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TÉCNI CAS DE

FACILITAÇÃO

GUIA DE
DINÂMI CAS

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

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BEM VINDO/A!

Dinâmicas são atividades muito usadas em


treinamentos para ajudar os participantes a co-
nectarem um assunto através de uma experi-
ência ou prática de forma que eles consigam se
colocar em uma situação similar a que será abor-
dada na aula, porém de maneira mais lúdica.
O papel do facilitador durante a dinâmica é
sempre de:
1_ Orientar o participante sobre como a dinâ-
mica funciona;
2_ Fazer uma simulação sobre a dinâmica an-
tes de rodá-la pela primeira vez com o grupo,
para que todos enxerguem como deverão fazer;
3_ Apoiar os participantes com as dúvidas que
surgirem ao longo da dinâmica;
4_ Fechar a dinâmica e desdobrá-la com os
participantes, sempre conectando com o obje-
tivo do workshop.
Assim, este guia é um local onde você poderá
encontrar diversas dinâmicas para usar em seus
workshops e aumentar seu repertório de ativi-
dades, para evitar a monotonia.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Aproveite para se colocar no lugar do partici-


pante e entender como essas dinâmicas podem
ajudá-lo a (1) ter insights (abrir um novo pon-
to de vista, para iniciar um novo tópico) ou (2)
assimilar um novo conhecimento (concluir seu
entendimento sobre o tópico que está sendo fe-
chado).
Lembre-se: Seu papel como facilitador é apoiar
o participante a chegar a um novo mindset que
possa fazê-lo mudar comportamentos e atitu-
des. Estimule-o a pensar, refletir e agir de forma
diferente. As dinâmicas te darão apoio para isso!

Boa sorte!

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

ÍNDICE

Blue/Green........................................................8

Muralha da China.......................................12

Construíndo pontes..................................16

Pense rápido.................................................20

Construíndo torres....................................23

Náufragos.......................................................27

Aviãozinho......................................................32

6
Dinâmica dos números........................35

Aeróbica cerebral......................................39

Priorização 49..............................................43

Bingo humano............................................49

Desafio do marshmallow.....................51

Dinâmica das ilhas...................................55

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

BLUE GREEN

40 min
2/grupo +
8
Objetivo
Fazer o maior número de pontos.
Competências comunicação, confiança, resolução de
conflitos, negociação, transparência, accountability,
lógica.

Ferramentas
• Handout dos grupos;
• Música de fundo;
• Stopwatch.

Procedimentos
1_ Separe a sala em um número par de grupos.
2_ Os pontos são feitos pela troca de cartões.
Time A1 troca com A2; B1 com B2; C1 com C2.
3_ Haverá 5 rodadas de trocas, com duração de
5 minutos cada.
4_ Apenas o Facilitador fará as trocas. Não ha-
verá contato direto entre os times nas primeiras
rodadas.
5_ Cada time saberá o que está recebendo so-
mente depois de enviar o seu cartão.
6_ Somente depois da 2ª rodada, os times pode-
rão negociar. Para isso, informarão ao Facilitador

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

que direcionará um representante de cada time


para uma área neutra. Os Negociadores poderão
fechar qualquer acordo que acharem vantajoso.

Debriefing
• Analisar a interpretação do objetivo e a consequen-
te estratégia de cada time. Apostaram na pontuação
individual? Tiveram uma postura ganha-ganha? Se
preocuparam com o resultado dos outros grupos?
• Como foi a postura durante a negociação? O
grupo chegou a um consenso sobre o represen-
tante? No momento da negociação, chegaram
a um acordo sobre a cor que enviaram antes do
representante ir negociar? O representante sus-
tentou o que o grupo acordou?
• Se houve quebra de regras. Qual foi o senti-
mento de vocês? Que as reações foram percebi-
das? Houve impacto no resultado do jogo? Qual
a percepção sobre o papel do líder(facilitador)
que provocou esse contexto?

