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Sumário

SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................................... 2


O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................. 3
NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA ............................................................................. 3
ACIDENTES ................................................................................................................... 4
NBR 14.280 ESPECIFICIDADES DO ACIDENTE........................................................... 5
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT ............................................... 9
SEGURANÇA DO TRABALHO ....................................................................................... 10
RISCOS AMBIENTAIS .................................................................................................. 11
NR 10– SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE ........... 12
CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS..................................................................... 13
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .................................................. 13
CLASSIFICAÇÃO DOS EPI’S ....................................................................................... 14
COMISSAO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTE – CIPA ................................ 15
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................. 15
COMO DEVO AGIR EM CASO DE ACIDENTE? .......................................................... 16
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO ........................................................ 16
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ......................................................................... 16
ESTOQUISTA .................................................................................................................. 17
O ESTOQUISTA ........................................................................................................... 18
GESTÃO DE ESTOQUE ............................................................................................... 18
EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 23
CONTROLE DE ESTOQUE .......................................................................................... 25

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SEGURANÇA DO TRABALHO
CAPÍTULO I

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O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO
O termo Segurança do Trabalho refere-se ao conjunto de
medidas adotadas para a proteção dos colaboradores,
reduzindo os riscos de acidentes e perigos à saúde no local de
trabalho.
O acidente de trabalho é caracterizado quando o
trabalhador é lesado durante o trabalho, em viagens em nome
da empresa ou no trajeto entre casa/trabalho e vice versa. Esse
tipo de acidente provoca lesão corporal ou incapacidade de dar
continuidade ao trabalho, em alguns casos pode ocasionar
morte ou perturbação funcional.
Para que os acidentes de trabalho sejam evitados, os profissionais de segurança
do trabalho devem realizar uma Análise de Risco. Essa análise consiste em uma série de
verificações técnicas que deve ser realizadas em todo o ambiente de trabalho da
empresa, verificando todos os aspectos que podem causar riscos e buscar a melhor
solução para sanar os problemas.
A análise conta com toda a inspeção da estrutura e maquinário da empresa, assim
como a observação dos instrumentos utilizados pelo trabalhador. As situações que mais
estão relacionadas com o acidente de trabalho são com eletricidade, incêndios, manuseio
e armazenamento de materiais perigosos.
O conhecimento sobre como garantir a segurança dos trabalhadores gera maior
produtividade na empresa e uma boa qualidade de vida para o trabalhador.

NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA

É direito de todo trabalhador um ambiente de trabalho seguro. A segurança do


trabalho é um conjunto de medidas preventivas que visam minimizar os acidentes de
trabalho. Algumas regras gerais de segurança deverão ser sempre observadas, tanto pela
empresa quanto por seus empregados, para que possíveis acidentes de trabalho sejam
evitados e a segurança de todos seja garantida. A seguir, algumas das principais normas:

 A empresa deverá fornecer o EPI adequado à neutralização e/ou eliminação do


agente agressor à saúde dos empregados e garantir a utilização de todos. A área
de trabalho deverá ser mantida sempre limpa e organizada.
 Somente pessoal habilitado, qualificado e capacitado tais como: engenheiros,
supervisores, técnicos ou outros que tenham recebido treinamento específico em
equipamentos elétricos terão permissão para atividades envolvendo eletricidade.
 Importante que o empregado comunique imediatamente ao seu supervisor, gerente
ou líder, qualquer acidente de trabalho ocorrido com ele ou com seu colega de
trabalho, por menor que seja.

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 Ninguém deve operar qualquer equipamento, a menos que tenha recebido
treinamento para tal, e que todas as medidas de segurança estejam implantadas
no maquinário. A empresa e empregados devem inspecionar constantemente as
ferramentas e equipamentos de trabalho, inclusive os EPIs.
 O empregado deve avisar imediatamente ao seu supervisor sobre os riscos que
venha a perceber. Cabe à empresa, nesses casos, adotar ações que evitem que
estas condições continuem. Os dispositivos de segurança dos equipamentos não
devem, em qualquer hipótese, ser desativados evitando, assim, riscos de acidente.
 Todos os avisos e sinais de segurança devem ser colocados em local visível para
que todos os empregados tenham acesso à informação.
 Quando um extintor for utilizado, deve ser comunicado imediatamente ao
supervisor para que seja recarregado e recolocado no lugar de origem.
 Todos devem conhecer exatamente onde estão localizados os equipamentos de
combate a incêndio. Recomenda-se o treinamento na utilização desses
equipamentos.
 Antes de fazer qualquer trabalho, o empregado deve analisar se existe alguma
condição de risco. Cuidados especiais devem ser tomados de forma a prevenir que
roupas ou ferramentas fiquem ao alcance de equipamentos.
 Os corredores e saídas devem estar sempre desimpedidos. Todos os dispositivos
de segurança deverão ser inspecionados frequentemente. Esta inspeção deve
ocorrer pela empresa, com a colaboração dos empregados. Caso seja observado
algum defeito em qualquer dispositivo, os reparos necessários deverão ser feitos
imediatamente.
 Deverá ser interrompida qualquer atividade que oferecer risco à saúde ou à vida
dos trabalhadores.

