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Afonjá

O governador de Ilorin e General de Oyó

Afonja não é Sango.


Sango é Orisa muito mais velho.
Afonja era somente Kakanfo (general) de Oyó e foi Baalé (governante) de Ilorin.
A cidade de Ilorin se localiza no estado de Kwara, Nigéria.

A rivalidade entre os descendentes de Fulani e Afonjá sobre o trono de Ilorin está enraizada na
história. Afonjá era Yoruba, e a maioria das pessoas da cidade sãoYoruba, mas também
haviam Fulanis e Mulçumanos.

História dos Yoruba de Ilorin e de Kwara:

Hausa-Fulani é uma etinia da africa ocidental formada pelos povos Hausa e Fulani. Os Fulani
nunca conquistaram ou invadiram Ilorin ou a Yorubaland.
Ilorin foi uma pequena cidade no Império Oyo pelo início do século dezenove.
Afonjá era Baale (governante) de Ilorin, que também detinha o título de Are Ona Kakanfo
(general do exército) do Império Oyo. Ele se rebelou contra o Rei Aoole,Alaafin de Oyo, em
1817. O povo de Ilorin conta que ele teve bons motivos para se rebelar.
Para sustentar sua rebelião, ele estava desesperado para construir um grande e poderoso
exército. Para esse fim, ele fez uma série coisas em seu desespero. Primeiro, ele convidou as
pessoas de aldeias vizinhas para viver em Ilorin e assim fazer com que ela se tornasse uma
grande cidade. Muitas pessoas se mudaram para lá, mas a maioria recusou. Em segundo
lugar, ele estendeu a mão para muitos amigos proeminentes em
todo o reino Oyo, e os convidou para vir viver em Ilorin. Alguns aceitaram sua convite e vieram.
Entre estes estava uma rica comerciante chamada Solagberu de Kuwo. Outro era um homem
chamado Alimi, um Feiticeiro Fulani que teve uma longa vida no país, ele tráficou segredos
religiosos de Oyo para a cidade e Afonjá o
empregou para fazer encantos para ele e seu exército.
Em terceiro lugar, Afonjá decidiu
explorar a situação religiosa que estava causando problemas no país no momento. Um
movimento Jihad tinha começado em Hauçalândia no norte em 1804, gerando guerras e
evangelismo
islâmico tempestuoso lá. Era inicialmente liderado por um povo chamado de imigrantes Fulani.
Os imigrantes eram poucos entre Fulani a grande nação Hausa, mas muito muitos dos Hausa
já estavam do lado dos muçulmanos Fulani, e assim, tornou possível para os Fulani para
derrotar os antigos reis Hausa e fazer eles próprios governantes sobre
Hauçalândia. Alguns dos pregadores jihadistas violentos começaram a ir para o sul, para Oyo.
Em todos os lugares que chegaram eles estavam causando muita comoção por pregarem
sermões violentos e desrespeitosos contra os reis e chefes de Oyo, e contra Cultura
Yoruba em geral.
O povo Yorubá, com sua tradição de tolerância religiosa, foram alarmado; e multidões furiosas
começaram a atacar os pregadores.
Afonjá decidiu explorar a situação através da emissão de um convite geral para os
muçulmanos os permitindo se refugiar com ele em Ilorin, prometendo dar-lhes proteção.
Milhares de Muçulmanos fugiram para Ilorin, e Afonja treinou muitos deles para o seu exército.

Afonjá próprio não tinha a intenção se converter ao Islã e ele nunca o fez, a religião dele era a
tradicional Yoruba.

Em quarto lugar, a maioria das famílias ricas de Oyo tinham escravos das etnias Hausa, Nupe e
Fulani usados principalmente na agricultura,negociação, criação de gado, etc. A maioria eram
Muçulmanos. Afonjá decidiu explorar isso também. Ele emitiu
um comunicado dizendo que se algum escravo fugisse de seu proprietário e viesse a ele em
Ilorin, ele iria lhe dar liberdade e proteção lá. Um grande número de escravos, principalmente
da etenia Hausa fugiu para junto de Afonjá, e ele treinou alguns deles para o seu exército.
Afonjá, assim, teve a sua grande
cidade e seu grande exército.
A maioria dos comandantes e soldados de seu exército Oyo eram muçulmanos. Alguns dos
soldados eram Hausa, todos os escravos recentemente libertados por Afonjá. Mas muitos de
seus soldados Hausa eram indisciplinados. Ele os advertiu e alertou repetidamente, mas sem
resultado. Quando, finalmente, decidiu discipliná-los, eles se amotinaram, se rebelaram contra
Afonja.
Afonjá foi morto no motim em 1823 pelos próprios soldados de seu exército.

