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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 5559

Terceira edição
27.01.2020

Eixo metroferroviário — Requisitos e métodos de


ensaio
Railroad and subway axles — Requirements and test methods

ICS 45.040 ISBN 978-85-07-08436-5

ASSOCIAÇÃO Número de referência


t BRASILEIRA
DE é
ABNT NBR 5559:2020
TÉCNICAS 26 páginas

O ABNT 2020
ABNT NBR 5559:2020

O ABNT 2020
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3 ARNT 2020 - Tardes na chraitns rasarvados


ABNT NBR 5559:2020

Sumário Página
Prefácio. TITE TITE TI IIITEICI III v
1 SEIT III III 1
2 Referências normativas........................n nn ceemeeeeeceeaesenecaneeeeeneenencenaes ans anesaneneeneena 1
3 fermos e ideiniçõoes sos 1
4 Reguisibs TE mata a e a a 4
4.1 Classificação 25750 naaaas saasass sessasasanss aasasa aos sea nos ssansa nano sana ns aaa ss casa ns saa nana na sas aas a nnan anna assa anna aa 4
4.2 Materialido eixo a ceomeansa os mranoa pos passsaas sas snsansoasssaass ans sasomaansaasa sasos ans sas aa nsa sas asas ana na 5
4.21 HICESSDEI III 5
4.2.2 Composição quimica= === ttstsssstee sos 5
4.3 Fabricação ...... amem e nm 6
4.3.1 Métodos de fabricação .... PEGAR RO nonasaaaa non asas aaa ooo sans aaa aaa ae 6
4.3.2 Resfriamento e aquecimento .................. en. rreemeeeeemeaesaseoaeoonsenereeeceneaeenenaeaaesaneseneenernenn 6
4.3.3 Tratamento térmico A A 7
4.3.4 Desempeno A À 7
4.4 Propriedades mecânicas e metalográficas.................... e eeeeeeeeeeeeererecenenereneeeneeanes 7
4.5 Documbniiçicdin. A... cmecesseoenssoneasconiaconmesonensno 8
4.6 Marcação o O 9
4.7 Acabamento =» dolo III 10
4.8 Movimentação e estocagem....................... es. ueeeeeerreneenaeseererecennereneeaaesanrecenenanerenerennea 10
4.9 Defeitos superficiais o 4 =5+——"["""2[[22""— 10
4.9.1 Considerações gerais... DD... DD... mcerocesonecesaceonmacoanenseno 10
4.9.2 Defeitos na sede do rolamento e guarda-pó...................cieteeeeeeeeeeeeeeeceneeeseneenneenennes 10
4.9.3 Defeitos na sede da roda e da engrenagem ................c e eeeeeeeeeeeererenerenereneeeaneaa 11
4.9.4 Defeitos nas regiões compreendidas entre as rodas ................emeeememaesassanesaeseneenes 11
4.10 Dimensões e tolerâncias........................... ne eeereeeeeeeeaeeaesnsanesneenenceneaaenaenaesanesananneanes 11
4.11 Recomendações para fabricação de eixos................... e eeeeeeeeeeeereeeeseneeeeseneenanaro 11
E SIT 12
5.1 Ensaio delação = mesmse soa som sanaaa sa asa a nana ana aan aaa ano nasais nom aa na ass na anna na 12
5.1.1 Preparação doscomosdeprorn tes 12
5.1.2 Prolongamento para ensaio TT aaa aa na nan aaa a aa e a a 12
5.1.3 Microestrutura para eixos tratados grau F Ge H. . . . . e eeeereeeeeeeereneee 13
5.1.4 Número de ensaios ................... si eeeaeeaeeeaeeoeeeereeeeeeereneaaeaaeaane ans entanearencaneaeaaesanasantenennes 13
5.1.5 Reensaio ...................nnn nn neces ereceeesenecenerocesannenensaaeeaenaca
ces ant tea aaa en aaanea ces antena ces aanascnenanaaa 13
5.2 Descontinuidade interna — Ensaio de ultrassom — Ensaio radial e axial de eixos
LELEO ITED 13
5.2.1 Momento do ensaio.................... nn eeeereeeeeeeeenerenernereneecanenanereneeanesaneececenanerenerencen 13
5.2.2 Equipamento para realização do ensaio.................... e ceeeeeeeeeeeererecenenereneeeanes 13
5.2.3 SS LI ICSI III III 14
5.24 VAL ORI TI III 14
5.2.5 ICE ULTDEIIIIIIIIIIIIICIIIIIII 15
5.3 Ensaio de partículas magnéticas ss tt sos 16

€& ABNT 2020 - Todos os direitos reservados iii


ABNT NBR 5559:2020

5.4 Outros ensaios ................ e eeeeeeeeremeeeeeaeereeeeeneseneecenenanerenacanes 17


Bibliografia oa measoa sos pessta nos aos poa ns casa anos aan pesa naa snes antenas ess msa assess aaa 26

Anexos
Anexo À (normativo) Furos de centro e gabarito.........................so 18
Anexo B (normativo) Dimensões dos eixos...................... ie eseereeeeeeees 19
Anexo C (normativo) Correção da distância e amplitude (DAC) ................... eee 22
C.1 Referências alternativas ..................... e eeeeeeeeeeeereeeeenaneaes 22
C.2 Correção da distância e amplitude (DAC)................................. 22
c.3 Indicações espúrias devido a variações de contorno....................ceeeeeeerenaees 22
c.4 Resolução do campo próximo ................eeeeeseesesesesereeeecenennoa 22
Anexo D (normativo) Validação de planta para fabricação de eixos.................... meme 24
D.1 Análise de composição química............ co RR oo cua no amo 24
D.2 Ensaio de tração... FT... DD. À... 3. om a 24
D.3 Microestrutyra... E... e... DD... 24
D.3.1 Tamanho de grão. . . . . . . . . .s see emeasesesasemensereoeneenenacaneransnassaraos 24
D.3.2 Grau de limpezalisiçõã . O... D.A... B.... 24
D.4 Integridades interna e externa ............... ee sceremeeeeeeeesnneneneeoa 25
D.5 Critério delagrovação..... =D. À... 2... DD... D.... 25

