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Ano: 2018

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ALTO TÂMEGA


Serviço de Formação Profissional de Chaves

CURSO:
CARPINTEIROS
[UFCD: CE – B3 – A - ORGANIZAÇÃO
DE LIMPOS –
EFA – B3 POLÍTICA DOS ESTADOS DEMOCRÁTICOS]
(CHAVES)

Material Didático de Apoio à Formação


| Formadora: Cláudia Gonçalves |
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I. P.
Delegação Regional Norte
Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega
Form adora: Cláudia Gonçalves Ano: 2018

Índice
FICHA DE ATIVIDADE Nº 1 ............................................................................................................ 3
Afinal vamos lá refletir… .................................................................................................................... 6
A CIDADANIA ............................................................................................................................... 6
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................. 7
Novos direitos .................................................................................................................................. 7
Uma vista de olhos por certas definições e conceitos .......................................................................... 8
FICHA DE ATIVIDADE Nº2 ........................................................................................................... 12
ATIVIDADES – Competências para trabalhar em grupo ................................................................. 17
A Auto-estima ................................................................................................................................ 17
Actividade 1: .................................................................................................................................. 17
Respeitar o ponto de vista dos outros ............................................................................................ 19
Actividade 2: .................................................................................................................................. 19
FICHA DE ATIVIDADE Nº3 ........................................................................................................... 20
ABRIGO SUBTERRÂNEO .......................................................................................................... 20
FICHA DE ATIVIDADE Nº4 ........................................................................................................... 21
FICHA DE ATIVIDADES Nº5 ......................................................................................................... 22
FICHA ATIVIDADE Nº 6 ................................................................................................................ 27
FICHA DE ATIVIDADES Nº 7 ........................................................................................................ 32 2
Repartição dos poderes .................................................................................................................. 34
Declaração Universal dos Direitos Humanos .................................................................................... 35
Carta Internacional dos Direitos Humanos (Anexo 1)................................................................... 35
FICHA DE ATIVIDADE Nº 8 .......................................................................................................... 39
FICHA DE ACTIVIDADE Nº 9 ....................................................................................................... 42
FICHA DE ACTIVIDADE N.º 10 .................................................................................................... 43
Filme “Amor sem Fronteiras”............................................................................................................ 44
Bibliografia ........................................................................................................................................ 45

Curso: Carpinteiro de Limpos – EFA – B3 Local: Chaves


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UFCD:
FormCidadania
adora: CláudiaeGonçalves
Empregabilidade
Ano: 2018 (CE)

CE_B3_A: Tema: Organização Política dos Estados Democráticos


Formadora: Cláudia Gonçalves

FICHA DE ATIVIDADE Nº 1
1. No seu dia-a-dia depara-se, constantemente, com termos e conceitos relacionados com a
área de Cidadania e Empregabilidade.

1.1. Tente descobrir, na seguinte sopa de letras, 7 (sete) dessas palavras.

C S F G H J K L E
I G U A L D A D X
D R S D S D G I C
A D F A Y U O S L
D R R T A E H C U
A D E D E T T R S
O D F G O R B I A 3
D D D S A S C M O
C I D A D A N I A
A R L R U N M N S
D E G E R E S A O
D I T L C I O Ç U
E T T A R Y P A T
S O E S E P N O U
A S A T T E A E I
E I R F G L S E J
T O L E R A R S D
A P E A A I E T B
I N C L U S A O S

Recorde situações do seu quotidiano nas quais se deparou com algumas das palavras
encontradas.
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2. Depois de ler atentamente Form
as palavras abaixo
adora: Cláudia escritas,
Gonçalves Ano:faça
2018 um círculo vermelho à volta das
palavras que, na sua opinião correspondem ao conceito de cidadania:

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3. Siga o exemplo, identificando as palavras que, na sua opinião, correspondem ao conceito de
democracia.

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Afinal vamos
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Gonçalves refletir…
2018

A CIDADANIA
O que é?
Todas as pessoas vivem em conjunto umas com as outras, isto é, nós não vivemos sozinhos,
vivemos em comunidade. Para que as pessoas se consigam entender e para que não
existam conflitos entre elas, é necessário que todos cumpram um conjunto de regras. Estas regras
vão permitir que todos possam viver da melhor forma e com o maior entendimento entre todos.
A Cidadania é, então, percebermos bem, quais são os nossos direitos e os nossos deveres
para com os outros e dessa forma, sabermos viver em sociedade.
A Cidadania é termos responsabilidade perante aquilo que fazemos; é sermos solidários
para com os outros, isto é, procurar ajudar sempre quem precisa de nós.
Ser cidadão significa estar atento a todas as decisões que são tomadas e que influenciam a nossa
vida. Ser cidadão é chamar a atenção sempre que acontecer alguma injustiça, s empre que algo
estiver mal. No fundo, ser cidadão é participar na construção de um futuro que é comum a todos.
Não vivemos isolados do mundo, não fazemos o que queremos como se não existisse mais
ninguém, pois não? Vivemos em sociedade e toda a gente que vive em sociedade tem deveres e
direitos para serem respeitados - somos todos cidadãos!
No entanto, ser cidadão não é uma coisa muito simples...para ser cidadão é preciso praticar a
cidadania, ou seja:

 saber exigir os direitos;


 cumprir os deveres; 6
 respeitar e viver com os outros;
 conhecer o papel de cada um na Democracia.

