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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

FACULDADE DE BIOMEDICINA

YOHAN LUCAS GONÇALVES CORRÊA

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A INFECÇÕES DO TRATO


URINÁRIO (ITU) EM MULHERES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

BELÉM-PA
2022
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A ITU EM MULHERES.
REVISÃO INTEGRATIVA.

Pré – Projeto de Trabalho de


Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Biomedicina da
Universidade Federal do Pará, como
requisito parcial para a obtenção do
grau de Bacharel em Biomedicina.

Orientador (a): Prof.ª Dr.ª Lucimar Di


Paula dos Santos Madeira

BELÉM – PA
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5

1.1 CLASSIFICAÇÃODAS ITU................................................................................5

1.2 AGENTES ETIOLOGICOS ...............................................................................7


1.2.1 Escherichia coli ........................................................................................7
1.2.1 Escherichia coli Uropatogênica – UPEC ................................................10
1.2.3 Staphylococcus saprophyticus................................................................11

1.3 EPIDEMIOLOGIA.............................................................................................12

1.4 FATORES DE RISCO......................................................................................13

1.5 DIAGNOSTICO LABORATORIAL DAS ITU.....................................................14

1.6 TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS ITU...................................................... 16

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 20

3. OBJETIVOS ..........................................................................................................21
3.1 GERAL ...........................................................................................................21
3.2 ESPECÍFICOS................................................................................................21

4. MATERIAL E METODOS .....................................................................................22

4.1 TIPO DE ESTUDO...................................................................................................22

4.2 COLETA DE DADOS...............................................................................................22

4.3 CRITERIOS DE INCLUSÃO...................................................................................22

4.4 ANÁLISE DE DADOS..............................................................................................22

5. CRONOGRAMA ................................................................................................... 23

6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................24
5

1. INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) consiste na invasão e multiplicação


bacteriana nos tecidos, desde a uretra até os rins. Normalmente já existem
microrganismos nessa região, todavia algumas situações podem acarretar uma
proliferação exacerbada deles ou infecções de outros microrganismos
patógenos, contribuindo para a instalação de uma ITU (RAMOS GC, et al.,
2016).
Embora tanto homens quanto mulheres possam ser infectados, as ITUs
são tradicionalmente consideradas uma doença mais prevalente em mulheres,
entre as quais 50% serão afetadas ao longo de sua vida. Aproximadamente 25%
das mulheres que apresentam um primeiro episódio de cistite bacteriana passam
a sofrer ITU recorrente dentro de 6 meses, algumas tendo 6 ou mais infecções
no ano após o episódio inicial (HADDAD e J.MM, 2015).
Vários fatores de risco estão associados à cistite, incluindo sexo feminino,
uma ITU anterior, atividade sexual, infecção vaginal, diabetes, obesidade e
suscetibilidade genética (MITTAL, CHHIBBER, et al., 2004).

1.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ITU

A infecção do trato urinário (ITU) é a forma mais comum de infecção


bacteriana e afeta as pessoas ao longo de toda a sua vida. O termo ITU abrange
uma variedade de entidades clínicas, desde a bacteriúria assintomática até a
cistite, prostatite e pielonefrite (GUPTA K, 2008). As infecções do trato urinário
são classificadas de acordo com o local da infecção (Figura 1), geralmente as
infecções comprometem somente o trato urinário baixo, diagnóstico de cistite, ou
pode afetar simultaneamente o trato urinário inferior e superior, definida por
infecção urinária alta e denominada pielonefrite (LOPES., V. e AL., 2005). A
cistite se manifesta com disúria, polaciúria, urgência miccional, dor no baixo
ventre, arrepios de frios ou calafrios com presença ou não de dor lombar. Pode
ser acompanhado de mal-estar geral, indisposição e superposição entre os
sintomas clínicos da infecção do trato urinário baixo (cistite) versos o alto
(pielonefrite) (BISPO, B e AL., 2009). A pielonefrite resulta da ascensão de
microrganismo do trato urinário inferior e estão frequentemente associadas com
6

a presença de cálculos renais (LOPES., V. e AL., 2005).

