Você está na página 1de 181

DECivil

GESTEC

A EVOLUÇÃO
DAS CONSTRUÇÕES

Autor: Fernando Branco, João Ferreira, João Ramôa Correia

Coordenação: Prof. F.A. Branco, Prof. Jorge de Brito,


Eng.º Pedro Vaz Paulo e Eng.º João Ramôa Correia

1/180
ÍNDICE
1. OS OBJECTIVOS
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS
DECivil
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES
GESTEC
4. O EGIPTO
5. A GRÉCIA
6. ROMA
7. IDADE MÉDIA E ROMÂNICO
8. GÓTICO
9. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES
10. O RENASCIMENTO
11. O ORIENTE
12. A AMÉRICA CENTRAL
13. O SÉCULO DO FERRO/AÇO
14. O SÉCULO DO BETÃO
15. OS PRÉDIOS
16. AS PONTES
17. EVOLUÇÃO DOS EDIFÍCIOS EM LISBOA
18. REFERÊNCIAS
2/180
DECivil
GESTEC

1. OS OBJECTIVOS

3/180
1. OS OBJECTIVOS
CONSTRUIR.....
DECivil
GESTEC
DESDE A PRÉ-HISTÓRIA QUE O HOMEM
CONSTRÓI...
... HABITAÇÕES
... MONUMENTOS
... PONTES
...

... COM OS OBJECTIVOS DE ...


4/180
1. OS OBJECTIVOS

TER CONSTRUÇÕES FUNCIONAIS


DECivil
GESTEC

... HABITAÇÕES QUE ABRIGUEM A FAMÍLIA

... PONTES QUE PERMITAM VENCER OBSTÁCULOS

... ESTRADAS QUE FACILITEM A DESLOCAÇÃO

5/180
1. OS OBJECTIVOS

DECivil
GESTEC
TER CONSTRUÇÕES SEGURAS

... HABITAÇÕES QUE SUPORTEM OS VENTOS

... PONTES QUE SUPORTEM AS CARGAS

6/180
1. OS OBJECTIVOS
TER CONSTRUÇÕES DURÁVEIS
DECivil
GESTEC
... HABITAÇÕES QUE NÃO SE DEGRADEM

... ESTRADAS QUE SUPORTEM O DESGASTE

... MONUMENTOS QUE FIQUEM PARA A


POSTERIDADE

7/180
DECivil
GESTEC

2. OS PRIMEIROS
MATERIAIS

8/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
PARA CONSTRUIR É PRECISO ...
GESTEC ENGENHO ... E MATERIAIS ....

OS MATERIAIS EXISTENTES DESDE A PRÉ-


HISTÓRIA ERAM OS QUE A NATUREZA OFERECIA ...

... A TERRA
... A PEDRA
... A MADEIRA
... AS FIBRAS VEGETAIS

... E FORAM ESTES OS MATERIAS QUE


CONSTRUÍRAM O PLANETA ATÉ AO SÉC. XVIII ...

9/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

2.1 CONSTRUIR COM TERRA


DECivil
GESTEC

10/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil A TERRA É UM MATERIAL QUE SE APRESENTA


GESTEC
NA NATUREZA QUER:

• SEM COESÃO... AREIAS

• QUER COM COESÃO ... ARGILAS

A TERRA UTILIZADA NA CONSTRUÇÃO TEM


ARGILA, JÁ QUE ESTA LHE DÁ:

• MAIOR RESISTÊNCIA
• FACILIDADE DE MOLDAGEM
11/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
A RESISTÊNCIA DA TERRA:

• É RAZOÁVEL EM COMPRESSÃO

• É REDUZIDA EM TRACÇÃO

12/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
ISTO ORIGINA A SUA UTILIZAÇÃO EM:

- ELEMENTOS VERTICAIS TIPO MUROS,


PAREDES, ETC.

FUNCIONANDO BEM SUJEITA ÀS CARGAS


VERTICAIS…

13/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
… EMBORA FISSURANDO FACILMENTE COM
CARGAS HORIZONTAIS (SISMOS, VENTOS) OU
DEFORMAÇÕES DAS FUNDAÇÕES

14/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
A DURABILIDADE DA TERRA É REDUZIDA:

• DETERIORA-SE FACILMENTE SOB A ACÇÃO


DA CHUVA E VENTO

• OBRIGA A CONSERVAÇÃO PERMANENTE


COM APLICAÇÕES PERIÓDICAS DE
REVESTIMENTOS PROTECTORES

15/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

APESAR DAS SUAS FRACAS CARACTERÍSTICAS,


DECivil
GESTEC
A TERRA FOI, AO LONGO DA HISTÓRIA,
O PRINCIPAL MATERIAL DA CONSTRUÇÃO,
SENDO AINDA HOJE MUITO UTILIZADA NOS
PAÍSES MAIS POBRES

16/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

2.2 CONSTRUIR COM PEDRA


DECivil
GESTEC

17/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
A PEDRA É UM MATERIAL COM AS SEGUINTES
CARACTERÍSTICAS:

• BOA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

• FRACA RESISTÊNCIA À TRACÇÃO

• RESISTENTE À AGRESSIVIDADE AMBIENTE


(MATERIAL DURÁVEL)

18/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
ISTO LEVA A QUE SEJA UTILIZADA
ESSENCIALMENTE PARA REALIZAR
ELEMENTOS VERTICAIS À COMPRESSÃO
(PAREDES, PILARES).