Os nossos direitos
Se conhecermos bem os nossos direitos e os nossos deveres seremos mais e
melhores cidadãos e não teremos medo da autoridade sempre que esta não tiver razão.
No fundo, com a Cidadania vamos perceber que a nossa liberdade termina onde começa a dos
outros e que o conjunto dessas liberdades individuais é que é a verdadeira base da vida
democrática.
Com a Cidadania percebemos como é bom viver em comunidade se todas as pessoas se
respeitarem.
Afinal vamos perceber algumas diferenças…
 Qual é a diferença entre a política e a Cidadania?
Ser cidadão é conhecermos bem os nossos direitos e deveres e orientarmos o nosso
comportamento através desse conjunto de princípios e de valores. Fazer política é ir mais longe, é
fazer parte de um partido, é tomar posições públicas de forma organizada sobre certas questões...
 E quando falamos em direitos e deveres, como sabemos o que são uns e o que são
outros? Por exemplo: nós temos o direito de não ser incomodados em casa pelo ruído que
os vizinhos possam fazer nas suas casas, mas também temos o dever de não fazer
barulho, para além das horas que a lei permite, pois só deste modo respeitamos o direito
dos outros...
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No seu dia-a-dia, já deve ter Form
encontrado situações em que os mesmos direitos se traduzem
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também em deveres de respeito para com os outros, pois só assim poderá haver entendimento
entre as pessoas numa sociedade.
Procure lembrar-se agora de situações em que os seus direitos são também deveres para
com os outros.
Lembre-se que esta é uma forma muito importante de exercer a sua Cidadania!

DIREITOS HUMANOS

O que são?
Um direito humano por definição é um direito universal, isto é, algo do qual todos os homens em
toda a parte, em todos os tempos, devem ter, algo do qual ninguém pode ser privado sem uma
grave ofensa à justiça (sem que tenha, por exemplo, cometido algum tipo de crime e que, por isso,
é privado do direito à liberdade). O Direito Humano é algo que é devido a todo o ser humano
simplesmente porque é um ser humano.
Para que todos os cidadãos se consigam entender e vivam de forma harmoniosa uns com os
outros é importante que conheçam um conjunto de direitos que todos têm e que devem respeitar.
Os Direitos Humanos constituem uma forma de incentivar as pessoas à participação na causa da
Justiça e da Verdade. Quando conhecem os Direitos Humanos percebem facilmente que ninguém
pode, por exemplo, ser discriminado por motivos de raça, sexo, situação económica, entre outros,
e assim cada cidadão tem o dever de chamar a atenção quando algo não está correcto.
7
Várias vezes vemos na televisão casos em que os Direitos Humanos não são respeitados e
muitas vezes porque as próprias pessoas não sabem realmente quais são os seus direitos. Se
conhecermos bem os nossos Direitos é mais difícil que as situações de injustiça e discriminação
nos passem ao lado.

Novos direitos
Para além dos direitos que dizem respeito à pessoa e ao cidadão, tais como o direito à paz, à
liberdade, à justiça, à alimentação, à habitação e à educação, tem sido dada uma importância
cada vez maior a um conjunto de direitos mais alargados, como o direito a um ambiente saudável,
o direito dos consumidores, à qualidade dos produtos e dos serviços, o direito ao património
cultural. Não basta que estes Novos Direitos estejam escritos no papel é necessário que se esteja
atento para que sejam sempre respeitados.
Estes novos direitos baseiam-se em determinados valores e no princípio da prevenção, na ideia
de que “mais vale prevenir do que remediar” e de que é melhor antecipar os problemas do que
tentar corrigi-los.
Importa conhecermos todos os nossos Direitos para não deixarmos que sejam cometidas
injustiças à nossa volta. Existem também algumas Instituições que procuram dar conta dessas
injustiças que podem ser cometidas e constituem exemplos de boas práticas na defesa dos
Direitos Humanos.

O Trabalho da Amnistia Internacional


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Como sabe, a diversidade cultural e a proximidade entre pessoas de várias proveniências e
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culturas são características do nosso tempo. Já se apercebeu de que os locais que habitamos
são, atualmente, de forma cada vez mais visível, locais de encontro, onde vivem e se cruzam
pessoas com uma grande diversidade de histórias de vida e de identidades, que falam diferentes
línguas, têm hábitos e gostos distintos. Esta miscelânea de modos de vida, de valores e crenças,
coloca-nos desafios e levanta-nos questões que nem sempre têm uma fácil resolução.
No dia a dia, já terá verificado comportamentos e formas de estar que poderão, à partida, parecer
naturais e espontâneos, mas que são, algumas vezes, interpretados de formas muito diversas,
causando estranheza, desconfiança e insegurança nos distintos grupos. Eventualmente, poder-
se-á ter questionado, acerca do respeito pela diversidade cultural, enquanto direito e/ou dever de
cidadania.
Identifique os seguintes organismos.

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Uma vista de olhos por certas definições e conceitos

(Fonte: Comissão Europeia: «RACISTA, EU?!» Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades
Europeias, 1998)

«A Europa é uma sociedade multicultural e multinacional que se enriquece com esta variedade.
No entanto, a constante presença do racismo na nossa sociedade não pode ser ignorada. O
racismo toca toda a gente. Degrada as nossas comunidades e gera insegurança e medo.»
Pádraig Flynn, Comissário Europeu

«A criatividade só pode ter origem na diferença.»


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Form adora: Cláudia Gonçalves Ano: 2018 Yehudi Menuhin, violinista

«O racismo começa quando a diferença, real ou imaginária, é usada para justificar uma agressão.
Uma agressão que assenta na incapacidade para compreender o outro, para aceitar as diferenças
e para se empenhar no diálogo.»
Mário Soares, antigo Presidente de Portugal

«Preconceito: opinião desfavorável relativamente a uma pessoa ou um grupo formado sem


conhecimento, razão ou causa.»

PRECONCEITO: composto por ideias criadas num leque de emoções e, de factos insuficientes.
Um preconceito é frequentemente constituído sem qualquer fundamento e, no entanto, é aceite
sem ser posto em causa. Há por vezes contrastes entre nós e eles. Os preconceitos podem levar
a comportamentos hostis em presença do grupo em questão.