No culto de Sango no Brasil se misturaram Ayra, Afonja, Ajaka, Aganju e Barú, mas eles não
são Sango, cada um é um Orisa a parte.

A parte negativa dessa aglutinação de Afonja dentro do culto de Sango é que as pessoas
acabam por se esquecer de quem Afonja foi e da sua importância na ancestralidade Yoruba.
Sempre se lembrem que "O nosso maior tesouro é a ancestralidade", se perdemos a
ancestralidade nos perdemos o foco, pois o foco do culto a Orisa é "Preservar as Tradições", a
nossa raiz é negra e tem de ser valorizada.

Afonja se veste de vermelho e metais dourados e acobreados, é de caráter altivo e vaidoso.


Afonja é Ancestral
Obaluaye Asojano ê também chamado de Asowano ou Azoano. Esta é uma lenda Osha
Lukumi. Na trandiçao original de Obaluaye ele não usa palhas, as palhas são uma atribuição
das muitas misturas do Candomblé.

O Belíssimo Obaluaye Asojano estava em sua casa uma tarde descansando após mais uma
noite de encontros que ele teve com uma de suas muitas amantes.
Obaluaye Asojano era filho de Oduduwa, parente de Sango e seu aliado. Era um homem muito
bonito, rico e bem educado, mas com um caráter difícil, por ser belo ele possuia dezenas de
amantes.

Um dia Obaluaye decidiu consultar Ifá, foi jogar com Orunmilá para saber de sua vida.
Obaluaye se cobriu com seu manto e foi em direção a casa de Orunmila e no caminho
encantrou com Esu. Esu estava em uma encruzilhada bebendo vinho de palma. Todos sabem
da grande amizade de Obaluaye e Esu, e por isso Obaluaye ficou um bom tempo ali no
caminho falando com Esu, lhe deu algumas guloseimas que trazia consigo e bebeu vinho junto
com o amigo.
Obaluaye então contou a Esu que estava indo ver Ifá, e que ele precisava saber no jogo como
melhorar sua vida.
Quando Obaluaye continuou seu caminho ele parou na margem do rio, e logo surgiu a Deusa
Osun. Com a cabeça para fora da água ela comprimentou Obaluaye e disse a ele que na noite
anterior o viu com uma mulher, e que sempre o via na companhia de mulheres diferentes.
Obaluaye ficou muito envergonhado e disse a Osun que gostava muito do perfume das
mulheres. Osun lhe abriu um sorriso e logo desapareceu nas águas.
Finalmente Obaluaye chegou na casa de Orunmila e eles puderam jogar. Ifa disse que
Obaluaye não era bem visto por Olorum, que a vida promíscua que levava era desrespeitosa
para com as mulheres e para com sigo mesmo. Ele foi orientado a fica tres meses sem manter
relações sexuais e sem beber para se purificar, e assim ele aceitou. Obaluaye assumiu o voto
diante de Olorum a se purificar durávente os 90 dias, por 90 dias ele não poderia se macular
com nada.
Porem naquela mesma noite Obaluaye foi convidado para uma festa, e mesmo com seu
preceito ele resolveu ir.
A principio ele disse a todos que não beberia, que so estaria ali para ver seus amigos, mas
antes do fim da festa ele estava bêbado e ja agarrado a uma mulher que acabara de conhecer.
No dia seguinte ele acordou em sua casa com aquela mulher ao seu lado, ele havia se deitado
com ela. Logo ao acordar ele lembrou que havia desrespeitado o preceito de Olorum e se
preocupou. Obaluaye sentiu um odor fétido e cheirou a mulher que ao seu lado dormia, mas ela
era perfumosa, nisso ele soube que o cheiro nao vinha dela.
Obaluaye se pos a gritar desesperadamente quando percebeu que o cheiro vinha dele mesmo!
Este foi o castigo que ele recebeu por desobedecer a Olorum, Obaluaye estava com o corpo
coberto de chagas, estava horrendo e sentia muitas dores. Ele correu para a rua pedindo ajuda,
mas as pessoas fugiam dele, jogavam água por onde ele passava para expulsa-lo pois sua
aparência era monstruosa.
Obaluaye estava doente e sozinho, passou a perambular pelas aldeias, e de tão grave que era
sua variola ele acabou por morrer sozinho atrás de uma pedra.
Osun então passou a procurar Obaluaye por todos os lados, ela gostava muito dele e as
mulheres da cidade viviam perguntando por ele.
Osun foi para a casa de Olorum no céu para perguntar a ele onde estava Obaluaye, e muito se
surpreendeu ao ver Obaluaye la em cima no Orun e descobrir que ele estava morto. Osun
clamou a Olorum que desse uma nova chance a Obaluaye, que ele era uma boa pessoa e que
merecia nova chance de provar seu valor. Olorum negou, mas de tanto Osun pedir, Olorum
decideu incumbir Obaluaye Asojano de ser o Deus das doenças, ele deveria ministrar as
doenças e as curas para o povo, Obaluaye se tornou Orisa.
Para sempre Obaluaye é grato a Osun, mesmo que ele tenha ido viver em Daomé entre os Fon
ele sempre está com osun e com Sango que é seu grande amigo, e principalmente com
Yemoja que é a pessoa que Obaluaye Asojano mais ama.
Osun e Obaluaye se gostam muito, Osun foi benevolente com ele e Obaluaye jamais esquece
quem lhe oferece amor.