ACIDENTES
Um acidente pode ser definido como um acontecimento
imprevisto, casual ou não, que resulta em ferimento, dano,
estrago, prejuízo, lesão. Sendo assim, é muito importante
entender que um acidente não e simples obra do acaso e pode
gerar consequências indesejáveis.
Isso significa que os acidentes podem ser previstos. E,
se podem ser previstos, podem ser evitados.
De acordo com a Lei 8213/91, Art. 19 da Legislação de
Direito Previdenciário e com o Decreto nº 611/92 de 21 de
Julho de 1992, do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPS):Acidente de
Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte do trabalhador, a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho (invalidez).

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NBR 14.280 ESPECIFICIDADES DO ACIDENTE -
CLASSIFICAÇOES
ACIDENTE DE TRABALHO: Ocorrência imprevista e indesejável, relacionada com o
exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal.

ACIDENTE COM LESÃO: Deixa marcas nas vítimas provocadas pelos ferimentos.

ACIDENTE SEM LESÃO: Acidente o qual não provoca lesão pessoal.

ACIDENTE DE TRAJETO: Acidente que ocorre com o empregado no percurso do


trabalho para casa ou vice-versa. Independente do meio de locomoção, incluindo veículo
de propriedade do empregado.

AGENTE DO ACIDENTE: Coisa, substância ou ambiente que tenha provocado o


acidente.

FONTE DA LESÃO: Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente


provocou a lesão.

CAUSAS DO ACIDENTE

FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA (FATOR PESSOAL): Causa relativa ao


comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato
inseguro. Essas atitudes podem ocorrer devido as características físicas e psicológicas,
como depressão, tensão, neuroses, situações que alterem o comportamento do
trabalhador.

ATO INSEGURO: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode


causar ou favorecer a ocorrência de acidente. São todos os procedimentos do homem
que contrariem normas de prevenção de acidente. É toda ação, consciente ou não, capaz
de provocar algum dano ao trabalhador. Os atos inseguros mais frequentes são: Operar
máquinas ou equipamentos sem habilitação, improvisação de ferramentas manuais, não
utilizar os EPI’S.

CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA (CONDIÇÃO AMBIENTE): Condição do


meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência. As condições inseguras
mais frequentes são: Áreas insuficientes, corredores obstruídos, pisos fracos, instalações
elétricas impróprias ou com defeito, falta de organização e limpeza.

FATOS CATASTRÓFICOS: São fenômenos da natureza, como terremotos, maremotos,


vulcões, raios e enchentes.

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CONSEQUENCIAS DO ACIDENTE

LESAO PESSOAL: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência
de acidente do trabalho.

NATUREZA DA LESÃO: Expressão que identifica a lesão, segundo suas características


principais.

LOCALIZAÇÃO DA LESÃO: Indicação da sede da lesão.

LESÃO IMEDIATA: Lesão que se manifesta no momento do acidente.

LESÃO MEDIATA (LESÃO TARDIA):Lesão que não se manifesta imediatamente após a


circunstância acidental da qual resultou.

DOENÇA DO TRABALHO: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente


de atividade laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata.

DOENÇA PROFISSIONAL: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade


específica, constante de relação oficial.

MORTE: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do


tempo decorrido desde a lesão.

LESAO COM AFASTAMENTO (LESAO INCAPACITANTE OU LESAO COM PERDA DE


TEMPO): Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato
ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente.

LESAO SEM AFASTAMENTO (LESÃO NÃO INCAPACITANTE OU LESÃO SEM


PERDA DE TEMPO): Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho
no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente.

ACIDENTADO: Vítima de acidente.

INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL: Perda total da capacidade de trabalho, em


caráter permanente, sem morte. (olhos, mãos, pés – dois dos seis)

INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL: Redução parcial da capacidade de trabalho,


em caráter permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, e
causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro
ou parte do corpo, ou qualquer redução permanente de função orgânica.

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA TOTAL: Perda total da capacidade de trabalho de que


resulte um ou mais dias perdidos, excetuadas a morte, a incapacidade permanente parcial
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e a incapacidade permanente total.

DIAS PERDIDOS: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal,


excetuados o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho.

DIAS DEBITADOS: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o
cálculo do tempo computado.

TEMPO COMPUTADO: Tempo contado em "dias perdidos, pelos acidentados, com


incapacidade temporária total" mais os "dias debitados pelos acidentados vítimas de
morte ou incapacidade permanente, total ou parcial".

PREJUÍZO MATERIAL: Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo e outros


ônus resultantes de acidente do trabalho, inclusive danos ao meio ambiente.

HORAS-HOMEM DE EXPOSIÇÃO AO RISCO DE ACIDENTE(HORAS-HOMEM):


Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador,
em determinado período.

TAXA DE FREQUENCIA DE ACIDENTES: Número de acidentes por milhão de horas-


homem de exposição ao risco, em determinado período.

TAXA DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO COM AFASTAMENTO:


Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem de
exposição ao risco, em determinado período.

