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Auditoria de TI para Concursos

Curso Teórico
Prof. Fábio Alves Aula 01

Aspectos Relevantes da Fase Interna

Bom pessoal, já falamos lá na aula 00 que o planejamento é o “princípio


de tudo” quando estivermos pensando em boas práticas para
contratações de TI. Quando digo isso não me refiro tão somente ao
planejamento da contratação propriamente dita, mas também aos
instrumentos que o antecedem e definem a estratégia do governo, o
Plano Estratégico do Estado.

Sendo assim, para iniciarmos nosso estudo sobre a fase interna vou
recorrer ao Art. 7º da 8.666/93, que no seu inciso 2º traz o seguinte:

Lei 8.666/93

Art. 7o (...)

§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

I - IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas


estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição
Federal, quando for o caso.

A Lei 8.666/93 faz uma tentativa de vincular os produtos das


contratações ao PPA. De qualquer forma, as boas práticas para
contratações de TI exigem a vinculação das contratações aos
instrumentos de planejamento estratégico, de governo, órgão e até da
própria TI (PETI, PGTIC, PDSTIC, Etc).

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Para ajudá-los a memorizar essa associação:

Em geral, os editais falam de “Aspectos Relevantes” da fase interna,


Projeto Básico e Estudos Preliminares. Como falei anteriormente, o
Projeto Básico (ou Termo de Referência) é o resultado da fase interna da
contratação (que é essencialmente uma fase de planejamento). Vamos
relembrar os “Estudos Técnicos Preliminares” e, mais à frente, falaremos
deles em detalhes de acordo com as “boas práticas” para aquisições de
TI.

Na seção II, Art. 6º, a lei geral de licitações define o que é Projeto Básico
(como vimos na aula 00) e, além disso, estabelece que este seja
elaborado com base nos “Estudos Técnicos Preliminares”. Tais estudos
preliminares devem, segundo a referida lei, assegurar a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do

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empreendimento. Além disso, devem possibilitar a avaliação do


custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

Pessoal, vou repetir!! Percebam que a lei nos diz exatamente o que são
os estudos preliminares que devem ser realizados para a elaboração de
um Projeto Básico. Percebam também que todas essas informações são
necessárias e devem figurar no documento denominado Projeto Básico
(ou Termo de Referência).

E mais uma vez a figura para que não esqueçamos:

Lembrem-se também da possibilidade de que sejam contratados serviços


técnicos especializados para a elaboração de tais estudos, conforme Art.
46 da Lei 8.666/93.

Agora que relembramos os principais pontos sobre os estudos técnicos


preliminares, veremos a seguir o planejamento da contratação como a
fase interna da licitação. Vocês perceberão que tais estudos estão
também no próprio planejamento da contratação, mas lembrem-se que,
para a Lei 8.666/93, os estudos técnicos preliminares antecedem a
elaboração do Projeto Básico (literalidade) e “tudo isso” faz parte do
planejamento da contratação em sentido mais amplo.

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Figura 1 - Macro Fluxo - Manual de Contratações de TI - MPOG

Observem que de cada um dos macroprocessos representados há um


artefato (documento) de entrada e um de saída (isto é um princípio
básico da definição de “processo”). Já já falaremos da etapa de
Planejamento que é o nosso assunto de hoje, mas primeiro vejamos
algumas definições importantes.

As boas práticas preconizam o estabelecimento de atores que irão


participar do processo de contratação de TI. Para nosso estudo, trago a
definição de “Ator” de Booch, Rumbaugh, e Jacobson (2005) que dizem
que: “Um ator representa um conjunto coerente de papéis que os
usuários do processo desempenham quando de sua execução.
Tipicamente, um ator representa um papel que uma entidade
desempenha durante a execução do processo. Neste contexto, um papel
é visto como um conjunto de atribuições, funções e/ou responsabilidades
que um ator possui.”

Além dos atores, as boas práticas definem também a denominação das


áreas que se envolvem no processo de contratações de bens e serviços
de TI na Administração. Vejamos agora uma relação destas definições
(áreas e atores):

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I - Área Requisitante da Solução: unidade do órgão ou entidade que


demande a contratação de uma Solução de Tecnologia da Informação;

II - Área de Tecnologia da Informação: unidade setorial ou seccional


do SISP, bem como área correlata, responsável por gerir a Tecnologia da
Informação do órgão ou entidade

III - Área Administrativa: unidades setoriais e seccionais do Sistema


de Serviços Gerais – SISG – com competência para planejar, coordenar,
supervisionar e executar as atividades relacionadas aos processos de
contratação.

IV – Área de Licitações: Órgão, área ou setor de uma Entidade da


Administração Pública contratante responsável pelas atividades
envolvidas no processo licitatório;

V - Equipe de Planejamento da Contratação: equipe responsável


pelo planejamento da contratação, composta por:

a) Integrante Técnico: Servidor representante da Área de


Tecnologia da Informação, indicado pela autoridade competente
dessa área, com conhecimento técnico relacionado à
Solução;

b) Integrante Administrativo: Servidor representante da área


administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área;

c) Integrante Requisitante: Servidor representante da Área


Requisitante da Solução, indicado pela autoridade competente
dessa área, com capacidade técnica relacionada à área de
negócio em que a mesma atua.

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VI – Contratada: Entidade provedora da Solução de Tecnologia da


Informação, vencedora do processo de Seleção do Fornecedor.

VII - Gestor do Contrato: servidor com atribuições gerenciais,


designado para coordenar e comandar o processo de gestão e
fiscalização da execução contratual, indicado por autoridade competente;

VIII - Fiscal Técnico do Contrato: Servidor representante da área de


Tecnologia da Informação, indicado pela autoridade competente dessa
área para fiscalizar tecnicamente o contrato;

IX - Fiscal Administrativo do Contrato: Servidor representante da


área administrativa, indicado pela autoridade competente dessa área
para fiscalizar o contrato quanto aos aspectos administrativos;

X - Fiscal Requisitante do Contrato: Servidor representante da área


requisitante da solução, indicado pela autoridade competente dessa área
para fiscalizar o contrato do ponto de vista funcional da Solução de
Tecnologia da Informação;

XI - Preposto: Representante da contratada, responsável por


acompanhar a execução do contrato e atuar como interlocutor principal
junto à contratante, incumbido de receber, diligenciar, encaminhar e
responder as principais questões técnicas, legais e administrativas
referentes ao andamento contratual;

XII – Comitê de Tecnologia da Informação: Grupo formado por


titulares das áreas finalísticas e da área de tecnologia da informação
para assegurar que seus membros estejam envolvidos nas questões e
decisões relevantes de Tecnologia da Informação, sendo permitida a

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delegação de competências, e instituído pela autoridade máxima do


órgão ou entidade.

É importante conhecer esses atores e qual é o papel de cada um deles


no processo de contratações de TI. Percebam que temos um total de 15
atores ou áreas envolvidas em um processo de contratação de TI. A
novidade na última versão do Guia de Boas Práticas em Contratações de
Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento foi a inclusão
dos atores: Área de Licitações, Contratada e Comitê de Tecnologia
da Informação. Sendo assim, sugiro atenção especial às funções
destes e mais especial ainda para o Comitê de TI, já que as bancas
adoram “uma novidade”. No âmbito Municipal em São Paulo, também
temos os Comitês!!

A ideia é que as decisões sobre os “rumos” de TIC em determinado


órgão ou entidade sejam tomadas por um colegiado e não apenas pelo
Secretário ou pelo responsável pela área de TIC.

Além dos atores e áreas, são definidos também os significados de


algumas expressões e artefatos utilizados no processo. Vamos a eles:

 Solução de Tecnologia da Informação conjunto de bens e


serviços de Tecnologia da Informação e automação que se
integram para o alcance dos resultados pretendidos com a
contratação;

 Requisitos conjunto de especificações necessárias para definir


a Solução de Tecnologia da Informação a ser contratada;

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 Documento de Oficialização da Demanda (DOD) documento


que contém o detalhamento da necessidade da área requisitante
da solução a ser atendida pela contratação;

 Estudo Técnico Preliminar documento que demonstra a


viabilidade técnica e econômica da contratação;

 Plano de Capacidade documento a ser elaborado pela entidade


prestadora dos Serviços Estratégicos de TI. Este documento
servirá de insumo para a confecção do Planejamento da
Contratação, contendo dados que permitam o detalhamento e
rateio dos custos da prestação de serviços e entidades
beneficiárias, a previsão do crescimento vegetativo do consumo de
recursos e insumos durante a vigência do contrato e a reserva
técnica para absorver possíveis crescimentos não previstos;

 Análise de Riscos – documento que contém a descrição, a análise


e o tratamento dos riscos e ameaças que possam vir a
comprometer o sucesso em todas as fases da contratação.