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Dicas
• É importante reforçar que a sala deve ser divi-
dida em um número par de grupos;
• Parte do jogo consiste no facilitador deixar um
clima de dúvida se o objetivo é atingir o maior
número de pontos em conjunto ou individual-
mente dentro do grupo. A princípio os times as-
sumem que é uma competição entre os grupos
e não pensam em uma negociação ganha-ga-
nha, focam totalmente em conquistar o maior
número de pontos para o seu próprio grupo;
• Outra ação que o facilitador pode tomar du-
rante a atividade é por exemplo mudar alguma
regra pré-estabelecida como o tempo das roda-
das ou em que momento será possível negociar.
Essa quebra de regras, em um sentido mais au-
toritário é um bom ponto para ser discutido no
debriefing;
• A cada rodada, compilar os resultados no flip-
chart para mostrar como os times estão indo na
pontuação geral. Reforçar o objetivo de fazer o
maior número de pontos.
• Ao longo das rodadas, estimule os grupos a se
questionarem sobre a conduta do grupo oposto.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

MURALHA DA CHINA

17 min
4+
12
Objetivos
Demonstrar ao participante a importancia
da escuta ativa como um atalho para atingir
o objetivo com mais eficiencia

Competencias comunicação, influencia, visão, resolução


de conflitos, empatia.

Procedimentos
1_ Orientar os participantes para que formem
duplas (virados um de frente para o outro)e pe-
dir aos participantes que imaginem que há um
muro entre eles, na altura de seus rostos;
2_ Exponha o objetivo aos participantes: “cada
um de vocês agora tem dois minutos para que,
a partir de argumentação, convença o seu co-
lega a vir para o seu lado do muro. O muro não
pode ser quebrado e vocês não pode ficar em
cima dele. Tem que haver um trabalho de con-
vencimento para trazer o colega ao seu lado do
muro”.
3_ Os participantes então iniciam a argumenta-
ção enquanto o instrutor toma o tempo (2min)

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Debriefing
• Pergunte quais duplas conseguiram chegar
ao objetivo. Comece pelas duplas que não
conseguiram - pegar apenas uma e perguntar
como foi a argumentação;
• Comece então o levantamento pelas duplas
que conseguiram, e tente entender como foi a
argumentação;
• Em geral, nenhuma dupla consegue realizar
a troca do jeito mais simples e no tempo mais
curto possível, então faça uma demonstração:
chame um voluntário para simular. Fale:

"Olá _________, tudo bem? O meu objetivo é trazer você


para o meu lado do muro, e o seu, qual é?"
R:"O meu é trazer você para o meu lado do muro"
"Então podemos trocar? Se trocarmos, você cumpre o
seu objetivo, e eu cumpro o meu"’

• Caso alguma dupla tenha conseguido (é raro),


pedir que eles demonstrem;
Faça uma pausa e peça palmas a seu assistente;
• Diga "Nós, muitas vezes, achamos que um
objetivo é mais difícil do que realmente é, ou
que não temos um objetivo em comum (com
outra área da empresa, por exemplo), e ficamos
tentando competir para ver quem ganha,

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quando na realidade, quando paramos para ver
o objetivo do outro lado, podemos enxergar que
os problemas podem ser resolvidos de forma
mais simples".

Dicas
• É importante reforçar o objetivo duas ou mais
vezes;
• Caso haja um número ímpar de participan-
tes, encontre alguém do staff/apoio para formar
uma dupla, ou forme um trio, sendo que have-
riam duas pessoas de um mesmo lado fazendo
a argumentação;
• Ponha pressão com relação ao tempo;

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

CONSTRUÍNDO
PONTES

1h
2+
16
Objetivos
Demonstrar aos participante como senti-
mos emoções ao escutar informações sobre
os colegas que sejam inéditas, encontrar
pontos em comum.
Competências empatia, comunicação, criação de víncu-
los, team building, construção de confiança

Ferramentas
• Papel e caneta para que os participantes ano-
tem os pontos de sua dupla e não se esqueçam
dos detalhes na hora de apresentá-la ao grupo.

Procedimentos
1_ Formar duplas (caso seja número ímpar, for-
mar um único trio);
2_ Os participantes terão 10 min para encontrar
três pontos em comum entre eles fora do tra-
balho (exemplo: o que gostam de comer, onde
gostam de ir, onde estudaram, etc). Você pode
começar exemplificando com alguma caracte-
rística sobre si mesmo;
3_ Reforce que devem prestar atenção para que
consigam extrair também algum ponto único e
diferente de seu colega;
4_ Peça aos participantes que realizem a sonda-
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

gem a partir de perguntas (por exemplo: o que


já fez de diferente, se já praticou algum esporte
radical, etc);
5_ Colocar na tela um cronômetro para 10min
e pedir que anotem o que o colega falar, pois
terão que apresentar para a turma ao final da
atividade. Reforce que não basta que saibam o
que ocorreu com o colega, mas qual a história
por trás daquilo;
6_ Chame as duplas para a apresentação, e orien-
te que falem sobre seu colega (apresentá-lo, dizer
em qual área da empresa trabalha) ao invés de
sobre si mesmo, e que comecem por um único
ponto em comum mais relevante, e depois que
cada um fale sobre o ponto único do outro.

