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Aspectos Práticos Contabilidade 2020
Aspectos Práticos Contabilidade 2020
2020
FORMAÇÃO
Aspetos práticos da
contabilidade para
microentidades
DIS0420
Davide Ribeiro
Fábio Pinho
www.occ.pt
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
FICHA TÉCNICA
Não é permitida a utilização deste Manual, para qualquer outro fim que não
o indicado, sem autorização prévia e por escrito da Ordem dos Contabilistas
Certificados, entidade que detém os direitos de autor.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
SIGLAS E ABREVIATURAS
ME – Microentidades
NI – Normas Interpretativas
UE – União Europeia
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
ÍNDICE
8.11. Contabilização dos subsídios atribuídos por entidades públicas ................................. 114
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
1. Nota introdutória
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
O disposto nos referidos diplomas é aplicável aos períodos que se iniciem em ou após
1 de janeiro de 2016.
Dada a relevância das alterações preconizadas este manual pretende efetuar uma
análise transversal e sistematizada destes instrumentos legais com relevância para as
denominadas Microentidades, bem como o enquadramento legal destas entidades, com
especial enfoque na Norma Contabilística para Microentidades. Para uma maior
aprofundamento das matérias será sempre recomendável a consulta das publicações
oficiais.
Neste âmbito são ainda apresentados vários casos práticos, tendo por base o regime
contabilístico aplicável às Microentidades.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Por outro lado, é necessário estabelecer requisitos legais mínimos equivalentes a nível
da União quanto ao âmbito das informações financeiras que deverão ser divulgadas ao
público por empresas que concorrem entre si. Neste sentido a diretiva pretende
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Por outro lado, os utilizadores das demonstrações financeiras elaboradas por médias e
grandes empresas têm normalmente necessidades mais exigentes, pelo que deverão
ser efetuadas divulgações adicionais em determinadas áreas.
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relevantes feitos a administrações públicas dos países em que operam num relato
separado, de cariz anual.
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Em abril de 2011, foi adotada pela Comissão Europeia a Comunicação intitulada «Ato
para o Mercado Único», na qual se propõe simplificar a Quarta Diretiva n.º 78/660/
CEE, do Conselho, de 25 de julho de 1978, e a Sétima Diretiva n.º 83/349/CEE, do
Conselho, de 13 de junho de 1983, no que respeita às obrigações de informação
financeira, e reduzir os encargos administrativos, em especial para as pequenas e
médias empresas.
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Finalmente, tendo como objetivo uma maior transparência nos pagamentos feitos por
grandes empresas e entidades de interesse público, ativas na indústria extrativa ou na
exploração de floresta primária, a administrações públicas, o decreto-lei em análise
cria, para estas entidades, a obrigação de divulgação dos pagamentos relevantes feitos
a administrações públicas, num relato separado de cariz anual.
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Grandes
Entidades Total balanço que ultrapassem
dois dos três
Volume negócios liquido limites das
médias
entidades
N.º médio de empregados
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Pequenos
Grupos
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1 Visando o entendimento da Comissão de Normalização Contabilística de fevereiro de 2010 emitido
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Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem, quer o
dinheiro quer depósitos bancários, bem como ativos ou passivos financeiros
mensurados ao justo valor.
Esta conta visa reconhecer os instrumentos financeiros que sejam mensurados ao justo
valor, designadamente os derivados. Sem prejuízo do disposto na nota sobre a conta
41, excluem -se da conta 14 os instrumentos financeiros que devam ser mensurados ao
custo, custo amortizado ou método da equivalência patrimonial (MEP) (classe 2 ou
conta 41).
Para as ESNL, esta classe destina-se a registar as operações relacionadas com clientes
e utentes, fornecedores, pessoal, Estado e outros entes públicos, financiadores,
instituidores e beneméritos, bem como outras operações com terceiros que não
tenham cabimento nas contas de utilização generalizada ou noutras classes
específicas. Incluem-se, ainda, nesta classe, os diferimentos (para permitir o registo
dos gastos e dos rendimentos nos períodos a que respeitam) e as provisões.
21 — Clientes
Esta conta regista as entregas feitas à entidade relativas a fornecimentos, sem preço
fixado, a efetuar a terceiros. Pela emissão da fatura, estas verbas serão transferidas
para as respetivas subcontas da rubrica 211 — Clientes c/c.
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22 — Fornecedores
Respeita às compras cujas faturas, recebidas ou não, estão por lançar nas subcontas
da conta 221 por não terem chegado à entidade até essa data ou não terem sido ainda
conferidas. Será debitada por crédito da conta 221, aquando da contabilização
definitiva da fatura.
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos (sem preço fixado)
a efetuar por terceiros. Pela receção da fatura, estas verbas serão transferidas para
as respetivas subcontas da conta 221.
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Nesta conta registam-se as relações com o Estado, Autarquias Locais e outros entes
públicos que tenham características de impostos e taxas.
Esta conta é debitada pelos pagamentos efetuados e pelas retenções na fonte a que
alguns dos rendimentos da entidade estiverem sujeitos.
No fim do período será calculada, com base na matéria coletável estimada, a quantia
do respetivo imposto, a qual se registará a crédito desta conta.
Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido na fonte relativamente
a rendimentos pagos a sujeitos passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdividida de
acordo com a natureza dos rendimentos.
Regista os empréstimos por obrigações, sem prejuízo do referido na nota à conta 53.
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Esta conta, no caso das ESNL, poderá ser desdobrada de acordo com as entidades
financiadoras em Estado e outras entidades oficiais, entidades desportivas e outras
entidades.
26 — Fundadores/patrocinadores/doadores/associados/membros
Esta conta é específica das ESNL, uma vez que estas não têm acionistas nem sócios,
nem distribuem os excedentes líquidos obtidos no período. Trata -se de uma conta
mista, isto é, pode ser conta de ativo, até à concretização da doação, ou conta de
passivo, quando os fundadores/doadores/ outros concederem empréstimos à entidade.
Esta conta, específica das ESNL, poderá ser desdobrada consoante as necessidades
específicas da entidade.
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Respeita às aquisições cujas faturas, recebidas ou não, estejam por lançar na conta
2711 — Fornecedores de investimentos — contas gerais por não terem chegado à
entidade até essa data ou não terem sido ainda conferidas.
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos, sem preço fixado,
de investimentos a efetuar por terceiros. Pela receção da fatura, estas verbas serão
transferidas para as respetivas contas na rubrica 2711 — Fornecedores de investimentos
— contas gerais.
Estas contas registam a contrapartida dos rendimentos e dos gastos que devam ser
reconhecidos no próprio período, ainda que não tenham documentação vinculativa,
cuja receita ou despesa só venha a ocorrer em período ou períodos posteriores.
São registados nesta conta os ativos por impostos diferidos que sejam reconhecidos
para as diferenças temporárias dedutíveis e os passivos por impostos diferidos que
sejam reconhecidos para as diferenças temporárias tributáveis, nos termos
estabelecidos na NCRF 25 — Impostos sobre o Rendimento.
Credita -se pelo valor total da subscrição de quotas, ações, obrigações e outros títulos,
por contrapartida das respetivas contas de investimentos financeiros.