Figura 1- Sítios de Infecção do Trato Urinário. Disponível em: Figura 1 - Sítios de Infecção do Trato
Urinário. Disponível em: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-infeccao-urinaria/

As Infecções do Trato Urinário são classificadas em diferentes categorias,


o que contribui para melhor compreensão do quadro clínico, tratamento a ser
oferecido, prognóstico, bem como se é necessário realizar medidas profiláticas.
As ITUs podem ser classificadas como não complicadas ou
complicadas (MITTAL, CHHIBBER, et al., 2004). As infecções complicadas são
infecções relacionadas a presença de doenças subjacentes como diabetes e
insuficiência rena e a estrutura ou função anormal do trato urogenital como em
casos de anomalia congênita e tumores no trato urinário; isto aumenta o risco de
o resultado de uma ITU ser mais grave do que o esperado, em comparação com
sua ocorrência em indivíduos sem quaisquer fatores de risco identificados (ou
seja, ITU não complicada).
O Sistema de classificação da Associação Europeia de Urologia para
ITUs, conhecido como ORENUC, é baseado na apresentação clínica da ITU e
seus fatores de risco do hospedeiro associados (figura 2). Em adultos, as ITUs
não complicadas se enquadram nas categorias O, R e parcialmente E, enquanto
as ITUs complicadas estão principalmente nas categorias N, U e C. (FOXMAN,
2010).
7

Figura 2: Classificação ORENUC com base na apresentação clínica de infecção do


trato urinário (ITU) e fatores de risco (FR)

1.2 AGENTES ETIOLÓGICOS

1.2.1 Escherichia coli

Escherichia coli pertence ao reino Bacteria, filo Proteobacteria, classe


Proteobacteria, subclasse Gamaproteobacteria, ordem Enterobacteriales, família
Enterobacteriaceae. É um Gram-negativo (Figura 3), em forma de bacilo,
anaeróbio facultativo que fermenta Glicose e outros açúcares como Sacarose e
Lactose, produtor de gás, catalase positiva, oxidase negativa e redutora Nitrato
em Nitrito (MURRAY, BARON, et al., 1999), (ANVISA, 2014).
8

Figura 3: Caracteristicas estruturais e microscópicas de Bactérias Gram- Negativas e Gram- Positivas.


Fonte:(STINGHEN AEM, 2002)

A Escherichia coli inclui não apenas cepas comensais que constam na


microbiota, mas também patogênicas que causam uma variedade de doenças
humanas (JANG, HUR, et al., 2017).
A patogenicidade da E. coli se manifesta como um mecanismo
multifatorial e complexo envolvendo vários fatores de virulência que variam de
acordo com o sorotipo. O termo fator de virulência é impreciso, pois um único
componente pode não ser suficiente para transformar uma cepa de E. coli em
uma cepa patogênica, mas a combinação com outros determinantes de
virulência terá papel decisivo em sua patogenicidade (ROCHA e S.L.S., 2008).
Dentre esses fatores, o potencial patogênico de algumas cepas é devido
ao ganho genético que ocorre durante a evolução das espécies, por conta da
aquisição de genes de virulência, seja por mutação ou transferência horizontal
de material genético. Esses genes de virulência, incluídos em ilhas patogênicas
de cromossomos bacterianos (PAI- ilha de patogenicidade) ou material genético
extracromossômico (plasmídeo), codificam proteínas que possibilitam a
capacidade de colonizar, penetrar novo sítios de hospedeiros (SAVIOLLI e J.Y.,
2010).
Estas bactérias produzem colônias de cor rosa em ágar MacConkey
(Figura 4) devido a fermentação da lactose. (ANVISA, 2014).
9

Figura 4: Escherichia coli fermentadora de lactose em Ágar MacConkey. Fonte: Acervo


de Felipe Alexandre Vinagre da Silva

Enquanto algumas linhagens produzem colônias com brilho metálico


quando crescem em Ágar-eosina-azul de metileno (EMB). Através da rápida
fermentação da lactose, pelos corantes Eosina Y e Azul de Metileno em sua
fórmula que ajudam na diferenciação das colônias isoladas (figura 4), (ANVISA,
2014).