Debriefing
• Peça aos participantes que prestem atenção
em como se sentem quando escutam o outro
falar, se há algo que chame atenção, se há algo
que compartilha;
• O exercício é uma prática de como nos senti-
mos quando escutamos o outro falar, pois rara-
mente prestamos atenção àquilo que estamos
sentindo em determinado momento, portanto
pergunte como os participantes se sentiram.

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• Você poderá obter respostas como "me senti
conectado", "senti empatia", "senti proximida-
de", etc. Ao puxar essas informações, reforce que
aprenderam algumas coisas como confiança -
que é construída através do conhecimento (téc-
nico), consistência (pessoas demonstram que
fazem aquilo que dizem), e identificação;
• Muitas vezes, as pessoas passam o dia inteiro jun-
tas e se conhecem superficialmente, mas acabam
não conhecendo a história por trás por não inves-
tirmos tempo em conhecer de fato as pessoas.

Dicas
• Aproveite para anotar o nome das pessoas,
para ter um registro da classe.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

PENSE RÁPIDO

20 min
6 a 22
20
Objetivos
Contribuir para o desenvolvimento do
pensamento rápido e centrado, mesmo
em situações de pressão.
Competências atenção, concentração, foco, trabalho
em equipe.

Ferramentas
• Handout;
• Bolas pequenas;

Procedimento
1_ Propor que o grupo se posicione em círculo;
2_ O facilitador deve se posicionar no centro do
círculo com uma bola na mão;
3_ O facilitador deve fazer uma pergunta aleató-
ria (como “que dia é hoje?”, “2+3=?”, “uma pala-
vra que comece com T”, etc), em voz alta e jogar
a bola para uma pessoa do círculo;
4_ Essa pessoa deve responder a pergunta en-
quanto recebe a bola e devolvê-la ao facilitador.
5_ O facilitador deve jogar a bola e fazer pergun-
tas o número de vezes que achar suficiente para
que as pessoas estejam mais energizadas.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Outputs
• Ao final do exercício, o facilitador abre a discus-
são sobre a atividade com as seguinte pergun-
ta: qual a principal dificuldade deste exercício?
Normalmente terá respostas do tipo: “Nós real-
mente temos que ficar atentos e prestar aten-
ção”, “Nós temos que ouvir a pessoa que está no
meio mesmo com barulho e distrações”, ”Nós te-
mos que focar em várias coisas de uma vez para
concluir o trabalho”, “Temos que trabalhar em
equipe”, “Temos que estar concentrados”.
- O facilitador deve fechar a discussão mostran-
do o quanto a prontidão de agir sob pressão
pode impactar nossas tomadas de decisão.

Dicas
• Perguntas que o facilitador pode fazer para
estimular o debate final: “o quão difícil é fazer
duas coisas ao mesmo tempo (raciocinar e se
movimentar para receber e devolver a bola)?””-
fazer muitas coisas ao mesmo tempo é bom ou
ruim? Em quais circunstâncias podem ser boas
ou ruins?”.

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CONSTRUÇÃO
DE TORRES

1h
8 a 32
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Demonstrar a influência do tipo de liderança
na produtividade e satisfação do trabalho
em grupo.
Competências comunicação, empatia, escuta ativa,
pensar de forma estruturada, lógica

Ferramentas
• Palitos de fósforo e venda para os olhos.

