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SÉRIE: -
MODELOS AFETADOS: Todos
GRUPO-SUBGRUPO: -
CUIDADOS COM GRUPO-SUBGRUPO: -
ASSUNTO: ADITIVAÇÃO DO COMBUSTÍVEL
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Visando melhorar o desempenho dos produtos e evitar problemas com o sistema de alimentação diante da
evolução dos combustíveis, são aqui citados alguns cuidados que devem ser tomados pela rede de
concessionários durante o período de armazenamento de máquinas nos seus estoques bem como nas revisões
periódicas do produto.
AÇÃO REQUERIDA
UNIDADES ENVOLVIDAS
Todos
INFORMAÇAO DE SERVIÇO
O óleo diesel vem sofrendo diversas mudanças ao longo dos anos, como a redução do teor de enxofre e adição de
biodiesel, fomentando cada vez mais a necessidade de boas práticas de manuseio, armazenamento e
abastecimento.
No Brasil são atualmente comercializados dois tipos de combustíveis Diesel - S500 (Vermelho) e S10 (Amarelo
Claro). Ambos contém 10% de Biodiesel, quantidade que poderá aumentar nos próximos anos em função da
legislação vigente.
O “S” diz respeito ao teor de enxofre (Sulphur) presente no Diesel. Ao longo dos anos o enxofre vem sendo
retirado por questões ambientais.
Estas duas mudanças trouxeram grandes avanços na preservação do meio ambiente, mas apesar das rígidas
normas para a produção do Diesel e do Biodiesel, a falta de procedimentos de gestão do combustível pode gerar
inúmeros problemas.
Esses problemas não estão associados a uma única causa, e sim a um conjunto de fatores. Os cuidados que
sempre foram requeridos com o combustível continuam valendo, porém cada vez mais importantes.
A redução da quantidade de enxofre no Diesel e a adição do Biodiesel favorecem processos de degradação, como
a formação de colônias de bactérias e a sua oxidação. Como consequência formam-se borras nos tanques e
podem provocar o entupimento dos filtros e danos à bomba injetora e aos bicos injetores.
Muitos dos problemas relacionados ao combustível ocorrem por conta de contaminações. Quando falamos de
contaminação, ou seja, a presença de algo que não deveria estar no combustível, falamos tanto de contaminantes
externos, como fatores internos, como a degradação / oxidação do próprio combustível.
Este Boletim irá informar e orientar como detectar e evitar a contaminação do combustível, reduzindo custos
para o seu negócio.
Identificar a Contaminação:
Reconhecer o problema e identificar as causas corretamente é o primeiro passo para resolver um problema de
contaminação de combustível. Reconhecer o que ocasionou a contaminação é fundamental para a aplicação da
solução adequada.
Se o combustível estiver escuro, provavelmente é instável e está com “asfaltenos” e substâncias pesadas
quebrando sua fórmula. Combustível em boas condições possui aparência clara e brilhante.
Um cheiro estranho também pode indicar a existência de micro-organismos, isto fica mais pronunciado quando
há mais água no tanque.
O funcionamento áspero ou o desligamento indicam que há algo no combustível que não está “queimando” como
deveria. Para estas situações, o filtro de combustível deve ser verificado, uma vez que há a possibilidade de que
os contaminantes tenham restringido o fluxo de combustível no sistema de filtragem. Dessa forma, o motor pode
não estar recebendo o suficiente para funcionar de forma adequada.
Contaminação por Água:
A contaminação por água é algo natural, tendo origem na condensação do ar. A água se condensa nas paredes do
tanque e pinga dentro do combustível. Por ser mais pesada que o Diesel, ela se deposita no fundo do tanque e
com isso é absorvida pelo combustível. O Biodiesel é mais higroscópico que o Diesel e isso facilita a absorção da
água.
Além do processo da formação de água por condensação, também pode haver fugas através das aberturas e
respiradouros do tanque ou através do fornecimento de combustível contaminado. A condensação também se
forma no combustível devido ao retorno mais quente ao tanque. Diesel mais quente do que o ambiente pode
criar situações onde a condensação se forma no interior dos tanques, deteriorando ainda mais a integridade do
combustível.