Figuras
Figura 1 —-
Eixo metroferroviário .................... e ceeeeeeeeesenneeeerececnneeasaneoa 4
Figura 2 —
Marcação no topo do eixo ferroviário.................... 9
Figura 3 —
Dimensões do corpo de prova do ensaio de tração ................. nn eeeeeeeeaees 12
Figura A.1
— Furo de centro.................. nn icecceeeereeeeeeaereneececenaneeennoa 18
Figura B.1
— Dimensões do eixo para vagão de carga com rolamento......................... 20
Figura C.1
— Curva típica de distância e amplitude para os eixos tratados (usando cabeçote
de 28,575 mm de 2,25 MHz. . . . . . . . . . . sn eeeeeeeeeeeeeeeenereeeos 23
Figura D.1 — Localização dos corpos de prova ................... eee 25

Tabelas
Tabela 1 — Classe do eixo metroferroviário EI .5
Tabela 2 —- Composição química do aço para eixos................. e eeeeeeeeeeemeneeeeencesseneresenereanneena 6
Tabela 3 — Tolerâncias permitidas na composição química para análise de verificação ............. 6
Tabela 4 — Propriedades mecânicas e metalográficas para eixos graus F, Ge H......................... 8
Tabela B.1 — Dimensões de eixos para vagão de carga com rolamento (B a M)......................... 20
Tabela B.2 —- Dimensões de eixos para vagão de carga com rolamento (N a Y).......................... 21
Tabela D.1 — Grau de limpeza do aço: ISO 4967 ....................eee e eeeeeceerececesemensceseosaneesssneesecoeeseceseo 25

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ABNT NBR 5559-2020

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 5559 foi elaborada no Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-006), pela
Comissão de Estudo de Rodas, Eixos, Rolamentos e Rodeiros (CE-006:300.004). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 12.08.2013 a 10.10.2013, com o número de
Projeto ABNT NBR 5559. O Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12,
de 09.12.2019 a 07.01.2020.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 5559:1997), a qual foi
tecnicamente revisada.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 7952:1994.

A ABNT NBR 5559:2020 equivale ao conjunto ABNT NBR 5559:2014 e Emenda 1, de 27.01.2020, que
cancela e substitui a ABNT NBR 5559:2014.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard specifies requirements and test methods for manufacturing railroad and subway axles

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5559:2020

Eixo metroferroviário — Requisitos e métodos de ensaio

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos e os métodos de ensaio para fabricação de eixo metroferroviário.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ASTM A3T0, Test methods and definitions for mechanical testing of steel products
ASTM E112, Test methods for determining average grain size
ASTM E1444, Practice for magnetic particle testing
ISO 4967, Steel — Determination of content of non-metallic inclusions — Micrographic method using
standard diagrams

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
centro da manga
ponto imaginário de transmissão de força pelo mancal ao eixo

3.2
chanfro
superfície de união entre a sede da roda e a sede do guarda-pó, destinada a facilitar a montagem
inicial da roda do eixo (ver Figura 1, T)

3.3
classe
divisão do universo do eixo, quando classificado, de acordo com a dimensão da manga, expressa
pelos valores nominais do seu diâmetro e do seu comprimento.

34
comprimento do eixo
distância entre os topos do eixo, medida segundo seu eixo longitudinal (ver Figura 1)

3.5
comprimento central
comprimento da parte central do eixo, medido segundo seu eixo longitudinal (ver Figura 1)

3.6
comprimento entre centros das mangas
distância entre os centros das mangas, medida segundo o eixo longitudinal do eixo (ver Figura 1)

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ABNT NBR 5559:2020

3.7
comprimento entre sedes das rodas
distância entre os planos que passam pelas superfícies de interseção dos raios de concordância
dos guardas-pó com os chanfros

3.8
furo de centro
furo do tipo tronco cônico no centro do topo do eixo, destinado à sua fixação no torno para sua
usinagem (ver Figura 1, Q)

3.9
diâmetro da manga
diâmetro da seção reta no centro da manga

310
eixo
peça que tem a finalidade de transmitir às rodas o peso do veículo, mantendo-as devidamente
afastadas entre si (ver Figura 1)

3.11
eixo longitudinal
linha reta imaginária, representativa do lugar geométrico dos pontos equidistantes das superfícies
externas do eixo (ver Figura 1)

3.12
eixo para mancal de fricção
MF
eixo dotado de flange

3.13
eixo para mancal de rolamento
MR
eixo dotado de rebaixo

3.14
eixo semiacabado
eixo com a parte central acabada, mas com as mangas e as sedes das rodas com sobremetal

3.15
flange
ressalto no topo do eixo, destinado a servir de topador do mancal de fricção, indicado por À na Figura 1

3.16
furos de topo
furos roscados
furos roscados no topo (face) do eixo, destinados à fixação da tampa do mancal de rolamento, tipo
cartucho

3.17
grau do eixo
tipo de aço e de tratamento térmico, ao qual o eixo é submetido

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ABNT NBR 5559-2020

3.18
labirinto
vedador usado em mancal de rolamento tipo caixa, no qual não existe contato entre as superfícies
de vedação

3.19
mancal
elemento de máquina, cuja finalidade deve ser a de transmitir carga entre um componente fixo e outro
em movimento

3.20
manga
parte do eixo destinada a alojar o rolamento

3.21
parte central
parte do eixo compreendida no comprimento central, entre as sedes das rodas (ver Figura 1)

3.22
raio da parte central
raio da superfície de transição entre a parte central e a sede da roda, indicado por R1 na Figura 1

3.23
raio da sede do guarda-pó
raio da superfície de transição entre a sede do guarda-pó e o chanfro, indicado por R2 na Figura 1

3.24
raio maior da manga
raio da superfície de transição entre a manga e a sede da roda, indicado por R3 na Figura 1

3.25
raio menor da manga
raio da superfície de transição entre a manga e o flange, indicado por R4 na Figura 1

3.26
rebaixo
parte extrema do eixo com diâmetro inferior a qualquer diâmetro da manga, indicado por S na
Figura 1, podendo ser cilíndrico ou de formato tronco cônico (chanfrado)

3.27
rodeiro
conjunto mecânico formado por um eixo e duas rodas devidamente montadas na distância determinada
pela bitola da via

3.28
sede da roda
parte do eixo destinada à fixação da roda, indicada por D na Figura 1

3.29
sede do guarda-pó
sede de vedação
parte do eixo, entre a manga e a roda, destinada ao guarda-pó ou ao labirinto, indicada por C na Figura 1

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ABNT NBR 5559:2020

3.30
topo
superfície extrema do eixo, perpendicular ao seu eixo longitudinal, indicada por P na Figura 1

A É. E. AD F H E Ri
AN Se (87. À
oa A RR PTDO AO A RM aan ne E se ova

MF
Comprimento central E
Comprimento
entre sede das rodas
Comprimento entre centros das mangas
Comprimento do eixo

Figura 1 - Eixo metroferroviário

4 Requisitos
4.1 Classificação

O eixo utilizado em carros e vagões deve ser classificado segundo a bitola e a dimensão nominal
de sua manga, conforme Tabela 1.

