Atividade Avaliativa Bimestre: 3º

Disciplina: Filosofia / Sociologia Valor: 10,0 Nota: __________ Elaborador: Geraldo Albuquerque
Unidade: Data:
Grau: Ensino Médio Série: 1 º Colegial Turma:

Aluno(a): ___________________________________________________________________________________________________

(Questão 1)
Valor: 4,0 pontos

A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses
atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a
mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”.
Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor,
nós a identificamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.

A que atividade Aristóteles se refere no texto acima? Explique a importância que o filósofo
dava à atividade identificada e como os homens se realizam por meio dela.

Para o filósofo grego Aristóteles, a atividade citada acima se trata da felicidade, que
envolve a ética, que no caso a ética seria o estudo do comportamento, das ações, das escolhas
e dos valores humanos. Ademais, como citado acima, a felicidade é alcançada quando o
indivíduo age eticamente, de forma virtuosa. Logo, Aristóteles formula que é a felicidade é a
atividade da alma segunda sua virtude, e, portanto, a felicidade humana ajuda o ser humano a
se desenvolver e essa, pode ser considerada como um bem supremo.

(Questão 2)
Valor: 4,0 pontos

Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era
algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no
certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No
entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS, J. Problemas da filosofia.
Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista Trasímaco e Sócrates, imortalizados no diálogo A República, de Platão, discutiam
acerca da correlação entre justiça e ética. Para os sofistas todas as convenções sociais
resultavam de interesses humanos contingentes. Qual era a posição de Sócrates? Explique-a

Sócrates tinha pensamentos contrários aos Sofistas, ele questionava o relativismo dos
sofistas e acreditava que o compromisso era a busca com a verdade. Por exemplo, a filosofia
moral, o saber do que é certo ou errado, tinha como ponto de partida a consciência do agente
moral, assim seria algo que decorreria da essência humana. Portanto, era o sujeito que
obtinhas suas próprias decisões, intenções e atitudes. Só para ilustrar, Sócrates com sua frase
“só sei que nada sei” aponta um novo caminho para a sabedoria. Logo, conhecer a si mesmo,
ter a virtude do conhecimento e saber o pensamento da sua própria existência, era o caminho
para o homem decifrar o que é o bem e o mal.
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 (Questão 3)
Valor: 4,0 pontos

TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcança
duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo
reúne. HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza) São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto,
inabalável sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como
poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se? PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002
(adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição, qual é ela? Como podemos
explica-la?

No caso, a oposição seria as discussões de base ontológica, pois estão tratando do “ser”.
No texto 1, o pensamento do pré-socrático Heráclito é marcado pela discussão em torno do
fundamento dos seres, que caracteriza pela constante mudança indicando a metáfora do rio,
defendendo a mudança como o único elo entre as coisas. No texto 2, observamos o contrário,
Parmênides sustenta a ideia da imutabilidade que permanece em meio a mudança, no caso o
ser não se modifica.

(Questão 4)
Valor: 4,0 pontos

Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais
é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas
não terá o conhecimento grande influência sobre essa vida? Se assim é esforcemo-nos por
determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou
faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais
prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra
ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num
Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as
faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a
ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que
devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as duas outras,
de modo que essa finalidade será o bem humano. ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. In: Pensadores.
São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado)

Explique a concepção de Aristóteles sobre a política e como sua discussão ética contribui para a
realização política do homem.

Na visão de Aristóteles, a política é uma continuidade da ética. Ela é caracterizada por

ser uma doutrina moral social, com isso ela é tudo o que se relaciona à busca de ações para o
bem estar tanto individual como coletivo, logo estaria relacionada à uma maneira de viver que
levasse os indivíduos a felicidade. Ademais, seria a base de vida na pólis grega, que é vista por
Aristóteles como um fenômeno natural e, portanto, na política propriamente dita.
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Atividade Avaliativa – Filosofia / Sociologia – 1º Colegial
 (Questão 5)
Valor: 4,0 pontos

Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e

embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os
temperamentais, como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são
capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem.
Sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BREHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

Explique brevemente como poderíamos definir o modo de vida socrático:

O modo de vida socrático foi caracterizado pela sustentação do método dialético, onde
Sócrates tinha como princípio a construção do conhecimento através de diálogos com
discussões de ideias, que favorecia uma verdadeira troca de conhecimento. A dialética
socrática era dividida em maiêutica e ironia, na qual basicamente Sócrates guiava seus
ouvintes a encontrarem uma resposta para suas próprias dúvidas e questionamentos, que no
caso geraria uma série de divergências de opiniões, fazendo eles se conhecerem mais sobre si
próprios e partir uma ideia de autorreflexão, que foi um legado para a humanidade.

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Atividade Avaliativa – Filosofia / Sociologia – 1º Colegial