Figura 5: - Escherichia coli em Ágar EMB. Fonte Acervo Pessoal

Em Ágar CLED (Cistina Lactose Deficiente em Eletrólitos), se apresentam


como colônias opacas, amarelas com ligeira cor amarelo escuro no centro.
10

Figura 6: Escherichia coli fermentadora de Lactose no meio Ágar CLED.


Fonte: Acervo de Felipe Alexandre Vinagre Da Silva

1.2.2 Escherichia coli Uropatogênica – UPEC

Algumas cepas de E. coli podem causar doenças entéricas, no entanto,


existem cepas capazes de causar infecções extraintestinais, como as ITU. As
cepas de E. coli capazes de causar ITU são chamadas de uropatogências (UPEC)
e são a principal causa de cistites e pielonefrites. As UPEC possuem fatores de
virulência que facilitam seu crescimento e persistência dentro do ambiente adverso
do trato urinário e a severidade da infecção é determinada pela virulência da
bactéria e pelos mecanismos de defesa do hospedeiro (WILES, J e AL., 2008).
Para estabelecer a infecção no trato urinário, a UPEC precisa superar
várias estratégias de defesa do hospedeiro, incluindo o fluxo de urina, a esfoliação
de células uroteliais, fatores antimicrobianos endógenos e fagócitos. Para isso,
possui uma série de fatores de virulência que fazem dela capaz de estabelecer a
infecção, Tais fatores como: fímbrias, pili, produção de biofilmes, flagelos,
adesinas, toxinas e sistemas de aquisição de ferro que contribuem para sua
capacidade de causar doença embora a capacidade de aderir às células epiteliais
do trato urinário do hospedeiro representa o mais importante determinante da
patogenicidade (MOBLEY, H. e L.T., 2016), (ME, G e ME., 2017).
Sua patogenicidade está muitas vezes relacionada ao efeito cumulativo dos
fatores de virulência, podendo ainda ser multifatorial. A modificação na
constituição gênica, por exemplo, pode ocorrer pela transferência de genes de
virulência entre as cepas. Logo, quanto maior a quantidade de genes que
codificam esses fatores, mais graves serão as infeções do trato urinário (SANTOS,
11

2018).
Em relação à colonização da mucosa do trato geniturinário, os fatores de
virulência podem ter características como capacidade de promover alterações na
superfície celular; favorecer a fixação à célula hospedeira – adesinas; ser do tipo
toxinas ou invasinas. Mas também há outros, como pili conjugativo,
polissacarídeos extracelulares e flagelo, observadas em várias linhagens de E. coli
e parecem estar intimamente ligados à formação de biofilme bacteriano e
surgimento da ITUs (ILVA, A. e AL., 2017), (SANTOS, 2018).

1.2.3 Staphylococcus saprophyticus


Staphylococcus saprophyticus é um coco Gram-positivo, coagulase-
negativo, não hemolítico, sendo um causador comum de infecções do trato
urinário (ITUs) não complicadas, especialmente em mulheres jovens sexualmente
ativas. Menos comumente, pode levar a complicações, incluindo pielonefrite
aguda, uretrite, epididimite e prostatite.(ARGEMI, HANSMAN e PROLA K, 2019),
(L, CHABRIÈRE, et al., 2019 ).

S. saprophyticus é a segunda causa mais comum de infecções do trato


urinário adquiridas na comunidade, depois da Escherichia coli . Em mulheres de
16 a 25 anos, causa até 42% de todas as infecções. Mais de 40% de todas as
mulheres jovens sexualmente ativas contêm S. saprophyticus como parte de sua
microbiota geniturinária normal. (NATSIS e COHEN, 2018 ).
A colonização bacteriana do epitélio da bexiga e ureter por S. saprophyticus
ocorre através de vários tipos diferentes de adesinas. Incluindo hemaglutininas
com propriedades autolíticas e adesivas, bem como a lipase associada à
superfície que forma apêndices superficiais semelhantes a fímbrias, ajudando as
bactérias a manter uma forte aderência a essas superfícies. (BAPTISTA e M.,
2013)
Quanto ao perfil de suscetibilidade antimicrobiana de S. saprophyticus, a
espécie é geralmente sensível à maioria dos agentes antimicrobianos utilizados
para o tratamento de ITU, e alguns dados mostram que a prevalência de
isolados resistentes é < 5% ( (ANNELE, ROLAND e VINCENT, 2011). No
entanto, S. saprophyticus resistentes aos antibióticos betalactâmicos e
carreadores do gene mecA têm sido relatados (CAROLINA, TERUYO, et al.,
2009).
12