Conforme o tipo de tratamento térmico, o eixo deve ser classificado conforme segue:

a) grau F: dupla normalização e revenimento:

b) grau G: temperado e revenido;

c) grau H: normalizado, temperado e revenido;

Para aplicação em carros de passageiro, o tratamento térmico do eixo grau F deve ser acrescido
de têmpera subcrítica, para gerar tensões compressivas superficiais, melhorando o desempenho
em fadiga.

Um mesmo lote não pode ser submetido a mais de três tratamentos térmicos.

Todo eixo de vagão cujo diâmetro nominal da parte central seja maior que 165 mm deve ser
obrigatoriamente de grau F.

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ABNT
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Tabela 1 — Classe do eixo metroferroviário


Classe do eixo por bitola PR

Métrica Larga
[1,00 m) [1,60 m) Dématro DR
A - 0525/24) | 17780(7)
E P 107.95(4 4) | 209,20 (8)
C O | 187005) | 228609)
D A [ASOO (5 dé) 254,00 (10)
E Sd” É 15240 (8) | Z7040(11)
ES TO | tesMO(M)| SOMHO(IZ)
G | uy NT ADM) | S0480 (12)
K T 165,10 (6%) | 228,60 (8)
[NOTA Par titolas dilerentes-de 1,00 mede 1,60 m, são admitidos
bixos com outras dimensões. desde que atendam aos demais
requisitos desta Norma.
NOTA Os valbres endre parêniases cOmespondem às referáncias
intotmannais empolegedas.
4.2 Material
do Bixo

4.21 Processo

A maiéria-prima utilizada para fabricação de eixo deve ser produzida em komo elétrico ou em alto
fomo. Durante a produção o aço deve ser desgaseilicado a vácuo, com teor máximo de hidrogénio
de 0000 25% (2.5 partes por milhão).

O certificado de composição quimica do aço deve conter o teor de hidrogênio no aço liguido.

4.22 Composição quimita

4.2.2.1 Análise
de panela
& análise de cada comida deve ser feita pelo fabricante para determinar a porceniagem de carbono,
manganês, fósforo, enxotre e silício. À composição química deve ser informada ao comprador e deve
estar de acordo com a Tabuda &

1 A St 202) - Todos pa cirmeoa resprandom 5


ABNT NBR 5559:2020

Tabela 2 - Composição química do aço para eixos


Classificação do eixo
Grau F Graus GEH
Elemento
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
% % % %

Carbono 0,45 0,59 — —

Manganês 0,70 1,00 0,60 0,90

Fósforo — 0,045 — 0,045

Enxofre — 0,050 — 0,050

Silício 0,15 — 0,15 —

Vanádio 0,02 0,08

4.2.2.2 Análise de verificação (check analysis)

A análise de verificação deve ser feita pelo comprador em um eixo que represente a corrida. A amostra
desta análise pode ser retirada da extremidade do corpo de prova de tração ou do prolongamento
do eixo destinado a ensaio em um ponto entre o centro e a superfície. Se for usado o método da
furação para análise com o cavaco, isto deve ser feito com broca de 15,87 mm (5/8 “). As tolerâncias
permitidas são as relacionadas na Tabela 3.

Tabela 3 — Tolerâncias permitidas na composição química para análise de verificação


Elemento Tolerância
Manganês + 0,030 %
Fósforo + 0,008 %
Enxofre + 0,008 %

Silício + 0,020 %

Vanádio + 0,001 %

4.3 Fabricação

4.3.1 Métodos de fabricação

O eixo deve ser fabricado por forjamento, extrusão ou pela combinação dos dois processos. A redução
total da seção transversal média desde o lingote de origem até a área da seção transversal referente
ao diâmetro máximo do eixo deve ser no mínimo de 3 para 1, a menos que especificado de forma
diferente pelo comprador. Deve ser feito um descarte suficiente no lingote ou na barra para garantir
a remoção de rechupe e segregação excessiva.

4.3.2 Resfriamento e aquecimento

Os tarugos devem ser reaquecidos antes de serem trabalhados, para prevenir defeitos internos e
superaquecimentos.

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ABNT NBR 5559:2020

Eixos graus F, G e H que forem tratados termicamente logo após o forjamento devem ser resfriados
abaixo da temperatura de transformação antes do início do tratamento térmico.

Para garantir a recristalização da estrutura da matéria-prima, imediatamente após o forjamento, o eixo


deve ser empilhado e resfriado lentamente, abaixo da temperatura de 538 ºC. Este resfriamento deve
ser realizado antes de qualquer operação de reaquecimento.

4.3.3 Tratamento térmico

4.3.3.1 Aquecimento

O eixo deve ser aquecido gradual e uniformemente, para refinar o grão e atender às propriedades
mecânicas e metalográficas relacionadas em 4.4.

4.3.3.2 Normalização

O eixo deve ser aquecido acima da temperatura da zona crítica e resfriado uniformemente ao ar
natural ou forçado, desde que garanta um resfriamento uniforme dos eixos.

4.3.3.3 Dupla normalização

Depois de aquecido a uma temperatura superior a temperatura da zona crítica, o eixo deve ser
submetido a dois tratamentos distintos de normalização. A segunda normalização deve ser realizada
a uma temperatura mais baixa que a primeira.

O eixo grau F pode ser normalizado apenas uma vez, seguido de revenimento, desde que atenda
a todos os outros requisitos desta Norma.

4.3.3.4 Têmpera

O eixo deve ser resfriado em água, óleo ou polímero.

4.3.3.5 Revenimento

O eixo deve ser aquecido para alívio das tensões após a têmpera ou normalização, a uma temperatura
inferior à temperatura de transformação.