 Plano de Inserção documento que prevê as atividades de


alocação de recursos necessários para a contratada iniciar o
fornecimento da Solução de Tecnologia da Informação;

 Plano de Fiscalização – documento elaborado com base no


Modelo de Gestão que define o processo de fiscalização do
contrato. Deve conter a metodologia de fiscalização, os
documentos ou ferramentas e controles adotados, além dos
recursos materiais e humanos disponíveis e necessários à
fiscalização;

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 Lista de Verificação - documento ou ferramenta estruturada


contendo um conjunto de elementos que devem ser acompanhados
pelos Fiscais do contrato durante a execução contratual,
permitindo à Administração o registro e a obtenção de informações
padronizadas e de forma objetiva;

 Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Bens documento


utilizado para solicitar à contratada a prestação de serviço ou
fornecimento de bens relativos ao objeto do contrato;

 Modelo de Execução - modelo que contém a definição dos


procedimentos necessários e suficientes ao adequado fornecimento
da Solução de Tecnologia da Informação, por meio da definição dos
principais procedimentos de execução contratual;

 Modelo de Gestão - modelo que contém a definição dos


mecanismos necessários à gestão e à fiscalização da Solução de
Tecnologia da Informação, objetivando minimizar os riscos de falha
no fornecimento da Solução, por meio da definição de controles
adequados para os principais elementos que a compõe, levando-se
em consideração ferramentas, computacionais ou não, processos e
recursos

 Termo de Recebimento Provisório declaração formal de que


os serviços foram prestados ou os bens foram entregues, para
posterior análise das conformidades de qualidade baseadas nos
Critérios de Aceitação;

 Termo de Recebimento Definitivo declaração formal de que


os serviços prestados ou bens fornecidos atendem aos requisitos
estabelecidos no contrato;

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 Critérios de Aceitação parâmetros objetivos e mensuráveis


utilizados para verificar se um bem ou serviço recebido está em
conformidade com os requisitos especificados;

 Prova de Conceito - amostra a ser fornecida pelo licitante


classificado provisoriamente em primeiro lugar para realização dos
testes necessários à verificação do atendimento às especificações
técnicas definidas no Termo de Referência ou Projeto Básico;

 Gestão conjunto de atividades superiores de planejamento,


coordenação, supervisão e controle, relativas às Soluções de
Tecnologia da Informação que visam garantir o atendimento dos
objetivos do órgão ou entidade;

 Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI


instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e
processos de Tecnologia da Informação que visa atender às
necessidades tecnológicas e de informação de um órgão ou
entidade para um determinado período; e

 Serviços Estratégicos de Tecnologia da Informação -


conjunto de atividades de prestação de serviços, relacionadas aos
sistemas estruturantes e finalísticos dos órgãos e entidades, que
integram uma Solução de Tecnologia da Informação e cuja
execução envolve informações críticas quanto à confiabilidade,
segurança e confidencialidade, e cuja descontinuidade na
prestação dos serviços pode impactar as atividades dos órgãos ou
entidades.

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Pessoal, sei que a lista é extensa, mas considero importante


conhecermos estes termos, pois falaremos deles recorrentemente ao
longo das nossas próximas aulas.

A lista de artefatos mudou bastante em relação à versão anterior da


IN04. Vamos começar pelos “Estudos Técnicos Preliminares” que antes
se chamava “Análise de Viabilidade da Contratação”. Neste caso houve
“apenas” a mudança de nome e a definição permaneceu a mesma.
Penso que o objetivo da alteração foi alinhar a terminologia ao que dita a
Lei 8.666/93 que determina a realização exatamente de “Estudos
Técnicos Preliminares”.

Outra alteração que merece destaque foi retirada do “Plano de


Sustentação”, pois seus produtos passaram a ser produzidos em
atividades executadas dentro do “Estudo Técnico Preliminar”. Houve
também inclusão do “Plano de Capacidade”, mas apenas como um
insumo para o processo de planejamento da contratação. O plano de
capacidade se propõe a dar visão mais estratégia observando questões
como rateio de custos, crescimento vegetativo de consumo e insumos e
até de reserva técnica para imprevistos.

Além destas alterações, foram incluídos, o Plano de Fiscalização, a


lista de verificação, o Modelo de Execução, o Modelo de Gestão, a
definição de Serviços Estratégicos de Tecnologia da Informação e
a Prova de Conceito. Esta última merece destaque, pois se trata da
“Amostra” que consta, em geral, aparece nos editais de maneira
explícita. Neste ponto, sugiro cuidado, pois muitos órgãos executam
provas de conceito antes mesmo de licitar, mas para nós, a prova de
conceito é amostra que é fornecida pelo licitante classificado
provisoriamente em primeiro lugar para realização dos testes

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necessários à verificação do atendimento às especificações técnicas


definidas no Termo de Referência ou Projeto Básico. Teremos um tópico
específico para falarmos de amostras na aula 03.

Agora que já utilizei parte deste tópico para estabelecermos os conceitos


importantes, vamos falar da fase interna.

O planejamento da contratação é a principal parte da fase interna da


licitação. Vamos direto aos produtos que são gerados pela etapa de
planejamento de acordo com as melhores práticas. Para tanto, peço que
observem o fluxo a seguir:

Figura 2 - Planejamento da Contratação de Soluções de TI (PCTI)

Analisando o fluxo apresentado, percebemos que a fase de


planejamento é composta dos seguintes processos:

 Instituição da Equipe de Planejamento;


 Estudo Técnico Preliminar;
 Análise de Riscos; e

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 Termo de Referência ou Projeto Básico.

Percebam que esta “elaboração” depende dos processos anteriores.


Vejamos agora detalhes de cada um deles.

Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação

A instituição da equipe de planejamento, primeiro processo da fase


de planejamento da contratação, e é composta pelas seguintes
atividades:

 Enviar DOD;
 Avaliar o alinhamento ao PDTI;
 Enviar Solicitação de Atualização do PDTI ao Comitê;
 Indicar Integrante Técnico;
 Analisar DOD;
 Motivar o prosseguimento da contratação;
 Indicar Integrante Administrativo; e
 Instituir Equipe de Planejamento da Contratação;

Observem o fluxo a seguir e vejam também aos atores envolvidos


nesta etapa:

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Figura 3- Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação

O documento de oficialização da demanda (DOD) é enviado pela área


requisitante. A área de TI deve receber este documento verificar seu
alinhamento com o plano de TI (no âmbito municipal este plano é o
PDSTIC, como vimos na aula anterior). Caso não haja alinhamento, a
área de TI poderá enviar solicitação de alteração no PDSTIC ao Comitê
de TI. Após isto, há a indicação do integrante técnico e a área
administrativa também analisa o DOD e decide pelo prosseguimento ou
não da contratação. Caso a decisão seja pelo prosseguimento, deve-se
indicar o integrante administrativo que comporá a Equipe de
Planejamento.

Observem que a primeira coisa a ser feita é verificar se a demanda está


alinhada ao plano de TI, caso não esteja, o plano deverá ser atualizado
ou a contratação não será feita.

Vejam também que a constituição da equipe acontece “naturalmente” ao


longo da etapa. O DOD já vem com a indicação do integrante

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requisitante. A área de TI, após a verificação do alinhamento da


demanda com o plano de TI, indica o integrante técnico. Por fim, a área
administrativa, após decidir e motivar o prosseguimento da contratação,
indica o integrante administrativo. Lembre-se que a equipe de
planejamento da contratação é composta por pelo menos:

01 Integrante da Área de TI;


01 Integrante da Área Requisitante;
01 Integrante da Área Administrativa.

Estudos Técnicos Preliminares

O guia de boas práticas define “Estudo Técnico Preliminar” como sendo o


documento que demonstra a viabilidade técnica e econômica da
contratação. Não por acaso, na versão anterior do guia este processo
se chamava “Análise de Viabilidade a Contratação”.

Pessoal, a denominação mudou, mas o objetivo permanece o mesmo!


Além disto, a partir desta alteração, o guia passou a “falar a mesma
língua” que a lei geral de licitações, que como vimos, define que devem
ser realizados estudos técnicos preliminares para as contratações a
serem efetuadas pela administração pública. Mas percebam que, de
acordo com o guia de boas práticas, o estudo preliminar é “apenas” uma
das etapas da fase de planejamento da contratação. Vamos partir do
“mapa” a seguir para detalharmos melhor o estudo técnico preliminar
previsto no Guia de Contratações de TI do Poder Executivo.

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Figura 4 - Mapa mental - Estudo Téc. Preliminar

O estudo técnico preliminar se inicia com a definição e especificação das


necessidades de negócio. Esta atividade é realizada pelo integrante da
área requisitante e o integrante técnico (área de TI) e são levantadas as
informações das demandas potenciais dos gestores e usuários e as
soluções disponíveis no mercado. São analisados também projetos
similares realizados por outros órgãos da administração pública.

As soluções levantadas na primeira etapa são analisadas pelos


integrantes técnico e requisitante para verificar se alguma delas atende
aos requisitos definidos (necessidade de negócio). Depois disso, é feita
a análise do custo total de propriedade da solução (aquisição, insumos e
manutenção), para cada uma das soluções levantadas e analisadas. Esta
análise servirá de base para escolha da solução e sua respectiva
justificativa.

Em seguida a solução é escolhida e uma justificativa deve ser feita


contendo no mínimo:

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I. descrição sucinta, precisa, suficiente e clara da Solução de TI


escolhida, indicando os bens e serviços que a compõem;

II. alinhamento em relação às necessidades de negócio e aos


“macro requisitos” tecnológicos; e

III. identificação dos benefícios a serem alcançados com a solução


escolhida em termos de eficácia, eficiência, efetividade e
economicidade.