Procedimentos
1_ O facilitador apresenta a narrativa dizendo:
"Somos construtores de torres! Nossa missão
é construir torres! Torres de qualidade, quanto
mais altas, melhor!"
2_ Formam-se grupos de 4 pessoas. Cada grupo
é composto por um operário, um supervisor e
dois observadores. A tarefa consiste em o operá-
rio, com os olhos vendados e sob a orientação do
supervisor, montar a torre, feita de palitos de fós-
foro colocados deitados em paralelo, formando
um quadrado, dois sobre dois (vide foto pág 27);

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3_ Os observadores estarão tomando nota do
que forem assistindo, tanto sobre a relação en-
tre operário e o supervisor, quanto nos resulta-
dos atingidos;
4_ Cada dupla terá 3 minutos para construir sua
torre. Em seguida, trocam-se os papéis. Num se-
gundo momento os observadores passam a vi-
ver a experiência de operário e supervisor, com
os outros dois colegas como observadores;
5_ Ao final, o facilitador conduz uma discussão
dirigida indagando, por exemplo:
"Como vocês se sentiram enquanto operários?"
"E como se sentiram como supervisores?"
6_ Na medida em que o grupo for expressando
os seus sentimentos, o facilitador começa a ex-
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

plorar o desenvolvimento do jogo:


"Quando observadores, como vocês percebe-
ram o andamento do processo?"
"Observaram alguma relação entre a forma de
liderança e os resultados alcançados?"

Outputs
• Fechar um debate da dinâmica pedindo aos
participantes que escrevam em um papel so-
bre como eles estão agindo no dia a dia quando
se encontram em cada uma das circunstâncias
dos papéis da dinâmica
• Pedir que eles pensem sobre quais habilidades
da dinâmica podem ser melhoradas e levadas
ao dia a dia.

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NÁUFRAGOS

30 min
8 a 20
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivos
Propiciar cooperação, consciência grupal,
resolução de problemas, criatividade,
sensibilização, percepção do outro.

Competências trabalho em equipe, planejamento,


organização, relacionamento interpessoal, comunicação.

Ferramentas
`Quadrados de cartolina;
• Quadrados de papel alumínio;
• Folhas de papel comum;
• Tesouras;
• Fitas adesivas;
• Frascos de cola;
• Grampeadores;
• Vendas;
• Barbante.

Procedimento
1_ Solicite aos participantes que se agrupem em
duplas e que se sentem no chão um diante do
outro;
2_ Narre-lhes uma história a respeito de um
naufrágio no qual os dois náufragos encontram
uma ilha solitária. Ambos precisarão do mais
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alto grau de solidariedade mútua para garantia
da sobrevivência. Tudo poderia correr razoavel-
mente bem se um deles não fosse cego e o ou-
tro tivesse braços.
3_ Cada membro da dupla deverá representar
um desses personagens. Coloque um venda nos
olhos do que representará o cego e amarre para
trás, com barbante, as mãos do que fará o papel
do náufrago sem braços.
4_ Continue a narrativa acrescentando que, en-
tre todos os pertences que levavam no navio, só
conseguiram salvar o material que você distri-
buirá.
5_ Entregue, pois, para cada dupla: um quadra-
do de cartolina medindo cerca de 40 cm de lado,
um quadrado de alumínio da mesma dimensão,
uma folha de papel tipo ofício, uma tesoura, um
rolo de fita adesiva, um frasco de cola branca e
um grampeador.
6_ Prossiga contando que nuvens carregadas
aproximam-se dali, e que cada dupla, usando
aquele material, buscará a todo custo construir
um vasilhame para recolher a água doce da
chuva, para assim garantir mais alguns dias de
sobrevivência naquele lugar inóspito.
7_ Acrescente que o formato do objeto não im-
portará, e sim a sua funcionalidade para tal fim.
Reforce a premissa de que nada conseguirão
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

sem uma perfeita harmonia e cooperação entre


eles que a comunicação verbal será de extremo
valor. Adiante que também neste item terão
suas tarefas dificultadas, uma vez que todos os
“sobreviventes” estarão falando ao mesmo tem-
po.
8_ Ofereça-lhes o tempo-limite inicial de dez
ou quinze minutos, proceda as amarrações dos
braços e a aplicação das vendas.
9_ Autorize-os a iniciar o desafio. Acompanhe
de perto os trabalhos das duplas orientando-as
e estimulando a persistir.
10_ Comente, com ênfase, que não poderão fi-
car de pé, mas que, em compensação, os pés
poderão ser usados para mover os objetos.
11_ Esgotado o tempo você terá um dos cami-
nhos a seguir:
a. Pedir que guardem os recipientes construí-
dos, para uma posterior avaliação, invertam os
personagens e recomecem o jogo.
b. Finalizar ali mesmo a atividade dando início à
etapa de verbalização, abrindo tempo para estes
comentários finais.
(Caso você reinicie a atividade, terá se utilizado
de cerca de 30 minutos).