TAXA DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM AFASTAMENTO:


Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de
exposição ao risco, em determinado período.

TAXA DE GRAVIDADE: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao


risco, em determinado período.

EMPREGADO: Qualquer pessoa com compromissos de prestação de serviço na área de


trabalho considerada, incluídos estagiários, dirigentes e autônomos.

ANÁLISE DO ACIDENTE: Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstâncias


e consequências.

ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS: Números relativos à


ocorrência de acidentes, causas e consequências devidamente classificados.

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE: Informação que se dá aos órgãos interessados, em


formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.
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COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE PARA FINS LEGAIS: Qualquer comunicação de
acidente emitida para atender a exigências da legislação em vigor como, por exemplo, a
destinada a órgão de previdência.

COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTE PARA FINS DE REGISTRO: Comunicação


que se faz com a finalidade precípua de possibilitar o registro de acidente.

REGISTRO DE ACIDENTE: Registro metódico e pormenorizado, em formulário próprio,


de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à análise de suas
causas, circunstâncias e consequências.

REGISTRO DE ACIDENTADO: Registro metódico e pormenorizado, em formulário


individual, de informações e de dados relativos a um acidentado, necessários ao estudo e
à análise das causas, circunstâncias e consequências do acidente.

FORMULÁRIOS PARA REGISTRO, ESTATÍSTICAS E ANÁLISE DE ACIDENTE:


Formulários destinados ao registro individual ou coletivo de dados relativos a acidentes e
respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a elaboração de estatísticas e
análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção.

CADASTRO DE ACIDENTES: Conjunto de informações e de dados relativos aos


acidentes ocorridos.

CUSTO DE ACIDENTES: Valor do prejuízo material decorrente de acidentes.

CUSTO SEGURADO: Total das despesas cobertas pelo seguro de acidente do trabalho.

CUSTO NAO SEGURADO: Total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do
trabalho e, em geral, não facilmente computáveis, tais como as resultantes da interrupção
do trabalho, do afastamento do empregado de sua ocupação habitual, de danos causados
a equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e de atividades
assistenciais não seguradas.

ELEMENTOS ESSENCIAIS: Informações indispensáveis para as estatísticas e análise de


acidentes do trabalho.

Na NBR 14.280, fora apresentada extensa classificação de elementos essenciais à


análise e às estatísticas dos acidentes. Com a mesma temos todas as condições de
efetuar os procedimento e classificações de acidentes para descrição em laudos,
memoriais e no Cadastro de Acidente do Trabalho – CAT.

Matéria retirada do site: http://www.administradores.com.br

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COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT

O que é?

Comunicação de acidente de trabalho, documento emitido que


reconhece um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. Deverá
ser emitido no prazo de 1 dia útil após a ocorrência. Em caso de óbito
deve ser emitido imediatamente.

Qual o objetivo?

Registro de todos os acidentes ou doenças ocupacionais. Repassa as informações para a


previdência social (INSS), em caso de afastamento superior a 15 dias.

Quando deve ser emitido a CAT?

Em caso de acidente de trabalho, após constatação por meio da análise da ocorrência.


Em caso de doença ocupacional e/ou do trabalho, após constatação da incapacidade
para o trabalho ou no dia em que foi realizado o diagnóstico médico.

De quem é a responsabilidade de emitir a CAT?

A responsabilidade de emissão da CAT é da empresa. O acidente de trabalho deve ser


comunicado ao responsável da empresa imediatamente.

Existem 3 tipos de CAT:

CAT inicial: Para casos de acidente de trabalho, típico ou de trajeto, ou nova doença
profissional ou do trabalho.

CAT reabertura: Para casos de recomeço de tratamento ou afastamento por


agravamento da lesão, já comunicado anteriormente ao INSS.

CAT comunicação de óbito: Para casos de falecimento decorrente do acidente, ocorrido


após a emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura.

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

O Regime Geral da Previdência Social estabelece alguns benefícios em razão de


acidente de trabalho. Para que o empregado tenha direito a esses benefícios, eles devem
ter registro empregatício formal. Os benefícios são: Auxílio doença, aposentadoria por
invalidez, auxílio-acidente, pensão por morte (para os dependentes), reabilitação
profissional, estabilidade provisória.
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SEGURANÇA DO TRABALHO
CAPÍTULO II

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RISCOS AMBIENTAIS
Os riscos ambientais são os riscos presentes nos locais de trabalho, capazes de
afetar a saúde do trabalhador, devido à presença de agentes Físicos, Químicos,
Biológicos, Mecânicos e Ergonômicos:

RISCOS FÍSICOS: São gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas


características do local de trabalho. Esses riscos podem ser:

Calor excessivo: Pode ocasionar cãibras, insolação, catarata.