Uma vez escolhida e justificada a solução de TI a ser contratada, os


integrantes técnico e requisitante devem verificar se é necessária alguma
adequação para receber o objeto da contratação. Esta atividade é
denominada “Avaliar Necessidades de Adequação”. Esta avaliação
deve abranger:

a) infraestrutura tecnológica;
b) infraestrutura elétrica;
c) logística;
d) espaço físico;
e) mobiliário; e
f) outras que se apliquem.

As duas próximas atividades dos estudos técnicos preliminares o foco


está nos recursos materiais e humanos para que a solução seja
implantada e nos mecanismos que devem ser estabelecidos para
garantia da continuidade da solução de TI caso haja uma interrupção
contratual. Ambas as atividades são executadas pelos integrantes
técnico e requisitante. Quanto aos recursos materiais e humanos, devem
ser identificados, dentre os ativos e os processos organizacionais do

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órgão, aqueles recursos materiais e humanos que serão fundamentais


para a implantação da solução e continuidade do negócio da instituição.

Por fim, chegamos à análise de viabilidade. Com base nisso tudo, é


declarada a viabilidade ou não da contratação e o estudo técnico deverá
ser aprovado e assinado primeiro por quem o elaborou: Integrantes
técnico e requisitante e, se a contratação for declarada inviável ou tenha
orçamento superior a R$ 1,3 mi, o estudo técnico deverá ser avaliado e
assinado pela autoridade competente.

Vejamos o fluxo disso tudo como fica!

Figura 5 - Estudo Técnico Preliminar

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Análise de Riscos

Para realização da análise de riscos, devem ser identificados os riscos


que possam comprometer o sucesso da contratação e da gestão
contratual, além dos riscos de a Solução não alcançar os resultados que
atendam às necessidades da Contratante (requisitos).

Após a identificação, cada risco será relacionado aos potenciais danos


(impacto) que podem causar, bem como probabilidade de ocorrência de
cada evento.

Em seguida, devem ser definidas ações de prevenção (mitigação) e/ou


contingência para cada risco e os responsáveis por estas ações.

Sobre o processo de análise de riscos, cabem ainda 02 observações


relativamente fáceis de gravar e que podem ser úteis na prova:

1) A análise de riscos permeia todas as etapas da fase de


Planejamento da Contratação e será consolidada no documento
final Análise de Risco;

2) A análise de riscos é realizada pela Equipe de Planejamento da


Contratação.

Vale a pena vermos as atividades que são executadas neste processo:

 Identificar Riscos que Comprometem o Sucesso;


 Identificar Riscos de Não Atendimento das Necessidades;
 Identificar Probabilidade de Ocorrência;
 Identificar Danos Potencias;
 Definir Ações de Prevenção;

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 Definir responsáveis;
 Definir Ações de Contingência;
 Definir responsáveis;
 Consolidar Informações;
 Avaliar Análise de Risco.

Todas as atividades de análise de riscos são de responsabilidade da


Equipe de Planejamento da Contratação, e não de um integrante ou
outro, mas de toda a equipe.

Termo de Referência ou Projeto Básico

O termo de referência ou projeto básico é o resultado da fase de


planejamento. Vamos detalhar esta etapa. De acordo com o guia de
melhores práticas, as seguintes atividades devem ser executadas para
que o Termo de Referência ou Projeto Básico seja produzido:

 Definir Objeto;
 Justificar e Descrever a Solução de TI;
 Definir Requisitos;
 Especificar Requisitos;
 Definir Responsabilidades;
 Elaborar Modelo de Execução;
 Elaborar Modelo de Gestão;
 Elaborar Estimativa de Preços;
 Elaborar Adequação Orçamentária;
 Elaborar Cronograma Físico-Financeiro
 Definir Regime de Execução;
 Definir o parcelamento da Solução de TI;
 Avaliar Necessidade de Separar Licitações;

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 Estabelecer Discriminação dos Itens nas Propostas;


 Estabelecer Critérios para Seleção do Fornecedor;
 Definir Participação de Consórcios e/ou Subcontratação;
 Avaliar Necessidade de Audiência ou Consulta Pública;
 Aprovar e Assinar Termo de Referência/Projeto Básico.

Vejamos como essas atividades ficam no fluxo:

Figura 6 - Termo de Referência / Projeto Básico

Percebam que todas as atividades são executadas pela equipe de


planejamento, exceto a aprovação e assinatura do PB ou TR que é
realizada pela autoridade competente. Vamos ver agora o que a
8666/93 fala sobre esta etapa e vocês poderão verificar que o guia e a
lei “combinam” em vários pontos, mas o guia acaba por prever mais
atividades e informações do que a lei.

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De acordo com a Lei 8.666/93, o Projeto Básico (PB) deve ser elaborado
após aprovação dos estudos técnicos preliminares. Isto é assim por que
com a aprovação dos estudos técnicos preliminares temos a viabilidade
da contratação formalizada e é neste momento, que de acordo com a
referida lei, devemos iniciar a elaboração do PB.

Já falamos que nenhuma licitação, mesmo nos casos previstos de


dispensa ou inexigibilidade, poderá ser realizada sem o devido
planejamento ou sem os estudos preliminares. Da mesma maneira,
nenhum certame poderá ocorrer sem um projeto básico (ou termo de
referência). E até mesmo nos casos de contratações de empresas
públicas ou adesão à ata de registro de preços o agente público tem a
obrigação de executar tais procedimentos e documentar a viabilidade da
contratação.

Neste sentido, o termo de referência ou o projeto básico deve conter os


elementos necessários e suficientes que caracterizem claramente o
objeto da contratação. Além disso, deve ficar claro como o será
executado, gerenciado, fiscalizado e quais produtos serão entregues em
cada uma das fases (se houver). Para atingir este objetivo, de acordo
com a lei e os entendimentos atuais, temos os seguintes itens como
sendo o conteúdo mínimo de um TR ou PB:

Item Definição
Deve indicar, de modo sucinto, preciso, suficiente e claro, o
meio pelo qual uma necessidade da Administração deverá
Definição do Objeto ser satisfeita, vedadas especificações excessivas,
irrelevantes ou desnecessárias que limitem a competição.
Deve explicitar de modo conciso, mas completo, o que a
Administração deseja contratar.
Diversos dos elementos que embasaram a decisão de
Fundamentação da efetuar a contratação. A inclusão da fundamentação da
contratação no termo de referência ou projeto básico
contratação confere maior transparência à contratação, embora não seja
obrigatória.
Descrição da A solução de TI concebida deve incluir todos os elementos

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A definição das responsabilidades da contratante, da contratada e


também deverá constar no TR ou PB. O conteúdo mínimo para as
obrigações cada um dos envolvidos:

Para a contratante:

 Nomear Gestor e Fiscais Técnico, Administrativo e


Requisitante do contrato para acompanhar e fiscalizar a
execução dos contratos, conforme o disposto no art. 30 desta
IN;
 Encaminhar formalmente a demanda,
preferencialmente por meio de Ordem de Serviço ou
Fornecimento de Bens, de acordo com os critérios
estabelecidos no Termo de Referência ou Projeto Básico;
 Receber o objeto fornecido pela contratada que esteja
em conformidade com a proposta aceita;
 Aplicar à contratada as sanções administrativas
regulamentares e contratuais cabíveis, comunicando ao
órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, quando se
tratar de contrato oriundo de Ata de Registro de Preços;
 Liquidar o empenho e efetuar o pagamento à contratada,
dentro dos prazos preestabelecidos em Contrato;
 Comunicar à contratada todas e quaisquer ocorrências
relacionadas com o fornecimento da Solução de Tecnologia da
Informação;
 Definir produtividade ou capacidade mínima de
fornecimento da Solução de Tecnologia da Informação por

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parte da contratada, com base em pesquisas de mercado,


quando aplicável;
 Realizar, no momento da licitação e sempre que
possível, diligências e/ou Prova de Conceito com o
licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar,
para fins de comprovação de atendimento das especificações
técnicas, exigindo, no caso de fornecimento de bens, a
descrição em sua proposta da marca e modelo dos bens
ofertados;
 Prever que os direitos de propriedade intelectual e
direitos autorais da Solução de Tecnologia da
Informação sobre os diversos artefatos e produtos
produzidos ao longo do contrato, incluindo a
documentação, o código-fonte de aplicações, os modelos de
dados e as bases de dados, pertençam à Administração,
justificando os casos em que isso não ocorrer.