19/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

A SUA UTILIZAÇÃO PARA VENCER VÃOS COMO


DECivil
GESTEC
VIGAS É DIFICIL E OBRIGA A PEDRAS DE
GRANDE ALTURA PARA REDUZIR AS TENSÕES
DE TRACÇÃO NA PARTE INFERIOR

20/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
A ALTERNATIVA PARA VENCER VÃOS SURGIU
COM O ARCO EM QUE OS ELEMENTOS DE
PEDRA SÃO POSTOS A TRABALHAR EM
COMPRESSÃO

21/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
AS PEDRAS DE FORMATO IRREGULAR
GESTEC EXISTENTES NA NATUREZA PERMITEM
REALIZAR PAREDES COLOCANDO-AS UMAS
SOBRE AS OUTRAS.

22/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
INICIALMENTE NÃO HAVIA QUALQUER LIGAÇÃO
ENTRE AS PEDRAS (JUNTA SECA) O QUE AS
TORNAVA MUITO SENSÍVEIS AO EFEITO DOS
SISMOS

23/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

AS PEDRAS DE FORMATO REGULAR


DECivil
GESTEC
(APARELHADAS) OBRIGAVAM A UM GRANDE
TRABALHO DE CORTE EM PEDREIRA E
POSTERIOR APARELHAMENTO, MAS A SUA
LIGAÇÃO ERA MUITO MAIS ESTÁVEL

24/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
A PEDRA É UM MATERIAL
GESTEC MUITO DURÁVEL PELO QUE
OS GRANDES MONUMENTOS
QUE CHEGARAM AOS
NOSSOS DIAS SÃO EM
PEDRA.

OS ANTIGOS TINHAM ESSA


NOÇÃO AO ESCOLHER
ESTE MATERIAL PARA OS
MONUMENTOS QUE
QUERIAM QUE FICASSEM
PARA A POSTERIDADE

25/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
2.3 CONSTRUIR COM
MADEIRA

26/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
A MADEIRA É UM MATERIAL MUITO ABUNDANTE,
GESTEC E PORTANTO ECONÓMICO, COM AS SEGUINTES
CARACTERÍSTICAS:

- RESISTENTE (em compressão e tracção / flexão)

- FACILMENTE TRABALHÁVEL

- LEVE

- DETERIORA-SE FACILMENTE (fogo, humidade,


fungos, insectos xilófagos, etc.)

27/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
A MADEIRA, COMO RESISTE BEM EM TRACÇÃO E
EM COMPRESSÃO, FOI UTILIZADA EM PILARES,
MAS ESSENCIALMENTE EM VIGAS DAS
COBERTURAS:

- TEM UM BOM COMPORTAMENTO EM FLEXÃO

- É LEVE PARA SER COLOCADA NAS COBERTURAS

28/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS
LIGAÇÃO DAS PEÇAS DE MADEIRA:
DECivil
GESTEC - ENTALHE
- PREGOS DE COBRE E FERRO
- ATAMENTO COM FIBRAS VEGETAIS / CORDAS

29/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil A ESTRUTURA BASE DAS HABITAÇÕES DO TIPO


GESTEC
PORTICADO (PILAR E VIGA) ERA DEPOIS
REVESTIDA COM ELEMENTOS VEGETAIS OU
TERRA, PARA CONFINAR O ESPAÇO DA
HABITAÇÃO.

30/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
UTILIZANDO O SEU BOM COMPORTAMENTO EM
GESTEC FLEXÃO FOI TAMBÉM UTILIZADA EM PONTES
PARA VENCER VÃOS REDUZIDOS, UTILIZANDO O
MESMO CONCEITO DE PÓRTICO, COM PILARES
DE MADEIRA

31/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

A MADEIRA TERÁ SIDO MUITO UTILIZADA NA


DECivil
GESTEC CONSTRUÇÃO, MAS A SUA DETERIORAÇÃO NÃO
PERMITIU QUE CHEGASSEM MUITOS EXEMPLOS
DA ANTIGUIDADE ATÉ AOS NOSSOS DIAS

Térmitas Fungos Carunchos

32/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

2.4 CONSTRUIR COM FIBRAS


DECivil
GESTEC

VEGETAIS

33/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
AS FIBRAS VEGETAIS PERMITEM REALIZAR
BASICAMENTE CABOS E TECIDOS.