Frio: Pode ocasionar queimaduras pelo frio, gripes, inflamação nas amígdalas, alergias.
Umidade: Pode ocasionar micoses.
Ruído ou barulho: Pode ocasionar surdez.
Radiação infravermelha: Mesmos efeitos do calor excessivo.
Radiação ultravioleta: Pode ocasionar queimadura, eritemas (vermelhidão) na pele e
conjuntivite.
Radiações ionizantes: Pode ocasionar anemia, leucemia, câncer e alterações genéticas.
Radiações não ionizantes: Pode ocasionar problemas visuais, queimaduras, câncer de
pele.
Trabalhos com pressões anormais: Pode ocasionar problemas nas articulações.
Má iluminação: Provoca redução da capacidade visual e gera maior chance de algum
tipo de acidente de trabalho.
Vibrações mecânicas: Provoca dores na coluna, problemas nos rins e enjoos.

RISCOS QUÍMICOS: São ocasionados por substâncias ou compostos que possam


penetrar no organismo do trabalhador. O contato pode ocorrer de três formas: via
respiratória, via cutânea ou digestiva. São eles: vapores, gases, líquidos, névoas ou
neblinas, fumos, poeiras ou pós. Os efeitos causados são: irritação, asfixia, anestesia
(sonolência), intoxicação, pneumoconiose (alteração da capacidade respiratória).

RISCOS BIOLÓGICOS: São os micróbios e animais presentes no ambiente de trabalho


que podem trazer doenças de natureza moderada e, em alguns casos, grave. Alguns
desses agentes se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente ao
microscópio, como por exemplo, bactérias, bacilos, vírus, fungos, parasitas. Algumas
atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes como
atividades em hospitais, coleta do lixo, indústrias de alimentação, laboratórios. Para
prevenção desses tipos de agentes, podem-se empregar as seguintes medidas:
vacinação, uso de equipamento de proteção individual, uso de roupas adequadas,
rigorosa higiene pessoal, das roupas e do ambiente do trabalho e controle médico
permanente.

RISCOS ERGONÔMICOS: Estão relacionados às condições de trabalho dos funcionários,


como cadeiras e mesas adequadas, maquinário moderno, conscientização dos

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trabalhadores, posição do corpo na execução das tarefas, monotonia e tarefas repetitivas.
Esses agentes podem causar distúrbios psicológicos e fisiológicos como fadiga, dores
musculares, fraquezas, doenças do sistema nervoso e outros. Para evitar que essas
situações comprometam a atividade, é necessário adequar as condições de trabalho o
homem.

RISCOS MECÂNICOS: Estão relacionados às condições físicas do ambiente de trabalho.


Alguns exemplos são: máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas
ou defeituosas, eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e
armazenamento inadequado. A principal medida para prevenir esse tipo de acidente é por
meio de exame criterioso de todas as máquinas e instalações.

NR 10– SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS


EM ELETRICIDADE

A norma regulamentadora nº 10 (Segurança em instalações e serviços em


eletricidade) do Ministério do Trabalho e Emprego, tem como objetivo estabelecer os
requisitos e as condições mínimas na implementação de medidas de controle e de
sistemas preventivos, buscando garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Os riscos para quem trabalha com serviços e instalações com eletricidade são, via
de regra elevados, podendo levar a lesões de pequena a grandes gravidades,
dependendo da atividade exercida, mesmo quando expostos a eletricidades de baixa
tensões, ela pode representar perigo a integridade e saúde do colaborador.
O maior risco relativo ao trabalho em eletricidade é de fato o choque elétrico.
Entende-se por choque elétrico o conjunto de perturbações de natureza e efeitos
diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é percorrido
por corrente elétrica. Dependendo das condições e intensidades da corrente, as
consequências podem ser desde uma ligeira contração superficial até uma violenta
contração muscular, que muitas vezes pode levar à morte. A resistência elétrica do corpo
humano depende de vários fatores, como por exemplo, a variação da tensão aplicada.

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CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO TÓXICO: Substituir por produtos menos tóxicos ou


inofensivos, desde que tenham qualidades semelhantes ao original. Exemplo:
Substituição de tinta à base de chumbo por tintas à base de zinco.

MUDANÇA DO PROCESSO OU EQUIPAMENTO: Exemplo: Pintura a imersão ao invés


de pintura a pistola (reduz a formação de vapores dos solventes).

CONFINAMENTO: Isolar determinada operação do resto da área. Exemplo:


Confinamento de uma máquina ruidosa.

VENTILAÇÃO: Remove o ar contaminado no local de formação do contaminante.


Exemplo: Operações geradoras de poeira.

UMIDIFICAÇÃO: Nos locais onde há poeiras, o risco de exposição pode ser reduzido
pela aplicação de água. Exemplo: varredura à úmido.

SEGREGAÇÃO: Separar a operação ou equipamento do restante. Seja no tempo (fazer a


operação fora do horário normal), seja no espaço (colocar a operação à distância, longe
dos demais).

BOA MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO: Os prazos dos fabricantes dos produtos


devem ser seguidos à risca.

ORDEM E LIMPEZA: O ambiente deve estar sempre limpo e organizado. Exemplo: A


limpeza imediata de qualquer derramamento de produto tóxico é uma importante medida
de controle.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


O que é?

Equipamento de proteção individual é todo


dispositivo que serve para assegurar a vida e o
bem estar do trabalhador.

Qual o objetivo?