4.34 Desempeno

O desempeno deve ser executado antes da usinagem e, de preferência, a uma temperatura superior
a 510ºC.

Quando o desempeno for processado a uma temperatura inferior a 510 ºC, deve ser efetuado
um tratamento de alívio de tensão.

4.4 Propriedades mecânicas e metalográficas

441 Oseixos grau F, G e H devem ter as propriedades mecânicas e metalográficas da Tabela 4.

& ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 7


ABNT NBR 5559:2020

Tabela 4 — Propriedades mecânicas e metalográficas para eixos graus F Ge H

Tamanho de grão e E Alongamento | Estricção


ruptura escoamento
Grau
Mini Máxi Mínimo Mínimo Mínimo Mínimo
ínimo láximo MPa MPa % %

F - 8 607 345 20 35
- 4 621 380 20 39
G 4 7 586 345 20 39
10 586 345 19 37
E - 7 793 517 16 35
7 10 724 448 18 35

4.4.2 A classificação do tamanho de grão deve ser determinada por um corpo de prova retirado da
manga do eixo.

4.4.3 O diâmetro do prolongamento para ensaio deve ser no mínimo igual ao diâmetro da manga.

4.4.4 As propriedades do ensaio de tração para todos os graus de eixos devem seguir a ASTM A370.
A tensão de escoamento deve ser determinada usando 0,2% com extensômetro classe B2 ou mais
preciso.

4.4.5 Um equipamento automático para determinar a tensão de escoamento sem a necessidade


de plotar a curva pode ser usado.

4.4.6 Os ensaios devem ser feitos apenas após o final do tratamento térmico para os eixos grau F,
GehH.

4.5 Documentação do eixo

4.5.1 O fornecedor deve apresentar ao comprador a documentaçãodo eixo, contendo no mínimo


as seguintes informações:

a) número do pedido;

b) quantidade de eixos do pedido;

c) tipo de eixo, de acordo com a Tabela 1;

d) número de série dos eixos;

e) número da corrida do aço;

f) relatório de composição química, contendo o teor de hidrogênio no aço;

g) resultados dos ensaios exigidos nesta Norma;

h) data da emissão da documentação.

8 & ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


ABNT
NER 5556:2020

4.52 Mo pedido devem constas no minimo:

a) quantidade
de emos.
bj tipo de emo,
E) relocôncia ao desenho do comprados, quando possuir;

di refesência
a esta Norma.

46 Marcação
Cieino deve ser marcado em um de seus topos de acordo coma Figura 2. com as seguintes mormações

a) marca
do fabricante;

bi data de fabricação medianht & número representativo do mês e dos dois últimos algarismos
roprosentatvos
do ano,

e) número
de identificação do eixo, dado pelo fabricante;

d) grau dó eixo,

e) letra B, quando fomecido semiacabado,


h lira T, quando verificado
por ultrassom,

O número
do identiicação do eixo é comelacionado
ao numero da corda

E proibida qualquer marcação no eixo, por gravação, fora de seu topo.


ABNT NBR 5559:2020

4.7 Acabamento

O eixo deve ser usinado, provendo um acabamento contínuo entre as sedes das rodas. As sedes
da roda e do rolamento devem ser usinadas com rugosidade controlada, sendo estas livres de marcas
de trincas ou sulcos. Os acabamentos das sedes do rolamento, do guarda-pó e da roda devem ser
especificados pelo comprador.

Defeitos referentes ao acabamento, que causam a reprovação do eixo, estão relacionados em 4.9.

O eixo deve ter proteção anticorrosiva e acondicionamento que evitem quaisquer danos, tanto
no transporte quanto no armazenamento.

4.8 Movimentação e estocagem

A movimentação e a estocagem devem ser de forma a evitar empenamento e danos superficiais


no eixo.

4.9 Defeitos superficiais

4.9.1 Considerações gerais

A existência de qualquer um dos defeitos relacionados a seguir implica a rejeição do eixo, podendo
o comprador reservar-se ao direito de caracterizar previamente outros defeitos que o eixo não pode
conter:

a) linha;

b) sulco;

c) trinca de qualquer natureza;

d) escama no sentido circunferencial, de qualquer profundidade;

e) descontinuidade longitudinal;

f) risco nos canais usinados.

Linhas ocultas, marcas de sombreamentos ou outras descolorações visíveis a olho nu, desde que não
caracterizem separação metálica, não podem ser consideradas defeitos, independentemente de sua
localização.

4.9.2 Defeitos na sede do rolamento e guarda-pó

Descontinuidades finas longitudinais nas superfícies acabadas, como linhas térmicas, riscos e marcas
de manuseio, não são consideradas defeitos desde que atendam às seguintes condições:

a) não se estendam aos canais ou guarda-pó;

b) não tenham comprimento superior a 19,05 mm na sede do rolamento ou 12,7 mm individualmente


na sede do guarda-pó

c) a soma das imperfeições de comprimentos acima de 6,35 mm não exceda 50,8 mm em qualquer
extremidade do eixo.

10 & ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR 5559:2020

4.9.3 Defeitos na sede da roda e da engrenagem

Descontinuidades longitudinais na sede da roda de eixos não são consideradas defeitos desde que
atendam às seguintes condições:

a) não se estendam até a região dos guarda-pós ou dos canais

b) não tenham comprimento superior a 50,8 mm;

c) asoma das imperfeições de comprimentos entre 6,35 mm e 50,8 mm não exceda 101,6 mm, em
qualquer extremidade do eixo.

4.94 Defeitos nas regiões compreendidas entre as rodas

4.9.4.1 Descontinuidades longitudinais nas superfícies acabadas, como linhas de tratamento térmi-
co e riscos, não são consideradas defeitos desde que atendam às seguintes condições:

a) não se estendam às regiões adjacentes de assentamento da roda ou da engrenagem;

b) não tenham comprimento superior a 12,7 mm individualmente;

c) a soma das imperfeições de comprimento entre 6,35 mm e 12,7 mm não exceda 38 mm,
em um comprimento de 304 mm no corpo do eixo.

4.9.4.2 Descontinuidades descritas em 4.9.4.1 no corpo do eixo podem ser removidas preferencial-
mente com recuperação localizada por meio de adoçamento da região defeituosa. É terminantemente
proibida a recuperação com solda, metalização a quente ou qualquer outro processo que implique no
aquecimento do eixo.