SÃO CONHECIDOS OS CABOS DE CÂNHAMO,


JUTA, AS LIANAS OU OS TECIDOS DE LINHO

É UM MATERIAL QUE SÓ PERMITE SER


UTILIZADO EM TRACÇÃO, E É BASTANTE
DETERIORÁVEL, PELO QUE TEVE UTILIZAÇÕES
MUITO ESPECIFICAS

34/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

COMO CABOS, NAS PRIMEIRAS PONTES


DECivil
GESTEC
SUSPENSAS, DE QUE NOS CHEGARAM ALGUNS
EXEMPLOS DOS ANDES E DOS HIMALAIS

35/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
A UTILIZAÇÃO DAS FIBRAS EM TECIDOS DEU
GESTEC ORIGEM À SUA UTILIZAÇÃO EM TENDAS E
COBERTURAS LEVES

36/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

AS FIBRAS VEGETAIS FORAM AINDA UTILIZADAS


DECivil
GESTEC COMO REVESTIMENTOS DE COBERTURAS,
COLOCADAS SOBRE UMA ESTRUTURA DE
SUPORTE DE MADEIRA

Casa no Mali, Aldeia de Djiguibombo


37/180
2. OS PRIMEIROS MATERIAIS

DECivil
GESTEC
INFELIZMENTE, SÃO RAROS OS EXEMPLOS QUE
NOS CHEGARAM DA ANTIGUIDADE, JÁ QUE A
DURABILIDADE DESTE MATERIAL É MUITO
REDUZIDA.

38/180
DECivil
GESTEC

3. AS PRIMEIRAS
CONSTRUÇÕES

39/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

DECivil
AS GRUTAS NATURAIS FORAM AS PRIMEIRAS
GESTEC HABITAÇÕES NA PRÉ-HISTÓRIA.

O MATERIAL PEDRA, COM A FORMA DE ARCO


ERA ESTÁVEL E CONFERIA SEGURANÇA AOS
SEUS HABITANTES

40/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES
AS GRUTAS ARTIFICIAIS SURGIRAM POR
DECivil ANALOGIA, ESCAVADAS EM TERRA,
GESTEC
MANTENDO-SE A FORMA DO ARCO COMO
SOLUÇÃO ESTÁVEL

41/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

DECivil
GESTEC
NAS REGIÕES COM PEDRA ESTA ERA UTILIZADA
PARA REALIZAR OS ELEMENTOS VERTICAIS:
BLOCOS DE PEDRA SOBREPOSTOS SEM
ARGAMASSA (JUNTA SECA).

A COBERTURA ERA HABITUALMENTE FEITA


COM UM VIGAMENTO DE MADEIRA E COLMO A
SERVIR DE REVESTIMENTO

42/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

DECivil
GESTEC

Minho / Citânia de Briteiros


Construção da Idade do Ferro (1200 AC até época romana)
43/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

NAS REGIÕES COM FLORESTA:


DECivil
GESTEC
- AS PAREDES FORAM TAMBÉM REALIZADAS
COM PRUMOS E VIGAS DE MADEIRA SENDO A

- COBERTURA COM VIGAMENTO DE MADEIRA E


COLMO NA COBERTURA

44/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

MAS O MATERIAL MAIS UTILIZADO FOI A TERRA.


DECivil
GESTEC ESTA ERA AMASSADA E POSTA ENTRE TAIPAIS
DE MADEIRA QUE IAM CONSTRUINDO AS
PAREDES EM ALTURA - CONSTRUÇÃO EM TAIPA -
SENDO A COBERTURA REALIZADA COM
VIGAMENTO DE MADEIRA FORRADO A COLMO
OU TERRA

45/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

DECivil EM ALTERNATIVA, A TERRA ERA MOLDADA EM


GESTEC
BLOCOS PARALELEPIPÉDICOS, POSTOS A
SECAR AO SOL PARA ADQUIRIR RIGIDEZ.

ESTES BLOCOS (ADOBE)


ERAM ENTÃO UTILIZADOS
PARA REALIZAR AS
PAREDES COM O CONCEITO
CORRESPONDENTE AO DOS
TIJOLOS.
(DESDE CERCA DE 4000 AC)

46/180
3. AS PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES

DECivil
GESTEC

EGIPTO, ~2000 AC
Arco fabricado com duna de areia
(arcos baixos e de pequeno vão)
47/180
DECivil
GESTEC

4. O EGIPTO

48/180
4. O EGIPTO

DECivil A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA, QUE APARECEU CERCA


GESTEC
DE 3000 AC, É A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO QUE
NOS DEIXOU GRANDES CONSTRUÇÕES -
- MONUMENTOS (PIRÂMIDES) E TEMPLOS

Mastaba (túmulo)

49/180
4. O EGIPTO
Djoser, Saqqara
DECivil
GESTEC

Snefru, Dahshur

Kéops, Gizé
50/180
4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Pirâmides de Kéops, Kéfren e Miquerinos (vale de Gizé)