Proporcionar segurança ao trabalhador e evitar acidentes e doenças ocupacionais.

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Quando devo fornecer EPI?

Quando a atividade desempenhada pelo profissional oferecer risco à saúde.

De quem é a responsabilidade de fornecer o EPI?

Os EPIs devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas. Estes devem estar em
perfeito estado de conservação e adequado ao risco de cada função. É dever da empresa
oferecer um treinamento sobre o uso correto dos EPIs. O empregado tem a obrigação de
usar o EPI corretamente durante o trabalho. Os EPIs precisam ter a indicação do
Certificado de Aprovação – C.A.

CLASSIFICAÇÃO DOS EPI’S


PROTEÇÃO PARA A CABEÇA: Capacete de segurança, capuz ou
balaclava.

PROTEÇÃO PARA OS OLHOS: Óculos de segurança.

PROTEÇÃO FACIAL: Protetor facial, máscara de solda.

PROTEÇÃO PARA OS OUVIDOS: Protetor auditivo, tipo plug e concha.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Respiradores e máscaras.

PROTEÇÃO PARA O TRONCO: Aventais e paletó.

PROTEÇÃO PARA OS BRAÇOS: Mangas, protetor de punho e mangotes, braçadeira de


segurança, creme protetor de segurança.

PROTEÇÃO PARA AS MÃOS: Dedeiras de segurança, creme luvex, luvas.

PROTEÇÃO PARA A PELE: Luva química, creme protetor solar.

PROTEÇÃO PARA AS PERNAS: Perneiras, calça.

PROTEÇÃO PARA OS PÉS: Calçados de segurança, meias de segurança.

PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO: Macacão, vestimenta de corpo inteiro.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS: Cinto de segurança, dispositivo trava-queda de


segurança.

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COMISSAO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTE –
CIPA
O que é?

A comissão interna de prevenção de acidente trata-se de uma


comissão partidária constituída por representantes dos empregados,
que são eleitos por meio de voto secreto.

Qual o objetivo?

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Quando devo constituir a CIPA?

A CIPA deve ser constituída em todas as empresas que se enquadrarem no quadro I da


NR 05. Deve-se observar para este enquadramento o número de empregados no
estabelecimento e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE da
empresa.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Conforme Portaria 3.214 de 08/06/1978, Norma regulamentadora Nº 26, é dever


das empresas a implementação de sinalização de segurança nos locais de trabalho, com
o intuito de alertar sobre algum perigo que possa acontecer. É dever também da empresa
orientar os empregados a respeitar as sinalizações.

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COMO DEVO AGIR EM CASO DE ACIDENTE?

O empregado acidentado deve ser:

 Socorrido imediatamente;
 Encaminhado para um hospital (quando possível);
 Na impossibilidade de socorros por motivo de casos mais graves, acionar apoio de
socorro externo (SAMU-192 / Corpo de Bombeiros - 193);
 Prestar apoio aos familiares;
 Providenciar a análise da ocorrência e abertura da CAT.

Nota: importante lembrar que cada empresa deverá elaborar e adotar os seus
procedimentos de acordo com a necessidade e políticas internas.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO


A ordem, organização e limpeza do ambiente de trabalho representam base da
prevenção de acidentes. Um ambiente organizado e limpo aumenta a rapidez e facilidade
na busca de objetos e ferramentas de trabalho, reduz o cansaço físico, otimiza o tempo
de trabalho e facilita a comunicação entre os empregados. Assim, todos os materiais de
trabalho devem estar sempre organizados de forma a separar os mais importantes e
eliminar/transferir os desnecessários; o local deve permanecer limpo, eliminando resíduos
e sujeiras. O trabalho será mais fácil e seguro se o ambiente estiver em ordem.

Dica: as saídas de emergência e os corredores de circulação devem estar sempre


livres.

MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Ao efetuar qualquer serviço que envolva corrente elétrica, é
importante certificar-se que as fontes de energias das máquinas
estejam bloqueadas, para que nenhum empregado ligue a máquina
antes do término do serviço. O empregado deve interromper a
alimentação de energia elétrica e desativar todos os sistemas
hidráulicos e pneumáticos da máquina. Com essa medida simples é possível evitar
acidentes trabalhistas.

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ESTOQUISTA
CAPÍTULO III

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O ESTOQUISTA
O Estoquista é o profissional responsável por guardar
qualquer tipo de mercadoria e preservar o estoque limpo e
organizado. Um Estoquista empacota ou desempacota os
produtos e organiza-os no estoque da melhor maneira, para
facilitar a movimentação dos itens armazenados e sua
constante verificação.
Está sob as responsabilidades de um estoquista controlar a entrada e saída de
mercadorias, determinar a média de saídas por determinado produto evitando assim que
ajam novas compras e o setor financeiro tende a arcar com os custos sendo
desnecessária essa compra no momento, manter o sistema de gestão do estoque
devidamente atualizado, fazer etiquetagem e embalagem dos produtos, efetuar a
conferência das mercadorias, carga e descarga de mercadorias, manter o controle de
estoque, armazenamento, entrada e saída de mercadorias, veículos e separação de
produtos, lançamento de notas, orçamentos, venda de balcão, entre demais atividades
pertinentes ao cargo.
Para que o profissional tenha um bom desempenho como estoquista é essencial
que possua organização e atenção aos detalhes, pois é necessário manter os materiais
do estoque sempre em ordem, para poder identificá-los com exatidão e rapidez, do
mesmo modo que o cuidado com os detalhes é essencial para executar o trabalho com
precisão, ser prestativo e atencioso.
(Retirado do site: www.infojobs.com.br)