Para a contratada:

 Indicar formalmente preposto apto a representá-la junto à


contratante, que deverá responder pela fiel execução do
contrato;
 Atender prontamente quaisquer orientações e
exigências do fiscal do contrato, inerentes à execução do
objeto contratual;
 Reparar quaisquer danos diretamente causados à
contratante ou a terceiros por culpa ou dolo de seus
representantes legais, prepostos ou empregados, em

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decorrência da relação contratual, não excluindo ou


reduzindo a responsabilidade da fiscalização ou o
acompanhamento da execução dos serviços pela
contratante;
 Propiciar todos os meios e facilidades necessárias à
fiscalização da Solução de Tecnologia da Informação pela
contratante, cujo representante terá poderes para sustar o
fornecimento, total ou parcialmente, em qualquer tempo,
sempre que considerar a medida necessária;
 Manter, durante toda a execução do contrato, as mesmas
condições da habilitação;
 Quando especificada, manter, durante a execução do
Contrato, equipe técnica composta por profissionais
devidamente habilitados, treinados e qualificados para
fornecimento da Solução de Tecnologia da Informação;
 Manter a produtividade ou a capacidade mínima de
fornecimento da Solução de Tecnologia da Informação
durante a execução do contrato;
 Fornecer, sempre que solicitado, amostra para realização
de Prova de Conceito para fins de comprovação de
atendimento das especificações técnicas; e
 Ceder os direitos de propriedade intelectual e direitos
autorais da Solução de Tecnologia da Informação sobre os
diversos artefatos e produtos produzidos ao longo do
contrato, incluindo a documentação, os modelos de dados e
as bases de dados, à Administração.

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Percebam que a “separação” da maioria destas responsabilidades


entre contratante e contratada é bastante intuitiva.

O TR ou PB deverá conter ainda o modelo de execução e o modelo


de gestão do contrato. O modelo de execução do contrato
deverá conter as condições necessárias para o fornecimento
da Solução de Tecnologia da Informação. É importante que vocês
saibam que neste modelo de execução, entram informações como:
as rotinas de execução, processos e procedimentos a serem
adotados, prazos, horários, locais, papéis e responsabilidades,
documentação mínima exigida, padrões a serem seguidos (modelos
de desenvolvimento de software, por exemplo), estimativa de
volume dos serviços ou bens, definição dos mecanismos de
comunicação, forma de pagamento e os termos de compromisso e
ciência.

Já o modelo de gestão, é definido a partir do modelo de execução


e deve trazer as condições para gestão e fiscalização do
contrato e, sempre que possível, considerar os critérios de
aceitação dos produtos e/ou serviços entregues (métricas,
indicadores e SLAs), procedimentos de testes e inspeção, fixação
dos valores e procedimentos para retenção ou glosa no pagamento,
definição das sanções administrativas e o procedimento para
emissão de nota fiscal e pagamento.

A análise de riscos deve ser observada para a construção do


modelo de gestão, conforme parágrafo único do Art. 20 (isto está
representado no fluxo que vimos no início do tópico).

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As estimativas de preço, bem como a adequação


orçamentária e o cronograma físico-financeiro também
devem constar no TR ou PB. Sobre a estimativa de preços, é
importante sabermos que estimativa de preço da contratação
deverá ser realizada pelos Integrantes Administrativo e Técnico.
Esta estimativa servirá como insumo para a elaboração do
orçamento detalhado e deve ser composta por preços unitários e
fundamentada em pesquisa no mercado, a exemplo de
contratações similares, valores oficiais de referência, pesquisa
junto a fornecedores ou tarifas públicas.

Quanto à adequação orçamentária e ao cronograma físico-


financeiro, temos que estes são elaborados pelos Integrantes
Requisitante e Técnico. A adequação orçamentária deve conter
a estimativa do impacto econômico-financeiro da
contratação para o órgão e a indicação da fonte dos
recursos. Já o cronograma físico-financeiro deverá trazer o
cronograma de execução física e financeira, contendo o
detalhamento das etapas ou fases da Solução a ser contratada,
com os principais serviços ou bens que a compõe, e a previsão de
desembolso para cada uma delas.

Para finalizarmos o conteúdo de um TR ou PB, falta apenas


citarmos a necessidade de definição do regime de execução do
contrato de acordo com o inciso VIII do art. 6° da Lei 866/93 e a
necessidade de definição dos critérios técnicos para julgamento
das propostas (quando for o caso).

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Pessoal, as possibilidades de regimes de execução, de acordo com


a Lei geral de licitações são:

 Empreitada por preço global (L8666/93, Art. 6º, VIII,


“a”) - Aquele em que se define em detalhes o que deve ser
feito e o seu custo total é conhecido na fase de licitação. Seu
pagamento, no entanto, pode ser feito de forma parcelada. A
licitação ocorre em cima do valor do projeto inteiro, embora
existam pagamentos intermediários. Por exemplo:

Projeto A = R$ 500,00 preço global, onde seu pagamento


acontecerá nas condições a seguir:
Produto A prazo de entrega de 30 dias = R$ 150,00

Produto B prazo de entrega de 60 dias = R$ 200,00


Produto C prazo de entrega de 90 dias = R$ 150,00

 Empreitada por preço unitário (L8666/93, Art. 6º, VIII,


“b”) - Aquele em que se contrata por preço certo de unidade
demandada, onde ao longo da contratação vários projetos
serão realizados, porém cada um deles não é completamente
conhecido na fase de licitação, no entanto, o método, ou seja,
cada uma das etapas para realização destes projetos é
conhecida e definida em detalhes. O tamanho ou custo de
cada um dos projetos será definido com base em métrica que
determinará o valor previsto de cada etapa. Como algumas
características, para a realização das etapas, podem variar ao
longo do tempo, por razões diversas, o custo final do projeto
pode variar, para cima ou para baixo. A presença de uma

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planilha de custos unitários permite a realização de aditivos a


fim de viabilizar a conclusão das etapas/projetos visto que o
preço de cada componente é conhecido.

Exemplo: Contratação de serviços de desenvolvimento ou


manutenção de sistemas com escopo aberto pago por ponto
de função.

 Regime de execução por Tarefa (L8666/93, Art. 6º,


VIII, “d”) - Aquele em que se ajusta mão-de-obra para
pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais observando o disposto na Lei
8.666/93. (L8666/93, Art. 23, II, “a” e §único)

Exemplo: Serviço de pintura de sala com o fornecimento de


material

 Empreitada integral (L8666/93, Art. 6º, VIII, “e”) -


Aquele em a empresa assume totalmente, completamente,
integramente as responsabilidades pelos serviços finais. Toda
a parte de fiscalização, acompanhamento dos serviços é feita
por ela sozinha, cabendo a Contratante um gerenciamento e
fiscalização de natureza administrativa. O pagamento
acontece mediante a comprovação do resultado final, ou seja,
se está funcionando ou não, se atende ou não aos objetivos.

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Exemplo: Construção de um prédio que deverá ser entregue


no ponto em que possibilite a contratante colocar em
operação suas atividades.

Quanto à definição dos critérios técnicos para julgamento das


propostas, temos que esta é realizada pelo integrante técnico.
Transcrevo a seguir o Art. 25 da IN04 que trata o assunto, pois
está é também o entendimento do Tribunal de Contas da União –
TCU.

“Art. 25. A definição, pelo Integrante Técnico, dos critérios técnicos


de julgamento das propostas para a fase de Seleção do
Fornecedor, deverá observar o seguinte:

a) a utilização de critérios correntes no mercado;


b) a possibilidade de considerar mais de um atestado relativo ao
mesmo quesito de capacidade técnica, quando necessário para a
comprovação da aptidão;
c) a vedação da indicação de entidade certificadora, exceto nos
casos previamente dispostos em normas do governo federal;
d) a vedação de pontuação com base em atestados relativos à
duração de trabalhos realizados pelo licitante;
e) a vedação de pontuação progressiva de mais de um atestado
para o mesmo quesito de capacidade técnica; e
f) a justificativa dos critérios de pontuação em termos do benefício
que trazem para a contratante.”

Percebam que devem ser utilizados critérios atuais de mercado.


Além disso, a norma dá bastante atenção aos atestados e

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certificados. Nestes casos, a contratante deve verificar e exigir, se


for necessário, mais de um atestado para comprovar uma
única capacidade necessária para execução do contrato. Mas...
fiquem atentos!! É vedado pontuar uma proposta técnica com
base na duração dos trabalhos realizados pelas empresas
participantes da licitação.

É vedada também a indicação de entidade certificadora, mas


existem exceções que precisam sempre ser justificadas. Por
exemplo: Se o órgão decidir que precisa contratar uma empresa
certificada MPS.BR vai ter de justificar muito bem, porque não
aceitar, por exemplo, uma certificação CMMI! Ficou claro? Isto é o
que está assente na jurisprudência atual sobre o tema, mas se
houver uma questão sobre isso na prova, busquem a literalidade
como resposta, ok? Sobre este ponto ainda, temos o seguinte
trecho: “...exceto nos casos previamente dispostos em normas do
governo federal”. Pessoal, este trecho se refere, por exemplo às
certificações do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia.

Depois temos a vedação de pontuação progressiva de mais de um


atestado para o mesmo quesito! “Mas professor...ainda agora você
disse que Órgão deve considerar a possibilidade de exigir mais de
um atestado para um único quesito e agora tá dizendo é vedado
pontuar! ”

Exatamente!!! Perceba que há a possibilidade de exigência de mais


de um atestado para comprovar determinada habilidade,
experiência ou competência do licitante, mas é vedado pontuar

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progressivamente atestados que se referem a um mesmo quesito


(ou exigência).

