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RESUMO

A questão colocada por Nietzsche em 1874 é explicitamente a do valor da história e só pode ser
colocada porque reporta a história a uma instância exterior, a vida, qualificada então como não histórica.
Em 1878, Nietzsche inverte sua interrogação e preconiza uma "filosofia histórica" que identifica vida e
história, abrindo assim a possibilidade de uma história dos valores. O problema consiste agora em saber
como concretizar esta última. Nietzsche recorre então ao esquema utilitarista, com o qual começa uma
longa discussão, como testemunha muito bem, em 1882, A gaia ciência. Em 1887, o próprio conceito de
"genealogia" é empregado para significar uma nova historicidade, cuja possibilidade mesma depende da
liquidação prévia desse modelo, de modo que a crítica a Paul Rée deve ser compreendida também como
uma autocrítica.

Axiologia é o estudo de valores, uma teoria do valor geral, compreendido no sentido moral. Como
descreveram Max Scheler e Heinrich Rickert, na Alemanha, e Ruyer e R.

O que são princípios axiológicos?

A Declaração abre-se com a proclamação dos três princípios axiológicos fundamentais em matéria de
direitos humanos: a liberdade, a igualdade e a fraternidade. ... Especialmente no tocante aos direitos
humanos, reconhece-se hoje que eles constituem um “sistema objetivo de valores”, formando a base
ética da sociedade.

Mas o que são valores? foi refletindo sobre esta pergunta que surgiu no século XIX a teoria dos valores
ou axiologia (do grego axios, “valor”)

I. A história

É, sem dúvida, lícito abordar a segunda Extemporânea como uma justificação retrospectiva de O
nascimento da tragédia. É primeiramente uma resposta aos filólogos de profissão que julgaram
insuficientemente histórica a obra de 1872, consistindo ela em minorar a "história" ao referi-la a uma
instância superior, a "vida". Eis por que não se deve negligenciar o título de 1874: Vom Nutzen und
Nachteil der Historie für das Leben. A introdução logo o parafraseia anunciando uma "Betrachtung über
den Wert und den Unwert der Historie". É certo que Schopenhauer já havia colocado a questão do valor
[Wert] da história no capítulo 38 dos suplementos do Mundo3; mas era preciso então conferir ao termo
seu sentido ordinário e perguntar-se qual interesse tinha o estudo da história, com que finalidade se
consagrar a ela, como, por exemplo, já fazia Schiller em sua célebre aula inaugural de 17894, mesmo se
fosse para responder de maneira totalmente diversa. Para Nietzsche, o termo "valor" adquire um sentido
novo e importante, devendo ser entendido em oposição, por um lado, à verdade, e, por outro, ao
sentido: não se trata de determinar quais são as condições requeridas para se ter um discurso
verdadeiro sobre os fatos passados; tampouco se trata de envolver estes num curso racional que
conduziria um sujeito à consciência de si próprio; trata-se de determinar se a história favorece a vida,
isto é, ao mesmo tempo qual tipo de história favorece a vida e qual tipo de vida é favorecido pelo estudo
da história. À questão então crucial de saber o que pode significar este vocábulo enigmático, a "vida", o
§ 1 responde que ela consiste numa "força que permite a alguém desenvolver-se de maneira original e
independente, transformar e assimilar coisas passadas ou estrangeiras, curar suas feridas, reparar suas
perdas, reconstituir por si próprio as formas quebradas"5. Ao fim do mesmo parágrafo, Nietzsche precisa
explicitamente - e como poderia fazer de outro modo, se pretende servir-se dela para avaliar a história -
que a vida é não histórica: "A história, na medida em que está a serviço da vida, está a serviço de uma
potência a-histórica [unhistorisch]"6. Se a definição mesma da vida a afasta da vontade
schopenhaueriana - e sua definição como vontade de potência a afastará ainda mais7 -, essa última
característica, ao contrário, aproxima-a dela.

Opondo-se à verdade e ao sentido do ponto de vista do valor, certamente Nietzsche não justifica apenas
o uso instrumental que fez da filologia em 1872; ele encontra a ocasião para fazer um balanço que retira
a razão de seus rivais ao mostrar que a história positiva e a filosofia da história são igualmente
patogênicas.