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Outputs
• Pontos para discussão:
- O que dificultou o desenvolvimento da ativida-
de? O que o grupo fez para superar a dificuldade?
- Como cada um lidou com as limitações que lhes
foram impostas?
- Houve algum planejamento antes de iniciar a ati-
vidade? Como foi?
- O que se pode concluir com esta atividade no
que se refere à cooperação?
- Qual a importância deste fator para a execução
eficaz da tarefa proposta?
- Qual a importância deste fator para a empresa?
- Existe cooperação dentro da empresa? Em que
momentos? O que pode ser feito para que ela au-
mente?
• Observar se os participantes conseguem traba-
lhar em equipe, cooperando um com o outro; se
têm capacidade de superar obstáculos; o nível de
criatividade que possuem e como ocorre a relação
entre as duplas.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

AVIÃOZINHO

1h
8 a 32
32
Objetivo
Permitir que a pessoa A receba a informa-
ção de qual é o símbolo em comum entre
o grupo
Competência comunicação, lógica.

Ferramentas
• Handout com as instruções para cada partici-
pante;
• Papel sulfite para escrever os bilhetes.

Procedimentos
1_ Organizar a disposição das cadeiras na forma
de avião (vide esquema abaixo) sem que os
participantes percebam;

B1 B2

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

2_ Distribuir aos participantes as diretrizes para


cada papel;
3_ Na tarefa a ser exercida, cada pessoa receberá
uma folha com cinco símbolos. O papel do gru-
po é determinar qual o símbolo em comum que
consta em todas as folhas
4_ Reforçar aos participantes as regras de que
não podem se comunicar verbalmente (apenas
via bilhete), e com as pessoas das posições B1 e
B2

Outputs
Fechar a dinâmica com um debate sobre os te-
mas: comunicação, alinhamento, ruídos, hierar-
quia, foco e trabalhar sob pressão com poucas
informações.

Dica
• O coordenador abre a discussão sobre a atividade.

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DINÂMICA DOS
NÚMEROS

90 min
8 a 20
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivos
Evidenciar a influência do papel do líder no
desempenho das equipes.
Mostrar as diferenças entre chefe e líder e
seu impacto nos resultados.

Competências trabalho em equipe, execução, organiza-


ção, comunicação, capacidade de motivar.

Ferramentas
• Pincéis;
• Handout com a base de números.

Procedimento
1_ O facilitador divide os participantes em duas
equipes e os participantes se organizam em
grupos, colocando as mesas lado a lado;
2_ O facilitador entrega os materiais e explica
como funcionará a dinâmica aos participantes;
3_ A dinâmica acontece com um grupo por vez.
O objetivo de cada equipe é conseguir circular
os números ordenadamente;
4_ O facilitador projeta o cronometro e inicia
o tempo para a equipe 1. Nessa primeira fase o
facilitador pressiona bastante a equipe, cobra
resultados, não oferece suporte, faz um papel
mais de ditador autoritário.
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5_ São rodadas de 2 minutos e ao final de cada
rodada o facilitador deve compilar o resultado,
indicando quais foram os números mais altos da
equipe. Serão 4 rodadas por equipe.
6_ Com a segunda equipe, o facilitador repete
os passos 6 e 7, mas agora com uma postura de
líder, preocupado em apoiar a sua equipe, for-
necer recursos, motivando os demais, ajudando
a encontrar formas mais produtivas de concluir
o desafio.
7_ Entre a primeira e segunda rodada: facilita-
dor dá a instrução para que os participantes do-
brem a folha e percebam que os números pares
estão ao lado direito e os ímpares no esquerdo.
Entre a segunda e terceira rodada: : facilitador dá
a instrução para que os participantes dobrem a
folha novamente e percebam que os números
estão alternados entre a parte de cima e parte
de baixo, a cada 6 números. Ex: de 1 a 6 está em
cima, de 7 à 12 está embaixo.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Outputs
• A atividade se encerra com a comparação dos
dois resultados. Invariavelmente a equipe 2
apresenta resultados melhores que a equipe 1.
• O facilitador inicia o debriefing fomentando
uma discussão sobre as diferenças entre os dois
perfis de gestão.