Para sacramentarmos o assunto, ressalto apenas que os critérios


de pontuação devem, obviamente, ter relação direta com a boa
execução contratual, minimização de riscos e buscam, em geral,
trazer certa garantia de que o objeto da contratação será entregue
com a qualidade necessária. Neste sentido, tais critérios devem
ser justificados considerando os benefícios que estes trazem
para o contrato e consequentemente para o órgão que está
contratando a solução de TI.

Bom... assim terminamos a fase de planejamento que, como vimos


é composta por 04 etapas:

 Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação;


 Estudo Técnico Preliminar da Contratação;
 Análise de Riscos; e
 Termo de Referência ou Projeto Básico.

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§ 2 Na execução de obras e serviços e nas compras de bens,


parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto
de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação
distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto
em licitação.

Pessoal, vejam que pode haver duas formas de parcelamento. Pode a


administração realizar licitações distintas, ou fazer uma só licitação de
vários itens da solução de TI e efetuar a adjudicação por itens.
Observem que, caso a administração opte por realizar licitações
distintas, a adjudicação será global em cada uma dessas licitações.

Para ilustrar, tomemos como exemplo uma solução de TI a ser


contratada para determinada área de desenvolvimento de sistemas. A
solução é composta por: Serviços de desenvolvimento de sistemas,
análise e aferição de pontos de função1 e execução testes de sw. Pois
bem! Pode a contratante executar licitações distintas para cada uma da
“parcela da solução”, de tal maneira que a vencedora do certame cujo
objeto é “Execução de Testes de SW” teria o objeto adjudicado de
maneira global (claro....só tinha ele nessa licitação).

Por outro lado, a contratante pode realizar uma única licitação e efetuar
a adjudicação por item (cada uma das parcelas da solução). Neste caso,
de acordo com a legislação, não seria possível uma adjudicação global,
já que esta tornaria sem efeito o parcelamento da solução realizado
anteriormente.

1 Análise de Pontos de Função (APF) é uma técnica para a medição de projetos de desenvolvimento de
software, visando a estabelecer uma medida de tamanho, em Pontos de Função (PF), considerando a
funcionalidade implementada, sob o ponto de vista do usuário. A medida é independente da linguagem de
programação ou da tecnologia que será usada para implementação.

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uma adjudicação por item ou global é a decisão da Administração quanto


ao parcelamento (ou não) da solução a ser adquirida.

Ademais, repito: o Parcelamento é a regra e em alguns casos não há


como não ser feito. Retomando o exemplo anterior, imagem uma
adjudicação global incluindo todos os serviços que compõem a solução
de TI. Poderia a mesma empresa que desenvolve o software também
ser a responsável pelos testes de qualidade deste mesmo software, bem
como pela aferição dos pontos de função (tamanho do SW resulta no
valor a ser pago por ele) ? Não né pessoal! Isso não teria o menor
cabimento. Por isso, até mesmo quando a empresa contratada for a
PRODAM em situação similar à descrita, esta solução deverá ser
parcelada.

Sobre este assunto e para ilustrar melhor este argumento, relembremos


que nos diz o Art. 5º do Decreto 55.005:

“Art. 5° A PRODAM, em relação aos órgãos e entidades da Administração


Pública Municipal, por solicitação do Órgão Central do Sistema Municipal
de Tecnologia da Informação e Comunicação ou determinação do
Conselho Municipal de Tecnologia da Informação e Comunicação -
CMTIC, procederá:
(...)
III - à auditoria de desempenho e dos níveis de qualidade dos
bens adquiridos e serviços contratados, salvo quando contratados
com a própria PRODAM.”

Percebam como as coisas, neste caso, começam a “se encaixar”! É isso


que eu preciso que vocês façam ao longo do nosso estudo. Montem
“links lógicos” entre os instrumentos que estamos estudando, pois em

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 Como os investimentos em TI têm um risco muito alto, é preferível


transferi-los;

Geralmente, as soluções de terceirização levam a uma redução de


custos, mas isto não se trata de uma verdade absoluta, pois a
terceirização nem sempre é melhor opção do que a solução interna.
Além disso, a terceirização nem sempre é total, podendo ser parcial e
até mesmo adotando a estratégia de não terceirizar.

Como vimos, a ideia é que a administração recorra, sempre que possível,


à execução indireta para a realização material das tarefas. O objetivo é
que a Administração (seus servidores) se preocupe com as atividades de
planejamento, controle, coordenação e supervisão.

Tudo isso está previsto no DL 200/67, aplicável à Administração Pública


Federal, mas de certo modo, extensível a todas as esferas e tem sido o
entendimento de diversas cortes de contas.

A execução indireta (terceirização de serviços) deverá ser realizada


mediante contrato. É o exemplo de serviços de desenvolvimento de SW
por empresa contratada para este fim. Mas observem que as atividades
de gestão, controle, coordenação e supervisão não podem ser
terceirizadas.

Além disso, de acordo com as boas práticas e vasta jurisprudência, não


podem ser objetos de contratação:

 Mais de uma Solução de Tecnologia da Informação em um único


contrato; e
 Gestão de processos de Tecnologia da Informação, incluindo
gestão de segurança da informação.

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O suporte técnico aos processos de


planejamento e avaliação da qualidade das
Soluções de Tecnologia da Informação poderá
ser objeto de contratação, desde que sob supervisão exclusiva de
servidores do órgão ou entidade.

Outro ponto importante sobre a contratação de serviços é o fato que a


administração deve se abster de contratar “postos de trabalho”,
conforme transcrição abaixo, extraída do Acórdão 265/2010-TCU:

“Abstenha-se de contratar por postos de trabalho, evitando a mera


alocação de mão de obra e o pagamento por hora trabalhada ou por
posto de serviço, dando preferência ao modelo de contratação de
execução indireta de serviço baseado na prestação e na remuneração de
serviços mensuradas por resultados sempre que a prestação do serviço
puder ser avaliada por determinada unidade quantitativa de serviço
prestado ou por nível de serviço alcançado...”

O que a legislação e boas práticas “mandam” é que as contratações


remunerem o fornecedor somente após a entrega dos resultados
esperados, seja lá qual for o modelo de remuneração (remuneração por
esforço (homem hora) ou remuneração por produto)

Pessoal, há muito tempo (nem tanto assim vai...) a administração está


impedida de contratar por postos de trabalho, fazendo com que seja
cada mais raro o pagamento por hora trabalhada (homem hora) ou por
posto de trabalho ocupado.

A legislação atual obriga que a administração remunere seus contratados


pelos resultados que forem obtidos e/ou por determina unidade
quantitativa que de serviço prestado, como por exemplo, a remuneração

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de serviços de desenvolvimento de sistemas baseada em Pontos de


Função (PF).

Agora observem como, em um único contrato, podemos “amarrar” a


remuneração em tamanho mensurável (quantitativamente), produtos
entregues (remuneração por produto) e níveis de serviço (TNS –
Terceirização por Níveis de Serviço). No exemplo dos serviços de
desenvolvimento de sistemas, a administração somente pagará o que for
medido em pontos de função (unidade quantitativa). Além disso, um
processo de desenvolvimento de SW gera alguns produtos ao longo do
caminho, como por exemplo, especificações, códigos, manuais, etc. Se
no contrato estiver estabelecido que a administração pagará, uma
quantidade X de pontos de função por produto (ou conjunto de produtos)
entregues e aprovados, estamos falando de pagamentos a serem
realizados com base em unidades quantitativas (pontos de função) e por
resultados alcançados (produtos entregues). Agora, não satisfeita, a
administração pode (e deve) estabelece níveis mínimos de serviço.
Digamos que, no exemplo em voga, a contratada deverá “entregar” Y
pontos de função em determinado prazo (ou com determinada
qualidade), caso não o faça, haverá uma redução de 10% no valor do
ponto de função para o pagamento da demanda em atraso.

Esse é o melhor dos mundos. Há uma mensuração quantitativa do


serviço prestado, os pagamentos são realizados em contrapartida a
produtos entregues e os níveis de serviço são aplicados e influenciam no
valor pago.

Mas observem que, de acordo com o final do trecho transcrito, permite-


se também que a remuneração do contrato seja realizada tão somente
nos níveis mínimos de serviço contratuais. É a terceirização por níveis
de serviço. Isto começa a ocorrer em alguns Ministérios aqui em

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Brasília, principalmente em serviços voltados à infraestrutura e a


operações de TI. Nestes casos, estabelece-se um nível mínimo de
disponibilidade de um link, por exemplo. Caso este nível seja mantido
pela contratada em determinado mês, o valor mensal previsto em
contrato será pago sem nenhuma redução, caso contrário (nível de
serviço não atingido) haverá redução (em geral progressivo = quanto
menor o nível de serviço atingido, maior o desconto) do valor a ser pago.

Ainda sobre a terceirização por níveis de serviço,


trago um trecho de um artigo3 publicado pelo
SERPRO – Serviço Federal de Processo de Dados.
Este entendimento já foi utilizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC
em prova.