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28 — Diferimentos
29 — Provisões
Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja claramente
definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas
quanto ao seu valor ou data de ocorrência (vide NCRF 21 — Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes e NCRF 26 — Matérias Ambientais).
As suas subcontas devem ser utilizadas diretamente pelos dispêndios para que foram
reconhecidas, sem prejuízo das reversões a que haja lugar.
Esta conta, específica das ESNL, poderá ser utilizada para registo das provisões
específicas do setor em que a entidade se insere. Assim, no caso das mutualidades,
registam -se nesta conta as responsabilidades assumidas relativamente a períodos
futuros com as modalidades associativas das associações mutualistas. As verbas a
incluir anualmente nesta conta resultam de estudos atuariais.
As suas subcontas devem ser utilizadas diretamente pelos dispêndios para que foram
reconhecidas, sem prejuízo das reversões a que haja lugar.
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As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria
de mensuração se estabelece na NCRF 18 — Inventários, pelo que serão corrigidas de
quaisquer ajustamentos a que haja lugar, e na NCRF 17 — Agricultura. Apesar da não
existência de subconta específica no código de contas para o registo de ajustamentos
em ativos biológicos, os mesmos poderão ser efetuados através da criação de subconta
apropriada.
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a compras cujo preço esteja
previamente fixado. Pela receção da fatura, estas verbas devem ser transferidas para
a conta 221 — Fornecedores c/c.
Classe 4 — Investimentos
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se
destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações da
entidade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em regime de locação
financeira. Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de
investimento, os ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis, os investimentos em curso
e os ativos não correntes detidos para venda.
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No caso de ser utilizado o modelo de revalorização nos ativos fixos tangíveis e ativos
intangíveis, poderão ser utilizadas subcontas que evidenciem o custo de
aquisição/produção e as revalorizações (positivas ou negativas).
Se a revalorização originar uma diminuição do valor do ativo essa diminuição deve ser
reconhecida em conta apropriada de gastos (subcontas da conta 65) na parte em que
seja superior ao excedente de revalorização que porventura exista. Se originar um
aumento do valor do ativo esse aumento é creditado diretamente na conta apropriada
do capital próprio (58 — Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e
intangíveis). Contudo esse aumento será reconhecido em resultados (subcontas da
conta 762) até ao ponto que compense um decréscimo de revalorização anteriormente
registado em gastos.
41 — Investimentos financeiros
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
419, 429, 439, 449, 459 e 469 — Perdas por imparidade acumuladas
Esta conta, específica das ESNL, inclui os bens de domínio público, definidos na
legislação em vigor, de que a entidade contabilística é administrante ou
concessionária.
Esta conta, específica das ESNL, é uma conta do ativo não corrente, onde se incluem
todos os bens do domínio privado que cumpram as condições exigidas por lei para a
classificação dos bens como património histórico, de interesse artístico, histórico,
arqueológico, etnográfico, científico ou técnico, assim como o património documental
e bibliográfico, arquivos (conjuntos orgânicos de documentos reunidos pelas pessoas
jurídicas, públicas ou privadas, no exercício das suas atividades, ao serviço da sua
utilização para a investigação, a cultura, a informação e a gestão administrativa)
bibliotecas, museus (conjuntos ou coleções de valor histórico, artístico, científico e
técnico ou de qualquer outra natureza cultural).
Serão registados nesta conta os animais e plantas vivos que reúnam os requisitos de
reconhecimento como investimento e que não se enquadrem ou a que não seja
aplicável a NCRF 17 — Agricultura.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Serão registados nesta conta os dispêndios que, nos termos do normativo aplicável,
reúnam as condições para se qualificarem como ativos intangíveis.
Regista as entregas feitas pela entidade por conta de investimentos cujo preço esteja
previamente fixado. Pela receção da fatura, estas verbas devem ser transferidas para
a conta 2711 — Fornecedores de investimentos — contas gerais.
Esta conta destina -se a registar os ativos a que se refere a NCRF 8 — Ativos não
correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas. Os passivos
associados a ativos não correntes detidos para venda mantêm a sua mensuração e
apenas deverão ser identificados para efeitos de apresentação.
51 — Fundos
Esta conta, específica das ESNL, inclui o fundo (dotação) inicial e os excedentes
destinados a aumentar o mesmo. Esta conta é creditada por contrapartida de: (i)
dinheiro e depósitos; (ii) bens, tais como imóveis, coleções e obras de arte; e (iii)
ativos intangíveis.
A conta 521 — Valor nominal é debitada pelo valor nominal das ações ou quotas próprias
adquiridas. Ainda na fase de aquisição, a conta 522 — Descontos e prémios é
movimentada pela diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal.
Quando se proceder à venda das ações ou quotas próprias, para além de se efetuar o
respetivo crédito na conta 521, movimentar -se -á a conta 522 pela diferença entre o
preço de venda e o valor nominal.
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Simultaneamente, a conta 522 deverá ser regularizada por contrapartida da conta 599
— Outras variações no capital próprio — Outras, de forma a manter os descontos e
prémios correspondentes às ações (quotas) próprias em carteira.
52 — Excedentes técnicos
Esta conta, específica das ESNL, é utilizada pelas mutualidades para registar
relativamente a cada modalidade complementar de segurança social subscrita pelos
associados das mutualistas o excesso de cobertura dos fundos permanentes
constituídos para lhes fazer face, relativamente ao valor dos encargos com
modalidades associativas efetuadas por técnicos atuariais e registados na conta 298 —
Provisões específicas do setor. Esta conta será debitada por contrapartida da conta
2685 — Beneficiários das mutualistas — Melhorias de benefícios.
Esta conta será creditada pela diferença entre os lucros imputáveis às participações e
os lucros que lhes forem atribuídos (dividendos), movimentando -se em contrapartida
a conta 56 — Resultados transitados.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Esta conta acolherá, por contrapartida das contas 411 a 413 os valores imputáveis à
participante na variação dos capitais próprios das participadas, que não respeitem a
resultados.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
593 — Subsídios
Inclui os subsídios associados a ativos, que deverão ser transferidos, numa base
sistemática, para a conta 7883 — Imputação de subsídios para investimentos, à medida
em que forem contabilizadas as depreciações/ amortizações do investimento a que
respeitem.
Classe 6 — Gastos
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
67 — Provisões do período
Esta é uma conta específica das ESNL. No caso das entidades do setor mutualista esta
conta movimenta–se em contrapartida da conta 298 — Provisões específicas do setor,
de acordo com o resultado dos estudos atuariais mandados efetuar pela entidade. Foi
criada a conta 689 — Gastos com apoios financeiros concedidos a associados/utentes
para registar os subsídios, donativos, bolsas de estudo, prestações associadas a
modalidades complementares de segurança social subscritas por associados das
mutualidades.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Esta conta, a utilizar pelas ESNL, destina -se a registar os subsídios, donativos, bolsas
de estudo e prestações associadas a modalidades complementares de segurança social
subscritas por associados das mutualidades.
Classe 7 — Rendimentos
71 — Vendas
As vendas devem ser deduzidas do IVA e de outros impostos e incidências nos casos em
que nela estejam incluídos.