51/180
4. O EGIPTO

Capitéis
DECivil
GESTEC

Pilares
Paredes
(por troços)

Sapatas

Templo de Karnak, Luxor 52/180


4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Laje
(vigas lado a
lado, vãos curtos)

Templo de Karnak, Luxor 53/180


4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Templo de Karnak, Luxor


54/180
4. O EGIPTO

A CONSTRUÇÃO EM BLOCOS DE TERRA SECOS


DECivil
AO SOL FOI DESENVOLVIDA DE MODO A
GESTEC
MELHORAR AS SUAS PROPRIEDADES,
ORIGINANDO A APARECIMENTO DO TIJOLO

OS EGÍPCIOS MISTURARAM PALHA NA ARGILA,


O QUE PERMITIU QUE OS TIJOLOS, AO SECAR,
NÃO FISSURASSEM COM TANTA FACILIDADE

ESTAVA DESCOBERTO O PRIMEIRO MATERIAL


DE CONSTRUÇÃO COMPÓSITO (~ B.A., FRP)

REDUÇÃO DA CONSTRUÇÃO À ESCALA HUMANA,


ARQUITECTURA COM PAREDES DIVISÓRIAS
55/180
4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

56/180
4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Tijolos em adobe – nasceram na Suméria / Mesopotâmia


57/180
4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Conduta de esgotos pluviais. Tijolos formando arco.

58/180
4. O EGIPTO

DECivil
GESTEC

Pilares encostados às paredes


(miolo em tijolo, revestimento em pedra) 59/180
DECivil
GESTEC

5. A GRÉCIA

60/180
5. A GRÉCIA

DECivil
GESTEC

Parténon, acrópole de Atenas (Séc. V a.c.)

61/180
5. A GRÉCIA

Pequenos vãos
DECivil com lintéis em
GESTEC
pedra (janelas
e portas)
Paredes de
alvenaria
de pedra

Pisos em
madeira…

Atenas
62/180
5. A GRÉCIA

DECivil Capitéis
GESTEC decorativos
e de apoio
às vigas

Sapatas
sobre terreno
rochoso
(peso ↑)
Templo de Zeus, Atenas 63/180
5. A GRÉCIA

DECivil
GESTEC

Vigas com
elementos
monolíticos
Capitéis paralelos
decorativos
e de apoio
às vigas

Templo de Zeus, Atenas


64/180
5. A GRÉCIA

DECivil
GESTEC

Templo de Zeus, Atenas


65/180
5. A GRÉCIA
Lintéis Lajetas em pedra
de apoio (vãos reduzidos)
DECivil
GESTEC

Atenas (cobertura plana)


66/180
DECivil
GESTEC

6. ROMA

67/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

DOMÍNIO MILITAR – ESTRADAS, GUARNIÇÕES


(80.000 km estradas principais, 400.000 km estradas secundárias)
68/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Nota: Vitrúvio – livro com


técnicas de execução,
aspectos de durabilidade

Museu de Cartago (estaleiro de construção) 69/180


6. ROMA

DECivil
GESTEC

Coliseu (Roma)

ARCO ROMANO (ABANDONO DAS VIGAS)


ARCO CIRCULAR. CAMBOTA. 70/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Tunísia
71/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

CIRCOS/COLISEUS - CONSTRUÇÃO CIRCULAR:


EQUILÍBRIO DE IMPULSOS LATERAIS DOS ARCOS
72/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Pisos em Coliseu, Roma


madeira… 73/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

CONSTRUÇÃO CIRCULAR (TUNÍSIA): DESEQUILÍBRIO


SUCESSIVO DE IMPULSOS LATERAIS DOS ARCOS
74/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

COLISEU NA TUNÍSIA – PAVIMENTO EM VIGAS DE


MADEIRA (E NÃO EM ARCOS)
75/180
6. ROMA
ARGAMASSA HIDRÁULICA → POZOLANA (CINZA VULCÂNICA) + CAL
DECivil
Pozzuoli (Itália),
GESTEC
localidade próxima ao
Monte Vesúvio

Aditivos: Gordura animal,


leite e sangue

Via Ápia, banhos romanos,


Coliseu, Panteão,
aquedutos, como Pont du
Gard no Sul de França.