“Temos no Brasil uma singular experiência no setor público, onde a


prática da terceirização desvirtuou-se a tal ponto que alcançamos uma
quase-unanimidade a seu respeito: como está não atende aos propósitos
do Estado. Declarações recentes de líderes do Ministério do
Planejamento e do Tribunal de Contas da União indicam claramente a
insatisfação e os riscos envolvidos com o modelo atual. A forma
encontrada até hoje para suprir a necessidade de serviços, pela
contratação de mão-de-obra terceirizada constitui uma ameaça à boa
gestão pública, tanto pela ausência de garantias de qualidade dos
serviços, quanto pela baixa eficiência dos métodos de contratação de
empregados. Hoje, terceirização no setor público brasileiro é sinônimo de
contratação de "cabeças" e homens-hora, modalidades que não
proporcionam ao administrador público a melhor gestão dos serviços
executados.

(...)

3 http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/tema/173/materia12.htm

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Duas alternativas devem ser consideradas: a Terceirização por Níveis de


Serviço - TNS e a Parceria Público-Privada - PPP.

Estas formas de terceirização – TNS e PPP – poderão proporcionar ao


Estado brasileiro avanços significativos em qualidade e eficiência de
serviços, de forma extremamente transparente. Tomando como exemplo
as operações de Tecnologia de Informação, que possuem inúmeros casos
de sucesso em TNS no setor governamental no Brasil e ao redor do
mundo, observamos as seguintes razões para a terceirização por níveis
de serviço:

Em primeiro lugar, pela urgência; o ritmo ditado pela economia digital


demanda respostas muito mais rápidas do que outrora e os órgãos
públicos não podem manter níveis de sobre-capacidade (ineficiência) em
suas estruturas de TI para atender a estas situações;

Em segundo lugar pela complexidade e diversidade tecnológica; embora


seja mais acessível, a tecnologia de informação atual demanda um
conjunto crescente de peças efêmeras e de complexo acoplamento
exigindo um contínuo e variado desenvolvimento de capacitações
internas, sempre lento e difícil;

Em terceiro lugar pela escassez de recursos humanos qualificados;


especificamente para a área de tecnologia, contamos com um déficit
estrutural de pessoal qualificado em um setor cujo mercado de trabalho
é bastante competitivo;

Em quarto lugar pela cobrança social; os cidadãos estão cada vez mais
conscientes da relação impostos versus ofertas de serviços públicos,
tornando-se mais exigentes pela qualidade dos serviços prestados pelo

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governo, não importando se estes serviços são prestados diretamente


pelo Estado ou através de uma empresa contratada para tal, desde que
estas empresas produzam resultados concretos e facilitem as suas
vidas.”

Se temos uma regra, temos uma exceção. A


prestação de serviços baseada em postos de
trabalho é autorizada excepcionalmente, desde
que seja plenamente justificado e remunerado por resultados. Do
contrário, configura terceirização ilegal. Peço atenção ainda para a
terceirização por níveis de serviço (TNS) que parece ser uma tendência
atual as áreas de TI com maior nível de maturidade (governança).
Nestes casos, resumidamente, temos um contrato, em geral de
operações de serviços de TI, cuja remuneração contratual é baseada nos
níveis de serviço atingidos. Simploriamente falando, neste tipo de
contrato há um valor de remuneração mensal previsto para a prestação
do serviço. Caso os níveis de serviços contratuais não sejam atingidos
pelo contratado em determinado período, o valor a ser pago será menor.

Vedações previstas no Manual de Licitações e Contratos do TCU:

1) indexação de preços contratados por índices gerais, setoriais ou que


reflitam a variação de custos em contratos com duração inferior a um
ano;
2) caracterização do objeto exclusivamente como fornecimento de mão-
de-obra;
3) previsão de reembolso de salários pelo contratante;
4) subordinação dos empregados do contratado à Administração.

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Sendo assim, um termo de referência para contratações de serviços


(inclusive serviços de TI) não pode conter previsão de indexação de
preços em contratos inferiores a um ano, não deve caracterizar a
contratação pura de mão-de-obra como objeto do contrato. Além disto,
não pode prever reembolso de salários a ser realizado pela contratante e
é vedada também a subordinação direta dos empregados terceirizados
junto à administração.

Não importam as características dos serviços


contratados ou das métricas utilizadas para o
cálculo do valor a ser pago, a remuneração do
fornecedor deverá estar sempre vinculada aos
resultados previstos no edital, seja sob a forma de produtos a serem
entregues ou sobre o esforço.

Assim fechamos a Fase Interna! Vamos ao nosso resumo!

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 O Projeto Básico (ou Termo de Referência) é o resultado da fase


interna da contratação (que é essencialmente uma fase de
planejamento).

 As contratações de TI são divididas em:

o Planejamento da Contratação;
o Seleção do Fornecedor; e
o Gestão do Contrato.

 A fase de planejamento é composta dos seguintes processos:

 Instituição da Equipe de Planejamento;


 Estudo Técnico Preliminar;
 Análise de Riscos; e
 Termo de Referência ou Projeto Básico.

 A equipe de planejamento da contratação é composta por pelo


menos:

 01 Integrante da Área de TI;


 01 Integrante da Área Requisitante;
 01 Integrante da Área Administrativa.
 Conteúdo de um TR ou PB:

Item Definição
Deve indicar, de modo sucinto, preciso, suficiente e claro, o
meio pelo qual uma necessidade da Administração deverá
Definição do Objeto ser satisfeita, vedadas especificações excessivas,
irrelevantes ou desnecessárias que limitem a competição.
Deve explicitar de modo conciso, mas completo, o que a

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Administração deseja contratar.


Diversos dos elementos que embasaram a decisão de
Fundamentação da efetuar a contratação. A inclusão da fundamentação da
contratação no termo de referência ou projeto básico
contratação confere maior transparência à contratação, embora não seja
obrigatória.
A solução de TI concebida deve incluir todos os elementos
necessários para, de forma integrada, gerar os resultados
Descrição da pretendidos para atender à necessidade da contratação.
Se a solução for dividida em parcelas que possam ser
solução de TI como contratadas separadamente, o objeto da contratação que
estiver sendo planejada constitui, na verdade, uma parte da
um todo solução de TI idealizada. Em outras palavras, neste caso, o
objeto da contratação é uma parte de uma solução de TI
mais abrangente.
Requisitos da São os requisitos que a solução contratada deverá atender,
incluindo os requisitos mínimos de qualidade, de modo a
contratação possibilitar a seleção da proposta mais vantajosa mediante
competição.
Modelo de execução Trata de como o contrato deverá produzir os resultados
pretendidos, desde o seu início até o seu encerramento. O
do objeto modelo de execução do objeto também pode ser
denominado “modelo de prestação de serviços”.
O modelo de gestão do contrato descreve como a execução
Modelo de gestão do objeto será fiscalizada pelo órgão, mediante servidor
especialmente designado para representar a Administração,
do contrato embora seja permitida a contratação de terceiros para
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa
atribuição.
Forma como o fornecedor é escolhido, seja por uma
Forma de seleção licitação, seja por uma contratação direta (dispensa ou
ine igibilidade de licitação). Se for por licitação, há
do fornecedor modalidades (e.g. pregão e concorrência) e tipos (e.g.
“menor preço” e “técnica e preço”).
Critérios de seleção são o meio de diferenciar as propostas
Critérios de seleção apresentadas e fazer sobressair a proposta mais vantajosa
para a Administração, respeitando o princípio da isonomia
do fornecedor entre as licitantes. As informações desse item serão
fundamentais para a elaboração do edital de licitação.
Consiste na pesquisa e definição dos preços estimados de
Estimativas dos uma determinada contratação. As licitações públicas
somente poderão ser efetivadas após estimativa prévia do
preços seu preço, que deve obrigatoriamente ser juntada ao
processo de contratação.
Adequação É necessário verificar se há orçamento disponível para a
contratação. A indisponibilidade orçamentária frente aos
orçamentária valores estimados pode levar o órgão a concluir pela
inviabilidade da contratação.

 A adjudicação é ato pelo qual a Administração atribui ao licitante


vencedor o objeto da licitação.

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 TCU: É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por


preço global, nos editais das licitações para a contratação de
obras, serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível.

 A terceirização de serviços na administração pública é uma ação


incentivada em determinados casos. A ideia é que a administração
recorra, sempre que possível, à execução indireta para a realização
material das tarefas.

 O suporte técnico aos processos de planejamento e avaliação da


qualidade das Soluções de Tecnologia da Informação poderá ser
objeto de contratação, desde que sob supervisão exclusiva de
servidores do órgão ou entidade.

 Situação ideal: Mensuração quantitativa do serviço prestado, os


pagamentos são realizados em contrapartida a produtos entregues
e os níveis de serviço são aplicados e influenciam no valor pago.

 A prestação de serviços baseada em postos de trabalho é


autorizada excepcionalmente, desde que seja plenamente
justificado e remunerado por resultados. Do contrário, configura
terceirização ilegal.

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Questões

01. (ESAF 2012 – CGU/Analista de Finanças e Controle -


Adaptada) No Planejamento da Contratação de Soluções de TI, em que
momento deverá ser realizado o processo Estudo Técnico Preliminar na
Contratação?

a) Após a produção da Análise de Riscos.


b) Após a produção da Análise de Riscos e do Termo de Referência.
c) Após a produção do Termo de Referência.
d) Após a Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação.
e) Após a produção da Análise da Viabilidade e do Plano de Sustentação.