Obaluaye Asojano é Orisa e é muito belo, suas chagas foram curadas e ele ostenta uma
aparecia saudável e atraente.

Obaluaye um importante Orisa enviado ao planeta Terra por Olodumare.


Ele também é conhecido como Asojano, Baba-ode, baba-Oye, Oluaye ou olode e muitos mais
nomes, mas tem um nome específico, que é comumente usado pelas pessoas, o seu nome é
"Sanponna" (Xapanã).
AYRÁ LOJÓ

Ayrá nos caminhos de Yemoja.


Lojó é senhor da chuva, e quem trás a água para o povo. O Sere de sua mãe Oloja imita o som
da chuva e com isso invoca Ayrá.

AYRÁ MODÉ

Ayra na casa de Osun e Ogyan.


Modé ou Alamodé é acompanhado pelas Ayabas, é mais jovem caminho dos nove. E de
caráter emotivo e passional.
Este caminho de Ayrá e que se manifesta nas águas quentes.
É o Orisa protetor das crianças de sua aldeia.

AYRÁ OSOBURÚ/SAVÉ

Se veste de cores escuras, anda com Esú.


É violento, a energia de Osoburú é a ausência da paz.
Ayrá do Deserto.

AYRÁ ETINJÁ

Ayrá nos caminhos de Ogun.


Orisa Guerreiro!
Etinjá se veste de tons de azul, e é conhecido por ser severo.

AYRÁ ADJAOSÍ

O que acompanha Ogyan e Ajagunã.


É jovem e guerreiro.
Ele é que esta no pilão junto com o rei de Ejigbo.

ODÉ KARÊ É UM LEOPARDO

Os gêmeos Karê tem o poder de se transformarem em Felinos. Oshun Kare ora é mulher, ora é
Onça. Odé Karê ora é Homem, ora é Leopardo.
Karê vivia a maior parte do tempo virado em Leopardo. Era todo amarelo ouro, tal como uma
Leoa, ele não tinha manchas.

Kare era amigo do Grande Leão da montanha. Havia um caçador chamado Ekiti, e este
caçador queria matar o leão, o couro de um leão é muito valioso. Ode Kare era feiticeiro e
sabendo disso comeu a raiz de uma planta amaldiçoada, esse foi seu feitiço de proteção. Todo
dia o leão ia beber água na beira do rio e lá Odé Kare e o leão ficavam juntos, já que eram
amigos.