1.3 EPIDEMIOLOGIA

A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda infecção mais comum


em humanos, perdendo apenas para as infecções que afetam o trato
respiratório. As ITU estão entre as infecções bacterianas mais comuns, afetando
150 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano (TERLIZZI, GRIBAUDO e
MAFFEI, 2017).
No Brasil, as ITU são consideradas as mais comuns das infecções
bacterianas, responsáveis por 80 em cada 1.000 consultas clínicas, podendo
possuir particularidades entre os sexos (MULLER EV, 2008;). Estudo realizado
em Portugal, mostrou-se que entre 385 uroculturas positivas, 334 (86,75%)
pertenciam a indivíduos do sexo feminino e 53 do sexo masculino (13,25%) (A, J,
et al., 2008)
Um estudo feito para analisar a prevalência de infecções do trato urinário
e os principais patógenos identificados em uma população mato-grossense
(Cidade de Barra do Garças, na região leste do estado de Mato Grosso),
mostrou que existe, na população investigada, a presença de bactérias que
possuem resistência antimicrobiana, principalmente a E. coli. O predomínio de
elevadas temperaturas na região estudada, é um dos fatores que podem
favorecer a proliferação bacteriana. Além disso, concluíram que, assim como em
diversas localidades brasileiras, há uma predominância de casos de ITU em
mulheres nesse município mato-grossense (SERGIO e LUDIMYLLA, 2018).
Ocorre principalmente em mulheres e mais de 50% das mulheres
desenvolverão ITU durante a vida. Sendo ela uma causa importante de
morbidade e sequelas, como recidivas frequentes, sepse, pielonefrite e danos
renais (FOXMAN e B., 2002).
As mulheres são mais suscetíveis a infecções devido às condições
anatômicas: uretra mais curta e uma maior proximidade da vagina e do ânus
(VALIQUETTE, 2001) (HOOTON, 2000).
As ITU’s são causadas por bactérias Gram-negativas e Gram-positivas,
também por certos tipos de fungos. O agente causador mais comum para as
ITU’s, tanto complicadas como não complicadas é a Escherichia
coli uropatogênica (UPEC), sendo responsável por 75% a 85% dos casos
(FOXMAN, 2010), (HOOTON, 2012).
13

Para patógenos associados a ITU’s não complicadas a prevalência de


UPEC é seguida de perto por Klebsiella pneumoniae , Staphylococcus
saprophyticus , Enterococcus faecalis , Streptococcus do grupo B (GBS), Proteus
mirabilis , Pseudomonas aeruginosa , Staphylococcus aureus e Candida spp.
Para infecções complexas do trato urinário, a ordem de prevalência de
patógenos é Enterococcus, Klebsiella pneumoniae, Candida, Staphylococcus
aureus, Pseudomonas mirabilis. , Pseudomonas aeruginosa e GBS. (FOXMAN,
2014), (NIELUBOWICZ e MOBLEY, 2010), (KLINE, SCHWARTZ, et al., 2011),
(RONALD, 2002).