A água se apresenta das seguintes formas: livre ou separada do combustível e também pode estar misturada a ele
(água dissolvida).
A água tem um efeito prejudicial ao motor, gerando oxidação e podendo corroer os componentes, reduzir a
capacidade de lubrificação, causar danos aos injetores e outros componentes (ex.: bomba injetora, bomba de alta,
sensores e etc.) e estimular acumulação de ácido.
1 - Contaminação Bacteriana:
Desde sempre o Diesel sofreu por contaminação microbiana, estes microrganismos se formam na água e se
alimentam de nutrientes contidos no combustível. O Biodiesel, por ser um produto derivado de fontes renováveis
tais como, gorduras animais e óleos vegetais, principalmente óleo de soja, traz mais nutrientes e isso significa que
os microrganismos se alimentam mais, ou seja, faz com que o combustível fique suscetível ao maior
desenvolvimento de microrganismos (fungos, bactérias e leveduras)
A redução da quantidade de enxofre (S1800 > S500 > S50 > S10) no Diesel e a adição do Biodiesel também
favoreceram o desenvolvimento dos microrganismos, pois o enxofre era um “biocida” natural reduzindo a
proliferação das bactérias, fungos e leveduras.
Com o tempo, essa contaminação cresce e se forma um biofilme. O biofilme é caracterizado por uma complexa
estrutura de micróbios, que aderem às paredes do tanque de combustível. Este tipo de contaminação começa a
se formar no momento em que os micróbios flutuantes livres caem sobre uma superfície, ligando-se a ela. Com o
tempo, os biofilmes podem crescer e produzir um lodo, barro ou lama quando observamos conhecido por borra.
O tempo possui um efeito adverso sobre o diesel. A vida do combustível tratado e estocado é somente entre 30
dias a 90 dias dependendo das condições de estocagem. Em circunstâncias extremas, esse tempo pode ser ainda
mais curto. Quanto mais tempo ele for armazenado, mais chances de os contaminantes entrarem no combustível
e este se contaminar, degradar e perder suas características vitais para o bom funcionamento de um motor.
Esta contaminação ocorre quando as moléculas de diesel alongam e se ligam para produzir gomas e vernizes
insolúveis. Estas partículas caem para o fundo do tanque para formar “asfalteno”, uma espécie de goma preta
parecida com piche. Este princípio se chama polimerização e é a última etapa do processo de oxidação.
O diesel, além de sua função enquanto combustível para o funcionamento do motor, ajuda a lubrificar e refrigerar
os componentes de injeção durante a operação, em pontos não acessados pelo lubrificante do motor.
A parcela de combustível que retorna ao tanque normalmente apresenta alta temperatura, principalmente
quando ocorre um excesso de retorno devido algum problema no sistema.
Com o tempo, a água isolada e a borra se acumulam no fundo dos tanques de combustíveis do equipamento, o
que aumenta as chances de uma contaminação para qualquer combustível novo ou recentemente filtrado. Além
da contaminação causada pela corrente criada pelas linhas de admissão e de retorno do combustível do
equipamento, o diesel atrai a umidade através das aberturas necessárias nos tanques (respiros, bocal do tanque),
o que contribui para a perda de integridade do combustível e a contaminação do tanque.
Como a contaminação acima, causada pelas correntes de combustível dentro do tanque, o processo de
reabastecimento também provoca a contaminação do combustível de forma similar. Com baixos níveis de
combustível no tanque, as bombas de alto volume em caminhões de reabastecimento agitam a contaminação
existente (água e lodo) nos tanques, causando a contaminação imediata do novo combustível.