02. (ESAF 2010 – MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento -


Adaptada) A fase de Planejamento da Contratação consiste nas
seguintes etapas:

a) instituição da equipe de planejamento, estudo técnico preliminar da


contratação, análise de riscos e análise de viabilidade.
b) análise de viabilidade da contratação, plano de sustentação,
estratégia de contratação e análise de riscos.
c) análise de viabilidade da contratação, plano de desenvolvimento,
estratégia de gestão e análise de riscos.
d) análise de viabilidade, análise de riscos e termo de referência ou
projeto básico e análise de custos e benefícios.
e) instituição da equipe de planejamento, estudo técnico preliminar da
contratação, análise de riscos e termo de referência ou projeto básico.

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3. FCC – Analista do CNMP/Desenvolvimento de Sistemas / 2015:


Os argumentos pró e contra a terceirização de serviços de TI estão,
correta e respectivamente, relacionados em:

A) Pró: Melhora o aproveitamento dos recursos humanos, por


exemplo: concentração em negócios centrais.
Contra: Diminui o trabalho rotineiro dos especialistas.

B) Pró: Permite a implementação de medidas de TI de acordo com o


cronograma
Contra: Acelera o ritmo de inovação.

C) Pró: Gera dependência do contratado.


Contra: Permite a transferência de know-how.

D) Pró: Evita problemas com recrutamento de funcionários


qualificados.
Contra: Pode gerar dependência do contratado.

E) Pró: Oferece oportunidade para que o contratado exerça influência


na empresa.
Contra: Aumenta a qualidade das operações de TIC sem aumento
de custos.

4. FCC – ACE – TCM-GO/Informática / 2015: A terceirização pode


fazer parte das políticas relativas ao alinhamento estratégico entre a
área de TI e negócios. Para a terceirização a análise financeira é
importante, pois as soluções técnicas (interna e externa) são
semelhantes. O fator crítico de sucesso é o gerenciamento.
Considerando que as soluções interna e externa (terceirizada) adotam

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um único critério, como 24 × 7 × 365, em relação ao custo do


gerenciamento da disponibilidade da infraestrutura de TI, a solução
terceirizada oferece

A) maior efetividade, que implica em menor custo que a interna, em


função dos ganhos de escala da empresa que terceiriza.

B) maior custo que a interna em relação à manutenção preventiva, que


inclui atualização de firmware, soluções de proteção etc.

C) menor custo que a interna em relação à manutenção corretiva dos


componentes individuais exclusivos da organização.

D) maior custo que a interna em relação à manutenção corretiva dos


componentes compartilhados.

E) menor custo, tornando a terceirização sempre uma melhor opção que


a solução interna, também em relação ao gerenciamento da capacidade
e atualização.

5. FCC – ACE – TCM-GO/Informática / 2015

O artigo acima trata de uma prática na Administração pública que se


refere à

A) Aquisição de sistemas ERP.


B) Terceirização de serviços.

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C) Contratação de serviços sem licitação.


D) Implantação da ITIL.
E) Implantação do COBIT.

6. FCC – Analista Judiciário – TST/Tecnologia da Informação /


2012: Muitas empresas estão adotando a terceirização dos serviços de
TI. Podem ser citados diversos benefícios que justificam esse
procedimento, tal como

A) utilização de software e hardware mais baratos disponíveis no


mercado.
B) aumento do quadro de colaboradores com contratação de experts
em TI.
C) utilização de um mesmo aplicativo genérico que sirva a todos os
departamentos da empresa.
D) aumento de foco no desenvolvimento e operação das
atividades−fim da empresa.
E) aquisição de licenças de software por valores compatíveis com
aplicações acadêmicas.

7. CESPE – Oficial Técnico de Inteligência / 2010 Com referência à


contratação de bens e serviços de TI no âmbito da administração
pública, julgue o item:

A contratação mensurada por resultados, definida como “principal


fundamento” constitui princípio constitucional da eficiência, pois o
pagamento pelo resultado incentiva o contratado a alcançar os padrões
desejados de qualidade do produto ou serviço fornecido e dirige a
atenção da administração para o controle da eficácia da contratação.

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8. FCC – ACE – TCE-GO/Tecnologia da Informação / 2014 : Na


compra de equipamentos de informática para uso pelas Forças Armadas,
que NÃO são materiais de uso pessoal e administrativo, os quais devem
manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos
meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
instituída por decreto e com comprovação de que a exiguidade dos
prazos legais de licitação pode comprometer a normalidade e os
propósitos das operações, segundo a Lei no 8.666/1993 e atualizações, a
licitação é

A) dispensável, consideradas as condições apresentadas.


B) indispensável, em razão de se tratar de aquisição militar.
C) indispensável, em função de não se tratar de equipamento de uso
pessoal.
D) dispensável, somente se houver transferência de tecnologia do
fornecedor.
E) indispensável, em razão da exclusividade de fornecimento.

9. CESGRANRIO – ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA –


EPE/Tecnologia da Informação / 2014: O objeto da licitação,
quando se tratar de obra ou serviço, deve estar baseado em

A) pagamento antecipado das despesas iniciais


B) projeto básico aprovado pela autoridade competente
C) convite aos interessados publicado em Diário Oficial
D) audiência pública para escolha da espécie de licitação
E) autorização prévia dos órgãos de controle, inclusive do Ministério
Público.

10. FCC – ACE – TCE-GO/Tecnologia da Informação / 2014: No


fornecimento de notebooks sem serviços agregados de configuração ou

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instalação para uma unidade de serviços públicos, adotou-se o tipo de


licitação por melhor técnica, o qual é

A) correto, pois o fornecimento de produtos de tecnologia exige


avaliação, predominantemente, técnica.
B) correto, pois se trata do fornecimento de bens de uso pessoal, que
prevê obrigatoriedade desse tipo de licitação.
C) incorreto, pois as licitações de melhor técnica são aplicáveis somente
para serviços de natureza, predominantemente, intelectual.
D) incorreto, pois licitações da área de TI devem aplicar sempre o tipo de
licitação de melhores técnicas e preços.
E) incorreto, pois as licitações de melhor técnica não são aplicáveis para
fornecimentos de produtos e serviços de informática.

11 . FCC – ACE – TCE-GO/ Tecnologia da Informação / 2009 - O


documento elaborado preferencialmente por técnicos com qualificação
profissional no tipo de serviço solicitado, que define as especificações do
serviço e deve preceder a contratação da prestação de serviços,
denomina-se

a) acordo de nível de serviço ou ordem de serviço.


b) projeto básico ou ordem de serviço.
c) projeto básico ou termo de referência.
d) acordo de nível de serviço ou termo de referência.
e) projeto básico ou acordo de nível de serviço.

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Questões Comentadas

01. (ESAF 2012 – CGU/Analista de Finanças e Controle -


Adaptada) No Planejamento da Contratação de Soluções de TI,
em que momento deverá ser realizado o processo Estudo Técnico
Preliminar na Contratação?

a) Após a produção da Análise de Riscos.


b) Após a produção da Análise de Riscos e do Termo de Referência.
c) Após a produção do Termo de Referência.
d) Após a Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação.
e) Após a produção da Análise da Viabilidade e do Plano de
Sustentação.

Comentários:
Como vimos em nossa aula, o Estudo Técnico Preliminar é
elaborado após a instituição da equipe de planejamento da
contratação, portanto o gabarito é a letra “D”. A produção do
Termo de Referência é posterior ao estudo técnico preliminar até
por que este será utilizado na elaboração do TR. A análise de
viabilidade está inserido no estudo técnico preliminar e o plano de
sustentação não faz mais parte do processo.

Gabarito: D

02. (ESAF 2010 – MPOG/Analista de Planejamento e


Orçamento - Adaptada) A fase de Planejamento da Contratação
consiste nas seguintes etapas:

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a) instituição da equipe de planejamento, estudo técnico preliminar


da contratação, análise de riscos e análise de viabilidade.
b) análise de viabilidade da contratação, plano de sustentação,
estratégia de contratação e análise de riscos.
c) análise de viabilidade da contratação, plano de desenvolvimento,
estratégia de gestão e análise de riscos.
d) análise de viabilidade, análise de riscos e termo de referência ou
projeto básico e análise de custos e benefícios.
e) instituição da equipe de planejamento, estudo técnico preliminar
da contratação, análise de riscos e termo de referência ou projeto
básico.

Comentários:
Na letra A (a única que poderia suscitar alguma dúvida), a “análise
de viabilidade” invalidou a opção já que agora esta é realizada
dentro do estudo técnico preliminar. O gabarito é a letra E
conforme estudamos.
Gabarito: E

3. FCC – Analista do CNMP/Desenvolvimento de Sistemas /


2015: Os argumentos pró e contra a terceirização de serviços de
TI estão, correta e respectivamente, relacionados em:

A) Pró: Melhora o aproveitamento dos recursos humanos, por


exemplo: concentração em negócios centrais.
Contra: Diminui o trabalho rotineiro dos especialistas.

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B) Pró: Permite a implementação de medidas de TI de acordo


com o cronograma
Contra: Acelera o ritmo de inovação.

C) Pró: Gera dependência do contratado.


Contra: Permite a transferência de know-how.