Pompeia 76/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

CASA ROMANA NO ALENTEJO (SUCESSÃO DE ARCOS,


SEM VIGAS)
77/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

FUNDAÇÕES DE PONTES – ENSECADEIRA COM


MADEIRA DE JUNTA BETUMADA

78/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Ponte de Alcântara (Espanha)

79/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Aqueduto de Nimes (aqueduto + ponte)


80/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

Aqueduto de Nimes
81/180
6. ROMA

DECivil
GESTEC

PANTEÃO DE ROMA (COBERTURA EM CÚPULA)


“ARCO 3D” em betão leve
82/180
DECivil
GESTEC

7. MÉDIO ORIENTE E
ÁRABES

83/180
7. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES

IDADE MÉDIA
DECivil
GESTEC

• Ocidente:
- Castelos
- Igrejas com abóbada de berço, nave rectangular

• Oriente: (Constantinopla, ocupada pelos turcos)


- Mesquitas com cúpulas, nave circular

NOTA: Fim do Império Romano: 286 d.C a 476 d.C (divisão final)

84/180
7. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES

DECivil
GESTEC

85/180
7. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES

DECivil
GESTEC

Cúpula e
sucessão de
Mineretes construções em
degraus /
arcobotantes

Arcos ogivais

Mesquita Azul (Istambul)


86/180
7. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES

DECivil
GESTEC

Mesquita Azul (Istambul)


87/180
7. MÉDIO ORIENTE E ÁRABES

DECivil
GESTEC

Mesquita na Tunísia (restos de templos romanos de Cartago)

88/180
DECivil
GESTEC

8. IDADE MÉDIA E
ROMÂNICO

89/180
8. IDADE MÉDIA E ROMÂNICO
Estilo românico - Séc. XI a XIII
DECivil
GESTEC

Construções militares:
Fortes, castelos, etc.

90/180
8. IDADE MÉDIA E ROMÂNICO
Estilo românico - Séc. XI a XIII
DECivil
GESTEC

Construções religiosas:
Igrejas, mosteiros, etc.

Sé de Lisboa

91/180
8. IDADE MÉDIA E ROMÂNICO

DECivil – Tectos em abóbadas de berço


GESTEC (sucessão de arcos circulares)

– Grande espessura das paredes (IH)


 poucas janelas  construções
escuras

– Consolidação das paredes por


contrafortes ou gigantes para
dar sustentação ao edifício
(menos frequente)

– Consolidação dos arcos por


meio de arquivoltas (entrada das
igrejas)

92/180
DECivil
GESTEC

9. GÓTICO

93/180
9. GÓTICO

DECivil
GESTEC

GÓTICO – Séc. XII a XVI.


• Abóbadas de aresta - construídas com nervuras de pedra e enchimento de
tijolo – descarga directa nos pilares (e não nas paredes), maior leveza
• Arco quebrado ou ogival em vez de arco pleno (romano)  menores impulsos
• Aligeiramento das paredes  vitrais
• Arcobotante em vez de contraforte (possível por haver menos impulsos H)
94/180
9. GÓTICO

DECivil
GESTEC

Arco ogival Gótico  menores impulsos laterais para o


mesmo vão
95/180
9. GÓTICO

DECivil
GESTEC

Catedral de Colónia
96/180
9. GÓTICO

DECivil
GESTEC

Abóbadas de aresta e arcos ogivais com descarga directa nos pilares


Impulsos laterais ↓  arcobotante + aligeiramento das paredes
Paredes menos espessas  aberturas, vitrais
97/180
DECivil
GESTEC

10. RENASCIMENTO

98/180
10. RENASCIMENTO
• Renascimento – período de grande desenvolvimento

DECivil
GESTEC

• Início da Mecânica Estrutural (Galileu) – Arcos mais abatidos


(IH ↑ mas estruturas mais baixas e melhor domínio de impulsos)
NOTA: Tratados de construção (regras geométricas) 99/180
10. RENASCIMENTO

DECivil
GESTEC

Ponte Vecchio, Florença


Consolas em alvenaria com escoras de madeira
NOTA: Estudos de Galileu sobre consolas 100/180
10. RENASCIMENTO

DECivil
GESTEC

Verona Palazzo Vecchio, Florença


Varandas - consolas curtas em pedra ou alvenaria (t ↓) com
mísulas. Vãos nas janelas tipicamente em arco. 101/180
DECivil
GESTEC

11. ORIENTE

102/180
11. O ORIENTE

DECivil
GESTEC

103/180
11. O ORIENTE
• Utilização da madeira em larga escala (qualidade, quantidade,
bons artífices, actividade sísmica – leveza, resistência à tracção)
DECivil
GESTEC • Solução em pórtico pilar-viga com vãos significativos
(resistência à flexão e leveza da madeira)

104/180
11. O ORIENTE
• Utilização da madeira em larga escala (qualidade, quantidade,
bons artífices, actividade sísmica – leveza, resistência à tracção)
DECivil
GESTEC • Consolas com vãos significativos

Kyoto, Japão 105/180


11. O ORIENTE
• Utilização da madeira em larga escala (qualidade, quantidade,
bons artífices, actividade sísmica – leveza, resistência à tracção)
DECivil
GESTEC • Consolas com vãos significativos

Kyoto, Japão 106/180


11. O ORIENTE
• Construções pré-fabricadas
DECivil • Ligações por entalhe (sem
GESTEC pregos ou colagem) – bom
comportamento para acções
dinâmicas (dissipação de
energia por atrito)

Kyoto, Japão 107/180


11. O ORIENTE

DECivil
GESTEC

Norte de Kyoto, Japão


108/180
11. O ORIENTE
• Principal problema - durabilidade reduzida da madeira…
DECivil
GESTEC

109/180
DECivil
GESTEC

12. A AMÉRICA
CENTRAL

110/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

Chichén Itza, Pirâmide de Kukulcan

Monumentos em pedra
Pirâmides em terra revestidas com pedra 111/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

Teotihuacan
Pirâmides são templos e não túmulos
112/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

Palenque

Vão em V invertido (falso arco).