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AERÓBICA
CEREBRAL

15 min
5+
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Aquecer o cérebro através de atividades de
pensamento rápido e cognitivo
Competências agilidade, memorização, improvisação,
criatividade, visão.

Procedimentos
1_ O facilitador deve formar uma ou mais rodas
de pelo menos cinco pessoas;
2_ No primeiro momento, as rodas vão trabalhar
concordância e colaboração;
3_ Uma pessoa da roda inicia falando que fará
uma festa e apresenta uma característica dessa
festa. Ex: “Vamos dar uma festa open bar”;
4_ A próxima pessoa da roda deve repetir o que
foi falado anteriormente e adicionar mais uma
característica à festa. Ex: “Vou dar uma festa
open bar, na praia”;
5_ A frase vai ficando mais longa conforme as
pessoas vão adicionando características, e caso
alguém erre a frase, o grupo deve começar no-
vamente;
6_ O objetivo é que o grupo consiga dar pelo
menos uma volta com a frase;

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7_ Ao final da rodada 1, o facilitador intervém e
apresenta que agora além de repetir a caracte-
rística da festa da pessoa anterior, o participante
deve retirar as características anteriores e adi-
cionar uma nova. Ex: P1“Vamos dar uma festa
open bar”, P2 “Vamos dar uma festa, mas não
vai ser open bar, vai ser à fantasia”, P3 “Vamos
dar uma festa, mas não vai ser nem open bar,
nem à fantasia, vai ser festa junina”, etc.

Outputs
• Perguntar aos participantes o que foi mais fácil:
adicionar ou divergir?
• Perguntar aos participantes quando na vida e
no trabalho é mais importante adicionar ou di-
vergir. Ex: para a criatividade, é mais importante
adicionar, e quando precisamos tomar decisões,
divergir pode ajudar a chegar a uma escolha.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Dicas
• Essa atividade é recomendada para treina-
mentos que vamos precisar de muita criativida-
de e interpretação aberta dos participantes
• É uma atividade muito boa para energizar os
participantes após o almoço

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PRIORIZAÇÃO 49

40 min
15 +
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Definir, de maneira ordenada, os principais
objetivos de um grupo e suas prioridades
Competência foco, colaboração, compartilhamento,
ponto de vista, interpretação e priorização.

Ferramentas

Procedimento
1_ Participantes escrevem individualmente em
um pedaço de papel o que é mais importante
para aprender neste workshop;
2_ Afastam-se as cadeiras e mesas e todos ficam
em um espaço sem objetos, para que eles pos-
sam ficar circulando ao longo da dinâmica;
3_ Todos ficam de pé com seu papel na mão e
quando o professor coloca música para tocar as
pessoas circulam pela sala, trocando os papéis
de sua mão com os das outras pessoas. Ficando
sempre com APENAS 1 papel em mão e de for-
ma a ficar o mínimo de tempo possível com o
mesmo papel na mão;
4_ Na hora que a música pára, o participante es-
colhe a pessoa mais próxima dele para fazer a

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atividade em dupla;
5_ A dupla tem 2min para ler os 2 papéis e avaliar
qual dos papéis tem um objetivo mais alinhado
com o que eles gostariam. Assim que definirem,
a dupla deve distribuir 7 pontos entre os papéis,
sem quebrar pontos no meio e dar mais pontos
para aquele que seja mais relevante. Quanto
mais relevante um sobre o outro, mais pontos
um recebe e menos pontos o outro recebe, do
total de 7 (Ex. 0 e 7, 1 e 6, 2 e 5...etc).
Os participantes devem anotar no próprio pa-
pel, quantos pontos atribuíram à ele.
Assim, a cada rodada, as próximas duplas vão
adicionando os pontos ao papel. Pois ao final,
faremos a soma de pontos totais para comparar
quais foram os objetivos do workshop mais ali-
nhados com a classe.
6_ Ao final dos 2min, o professor toca a música
toca de novo e os participantes voltam a trocar
os papéis até que ela pare e eles tenham que
achar outro colega. A mesma atividade deve se
repetir 7 vezes.
7_ Ao final, todos devem fechar com 1 papel em
mão, que tenha recebido 7 notas (ao longo das
7 rodadas da dinâmica). Os participantes se sen-
tam com o papel que acabou em sua mão.