GESTÃO DE ESTOQUE
Peça fundamental em toda empresa, o estoque deve ser encarado com a
importância que ele tem — afinal, não é porque se localiza na retaguarda do negócio que
ele deve ser negligenciado! Ao contrário, uma gestão de estoque eficiente permite um
pleno funcionamento do empreendimento, maximizando lucros e evitando perdas
desnecessárias.

ESPAÇO FÍSICO E ARMAZENAMENTO

Todo estoque parte da premissa de que é fundamental a estocagem de alguns


itens para o pleno funcionamento da empresa. Definir quais itens devem ser estocados e
em quais quantidades é seu ponto inicial. Entretanto, para que este planejamento seja
eficiente, é preciso, antes de mais nada, realizar uma avaliação do espaço físico
disponível para o estoque. Subestimar ou superestimar o tamanho do espaço existente
certamente trará prejuízos para a empresa.
Além disso, as condições do local também devem ser observadas, para certificar-
se de que o ambiente está adequado para a estocagem dos produtos que você pretende
armazenar ali.

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ORGANIZAÇÃO

Lembre-se sempre de que um estoque não é um simples depósito. A ideia de um


estoque leva em conta uma organização dos itens ali armazenados, lançando mão de
ferramentas como planilhas ou programas específicos para seu controle. Saber quantos
são, quais são, em que categorias podem ser catalogados os produtos, bem como suas
características, é imprescindível para que sua movimentação possa ser prevista, revista e
gerenciada com sucesso.

PADRONIZAÇÃO

Um estoque costuma reunir uma grande diversidade de itens. Por este motivo, é
fundamental que seja estabelecida uma padronização, a fim de facilitar o controle de sua
movimentação. A padronização pode ser feita por meio de códigos exclusivos, pensados
para evitar excesso, duplicidade ou erros de apuração do estoque, facilitando seu
gerenciamento e conferindo mais segurança ao processo.

CONTROLE DE ESTOQUE

Todas as vezes que um produto é vendido ou novos itens chegam a sua empresa,
o estoque é acionado — um verdadeiro entra e sai que, se não for bem controlado, pode
prejudicar todo o andamento de um negócio. Sendo assim, manter seu controle de
estoque sempre atualizado é tarefa das mais importantes, e todo o fluxo deve ser
imediatamente atualizado em planilhas e programas.

PREVISIBILIDADE DE DEMANDA

Minimizar imprevistos é uma regra de ouro em qualquer negócio. Lidar com a falta
de um item essencial em um estoque, em um momento crítico, pode comprometer toda
uma operação. Da mesma forma, estocar itens que possuem pouca saída levará à
ocupação de um espaço que poderia ser melhor aproveitado, bem como, a depender da
natureza do item, corre-se o risco de perdê-lo por prazo de validade ou funcionamento.
Em ambos os cenários, estar atento à demanda é de suma importância para otimizar o
estoque.

INVENTÁRIO

Seu espaço físico está condizente com suas necessidades, suas planilhas estão
atualizadas, seu estoque está padronizado e tudo parece correr bem. Já pode relaxar?
Ainda não! Falta mencionar uma ferramenta de medição essencial para o bom andamento
de todo o processo: o inventário.
Um inventário nada mais é do que uma técnica de conferência periódica dos itens
existentes em seu estoque com os dados lançados em planilhas e programas, a fim de

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descobrir possíveis erros e diferenças. Quanto menores forem os intervalos entre uma
conferência e outra, mais fácil será a identificação dos problemas no estoque, permitindo
investigar as causas do prejuízo. É comum que tal tipo de gerenciamento seja colocado a
cargo de empresas terceirizadas, para evitar possíveis fraudes ou manipulações por parte
dos funcionários.
Realizando uma gestão de estoque eficiente, sua empresa estará mais segura para
dar prosseguimento a suas atividades, tendo a certeza de que a retaguarda de seus
processos está sólida e confiável.
(Retirado do site: www.brasilstorage.com.br)

RECEBIMENTO DE MERCADORIAS

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega


pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é
caracterizada como uma interface entre o pedido ao fornecedor e os estoques físico e
contábil.

O recebimento compreende quatro fases:

1ª fase: Chegada de materiais;

A recepção dos veículos transportadores representa o início do processo de


recebimento que tem como objetivos:

 A recepção dos veículos transportadores;


 A triagem da documentação suporte para o recebimento;
 Constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, foi autorizada;
 Constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega contratual;
 Constatação se o número do documento de compra consta na Nota Fiscal;
 Cadastramento no sistema das informações referentes às compras autorizadas.

