de uma fase torna o transformador inoperante.
Ligação /Y
É o melhor esquema para transformadores elevadores e de alta
potência.
Vantagens:
O neutro do secundário pode ser aterrado, fazendo com que as tensões
sejam equilibradas.
Cargas equilibradas e desequilibradas podem ser ligadas simultaneamente
(a quatro fios).
Desvantagem:
A falta de uma fase torna o transformador inoperante.
Ligação /
Perceba na figura 1.30 que as tensões estão em fase, e como as
tensões de fase são iguais às de linha na ligação delta, também não existirá
defasagem entre as tensões de linha. Portanto, a defasagem é zero.
Ligação Y/Y
Observe na figura 1.31 que as tensões de linha não são iguais às de
fase na ligação estrela, devemos então determiná-las através da soma vetorial
das tensões de fase. Assim, verificamos que, como as ligações são iguais em
ambos os lados, as tensões de linha do primário e secundário também não
possuem defasagem e, portanto, a defasagem é novamente zero.
Ligação /Y
Este esquema de ligação reúne os dois tipos analisados anteriormente,
e ao observarmos os diagramas fasoriais (figura 1.32), percebemos que existe
Máquinas Elétricas 37
Ligação Y/
Este esquema de ligação reúne novamente os dois tipos analisados
nos primeiros casos e verificamos, através do diagrama mostrado na figura
1.33, a existência de uma defasagem também de 30 graus entre as tensões de
linha do primário e do secundário, só que em sentido inverso. Conclui-se então
que a defasagem é de 30o.
1.7.6. Polaridade
Figura 1.34 - Marcação dos terminais de um trafo trifásico ligado em /Y (AT/BT)
A tensão nominal deverá ser igual para que não haja troca de corrente
entre os transformadores ligados em paralelo.
A tensão de curto-circuito indica o nível de queda de tensão interna
que, se for diferente, provocará tensões secundárias diferentes nos dois trafos,
o que faz circular correntes entre os transformadores.
Cabe também ressaltar que a relação entre as impedâncias internas
dos transformadores ligados em paralelo é inversamente proporcional à
distribuição da potência entre os mesmos. Assim, quanto maior a impedância
interna, menor será a contribuição para potência requerida pela carga, o que
pode significar sobrecarga para o outro transformador.
O deslocamento angular, visto anteriormente, deve ser respeitado e,
dessa forma, devemos estar atentos para as configurações do primário e do
secundário.
A figura 1.35 mostra dois transformadores trifásicos, com primário e
secundário ligados em delta, ligados em paralelo.
Máquinas Elétricas 39
1.8 Autotransformador
(a) (b)
Figura 1.36 - Representação do autotransformador abaixador (a) e elevador (b)
a) Funcionamento a vazio
A vazio, o auto-transformandor absorve uma corrente de excitação I 0 ,
cujo componente de magnetização gera um fluxo no núcleo, induzindo as
f.e.m.s. E 1 e E 2 , proporcionais ao número de espiras dos enrolamentos
primário N 1 e secundário N 2 (semelhante ao transformador convencional).
b) Desvantagens:
a) A principal desvantagem é a ligação elétrica existente entre primário
e secundária.
b) Ainda os autotransformadores não são empregados para relação de
transformadores superior a 3:1.
Resolução
.
I . I 2 10 36 ,87 o
a 2 I1 5 36 ,87 o
I1 a 2
Resolução
I 2 8 36 ,87 o A
I 8 36 ,87 o
I1 2 16 36 ,87 o A
a 0 ,5
I 3 I 1 I 2 16 36 ,87 o 8 36 ,87 o
I 3 8 36 ,87 o A
Comentários:
I2
a) A corrente I 1 é determinada através da relação de transformação a ;
I1
b) A potência transformada é definida pela parte do enrolamento que pertence
somente ao secundário, que tem a tensão igual a do secundário V 2 , menos
a do primário V 1 , e é atravessada pela corrente I 2 ;
c) A corrente I 3 é a diferença entre a corrente I 1 e a corrente I 2 . Perceba
que a corrente I 3 flui no sentido indicado, visto que a corrente I 1 que entra
no nó é de maior intensidade que a corrente I 2 que sai, pois, no lado de
tensão menor; a corrente é proporcionalmente maior, para que a potência
se mantenha igual.