Além da contaminação causada pelo processo de reabastecimento, a cadeia de suprimento da refinaria e
distribuidoras para os tanques de armazenamento final pode ser uma fonte de contaminação. Durante este
processo, o combustível pode mudar de mãos várias vezes e cada vez sendo exposto a inúmeras fontes de
contaminação, incluindo tanques de transporte sujos e tanques de armazenamento temporários e várias fontes
de contaminação de água.
Tanques de Armazenamento:
Recomenda-se utilizar tanques com materiais compatíveis ao combustível (não utilizar componentes nem
revestimentos superficiais que contenham Cobre, Zinco, Estanho, Chumbo, Bronze e Latão, bem como borracha
nitrílica) e evitar a reutilização de tambores e contentores (IBC), pois estes podem trazer substancias nocivas ao
diesel e acelerar sua degradação.
Os tanques de armazenamento do combustível devem estar cobertos e em locais ventilados, devem ser drenados
regularmente (remoção da água e sedimentos) sendo o ideal diariamente.
No caso de tanques subterrâneos, bombas de drenagem são necessárias. Além da drenagem adequada, é
recomendável que, de tempos em tempos, se proceda a uma limpeza completa do tanque, que pode ser química,
além da utilização de filtros para se impedir que impurezas sejam transferidas para o equipamento diesel.
É importante acompanhar o recebimento do combustível onde dois pontos devem ser observados com maior
importância, ele deve estar límpido e transparente e sem materiais em suspensão. Pode ser complementado com
analise de densidade.
Em alguns usos específicos, os equipamentos estão sujeitos a longos períodos sem utilização, como no caso do
primeiro enchimento (fabricação de motores e veículos/maquinas novas), geradores de emergência, tratores,
colheitadeiras (entre safras), equipamentos em reparo, caminhões, ônibus escolares em período de férias etc.
Recomenda-se, nestes casos, encher completamente o tanque para diminuir o contato do combustível com o
oxigênio e a umidade presentes no ar.
Muitas vezes, diante de comprometimento do combustível, recomenda-se uma revisão periódica do sistema de
combustível, limpeza do tanque e troca do combustível a cada 12 meses ou logo que constatada sua degradação.
Para algumas aplicações, como geradores de emergência, recomenda-se acionamento do motor periodicamente.
A adoção dessa medida não exclui os cuidados constantes que se devem ter com o combustível.
Recomendações:
A vida útil do equipamento (assim como sua plena funcionalidade) depende diretamente dos cuidados que
devem ser despendidos a ele. Sendo assim, o cuidado com o combustível deve ser constante. Atitudes
preventivas são sempre menos onerosas do que reparos, não apenas pelo seu custo, como também pelo tempo
de parada do equipamento.
De maneira geral, é necessária a adoção de rotinas rígidas de manutenção, tais como a drenagem frequente dos
tanques. A frequência dessas rotinas depende das condições e da incidência de problemas, mas nunca deve ser
mais espaçada do que semanalmente.
Indicações de combustível fora do especificado, como alterações de cor ou turvamento, borras e sedimentos,
devem ser motivo de preocupação e eventual substituição e limpeza do tanque, troca dos filtros e avaliação do
sistema de injeção.
Em máquinas que permaneçam paradas por longos períodos, pode-se observar a formação de borra (colônias de
microrganismos devido à oxidação e a degradação dos componentes orgânicos presentes no combustível). Face a
essa situação, faz-se necessário o uso de aditivos antioxidantes, a fim de retardar o processo de degradação.
A CNHi recomenda o uso do tratamento multifuncional CNHi A550 para todas as máquinas que operam no
mercado brasileiro. Além das máquinas que permanecerem paradas por longos períodos, recomenda-se o
tratamento periódico com o referido produto também em máquinas em operação durante as revisões
obrigatórias, o que reduzirá os problemas no sistema de injeção provenientes do combustível.
O tratamento multifuncional CNHi A550 impede a formação de colônias de bactérias por ser um produto
composto por um biocida (mata os microrganismos) e aumenta a resistência à oxidação devido ao antioxidante
presente na sua formulação. Ele ajuda a dispersar a água presente no Diesel, envolvendo a mesma em um filme
lubrificante e eliminando a mesma em combustão. Porém, é importante se atentar a quantidade de água, pois, a
ação de dispersão sozinha não resolve totalmente o problema.