D) Pró: Evita problemas com recrutamento de funcionários


qualificados.
Contra: Pode gerar dependência do contratado.

E) Pró: Oferece oportunidade para que o contratado exerça


influência na empresa.
Contra: Aumenta a qualidade das operações de TIC sem
aumento de custos.

Comentários:
Questão da FCC sobre terceirização. A banca colocou alguns “prós”
com “contra” e vice-versa. A única opção que traz um pró e um
contra com a associação correta é a letra “D”. A terceirização pode
evitar problemas de recrutamento de profissionais especializados
em determinado assunto, mas por outro lado pode gerar
dependência do contratado.
Gabarito: D

4. FCC – ACE – TCM-GO/Informática / 2015: A terceirização


pode fazer parte das políticas relativas ao alinhamento estratégico

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entre a área de TI e negócios. Para a terceirização a análise


financeira é importante, pois as soluções técnicas (interna e
externa) são semelhantes. O fator crítico de sucesso é o
gerenciamento. Considerando que as soluções interna e externa
(terceirizada) adotam um único critério, como 24 × 7 × 365, em
relação ao custo do gerenciamento da disponibilidade da
infraestrutura de TI, a solução terceirizada oferece

A) maior efetividade, que implica em menor custo que a interna,


em função dos ganhos de escala da empresa que terceiriza.

B) maior custo que a interna em relação à manutenção preventiva,


que inclui atualização de firmware, soluções de proteção etc.

C) menor custo que a interna em relação à manutenção corretiva


dos componentes individuais exclusivos da organização.

D) maior custo que a interna em relação à manutenção corretiva


dos componentes compartilhados.

E) menor custo, tornando a terceirização sempre uma melhor


opção que a solução interna, também em relação ao
gerenciamento da capacidade e atualização.

Comentários:
A letra “e” está errada, pois nem sempre a terceirização é a melhor
opção. Além disso, em geral, a terceirizações reduzem custos
(uma das vantagens da terceirização), sendo assim as letras B e D
também estão incorretas. A letra “C” associa menores custos aos

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componentes individuais e exclusivos da organização contratante,


ora se uma empresa terceirizada precisa desenvolver habilidade
específica para suportar componentes exclusivos de um de seus
clientes, este serviço certamente será mais caro. Neste caso
específico, terceirizar não seria uma boa opção, pois não reduziria
custos. Por exclusão, o gabarito é letra A!
Gabarito: A

5. FCC – ACE – TCM-GO/Informática / 2015

O artigo acima trata de uma prática na Administração pública que


se refere à

A) Aquisição de sistemas ERP.


B) Terceirização de serviços.
C) Contratação de serviços sem licitação.
D) Implantação da ITIL.
E) Implantação do COBIT.

Comentários:
O texto claramente trata das possibilidades de terceirização de
serviços pela administração pública, considerando a Terceirização
por Níveis de Serviço – TNS, como a mais evoluída até então.

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Gabarito: B

6. FCC – Analista Judiciário – TST/Tecnologia da Informação


/ 2012: Muitas empresas estão adotando a terceirização dos
serviços de TI. Podem ser citados diversos benefícios que justificam
esse procedimento, tal como

A) utilização de software e hardware mais baratos disponíveis no


mercado.
B) aumento do quadro de colaboradores com contratação de
experts em TI.
C) utilização de um mesmo aplicativo genérico que sirva a todos
os departamentos da empresa.
D) aumento de foco no desenvolvimento e operação das
atividades−fim da empresa.
E) aquisição de licenças de software por valores compatíveis
com aplicações acadêmicas.

Comentários:
De acordo com Wang (1995), os quatro principais motivos que
levam uma organização a terceirizar sua área de informática,
referem-se à diminuição do custo de produção, o foco na atividade-
fim da empresa, o desgaste com recrutamento e treinamento, e as
incertezas do ciclo de vida dos sistemas.
Gabarito: D

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7. CESPE – Oficial Técnico de Inteligência / 2010 Com


referência à contratação de bens e serviços de TI no âmbito da
administração pública, julgue o item:

A contratação mensurada por resultados, definida como “principal


fundamento” constitui princípio constitucional da eficiência, pois o
pagamento pelo resultado incentiva o contratado a alcançar os
padrões desejados de qualidade do produto ou serviço fornecido e
dirige a atenção da administração para o controle da eficácia da
contratação.

Comentários:
Como vimos na aula, os produtos (ou serviços) das contratações,
sempre que possível devem ser mensurados de maneira objetiva e
os pagamentos realizados com base nos resultados obtidos. As
bancas têm costumado relacionar isto ao princípio da eficiência,
pois incentivaria o contratado a prestar serviços e entregar
produtos de melhor qualidade.
Gabarito: Certo

8. FCC – ACE – TCE-GO/Tecnologia da Informação / 2014 :


Na compra de equipamentos de informática para uso pelas Forças
Armadas, que NÃO são materiais de uso pessoal e administrativo,
os quais devem manter a padronização requerida pela estrutura de
apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante
parecer de comissão instituída por decreto e com comprovação de
que a exiguidade dos prazos legais de licitação pode comprometer

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a normalidade e os propósitos das operações, segundo a Lei no


8.666/1993 e atualizações, a licitação é
A) dispensável, consideradas as condições apresentadas.
B) indispensável, em razão de se tratar de aquisição militar.
C) indispensável, em função de não se tratar de equipamento de
uso pessoal.
D) dispensável, somente se houver transferência de tecnologia do
fornecedor.
E) indispensável, em razão da exclusividade de fornecimento.

Comentários:
Vou reproduzir aqui mais um inciso de possibilidade de dispensa de
licitação prevista na 8.666/93. A FCC tentou “juntar”
equipamentos de TI com este inciso que trata da dispensa de
licitação para material das forças armadas.

LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

Art. 24. É dispensável a licitação:

XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas,


com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando
houver necessidade de manter a padronização requerida pela
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres,
mediante parecer de comissão instituída por decreto;

Com a leitura do artigo e com as observações que fizemos na Aula


00, podemos concluir que o gabarito é a letra A.
Gabarito: A

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9. CESGRANRIO – ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA –


EPE/Tecnologia da Informação / 2014: O objeto da licitação,
quando se tratar de obra ou serviço, deve estar baseado em

A) pagamento antecipado das despesas iniciais


B) projeto básico aprovado pela autoridade competente
C) convite aos interessados publicado em Diário Oficial
D) audiência pública para escolha da espécie de licitação
E) autorização prévia dos órgãos de controle, inclusive do
Ministério Público.

Comentários:
Questão relativamente simples para lembra-los que o objeto a ser
contratado deve ser documentado no projeto básico que é o
documento gerado a partir dos estudos preliminares. Além disso, o
PB deve ser aprovado por autoridade com competência para tal.

Gabarito: B

10. FCC – ACE – TCE-GO/Tecnologia da Informação / 2014:


No fornecimento de notebooks sem serviços agregados de
configuração ou instalação para uma unidade de serviços públicos,
adotou-se o tipo de licitação por melhor técnica, o qual é

A) correto, pois o fornecimento de produtos de tecnologia exige


avaliação, predominantemente, técnica.
B) correto, pois se trata do fornecimento de bens de uso pessoal,
que prevê obrigatoriedade desse tipo de licitação.

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C) incorreto, pois as licitações de melhor técnica são aplicáveis


somente para serviços de natureza, predominantemente,
intelectual.
D) incorreto, pois licitações da área de TI devem aplicar sempre o
tipo de licitação de melhores técnicas e preços.
E) incorreto, pois as licitações de melhor técnica não são aplicáveis
para fornecimentos de produtos e serviços de informática.

Comentários:
Antes de tudo, sabemos que bens de TI são considerados em
regra, bens comuns. Assim sendo, as alternativas A e B já estão
erradas, pois para bens comuns utilizamos o pregão no tipo menor
preço. Sobram 03 opções que afirmam que o tipo de contratação
utilizado está incorreto e foi aí que o examinador tentou “pegar” os
concurseiros!

A letra “e” está incorreta, pois não é verdade absoluta que serviços
de TI não podem ser contratados por licitações do tipo melhor
técnica. Como vimos na aula estão não é a regra, mas pode ser
feito desde que haja embasamento para tal.
A letra “d” está errada, pois por regra, devemos utilizar o menor
preço, sendo possível, excepcionalmente utilizarmos técnica e
preço.
Restou apenas a letra C que é o gabarito da questão.
Gabarito: C

11 . FCC – ACE – TCE-GO/ Tecnologia da Informação / 2009


- O documento elaborado preferencialmente por técnicos com
qualificação profissional no tipo de serviço solicitado, que define as

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especificações do serviço e deve preceder a contratação da


prestação de serviços, denomina-se

a) acordo de nível de serviço ou ordem de serviço.


b) projeto básico ou ordem de serviço.
c) projeto básico ou termo de referência.
d) acordo de nível de serviço ou termo de referência.
e) projeto básico ou acordo de nível de serviço.

Comentários:
Como vimos na aula, o documento que antecede a contratação e
especifica o que será contratado é denominado Projeto Básico ou
Termo de Referência.
Gabarito: C

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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
D E D C B D CERTO A B C C

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