Fabrico com estrutura provisória em madeira. 113/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

114/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

Falsa cúpula - estruturas de suporte paralelas em V


invertido e enchimento a formar a cúpula
115/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

Cidade do México (1325, Aztecas)

116/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

117/180
12. A AMÉRICA CENTRAL

DECivil
GESTEC

118/180
DECivil
GESTEC

13. O SÉCULO DO
FERRO-AÇO

119/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

• Séc. XVI – Fortes marítimos (expansão marítima)


• Séc. XVII – Fortes terrestres; ensino da Engenharia militar após
restauração, 1640; Até então – Arquitecto + Mestre de Obras
• Início Séc. XVIII – Primeiros engenheiros civis (Inglaterra)
(caminhos de ferro) 120/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

Ferro – já era conhecido mas, para grandes construções, era


DECivil caro e, por ter muitas impurezas, era um material frágil.
GESTEC

Fornos de carvão – permitiram trabalhar melhor o ferro


1º Ferro fundido (c > t)
2º Ferro forjado (c ~ t)
Possível peças muito esbeltas (por comparação com a pedra)

121/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO
Início Séc. XVIII – Máquina a vapor e caminhos de ferro
DECivil
 Necessárias muitas/grandes pontes (inclinação ↓)
GESTEC

The Iron Bridge, Shropshire (Inglaterra) – 1º arco em ferro fundido


122/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO
Problemas das construções metálicas:
DECivil • Durabilidade
GESTEC
• Instabilidade em compressão
• Instabilidade para acção do vento

Ponte de Britannia, País de Gales (Robert Stephenson, 1846-1850)


123/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

Quebec Bridge
DECivil
GESTEC (1907)

Resistência vs. Estabilidade

124/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

Quebec Bridge
DECivil
GESTEC (1916)

www.wikipedia.org 125/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Quebec Bridge (1917)

126/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

The Forthrail Bridge, Escócia, 1883-1890 (521 m de vão)

127/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Ponte D. Maria Pia (Eiffel / Seyrig, 1876-1877, em serviço até 1991)

128/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Menai Suspension Bridge, Inglaterra (Thomas Telford, 1826),


(muito leve → vento)
129/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Menai Suspension Bridge, Inglaterra (Thomas Telford, 1826),


(muito leve → vento)
130/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Ponte suspensa, Ponte Pênsil ou D. Maria II (Porto, 1843)


131/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Ponte foi submetida a um


ensaio de carga com 105 ton
(100 pipas de água)

Ponte suspensa, Ponte Pênsil ou D. Maria II (Porto, 1843) 132/180


13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

DECivil
GESTEC

Ponte de Tacoma Narrows (Ooops...)


133/180
13. O SÉCULO DO FERRO-AÇO

NOTA FINAL
DECivil
GESTEC

COM EXCEPÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE PONTES E


DA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS INDUSTRIAIS, O
DESENVOLVIMENTO DO FERRO E DO AÇO NÃO SE
TRADUZIU, EM PORTUGAL (PELO MENOS), EM
ALTERAÇÕES SUBSTANCIAIS DOS HÁBITOS
CONSTRUTIVOS, EM PARTICULAR DE EDIFÍCIOS
CORRENTES

134/180
DECivil
GESTEC

14. O SÉCULO DO
BETÃO

135/180
14. O SÉCULO DO BETÃO
• Invenção do betão armado – Joseph Monier (1867)
• Em Portugal, utilização do betão em larga escala – 1930/1940
DECivil
GESTEC

A grande rotura com os materiais do passado – evolução quase


explosiva na construção de edifícios e na respectiva, forma,
dimensão e complexidade 136/180
14. O SÉCULO DO BETÃO

DECivil
GESTEC

137/180
DECivil
GESTEC

15. OS PRÉDIOS

138/180
15. OS PRÉDIOS
• Aumento em altura das construções (desenvolvimento dos
elevadores; e posteriormente dos “elevadores-expresso”)
DECivil
GESTEC • Primeiros arranha-céus seguem o princípio das pirâmides…

Nova Iorque 139/180


15. OS PRÉDIOS

DECivil
GESTEC

Chicago (após grande incêndio, 1871)


