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Fichas de trabalho

Ficha de trabalho • Dêixis Domínio Gramática


Gramática

Dêixis
1. Associa as palavras ou expressões sublinhadas na coluna A ao(s) respetivo(s) valor(es)
deítico(s), na coluna B.

A B

a. Não gosto de estudar em minha casa. 1. deítico pessoal


b. O Rui trabalhou muito durante o fim de semana.
2. deítico espacial
c. Comprei o último livro do Saramago.
d. Vamos resolver o exercício aqui. 3. deítico temporal

e. Tu vais ao Japão no próximo ano?


f. Já estamos perto da livraria de que te falei!

2. Refere se as afirmações seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F). Corrige as


falsas.
a. Na frase “Mudei para a mesa da frente na última aula”, estão presentes duas
expressões com valor deítico temporal e uma expressão com valor deítico
espacial.
b. Em “Eu estudo naquele colégio”, não há palavras com valor deítico espacial.
c. A palavra sublinhada em “Ele saiu de casa aos vinte anos” apresenta
apenas valor deítico temporal.
d. A palavra sublinhada na frase “Prometi que faria o trabalho” apresenta,
simultaneamente, valor deítico pessoal e temporal.
e. Em “Se tu fores comigo ao cinema esta noite, eu compro os bilhetes”, não
existem marcas de dêixis espacial.
f. Na frase “Abre aquela janela, por favor!”, não há marcas de dêixis pessoal.
g. Na frase “Aquele rapaz estuda na tua escola?”, não há expressões deíticas
espaciais.
h. Em “Eu regressei da escola há duas horas” apenas a expressão sublinhada
tem valor deítico pessoal.
i. A frase “É importante fazer uma alimentação saudável!” não inclui
expressões deíticas.

3. Lê a tira de banda desenhada seguinte.

OEXP12 DP © Porto Editora


Ficha de trabalho • Dêixis Gramática

3.1. Transcreve expressões com valor:


a. deítico espacial (1.ª vinheta);
b. deítico temporal (2.ª vinheta);
c. deítico pessoal (2.ª vinheta);

4. Lê o texto seguinte.
Quando Blimunda foi representada em Lisboa, escrevi umas poucas linhas para o pro-
grama, texto esse a que dei um título: “O Destino de Um Nome”. Agora, duas cartas recen-
tes, uma de minha filha, outra de minha neta, fizeram-me voltar a refletir nisto dos nomes
das pessoas e respetivos destinos. Contei já como e porquê me chamo eu Saramago: que
Saramago não era apelido de família, mas sim alcunha; que indo o meu pai a declarar no
registo civil o nascimento do filho, aconteceu que o empregado (chamava-se ele Silvino)
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[…] por sua própria iniciativa, e sem que meu pai se apercebesse da fraude, acrescentou
Saramago ao simples nome que eu devia levar, que era José de Sousa; que, por esta ma-
neira, graças a um desígnio dos fados, se preparou o nome com que assino os meus livros.
Sorte minha, e grande sorte, foi não ter eu nascido em qualquer das famílias de Azinhaga
que, naquele tempo e por muitos anos mais, ostentavam as arrasadoras […] alcunhas
[…]… Entrei na vida com este nome de Saramago sem que a família o suspeitasse, e foi
10 mais tarde, quando para me matricular na instrução primária tive de apresentar uma cer-
tidão de nascimento, que o antigo segredo se descobriu, com grande indignação de meu
pai, que detestava a alcunha. Mas o pior foi que, chamando-se meu pai José de Sousa, a Lei
quis saber como tinha ele um filho cujo nome completo era José de Sousa Saramago. Assim
intimado, e para que tudo ficasse no próprio, no são e no honesto, meu pai não teve mais
remédio que fazer, ele, um novo registo do seu nome, pelo qual passou a chamar-se tam-
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bém José de Sousa Saramago, como o filho. Tendo sobrevivido a tantos acasos, baldões e
desdéns, havia de parecer a qualquer um que a velha alcunha, convertida em apelido duas
vezes registado e homologado, iria gozar de uma vida longa nas vidas das gerações. Não
será assim. Violante se chama a minha filha, Ana a minha neta, e ambas se assinam Matos,
o apelido do marido e pai. Adeus, pois, Saramago.

SARAMAGO, José, 2016. Cadernos de Lanzarote – Diario I.


Porto: Porto Editora (pp. 21-22) (1.ª ed.: 1994)

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4.1. Preenche o quadro, transcrevendo para cada uma das colunas cinco palavras com valor
deítico.

Dêixis pessoal Dêixis temporal

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