4.9.4.3 É vedada qualquer operação para dissimular defeito.

4.10 Dimensões e tolerâncias

As dimensões e tolerâncias indicadas devem ser aplicadas a todos os eixos referenciados nesta
Norma, porém, caso o desenho do comprador especifique outras dimensões e tolerâncias, a referência
do comprador deve ser adotada sob sua responsabilidade.

Os furos de centro dos eixos devem seguir a Figura A.1. Todos os eixos cujo acabamento dos topos
seja feito pelo comprador, o comprimento total deve ser de 3,5 mm a 6,5 mm acima do comprimento
mínimo especificado.

Eixos com as mangas e assentos de roda semiacabados devem ter excesso de material para
serem usinados posteriormente (sobre metal) de 3,5 mm a 6,5 mm acima do diâmetro acabado.
Os comprimentos das mangas e assentos devem ter de 3,5 mm a 6,5 mm de sobremetal e devem
seguir o perfil de cada mudança na secção transversal.

As dimensões dos eixos devem atender à Figura B.1 e às Tabelas B.1 e B.2.

4.11 Recomendações para fabricação de eixos

No Anexo D, são encontradas as recomendações referentes ao processo de fabricação dos eixos.

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ABNT NBR 5559:2020

5 Ensaios
5.1 Ensaio de tração
5.1.1 Preparação dos corpos de prova

O corpo de prova de tração deve ser retirado do prolongamento do eixo ou do próprio eixo.

Salvo outra especificação, o corpo de prova deve ser axial, localizado em qualquer ponto a meia
distância entre o centro e a superfície do eixo, ou caso seja retirado do prolongamento, deve ser
paralelo à direção axial do eixo.

As dimensões do corpo de prova estão indicadas na Figura 3.

Raio mínimo
recomendado: 6,4 mm
Mínimo:
57,2 mm

(12,7 + 0,25) mm
Seção paralela
|
Elo AR (5)
(50,8 + 0,13) mm
Gabarito para distância entre marcas do
alongamento depois da fratura

Figura 3 — Dimensões do corpo de prova do ensaio de tração

As extremidades podem ter qualquer formato, desde que se encaixem na máquina de ensaio para
carregamento axial.

Os corpos de prova de tração retirados do prolongamento devem ter os valores mínimos de tensão
de ruptura e escoamento 5% maior que na Tabela 4.

Os corpos de prova de tração retirados dos eixos devem ser da região da manga a meio raio, distância
média entre a superfície e o centro e paralelo à direção axial do eixo.

5.1.2 Prolongamento para ensaio

Os prolongamentos devem ter no mínimo 5 % do comprimento do eixo para cada corrida e cada lote
de tratamento térmico.

No caso de eixo sem prolongamento, deve-se utilizar parte do próprio eixo nos ensaios.

No relatório do ensaio, deve constar o tamanho do prolongamento do eixo. Para eixo sem prolongamento,
deve constar no relatório a região do eixo utilizada no ensaio.

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5.1.3 Microestrutura para eixos tratados grau F, Ge H

O corpo de prova de tração que representa cada corrida e cada lote de tratamento térmico deve ser
usado para microestrutura. A secção retirada para ensaio de microestrutura deve ser cortada de uma
área não afetada pelo ensaio de tração, bem como a face deve ser transversal à direção axial do eixo.

A face deve ser polida livre de manchas e deve ser atacada para definir a microestrutura. O corpo
de prova deve ser examinado com ampliação de 100X.

Todo corpo de prova deve ser uniforme, com estrutura de grãos finos, e deve ter um tamanho de grão
5 ou mais fino, medido de acordo com a ASTM E112.

5.1.4 Número de ensaios

Salvo outra especificação feita pelo comprador, os ensaios mecânicos e para tamanho de grão
especificados na Tabela 4 devem ser feitos para eixos tratados.

Um ensaio por grau, por corrida e por tamanho é exigido, porém cada ensaio deve representar no
máximo 70 eixos, incluindo o eixo de ensaio. Os eixos representados pelo ensaio devem ser chamados
de lote de tratamento térmico. Os eixos de cada lote de tratamento térmico devem ser tratados juntos,
em fornos de batelada ou contínuo. No caso dos requisitos não serem atendidos, todos os eixos
do lote de tratamento térmico devem ser tratados novamente, de acordo com 5.1.5.

Se qualquer corpo de prova falhar por motivos mecânicos da máquina de ensaio, este deve ser
descartado e substituído por outro.

5.1.5 Reensaio

Se o *resultado* de qualquer um dos ensaios mecânicos de qualquer lote não atender aos requisitos
especificados, por motivo de falha no corpo de prova durante o ensaio, um novo ensaio deve ser feito
se a falha não for causada por trincas, descontinuidades ou flocos no aço.

Se o resultado de qualquer um dos ensaios mecânicos para qualquer lote de grau F, G ou H não
estiver em conformidade com os requisitos especificados, os eixos podem ser tratados novamente,
mas não mais do que três vezes adicionais, e ensaiados novamente.

5.2 Descontinuidade interna - Ensaio de ultrassom - Ensaio radial e axial de eixos


novos

5.2.1 Momento do ensaio

O ensaio axial pode ser realizado a qualquer momento, durante a produção nos topos do eixo, após a
execução do furo de centro e antes da execução dos furos de topo para fixação da capa do rolamento.

O ensaio radial pode ser realizado a qualquer momento, durante a produção com o eixo usinado
(superfícies brutas não podem ser inspecionadas radialmente).

5.2.2 Equipamento para realização do ensaio

5.2.2.1 Equipamento tipo pulso-eco com amplificador de banda larga.

5.2.2.2 Um ou mais cabeçotes pode(m) ser usado(s), incluindo os múltiplos de varredura (phasedarray),
desde que sejam capazes de monitorar os cabeçotes individualmente.

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5.2.2.3 O acoplante deve ser usado entre a face do cabeçote e a superfície ensaiada. O mesmo
acoplante deve ser usado para calibração.

5.2.2.4 Equipamento de ultrassom calibrado pelo menos uma vez por ano e toda vez que o equipa-
mento receber manutenção que afete o sistema de desempenho.