As reações seguintes derivam do preconceito:


EVITAR: evitar o grupo, não lhe falar, não o querer encontrar.
ABUSO VERBAL: falar negativamente do grupo e ao grupo.
DISCRIMINAÇÃO: enquanto o preconceito é uma atitude. A discriminação é um comportamento 9
que despreza o grupo, o trata mal, o recompensa menos que os outros, o boicota, e até mesmo o
exclui.

Diferença entre racismo e preconceito: o preconceito pode significar o desprezo por alguém
antes mesmo de saber o que quer que seja sobre ele, mas sem ter, necessariamente, o poder de
influenciar a sua vida negativamente. Quanto ao racismo, está relacionado com o funcionamento

de toda uma sociedade e inclui o poder de pôr os preconceitos racistas em ação. A maioria tem
poder sobre a minoria e pode, intencionalmente ou não, praticar atos racistas. Assim, o racismo
implica ter o poder para discriminar e prejudicar as pessoas sob pretexto de serem diferentes.»
Conselho da Juventude Britânico

«O racismo consiste em crer que certas pessoas são superiores a outras devido a pertencerem a
uma raça específica. Os racistas definem uma raça como sendo um grupo de pessoas que têm a
mesma ascendência. Diferenciam as raças com base em características físicas como a cor da
pele e o aspeto do cabelo. A palavra ‘racismo’ é igualmente usada para descrever um
comportamento abusivo ou agressivo para com os membros de uma ‘raça inferior’.
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A intolerância é uma falta deForm
respeito pelas práticas e convicções do outro. Aparece quando
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alguém recusa deixar outras pessoas agirem de maneira diferente e terem opiniões diferentes. A
intolerância pode conduzir ao tratamento injusto de certas pessoas em razão das suas convicções
religiosas, sexualidade ou mesmo da sua maneira de vestir ou de pentear. A intolerância não
aceita a diferença. Está na base do racismo, da xenofobia e da discriminação em geral.
Frequentemente, a intolerância pode conduzir à violência.

Xenofobia é a aversão a estrangeiros.

A igualdade é a característica do que é igual. O que significa que nenhuma pessoa é mais
importante que outra, quaisquer que sejam os seus pais e a sua condição social. Naturalmente, as
pessoas não têm os mesmos interesses e as mesmas capacidades, nem estilos de vida idênticos.
Consequentemente, a igualdade entre as pessoas significa que todos têm os mesmos direitos e
as mesmas oportunidades. No domínio da educação e do trabalho, devem dispor de
oportunidades iguais, apenas dependentes dos seus esforços. A igualdade só se tornará uma
realidade quando todos tiverem, em termos idênticos, acesso ao alojamento, à segurança social,
aos direitos cívicos e à cidadania.

ESTERIOTIPAR: quando se rotulam as pessoas, é tentador fazer-se uso de estereótipos. Os 10


estereótipos são juízos de valor com base em informação insuficiente.
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FICHA DE Gonçalves
Form adora: Cláudia ATIVIDADE
Ano: 2018 Nº2

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Leia atentamente as seguintes bandas desenhadas e reflita sobre a mensagem transmitida:
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(http://europa.eu.int)

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ATIVIDADES – Competências para trabalhar em grupo

A Auto-estima
A auto-estima é a atitude positiva de cada um para consigo próprio. Como a atitude é a forma de
pensar, sentir e comportar-se consigo mesmo, constituindo o núcleo básico da personalidade que
se reflecte na relação com os outros. É ao longo da vida que, a par da consideração e do
reconhecimento por parte dos outros, se vai adquirindo a auto-estima.

Leia o caso que se segue:

Teresa dá, quase sempre, a impressão de se depreciar a si própria, quer em relação às suas
capacidades quer em relação à sua aparência.

Sem que ela reconheça a razão, não possui, acerca de si própria, uma imagem tão positiva
quanto têm os que com ela trabalham e convivem.

Numa escala de 1 a 10, sobre a sua própria imagem, ela atribuiria um valor entre o 3 e o 4. A sua
baixa auto-estima parece estar relacionada com o facto de nunca ter correspondido totalmente ao
que os pais esperavam dela e ao facto de ter uma irmã que sempre foi a melhor aluna da escola, 17
a mais querida e a que os pais sempre elogiam.

Por outro lado, Teresa raramente exprime as suas opiniões ou defende as suas ideias, quer em
contexto de trabalho quer em contexto familiar.

Ela não se preocupa muito em dar a reconhecer os seus pensamentos e os seus sentimentos.

Teresa exerce as suas funções desde o momento em que terminou o seu curso médico e estas
não exploram completamente as suas possibilidades, nem as suas capacidades, quer técnicas
quer teóricas. Porém, acomodou-se a essas funções.

Se ela tivesse uma auto-estima mais elevada e evidenciasse mais o seu trabalho, a Direcção da
sua empresa já teria tido possibilidade de a promover nos três últimos anos de actividade.
Maria Odete Fachada, Psicologia das Relações Interpessoais, Edição Rumo

Actividade 1:
1.Em grupo, comente e procure retirar conclusões. Tente responder às perguntas para, depois,
partilhar as conclusões como os restantes grupos.

Se pudesse aconselhar a Teresa, como a ajudaria a elevar a sua auto-estima?

Considera que uma pessoa com elevado grau de autoconfiança tem melhor desempenho
nas tarefas que lhe são confiadas ou o inverso? Porquê?
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Procure elaborar uma lista de atitudes/comportamentos (3/4) que possa ter, que levem a
afirma-se perante os outros.