Escola de Chicago
140/180
15. OS PRÉDIOS

DECivil
GESTEC

Pórticos (pilar-viga) Lajes mistas


metálicos aço-betão com
chapa nervurada

Elementos de
contraventamento
(acções horizontais)

Edifícios com estrutura metálica ou mista 141/180


15. OS PRÉDIOS

DECivil
GESTEC

Torre Sears (Chicago, 1973)


Mais alta até 1996 com 442 m
142/180
15. OS PRÉDIOS

DECivil
GESTEC

143/180
DECivil
GESTEC

16. AS PONTES

144/180
16. AS PONTES

DECivil
GESTEC

145/180
16. AS PONTES

DECivil
GESTEC

Ponte de Krk, Croácia (1979)


390 m de vão maior arco em betão
146/180
16. AS PONTES

DECivil
GESTEC

Pontes de tirantes (conceito novo)


147/180
16. AS PONTES

DECivil
GESTEC

Golden Gate Bridge, San Francisco

Ponte 25 de Abril
Pontes suspensas (conceito muito antigo...) 148/180
16. AS PONTES

DECivil
GESTEC

Tabuleiro em asa de avião


(desempenho aerodinâmico)

Pontes suspensas (conceito muito antigo...) 149/180


16. AS PONTES
• Controlo passivo (dissipadores de energia, amortecedores
oleodinâmicos)
DECivil
GESTEC • Controlo activo

Ponte Vasco da Gama


150/180
DECivil
GESTEC

17. EVOLUÇÃO DOS


EDIFÍCIOS EM LISBOA

151/180
17. LISBOA

PRINCIPAIS FASES DA
DECivil
GESTEC
EVOLUÇÃO DA
CONSTRUÇÃO EM
BETÃO ARMADO
LISBOA (APÓS 1960)
MISTA
(1940 - 1960)
GAIOLEIRA
(1880 - 1940)
POMBALINA
PRÉ (1755 - 1880)
POMBALINA
(< 1755)

Edifícios antigos (séc. XVI até B.A.) 152/180


17. LISBOA
CONSTRUÇÃO PRÉ-POMBALINA (ANTES DE 1755)
DECivil
GESTEC - Paredes resistentes de alvenaria de pedra
(incluindo também restos de madeira,
telhas, etc.) argamassada
- Pavimentos de madeira
- Arcadas nos pisos inferiores em arcos de
pedra e abóbadas de alvenaria (tijolo)
- Paredes divisórias em tabiques de
madeira
- Alguns edifícios com paredes interiores
em gaiola, mas a estrutura de madeira é
muito mais irregular do que nos
Pombalinos

Bairros históricos (Bairro Alto, Alfama, etc.)


153/180
17 . LISBOA
CONSTRUÇÃO POMBALINA (1755 - 1880)
DECivil - Regulamento anti-sísmico (directivas)
GESTEC
baseado na estrutura em gaiola (1º do
mundo) e memória do sismo
- Arquitectura austera e repetitiva sem
exuberância decorativa
- Métrica muito precisa para as fachadas,
organização dos pavimentos, paredes
interiores, escadas e caixilharias
- Modularidade (pré-fabricação) –
economia, rapidez, qualidade
- Cuidados redobrados na construção
(técnicas construtivas e materiais)

154/180
17 . LISBOA
CONSTRUÇÃO POMBALINA (1755 - 1880)
DECivil - Fachadas rasgadas em paredes
GESTEC
resistentes de alvenaria de pedra
argamassada
- Nos pisos elevados, paredes interiores
principais em frontal – gaiola de
madeira (“cruzes de Santo André”)
- Pavimentos em madeira, ligados às
estruturas dos frontais (malha 3D)
- Ligação dos pavimentos às paredes
(esticadores, frechais, barras de ferro
na diagonal com cauda de andorinha)
- Paredes divisórias em tabiques
- Empenas servindo de corta-fogo
- Presença de águas-furtadas

155/180
17 . LISBOA
Número máximo de pisos: 3 + piso térreo
Parede
corta-fogo paredes
DECivil
GESTEC
águas interiores
furtadas de frontal

pavimentos
de madeira Cruzes de Santo André
com várias geometrias
possíveis

(Mascarenhas, 2005)

Fundações indirectas Arcos de pedra e


através de estacas abóbadas de
curtas de pequeno alvenaria de blocos
diâmetro cerâmicos

156/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

NOTA: João Appleton,”Reabilitação de Edifícios Antigos. Patologias e tecnologias de intervenção”, Edições Orion, 2003. 157/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

Parede interior em frontal tecido


Parede exterior
em alvenaria Palácio Valadares, Lisboa 158/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

159/180
17 . LISBOA
- Papel fundamental das paredes divisórias no travamento geral das
estruturas (interligação entre paredes, pavimentos e coberturas)
DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003) 160/180


17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

161/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)


162/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)


163/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

164/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

165/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)


166/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

Palácio Valadares, Lisboa (infiltrações pela cobertura…)