1.4 FATORES DE RISCO

Alguns fatores que aumentam o risco de infecção do trato urinário nas


mulheres incluem: episódios anteriores de cistite, relação sexual, uso de certos
espermicidas, gravidez e o número de gestações diabetes (apenas para
mulheres) e higiene precária, bem como pacientes com más condições
socioeconômicas e obesidade. Entre as infecções hospitalares, infecções do
trato urinário associada a cateter são caracterizadas por um dos maiores índices
de ocorrência. (T, K, et al., 2008)
Os fatores de risco na ITU são divididos em: inerentes ao paciente e
associado aos procedimentos. Os fatores de risco inerentes ao paciente são:
sexo feminino, devido ao tamanho do trato urinário; idade avançada; gravidade
da patologia de base; diabetes mellitus, pois a presença de glicose na urina
facilita a proliferação microbiana; transplante renal; politraumatizados;
queimados e imunodeprimidos (BS, MS, et al., 2011).
Os fatores associados aos procedimentos são: indicações da cateterização,
pois a inserção do cateter pode carregar microrganismos distais para o interior
da bexiga; uso contínuo do cateter, pois o balão de retenção da sonda
impossibilita o esvaziamento completo da bexiga, podendo ocasionar
multiplicação dos microrganismos; tempo de duração da cateterização, pois o
risco de adquirir bacteriúria é em torno de 5% por dia de permanência do
cateter; tipo de cateterização e do sistema de drenagem, pois os sistemas de
drenagem aberta são totalmente contraindicados na cateterização prolongada;
utilização ou não de antimicrobianos concomitantes e erros na manipulação do
14

cateter(BS, MS, et al., 2011).


O maior risco de uma infecção do trato urinário em mulheres que utilizam
antibióticos ou espermicidas provavelmente decorra de alterações na microbiota
vaginal que permitem o crescimento excessivo de Escherichia coli. Em mulheres
mais velhas, a contaminação do períneo por incontinência fecal aumenta o risco
(IMAM e MD., 2020).

1.5 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS ITU


A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de
pelo menos 105 unidades formadoras de colônias por ml de urina (100.000
ufc/ml). O diagnóstico laboratorial da ITU é feito pela urocultura quantitativa de
urina de jato médio, considerada o teste padrão-ouro, coletada em condições
estéreis e inoculada em meio que permite o crescimento de microrganismos para
isolar e identificar patógenos. (HOOTON e STAMM, 1997) (FOXMAN, 2010) (LO,
2013), (CHU e LOWDER, 2017).

Para o diagnóstico é preciso fazer exames que irão auxiliar no diagnóstico


das infecções, entre eles estão (LEVY, NOWAKONSKI, et al., 2004):
I. Exame de urina (urina rotina ou urina I) com sedimento urinário:
Sendo este um dos exames utilizados, para a detecção da infecção
urinaria pois são analisadas as características físicas do material
como, sua cor, odor, aspecto. Este exame irá fornecer – quando
associado a anamnese e ao quadro clínico, os dados que
praticamente confirmam o diagnóstico de ITU: presença de piúria
(leucocitúria), de hematúria e de bacteriúria pela apresentação de
nitrito positivo, indicando que na urina foram identificadas bactérias
Gram-negativas capazes de converter nitrato em nitrito, sendo
indicativo de uma infecção urinária. Os valores encontrados são,
habitualmente, proporcionais à intensidade da infecção. Tendo
assim sensibilidade de 62,5% e especificidade de 60,6%.
(GUERRA, SOUZA, et al., 2012)

II. Urocultura: A cultura de urina quantitativa, poderá fornecer, na


15

maioria dos casos, o agente etiológico causador da infecção e


trazer subsídio para a conduta terapêutica. Sua importância
crescerá quando, diante de falha da terapia empírica, possibilitará a
realização do teste de sensibilidade in vitro (antibiograma), que
orientará uma nova conduta terapêutica. Fator limitante à
importância da cultura de urina é a demora habitualmente exigida
para a obtenção do seu resultado. Na grande maioria das vezes, a
paciente com cistite não complicada, tratada empiricamente, já está
clínica ou mesmo micro biologicamente curada quando o resultado
da cultura é fornecido; nestas situações, este exame torna-se inútil,
além de dispendioso. (BENITO, GLADYS e AL., 2012)
III. Coloração de Gram: O método de Gram é feito pela observação
microscópica dos agentes microbianos, em que é possível saber
características das bactérias quanto a morfologia bacteriana, além
de apresentar sensibilidade e especificidade satisfatória onde o
Gram apresenta sensibilidade e especificidade de 62,5% e 93,9%
respectivamente e ser tido como um dos melhores testes devido a
rapidez nos resultados. (DAUR, COGO, et al., 2004)
IV. Teste de sensibilidade in vitro a antimicrobianos (TSA): O
antibiograma, como é habitualmente reconhecido este exame, atua
complementarmente à cultura de urina. Na rotina das cistites não
complicadas, sua utilidade é pequena, haja vista a predominância
maciça e resolutiva da terapia empírica. No entanto, naqueles
casos em que ocorre falha desse tipo de terapia, nas pielonefrites e
nas infecções urinárias hospitalares, a presença do antibiograma é
de grande utilidade. Igualmente sua importância cresce nas cistites
complicadas, quando o risco de insucesso da terapia empírica
aumenta. O antibiograma fornecerá o perfil de resistência e
suscetibilidade das bactérias e com isso irá nortear os
antimicrobianos potencialmente úteis a serem prescritos
(ABRANTES, ANTONIO e NOGUEIRA, 2017).