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72 — Prestações de serviços
Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objetivos
ou finalidades principais da entidade. Poderá integrar os materiais aplicados, no caso
de estes não serem faturados separadamente.
No caso das ESNL, são registadas nesta conta as quotas dos utilizadores, as quotizações
e joias dos associados, as promoções e os patrocínios, de acordo com as respetivas
subcontas. A subconta 722 — Quotizações e joias pode ser utilizada pelas associações
mutualistas para registar os rendimentos resultantes da subscrição pelos associados de
qualquer das modalidades de benefícios postos à sua disposição.
75 — Subsídios à exploração
Esta é uma conta específica das ESNL. Registam–se nesta conta os subsídios das
entidades públicas e os subsídios, doações e legados dos instituidores/fundadores da
entidade destinados à exploração.
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Classe 8 — Resultados
Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período, podendo ser utilizada
para auxiliar à determinação do resultado integral, tal como consta na Demonstração
das Alterações no Capital Próprio.
A classe 9, que é uma classe livre, pode ser utilizada para proceder ao apuramento de
resultados sectorizados para que a ESNL obtenha a informação interna necessária à
gestão dos fundos colocados à sua disposição.
Considera-se nesta conta a quantia estimada para o imposto que incidirá sobre os
resultados corrigidos para efeitos fiscais, por contrapartida da conta 241 — Estado e
outros entes públicos — Imposto sobre o rendimento.
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- Modelo Geral
- Balanço;
- Anexo
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(Modelos a apresentar pelas entidades do sector não lucrativo, nos termos do n.º 6 do
artigo 11.º do Decreto–Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, com a redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho):
- Pagamentos e recebimentos;
- Património fixo;
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- Balanço, Modelo ME
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Importa referir que a EC não é uma NCRF e por isso não define normas para qualquer
mensuração particular ou tema de divulgação. A CNC reconhece que em alguns casos
pode haver um conflito entre esta Estrutura Conceptual e uma qualquer NCRF. Nos
casos em que haja um conflito, os requisitos da NCRF prevalecem em relação à
Estrutura Conceptual.
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Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos para serem
classificadas como microentidades, desde que não optem pela aplicação da Norma
Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE) ou das
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
Com efeito conforme disposto no n.º 1 do artigo 9.º do DL n.º 158/2009, de 13 de julho,
com as alterações introduzidas pelo DL n.º 98/2005, de 2 de junho, consideram-se
microentidades aquelas que, de entre as referidas no artigo 3.º, à data do balanço,
não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
Importa ainda realçar a alteração ao artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais
prevista no artigo 5.º do DL 98/2015, o qual prevê para as microentidades a dispensa
da obrigação de elaborar o relatório de gestão, passando aquele artigo a referir o
seguinte:
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(…)
a) …
b)…
c)…
(…)
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- Os ativos intangíveis com vida útil indefinida passam a ser amortizados num
período máximo de 10 anos.
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8.1. Introdução
Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos para serem
classificadas como microentidades, desde que não optem pela aplicação da Norma
Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE) ou das
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Os gastos são reconhecidos na demonstração dos resultados quando tenha surgido uma
diminuição dos benefícios económicos futuros relacionados com uma diminuição num
ativo ou com um aumento de um passivo e que possam ser mensurados com fiabilidade.
O reconhecimento de gastos ocorre simultaneamente com o reconhecimento de um
2 http://www.cnc.min-financas.pt/
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A informação seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e repetida quando for
necessário para a devida compreensão da informação apresentada:
Uma entidade deve apresentar ativos correntes e não correntes, e passivos correntes
e não correntes, como classificações separadas no balanço.
Um ativo deve ser classificado como corrente quando satisfizer qualquer dos seguintes
critérios:
c) Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do
balanço; ou
Esta Norma usa o termo não corrente para incluir ativos tangíveis, intangíveis e
financeiros cuja natureza seja de longo prazo.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Um passivo deve ser classificado como corrente quando satisfizer qualquer um dos
seguintes critérios:
c) Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou
Alguns passivos correntes, tais como dívidas a pagar comerciais e alguns acréscimos de
gastos relativos a empregados e outros gastos operacionais, são parte do capital
circulante usado no ciclo operacional normal da entidade. Tais itens operacionais são
classificados como passivos correntes mesmo que estejam para ser liquidados a mais
de doze meses após a data do balanço.
Uma entidade classifica os seus passivos financeiros como correntes quando a sua
liquidação estiver prevista para um período até doze meses após a data do balanço,
mesmo que:
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
adicionais, quando tal apresentação for relevante para uma melhor compreensão da
posição financeira da entidade. Sempre que, em simultâneo para todas as datas de
relato incluídas no balanço, não existam quantias a apresentar, as correspondentes
linhas deverão ser removidas.
Uma entidade não deve apresentar itens de rendimento e de gasto como itens
extraordinários na demonstração dos resultados.
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Descrição do tratamento
NC-ME
contabilístico
Capitalização de encargos de
Não é permitida
financiamento
Reconhecimento de Impostos
Não é permitido
diferidos
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
exigir ou permitir tal categorização, uma política contabilística deve ser selecionada
e aplicada consistentemente a cada categoria.
No que respeita a alterações nas políticas contabilísticas uma entidade deve alterar
uma política contabilística apenas se a alteração:
O efeito de uma alteração numa estimativa contabilística, que não seja uma alteração
à qual se aplique o parágrafo anterior, deve ser reconhecido prospetivamente
incluindo-o nos resultados do:
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, Lda, tinha adquirido no Ano N um ativo fixo tangível (máquina
industrial) pelo valor de 20.000 euros, tendo-lhe atribuído uma vida útil de 10 anos e
valor residual de zero euros. O ativo tem estado a ser depreciado pelo método da linha
reta.
Reconhecimento e Mensuração:
• Estamos perante uma alteração de estimativa contabilística.
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Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, Lda identificou no ano N, já após o fecho das contas do exercício de
N-1, que não tinha efetuado a especialização de férias e subsídio de férias do seu
pessoal do Ano N-1 a pagar no Ano N, no valor de 20.000 €. O erro em causa é
considerado relevante na tomada de decisão dos utentes das demonstrações
financeiras.
Reconhecimento e Mensuração:
Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, Lda. tem como política conceder, no início do ano seguinte, um
rappel aos seus clientes que ultrapassem um determinado volume de vendas. Assim,
no Ano n+1, foi emitido um rappel a um cliente no valor de 3.000 euros, tendo o mesmo
sido especializado nas contas do Ano N. Todavia, já durante o Ano N+1, e
posteriormente ao fecho das contas do Ano N, um cliente reclamou um rappel de 1.000
euros sobre as vendas de N, que não tinham sido especializadas. O Departamento
Comercial analisou a reclamação e constatou que efetivamente o cliente em causa
tinha direito ao referido rappel, uma vez que tinha existido um erro de cálculo do
departamento. O erro em causa não é considerado relevante na tomada de decisão do
utente das demonstrações financeiras.
