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A MISSÃO DO JOVEM CRISTÃO NO MUNDO DE HOJE:

desafios para uma nova e jovem evangelização

“Jovem, levanta-te! Participa da incansável tarefa de anunciar o Evangelho e cuidar, com ternura
dos que sofrem nessa terra, buscando maneiras de construir um pais justo e de paz”
(João Paulo II aos jovens do Chile em 1987)

Ao pensar na missão do jovem no mundo de hoje, estamos frente a um desafio que nos convida a olhar a vida
juvenil a partir de sua realidade e de seus ambientes de convivência.

De olho no chão para semear a esperança! Esse é o grande desafio. A realidade onde os jovens estão inseridos se
permeia por uma crise de identidade e de referência, que provocam a dificuldade de perseverança e compromisso.
O chão familiar aparece como um ambiente alienado que produz um vazio existencial que o jovem preenche pela
mídia (Tv, internet, entre outros). Por sua parte, o chão social convive com uma crise de valores éticos e cristãos
que se confrontam constantemente com o modelo econômico neoliberal. Por ultimo, o chão pastoral da Igreja,
apresenta-se como distante aos interesses da juventude, o que tem provocado a não participação grande parcela
dos jovens.

E agora, que semente plantar? Com o olhar voltado para


os jovens do nosso tempo e das suas reais necessidades, e Esperança Jovem, em ti acreditamos!!“Em
tendo como ponto de partida a experiência concreta deles vós está a esperança, porque pertenceis
(suas alegrias, angústias, seus critérios de avaliação, seus ao futuro, e o futuro os pertence. A espe-
valores determinantes, seus pontos de interesse, suas lin- rança está sempre unida ao futuro”.
has de pensamento, suas fontes inspiradoras e modelos de
(Carta apostólica de SS João Paulo II aos jovens do mun-
vida), devemos aproveitar para espalhar sementes evange- do por ocasião do ano internacional da Juventude)
lizadoras com perspectivas de mudança, de “transformação”
cheias de utopia.

E quem serão os semeadores? Jovens evangelizando


“Vós, jovens, não sois apenas o futuro da jovens. Eles têm naturalmente dentro de si a aptidão em
Igreja e da humanidade, como uma es- perceber os problemas alheios e lhes oferecem disponibili-
pécie de fuga do presente. Pelo contrário: dade e serviço. Os jovens desejam cultivar autênticos rela-
vós sois o presente jovem da Igreja e da cionamentos humanos e viver uma experiência concreta de
busca de Deus, de sentido de vida. Querem ser protagonis-
humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igre-
tas de um chão de liberdade e de esperança.
ja precisa de vós, como jovens, para mani-
festar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, Todas estas particularidades e provocações dos jovens
que se desenha na comunidade cristã. são a garantia da colheita. Cabe a nós, lideranças juvenis,
Sem o rosto jovem, a Igreja se apresenta reelaborá-las e inseri-las num projeto de educação nas tril-
desfigurada” has da fé. Devemos privilegiar a experiência comunitária
(grupo de jovens como ação pedagógica) como caminho de
(discurso do Papa Bento XVI aos jovens – maturidade humana e cristã seguindo o modelo da comuni-
10/05/2007 – Estádio Pacaembu – SP)
dade dos doze.
Somos jovens nascidos para amar e partilhar a vida. Somos
convidados a ser novos “João Batistas” que indiquem Jesus
como fonte de vida em abundância (Jo 10); a ser novos “Abrahanes”, peregrinos da fé nos campos da diversidade
brasileira. Somos chamados a ser novos discípulos de Emaús da Palavra e da Eucaristia além das fronteiras da co-
munidade, capazes de encarar o mundo. Enfim, Jesus nos chama a ser profetas, para anunciar com nossas palavras
e nossa vida, com alegria e esperança, que o Reino de Deus está presente: “profetas construtores da civilização do
amor dentro da grande cidade no mundo de hoje”.
Gritemos “Effata” e “Talitakum”! Viva os jovens! Humberto S. Herrera Contreras
Coordenador Pastoral da Educação Universitária.
pastoral@faculdadebagozzi.edu.br

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