2 Motor de Indução
Competências e habilidades
Habilitar o educando a analisar os fenômenos que regem o
funcionamento dos motores de indução, bem como
equacioná-los e determinar seus principais parâmetros.
Galileu Ferraris não atribui valor comercial ao seu invento, e foi Nikola
Tesla que, nesses anos, estudava os problemas dos sistemas polifásicos
(bifásicos) de corrente alternada, quem apresentou um conjunto de patentes e
uma comunicação ao AIEE (em 16 de Maio de 1888) em que apresentou o
desenho de um motor elétrico bifásico.
O motor era formado por um anel folheado, com quatro bobinas ligadas
duas a duas a cada fase de um alternador bifásico. O induzido é um disco de
ferro, que pode ser cortado de forma "a fazer passar de um lado ao outro a
Máquinas Elétricas 47
Figura 2.4 - Esquema elétrico do motor patenteado em 16 de Maio de 1888 por Tesla
Tipo gaiola
Esse nome é uma referência ao seu formato que se assemelha a uma
gaiola de esquilos.
Características:
Construção simples e grande robustez, conferindo aos motores com
este tipo de rotor um baixo índice de manutenção.
Problemas na partida, ou seja, ao ligar o motor é provocado um
nível de corrente elevado, fazendo com que em algumas situações
seja necessário o seu controle através de mecanismos auxiliares.
Utilização:
Ambientes com muita poeira e/ou materiais abrasivos;
Motores instalados em locais de difícil acesso.
Tipo Bobinado
O motor de indução trifásico pode ter sua massa rotórica envolvida por
enrolamentos trifásicos, geralmente ligados em Y. Os terminais restantes dos
enrolamentos são conectados a anéis condutores dispostos no eixo da
máquina.
Características:
Construção mais complexa e de maior custo;
Maior necessidade de manutenção que o do tipo gaiola;
Uma grande vantagem é a de possibilitar o controle da corrente de partida e
velocidade de maneira simples.
Utilização:
Em aplicações nas quais necessitamos do controle da velocidade
do motor;
Quando a partida do motor é feita sob carga.
Sendo:
V1 Vmax . sen t
V2 Vmax . sen( t 90 o )
é a velocidade
angular do campo
Figura 2.6 - Campo girante no sistema bifásico (esquemático)
Observações:
Nos dois casos anteriores, podemos obter campos girantes, mesmo
que as amplitudes das correntes, bem como as defasagens física
das bobinas e temporal das correntes sejam inferiores às definidas,
porém o campo criado dessa forma não será uniforme, ou seja,
haverá momentos de grande intensidade, com relação a outros.
Para simplificar a análise, mostramos o campo girante criado com
apenas um par de pólos; porém, se aumentamos o número de
bobinas que compõe cada fase do motor, e dispondo-as
Máquinas Elétricas 51
No de Pólos Ns (rpm)
2 3600
4 1800
6 1200
8 900
Importante:
Lembre-se de que para haver indução no rotor, ele não pode girar
na mesma velocidade do campo girante.
Não se esqueça de que quanto maior a carga do motor, menor a
velocidade com que ele opera, pois isso lhe confere mais torque.
Máquinas Elétricas 53
2.3.2. Escorregamento
2
S NS . (2. 6)
60
Com essa velocidade determinada, passamos ao cálculo do torque:
Pmi
(2.7)
R
Categoria H
Motores com as seguintes características:
Maior resistência rotórica que os da categoria anterior;
Maior torque de partida que os da categoria anterior;
Pouca variação de velocidade.
Categoria D
Motores com as seguintes características:
Rotor com elevada resistência rotórica;
Elevado torque de partida (máximo);
Maior variação de velocidade.
b) Chave compensadora
Esse método baseia-se na utilização de um autotransformador, que
possibilita a aplicação de tensões reduzidas, através da seleção, manual ou
automática, de taps, com percentuais da tensão nominal (por ex., 50%, 65%,
80% e 100%). A medida que o motor vai acelerando, tensões mais elevadas
vão sendo aplicadas, de maneira que a máquina adquira suas características
nominais.
