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Curso Intensivo

“Método Montessori: Aplicação Prática”

Manual do Formando

Formadora

Joana Correia

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Índice

Pág.

1. Objetivos 3

2. Enquadramento geral 4
4
2.1. Contextualização histórica
4
- Quem foi Maria Montessori? 7
2.2. Introdução à Pedagogia Montessori 8
- A criança na Pedagogia Montessori 9

3. Princípios da Pedagogia Montessori 9


- Autoeducação 9
- Educação Cósmica 10
- Educação como Ciência 10
- Ambiente Preparado 11
- Criança Equilibrada 12
- Adulto Preparado e Consciente 13

4. Planos de desenvolvimento e a mente absorvente 14


3.1. 1º plano do desenvolvimento (0 aos 6 anos) 14
3.1.1. Ninho (4 aos 16 meses) 15
15
3.1.2. Comunidade infantil (18 aos 36 meses)
16
3.1.3. Casa das crianças (3 aos 6 anos) 16
3.2. 2º plano do desenvolvimento (6 aos 12 anos) 17
3.3. 3º plano do desenvolvimento (12 aos 18 anos) 18
3.4. 4º plano do desenvolvimento (18 aos 24 anos)

5. A preparação do adulto em Montessori 19

6. O ambiente Montessori 20
6.1. Com funciona uma escola Montessori? 21

7. Os materiais Montessori e a sua construção 27


7.1. Vida prática 29
7.2. Sensorial 31
7.3. Linguagem 34
7.4. Matemática 36

8. Conclusão 40

9. Links para aprofundar conhecimentos 41

10. Referências Bibliográficas 42


44
10.1. Webgrafia

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1. Objetivos

No final do curso intensivo, os formandos deverão ser capazes de:

¤ Explicar e aplicar os princípios da Pedagogia Montessori;


¤ Conhecer Maria Montessori e o seu percurso;
¤ Compreender a criança como um ser ativo no seu processo de
aprendizagem, respeitando as suas necessidades individuais de
desenvolvimento físico, cognitivo, sensorial e emocional;
¤ Conhecer os planos de desenvolvimento;
¤ Adotar a postura de um adulto preparado;
¤ Distinguir o papel do Guia e do Assistente;
¤ Projetar uma sala de aula Montessori, com o ambiente devidamente
preparado, tendo em conta as suas várias áreas e características;
¤ Implementar estratégias da Pedagogia Montessori em sala de aula ou em
casa;
¤ Construir e apresentar alguns materiais Montessori.

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2. Enquadramento geral
“Não creio que haja um método melhor que o montessoriano para sensibilizar as
crianças sobre as belezas do mundo e para despertar sua curiosidade para os segredos
da vida.”
(Gabriel García Márquez)

A aplicação do método de Montessori à educação das crianças pode trazer


inúmeros benefícios e contribuir muito para o desenvolvimento da autonomia. Para
Montessori, o desenvolvimento acontece em fases, que são chamadas de Planos de
Desenvolvimento. A cada plano, as crianças buscam um novo patamar de
independência em relação aos adultos.
A grande descoberta montessoriana é que as crianças são as construtoras da
humanidade. Segundo Maria Montessori, não são os adultos que “constroem” as
crianças, mas as crianças que “fazem” os adultos; o adulto depende dos esforços da
criança. A criança deixa de ser vista como um ser passivo que será aquilo que fizermos
dela, mas um ser ativo, que se esforça o tempo todo para preparar a humanidade de
amanhã. Esse é o tamanho da sua importância. Por isso, o empenho da criança vai
sempre na direção de se tornar cada vez mais independente dos adultos, cada vez
mais forte e empoderada.