I.1. A vida contra a história

O que é uma hierarquia de valores?

A hierarquia de valores é uma gama de valores cada vez mais altos nos quais a ordem moral e ideológica
da vida é estabelecida.

A ordem desses valores é altamente debatida e difícil de determinar, pois, para chegar a uma conclusão,
o processo é subjetivo, pois dependerá de perspectivas pessoais, grupais, educacionais, culturais e
sociais.

Um grande número de valores pode ser ordenado em uma hierarquia para demonstrar sua importância
em relação aos outros, onde valores espirituais, intelectuais, artísticos, morais e outros estão envolvidos.
Os valores são divididos em valores infra-humanos, inframorais, econômicos, morais e religiosos. Para
ter maior clareza do conceito de hierarquia de valores, é prudente definir o que é uma hierarquia e qual
é o valor, por sua natureza, características, importância e influência na vida humana.

A hierarquia é uma estrutura organizada na qual escalas de importância ou sistemas de maior ou menor
relevância são estabelecidos no mesmo ambiente.

O valor é algo que possui em si um grau de categoria, que influencia o ser humano que lhe dá significado
e que pode ser usado para decidir ou justificar.

O valor está intimamente relacionado aos princípios e atitudes que um indivíduo possui ao agir.

A hierarquia de valores exige que o ser humano tenha um sistema muito claro e filtrado de seus valores,
uma vez que são devidos à direção pessoal e social. Mas isso não significa que os valores sejam
imutáveis e não possam mudar.

Os valores podem mudar, por exemplo, nos estágios iniciais da vida, o valor que pode ser mais
importante em uma pessoa pode mudar mais tarde; Também pode mudar de acordo com os campos
social, trabalhista, cultural e religioso.

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Os valores têm caráter pessoal, cada um dá o grau de importância que eles desejam para esse ou aquele
valor, de acordo com seu ponto de vista social no sistema de valores.

Características dos valores mobiliários


A hierarquia de valores dependerá de três elementos muito importantes:

-A pessoa que determina os valores mais importantes de acordo com suas necessidades, interesses,
aspirações, treinamento, condições pessoais e sociais.

Um segundo elemento são as qualidades de valor, que têm a ver com preferência pessoal.

-O terceiro elemento que influencia é a situação em que a pessoa vive, pois é decisiva na posição e
preferência de sua hierarquia de valores.

As seguintes características podem ser destacadas através destes três elementos mencionados acima:

-Os valores têm dois pólos, o positivo e o negativo como bem e mal

-Eles têm uma gama no mundo de valores que variam de péssimos a excelentes.

-Há uma hierarquia social, moral e ética.

-Os valores são eles próprios uma qualidade e não determinam uma quantidade, ou seja, não são
quantificáveis.

-Eles também são flexíveis, pois podem mudar ao longo do tempo de acordo com as experiências e
necessidades dos indivíduos.

– Sua durabilidade varia, sendo algumas mais permanentes que outras.

Tipos de valores

Existe uma grande variedade de valores, incluindo 12 principais que são classificados como pessoal,
familiar, universal, material, econômico, humano, ético, pragmático, estético, sociocultural, moral e
espiritual. Aqui estão alguns dos mais importantes:

Valores universais

Eles entendem as normas de relacionamento e sociedade estabelecidas e impostas pela comunidade em


momentos específicos e de acordo com necessidades específicas.

Valores religiosos

São aqueles que são estabelecidos por cada aspecto, doutrina ou denominação religiosa; elas podem ser
crenças pagãs ou integradas e reconhecidas em todo o mundo.

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Valores morais

São elas que derivam de seu relacionamento com a sociedade e são úteis ao tomar decisões, pois estão
sujeitas à ética.
Valores biológicos

Eles são conhecidos como aqueles que emergem das necessidades básicas do homem, como
alimentação, saúde, moradia, cuidados pessoais, entre outros.