2.Imagine que tinha um(a) amigo(a) que precisava de ser elogiado para aumentar a sua auto-
estima. O que faria por ele/ela? Pense no que mais apreciaria nele/nela e no que ele/ela sabe
fazer de melhor. Exemplifique como poderia elegia-lo para aumentar a sua auto-estima.

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Respeitar o ponto de vista dos outros


A percepção do mundo vai-se construindo através da comunicação interpessoal e
desenvolvendo em função do contexto sociocultural em que se vive.

Cada um de nós recebe constantemente estímulos que interpreta em função da sua educação
e da sua formação particular. Assim, pessoas diferentes podem interpretar o mesmo estímulo
de formas diferentes e como cidadãos educados e conscientes temos o dever de respeitar
todos os pontos de vista.

Leia atentamente o poema que se segue:

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos Inútil seguir vizinhos,


E é com esses olhos uns Querer ser depois ou ser antes.
Que eu vejo no mundo escolhos Cada um é seus caminhos.
Onde outros, com outros olhos, não Onde Sancho vê moinhos
vêem escolhos nenhuns. D. Quixote vê gigantes.

Quem diz escolhos diz flores. Vê moinhos? São moinhos.


De tudo o mesmo se diz. Vê gigantes? São gigantes.
Onde uns vêem luto e dores 19
Uns outros descobrem cores do
mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas


Onde passa tanta gente
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros gnomos e fadas António Gedeão, Poemas Escolhidos,
Num halo resplandecente. Edições João Sá da Costa

Actividade 2:
1.Que mensagem pretendeu transmitir o autor ao escrever este poema?
2.Considera que a sociedade moderna respeita esse direito do cidadão? Justifique.
3.Respeita sempre a opinião dos que o rodeiam, mesmo que não concorde com ela?
4.Em grupo na sessão, comente as frases:
“Todos possuímos algo de verdade. Dialogar é pôr em comum as nossas verdades
parciais.”
“É através da comunicação que se processa a estruturação da realidade.”
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FICHA DE ATIVIDADE Nº3

ABRIGO SUBTERRÂNEO

Imagine que a sua região está sob ameaça de um bombardeamento. Aproxima-se um


homem e solicita-lhe que tome uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode
abrigar seis pessoas. Há quinze que pretendem entrar. Segue-se uma lista das quinze pessoas
interessadas em entrar no abrigo. Selecione, apenas, seis pessoas. Justifique as suas escolhas.

- Uma mulher grávida, com 32 anos, seropositiva;


- Um advogado, com 25 anos, alcoólico;
- Um padre com 75 anos;
- Um músico, com 40 anos, consumidor de drogas;
- A mulher do advogado, com 24 anos, acabada de sair de um manicómio (ambos preferem
ficar juntos no abrigo ou fora dele);
- Um médico, com 39 anos, autor de vários assassinatos;
20
- Uma estudante universitária, com 21 anos, que fez voto de castidade;
- Um ator, com 60 anos, mongoloide;
- Um muçulmano, com 28 anos, militar;
- Um homossexual, com 35 anos;
- Um segurança, com 40 anos, que sofre de ataques epiléticos;
- Uma enfermeira de 55 anos;
- Um jovem de 15 anos, com tuberculose;
- Um casal de chineses, milionário, com 45 anos.

Bom Trabalho!
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FICHA DE ATIVIDADE Nº4

Nome: ____________________________________________________ N.º _____

Uma d o n a d e cas a e o s eu marid o ad v o g ad o . Um p ers a d o n o d e


u ma lo ja. Do is p o lícias d etectiv es q u e s ão tamb ém aman tes . Um
d irecto r d e telev is ão afro -american o e a s u a mu lh er. Um
mexican o s erralh eiro . Do is lad rõ es d e au to mó v eis . Um p o lícia
recru t a. Um cas al co rean o d e meia id ad e… To d o s v iv em em Lo s
A n g eles . E d u ran te 36 h o ras , en t ram em co lis ão …

1. Após ter visualizado o filme “Crash”, elabore um relatório de observação, aproveitando


para elaborar uma reflexão no âmbito da importância do respeito pela diversidade
cultural, tendo em conta o enredo do filme.

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FICHA DE ATIVIDADES Nº5


CARTÃO DE CIDADÃO
O Cartão de Cidadão (CC) é o documento de identificação dos cidadãos portugueses, sem
limite mínimo de idade. Este cartão substitui não só o bilhete de identidade (ainda em vigor), como
também outros documentos, nomeadamente, o cartão de beneficiário da Segurança Social, o
cartão de utente do Serviço Nacional de Saúde, o cartão de contribuinte e o cartão de eleitor.
O Cartão de Cidadão apresenta-se como um verdadeiro certificado de cidadania, assumindo a
forma dupla de um documento físico que identifica visual e presencialmente o cidadão (tal com o o
Bilhete de Identidade), e um documento digital que permite ao cidadão identificar-se e autenticar-
se eletronicamente nos atos em que intervenha perante entidades públicas e privadas (através de
um PIN pessoal).
A identificação é o ato de vontade pelo qual o cidadão se dá a conhecer perante terceiros, como
sujeito titular de direitos e de deveres. O Cartão de Cidadão permitirá aos cidadãos fazer
prova dessa titularidade, por ato de vontade própria, de forma presencial no seu relacionamento
com o mundo físico e digitalmente na sua interação com serviços eletrónicos."

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1 - Preencha os espaços em banco com os elementos de identificação do seu cartão de Cidadão:

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Os deveres de Cidadania têm um peso grande na vida em comunidade de qualquer cidadão.