2.1. Contextualização histórica: Quem foi Maria Montessori?


Maria Montessori (1870-1952) foi uma psiquiatra italiana, no entanto ficou
conhecida mundialmente como Pedagoga e criadora da Pedagogia Montessori.
Maria Montessori nasceu em Chiaravalle, norte da Itália, no dia 31 de agosto de 1870.
Durante toda a sua adolescência mostrou interesse pela Biologia e decidiu estudar
Medicina na Universidade de Roma, enfrentando a resistência do pai, que desejava
que ela fosse Professora (Trabalzini, 2011).
Formada a 10 de julho de 1896, Maria Montessori tornou-se uma das primeiras
mulheres a concluir Medicina numa universidade italiana, fugindo do preconceito da
sociedade da época, que ditava que uma mulher não deveria exercer a profissão de
médica. No final do séc. XIX, após a sua especialização em Psiquiatria, em parceria
com um colega e um professor da Universidade de Roma, trabalharam para
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transformar essas condições de vida e tratamento de crianças com deficiências
internadas em instituições psiquiátricas e oferecer-lhes a oportunidade de um
desenvolvimento mais completo e uma vida melhor. Para isso, criaram a Escola
Ortofrénica, iniciaram as suas pesquisas sobre crianças com necessidades educativas
especiais e, a partir do estudo da obra de Séguin, Maria Montessori passou a criar
materiais que, mais tarde, fariam parte do seu Método.
Os resultados do trabalho do trio foram surpreendentes, e algumas das crianças
conseguiram aprender mais na Escola Ortofrénica do que as crianças sem deficiências
aprendiam nas escolas regulares da época (Trabalzini, 2011).
Aos 28 anos, defendeu, no Congresso Médico Nacional (Turim), a tese de que a
principal causa do atraso na aprendizagem de crianças especiais era a ausência de
materiais que as estimulassem adequadamente o seu desenvolvimento. Com o
objetivo de se especializar nesta área, podendo assim ajudar mais crianças, formou-
se em Pedagogia e envolveu-se com a Liga para a Educação de Crianças com
Deficiência Mental, sendo, mais tarde, nomeada co-diretora de uma escola para
crianças com necessidades educativas especiais. Nesse período, adaptou os materiais
já existentes e criou novos materiais para além desses, obtendo excelentes
resultados.
Maria Montessori resolveu, então, dedicar-se integralmente à Educação e, em
1904, passou a lecionar na Escola de Pedagogia da Universidade de Roma, onde ficou
até 1908. Em 1907, ainda a lecionar, surgiu uma oportunidade de trabalhar com
crianças que não apresentavam nenhuma característica especial. É aí que Maria
Montessori é convidada a criar uma escola para um conjunto habitacional que estava
a ser construído no bairro de San Lorenzo.
Associada ao governo de Roma, construiu a “Casa dei Bambini” (Casa das
Crianças), que se tornaria o palco da maior revolução educacional do Mundo. Nesta
instituição, Maria Montessori pôde observar o comportamento de crianças com
desenvolvimento típico, em liberdade, num ambiente que era reestruturado a cada
nova demonstração das necessidades de desenvolvimento das crianças. Lá, os filhos
de famílias quase todas analfabetas e que trabalhavam até 18h por dia, alfabetizaram-
se muito melhor e mais rápido do que se esperava – na época – para a idade e classe
social. Além disso, tornaram-se crianças tranquilas, admiravelmente educadas, gentis

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e generosas, concentradas, independentes e disciplinadas. Assim, nasceu a
Pedagogia Científica, uma abordagem educacional que se transforma a partir das
observações que o professor faz, enquanto as crianças vivem no ambiente com
liberdade para fazer tudo o que as conduza a um bom desenvolvimento. Nesse
sentido, em 1909, Maria Montessori escreveu o livro “Pedagogia Científica”, que se
eternizou com o título “Método Montessori” e em 1912 foi para os Estados Unidos,
lecionar em Nova Iorque e em Los Angeles.
Mais tarde, seguiu para Barcelona e, de seguida, Londres. Em 1922 foi nomeada
pelo governo a Inspetora Geral das Escolas de Itália. No entanto, os princípios
inovadores do seu método criaram-lhe inúmeras dificuldades. Como sabemos o
fascismo, presente na época, recorria à escola para doutrinar jovens, treinando-os
para obedecer a ordens e não para pensar de forma livre, convertendo-os em
instrumentos de guerra e não de paz. Com a ascensão do regime fascista de
Mussolini, várias escolas especializadas no Método Montessori foram fechadas e, em
1934, Maria Montessori decidiu deixar o seu país. Dois anos depois, já a trabalhar em
Espanha, mais uma vez foi obrigada a fugir, aquando do início da Guerra Civil
Espanhola. Permaneceu, então, na Holanda durante algum tempo, mas em 1939
decidiu ir para a Índia, onde lecionou durante sete anos.
Durante o exílio, Maria Montessori viveu em Espanha, Holanda e Índia, tendo
desenvolvido diverso programas de formação destinados a novos educadores e
docentes. A experiência bélica levou-a a aprofundar-se nos temas educativos
relacionados com a paz, chegando à conclusão que a educação é o único caminho
para construir a Paz (Associação Portuguesa Montessori). É então em 1946 que Maria
Montessori volta ao seu país e, um ano mais tarde, com 76 anos, fala para a UNESCO
sobre “Educação e Paz”, o que lhe valeu a primeira de três indicações ao Prémio
Nobel da Paz (Dilva Frazão, 2016).
Sem dúvida, Maria Montessori revolucionou os parâmetros educativos
existentes até ao momento, colocando a criança como o autêntico protagonista do
processo educativo e transformando radicalmente a educação infantil. Maria
Montessori não queria criar génios, mas dar a cada pessoa a oportunidade de poder
desenvolver as suas próprias capacidades, por elas mesmas e com os outros; e, desta
forma, ajudar as crianças a serem seres mais humanos, equilibrados e independentes.