Valores econômicos

Refere-se ao valor do físico e da riqueza; são aqueles que satisfazem o material, comercial, bens, objetos,
entre outros.

Valores psicológicos

Eles são aqueles que são observados através do comportamento humano.

Valores estéticos

São aqueles que focam a beleza como objeto principal, buscando equilíbrio, funcionalidade e impacto
visual.

Alguns exemplos de valores

Considerando que os valores compreendem qualidades e são necessários para o desenvolvimento na


vida de um indivíduo, são apresentados alguns exemplos de valores gerais que não seguem nenhuma
ordem, classificação ou hierarquia, mas que ajudam a entender sua presença no dia a dia.

– Sinceridade – Honestidade – Justiça


-Amor -Freeness -Paciência

-Humilidade -Respeito -Tolerância

-Generosidade -Lealdade -Responsabilidade

– Desculpe – Alegria – Sabedoria

-Amizade -Sensibilidade -Família

– Serviço – Simplicidade – Compaixão

-Melhoria -Saúde -Satisfação

-Beleza-Prosperidade -Sucesso

-Autonomia -Caridade -Fe

-Fortaleza -Honestidade

Importância da hierarquia de valores

A importância da hierarquia de valores são convicções que determinam, orientam e orientam o


comportamento de uma pessoa, suas aspirações, interesses e seu comportamento na sociedade.
Os valores são os fundamentos da vida social, que permitem às pessoas viverem juntas. Sua hierarquia
ajuda a definir prioridades.

Os valores mais importantes são aqueles que fazem parte da identidade, indicam a maneira como nos
expressamos e vivemos.

Quanto mais claros os valores e sua hierarquia, a orientação e o próprio sentido da vida, são
determinados de acordo com o propósito e as perspectivas.

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Ensinar a importância da hierarquia de valores na escola, em casa e em grupos sociais desde tenra idade
pode contribuir para uma melhor visão da composição e funcionalidade dos valores na humanidade.

Distrações comerciais, produtos, novos padrões de comunicação e relacionamentos interpessoais


relegaram a instilação de valores em todos os níveis, tanto familiares quanto sociais, acadêmicos e
trabalhistas.

A ordem do grau de valores foi alterada em muitos casos, de acordo com as mudanças pelas quais a
modernidade está passando.

A globalização pode ser uma das principais razões pelas quais os valores culturais da sociedade estão
desaparecendo e criando novos ‘valores’.

Referências

José Álvarez Valores, Modelo e Educação Integral. Recuperado de: digibug.ugr.es

Tong-Keun Min. Um estudo sobre a hierarquia de valores. Fonte: bu.edu


A hierarquia de valores. (2008). Fonte: abc.com.py

José Esteve Vilaverde. A hierarquia de valores. Fonte: jubiceca.wikispaces.com

Sergio Estrada Vélez. Hierarquia filosófica de valores. Fonte: rtfd.es

Joel Runyon A hierarquia de valores. (2013). Fonte: impossiblehq.com

Hierarquia de valores

Os valores encontram-se hierarquizados, organizam-se em escalas e subordinam-se uns aos outros


consoante a sua importância relativa. A essa hierarquização chama-se tábua de valores.

O filósofo alemão Max scheller apresentou a seguinte tábua de valores:

Valores religiosos: sagrado/profano, divino/ demoníaco; milagroso/mecânico; supremo/derivado.

Valores éticos ou morais: bom/mau; justo/injusto; misericordioso/ desapiedado; leal/desleal.

Valores estéticos: belo/feio; gracioso/tosco; elegante/deselegante; harmonioso/desarmonioso;


sublime/ridículo.

Valores lógicos: verdadeiro/falso; exacto/aproximado; evidente/provável.

Valores vitais: forte/fraco; enérgico/inerte; são/enfermo.

Valores úteis: caro/barato; capaz/incapaz; abundante/escasso; adequado/inadequado;


conveniente/inconveniente.

De acordo com Max Scheler, os valores religiosos (os mais valioso) encontram-se no topo da hierarquia,
enquanto os valores úteis (os menos valiosos) ocupam a sua base.

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