Neste sentido, as escolhas coletivas determinam o futuro de todo um grupo ou mesmo de uma
sociedade. Existem momentos-chave em que pode fazer ouvir a sua voz ou ajudar quem lhe
está próximo

 Eleições; Vida Associativa; Ambiente; Consumo; Legislação e Regulamentação


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Segundo o artigo 11º da Constituição da República Portuguesa, são símbolos nacionais a


Bandeira Nacional e o Hino Nacional “ A Portuguesa”.
A bandeira nacional é o símbolo da soberania da República, da independência, unidade e
integridade de Portugal e é a adotada pela República instaurada pela revolução de 5 de outubro
de 1910.

Tralha

Batente

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2 - Pinte a bandeira oficial de Portugal de acordo com as cores oficiais:
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FICHA ATIVIDADE Nº 6

1.Descubra as palavras escondidas na sopa de letras (13 palavras) que se segue:

S F D G H Y U I O P C O R
M O V I M E N T O S E P T
A R E E C U T U D O N R G
R Ç E A R E R T U H S O G
E A R M A D A S A S U P H
V S E R V V G U E R R A J
O D T V O J P F O R A G T
L E R E S E R R R C T A J
U N I V E R S A L E A N H
Ç T L R F G V G E R A D K
A W O R T U F I S U H A S
O D G R C O L O N I A L D
E R I U J U O E T S S A R
Q S A L A Z A R I S T A J
27

2.Registe as palavras descobertas e elabore um texto no retângulo que se segue:

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3.Complete os espaços em branco no texto que se segue. Use as palavras dos Quadros
1 e 2.

Durante quase meio __________, estabeleceu-se um regime autoritário em Portugal. Chamava-


se “Estado Novo”. Tudo começou em ________, quando António de Oliveira _____________,
mandou redigir um documento chamado “Constituição de 1933” e que ditava as “regras” do regime
salazarista, inspirado no _____________ italiano.

Salazar foi considerado o ____________ da Pátria, porque resolveu os problemas económicos


do país, em pouco tempo. Mas criou uma polícia política que se chamava ________ - Polícia
Internacional de Defesa do Estado, com o objetivo de limitar a liberdade de _________________
das pessoas, assim, ninguém podia falar mal do seu regime político. Também só era permitido um
único partido político que se chamava _________ Nacional.

Até 1974, mais concretamente até ao dia ______ de __________, o nosso país viveu num
regime de _______________ e só com a chamada Revolução dos Cravos é que passamos a viver
em ________________.

Quadro 1 Quadro 2

PIDE União
25 Salvador 28
Democracia Ditadura
Século Expressão
Abril 1933
Salazar Fascismo

4.Legende as imagens apresentadas:

1 _______________ 2 ________________

3 ________________ 4 ________________
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5 ________________ 6 _______________

7 ____________________ 8 _________________

MFA – Movimento das Forças Armadas; Sufrágio Universal; Salazar; Revolução dos
Cravos; Guerra Colonial; Trilogia Salazarista; Censura; Propaganda Salazarista.

Leia, com atenção, o texto que se segue. 29

O papel da Mulher no Estado Novo.


No Estado Novo, o marido era o chefe de família, competindo-lhe representá-la e decidir em
todos os atos da vida conjugal comum. À mulher cabia-lhe apenas o governo doméstico conforme
os usos e a condição do conjugue. Num dos seus discursos, Salazar enunciou «temos como lógico
na vida social e como útil à economia, a existência regular da família do trabalhador. Temos
como fundamental que seja o trabalhador que a sustente. Defendemos que o trabalho da mulher
casada e geralmente até o da mulher solteira, integrada na família e sem responsabilidade da
mesma, não deve ser fomentado. Nunca houve nenhuma dona de casa que não tivesse imenso
que fazer». Por outras palavras, o homem era o sustento da família, e a mulher tinha de se
subordinar ao marido e aos filhos.
Em 1936, o regime criou a Obra das Mães pela Educação Nacional que estabelecia que a m ulher
deveria saber «ciências caseiras» e educar os «futuros homens de Portugal».
Em 1938, criou-se a Mocidade Portuguesa Feminina, com objetivos semelhantes à da Obra das
Mães pela Educação Nacional, mas desta feita dirigidas às camadas juvenis.
É através destas organizações que muitas mulheres vão aproveitar a oportunidade de se
afirmarem, através dos apoios fornecidos por essas organizações, bolsas de estudo, tornand o-se
economicamente independentes.
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A administração dos bens do casal, incluindo os das mulheres, pertencia ao marido, e o regime
reconhecia também ao homem direito de dono e senhor sobre a sua companheira, ao ponto de a
mulher precisar da autorização do marido para sair do país.
O exercício de atividades lucrativas, por parte da mulher, mediante contrato com terceiro, não
dependia do consentimento do marido, mas este poderia denunciar o contrato sem que a mulher
recebesse uma indemnização, para tal não poderia vigorar o regime separação de bens entre o
conjugue.
A falta de virgindade da mulher ao tempo do casamento era considerada motivo para
anulabilidade do casamento. O marido poderia até matar a mulher em flagrante adultério, ou a
filha em flagrante corrupção, tendo como pena o desterro de 6 meses para fora da comarca.
No que diz respeito ao sufrágio, Salazar instituiu o direito de voto às mulheres com cursos
superiores e secundários. Aos homens bastava saberem ler e escrever.
Em 1934 foram eleitas as primeiras deputadas para a Assembleia Nacional, sendo elas Dom itília
de Carvalho, médica; Maria Guardiola, reitora do liceu Maria Amália; e Maria Cândida Parreira.
No mesmo ano foi eleita uma candidata à Câmara Corporativa, Maria Cândida Correia, advogada.
Nos anos 40, uma mulher casada, da classe alta, não saía à rua sozinha. Os espaços públicos,
como cafés, eram destinados aos homens, e recusavam-se a servir uma mulher que não estivesse
30
acompanhada por alguém do sexo masculino.
No que diz respeito à prostituição, criou-se em 1930 a Polícia Sanitária para inspecionar as casas
de alterne. As prostitutas e as casas de prostituição estavam «matriculadas».
As mulheres que fossem encontradas em vadiagem ou em pleno ato sexual eram presas e
matriculadas como prostitutas. Aos clientes nada acontecia.
Em 1940, estabeleceu-se uma concordata entre Portugal e a Santa Sé, proibindo os portugueses
de recorrer ao divórcio. Esta concordata apenas foi revogada após o 25 de Abril.
A partir do início do século XX e mesmo depois de 1926, observou-se um número crescente de
mulheres no ensino secundário e superior, contudo tinham que lutar mais que os homens para
obter a licenciatura. Quando saíam para a vida profissional, as mulheres encontravam entraves a
nível de acesso e a nível remuneratório. As professoras primárias precisavam até de autorização
ministerial para exercer a sua profissão.
Só em 1966 foi ratificada a Convenção nº100, da OIT (Organização Internacional do Trabalho),
relativa à igualdade de remuneração entre mão-de-obra feminina e masculina para trabalho de
valor igual. Em 1971 proibiu-se o trabalho feminino noturno nas indústrias.
Até 1974, o acesso por parte das mulheres a cargos administrativos, diplomatas e políticos era
negado.
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Em 1930, 69,9% das mulheres com 10 ou mais anos de idade eram analfabetas contra 52,8% de
homens analfabetos. Em 1970 havia cerca de 31% de mulheres analfabetas contra 19,7 % de
homens analfabetos. Em 1956 instituiu-se o ensino primário obrigatório, 3 anos para as mulheres
e 4 anos para os homens, passando, em 1960, os 4 anos como ensino primário obrigatório para
ambos os sexos. Nos livros escolares estava explícito que à mulher competia-lhe os cuidados
domésticos, educação dos filhos e prestar ao marido os deveres conjugais e a submissão que lhe
eram devidos como chefe de família.
O acesso aos cuidados materno-infantis não era garantido, pelo que a mortalidade infantil e
materna em Portugal era das mais altas da Europa.
Apesar de ser clandestino, o aborto já se praticava nesta altura, sendo realizado em condições
muito precárias, contribuindo para as elevadas taxas de mortalidade materna.
Os métodos contracetivos eram moralmente proibidos, logo a sua utilização era muito lim itada,
tornando-se mais conhecidos na década de 60.
Durante o Estado Novo nunca se verificou a existência de movimentos feministas, pois todas as
organizações feministas estavam cerceadas pelo regime ou então eram mesmo extintas. Apesar
de tudo em 1968 criou-se, na clandestinidade, o Movimento Democrático de Mulheres.