Reconhecimento e Mensuração:
Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
6881 – Correções
relativas a períodos 21 – Clientes C/C 1.000 Correção de erro não material
anteriores
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
O custo de um item de ativo fixo tangível deve ser reconhecido como ativo se, e
apenas se, cumprir as condições de reconhecimento definidas no capítulo 3 da NC-ME
e desde que se trate de um item que seja detido para uso na produção ou fornecimento
de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos e se
espera que seja usado durante mais do que um período.
Os animais ou plantas vivos detidos pela entidade e que não se enquadrem na atividade
agrícola integram a subcategoria de equipamentos biológicos.
Podem ser considerados no ativo por uma só quantidade e quantia fixa, os itens que,
no seu conjunto, satisfaçam simultaneamente as seguintes condições:
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
No que respeita à mensuração, um item do ativo fixo tangível que seja classificado
para reconhecimento como um ativo deve ser inicialmente mensurado pelo seu custo
e subsequentemente pelo seu custo deduzido de qualquer depreciação acumulada.
Exemplos de custos que não são custos de um item do ativo fixo tangível são:
O gasto de depreciação em cada período deve ser reconhecido nos resultados a menos
que seja incluído na quantia escriturada de um outro ativo.
A quantia depreciável de um ativo deve ser imputada numa base sistemática durante
a sua vida útil.
A depreciação de um ativo começa quando este esteja disponível para uso, i.e. quando
estiver na localização e condição necessárias para que seja capaz de operar na forma
pretendida. A depreciação de um ativo cessa na data em que o ativo for
desreconhecido.
60
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Na determinação da vida útil de um ativo uma entidade deve ponderar o uso esperado
do ativo, o desgaste normal esperado, a obsolescência técnica ou comercial e limites
legais ou semelhantes no seu uso.
a) No momento da alienação; ou
Aquando da data de alienação de um item do ativo fixo tangível uma entidade deve
aplicar os critérios referidos no capítulo 12 da NC-ME para reconhecimento do rédito.
Em suma:
61
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Descrição do tratamento
AFT
contabilístico na NC-ME
Capitalização de encargos de
Não é permitida
financiamento
62
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Pedido: Pretende-se que indique em que rubrica deverá ser contabilizado o bem em
causa e por que montante.
Reconhecimento e Mensuração:
O custo de um item de ativo fixo tangível deve ser reconhecido como ativo se, e
apenas se, cumprir as condições de reconhecimento definidas no capítulo 3 da NC-ME
e desde que se trate de um item que seja detido para uso na produção ou fornecimento
de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos e se
espera que seja usado durante mais do que um período.
Resolução:
Nos termos do parágrafo 7.6 na NC – ME, um item do ativo fixo tangível que seja
classificado para reconhecimento como um ativo deve ser inicialmente mensurado pelo
seu custo.
63
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A sociedade XPTO, LDA, dispõe de instalações próprias que utiliza nas suas atividades
operacionais.
Estas instalações estão mensuradas no Balanço da sociedade no ano N (já depois das
depreciações do período) pelo montante de 80.000 euros.
Mensuração subsequente:
De acordo com o disposto nos § 7.6 da NC-ME, um item do ativo fixo tangível que seja
classificado para reconhecimento como um ativo deve ser inicialmente mensurado pelo
seu custo e subsequentemente pelo seu custo deduzido de qualquer depreciação
acumulada.
Resolução
64
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A sociedade pode contudo revalorizar o valor das instalações, desde que abandone a
utilização da NC-ME optando por utilizar as NCRF-PE ou NCRF do Regime Geral,
cumprindo naturalmente as exigências destes normativos mais completos.
65
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, Lda adquiriu em Março do Ano N uma nova linha de fabricação para
a sua fábrica.
Esta nova linha de fabricação teve um custo de 180.000 €, sendo constituída por 3
componentes significativas e com vidas úteis diferentes, assim discriminadas:
Reconhecimento Mensuração:
Segundo o § 7.9 da NC – ME, cada parte de um item do ativo fixo tangível com um custo
que seja significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciada
separadamente.
66
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução
32.000 / 12 * 6 = 16.000 €
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
67
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
68
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Um ativo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se, for identificável, e cumprir
as condições de reconhecimento definidas no capitulo 3 desta Norma, desde que se
trate de um ativo não monetário, identificável e sem substância física, que se espera
que seja usado durante mais do que um período.
Um ativo intangível deve ser mensurado pelo seu custo, o qual deve ser determinado
como preconizado para os ativos fixos tangíveis.
A criação de um ativo intangível gerado internamente, que não seja goodwill, envolve
uma fase de pesquisa e uma fase de desenvolvimento.
Não deve ser reconhecido nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa, ou da fase
de pesquisa de um projeto interno, sendo os correspondentes dispêndios reconhecidos
como um gasto quando forem incorridos.
69
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma entidade reconhecerá como gasto os seguintes itens, os quais nunca deverão ser
reconhecidos como ativo:
b) Dispêndio com atividades de arranque, a não ser que este dispêndio esteja
incluído no custo de um item de ativo fixo tangível de acordo com o capítulo 7
desta Norma. Os custos de arranque podem consistir em custos de
estabelecimento tais como os custos legais ou de secretariado incorridos no
estabelecimento de uma entidade legal, dispêndios para abrir novas instalações
ou negócio ou dispêndios para iniciar novas unidades operacionais ou lançar
novos produtos ou processos;
70
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
O dispêndio com um item intangível que tenha sido inicialmente reconhecido como um
gasto não deve ser reconhecido como parte do custo de um ativo intangível em data
posterior.
Uma entidade deve avaliar se a vida útil de um ativo intangível é finita ou indefinida
e, se for finita, a duração de, ou o número de produção ou de unidades similares
constituintes, dessa vida útil. Um ativo intangível tem uma vida útil indefinida quando,
com base numa análise de todos os fatores relevantes, não houver limite previsível
para o período durante o qual se espera que o ativo gere influxos de caixa líquidos para
a entidade.
A quantia amortizável de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser
imputada numa base sistemática durante a sua vida útil, tal como o previsto para os
ativos fixos tangíveis. A amortização deve cessar na data em que o ativo for
desreconhecido.
O valor residual de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser assumido
como sendo zero a menos que:
ii) Seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
Um ativo intangível com uma vida útil indefinida deve ser amortizado num período
máximo de 10 anos.
A vida útil de um ativo intangível deve ser revista a cada período para determinar se
os acontecimentos e circunstâncias continuam a apoiar uma avaliação de vida útil
indefinida para esse ativo. Se não apoiarem, a alteração na avaliação de vida útil de
indefinida para finita deve ser contabilizada como alteração numa estimativa
contabilística de acordo com o capítulo 6 da NC-ME.
71
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em suma:
Descrição do tratamento
Ativos intangíveis
contabilístico na NC-ME
72
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Marca “2 Drinks”:
Marca “3 Drinks”:
Para além disso, e na mesma data, a empresa registou uma marca desenvolvida
internamente como o nome “GI Drinks”, tendo incorrido em gastos com terceiros no
valor de 5.000 €.
Reconhecimento e Mensuração:
73
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em termos de mensuração inicial os Ativos intangíveis são mensurados pelo seu custo,
incluindo, para além do custo de aquisição, todos os custos necessários para o ativo
ser capaz de funcionar da forma pretendida. Para além disso, os Ativos intangíveis
podem ter vidas úteis definidas ou indefinidas. No caso em apreço, temos ativos
intangíveis com a vida útil definida e indefinida.