Apesar de mais volumosa e mais cara, com relação à chave Y/, a
chave compensadora tem a vantagem de possibilitar a escolha do tap mais
conveniente ao torque desejado, além de não provocar oscilações tão bruscas
durante as comutações de uma tensão à outra.
c) Soft start
É um sistema eletrônico de controle, que possibilita o controle da
corrente de partida, além de controlar também o torque da máquina. Assim
como outros sistemas eletrônicos, sua grande eficiência, aliada à redução do
preço desse tipo de chave, vem fazendo com que conquiste muito espaço
dentro da indústria.
Máquinas Elétricas 58
1o Passo:
Primeiramente vamos reunir todos os elementos de cada ramo, que
representam a impedância do estator Z 1 , a impedância do rotor referida ao
estator Z 2 e , e, finalmente, a impedância referente ao núcleo Z fe , como mostra
a figura 2.11.
Onde temos:
Z 1 R1 jX 1 (2.9)
Rp0 o .Xm90 o
Z fe R p // jX m (2.10)
R p jX m
1 s R
Z R R2 e R2 e . jX 2 e 2 e jX 2 e (2.11)
s s
Em seguida, vamos agrupar os dois ramos em paralelo, ou seja, o que
representa o núcleo Z fe e o que representa o rotor Z 2 e , observe a figura 2.12.
Importante:
3o Passo:
Finalmente fazemos o cálculo da impedância equivalente total do
circuito. Acompanhe o desenvolvimento dessa etapa, observando a figura
2.13.
. . .
Onde: Z eq Z 1 Z fR (2.13)
Figura 2.14 - Circuito para determinação da fem induzida nos enrolamentos do estator
. . .
Figura 2.15 - Circuito para cálculo das correntes I 1 , I 2 e e I 0
V1
Corrente de entrada: I1 (2.15)
Z eq
.
.
E1
Corrente de excitação: I0 .
(2.16)
Z fe
.
.
E1
Corrente do rotor: I 2e .
(2.17)
ZR
Máquinas Elétricas 62
.
.
E1
Corrente de magnetização: Im (2.19)
jX m
De posse dessas correntes, passamos efetivamente ao fluxo de
potência.
ou
2
E
P fe 3. 1 (2.23)
Rp
Obs: O "3" que aparece nas fórmulas deve-se ao fato de
representarmos um circuito trifásico através de uma única fase.
3 – Perda Joule nos enrolamentos
As perdas Joule causadas nos enrolamentos do estator e do rotor são
provocada pela passagem de corrente e, como as correntes são dependentes
Máquinas Elétricas 63
PJR 3.R2 e .I 2 e
2
(2.25)
Resolução
120. f 120.60
Ns 1800 rpm
p 4
Ns Nr 1800 1780
s% x 100% x 100% 1 ,11%
Ns 1800
b) A freqüência das tensões induzidas dependem diretamente do
escorregamento, portanto:
f R f .s 60.0 ,0111 0 ,67 Hz
c) Se a carga aumentasse haveria uma redução na velocidade do motor,
fazendo com que mais tensão fosse induzida no rotor. Tendo tensão maior,
circularia mais corrente e, conseqüentemente, o motor teria mais torque,
para continuar acionando a carga. Lembre que o aumento excessivo de
carga pode levar o motor a travar e consequentemente a sofrer danos.
Resolução
Resolução:
Com o escorregamento igual a zero o circuito do rotor comporta-se
como uma impedância infinita, podemos então reduzir o circuito equivalente
para:
Impedância do rotor:
1 s 1 0 ,02
Z R R2 e R2 e . jX 2 e 0 ,144 0 ,144. j0 ,209
s 0 ,02
.
Z eq 7 ,23 j 1,18 7 ,33 9,27 o
Cálculo da corrente de entrada:
.
. V1 127 ,020 o
I1 17 ,33 9 ,27 o A
Z eq 7 ,339 ,27 o
. . .
E 1 V 1 V 1 127 ,02 ( 6 ,40 j7 ,75 ) 120 ,62 j7 ,75 V
.
E 1 120 ,62 j7 ,75 120 ,87 3 ,68 o V
c) Corrente de excitação:
.
.
E1 120 ,87 3 ,68 o Com as correntes
I0 1 ,30 71 ,88 o A
Z fe
.