5.2.2.5 Cabeçotes axiais com:

a) frequência: 1 MHz a 2,25 MHz;

5.2.2.6 Cabeçote radial com:

a) frequência: 1 MHz a 5 MHz;

b) tamanho: 12,7 mm a 25,4 mm de diâmetro ou 25,4 mm? de área.


5.2.3 Registros

Cada fábrica deve manter os registros a seguir por um período mínimo de dez anos a partir da data
de fabricação e disponibilizados sempre que solicitados:

a) procedimento especificando cada processo válido de ultrassom (revisão em uso);

b) cópia controlada de cada especificação de ultrassom em cada máquina de ultrassom (revisão


em uso);

c) todo resultado individual de ensaios nos eixos de forma que seja possível sua impressão, incluindo
individualmente a corrida, número de série, e data de inspeção;

d) registro semianual de validação do bloco de referência, incluindo o nome do inspetor, data


de validade e medição da rugosidade da superfície do bloco.

5.2.4 Validação

5.2.4.1 Considerações gerais

A validação (sistema de ensaio) deve ser feita usando o mesmo acoplante usado durante
o ensaio do eixo. Todas as superfícies de contato devem estar acabadas com rugosidade inferior
a 125 micropolegadas para ensaio axial e 500 micropolegadas para radial. A superfície deve estar livre
de sujeira ou graxa.

5.2.4.2 Axial

5.2.4.2.1 Calibração e ensaio

O sistema de inspeção por ultrassom deve ser validado inicialmente na instalação e pelo menos uma
vez ao ano depois de instalado:

a) calibração: furo de 3,2 mm de diâmetro com fundo plano, com 381 mm de profundidade, ajustando
a altura da tela em 20 %, usando o bloco de referência longo de 406,4 mm fabricado com eixo
forjado grau F;

b) capabilidade de detecção:

— furo de 3,2 mm de diâmetro com fundo plano: de 50,8 mm até 381 mm de profundidade,
detectável no eixo de referência;

14 €& ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR 5559:2020

— furo de 6,4 mm de diâmetro com fundo plano: de 381 mm até 762 mm de profundidade
detectável no eixo de referência;

— furo de 9,5 mm de diâmetro com fundo plano: de 762 mm até 1.168,4 mm de profundidade
detectável no eixo de referência.

Padrões alternativos podem ser usados para calibração ou ensaio de sensibilidade, desde que provem
que são totalmente equivalentes ao padrão original e ao eixo descrito em 5.2.4.1.

Os padrões precisam ser inspecionados e certificados semestralmente quanto ao acabamento


da superfície na face usada para inspeção, que deve estar entre 80 e 125 micropolegadas.

A periodicidade da calibração deve ser pelo menos a cada 4 h de uso.

As calibrações precisam ser feitas durante a produção contra o padrão longo de 406,4 mm, e ajustes
devem ser realizados para assegurar a acurácia da medição e atendimento à especificação. Estas
calibrações devem ser feitas sempre que:

a) houver uma mudança no sistema de operação;

b) houver uma troca de cabeçote, cabo, ou outro sistema de hardware ou acessórios;

c) o equipamento apresentar problema de funcionamento ou queda de potência.

5.2.4.3 Radial

O sistema de inspeção por ultrassom deve ser validado inicialmente após a instalação e pelo menos
uma vez ao ano.

O sistema deve ser calibrado para exibir 80 % da altura da tela referente à reflexão do eco de fundo da
parte mais espessa da secção do eixo em produção.

Ensaios devem ser feitos sempre que o equipamento apresentar problema de funcionamento ou queda
de energia.

Quando for trocada a fonte de energia, cabeçote, operador ou cabo coaxial, o sistema deve ser
verificado.

5.2.5 Procedimento

5.2.5.1 Geral

As superfícies a serem ensaiadas precisam estar livres de poeira e partículas antes do início dos
ensaios.

O mesmo acoplante deve ser usado para calibração e ensaio.

Durante o ensaio axial de descontinuidade e o ensaio radial, 6 dB devem ser adicionados para
referência ou nível de sensibilidade para efeito de varredura. A avaliação da descontinuidade deve ser
feita com ajuste original da sensibilidade antes da disposição final.

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5.2.5.2 Axial

A amplitude de indicação do defeito deve ser considerada a partir da face de ensaio para avaliar
sua significância. Isto pode ser alcançado por um dispositivo eletrônico ou com curvas de amplitude
e distância (DAC), descritas em D.2.

A variação na secção transversal de um eixo pode provocar indicação de ecos espúrios. Estas
indicações devem ser reconhecidas e não serem causas de rejeição.

Ambas as faces dos eixos devem ser varridas em toda sua extensão (100 % de cobertura). As faces
dos eixos devem ser usinadas com acabamento de no máximo 125 micropolegadas.

A amplitude de qualquer indicação não pode exceder a curva DAC definida no Anexo C.

O eco de fundo não pode ser menor que 40 % da altura da tela.

5.2.5.3 Radial

A variação na secção transversal de um eixo pode provocar indicação de ecos espúrios. Estas
indicações devem ser reconhecidas e não serem causas de rejeição.

Varrer todo comprimento do eixo radialmente através do diâmetro ao longo de apenas uma
linha. No mínimo, a superfície do eixo deve estar semiusinada com acabamento de no máximo
500 micropolegadas.

A perda do eco de fundo não pode ser maior ou igual a 80 %, a não ser que a perda seja atribuída
à geometria.

5.2.5.4 Identificação

Todos os eixos ensaiados radialmente devem ter gravados o caractere “R” imediatamente após
a identificação do grau do eixo, bem como os ensaiados axilamente devem ser identificados com letra
T. Todos os eixos com falhas no ensaio radial devem ser imediatamente identificados e segregados
para sucata.

5.3 Ensaio de partículas magnéticas

5.3.1 O ensaio de partículas magnéticas é obrigatório para eixos acabados e tem a finalidade
de examinar a integridade da superfície com o objetivo de detectar trincas superficiais ou subsuperficiais.

5.3.2 O ensaio deve ser feito por lâmpada de luz negra, método úmido.

5.3.3 O ensaio de detectabilidade deve ser feito semanalmente e registrado. O ensaio consiste
na inspeção de um eixo com uma trinca circunferencial conhecida de pelo menos 25,4 mm de compri-
mento com um equipamento utilizado no processo de inspeção dos eixos. O processo de ensaio deve
conter as seguintes indicações:

a) brilho adequado da fonte de luz;

b) concentração adequada da solução do banho;

c) pó magnético e operação do equipamento.