As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de entrega devem


ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento
que serve para as operações de análise de avarias e conferência de volumes é o
"Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga", que é emitido quando do
recebimento da mercadoria a ser transportada. As divergências e irregularidades
insanáveis constatadas em relação às condições de contrato devem motivar a recusa do
recebimento, anotando-se no verso da Nota Fiscal as circunstâncias que motivaram a
recusa, bem como nos documentos do transportador. O exame para constatação das
avarias é feito através da análise da disposição das cargas, da observação das
embalagens, quanto a evidências de quebras, umidade, dentre outros danos. Os
materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados ao
Almoxarifado. Para efeito de descarga do material no Almoxarifado, a recepção é voltada

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para a conferência de volumes, confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos
registros e controles de compra.

2ª fase: Conferência quantitativa - Verifica se a quantidade recebida pelo fornecedor


corresponde à declarada na nota fiscal;

3ª fase: Conferência qualitativa - Visa garantir o recebimento adequado do material,


comprova se o material está em condições de ser comercializado. A depender da
quantidade, a inspeção pode ser total ou por amostragem, utilizando-se de conceitos
estatísticos. A análise visual tem por finalidade verificar o acabamento do material,
possíveis defeitos, danos à pintura, etc. A análise dimensional tem por objetivo verificar as
dimensões dos materiais, tais como largura, comprimento, altura, espessura, diâmetro. Os
ensaios específicos para materiais mecânicos e elétricos comprovam a qualidade, a
resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho de materiais ou equipamentos.

4ª fase: Regularização - Após as análises quantitativas e qualitativas, é na fase da


regularização, que pode ocorrer o pagamento do fornecedor (quando a mercadoria estiver
de acordo com o pedido realizado), devolução do material, reclamação ao fornecedor ou a
entrada do material no estoque.

O recebimento é o ato pelo qual o material adquirido é entregue no local previamente


designado, no caso o Almoxarifado, uma vez que todo o registro de entrada e distribuição
de material deverá ser de responsabilidade do Almoxarifado. A aceitação consiste na
operação segundo a qual se declara que o material recebido satisfaz às especificações
contratadas. São considerados documentos hábeis para o recebimento de materiais ou
equipamentos:

 Nota Fiscal, Fatura;


 Termo de Cessão, Doação ou Declaração exarada no processo relativo à permuta;
 Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência;
 Guia de Produção.

Nestes documentos constarão, obrigatoriamente: descrição do material, quantidade,


unidade de medida e valor. Observando-se que, quando o material não corresponder com
exatidão ao que foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o encarregado pelo
recebimento ou o Almoxarife, providenciará junto ao fornecedor a regularização da
entrega.

ARMAZENAGEM
A guarda dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem
ser definidos no sistema de instalação e no layout (planta do espaço) adotado,
proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais, objetivando a
ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.

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FASES - DESCRIÇÃO
1ª FASE - Verificação das condições de recebimento do material;
2ª FASE - Identificação do material;
3ª FASE - Guarda na localização adotada;
4ª FASE - Informação da localização física de guarda ao controle;
5ª FASE - Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;
6ª FASE - Separação para distribuição;

Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das


diversas rotinas de trabalho:
1. Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não informatizadas):
documento destinado a controlar manualmente o estoque, por meio da anotação
das quantidades de entradas e saídas, visando o seu ressuprimento;
2. Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas):
documento utilizado para indicar as localizações, através de códigos, onde o
material está guardado;
3. Comunicação de Irregularidades: documento utilizado para esclarecer ao
fornecedor os motivos da devolução, quanto os aspectos qualitativo e quantitativo;
4. Relatório técnico de inspeção: documento utilizado para definir, sob o aspecto
qualitativo, o aceite ou a recusa do material comprado do fornecedor;
5. Requisição de material: documento utilizado para a retirada de materiais do
almoxarifado;
6. Devolução de material: documento utilizado para devolver ao estoque do
almoxarifado as quantidades de materiais porventura requisitadas além do
necessário;

Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do layout de um Almoxarifado, de


forma que se possam obter as seguintes condições:

 Máxima utilização do espaço;


 Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão de obra e equipamentos);
 Pronto acesso a todos os itens;
 Máxima proteção aos itens estocados;
 Boa organização;
 Satisfação das necessidades dos clientes.

No projeto de um Almoxarifado devem ser verificados os seguintes aspectos:

 Itens a serem estocados (itens de grande circulação, peso e volume);


 Corredores (facilidades de acesso);
 Portas de acesso (altura, largura);
 Prateleiras e estruturas (altura e peso);
 Piso (resistência).

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Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-se em função
de parâmetros como: fragilidade, combustão, volatilização, oxidação, explosão,
intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, forma.