V. Hemocultura: Este exame não tem nenhum valor em pacientes com


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cistite. No entanto, diante de um quadro de pielonefrite, torna-se


potencialmente valioso; sua positividade, nesta infecção, situa-se
entre 25% a 60% e, além da informação do agente etiológico (nem
sempre identificável na urocultura), indica para o risco de uma
sepse, sugerindo uma potencial gravidade. (RUSCHEL, BISOL, et
al., 2017)

1.6 TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS ITU


O tratamento para infecção no trato urinário geralmente é farmacológico,
sendo utilizados antibióticos de acordo com a espécie do patógeno, mas
ocasionalmente são indicadas intervenções cirúrgicas para drenar abscessos,
corrigir anomalias estruturais de base ou aliviar a obstrução da uretra ou ureteres
(BARROS, KERBAUY e DESSUNTI, 2013). O tratamento de infecções urinárias
varia muito de acordo com o tipo de cada infecção e sua gravidade também,
alguns profissionais podem prescrever além dos antibióticos, analgésicos para
alívio dos sintomas de disúria (BARROS SK, 2013)
Quanto aos tratamentos farmacológicos, a escolha dos antibióticos pelos
médicos além de levar em conta a espécie da bactéria, deve ser investigado se o
paciente possui alergia a algum tipo de antibioticoterapia, adesão do paciente,
disponibilidade e custos dos antibióticos, e tolerância do paciente e provedor
para o risco de falha do tratamento. Alguns fármacos utilizados para o tratamento
de infecção urinária são:
 Amicacina: Pertencente a classes dos aminoglicosideos, a
amicacina atua pela via da inibição da síntese proteica nos
ribossomos bacterianos através da interação com o RNA
ribossomal e subsequente inibição da tradução nos micro-
organismos sensíveis, o que resulta numa ação bactericida.
(BLACK, LAU, et al.)
 Amoxicilina: A amoxicilina é um antibiótico da classe β-lactâmico, e
sua ação depende de sua capacidade em atingir e unir-se às
proteínas que ligam penicilinas localizadas nas membranas
citoplasmáticas bacterianas. Inibe a divisão celular e o crescimento,
produz lise e elongação de bactérias sensíveis, em particular as
17

que se dividem rapidamente, que são, em maior grau, a ação das


penicilinas. Tem rápida ação bactericida e perfil de segurança de
uma penicilina (ANVISA, 2010).
 Cefalexina: A cefalexina é uma cefalosporina de primeira geração,
desenvolve sua ação preferencialmente sobre bactérias Gram-
positivos e, com muito menos frequência, sobre Gram-negativos. É
um antibiótico betalactâmico, que inibe a síntese da parede
bacteriana ligando-se a uma ou mais proteínas de ligação. O
resultado é a formação de parede celular defeituosa que é
osmoticamente instável. Também pode promover a lise da parede
bacteriana (ANVISA, 2010).
 Ciprofloxacino: Pertencente ao grupo das quinolonas, o
ciprofloxacino inibe a DNA-girase, bloqueando o metabolismo
bacteriano, uma vez que informações vitais não podem mais ser
lidas a partir do cromossomo bacteriano. (ABDEL-HAY, HASSAN,
et al., 2008)
 Doxiciclina: A doxiciclina (α-6-deoxi-5-oxitetraciclina) é um
antibiótico de largo espectro da classe das tetraciclinas. tem como
mecanismo de ação sua ligação com as subunidades 30S dos
ribossomos bacterianos, dificultando o acesso do aminoacil-t-RNA
ao sítio A do ribossomo, a adição de aminoácidos e
consequentemente a inibição da síntese proteica. Possui ampla
faixa de atividade contra bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas e, além disto, é eficaz contra alguns microrganismos
resistentes a agentes que exercem seus efeitos sobre a parede
celular bacteriana. (HAMILTON, 2011)