Quanto à marca gerada internamente, a própria NC-ME não deixa margem para
dúvidas, na alínea a) do § 8.11 ao referir que “uma entidade reconhecerá como gasto
os seguintes itens, os quais nunca deverão ser reconhecidos como ativo: a) As marcas,
cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes e itens substancialmente
semelhantes gerados internamente”
Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
444 - Ativos
intangíveis – 12 - Depósitos à Pela aquisição e registo da
11.500
Propriedade ordem marca
industrial
74
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
643 - Gastos de
depreciação e de 448 - Amortizações Pela amortização da marca em
1.150
amortização – Ativos acumuladas N
Intangíveis
Resolução:
444 - Ativos
intangíveis – 12 - Depósitos à Pela aquisição e registo da
5.750
Propriedade ordem marca
industrial
75
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
643 - Gastos de
depreciação e de 448 - Amortizações Pela amortização da marca em
1.150
amortização – Ativos acumuladas N
Intangíveis
622 – Fornecimento e
serviços externos – 12 - Depósitos à
5.000 Marca gerada internamente
Serviços ordem
especializados
76
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
8.6. Locações
77
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
As rendas contingentes devem ser debitadas como gastos nos períodos em que foram
incorridas.
A política de depreciação para os ativos locados depreciáveis deve ser consistente com
a dos ativos depreciáveis que sejam possuídos e a depreciação reconhecida deve ser
calculada nas bases estabelecidas nos capítulos 7 e 8 da Norma (Ativos Fixos Tangíveis
e Ativos Intangíveis). Se não houver certeza razoável de que o locatário obtenha a
propriedade no fim do prazo da locação, o ativo deve ser totalmente depreciado
durante o prazo da locação ou da sua vida útil, o que for mais curto.
Os custos diretos iniciais incorridos pelos locadores ao negociar e aceitar uma locação
operacional devem ser adicionados à quantia escriturada do ativo locado e
reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação na mesma base do rendimento
da locação.
A política de depreciação para ativos locados depreciáveis deve ser consistente com a
política de depreciação normal do locador para ativos semelhantes, e a depreciação
78
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em suma:
Descrição do tratamento
Locações
contabilístico na NC-ME
79
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, S.A. adquiriu em leasing uma viatura ligeira de passageiros, com as
seguintes características:
Reconhecimento e Mensuração:
80
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
No caso em análise, estamos perante uma locação financeira, pois existe uma
transferência de todos os riscos e vantagens associadas ao bem locado, bem como a
certeza razoável de que o locatário exercerá a opção de compra no final do contrato.
Resolução:
- Reconhece como Ativos e passivos por quantias iguais ao valor presente dos
pagamentos mínimos da locação (§ 9.5 da NC-ME).
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Mensuração Subsequente:
81
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
2513 – Financiamentos
12 Depósitos à
obtidos – Locações 1.319,34 Pagamento da 1ª renda
ordem
financeiras
Na segunda renda estão incluídos juros no valor de 129,76 €, acrescidos de IVA à tava
de 23% (129,76 € * 1,23% = 159,60 €)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
2513 - Financiamentos
obtidos - Locações 1.159,74
financeiras
12 Depósitos à Ordem Pagamento da 2.ª renda
6911 - Juros de
financiamentos obtidos 159,60
- Locações Financeiras
As restantes rendas, terão o mesmo lançamento com ajustamento apenas do valor dos
juros e da amortização de capital.
82
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
642 - Gastos de
depreciação e de 438 - Depreciações
6.150 Pela depreciação no exercício N
amortização – Ativos acumuladas
Fixos Tangíveis
83
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa XPTO, S.A. em 01 de Junho do ano N alugou por 60 dias uma viatura ligeira
de passageiros, para ser utilizada pelo seu Diretor Comercial tendo pago pelo aluguer
1.000 €, iva incluído. No final dos 60 dias a viatura foi devolvida ao locador.
Reconhecimento e Mensuração:
Resolução
84
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
6261 – Fornecimento e
Reconhecimento da locação
serviços externos – 12 – Depósitos à Ordem 1.000
operacional
Rendas e alugueres
85
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em suma:
Descrição do tratamento
Custos de empréstimos obtidos
contabilístico na NC-ME
Reconhecimento Gasto
86
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Como o montante não era suficiente para financiar a obra a empresa recorreu ainda a
um financiamento de um acionista (suprimentos) no valor de 50.000 € com as seguintes
condições:
A NC – ME, não permite outro tratamento relativo aos custos dos empréstimos obtidos,
nomeadamente a sua inclusão nos custos de outros Ativos, conforme o disposto na
NCRF 10 e na NCRF – PE.
87
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
- Empréstimo Bancário
No ano N:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
2511 - Empréstimos
12 - Depósitos à ordem 30.000 Contratação de financiamento
bancários
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
No ano N:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
2532 - Outros
participantes -
12 - Depósitos à ordem 50.000 Contratação de financiamento
Suprimentos e outros
mútuos
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
88
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
8.8. Inventários
Os inventários são tratados pela NC – ME no seu § 11, sendo reconhecidos como tal os
Ativos
O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de conversão
e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e condição atuais.
O custo dos inventários de produtos acabados e de subprodutos será obtido por um dos
seguintes métodos:
O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem
danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de
venda tiverem diminuído. A prática de reduzir o custo dos inventários para o valor
realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser
89
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido.
Alguns inventários podem ser imputados a outras contas do ativo, como por exemplo,
inventários usados como um componente de ativos fixos tangíveis construídos para a
própria entidade. Os inventários imputados desta forma a um outro ativo são
reconhecidos como um gasto durante a vida útil desse ativo.
Em suma:
90
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Descrição do tratamento
Inventários
contabilístico na NC-ME
Custo ou valor realizável líquido (o
Mensuração
mais baixo)
Permanente ou intermitente (ME
Sistema de movimentação dos
dispensadas legalmente de aplicar o
inventários
sistema de inventário permanente)
91
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa não dispõe de sistema de inventário permanente pelo que apurou os seus
inventários através de contagem física em 31 de Dezembro do Ano N.
No final do ano N, a empresa tinha os seguintes registos, relativos aos seus inventários.
• Compras: 50.000 €
• Direitos de importação: 2.000 €
• Transportes de compras: 10.000 €
• Rappel anual sobre compras: 4.000 €
Stock Final:
92
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
pelo seu custo de produção ou pelo preço de venda deduzido de uma margem de lucro
que a gestão demonstre apropriada, devendo o custo dos produtos em curso ser
calculado pelo mesmo método corrigido com a percentagem estimada de acabamento.
Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
312 - Compras de
Pela transferência da conta de
matérias-primas,
331 - Matérias-primas 58.000 compras para a conta de
subsidiárias e de
inventário
consumo
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
93
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
731 - Produtos
34 - Produtos acabados Pelo reconhecimento do ativo
acabados e 20.000
e intermédios relativo aos produtos acabados
intermédios
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
A empresa não conseguiu, mesmo na época de saldos realizar algum do seu stock,
estando já a analisar a nova coleção, pelo que considera que este stock não é vendável
ao preço de venda comum.