EQUIPAMENTOS
Das docas, os produtos são transferidos para o interior dos armazéns. Nesse
momento, são utilizados alguns critérios de armazenamento e determinados
equipamentos. Os critérios de armazenamento são lógicos e certamente todos nós os
utilizamos cotidianamente ao guardarmos coisas em casa:

 As mais pesadas são guardadas em locais baixos e de fácil acesso, para diminuir
seu deslocamento ao máximo. No caso dos armazéns, ficam nas prateleiras mais
próximas da entrada ou da expedição e nas áreas inferiores;
 As que usamos com mais frequência, que têm mais giro, guardamos mais à frente,
e as com menor giro, nos fundos. No almoxarifado, usa-se o mesmo critério. Por
sua vez, os equipamentos são os paletes ou pallets, as paleteiras (transpaletes ou
transpaleteiras) e as empilhadeiras.

PALETES

Os paletes são estrados quadrados, mas não formam um quadrado perfeito; na


realidade, são ligeiramente retangulares. Geralmente é de madeira, mas também existem
os de alumínio, aço, fibra e plástico.

PALETEIRAS

As paleteiras são pequenos veículos que têm dois braços, formando um garfo, que se
encaixam nos vãos dos paletes para suspendê-los ligeiramente e poder locomovê-los.
Podem ser manuais ou elétricas e movimentam os paletes em operação horizontal na
altura do solo. Existem também os stackers (fala-se ―istéquers‖), isto é, paleteiras com
torres, que elevam a mercadoria a até 4 m e são patoladas.

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EMPILHADEIRAS

As empilhadeiras, por sua vez, têm como função movimentar, elevar e empilhar os
paletes. Movidas a gás ou elétricas, dividem-se em quatro modelos: patolada,
contrabalançada, retrátil e trilateral.

Os paletes servem para que sobre eles sejam acomodadas e empilhadas


embalagens, caixas, fardos etc., permitindo padronizar os volumes que serão colocados
nas prateleiras, junto com o próprio palete, e que a estocagem seja feita com facilidade
tanto no sentido horizontal do depósito quanto no vertical. Para isso, são utilizadas
estruturas porta-paletes, que são estantes próprias para acomodar as unidades
paletizadas. Essas estruturas são projetadas levando- se em consideração as dimensões
das unidades de carga e a altura dos volumes que ficarão apoiados sobre elas.

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CONTROLE DE ESTOQUE
O estoquista deverá manter controle do estoque por tipo de mercadorias/produtos
existentes na empresa, da seguinte forma:

1. Registrar no Controle de Estoque a quantidade, o custo unitário e o custo total das


mercadorias/produtos vendidos.

2. Periodicamente, confirmar se o saldo apurado no Controle de Estoque "bate" com o


estoque físico existente na empresa.

3. Calcular no Controle de Estoque o saldo em quantidade, custo unitário e custo total


das mercadorias/produtos que ficaram em estoque.

RECOMENDAÇÕES

 O correto controle das entradas e saídas de materiais deve se constituir em uma


obrigatoriedade a ser cobrada rigidamente;
 Todas as entradas e saídas devem ser anotadas em fichas ou em um sistema
informatizado;
 Qualquer saída de estoque (produção, transferência, troca etc.) deve ser
acompanhada de requisição de saída;
 Não permitir que sejam retiradas mercadorias ou materiais sem a devida requisição
e com a identificação de quem retirou;
 Implantar o "Inventário Rotativo". Nesse sistema, diariamente são escolhidos
alguns itens para serem contados. As diferenças encontradas deverão ser
comunicadas e sua causa, investigada;
 Todo processo de movimentação de estoque deve ser estabelecido por meio das
Normas de Entrada e Saída de Estoque. Com informações estatísticas sobre o que
está saindo, o gestor pode calcular o giro das mercadorias/materiais, auxiliando na
compra para melhor aproveitamento do capital de giro da empresa. Além disso,
terá segurança de que estas mercadorias/materiais são utilizadas na empresa, e
não desviadas.

OBJETIVO DA FICHA DE ESTOQUE

O principal objetivo da ficha de controle de estoque (que pode ser física ou em um


sistema informatizado) é controlar a movimentação individual, as entradas e as saídas
dos materiais de estoque, ou seja, produtos acabados, matérias-primas etc. da empresa.

Portanto, para cada produto existe uma ficha correspondente.

Para o correto preenchimento dessa ficha, os registros de entrada devem ser feitos
quando do recebimento dos materiais, com base na documentação de entrada, que pode
ser a própria nota fiscal ou uma nota de recebimento. Os registros de saída devem ser
feitos com base nas requisições de materiais emitidas pelos usuários.

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(Matéria retirada do site: www.sebrae.com.br)

EXEMPLO DE FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE

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ANOTAÇÕES

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RECIBO

RECEBI DE _______________________________________________ A
IMPORTANCIA SUPRA DE R$_____________(_______________________________)
REFERENTE AO PAGAMENTO DO CURSO BÁSICO PROFISSIONALIZANTE.
_______________________( ) ______/______/_______

_________________________________________________
ASSINATURA DA RECEPCIONISTA

RECIBO 5ª PARCELA

RECEBI DE _______________________________________________ A
IMPORTANCIA SUPRA DE R$_____________(_______________________________)
REFERENTE AO PAGAMENTO DO CURSO BÁSICO PROFISSIONALIZANTE.
_______________________( ) ______/______/_______

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ASSINATURA DA RECEPCIONISTA

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