Cada um desses fármacos é prescrito de acordo com a necessidade


terapêutica dos pacientes (DA SILVA NASCIMENTO, OLIVEIRA e SOUZA
ARAÚJO, 2012).
As bactérias respondem rapidamente às mudanças do microambiente
onde estão inseridas, portanto, o uso indiscriminado dos antimicrobianos para o
controle das infecções promove o aumento da aquisição de mecanismos de
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resistência, aumenta a pressão seletiva e pode culminar na seleção de


organismos resistentes (M., MONTEIRO e M. S., 2010).
Muitos fatores influenciam o desenvolvimento da resistência, como o estado
imunológico do paciente, o número de bactérias no sítio da infecção, o
mecanismo de ação do antimicrobiano e o nível da droga que atinge a população
bacteriana. Neste contexto, o aparecimento generalizado de mecanismos de
resistência aos antimicrobianos tem dificultado gradativamente o tratamento das
ITU (MIRELES, L e AL., 2015), (M., MONTEIRO e M. S., 2010)
O aumento da resistência global aos antibióticos e das taxas de recorrência
estimulou a exploração e avaliação de novas estratégias tratamentos
terapêuticos por componentes anti-adesivos. Como alternativa natural, a
ingestão de cranberries como frutas frescas ou secas, bem como produtos
derivados delas (ou seja, sucos, extratos etc.) tem sido amplamente
recomendada. O consumo de oxicoco tem sido indicado por ser eficaz na
redução da ocorrência e gravidade de ITUs em mulheres e para prevenir a
adesão de bactérias patogênicas no trato urinário (RODRIGUEZ-MATEOS,
VAUZOUR, et al., 2014) (KIMBLE, MATHISON, et al., 2014). Além disso,
também pode diminuir os sintomas relacionados à ITU, suprimindo as cascatas
inflamatórias como uma resposta imunológica à invasão de bactérias
(VASILEIOU, KATSARGYRIS, et al., 2013).
A crescente resistência dos uropatógenos tornou imperativo o
desenvolvimento de estratégias que reduzam a indução de resistência
bacteriana sem afetar a eficácia do tratamento. E como forma de prevenção, o
uso de vacinas na profilaxia das infecções urinárias pode ser uma alternativa
promissora (AR, B, et al., 2009).
Dentre as vacinas disponíveis ou em desenvolvimento tamo a OM-89 que
se trata de um extrato bacteriano formado por componentes extraídos de 18
cepas de E. coli uropatogênicas, com capacidade de estimular o sistema
imunológico do organismo por meio de diversos mecanismos. O composto é
comercializado na forma de cápsulas e é administrado por via oral (WB, A, et al.,
2005), (US e YH., 2008).
Assim como a SolcoUrovac que é uma vacina formada por 10 cepas de
bactérias uropatogênicas inativadas. Seis sorotipos de E. coli, bem como cepas
de Proteus mirabilis, Morganella morganii, Klebsiella pneumoniae e
19

Enterococcus faecalis, fazem parte da composição da vacina, que é


administrada na forma de supositórios vaginais. A eficácia da vacina foi
demonstrada na segunda fase de dois estudos independentes, que indicaram
que o SolcoUrovac pode ser uma alternativa aos esquemas profiláticos de
antibióticos em mulheres com infecções urinárias recorrentes. (WJ, J, et al.,
2007).
As evidências sugerem que as vacinas são uma estratégia promissora na
profilaxia de infecções do trato urinário, na medida em que demonstram ter
potencial antigênico e possuem capacidade de evocar imunidade protetora. Os
benefícios do uso clínico de vacinas em grupos específicos de pacientes com
ITU, tais como gestantes, crianças e naqueles com uso de cateter vesical, ainda
necessitam de avaliações controladas. Na ITU recorrente em mulheres jovens e
na pós-menopausa os resultados encontrados respaldam a utilização dessa
alternativa terapêutica (CARRARO e GAVA., 2012).
20