Com o objetivo de realizar este stock e libertar espaço na sua loja para produtos mais
vendáveis, a empresa contatou no início do ano N+1 vários feirantes para conseguir o
melhor preço possível.
O melhor valor que conseguiu foi 5.000 €, não tendo que suportar qualquer custo
associado à venda.
94
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
Custo: 20.000 €
De acordo com o § 11.3 da NC – ME, a quantia que deve estar evidenciada na rúbrica
de inventários deve ser de 5.000 €, dado que é o mais baixo entre o seu Custo e o VRL.
Logo, deve ser reconhecida uma perda por imparidade de Inventários no montante da
diferença, que são 15.000 (20.000 € - 5.000 €).
Lançamento Ano N:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
95
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
8.9. Rédito
Refere a norma que o rédito deve ser mensurado pela quantia da contraprestação
acordada a qual, em geral, é determinada por acordo entre a entidade e o comprador
ou utente do ativo, tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos
comerciais e de quantidade concedidos pela entidade.
As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostos sobre vendas, impostos
sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado são excluídos do rédito.
Num relacionamento de agência, o rédito é a quantia de comissão. As quantias
cobradas por conta do mandante não são rédito.
O rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido quando tiverem sido
satisfeitas todas as condições seguintes:
Quando o desfecho de uma transação que envolva a prestação de serviços possa ser
fiavelmente estimado, o rédito associado com a transação deve ser reconhecido com
referência à fase de acabamento da transação à data do balanço. O desfecho de uma
transação pode ser fiavelmente estimado quando todas as condições seguintes forem
satisfeitas:
96
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Quando o desfecho da transação que envolva a prestação de serviços não possa ser
estimado com fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida em que
sejam recuperáveis os gastos.
O rédito proveniente do uso por terceiros de ativos da entidade que produzam juros,
royalties e dividendos deve ser reconhecido nas bases estabelecidas no parágrafo 12.8
da Norma, quando:
Em suma:
Descrição do tratamento
Rédito
contabilístico na NC-ME
Valor nominal da contraprestação
Mensuração / reconhecimento (não está previsto o método do juro
efetivo)
Critério da percentagem de
Mensuração do rédito nas acabamento ou lucro nulo (no caso
prestações de serviços de não ser possível aplicar a % de
acabamento)
Critério da percentagem de
acabamento ou lucro nulo (no caso
Contratos de construção
de não ser possível aplicar a % de
acabamento)
97
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma firma de auditoria contratou com uma empresa, no início do Ano N, uma auditoria
com as seguintes condições:
• Para que o rédito possa ser reconhecido, é necessário que a transação possa ser
fiavelmente estimada. Para isso tem de satisfazer todas as condições seguintes
(§ 12.5):
98
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
ANO N
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
99
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Durante o ano N -
12 D. Ordem / 221
6x - Gastos diversos 40.000 reconhecimento dos gastos
Fornecedores c/c (…)
incorridos
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
100
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
ANO N + 1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
101
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma firma de auditoria contratou com uma empresa, no início do Ano N, uma auditoria
com as seguintes condições:
• Para que o rédito possa ser reconhecido, é necessário que a transação possa ser
fiavelmente estimada. Para isso tem de satisfazer todas as condições seguintes
(§ 12.5):
102
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
ANO N
103
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Durante o ano N -
12 D. Ordem / 221
6x - Gastos diversos 60.000 reconhecimento dos gastos
Fornecedores c/c (…)
incorridos
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
104
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
ANO N + 1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
105
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
106
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
8.10. Provisões
Uma provisão deve ser usada somente para os dispêndios relativos aos quais a provisão
foi originalmente reconhecida.
Não devem ser reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras, uma vez que
estas não satisfazem a definição de passivo nem os critérios gerais de reconhecimento
estabelecidos.
No que respeita à mensuração a quantia reconhecida como uma provisão deve ser a
quantia estimada que uma entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação à
data do balanço ou para a transferir para uma terceira parte nesse momento.
As provisões devem ser revistas à data de cada balanço e ajustadas para refletir a
melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que será necessário um exfluxo
de recursos que incorporem benefícios económicos futuros para liquidar a obrigação,
a provisão deve ser revertida.
Em suma:
107
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Descrição do tratamento
Provisões
contabilístico na NC-ME
108
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
No fecho das contas do Ano N o processo ainda estava em curso e o advogado era da
opinião que a ação judicial irá ter desfecho desfavorável para o ex-administrador,
sendo remotas as probabilidades da sociedade ser condenada a pagar.
109
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Ano N
De acordo com a opinião do advogado da sociedade a ação judicial irá ter desfecho
favorável à empresa, sendo remotas a probabilidade de um exfluxo de recursos
necessário para liquidar a obrigação.
Ano N+1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
110
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Sabe-se, ainda, que os custos das reparações efetuadas sobre aqueles compressores,
no ano N+1, ascenderam a 5.000 €.
No final do ano N+1 procedeu-se à revisão das estimativas efetuadas e espera-se que
os dispêndios ainda a incorrer até ao final do período da garantia daqueles 50
compressores se cifre em 8.000 €.
111
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
garantia, procurando-se determinar uma taxa média desses gastos sobre o volume de
vendas dos produtos objeto de garantia.
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Uma provisão só deve ser usada para os dispêndios relativos aos quais a provisão foi
originalmente reconhecida (§ 13.4 da NC-ME).
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
112
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
As provisões devem ser revistas à data de cada balanço e ajustadas para refletir a
melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que será necessário um exfluxo
de recursos que incorporem benefícios económicos futuros para liquidar a obrigação,
a provisão deve ser revertida (§13.7 da NC-ME).
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
672 - Provisões do
292 - Provisões - 31/12/N+1 - Reforço da provisão
período - Garantias a 3.000
Garantias a clientes para garantias a clientes
clientes
113
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Os subsídios atribuídos por entidades públicas só devem ser reconhecidos após existir
segurança de que:
A forma pela qual um subsídio é recebido não afeta o método contabilístico a ser
adotado com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio é contabilizado da
mesma maneira, quer ele seja recebido em dinheiro, quer como redução de um passivo
para com a entidade pública.
Um subsídio pode ser concedido a uma entidade como forma de compensar gastos ou
perdas incorridos num período anterior. Se tal suceder, o subsídio é reconhecido como
rendimento do período em que se tornar recebível.
114
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Um subsídio atribuído por entidades públicas que se torne reembolsável deve ser
contabilizado como uma revisão de uma estimativa contabilística (ver capítulo 6 da
Norma). O reembolso de um subsídio relacionado com rendimentos, ou relacionado
com ativos, deve ser aplicado em primeiro lugar em contrapartida de qualquer crédito
diferido não amortizado registado com respeito ao subsídio. Na medida em que o
reembolso exceda tal crédito diferido, ou quando não exista crédito diferido, o
reembolso deve ser reconhecido imediatamente como um gasto.