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ABNT NBR 5559:2020

5.3.4 O método de ensaio úmido deve ser realizado de acordo com a ASTM E 1444, que inclui
o critério de desmagnetização 3G, que é recomendado para desmagnetização.

5.3.5 Nos eixos em ensaio, a bobina é deslocada acima do centro da área a ser ensaiada e magneti-
zada ao mesmo tempo em que a solução é aplicada. Durante a magnetização e aplicação da solução
o eixo é girado para que toda superfície seja coberta. Depois da completa cobertura da área pelo
fluido, a solução é cortada enquanto a corrente continua por um período curto de tempo (3 s), para
evitar a possibilidade de camuflar pequenas indicações. A fonte de luz é aplicada sobre a área e o eixo
gira lentamente enquanto o ensaio é realizado. São recomendadas duas rotações completas do eixo
durante o ensaio.

5.3.6 A peça ouo eixo de ensaio deve estar limpo antes do próximo ensaio. Isto deve ser verificado
com aplicação de uma fonte de luz antes do ensaio ser iniciado.

5.3.7 Solda em eixo é expressamente proibida. Quaisquer vestígios de solda ou danos com maçari-
co implicam no sucateamento do eixo.

5.4 Outros ensaios

Podem ainda ser realizados outros ensaios, conforme acordo entre comprador e fornecedor, como
ensaios macroscópicos.

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ABNT
NBR 5559-2020

Anexo A
(normativo)

Furos de centroe gabarito

Dimensões dos furos de centro em milimetros para as diversas mangas de emos

Vagão de canga — Mancal da rolamento


Ba”

Dur

ana e Ta

Castro de passageiros
- Iancal de rolamento

dg sa

E págs az

en ris
Eri

& profundidade do furo de centro no eixo bruto deve ser aumentada para compensaro material a ser
retirado na usinagem das faces. Os eixos usados devem ser centrados. O diâmetro a a profundidade
podem ser aumentados 0 suficente para produzir um ámgulo preciso da GO”,

Figura 4.1 = Furo de centro

18 EAST SOS. feios nm cirsáres resereaçõos


ABNT
NERI 5550:2020

Anexo B
(normativo)

Dimensões
dos eixos

A varação emdocima poemlida no 7 da menegá em qualguir


ponto medido não pode exceder DCE mm

0+ 1,6 Comprimento
totaí
Mi qinna de censo das mangas)
A

CLT 200,16 :4,


L5B75+16
w U:1,6

“OD comprimento da dimensão “Lº não precisa sor acabada


cada ver que a sede da rúcia
for usinada

Nos eixos novos. o maio do 75,2 mem na


dimensão Lº é capeolicada
pari qualguer
arroio
Clã roda
“L

E ABM DOG - Todos do dihidicas dosireadios 19


ABNT NBR 5559:2020

NOTA2 A excentricidade máxima entre G e H é de 0,152 4 mm.

NOTA 3 A excentricidade máxima entre G e | é de 0,203 2 mm.

NOTA 4 Para manga 7” x 12”, o chanfro na extremidade é de 4"15' x 15,9 *3.2,

NOTA 5 O diâmetro H é tolerado com acabamento de no máximo 125 micropolegadas.

A excentricidade da manga na cota G entre centros, não pode exceder 0,381 mm quando o eixo
estiver girando.

As dimensões B e N são consideradas dados de engenharia para o desenho do truque e não


necessariamente precisam estar de acordo com as tolerâncias de fabricação.

As mangas acabadas não podem exceder 63 micropolegadas se torneadas ou retificadas. Se forem


torneadas e roletadas, o acabamento de torno não pode exceder 125 micropolegada e o acabamento
roletado não pode exceder 16 micropolegadas.

Figura B.1 —- Dimensões do eixo para vagão de carga com rolamento

Tabela B.1 — Dimensões de eixos para vagão de carga com rolamento (B a M)


Dimensões em milímetros

Tipo | tamanho
do B c D E G H I J K M
eixo | fa manga
139,7x
5 sea 139700 | 44.450 | 192675 | 762 | 131684 | 161.925 | 192087 | 171.450 | 149,225 | 158750
5 rx 10" , l 191.839|
152.4x
- 04 15812 | 46037 | 192675 | 762 | 144564 | 178613 | 209550 | 185737 | 163512 | 158750
ex 11 144,539 | 178,562
165,1 x
- aus | 183512 | 46037 | 193675 | 762 | 157264 | 191.313 | 22250 | 200025 | 187,325 | 1587,50
eu x1Z 157239 | 191,262
177.8x
e mis | 150812 | S8737 | 192675 | 762 | 177902 | 203251 | 241,300 | 217487 | 203200 | 1587,50
Tx 12" 177,876 | 203,200
« ão 123266 | 86,284 | 193675 | 762 | 157.264 | 191,313 | 222250 | 200025 | 187,325 | 158750
GW xg 157,239 | 191,262
152,4x
o »a2 | 113208 | 83642 | 193675 | 762 | 144564 | 178613 | 209550 | 185737 | 163512 | 158750
E xe 144539 | 178.562
1778x
ȋo | 120850 | 88900 | 193675 | 762 | 165202 | 191313 | 241,30 | 217487 | 203200 | 1587,50
M o

Tx 165,176 | 191,262

20 & ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Tabela B.2 — Dimensões de ejxos para vagão de carga com rolamento (N a 7)
Dimensões
em milímetros

To | tamanho I
ae M o A T u " = K r
do | RM |
D 17 = A | TODO | DARLEME | MAGO | FD | TEMADO | ABM | MEGET at TED ea I

Emo | +0, —B36


ERA x 2T0A VDALEO | 2295200 | az | o T=B | 1EMDETE | EMO | mai | amo | FE
' er | 1635 |

e | fEi=Ba | ao0nmo
| aor ga SAE | AAMPTT | remDerS | Le | aonato
| não | re|
sir | +, —E3E |
TBsS0A ZO060 | 2288060 | 58757 TFT VAMOS | S7150 | DOME | 15H75 es |
É [qe | eo |
mms
| rodo | eoiade | aos | nur | niooca | agro | monmer | emo | mr
é Em nd 508 |
24 =082) soma | Sirizão amzie
| r=a unsames| sos0o | comam | MA | NA |
' a |
w | fx | HOORM0 | ntznoo | Masrk | JaMP=7 | 4098:200 | bas | conto MA ma |
Fair

Nóia Ma = Mão nm pica

16 ABNT DODO - Tesdom ca chredra ceserendos


ABNT NBR 5559:2020

Anexo C
(normativo)

Correção da distância e amplitude (DAC)

C.1 Referências alternativas


Referências alternativas podem serusadas para o ensaio de sensibilidade se tiverem como referência
o bloco de ensaio descrito em 5.2.4.2.1.