92 ,85 68 ,20 o determinadas até o
item " f ", nossa
d) Corrente de perdas no núcleo: tarefa passa a ser o
. cálculo do fluxo de
.
E 1 120 ,87 3 ,68 o potência do motor,
Ip 0 ,48 3 ,68 o A
Rp 250 0 o desde a entrada até
a entregue à carga.
e) Corrente de magnetização do motor:
.
.
E1 120 ,87 3 ,68 o
Im 1 ,21 93 ,68 o A
jX m 100 90 o
s 0 ,02
l) Potência disponível no eixo:
1 s 0 ,98
Pmi 3.R2 e . .I 2 e 3.0 ,144. .16 ,79 2 5967 ,35 W
2
s 0 ,02
m) Potência útil:
Pútil Pmi Pmec 5967 ,35 80 5887 ,35 W
Máquinas Elétricas 69
Figura 2.19 - Circuito elétrico do MIM de fase dividida e seu diagrama fasorial
.
.
V1
Ia .
onde: Z a Ra jX a (2.32)
Za
As equações (2.31) e (2.32) mostram que a defasagem entre as
correntes I p e I a depende unicamente das impedâncias de cada ramo.
Portanto, sabendo que o torque máximo é obtido para uma defasagem de 90
graus, devemos tornar os ângulos das impedâncias o mais distante possível.
Essa defasagem na prática é algo em torno de 20 a 30 graus, fazendo com que
este tipo de motor tenha baixo torque de partida, como esboçado na figura
2.20.
Figura 2.21 - Circuito elétrico do MIM capacitor de partida e seu diagrama fasorial
.
.
V1
Ia .
onde: Z a Ra jX a jX c (2.34)
Za
As equações (2.33) e (2.34) mostram que a defasagem entre as
correntes I p e I a depende, novamente, das impedâncias de cada ramo.
Nesse caso, porém, a utilização do capacitor possibilita uma defasagem maior
para a corrente do enrolamento auxiliar, podendo chegar aos 90 graus, e
fazendo com que esse tipo de motor tenha alto torque de partida, como mostra
a figura 2.22.
Figura 2.23 - Circuito elétrico do MIM capacitor permanente e seu diagrama fasorial
Figura 2.25 - Circuito elétrico do MIM com duplo capacitor e seu diagrama fasorial
Resolução:
a p 90 o 45 o 90 o 45 o
d) O valor do capacitor de partida para que essa defasagem passe para 90º
3 Máquina Síncrona
Competências e habilidades
3.1 Introdução
3.2.2. Rotor
Figura 3.1 - Elementos básicos da máquina síncrona: (a) máquina síncrona com rotor
de pólos salientes bipolar; (b) rotor de pólos salientes tetrapolar.
onde:
E f – valor eficaz da força eletromotriz induzida em cada fase da
armadura [V];
N a – número de espiras em cada fase da armadura;
f – freqüência da força eletromotriz induzida [Hz];
f – fluxo magnético gerado pelo enrolamento de excitação [Wb].
a) Excitação axial:
O enrolamento de excitação do alternador é alimentado por um gerador
de corrente contínua (excitatriz) conectado mecanicamente ao seu próprio eixo,
conforme figura 3.5.
b) Excitação Separada:
Uma única excitatriz alimenta os enrolamentos de excitação de todos
os alternadores, através de um barramento de corrente contínua.
c) Auto-excitação:
Parte da energia elétrica gerada pelo próprio alternador é utilizada para
alimentar o enrolamento de excitação, através de um circuito retificador.
a) Usinas Hidrelétricas:
Tipo de máquina primária: turbina hidráulica.
Característica de operação: baixa rotação.
Tipo de rotor para o alternador: pólos salientes com elevado
número de pólos.
b) Usinas Termelétricas:
Tipo de máquina primária: turbina térmica.
Característica de operação: alta rotação.
Tipo de rotor para o alternador: pólos lisos com reduzido número
de pólos.
Consulta adicional
Consulte o site www.weg.com.br, entre outros, para obter
informações a respeito do gerador BRUSHLESS.
Procure identificar as características de operação desse
tipo de gerador, no que diz respeito ao tipo de excitação.
