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A GRANDE FARMÁCIA

“ E disse DEUS: Produza a terra a erva verde, erva que dê semente, árvore
frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre
a terra. E assim foi. E a terra produziu erva, erva dando semente, conforme
a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela, conforme a sua
espécie. E viu Deus que era bom. ” Gen. 1:11,12

“... e o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio.” Ezeq.47: 12.

“ DEUS deu às rosas e aos lírios a forma e figura que têm, pelo motivo de
serem produtos da terra e para que o médico e sua medicina conheçam o
que a terra produz. E assim, conhecendo a anatomia das ervas, chegar
também a conhecer a anatomia das doenças. Somente desta maneira
poderá estabelecer as concordâncias, semelhanças e relações de umas com
as outras, pois apenas por meio do estudo das anatomias comparadas,
poderá fazer progredir a sua ciência. Venturosa hora em que um médico
pode trabalhar assim, sem que nenhuma miséria o impeça!

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HISTÓRIA

Até 1928, quando Friedrich Wohler produziu a síntese da uréia a partir de


uma substância inorgânica, o cianato de amônio, o homem não concebia
como fonte de matéria orgânica, qualquer coisa que não fosse vegetal ou
animal. Isto significa que, descontando praticamente apenas o séc. XX, toda
a história da medicina encontra-se intimamente ligada às plantas medicinais.

Numerosas etapas marcaram a evolução da arte de curar, porém é difícil


delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve longamente associada a
práticas mágicas e ritualísticas.

A partir da Antiguidade, ou talvez até antes dela, passou-se a acreditar que


o domínio da magia do reino vegetal repousava no conhecimento dos
espíritos das plantas, habitantes do plano astral que aspirariam elevar-se
até a condição humana.

Segundo a crença, retomada pelo alquimismo e sustentada pelo ocultismo,


estes seres, dotados de inteligência instintiva e de intenso poder sobre
o plano material, poderiam efetuar curas surpreendentes, bastando para
isso, atenderem à sua sabedoria interior.

Concebidas ou não como seres espirituais, as plantas adquiriram


fundamental importância na medicina popular por suas propriedades
terapêuticas ou tóxicas.

Já no ano 3000 a.C., a China se dedicava ao cultivo de plantas medicinais,


iniciado por Sheu-ing. A obra do Imperador Cho Chin Kei, o “Hipócrates
Chinês”, é o que há de mais destacado na farmacognosia chinesa antiga,
que trata das substâncias medicinais antes de serem manipuladas.

Nela, a raiz de Ginseng é consagrada como a cura de todos os males; são


também enaltecidas as virtudes do ruibarbo, acônito e da cânfora.

Em épocas posteriores, surgiram vários tratados de ervas e plantas


medicinais chamados Pen-tsao. Atualmente, a China mantém laboratórios
de pesquisa e grupos de cientistas trabalhando exclusivamente para
desenvolver produtos farmacêuticos a partir das ervas medicinais da
tradição popular. Como os chineses tiveram o cuidado de em seus tratados
incluir o nome em latim das plantas, ficou fácil associá-las às ervas
medicinais conhecidas.

Desde 2300 a.C., os egípcios cultivavam diversas ervas e traziam outras de


suas expedições que eram usadas como purgantes, vermífugos, diuréticos,
cosméticos e, especiarias e ervas aromáticas para a cozinha.

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Além disso, grande quantidade de líquidos perfumados, antissépticos, gomas


e diversas matérias de origem vegetal, eram utilizadas no embalsamamento
de múmias.

Assírios e Hebreus, ao que se sabe, também cultivaram diversas plantas


úteis. Os primeiros elaboravam águas aromáticas, tinturas e ungüentos,
enquanto os Hebreus empregavam em seus rituais religiosos e sacrifícios,
plantas como mirra e incenso.

Pela riqueza e exuberância de sua flora medicinal, alguns autores deram à


Índia o cognome de “ Eldorado dos Medicamentos Ativos ”.

Dentre os mais importantes substratos de drogas indianos, estão o sândalo,


a canela e o cardamomo.

Também na antiga Grécia, as plantas e o seu valor terapêutico ou tóxico,


eram bastante conhecidos. Hipócrates ( 460-377 a.C. ) denominado o
“ Pai da Medicina ”, reuniu em sua obra “ Corpus Hipocráticum ”, a síntese
dos conhecimentos médicos de seu tempo, indicando para cada
enfermidade, o remédio vegetal e o tratamento adequado.

No começo da Era Cristã, Dioscórides enumerou mais de 500 drogas de


origem vegetal e seu emprego terapêutico. A farmacologia grega assimilou
muitas delas dentre as quais a dormideira, o sésamo, o açafrão e os liquens.

Pimenta, canela, gengibre, cardamomo, mirra, goma arábica, dormideira,


sementes de linho, gergelim, rábano, mel de abelhas, corantes e
especiarias, tudo isso Roma importava da África, da Espanha, e do Oriente.
Extremamente dependentes das ervas para uso medicinal e culinário, os
romanos sabiam empregar certas plantas venenosas para se livrar de seus
inimigos, o que faziam com bastante freqüência.

Galeno foi considerado o “ Pai da farmacêutica ”, devido à maneira como


elaborava os medicamentos. Escreveu mais de 200 obras sobre o efeito
terapêutico dos vegetais, que serviram como importante base de consulta na
idade média.