Exemplo: Referências alternativas para eixos tratados que indicam sensibilidade equivalente:

a) 1" de indicação para 4 1 série “A” bloco;

b) 1 de indicação para ASTM E127 bloco & 1 — 0300.

C.2 Correção da distância e amplitude (DAC)


No ensaio de ultrassom, a amplitude do defeito varia com a distância em relação à face de ensaio.
Para compensar este efeito, a relação entre distância e amplitude é empregada. A relação pode
ser estabelecida por meio eletrônico ou por curvas. Pelo fato da relação entre distância e amplitude
ser influenciada primeiramente pelo cabeçote e pelo aparelho, é necessário relacionar este fator
especificamente ao equipamento usado. A curva apropriada de distância e amplitude deve ser
desenvolvida. Um exemplo típico é mostrado na Figura C.1 relativo ao eixo da Figura C.1.

C.3 Indicações espúrias devido a variações de contorno


Devido às variações das secções transversais dos eixos, é possível produzir indicações espúrias
particularmente nas mudanças das seções transversais. Estas indicações precisam ser consideradas
e não são motivos de rejeição. Não é prático definir estas indicações na especificação, mas
a competência do operador ou técnico deve considerar as indicações espúrias como oriundas
do contorno dos eixos.

C.4 Resolução do campo próximo


Precisa ser considerado que a detecção de descontinuidades próximas à superfície está limitada pela
frequência do ensaio de ultrassom. No caso de eixos tratados, o campo próximo é de aproximadamente
25,4 mm a partir da superfície de ensaio.

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ABNT NER 5559-2020

Y E 15 ao 45 ape

À | I |
I I I Ê
| Ê |
| L |
]

Be era gare gas


a) Diâmetro dos furos de fundo para 05 eixos tratados

aj Diâmetrodos
furosde fundopara os elxostratados

[4 E 1 ST
| 45 dar

= e) Localização: meia distância entre o centro


bj Atenuação e a superíicia do eixo

ra Ci
— Curva tipica de distância
e amplitude os eixos tratados jusando cabeçote
o pi da 2.575 tum de 2.25 MHr

E AENT 2000 - Todos ou direito Eoteriniaicoa Eipé


ABNT NBR 5559:2020

Anexo D
(normativo)

Validação de planta para fabricação de eixos

O fabricante, antes de iniciar o processo de validação, deve ser certificado por órgão acreditado.

O fabricante deve iniciar o processo de validação enviando três eixos de uma mesma corrida e mesmo
grau, fabricados conforme esta Norma para universidades ou centros de pesquisa internacionalmente
reconhecidos, para os seguintes ensaios.

D.1 Análise de composição química


Retirar uma amostra do eixo e verificar a sua composição química via espectrômetro de emissão
óptica ou similar. Recomenda-se que a faixa de variação dos elementos químicos esteja de acordo
com 4.3.21€e432.2.

D.2 Ensaio de tração


O ensaio de tração deve ser executado nos três eixos de acordo com 5.1. Recomenda-se que
os valores obtidos a meio raio para eixo sólido (maciço) atendam à Tabela 4. Um ensaio adicional
de tração pode ser feito o mais próximo possível da superfície do eixo, sendo que os valores obtidos
podem ser maiores ou igual 0,95 vez dos valores obtidos a meio raio. Outro ensaio adicional de tração
pode ser feito no centro do eixo, e os valores podem ser maiores ou igual a 0,8 vez os valores obtidos
a meio raio.

D.3 Microestrutura

D.3.1 Tamanho de grão

Tamanho de grão dos três eixos deve estar de acordo com a Tabela 4.

D.3.2 Grau de limpeza do aço

Os corpos de prova devem ser retirados da secção do eixo de maior diâmetro com área plana de
200 mm?, perpendicular ao plano F, a meio raio, de acordo com a Figura D.1.

Recomenda-se que o grau de limpeza do aço seja de acordo com a ISO 4967 e esteja de acordo com
a Tabela D.1.

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ABNT
NBR 5559:2020

Figura D.1 — Localização


dos corpos de prova

Tabela D.1 —- Grau de limpeza do aço: ISO 4967


Tipo
de Inclusões | Sérielina | Série grossa
A jermolre) 15 2
B (aluminato) 15 2
C (siicaio) 15 2
Metodo | Mas 0 02 |
AtBciD 30 4

Da Integridades interna e externa


Estes ensaios podem ser lejos na planta onde o eixo fes fabricado ou em empresa contratada para
o gerviço, desde que acompanhados de procedimento.e com laudo de um especiafsta independente
com nível HI em particulas magnéticas e ultrassom.

O ensaio de ultrassom dever ser jeito de acordo com 5.2 e Anexo E,

O ensaio de particulas magnéticas


deve ser lado de acordo com 5.3.

D.5 Critério de aprovação


A empresa está de acordo para tabricação de eixos segundo esta Norma sa atender aos requisãos
desta,

Caso a empresa, em abkguns dos itens, não obtenha sucesso, um novo lote de três eixos pode ser
tabricado a submetido novamente ao protesso de validação,

o delito 2020 - Todos cu chretca ceserandioa 2


ABNT NBR 5559:2020

Bibliografia

[1] ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

[2] ISO 4967:1998, Steel - Determination of content of nonmetallic inclusions — Micrographic method
using standard diagrams

[3] ASTM E127, Practice for fabricating and checking aluminum alloy ultrasonic standard reference
blocks

[4] AAR M 107: 2011, Association of American Railroads — Section G (Axles)

[5] BS EN 13261:2009, Railway Applications Wheelsets


and Bogies — Axles — Product Requirements

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