Procure listar as vantagens e as desvantagens desse tipo
de excitação quando comparado com os tipos apresentados
anteriormente.
Faça também uma pesquisa no sentido de obter as
principais informações técnicas sobre os geradores da UHE Itaipú,
tais como potência, tensão, corrente e velocidade nominais, nº de
pólos, tipo de rotor e sistema de excitação.
Máquinas Elétricas 86
Onde:
E f - força eletromotriz induzida na armadura devido ao movimento rotativo do
rotor [V];
V a - tensão de saída, por fase [V];
Variáveis de Controle
I exc – corrente de excitação
mec - torque mecânico (máq. Primária)
Variáveis de Saída
V a – Tensão de saída (valor eficaz)
Máquinas Elétricas 88
Figura 3.12 - Diagrama fasorial para operação com carga resistiva pura.
Para carga RC, continua existindo o efeito freante, que deve ser
compensado com o aumento do torque mecânico produzido pela máquina
primária. No entanto, conforme se vê abaixo, o efeito desmagnetizante é
substituído agora pelo efeito magnetizante do fluxo de reação da armadura
(uma das componentes desse fluxo está agora em fase com o fluxo f , ou
seja, possui mesma polaridade).
Acabamos de analisar o
comportamento do alternador para três
situações distintas de carregamento. Dessa
análise resultou a identificação dos
procedimentos necessários à manutenção das
condições ideais de operação da máquina, sob
o ponto de vista do valor e da freqüência da
tensão de saída.
Máquinas Elétricas 93
Va E f
P 3 sen
(3.6)
Xs
Va2 Va E f cos
Q 3 (3.7)
Xs
b) Característica de Curto-Circuito
Representa a variação da corrente de armadura do alternador, em
função da variação da corrente de excitação.
Va
Carga RC
Vn
Carga resistiva pura
Carga RL
Ia
Figura 3.22 - Características externas do alternador.
d) Característica de Regulação
Representa a corrente de excitação necessária para manter o valor
nominal de tensão nos terminais da armadura, para diversas situações de
carregamento da máquina.
Da mesma forma que para a característica externa, temos também
uma característica de regulação para cada tipo de carga (resistiva pura, RL e
RC), uma vez que as necessidades de ajustes na corrente de excitação da
máquina dependem do fator de potência da mesma.
I exc I
Carga RL
f
Carga resistiva pura
Carga RC
Ia
P
% elétrica 100 (3.8)
Pmeânica
onde:
Pelétrica - Potência elétrica de saída [W];
Pmecânica – Potência mecânica de entrada [W].
P
% elétrica
100 (3.9)
elétrica
P perdas
Pmecânica perdas
% 100 (3.10)
Pmecânica
E f Va
% 100
(3.13)
Va
(a) (b)
Sincronização de Alternadores
A figura abaixo ilustra a situação em que um novo alternador deve ser
sincronizado ao barramento de saída de uma usina geradora.
ATENÇÃO !!!
Tão importante quanto saber resolver os exercícios
é saber interpretar os resultados obtidos. Com
certeza esses resultados nos darão informações
valiosas com relação às características de operação
da máquina em análise.
E então, vamos ao trabalho ?
Resolução:
Este exercício deve ser resolvido com o auxílio do circuito equivalente do
alternador e das equações a seguir:
S c arg a S c arg a
Ia cálculo da corrente de armadura
3 Va 3 Vl
.
E f Va jX s . I a cálculo da força eletromotriz induzida
P
% elétrica 100 cálculo do rendimento percentual
Pmeânica
E f Va
% 100
cálculo da regulação de tensão
Va
Máquinas Elétricas 103
Esse ângulo deixa de ser igual a 0°, ou seja, a corrente deixa de estar em fase
com a tensão.
Como o fator de potência agora é igual a 0,8., verificamos um novo
valor para a defasagem entre tensão e corrente de armadura, conforme a
seguir:
cos 0 ,8 cos 1 0 ,8 36 ,9
Assim para o cálculo da força eletromotriz induzida Ef , temos agora:
E f 2200 j 23 2 ,3 36 ,9 255 ,39 ,5
4) Repetir o exercício resolvido 1 para carga RC, com fator de potência 0,8.
