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Complemento oblíquo

Complemento oblíquo é um dos tipos de complementos que integram os predicados das


orações ampliando os sentidos dos Verbos Transitivos. Estes Complementos podem ser
representados por uma unidade linguística introduzida por uma Preposição e suas Locuções,
ou por um Advérbio e suas Locuções.

Os complementos oblíquos exercem uma função sintática importante na Língua Portuguesa,


pois sem eles os enunciados verbais poderiam ficar gramaticalmente incorretos ou com
alteração de sentido. Observe estes exemplos:

Camila vai a São Paulo.

Sujeito: Camila

Verbo: vai

Complemento oblíquo: a São Paulo

Vinícius estuda aqui.

Sujeito: Vinícius

Verbo: estuda

Complemento oblíquo: aqui

Nossos alunos necessitam de atenção.

Sujeito: Nossos alunos

Verbo: necessitam

Complemento oblíquo: de atenção

Como você pôde observar, os Complementos Oblíquos integraram e ampliaram os sentidos


dos Verbos, e sem a presença deles as orações estariam semanticamente (sentido)
incompletas.
Os Complementos Oblíquos podem ser selecionados por um Verbo Transitivo Indireto ou por
um Verbo Transitivo Direto e Indireto (bitransitivo):

Paulo colocou os óculos sobre o balcão.

Sujeito: Paulo

VTDI: colocou

Complemento direto: os óculos

Complemento oblíquo: sobre o balcão.

Nesta oração, Verbo “colocar” é Transitivo Direto e Indireto (VTDI) porque seleciona um
Complemento Direto e um Complemento Oblíquo. Assim, perceba que Complemento Direto
“os óculos” poderia ser substituído por qualquer outro (as chaves, os livros, o terço etc,) até
mesmo por um Pronome Oblíquo (colocou-o). O Complemento Oblíquo, ao contrário, amplia
as informações indicando e especificando a ação realizada pelo sujeito.

Veja como os Complementos Oblíquos podem ser inseridos em uma oração

Por uma Preposição

Exemplos:

Eu dormi na barraca.

Deixei os livros na cabeceira.

Fechei as janelas da casa.

Por uma Locução Preposicional composta por um Advérbio ou uma Locução Preposicional:

Exemplos:

Joana estuda ali.

Fizemos o dever aqui.

Diferenças entre Complemento Oblíquo e Complemento Indireto


Para saber se um Complemento Verbal é Oblíquo ou Indireto, devemos observar se o mesmo
pode ser substituído pelo Pronome Pessoal Oblíquo “lhe/lhes” sem que haja prejuízo
semântico para a oração. Caso a substituição ocorra sem alteração semântica, será um
Complemento Indireto. Caso haja alteração de sentido, será um Complemento Oblíquo.

Observe os exemplos a seguir:

Ricardo comprou um presente à afilhada.

Ricardo comprou-lhe à afilhada. (Complemento Indireto)

A professora foi ao laboratório.

A professora foi-lhe. (Houve alteração semântica – impossibilidade sintática, portanto,


Complemento Oblíquo)

O menino gosta de sorvete.

O menino gosta-lhe. (Houve alteração semântica – impossibilidade sintática, portanto,


Complemento Oblíquo)

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