Água em excesso deve ser eliminada drenando regularmente os tanques e os filtros separadores.
Conforme indicado acima, utilize sempre combustível de boa qualidade e proveniente de postos e revendedores
conhecidos. Prefira postos com maior número de clientes e consequentemente maior rotatividade do produto,
pois garantirá o abastecimento com combustível novo. Utilize o tratamento multifuncional CNHi A550 nas
proporções indicadas na Tabela I abaixo.
O Cliente deverá ser informado e orientado sobre todas estas práticas deste Boletim durante a entrega técnica.
TABELA I - TABELA PARA TRATAMENTO DOS SISTEMAS DE INJEÇÃO COM O ADITIVO CNHi A550
NOTA 1: Em sistemas com excesso de contaminação, se utilizado o A550, pode ocorrer uma sobrecarga de
impurezas e estas não se dissolverem e enviando impurezas para os componentes, vindo a danificá-los. Desta
forma, orientamos a efetuar uma remoção mecânica e uma limpeza química completa do sistema de alimentação
do equipamento, do tanque aos injetores antes do funcionamento do motor a fim de evitar danos mais graves e
onerosos ao motor.
NOTA 2: Misture o volume de A550 necessário para o tratamento em 2 à 3 litros de combustível Diesel novo para
sua diluição e depois adicione a mistura ao tanque de combustível. Nestes casos também se deve remover o filtro
usado e colocar um filtro novo preenchendo o mesmo com A550 puro.
NOTA3: Durante os tratamentos 2 e 4, oriente o cliente a fazer o enchimento completo do tanque, de forma a
fazer com que toda a superfície interna do tanque seja atingida pelo Diesel tratado.
• Faça a drenagem do filtro separador de água e verifique os níveis dos fluídos de acordo com o Manual do
Operador.
• No caso de ser detectado algum tipo de problema no sistema de injeção, proceda ao reparo imediatamente,
seguindo as orientações do Manual de Serviços, dos Boletins de Serviços e dos Objetos de Conhecimento
(Biblioteca de Conhecimento) a respeito.
Caso o problema persista, colete uma amostra do Diesel (diretamente do tanque de combustível do equipamento)
e busque suporte do representante do sistema de injeção para a região. A amostra de Diesel coletada servirá para
eliminar qualquer dúvida com relação à qualidade do diesel, que pode ser questionada pelo posto autorizado. E
comprovar o uso do A550, que poderá ser detectado no Diesel por ensaio de cromatografia por infravermelho.
Esta analise permitirá informar o uso do produto e a quantidade presente no Diesel.
• Sempre exija o laudo técnico detalhado do Posto Autorizado, com fotos nítidas e coloridas.
Nos equipamentos, encontra-se em um lugar visível uma etiqueta com as informações da última aplicação do
tratamento multifuncional CNHi, para que seja possível controlar a próxima aplicação no equipamento, por data
ou por número de horas.
Na aquisição do tratamento multifuncional CNHi, virá uma nova etiqueta para a atualização por data ou por
número de horas.
NOTA: Devido a algumas observações de contaminação no estoque, a CNHi recomenda uma inspeção do parque
da revenda. Se durante a primeira inspeção (inferior à data de validade de seis meses) a não conformidade for
verificada, comunique o departamento de Suporte ao Produto, através da inserção de um contato THD/ASIST,
inserindo fotos. Insira um contato THD/ASIST para cada problema identificado em cada máquina inspecionada.
A CNHi reforçou a aplicação do processo em Outubro de 2015 e assegura que as não conformidades serão
excluídas para as unidades após essa data.
E. Status de garantia
Os boletins de serviço NÃO constituem autorização de garantia para atualizar unidades, a menos que estipulado o
contrário.
Atenciosamente,
Qualidade do Produto e Suporte Produto - Motores