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Maria Montessori faleceu a 6 de Maio de 1952, com 82 anos, na sua casa em
Noordwijk (Holanda). Concluía toda uma vida de duros combates, dedicada à defesa
das crianças e, embora tenha sido, como já vimos, uma das primeiras mulheres a
formar-se em Medicina em Itália, Maria Montessori especializou-se em Neurologia,
estudou Antropologia, Filosofia e Psicologia. Mesmo assim, podemos afirmar que o
essencial do seu legado para o século XXI radica na sua incessante pesquisa científica
e desejo permanente de conhecer mais e melhor os segredos da infância (Associação
Portuguesa Montessori).
O método Montessori espalhou-se pelo Mundo fora e Maria Montessori viajou
incessantemente, espalhando os segredos da infância, que ela descobria com cada
vez mais precisão e profundidade, à medida que observava crianças em ambientes
sociais e geográficos variados e conforme trocava e colaborava com dezenas de
professores de todo o Mundo (Kramer, 1988).

2.2. Introdução à Pedagogia Montessori


A Pedagogia Montessori, criada por Maria Montessori, é uma proposta
pedagógica com bases profundamente científicas e amplo reconhecimento a nível
internacional pelo seu carácter inovador, que ajuda a criança no seu desenvolvimento
integral. Trata-se de uma metodologia de ensino baseada na observação da natureza
real e espontânea das crianças, porque o objetivo da educação não deve ser a mera
aquisição de conhecimentos, mas sim o desenvolvimento do potencial físico,
intelectual e emocional da criança, para que esta se possa transformar num adulto
independente, pleno e feliz (Lillard, 2018).
Alicerça-se em seis pilares educacionais, aos quais chamamos “princípios”, que
sustentam desde a preparação do ambiente e a construção dos materiais até ao
tratamento e observação individual de cada criança. São eles:
• Autoeducação;
• Educação como ciência;
• Educação cósmica;
• Ambiente preparado;
• Criança equilibrada;
• Adulto preparado.

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Desde 2007, têm sido desenvolvidos estudos para verificar a eficácia de
Montessori, e a cada nova publicação, confirmam-se que as descobertas de Maria
Montessori e seus colaboradores são mesmo o melhor caminho para ajudar o
desenvolvimento das crianças, incluindo aspetos cognitivos, sociais, emocionais,
entre outros. Entre as várias vantagens do Método Montessori, destacam-se:
• A aprendizagem torna-se mais eficaz e menos morosa (não obriga o aluno a
moldar-se a um método de ensino ao qual, muitas vezes, não se adapta);
• A educação desenvolve-se segundo a evolução natural da criança e não o
contrário;
• Há uma maior consciência de que em cada época da vida predominam certas
necessidades e comportamentos específicos, isto é, períodos mais sensíveis
(também conhecidos no Método como “janelas de oportunidades”) durante os
quais se deve explorar determinadas potencialidades e capacidades;
• A compreensão mais completa do desenvolvimento permite a utilização dos
recursos mais adequados a cada fase e, claro, a cada criança;
• Este método enfatiza a liberdade de aprendizagem e estimula a
responsabilização da própria criança em todo o seu processo de aprendizagem;
• O equilíbrio natural da criança pequena é o principal objetivo de todo o
trabalho. É o ponto de partida e chegada do Método de Montessori.
Na sequência do sucesso do Método, Maria Montessori propôs a criação de
uma nova ciência da educação; e hoje as ciências cognitivas e as neurociências dão
suporte a cada uma das suas descobertas, com novas publicações todos os anos que
comprovam a precisão dos seus insights e observações, assim como a eficiência e
eficácia da abordagem pedagógica que desenvolveu.
Analisando o número de escolas montessorianas em todo o Mundo – somente
25.000 – podemos ter a impressão de que a disseminação das ideias de Montessori
não foi suficiente, mas a presença de Montessori mede-se menos pela presença do
seu Método de forma integral nas escolas e mais por aspetos dele que se tornaram
valores universais na Educação:
• Mesas e cadeiras baixas;
• A presença cada vez menor de castigos nas escolas;
• Uma educação baseada no trabalho sensorial;

