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Prof. Dr.

Luiz Daré Neto


Elementos de Máquinas II

Mancais de Escorregamento
Hidrodinâmicos

Tipos de Mancais de Escorregamento

1- Mancal Hidrostático;
2- Mancal Hidrodinâmico;
3- Mancal Aerostático;
4- Mancal Aerodinâmico;
5- Mancal Eletro-Magnético;
6- Buchas de Escorregamento.

Aplicações:

1- Mancal Hidrostático: - Utilizado em máquinas ferramentas;


- Aplicado em algumas juntas (joelhos - ball
joint) para retífica;
- Onde se deseja pouco atrito (precisão ou
pesquisa)

Mancal Hidrostático Radial

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2- Mancal Hidrodinâmico: - Muito utilizado em motores automotivos,


concorre com mancais de rolamento e
buchas de escorregamento.

Mancal Hidrodinâmico Radial

3- Mancal Aerostático: - Semelhante ao Mancal Hidrostático;


- Cada vez mais utilizado na mecânica fina,
onde se deseja rotações elevadas, pouca
manutenção, custo operacional baixo
(devido ao compressor e o ar serem baratos).

4- Mancal Aerodinâmico: - Aplicação em pesquisa (satélites);


- Semelhante ao Mancal Hidrodinâmico.

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5- Mancal Eletro-Magnético: - Maior rotação já obtida;


- Aplicação em pesquisa.

Princípio de mancal eletromagnéticos

6- Buchas de Escorregamentos: - Bastante utilizado;


- Grande capacidade de carga;
- Baixo custo;
- Grande desgaste;
- Utilizado em mecânica rústica
(baixas velocidades e altas cargas).

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Mancais de Escorregamento e Hidrodinâmicos

Princípio

P
P
V>>0
V=0

P P
ω

atrito misto atrito fluídico (deslocamento para a direita


depois para esquerda)

Dimensionamento de Mancais Radiais

a) Espessura relativa de película (cunha do lubrificante) (hr)

h h
hr = = (1)
R − r ψ. r

onde: h = menor espessura da cunha do lubrificante


D = diâmetro do mancal
d = Diâmetro do eixo
ψ = Folga relativa → ψ = D-d/d

b) Pressão média sobre o mancal (Pm)


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P
Pm =
d. b
onde: P = Força atuante no mancal
b = Largura do mancal
c) Diâmetro do eixo (d)

d = calculado de acordo com a solicitação.

d) Largura do mancal (b)


b
0,4 ≤ ≤ 2,0
d
b
condição mais favorável ⇒ 0,4 ≤ ≤ 1,0
d

e) Folga relativa (ψ)


- depende do material usado na bucha;
- valores recomendados é encontrado na tab. 15.4 do Niemann.

f) Espessura da cunha lubrificante

“h” deve ser no mínimo igual a rugosidade média das superfícies.


Para início de cálculo adota-se h = 3.Ra

O movimento do eixo fica irregular quando:


h
hr = > 0,3
Ψ. r
conseqüência da folga relativa“ψ“ pequena em relação a espessura da cunha
lubrificante “h” (hr = h/R-r)

g) Viscosidade do óleo

η.ω
Da figura 15.4 tem-se o valor de em função de hr. Daí sai o valor de
Pm .Ψ2
“η“ necessário na temperatura de trabalho.
O óleo adequado sai das figuras 16.1 ou 16.2 em função de “η“ e da
temperatura.

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h) Temperatura de trabalho

P.ω.µ .r = α.π.d.b.(Vf – Vl ) + β.Q.( Va – Ve )

απ = 0,16 para mancais leves (pequena área para dissipação);


απ = 0,44 para mancais pesados ( grande área para dissipação).

β ⇒ calor específico do óleo em unidades mecânicas.


Va , Ve ⇒ temperatura de saída e de entrada de óleo.
Vf , Vl ⇒ temperatura média do filme de lubrificante, temperatura
do ar.

Para refrigeração normal ( dissipação para o meio ambiente)


Vf – Vl = (Pm.ω.µ .r/α.π) . a
a = tempo de funcionamento/ tempo de funcionamento + intervalo de
parada durante um período

Para refrigeração forçada


Va – Ve = (P.ω.µ .r)/β.Q = (Pm/β).θ
θ ⇒ coeficiente característico de aquecimento = µ.ω.r.d.b/Q

Vazão de óleo por minuto


Q’ = (P.µ.n.d)/320.β( Va – Ve) = (d2.b.µ.n)/320.θ

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