31
H T T P : / / G E N E R O- D I F - M F . BL O G S P OT . P T /

Responda, por escrito, às questões que se seguem.

1. Resuma o artigo apresentado e elabore um comentário crítico relativo à


situação descrita, durante o Estado Novo.

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FICHA DE ATIVIDADES Nº 7

1. Dos quatro gráficos, qual lhe parece representar uma democracia pluralista.

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2. Indique os órgãos para os quais os cidadãos podem votar, num regime democrático.

Figura 9

3. Coloque as setas relacionando a forma de eleição por sufrágio universal com os respetivos
órgãos e os que são nomeados de acordo com as eleições legislativas:

33
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Repartição dos poderes

Repartição dos Poderes


PODER POLÍTICO

ÓRGÃOS DE PODER
SOBERANIA DESCENTRALIZA
DO

ELEITORES (Sufrágio Universal)


34

Em resumo:
Quem representa os cidadãos?

Quem chefia o Estado?

Quem governa?

Quem administra a justiça?


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Declaração Universal dos Direitos Humanos


Abalados pela barbárie recente e desejosos de construir um mundo sob novos alicerces
ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós -guerra,
liderados por URSS e EUA estabeleceram na conferência de Yalta, na Inglaterra, em 1945, as
bases de uma futura “paz” definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de
uma Organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais,
evitasse guerras, promovesse a paz e a democracia e fortalecesse os Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada pela ONU em 10 de dezembro de
1948. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é apresentada como o ideal comum a ser
atingido por todos os povos e todas as nações, com o objectivo de que cada indivíduo e cada
órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adopção de medidas
progressivas de carácter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua
observância universal e efectiva, tanto entre os povos dos próprios Estados -Membros, quanto
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
35

Carta Internacional dos Direitos Humanos (Anexo 1)


Declaração Universal dos Direitos do Homem *
Adotada e proclamada pela Assembleia-geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de dezembro de 1948.
Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério
dos Negócios Estrangeiros.

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e


dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a atos de
barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres
humanos, sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta
inspiração do homem;
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do homem através de um regime de direito,
para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos
fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens
e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições
de vida dentro de uma liberdade mais ampla;
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a
Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do homem e das liberdades
fundamentais;
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Considerando que uma conceção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para
dar plena satisfação a tal compromisso:

A Assembleia Geral

Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por
todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo -
a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses
direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu
reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados
membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2.º
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente
Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de
opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra
situação.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do
país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela,
autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3.º
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 36

Artigo 4.º
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob
todas as formas, são proibidos.

Artigo 5.º
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Artigo 6.º
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua personalidade
jurídica.

Artigo 7.º
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a
proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento
a tal discriminação.

Artigo 8.º
Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos
que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei.

Artigo 9.º
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10.º
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente
julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões
de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Artigo 11.º
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1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique
legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa
lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não
constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena
mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.

Artigo 12.º
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na
sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a
pessoa tem direito a proteção da lei.

Artigo 13.º
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um
Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito
de regressar ao seu país.

Artigo 14.º
1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros
países.
2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de
direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 15.º
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de
nacionalidade.
37
Artigo 16.º
1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem
restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução,
ambos têm direitos iguais.

2. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento de ambos os esposos.
3. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do
Estado.

Artigo 17.º
1. Toda a pessoa, individual ou coletivamente, tem direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artigo 18.º
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito
implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, ass im como a liberdade de manifestar a religião
ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pelos ritos.

Artigo 19.º
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser
inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras,
informações e ideias por qualquer meio de expressão.

Artigo 20.º
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de as sociação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21.º
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país, quer
diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
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2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicos do seu país.

3. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve exprimir-se através
de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo
processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto.

Artigo 22.º
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente
exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e
à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Artigo 23.º
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que l he permita e à sua
família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros
meios de proteção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos
para a defesa dos seus interesses.

Artigo 24.º
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação razoável da
duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

Artigo 25.º
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde
e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e
ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na 38
invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias
independentes da sua vontade.
2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças,
nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozam da mesma proteção social.

Artigo 26.º
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a
correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e
profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena
igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do
homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre
todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das
Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

Artigo 27.º
1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as
artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção
científica, literária ou artística da sua autoria.

Artigo 28.º
Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de
tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciados na presente Declaração.

Artigo 29.º
1. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno
desenvolvimento da sua personalidade.
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2. No exercício destes direitos e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações
estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e
liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar
numa sociedade democrática.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos
princípios das Nações Unidas.

Artigo 30.º
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para
qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum
ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados.

* Fonte: Centro dos Direitos do Homem das Nações Unidas, publicação GE.94-15440.

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos.


Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e
de expressão, e a igualdade perante a lei.

FICHA DE ATIVIDADE Nº 8
Após a leitura e análise orientada da Carta Internacional dos Direitos Humanos (Anexo 1) 39
responda ao questionário que se segue:

1. Numa primeira abordagem à carta, quais os artigos que se referem diretamente à igualdade
entre os seres humanos?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

1.1 Explique em que consiste essa igualdade.


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

2. Desenvolva o sentido da frase “ Eu tenho direito à educação”.


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

3. Indique todos os direitos inerentes ao direito ao trabalho.


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

4. Poderia ser obrigado a casar-se contra a sua vontade? Que artigo abrange este item?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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5. Todos os cidadãos têm direito a beneficiar do asilo político em outros países. Quando é que
isso não acontece?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

6. O que entende por um tribunal imparcial?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

7. Leia atentamente o texto “Os escravos do século XXI” e reflita sobre o problema
apresentado.
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________________________________________________________________________________
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40
Bom Trabalho!
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Os escravos do século XXI

Alexandra Correia

Olhos de medo. É o que têm em comum Misha, Marin, Vladimir e Afagon (nomes fictícios),
além de serem imigrantes de Leste a trabalhar clandestinamente nas obras portuguesas. Medo
que o patrão português não lhes pague, terror de serem apanhados pela polícia. Calcula-se que
como eles haja 50 mil, trazidos para Portugal pelo crime organizado de tráfico de mão-de-obra
com ramificações no nosso país. São professores, engenheiros, médicos e oficiais do exército,
profissionais habilitados transformados em serventes da construção civil, onde chegam a ganhar
400 escudos por hora (2 euros por hora).
Mas as máfias do Leste não são as únicas a explorar estes ilegais. Empreiteiros e
empresas de trabalho temporário enriquecem sem pagar horas extraordinárias, fins de semana ou
feriados. Uma situação que se mantém, apesar de ser consensual que o sector da construção civil
tem carência de trabalhadores. “Se começassem na ponta de Sagres e acabassem em Vila Real
de St.º António a prender a mão-de-obra ilegal, a construção no Algarve parava”, diz um 41
subempreiteiro que tem ao seu serviço seis clandestinos, mas que está empenhado na sua
legalização, porque “não há portugueses para trabalhar nas obras”.
O seu melhor empregado é Marin, um moldavo de 34 anos que era professor de educação
física numa escola secundária. Os três contos que ganhava por mês e o facto de o Estado nem
isso lhe pagar há um ano, obrigaram-no a emigrar. Um “conhecido” emprestou-lhe 800 euros e
meteu-o em Almodôvar a trabalhar na agricultura. Marin devolveu o dinheiro e pagou-lhe mais
6000 euros em juros. Trabalhou nas obras para três empreiteiros diferentes: dois não lhe pagaram
e o terceiro deu-lhe 225 euros por mês por 10 horas de trabalho diário, incluindo fins de semana e
feriados. Agora, vive melhor, já não dorme na obra, divide um apartamento com colegas. Mas
nunca se vai esquecer do frio e da fome: “Passei três meses a comer feijão e sardinhas. Já não os
posso ver à frente”.
(…)
In revista Visão de 23 de Março de 2000
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FICHA DE ACTIVIDADE Nº 9

Para perceber o significado dos Direitos Humanos propomos que realize esta actividade para que
conheça exemplos de situações em que os nossos direitos entram em conflito.

 Mesmo conhecendo bem os nossos direitos e deveres, muitas vezes as pessoas


encontram situações em que existem conflitos de direitos, isto é, situações em que se
torna mais difícil tomar uma decisão, porque qualquer uma das opções implica sempre
optar por um ou outro direito.