5) Repetir o exercício resolvido 1 para os seguintes percentuais de carga:
a) 25 % b) 50 % c)100 % d)125 %
6) Procure esboçar as seguintes curvas, referentes ao exercício anterior:
(Ef x Ia) e (% x Ia)
a) A força eletromotriz Ef se mantém constante ? Justifique sua resposta.
b) O rendimento percentual se mantém constante ? Justifique sua resposta.
Atenção !!!
Trabalharemos com a mesma máquina síncrona cujas
características construtivas foram apresentadas no início
deste capítulo. No entanto, devemos estar atentos ao
seguinte fato:
o torque, que na operação como gerador é uma variável
de entrada, passa agora a ser uma variável de saída,
assume características eletromagnéticas e não mais
mecânicas. A tensão de armadura Va , está associada à
potência elétrica fornecida à máquina, deixando de ser
também uma variável de saída, para ser variável de
entrada.
Figura 3.26 - Circuito magnético do motor síncrono sob a influência do campo girante e
do campo do rotor.
Figura 3.27 - Circuito magnético do motor síncrono sob a influência do campo girante e
do campo do rotor, após um giro de 180° do campo girante.
obriga um esforço inicial para vencer a inércia e parte do atrito nos mancais.
Observamos então que, estando o rotor inicialmente girando em um
determinado sentido, a máquina terá condições de sustentar esse movimento
rotativo através da interação entre os campos magnéticos gerados.
De forma mais clara, vamos supor que na situação ilustrada na figura
3.26, o rotor já se encontre girando a uma velocidade razoável, no sentido
horário. Nessas condições, certamente esse movimento rotativo terá
prosseguimento, já que a atração dos pólos magnéticos dos dois campos
favorece a rotação nesse sentido.
(a) (b)
Figura 3.28 - Enrolamento amortecedor do motor síncrono. (a) rotor de gaiola aberta;
(b) rotor de gaiola fechada.
Va E f
P 3 sen
(3.15)
Xs
ângulo de carga. A figura 3.32 mostra que o valor limite para o ângulo de carga
(valor crítico) é 90° e para um motor síncrono de dois pólos esse valor
corresponde a um defasamento mecânico máximo também de 90°. No caso de
uma máquina de quatro pólos, o valor crítico para o ângulo de carga continua
sendo 90°, no entanto o defasamento mecânico máximo passa a ser de 45°.
Podemos relacionar o ângulo de carga com o defasamento mecânico
entre campo girante e rotor, como apresentado na equação (3.16):
(3.16)
P
onde:
- defasamento mecânico entre campo girante e rotor [graus];
- ângulo de carga [graus];
P – número de pares de pólos da máquina.
Figura 3.37 - Diagrama fasorial para o motor síncrono com excitação normal.
1) Um motor síncrono de 2 cv, 230 V, 1800 rpm, ligado em estrela, tem sua
tensão induzida ajustada em 120 V (valor de fase). A reatância síncrona é
igual a 21 ohms.
Máquinas Elétricas 118
Resolução:
V E f
2) P 3 a sen cálculo da potência ativa absorvida da rede
X
s
Va2 Va E f cos
3) Q 3 cálculo da potência reativa absorvida da rede
Xs
P P
4) cos cálculo do fator de potência
3 Va I a 3 Vl I l
Se estamos desprezando as perdas, podemos afirmar que toda a
potência ativa absorvida da rede é integralmente injetada no eixo. Para
operação com carga nominal, temos 2 cv de potência injetada no eixo e basta
converter esse valor para watts (W), para se obter a potência ativa absorvida.
Logo:
P 2 735 ,5 1.471 W (não foi necessário utilizar a equação 2 para o
cálculo).
Para o cálculo da corrente de armadura (equação 1), precisamos
determinar os ângulos dos fasores V a e E f . Podemos definir a tensão de
entrada V a como o fasor de referência, atribuíndo para a mesma, um ângulo de
0°. Essa tensão fica então representada como Va 132 ,80 o (lembre que no
circuito equivalente trabalhamos com tensões e correntes de fase).