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Debriefing
• O professor deve conduzir o debriefing pedin-
do para todos somarem as notas de seu papel
final e perguntando quem acabou com o pa-
pel que atingiu a maior nota. Começando com
a pergunta "alguém aí recebeu 49 pontos??...
e 45?? alguém acima de 40 pontos?..." e pedir
para quem tiver esse papel ler qual foi o objetivo
descrito
• O professor segue o debriefing até ter entre 3 e
5 objetivos mais votados
• O professor encerra a dinâmica dizendo que
esses TOP objetivos serão o foco da aula. Assim
ele pode direcionar todo o conhecimento para o
que é prioridade ao grupo.

Dicas
Essa dinâmica pode ser usada para falar de:
Priorização, colaboração, Visão, OKRs, Foco, Ins-
piração, Empatia, Liderança

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BINGO HUMANO

20 min
10 +
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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Facilitar a abordagem entre os participan-
tes para que eles se conheçam através de
suas características únicas
Competências networking, empatia, competitivida-
de, agir sob pressão

Ferramentas
• Cartelas do Bingo para os participantes;
• Música de fundo;
• Stopwatch.

Procedimento
1_ Antes da aula, o professor deve solicitar infor-
mações pessoais dos participantes e que eles
considerem únicas em si.
2_ O professor deve ler todas e extrair a mais
curiosa de cada um dos participantes e montar
uma tabela, igual uma cartela de bingo. Porém,
ao invés de números, deve colocar uma carac-
terística (ex. TEM 7 CACHORROS, MOROU EM
5 PAÍSES, FOI CAMPEÃO BRASILEIRO DE GA-
MÃO...)
3_ Quando a aula começar, o Bingo Humano
será uma atividade de quebra gelo, para que os
48
participantes se conheçam, de uma forma dife-
rente, através de uma dinâmica interativa e que
não leve tanto tempo.
4_ O professor deve distribuir a cartela com
as características para cada participante e dar
10min para que os participantes encontrem
as pessoas "donas" daquelas características e
OBRIGATORIAMENTE coletem as assinaturas
das respectivas pessoas (para garantir que ele
falou com a pessoa e não colou de alguém que
já tinha a informação)
5_ O jogo acaba quando a primeira pessoa com
a cartela completa grita BINGO!! e o professor
valida que as informações estão completas e
corretas.
6_ Caso quem gritou BINGO!! não tenha com-
pletado corretamente, o jogo segue até que al-
guém finalize de forma correta.
7_ Ao final, todos sentam e o professor puxa per-
gunta aos donos das características mais inusi-
tadas, quais suas histórias por trás da caracte-
rística?

49
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Dicas
• Essa dinâmica pode ser usada para falar de:
Rapport, Escuta Ativa, Empatia, Gestão de Rela-
cionamentos, Networking, Autoconhecimento,
Diversidade, Storytelling.

50
DESAFIO DO
MARSHMALLOW

30 min
8+
51
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Montar a mais alta torre de macarrão LIVRE,
dentro do tempo limite de 18 minutos e co-
locar o marshmallow no topo.
Competências comunicação, trabalho em equipe, cola-
boração rápida

Ferramentas
• 20 spaghettis;
• 1 m de Fita Crepe;
• 1 m de barbante.

Procedimentos
1_ Peça aos participantes que formem grupos
de até quatro pessoas;
2_ Cada equipe tem o desafio de montar a maior
torre “livre” dentro do tempo estimado, usando
os materiais entregues;
3_ Oriente os grupos que o marshmallow preci-
sa estar inteiro no topo da estrutura;
4_ Explique que não serão aceitos itens além da-
queles que foram entregues, porém o spaghetti
pode ser quebrado, e a fita/barbante podem ser
cortados;
5_ Ao final dos 18 minutos, finalize a atividade e
52
confira quais grupos tiveram mais e menos êxi-
to no desafio.

Debriefing
• Discuta com os grupos sobre qual processo foi
seguido por eles para chegar ao ponto que esta-
rão na construção da torre;
• A maioria das pessoas passa por um processo
de 4 passos: discussão, planejamento, constru-
ção e finalização (que pode ou não ter sucesso,
com relação ao objetivo);
• Dentro da média dos participantes do desafio
do marshmallow, os mais bem sucedidos são
crianças em idade pré escolar, pois eles não pro-
curam uma única solução para um problema,
como os adultos, mas fazem uma prototipagem
começando pelo próprio marshmallow ao invés
da base da estrutura;
• O processo seguido pelas crianças é conhecido
como a essência do processo iterativo, nos quais
elas recebem feedback constante sobre o que
funciona e o que não funciona durante a cons-
trução da torre, e assim podem logo descartar
ou adaptar idéias falhas, e aproveitar as idéias de
sucesso;
• O desafio ajuda a expor suposições não decla-

53
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

radas dentro de projetos. "todo projeto tem um


marshmallow".