167/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

168/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

169/180
17 . LISBOA

DECivil
GESTEC

Escola Machado de Castro, Lisboa


(posterior à época Pombalina)
170/180
17. LISBOA
CONSTRUÇÃO GAIOLEIRA (1880-1940)
DECivil - Plano de Frederico Ressano Garcia
GESTEC
(MOP, 1864): expansão da cidade
de Lisboa para Norte através de um
eixo de 3 avenidas articuladas por
rotundas
- Loteamento e expropriação a cargo do Município (bairros em
quarteirão ortogonal), construção a cargo da iniciativa privada –
construções ligadas ao “prédio de rendimento” (para vender ou
arrendar) – investimento de capital, especulação imobiliária
- Grande liberdade arquitectónica e construtiva (cérceas ,
profundidade de construção, tipo de ocupação, linguagem
arquitectónica, técnicas construtivas, etc.) – construção livre sem
normas (um dos problemas do plano…)
- “Gaioleiro” – designação inicialmente dada aos construtores e que
acabou por designar aquilo que eles construíam…
171/180
17. LISBOA
CONSTRUÇÃO GAIOLEIRA (1880-1940)
DECivil
- Paredes exteriores em alvenaria
GESTEC - Redução da espessura das paredes
- Algumas paredes interiores em alvenaria
com estrutura de madeira (frontal)
- Algumas paredes interiores em alvenaria
simples ou em tabique de prancha ao alto
- Pavimentos em madeira ou abobadilhas
(perfis metálicos e tijolo em camada
dupla) nas zonas húmidas
- Adulteração das regras construtivas
pombalinas (materiais de pior qualidade,
menos interligação entre elementos → pior
desempenho sísmico)
- Grandes dimensões em planta e altura
- Varandas em pedra (suportadas por
mísulas); Marquises em ferro fundido nas
traseiras, com escada de serviço agregada
- Existência de saguão, casas de banho 172/180
17. LISBOA

DECivil - Parte das paredes interiores


GESTEC (frontais pombalinos) substituídas
por tabiques de madeira ou por
alvenaria simples, ou suprimidas
para aumento de áreas úteis

- Mais recentemente: substituição


de paredes por vigas de aço.

NOTA: Em princípio não têm


funções estruturais mas, devido às
deformações por fluência dos pisos, Tabiques
em muitos casos, passam a ter.

(Mascarenhas, 2005)

173/180
17. LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Appleton, 2003)

(João Appleton, 2003)

174/180
17. LISBOA

DECivil
GESTEC

(João Guilherme Appleton, 2005)

NOTA: João Guilherme Appleton,”Reabilitação de Edifícios “Gaioleiros””, Edições Orion, 2005. 175/180
17. LISBOA
CONSTRUÇÃO MISTA (1940-1960)
DECivil
GESTEC

- Paredes resistentes de alvenaria


- Pavimentos em betão armado
(primeiros elementos de betão armado)
- Paredes divisórias em alvenaria de tijolo
- Maior número de andares
- Intervenções recentes com supressão de
paredes resistentes: resistência sísmica

176/180
17. LISBOA

DECivil
GESTEC - Paredes interiores de alvenaria
de tijolo
- Pavimentos de madeira
substituídos por lajes finas de
betão armado
- Marquises e varandas em betão
armado

Lajes
finas
Paredes de
de alvenaria betão
(Mascarenhas, 2005)

177/180
17. LISBOA
CONSTRUÇÃO EM BETÃO ARMADO (DESDE 1960)
DECivil
- Estrutura porticada (pilares e vigas) em
GESTEC
betão armado
- Lajes maciças (ou fungiformes) em betão
armado
- Varandas salientes
- Paredes resistentes em betão armado
(núcleos) nos edifícios de maior altura
(desempenho sísmico)
- Paredes divisórias em alvenaria de tijolo
de barro vermelho
- Nos primeiros edifícios a falta de
experiência levou a que a sua aplicação
não fosse a mais adequada

178/180
DECivil
GESTEC

18. REFERÊNCIAS

179/180
18. REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DECivil
GESTEC
- João Appleton, “Reabilitação de edifícios antigos. Patologias e
tecnologias de intervenção“, Edições Orion, 2003.
- João Guilherme Appleton, “Reabilitação de Edifícios “Gaioleiros””,
Edifícios Orion, 2005.
- Fernando Branco, “Estruturas para vencer vãos – uma perspectiva
histórica”. Revista Ingenium, nº23, Ordem dos Engenheiros, Lisboa,
1998.
- Jorge Mascarenhas, ” Sistemas de Construção V. O Edifício de
Rendimento da Baixa Pombalina de Lisboa. Materiais Básicos: o
Vidro”, Livros Horizonte, 2005.

180/180
DECivil
GESTEC

Trabalho realizado com o apoio do Programa


Operacional Sociedade da Informação - POSI
181/180

Você também pode gostar