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Larissa Moreira
Matrícula: 157.701
Período: Noturno
2021
O Patrimonialismo brasileiro tem sua origem ainda na Península Ibérica, na dinastia Avis
(séc. XIV). Mais adiante, podemos observar o Estado português ainda como recurso do Rei, o
modelo patriarcal sempre esteve presente, sendo extensão da casa para o reinado. Tal modelo
político foi herdado pelos brasileiros durante a colonização. Em síntese, o Brasil colônia viveu
momentos marcantes de economia centralizada, mas experimentou descentralizações
importantes. Uma forma de entender como o modelo de dominação estudado sempre esteve
presente no Brasil, é a própria transformação de Colônia em Estado Portugues, com a monarquia
dupla de dois centros de poder (Rio de Janeiro e Lisboa).
Durante esse processo, a Aristocracia cooperava com o Estado, quando este lhe dava
privilégios, e marcava oposição quando já não tinha nada a ganhar. No momento em que a Elite
passou a recusar a intervenção da Metrópole e da Igreja, ocorreu a tentativa de implantar o
Liberalismo Político. Mas, observa-se que ele nunca foi de fato inserido, pois a Aristocracia não
tinha interesse em abrir mão de suas regalias. O sociólogo Gilberto Freyre pensa a iniciativa
privada brasileira com esse teor aristocrata. Essa Elite teria se micigendado com negros e índios,
dando início ao mito da democracia racial.
Assim sendo, é fato que o Brasil atual ainda encontra heranças do Patrimonialismo,
sendo um dos poucos países que nunca realizou uma reforma agrária relevante (segundo dados
da Oxfam, menos de 1% dos proprietários agrícolas possui 45% da área rural do país). Aponto
que o principal legado do modelo patrimonial foi marcar a desigualdade social como ponto
chave da história do povo brasileiro, pois onde o poder central comanda a economia, o exército
e o próprio aparelho burocrático, o pensamento de Caio Prado Júnior nos esclarece a realidade:
Desde a colonização temos uma dicotomia vigente, a dualidade entre classes.
Referências:
FAORO, R. A aventura liberal numa ordem patrimonialista. Revista USP, [S. l.], n. 17, p. 14-29,
1993. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.v0i17p14-29. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/revusp/articl e/view/25950. Acesso em: 16 maio. 2021.
CAPETTI, P. Concentração no campo bate recorde e 1% das propriedades rurais tem quase
metade da área no Brasil. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/25950. Acesso em 24 maio. 2021.