Em suma:
Descrição do tratamento
Subsídios
contabilístico na NC-ME
Inicialmente reconhecidos em
Não reembolsáveis relacionados capital próprio (593) e
com ativos subsequentemente imputados a
rendimentos (7883)
Reembolsáveis relacionados com Contabilizados como passivos
ativos (financiamentos obtidos)
115
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A máquina X foi atribuída uma vida útil de 10 anos, enquanto à máquina Y foi atribuída
uma vida útil de 5 anos.
116
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Nos termos do ponto 7.12 da NC-ME, “A depreciação de um ativo começa quando este
esteja disponível para uso, i.e. quando estiver na localização e condição necessárias
para que seja capaz de operar na forma pretendida.” Assim em N a empresa deve
reconhecer os gastos de depreciação das máquinas.
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
642 - Gastos de 438 - Ativos fixos
depreciação e de tangíveis - 31/12/N - Depreciação do
4.000
amortização - Ativos Depreciações período
fixos tangíveis acumuladas
117
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
278 - Outras contas a
593 - Outras variações
receber e a pagar - Jan/N - Reconhecimento inicial
no capital próprio - 15.000
Outros devedores e do subsídio
subsídios
credores
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
278 - Outras contas a
receber e a pagar -
12 - Depósitos à ordem 15.000 Dez/N - Recebimento do subsídio
Outros devedores e
credores
Nos termos do ponto 14.4 da NC-ME os subsídios atribuídos por entidades públicas
relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis devem ser inicialmente
reconhecidos nos capitais próprios e subsequentemente imputados numa base
sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para balanceá-los com
os gastos relacionados que se pretende que eles compensem.
118
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
7883 - Outros
593 - Outras variações rendimentos e ganhos
31.12.N - Imputação do subsídio
no capital próprio - - Outros - Imputação 2.000
a rendimentos
subsídios de subsídios para
investimento
119
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
Subsídio 1
O subsídio reúne os requisitos para ser reconhecido como ativo, devendo ser
inicialmente relevado na conta “282 – Rendimentos a reconhecer”.
Compensar gastos de exercícios anteriores - Note-se que nos temos do paragrafo 14.6
da NC-ME um subsídio concedido a uma entidade como forma de compensar gastos ou
perdas incorridos num período anterior, é reconhecido como rendimento do período
em que se tornar recebível. Assim, o subsídio visa subsidiar gastos do período e
períodos anteriores, o mesmo deve ser reconhecido como rendimento do exercício.
120
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Lançamentos:
Ano N:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
278X – Outros
282 – Rendimentos a Reconhecimento inicial do
devedores e credores – 60.000
reconhecer subsídio em Abril do Ano N
Entidade X - Subsídio 1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
278X – Outros
Recebimento do subsídio em
12 – Depósitos à Ordem devedores e credores – 60.000
Maio do Ano N
Entidade X - Subsídio 1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
121
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Lançamentos Ano N + 2:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Subsídio 2
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
258 – Financiamentos
Reconhecimento inicial do
12 – Depósitos à Ordem Obtidos – Outros 100.000
subsídio
financiadores
De notar, que tendo em conta que o subsídio reembolsável apresenta uma carência de
reembolso de 2 anos, estes 100.000 € devem ser apresentados no Balanço no passivo
não corrente.
122
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que seja denominada ou exija
liquidação numa moeda estrangeira, incluindo transações em que:
a) Uma entidade compra ou vende bens ou serviços cujo preço seja denominado
numa moeda estrangeira;
c) Uma entidade, por qualquer outra forma, adquire ou aliena ativos ou incorre
ou liquida passivos, denominados numa moeda estrangeira.
123
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Sabe-se ainda que a fatura foi liquidada em 15 de Janeiro de N+1. e que as cotações
EUR/BRL eram as seguintes:
Reconhecimento e mensuração:
De acordo com o § 15.2 uma transação em moeda estrangeira deve ser registada, no
momento do reconhecimento inicial em euros, pela aplicação à quantia de moeda
estrangeira da taxa de câmbio entre moeda estrangeira à data da transação e os euros.
124
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
1) Registo da venda
Na data da operação:
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
712 - Vendas -
211 - Clientes -
Produtos Acabados e 2.500 1/11/N - Registo da venda
Clientes C/C
intermédios
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
125
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
7887 – Outros
211 - Clientes - rendimentos e ganhos
31,64 31/12/N - Atualização do câmbio
Clientes C/C - Outros - Diferenças
de câmbio favoráveis
Na data do recebimento:
- É necessário apurar a diferença entre o valor recebido, por aplicação da taxa
de câmbio da data do recebimento, e o valor escriturado.
Valor Valor
Contas a débito Conta a crédito Descrição
(€) (€)
126
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Em suma:
Descrição do tratamento
Impostos sobre o rendimento
contabilístico na NC-ME
127
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A empresa não apresenta prejuízos fiscais por deduzir. A taxa de IRC é de 17%. A
derrama do município onde se situa a empresa é de 1%. A taxa de tributação autónoma
é de 10%, sendo a base tributável, despesas de representação no valor de 1.000 €.
Os impostos sobre o rendimento devem, na medida em que não estejam pagos, ser
reconhecidos como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e
anteriores exceder a quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser
reconhecido como um ativo.
Os passivos por impostos sobre o rendimento devem ser mensurados pela quantia que
se espera que seja paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais aprovadas à data
do balanço.
Resolução:
128
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Coleta: 1.445 €
Derrama: 85 €
Tributações autónomas: 100 €
Total de estimativa de imposto: 1.630 €
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
8121 – Imposto
241 - Imposto sobre o
estimado para o 1.630 Ano N - Estimativa de imposto
rendimento
período
129
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Os impostos sobre o rendimento devem, na medida em que não estejam pagos, ser
reconhecidos como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e
anteriores exceder a quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser
reconhecido como um ativo.
Os passivos por impostos sobre o rendimento devem ser mensurados pela quantia que
se espera que seja paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais aprovadas à data
do balanço.
Resolução:
Prejuízo fiscal:-12.000 €
Coleta: 0 €
Derrama: 0 € (porque incide sobre lucro tributável)
Tributações autónomas: 500 €
Total de estimativa de imposto a pagar: 500 €
A empresa apurou prejuízos fiscal, pelo que o o IRC a pagar, é apenas a tributação
autónoma (500 €).
130
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Note-se, que não há lugar ao reconhecimento de impostos diferidos, uma vez que o
mesmo não é permitido no NC-ME, dado que só está previsto o método do imposto a
pagar, conforme referido no parágrafo 16.1 da NC-ME.
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
8121 – Imposto
241 - Imposto sobre o
estimado para o 500 Ano N - Estimativa de imposto
rendimento
período
131
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Para determinar se um ativo financeiro está ou não com imparidade, uma entidade
deve rever a sua quantia escriturada, bem como determinar a sua quantia recuperável
e reconhecer (ou reverter o reconhecimento de) uma perda por imparidade,
designadamente em contas a receber (por exemplo, clientes).
Em suma:
132
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Descrição do tratamento
Ativos e passivos financeiros
contabilístico na NC-ME
Mensuração Custo
133
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A sociedade XPTO, Lda. tem uma dívida a receber do cliente XYZ, Lda, no montante
de 40.000 €. Esta dívida resultou de uma venda em fevereiro do Ano N, com data de
vencimento em Abril do mesmo ano.