Um dia Ode Kare e o leão foram surpreendidos pelo caçador Ekiti e seus capangas. eles
atiraram suas flechas no leão e o leão morreu. Ekiti encurralou o Leopardo Karê e atirava suas
flechas nele. O feitiço da raiz da planta fazia com que as flechas fossem repelidas, e não
furavam o couro do Leopardo. Mas cada vez que a fleca tocava o pelo dourado uma mancha
escura se formava. Mil flechas eles atiraram e mil manchas o leopardo teve, mas não morreu.
Ekiti deixou o leopardo em paz. Mas Odé Kare ficou todo manchado, e até hoje os leopardos
nascem manchados em honra a este Orisa.

Oshun Kare quando onça tambem foi manchada, Oshun Ypondá lhe manchou toda, mas está
história conto outro dia...
PESSOAS INICIADAS NÃO DEVE COMER CARANGUEJO .

. LEIAM !!!!!!

. • Como o caranguejo ficou sem a cabeça.

Quando o mundo foi criado, nenhum animal possuía cabeça.


Entretanto, Olofin havia prometido que um dia, todos seriam aquinhoados com cabeças, mas,
como se tratasse de um número muito grande de pretendentes, não havia previsão de data
para a entrega.

.A verdade é que todos andavam muito ansiosos pelo momento de poderem desfilar exibindo
belas cabeças,dotadas, segundo se dizia, de olhos, boca, orelhas e tudo o mais que compõe
uma boa e verdadeira cabeça.

.Naquela época o caranguejo era um bom adivinho e vivia desta atividade. Todos os bichos da
região eram seus clientes e ele orgulhava-se de jamais haver falhado numa previsão.

.Caranguejo cultuava Esù, de quem era muito íntimo e com quem dividia, de bom grado, tudo o
que recebia na sua função de adivinho. Desta forma, mantinha-se sempre, muito bem
informado de tudo o que acontecia, tanto no Aye, quanto no Orun.

.Sabemos, com certeza, que era Esù quem sustentava o dom de adivinhar do caranguejo.

.Um belo dia, logo pela manhã, Esù foi à casa do amigo para lhe dar, em primeira mão, a
grande e tão esperada notícia: no dia seguinte Olodumare, que já não agüentava mais tanta
reclamação, distribuiria cabeças entre os animais.

.Havia, no entanto, um pequeno problema: o número de cabeças existentes não era suficiente
para atender a demanda toda e, por este motivo, aqueles que chegassem por último ao Orun,
continuariam acéfalos.

.“Não contes a ninguém o que te estou revelando.

. Trata de chegar primeiro e assim poderás escolher a melhor cabeça que estiver disponível.

. Depois podes espalhar a notícia entre todos”.

.Disse Esù ao caranguejo.

. Ora, como já sabemos, o caranguejo zelava muito bem por sua fama de adivinho e assim, não
se sabe se
por força de ofício ou por simples vaidade, logo que Esù foi embora, saiu batendo de porta em
porta, espalhando a boa nova e sendo por isto, muito bem recompensado pelos vizinhos.

.Atrapalhado com tantos presentes, caminhava cada vez mais lentamente, mas não parou até
que o último dos bichos tivesse sido avisado.

..Os animais, logo que sabiam da novidade, abandonavam o que quer que estejam fazendo e
corriam para o Orun, em cuja porta já se havia formada uma imensa fila.

.A confusão era tão grande que filas foram formadas para que a ordem de chegada fosse
respeitada, já que alguns retardatários, usando de força, tentavam furar a fila.

.Somente depois de voltar à sua casa, onde guardou os presentes que havia recebido em troca
da informação, é que o caranguejo, após tomar um bom banho, dispôs-se a ir buscar sua
própria cabeça.
Contudo, quando finalmente chegou ao Orun, era tarde demais, não existia mais uma cabeça
sequer e, desta forma, por não saber guardar segredo, nosso herói ficou privado de adquirir
uma cabeça.

.Zangado e decepcionado com a atitude do amigo, Esù negou-se, para sempre, a ajudá-lo no
ofício de adivinho e desmoralizado e triste, o caranguejo internou-se no pântano onde vive até
hoje enterrado na
lama e… Sem cabeça, é claro!

.Diante deste Itan, acredito que o maior motivo de todos nós não podermos comer caranguejo,
é exatamente porque o caranguejo cometeu um interdito com Èsú, traindo sua confiança.

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