 A sua tarefa é, através da situação que lhe apresentamos, tomar uma decisão em relação
aos problemas que vão surgindo.

o “Um grupo de pessoas foram fazer férias no espaço para o planeta X. No entanto,
durante a viagem foram atingidos por uma tempestade muito grande que lhes
estragou bastante a nave e o único rádio com o qual podiam pedir ajuda. O piloto
conseguiu aterrar em Marte, o planeta mais próximo.
o O planeta está quase por explorar, mas as pessoas sabem que este tem oxigénio
semelhante ao que existe na terra. No entanto, sabem também que existe um 42
rádio, a única forma que têm de pedir ajuda e regressar à terra, mas que fica no
lado oposto ao planeta onde estão.
o Então, os sobreviventes resolvem iniciar uma viagem até ao encontro do rádio.
Mas, à medida que caminham, vão surgindo alguns problemas que têm de resolver
juntos. Se os problemas não forem resolvidos rapidamente, todo o grupo poderá
sofrer e nunca atingir o rádio".
o Imagine que é o líder deste grupo. Tente resolver estes problemas optando
apenas por uma, de entre as duas opções apresentadas:

1. Algumas pessoas feriram-se quando aterraram no Planeta e, por isso, andam mais devagar.
Está com medo de não conseguir chegar ao rádio antes de acabarem os alimentos. O que faz?

 começa a andar mais devagar para acompanhar as pessoas que estão feridas, arriscando,
portanto, não chegar ao rádio e colocando em risco a vida de todo o grupo?
 deixa as pessoas para trás, mesmo sabendo que, feridas e sem alimentos suficientes
poderiam acabar por morrer?

2. Uma das pessoas do grupo ficou doente e precisa do sangue de uma outra pessoa. Várias
pessoas têm o mesmo tipo de sangue mas nenhuma delas quer ser voluntária com medo de ser
infectado pelo sangue da pessoa doente. O que faz?

 aceita que as pessoas tenham o direito de recusar?


 obriga-as a dar sangue?
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I. P.
Delegação Regional Norte
Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega
Form adora: Cláudia Gonçalves Ano: 2018
3. Um casal de idosos, como anda muito mais lentamente do que o resto do grupo, oferece-se
para ser deixado para trás. O que faz perante esta situação?

 ajuda o casal a vencer o caminho?


 aceita a oferta?

4. Descobre que a pessoa a quem deu a responsabilidade de tomar conta da comida passou seis
anos na prisão condenado por roubo. Até agora fez sempre um bom trabalho. O que faz?

 confia nela e deixa-a continuar o seu trabalho?


 prefere não arriscar e arranja outra pessoa para o lugar dele?

Fonte: Adaptado de "Primeiros Passos - um Manual de Iniciação è Educação para os Direitos Humanos"

FICHA DE ACTIVIDADE N.º 10


Objectivos:
 Conhecer os direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem;
 Reflectir sobre o significado desses direitos bem como sobre as situações em que são
violados.
Procedimentos:
 Após a leitura do artigo o grupo deverá tentar comentar o artigo, recorrendo às questões 43
colocadas.

Artigo 1º

Liberdade, igualdade e fraternidade entre os Homens

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de


razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Declaração Universal dos Direitos do Homem,
Publicada pelas Nações Unidas a 10 de Dezembro de 1948

Após a leitura do Artigo 1º respondam às seguintes questões:


1. Em que sentido o artigo refere que “todos os seres humanos nascem livres”? Deve-se
interpretar tal afirmação como um facto ou como uma aspiração? Justifique.
2. Existem alguns factores/circunstâncias que restringem a nossa liberdade no dia-a-dia?
3. A nossa actuação pode restringir a liberdade dos outros?
4. Conhecem pessoas que não sejam livres? Quais são as restrições mais frequentes à
liberdade?
5. Como interpretam a palavra “dignidade” no contexto deste texto?
6. O que é que entendem por “espírito de fraternidade”?
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Filme “Amor sem Fronteiras”


Depois de assistir ao filme “Amor sem Fronteiras” (Beyond Borders) de Martin Campbell de 2003 e
de analisar alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos,.preencha a ficha de
leitura.

1. Ficha de Leitura

1.1. Título

______________________________________________________________________________

1.2. Nome do Realizador

_____________________________________________________________________________

2. Análise do filme

2.1. Após ter visualizado o filme, elabore um relatório de observação, aproveitando para elaborar
uma reflexão explicando o sentido da seguinte afirmação “Os governares nem sempre colaboram
com a ONU na distribuição da ajuda à população”, bem como qual a cena do filme que mais o
emocionou.
44

3. Comentário crítico

3.1. Significado do filme

Bom trabalho!
A formadora: Cláudia Gonçalves
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Form adora: Cláudia Gonçalves Ano: 2018

Bibliografia

Referencial de Competências – Chave da Área de Cidadania e Empregabilidade


(EFA – B3), ANQEP
Formação Cívica, um guia prático de aprendizagem, SANTOS, Clara, SILVA,
Conceição, Edições Asa
Páginas do Tempo, BARREIRA, Aníbal, MOREIRA, Mendes, Edições Asa
Constituição da República Portuguesa, Lei do Tribunal Constitucional,
MOREIRA, Vital, CANOTILLO, J.J. Gomes, Coimbra Editora
Cidadania, Construção de Novas Práticas em Contexto Educativo, NOGUEIRA,
Conceição, SILVA, Isabel, Edições Asa
Resumo de História do Século XX, CAROL, Anne, CARRIGUES, Jean, IVERNEL,
Martin, Plátano, Edições Técnicas
Introdução à História do Nosso Tempo, Do Antigo Regime aos Nossos Dias,
RÉMOND, René, Gradiva
Portugal 20 Anos de Democracia, MATTOSO, José (Direção), Círculo de
Leitores
45
O Estado Novo, MATTOSO, José (Direção), Círculo de Leitores
Países, Povos e Civilizações, Volume IV, Círculo de Leitores
Salvemos a Terra, PORRITT, Jonathon, Editora Civilização
Viagens – Geografia 7 (Acetatos), Texto Editora
Cidadania e Mundo Actual para CEF (Cursos de tipologia 1,2 e 3), António Pedro
Pombo, Paula Andrade e Margarida Lopes Dias, Bolsa de Estudos

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