Dicas
• Os participantes precisam usar todos os mate-
riais entregues;
• A média de altura das torres de spaghetti é de
50cm;
• A maior parte das pessoas não obtém êxito,
pois ao colocar o marshmallow no topo da es-
trutura, esta acaba desmoronando. Isso tam-
bém faz parte do processo (vide Debriefing).

54
DINÂMICA
DAS ILHAS

1h
6+
55
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

Objetivo
Fazer com que todos os participantes alcan-
cem a área de chegada (quarta plataforma/
ilha), conforme mapa.
Competências comunicação, interfaces, interdepen-
dência.

Ferramentas
• Handout: Folha de orientação para o grupo dos
MUDOS;
• Fita crepe;
• Elástico ou barbante;
• Folhas de flipchart dobradas para fazer cone-
xões entre os grupos;
• Relógio/cronômetro para contagem do tempo;
• Vendas para 1/3 do grupo.

Procedimentos
1_ Preparação prévia: marcar com fita crepe três
triângulos (vide esquema ao lado), de modo que
caiba 1/3 dos participantes da dinâmica dentro
de cada um deles (em pé);

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IMOBILIZADOS

VENDADOS MUDOS

OBJETIVO

2_ Divida a turma em três grupos. Cada um de-


les terá uma limitação diferente:
Grupo 1: todos VENDADOS
Grupo 2: todos IMOBILIZADOS (com elástico ou
barbante nos pés)
Grupo 3: todos MUDOS (devem permanecer
sem falar durante a atividade, podendo comuni-
car-se apenas por meio de gestos);
3_ Cada grupo iniciará a atividade dentro de
uma “ilha”, que estará situada em uma área con-
forme o posicionamento dado pelo Consultor;
A área demarcada é uma área livre para a movi-
mentação, mas os subgrupos não podem tocar
no chão fora destas áreas marcadas (com fita
crepe);
57
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO GUIA DE DINÂMICAS

4_ Importante: somente os participantes MU-


DOS conhecerão o objetivo da atividade, bem
como suas regras. Separe-os dos outros grupos
para que leiam as instruções. Dê-lhes cinco mi-
nutos de planejamento. Todos os participantes
deverão terminar a atividade em uma ilha de
convergência para as três equipes, sem que nin-
guém toque nenhuma parte do corpo fora das
ilhas;
5_ Entregar o Handout INSTRUÇÕES ESCRITAS
apenas para um participante do grupo dos mu-
dos, e estabelecer um tempo para realizar a ta-
refa (dizer a ele em voz baixa) ex: 15 pessoas = 15
minutos;
6_ Os vendados terão três folhas de flipchart do-
bradas (x cm de comprimento - verificar se ha-
verá espaço para três pontes. Caso não haja, po-
dem ser usadas duas folhas dobradas) próximo
à sua “ilha”. Essas pontes só podem ser manuse-
adas por eles, que também possuem passapor-
te livre para transitar sobre as mesmas;
7_ Os imobilizados podem andar pelas pontes,
porém apenas em contato físico com um dos
vendados;
8_ Os mudos podem andar pelas pontes, porém
apenas em contato físico de um representante
de cada equipe (um vendado e um imobilizado);
9_ Iniciar a contagem do tempo.
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Outputs
• Perguntar aos participantes: “O que vocês con-
seguiram? O que vocês não conseguiram fazer
aqui? Em quais ‘vícios/armadilhas’ vocês caí-
ram?”
• “O que vocês fariam diferente se tivessem uma
nova oportunidade?”
• O que foi fundamental para obter o resultado e
ser um time de alta performance?

Dicas
• Perguntar à turma se alguém tem problemas
em ficar vendado;
• Reforçar ao grupo dos mudos que não pode
haver nenhuma comunicação verbal entre eles -
toda a comunicação deve ser escrita e obedecer
o fluxo citado no handout.

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