2. JUSTIFICATIVA

As Infecções do Trato Urinário (ITU) são uma das mais comuns infecções
bacterianas e podem causar maiores complicações a saúde quando não tratadas
adequadamente, sendo que não mais que 50% das mulheres adultas têm pelo menos
um episódio de ITU em suas vidas (FIGUEIRÓ-FILHO, 2009).
Foi relatado um aumento na literatura do número de microrganismos que causam
infecções do trato urinário. A resistência a medicamentos antimicrobianos nas
comunidades e hospitais é atribuída ao seu uso incorreto e indiscriminado, dificultando e
limitando as opções de tratamento (KORB et al., 2016).
No Brasil estima-se que 73% da população tenha contraído ITU, tal fator é
preocupante, pois essa infecção pode resultar em complicações como danos
permanentes aos rins, predisposição para complicações gestacionais e sepse (WL,
2015).
A reflexão acerca dos fatores de risco associados a infecção do trato urinário
(ITU) é essencial para que, dessa forma, seja exequível levantar e responder questões
acerca da temática apresentada, tendo em vista que este é um problema que acomete
muitas mulheres, principalmente no Brasil.
Partindo dessa premissa, descrever o perfil de sensibilidade das bactérias
causadoras de ITU relatados na literatura é um ponto relevante para elaborar diretrizes
sobre as consequências do uso indevido de antibióticos e, desta forma, ajudar a
minimizar a ocorrência de resistência bacteriana.
21

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Realizar uma revisão bibliográfica sobre infecção do trato urinário (ITU).

3.2 ESPECÍFICOS

 Descrever os fatores de riscos para o desenvolvimento das infecções do trato


urinário;

 Descrever as bactérias causadoras das infecções do trato urinário e o seu perfil


de resistência aos antimicrobianos.
22

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Tipo de estudo:


O presente estudo será elaborado a partir da revisão bibliográfica de forma
integrativa, este método baseado em quem é utilizado por ser capaz de sintetizar e
analisar o conhecimento científico gerado sobre a tema.

4.2. Coleta de dados:


As informações que serão utilizadas nesta pesquisa foram identificadas em
trabalhos científicos disponíveis e armazenados no periódico Public Medline
(Pubmed) e na Biblioteca virtual em saúde (BVS).
Para a localização de estudos que correspondam a questão abordada na
pesquisa serão definidos os seguintes descritores para a busca bibliográfica:
Infecção, trato urinário, Mulheres, fatores de risco, resistência bacteriana. Escritos
nos idiomas: português, inglês.

4.3. Critérios de inclusão:


Os critérios de inclusão serão: artigos científicos completos publicados nos
últimos dez anos (2010 a 2020). Os critérios de exclusão são: artigos científicos
incompletos ou que ultrapasse dez anos desde sua publicação (2010-2020).

4.4. Análise de dados:


A seleção dos dados da pesquisa e a análise de sua organização serão
realizadas em duas etapas. Primeiro, será pré-selecionado os estudos com base
nos critérios de inclusão e exclusão e descartados aqueles que não tiveram
concordância com o tema abordado após leitura seletiva.
Logo depois a coleta de dados, será feita a leitura do material e as informações
mais relevantes serão compiladas em um banco de dados com tópicos a fim de
incorporar o conhecimento sobre o tema pesquisado e elaborar o referencial
teórico.
23

5. CRONOGRAMA

2021 2022
Atividades Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Reunião com o X x X X x x x x
orientador
Pesquisa do X
tema
Revisão x X X
bibliográfica
Extração de x
dados
Apresentação e x
discussão dos
dados
Escrita do X x x x
trabalho
Entrega do x
trabalho
24

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