Se a tensão V a é adotada como fasor de referência, verificamos que o
ângulo da tensão E f corresponde ao ângulo de carga 1 conforme o
diagrama fasorial da figura 3.34. O ângulo de carga pode ser determinado
utilizando a equação 2, como a seguir:
P 1.471
sen sen 0 ,65
Va E f 132 ,8 120
3 3
21
Xs
Resolução:
1.471
Pelétrica 100 1.516 ,5 W
97
As perdas totais podem então ser obtidas da diferença entre potência
elétrica de entrada e potência mecânica de saída:
perdas Pelétrica Pmecânica 1.516 ,5 1.471 45 ,5 W
Resolução:
1.471
cos 0 ,95
3 132 ,8 3 ,9
Potência nominal: 5 cv
Tensão nominal: 380 V
Velocidade nominal: 1.800 rpm
4) Repita o exercício 2 para uma força eletromotriz induzida igual a 260 -28° V.
Máquinas Elétricas 121
Competências e habilidades
Reconhecer características associadas às Máquinas de Corrente
Contínua identificando suas partes construtivas, princípio de
funcionamento, comportamento quanto ao torque e velocidade e,
por fim, características de operações a vazio e com carga.
4.1 Introdução
Observação:
Ao contrário da máquina
síncrona, estudada no capítulo
anterior, a máquina de corrente
contínua (máquina CC) possuí
campo fixo (excitação no
estator) e armadura rotativa
(enrolamentos de armadura no
rotor), conforme veremos com
mais detalhes nos itens
seguintes.
4.2.1. Carcaça
4.2.2. Rotor
nas bobinas têm os sentidos indicados na figura para facilitar a análise. Isso
você deve conferir, neste momento, para facilitar seu entendimento nas
explicações seguintes.
- Se você observar que temos cruzes nos topos das bobinas para indicar
corrente entrando e pontos para indicar corrente saindo, poderemos
perceber que o efeito resultante sobre o rotor é idêntico ao de uma única
bobina enrolada ao redor do rotor, com seu eixo magnético em quadratura
com o eixo do campo, de modo a resultar um conjugado eletromagnético no
sentido horário sobre a armadura, tendendo a alinhar os dois campos. Só
para deixar um lembrete, na operação como motor esse conjugado agirá no
mesmo sentido da rotação e, como gerador, o conjugado se oporá ao
movimento.
Neste momento
você deve
analisar com
muita atenção os
passos que
estão sendo
descritos,
reportando-se
sempre a essas
duas Figuras.
Para melhor
compreensão destas
curvas é necessária
uma leitura
complementar em
uma das bibliografias
recomendadas, para
que fique claro que os
fenômenos presentes
nas máquinas CC são
de natureza contínua
e também variável.
I a – corrente de armadura;
I L – corrente de linha;
Máquinas Elétricas 132
Vta Ea Ra I a (4.3)
Vt Ea ( Ra Rs ) I a (4.4)
I L Ia I f (4.5)
O campo série possui por obrigação elétrica uma baixa resistência, que
é conseguida formatando-a por poucas espiras de fio grosso. Já o campo
derivação, por ficar em paralelo com a tensão de armadura, possui uma alta
resistência, que é obtida sendo construído de muitas espiras de fio fino.
Esses dois enrolamentos podem operar isoladamente ou juntos,
podendo configurar várias formas de ligação da Máquina CC. A figura 4.9 nos
mostra algumas das principais possibilidades de conexão dessas bobinas.
Os terminais dos enrolamentos estão enumerados conforme a norma
ABNT, entretanto, em diversas publicações, é encontrada a nomenclatura da
IEC.
Máquinas Elétricas 133
T K a d I a (4.6)
A equação (4.6) refere-se ao torque ou conjugado eletromagnético,
onde d é o fluxo do entreferro na linha direta e I a é a corrente de armadura.
Ea
m (4.7)
K a d
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITES RECOMENDADOS
http://www.weg.com.br
http://www.siemens.com.br
http://www.walter-fendt.de/hp11br
http://www.md.cefetpr.br/tocadofisch
http://www.geocities.com/SiliconValley/Circuit/1858/faradmot.htm
http://www.fe.up.pt/mmiwww/resh07.htm
http://www.tiscali.co.uk/reference/encyclopaedia/hutchinson/m0001235.html
http://pirt.asu.edu/