Durante o ano, a empresa XPTO tem solicitado ao cliente por diversas vezes o
pagamento da sua dívida, situação que não tem acontecido.
No final do Ano N, a empresa XYZ, Lda ainda não tinha procedido a qualquer
pagamento, pelo que a empresa entendeu existirem fortes indícios da dívida ser de
cobrança duvidosa, uma vez que as suas tentativas de recebimento revelaram-se
infrutíferas, pelo que reconheceu uma perda por imparidade desta dívida.
Todavia, em meados do ano N+1, já em data posterior ao fecho das contas do Ano N,e
depois de troca de correspondência com o advogado da empresa o cliente pagou
metade da dívida. Todavia, até ao final do ano N+1, o restante montante em dívida
continuava por liquidar.
Para determinar se um ativo financeiro está ou não com imparidade, uma entidade
deve rever a sua quantia escriturada, bem como determinar a sua quantia recuperável
e reconhecer a diferença como uma perda por imparidade.
134
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Resolução:
Dado que existe uma evidência objetiva de imparidade, a entidade deve reconhecer
uma perda por imparidade.
Ano N
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
6511 – Perdas por
219 – Perdas por
imparidade – em Reconhecimento da perda por
imparidade 40.000
dívidas a receber - imparidade
acumuladas
Clientes
Ano N+1
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
217 – Clientes
12 – Depósitos à ordem 20.000 Recebimento de 20.000 €
cobrança duvidosa
135
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
Os benefícios dos empregados aos quais este capítulo se aplica são os seguintes:
136
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma entidade deve reconhecer o custo esperado dos pagamentos de participação nos
lucros e gratificações quando, e só quando:
Uma obrigação por participação nos lucros e gratificações resulta do serviço dos
empregados e não de uma transação com os proprietários da entidade. Por
conseguinte, uma entidade reconhece o custo por essa participação nos lucros e
gratificações não como uma distribuição do lucro líquido mas como um gasto.
137
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
A sociedade XPTO, Lda. tem como prática, desde há longa data, atribuir gratificações
ao pessoal a título de aplicação dos lucros do exercício.
Nos termos do § 18.5 da NC-ME uma entidade deve reconhecer o custo esperado dos
pagamentos de participação nos lucros e gratificações quando, e só quando:
138
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma entidade pode não ter obrigação legal de pagar uma gratificação. Não obstante,
em alguns casos, uma entidade tem a prática de pagar gratificações. Em tais casos, a
entidade tem uma obrigação construtiva porque não tem alternativa realista senão de
pagar a gratificação. A mensuração da obrigação construtiva deve refletir a
possibilidade de alguns empregados poderem sair sem receberem a gratificação.
Resolução:
Uma entidade pode fazer uma estimativa fiável da sua obrigação legal ou construtiva
segundo um plano de participação nos lucros ou de gratificações quando, e só quando:
139
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor Valor
Contas a débito Conta a crédito Descrição
(€) (€)
140
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
O prémio anual global foi de 15.000 €, tendo sido totalmente pago na data da sua
constituição.
E nos termos do § 18.1 da NC-ME, o mesmo deve ser reconhecido como gasto.
Lançamentos:
Valor Valor
Contas a débito Conta a crédito Descrição
(€) (€)
281 - Gastos a
7.500
reconhecer
141
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Lançamentos:
Valor Valor
Contas a débito Conta a crédito Descrição
(€) (€)
142
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Valor Valor
Contas a débito Conta a crédito Descrição
(€) (€)
143
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 9.º da Lei n.º 159/2009, de 13 de julho, na
redação dada pelo Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho, consideram-se
microentidades as empresas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três
limites seguintes:
Contudo, tal como referido nas instruções da declaração de rendimentos modelo 22,
nos termos do n.º 2 do mesmo artigo, estas entidades podem optar na declaração de
rendimentos a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 117.º do Código do IRC, pela
aplicação das normas contabilísticas e de relato financeiro para pequenas entidades
(NCRF-PE) ou das normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF). Neste caso,
esta opção deve ser identificada no campo 423.
No caso de a microentidade ter optado por estas normas contabilísticas (NCRF ou NCRF-
PE), não pode ficar enquadrada no regime simplificado de determinação da matéria
coletável.
144
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Uma das alterações importantes introduzida com o Decreto-Lei n.º 98/2015, está
relacionada com a possibilidade de aplicação da NC-ME para as entidades sujeitas a
certificação legal de contas (sem prejuízo das exceções dos artigos 4.º e 5.º do
Decreto-Lei n.º 158/2009), nomeadamente para as sociedades anónimas e sociedades
por quotas que ultrapassem os limites do artigo 262.º do Código das Sociedades
Comerciais.
Note-se que de acordo com o artigo 3.º do DL n.º 36-A/2011 em vigor até 31/12/2015,
as microentidades ficariam dispensadas da aplicação das normas contabilísticas
previstas no Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, passando a adotar a NCM, salvo
quando por determinação legal ou estatutária tivessem as suas demonstrações
financeiras sujeitas a certificação legal de contas ou integrassem o perímetro de
consolidação de uma entidade que apresentasse demonstrações financeiras
consolidadas
145
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
ANEXOS
146
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
147
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Código de Contas
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
Note-se, que não há lugar ao reconhecimento de impostos diferidos, uma vez que o
mesmo não é permitido no NC-ME, dado que só está previsto o método do imposto a
pagar, conforme referido no parágrafo 16.1 da NC-ME.
Valor
Conta a débito Conta a crédito Descrição
(€)
8121 – Imposto
241 - Imposto sobre o
estimado para o 500 Ano N - Estimativa de imposto
rendimento
período
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
152
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
153
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
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Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
162
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Rui M. P., e al., “SNC – Casos Práticos e exercícios resolvidos”, ATF edições
técnicas, Abril 2010
ANTÃO, Avelino Azevedo; TAVARES, Armando; MARQUES, João Paulo, “Aspetos práticos
da contabilidade para microentidades”, Formação à distância (Curso DIS 0418), Ordem
dos Contabilistas Certificados, 2018.
ANTÃO, Avelino Azevedo; TAVARES, Armando; MARQUES, João Paulo; ALVES, Sandra,
“Normas Internacionais de Contabilidade adotadas na União Europeia”, Áreas Editora,
2015.
ANTÃO, Avelino Azevedo; TAVARES, Armando; MARQUES, João Paulo; ALVES, Sandra,
“Novo Regime da Normalização Contabilística para as Entidades do Setor Não
Lucrativo”, Áreas Editora, 2012
GOMES, João; PIRES, Jorge; “Normalização Contabilística para entidades do setor não
lucrativo”, Vida Económica, 2014
RODRIGUES, Ana Maria, CARVALHO, Carla, CRAVO, Domingos, AZEVEDO, Graça, “SNC –
Contabilidade Financeira: sua aplicação”, Almedina, Julho de 2010
163
Aspetos práticos da contabilidade para microentidades
ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS
SOUSA, Amadeu Fernando Silva; “Apontamentos práticos sobre a Modelo 22”, Vida
Económica, 2016
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