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• A importância do movimento na primeira infância;
• O uso de materiais concretos que as crianças possam manipular na escola;
• A comunicação respeitosa entre professores e alunos;
• A valorização das descobertas científicas sobre o desenvolvimento para a
prática pedagógica.
Todas estes valores foram inovações que Maria Montessori criou ou, no caso
de já existirem antes dela, foram reorganizadas e disseminadas por ela, nos seus
livros e cursos, mais do que por qualquer outra pessoa na história da educação
(Kramer, 1988).

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3. Links para aprofundar conhecimentos
Utilize os links abaixo para aprofundar conhecimentos relativos ao tema
abordado no workshop. As notícias e vídeos disponibilizados, complementam de
uma forma prática os tópicos trabalhados neste manual e durante o workshop.

Notícias a ler
¤ Montessori Musical “Born to Learn” opens at Hopewell Theater march 7
http://www.towntopics.com/wordpress/2020/02/19/montessori-musical-born-
to-learn-opens-at-hopewell-theater-march-7/

Sugestões de vídeos
¤ La Educación Prohibida (2012) - https://www.imdb.com/title/tt2351524/
¤ Maria Montessori: una vita per i bambini (2007) -
https://www.imdb.com/title/tt1034048/

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9. Referências bibliográficas
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the Courage to Stand Alone. Random House.

Dias, M. (2015). Crianças Felizes. O guia para aperfeiçoar a autoridade dos pais
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Be. Montessori Life, Vol. 20(3).

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Goertz, D. (2001). Children Who Are Not Yet Peaceful: Preventing Exclusion in
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de Maria Montessori. The NAMTA Journal, Vol. 38(1). Winter.

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1894.

Lillard, L. (2018). Montessori: The Science Behind the Genius. Oxford Univ. Press.

11
Lillard, P. (1996). Montessori Today: A Comprehensive Approach to Education
from Birth to Adulthood. Schocken Books Inc.

Lillard, P. (1996). Montessori Today: A Comprehensive Approach to Education


from Birth to Adulthood. Schocken Books Inc.

Lyubomirsky, S. (2007). The How of Happiness. A new approach to getting the


life you want. Penguin Putman Inc., New York.

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Montessori, M. (2001). Mente Absorvente. Portugália/Nórdica.

Montessori, M. (2005). Erdkinder and the Functions of the University1. Rio de


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Montessori, M. (2014). Para Educar o Potencial Humano. Papirus.

Montessori, M. (2017). A Descoberta da Criança: Pedagogia Científica. Kírion.

Montessori, M. (2019). O Segredo da Infância. Kírion.

1
Publicado como apêndice do livro “Da Infância à Adolescência”, de Maria Montessori.

12
Montessori, M. A Criança. Círculo do Livro.

Montessori, M. Formação do Homem. Portugália/Nórdica.

Montessori, M. Mente Absorvente. Portugália/Nórdica.

Montessori, M. Pedagogia Científica: a descoberta da criança. Flamboyant.

Neves, G. & Brei, V. (2016). O Impacto da Interação Social na Adaptação


Hedônica do Consumidor. RAC - Rio de Janeiro., 20(3). 347-367.

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Trabalzini, P. (2011). Maria Montessori: Through the Seasons of the Method. The
NAMTA Journal. 36(2). Spring.

9.1. Webgrafia
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