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Como Fazer Bibliometria
Como Fazer Bibliometria
Após essa introdução, o texto cita que existem outros métodos de sistematização da literatura
além da bibliometria e da meta-análise, que segundo o artigo estão sendo entendidos como
métodos quantitativos. Dessa forma, introduzem sobre a metodologia de revisão integrativa de
literatura, método mais completo de cunho qualitativo que busca avaliar, criticar e sintetizar
certo corpo representativo de literatura em determinado tema integrando os achados através
de quadors e perspectivas.
Após essa breve introdução sobre a revisão integrativa, os autores enfatizam sobre o valor que
a pesquisa qualitativa possuí em relação a sistematização de teorias considerando que esses
métodos se apoiam dentro da premissa de que o conhecimento científico é cumulativo e
cooperativo sendo construído a partir de lacunas que surgem com o resultados de pesquisas e
que podem nortear estudos futuros.
Mesmo com essa importância, é ressaltado no texto a questão da relevância e o rigor nas
revisões sistemáticas de literatura, independente de ser bibliometria ou revisão integrativa. O
rigor se refere as decisões sobre o formato da pesquisa e no atendimento as demandas de cada
método a ser escolhido. Esses estudos, devem ser claros quanto a justificativa sobre a relevância
ao leitor além de apresentar pensamentos e novas possibilidades de pesquisa, ou seja, apenas
indicar resultados, principalmente quantitativos, podem perder sua relevância se não forem
além com essas contribuições mencionadas.
Sobre o rigor dessas pesquisa, é mencionado que para estudos bibliométricos, estes devem
atender as “leis” que o regem conforme o quadro apresentado no texto (o qual foi desenvolvido
pelos autores) além do tamanho da amostra que deve ser ampla.
De forma distinta, a revisão integrativa seguem passos diferentes, já que possuem cunho
qualitativo, sendo necessário um planejamento dividido em três etapas, os quais são descritos
no texto: primeiro deve ser verificado se a pergunta de pesquisa é aderente ao método e quão
necessária é a realização de uma revisão integrativa no campo de conhecimento escolhido;
segundo passo é a estruturação de categorias que guiem a busca por artigos e conceitos teóricos
indicando de forma detalhada como foi realizado o passo a passo da pesquisa; e terceiro, onde
é realizada a consolidação dos ahados com a premissa de se criticar e posicionar o tema
escolhido sobre as informações encontradas propondo direções futuras a serem investigadas.
Após esses detalhamentos, o artigo passa a indicar os principais erros cometidos além de desafios
para a evolução dos estudos bibliométricos, começando pela aderência da pergunta de pesquisa
ao método escolhido, já que certas perguntas criam espaço para uma discussão mais amplas no
campo de saber em questão. Para estes casos, os autores indicam a utilização de metodologias
mais exaustivas como a meta-análise ou a revisão integrativa. Outro fator que consideram crucial,
é o tamanho da amostra, por exemplo, é citado que diversos estudos são considerados
bibliométricos com apenas 30 a 40 artigos analisados, porém, para esse caso seria melhor utilizar
a revisão integrativa já que é possível ler e analisar de forma contundente essa quantidade de
artigos e como mencionado anteriormente no texto, a revisão bibliométrica é tratada como um
método quantitativo, portanto, uma amostra mais densa se faz necessária para obtenção de
resultados melhor representados.
Outro ponto importante a ser considerado é a escolha das bases de artigos que serão utilizadas
a qual deve ser justificada, observando certos detalhes como o período que os periódicos estão
disponíveis na base, a sobreposição de artigos dentro da mesma base sendo estabelecidos
também critérios de inclusão e exclusão de artigos além da definição das palavras-chave. Para
isso, é recomendado a leitura exploratória dos resumos, título do artigo, autores e suas filiações
para que possam ser criadas categorias e códigos a serem utilizadas no momento da análise dos
dados.
É destacado a importância da escolha das palavras-chave, cuja escolha irá definir o sucesso do
estudo. Um cuidado que se deve ter é relativo aos sinônimos que podem tratar de um tema
específico. Esse detalhe surgiu na minha pesquisa, por exemplo, uma das palavras-chave utilizada
foi “Unidade de Conservação”, mas que diversas pesquisas chamam de “parque” que por outro
lado também é sinônimo de parque de diversões. Ainda dentro desse contexto, é mencionado a
relevância de se estar familiarizado com os critérios de busca booleana, com a utilização de “or”,
“not”, “and”, entre outros.
Um ponto considerado crítico pelos autores, é o período da coleta de dados, sendo considerado
por diversos autores um período de cinco anos suficiente para a realização da análise, porém,
outros autores acreditam que um período de dez anos seria mais representativo. Em
contrapartida a essas opiniões, os autores do artigo consideram que o período ideal seria de 15
a 20 anos de publicação sobre o tema escolhido.
Por fim, é destacado pelos autores que as análises descritivas devem fazer parte do corpo de um
artigo que utiliza bibliometria como método de forma que as análises possam ser relacionadas
com a evolução do campo de pesquisa de forma que possam ser realizadas indicações para as
pesquisas futuras.
Para concluir o artigo, é citado o caso brasileiro, em que os autores consideram que é necessário
para os pesquisadores amadurecerem em relação a utilização destes métodos descritos e com a
utilização de ferramentas para auxiliar na sistematização da literatura. Os autores creem ainda
que a adoção de métodos mistos pode contribuir para o aprimoramento desses estudos assim
como a utilização de novos métodos como a análise de citações, “ProKnow-C” alé de outras
possibilidades dentro da epistemologia que possam contribuir para a geração de novos
conhecimentos.