Os árabes,eu foram os primeiros a distinguir medicina de farmacêutica,


contribuíram muito para a difusão de diversas plantas medicinais na costa
do mediterrâneo ( França, Itália e Espanha ).

Dentre os principais médicos árabes que se ocuparam das plantas


medicinais, estão Avicena ( 978-1036 ) que se tornou mais famoso como
médico que Hipócrates e Galeno; e Ibn Baithar, que em sua obra “ Grande
Compilação de Medicamentos e Alimentos Simples ”, trata de 1400 drogas
das quais 200 inéditas.

Foram os árabes quem primeiro cultivaram o açafrão, cana de açúcar, arroz,


algodão e algaroba, usados como alimentos, iguarias e fármacos.
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No seu processo de evolução, a arte de curar recebeu um poderoso impulso


dos alquimistas.

Quem pensa que os Alquimistas eram velhinhos de longas barbas brancas,


que não sabiam fazer outra coisa na vida a não ser tentar transformar metal
em ouro, engana-se. Fechados em seus laboratórios, costumavam realizar
experiências, e inventaram a Iatroquimica, a qual pregava que o objetivo
principal da química seria a cura das doenças. Dentre os Alquimistas o que
mais se destacou foi Teoprhastus Bombastus Von Hohenheim, mais
conhecido como “ Paracelso ”. Este médico, teólogo e filósofo, foi quem criou
os mandamentos ( bases ) da medicina natural.

Paracelso acreditava que o poder curativo das plantas, residia em seu


espírito. Para utilizá-la, era preciso depurá-la, retirando o que mais possuía
de inútil e fixando seu real conteúdo, que chamamos “ Princípio Ativo”.

Toda planta possui uma constituição bioquímica e nela uma substância que
pode ser uma proteína, um ácido ou um aminoácido defeito comprovado
sobre um determinado órgão. Isto é o princípio ativo da planta.

Os fitoterapeutas ou defensores de que a flora pode realizar curas, baseiam


seus argumentos no equilíbrio natural que o principio ativo da erva pode
realizar no corpo, partindo do princípio de que inexistem efeitos colaterais ou
secundários, grande problema dos medicamentos industrializados.

Quando o princípio ativo de uma planta dirigi-se a um órgão específico


( trofismo ), a própria natureza faz suas correções contrabalanceando os
efeitos tóxicos. Nenhuma planta conseguiria subsistir na natureza, se
existisse um conflito básico em sua composição, embora existam raros casos
de plantas medicinais que, se tomadas de forma errada, sejam venenosas.

Quanto à afirmação de que o tratamento pelas plantas não passa de uma


Medicina popular e empírica, isto é, destituída de caráter científico, há a
ressalva de que tem sido este mesmo empirismo o descobridor de muitos
medicamentos usados hoje na clínica alopática. O povo proclama as
virtudes curativas de determinadas plantas que despertam o interesse de
alguns cientistas, em estudá-las e classificá-las determinando suas
propriedades terapêuticas e tóxicas. Quase sempre isto confirma a indicação
popular.

O equilíbrio constante da Natureza permanece um mistério não desvendado


pela maioria dos químicos. Sabe-se no entanto, que este equilíbrio existe
independente de nosso desejo ou interferência.
A cura pelas plantas segue o princípio básico da Medicina “primus non
nocere”, acima de tudo não prejudicar, tendo Hiprócrates – o Pai da
Medicina no Ocidente – mencionado em seus trabalhos diversas plantas
medicinais cuja ação julgava comprovada.

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A medicina natural teve ainda a importante colaboração de Samuel


Hahnemann, médico que em 1796 definiu a Homeopatia, na qual a energia
do fármaco é utilizada e não seu princípio ativo.

Outro precursor da Fitoterapia foi Cristoph W. Hufeland, defensor da


aplicação da medicina clássica com medidas terapêuticas naturais.

A medicina Chinesa no entanto, parte de princípios diferentes da Ocidental.


Para os chineses, o fluxo da energia vital é que determina tudo o que
ocorre no organismo, cujo equilíbrio necessita de chás de ervas,
sessões de acupuntura, shiatsu, exercícios físicos e alimentação
adequados, tudo com muito equilíbrio.

Eles costumam ainda destacar e enfatizar as qualidades energéticas das


plantas e dos alimentos .

Segundo seus princípios filosóficos, todo o Universo é movido por uma


energia vital, presente em cada ser vivo, e que teria dois pólos, o Yin
( negativo, passivo ) e o Yang ( positivo, ativo ). A doença seria fruto do
desequilíbrio energético entre os dois pólos, refletindo no organismo o
bloqueio do fluxo de energia, manifestando sinais e sintomas do aspecto que
prevalece sobre o outro..

A acupuntura, o shiatsu, a aromaterapia, a fitoterapia, a dietética, são


apenas algumas das formas utilizadas para liberar essa energia e sanar o
desequilíbrio.

Tomaremos contato neste bloco de estudos, com a fitoterapia ocidental e


oriental, obtendo noções de como utilizá-las para a manutenção ou
recuperação de nossa saúde.

Importante se faz enfatizar que todas as terapias tem seu limite de atuação,
não sendo diferente com a fitoterapia, portanto é primordial usarmos o bom
senso sempre.

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“ Desde os primórdios da civilização humana, os povos da terra tem


recorrido aos recursos terapêuticos originários de sua cultura. Pode-se
observar, sob uma perspectiva histórica, que os povos que mantêm e
preservam suas tradições e manifestações culturais, conjugando-as com as
exigências do mundo contemporâneo ao invés de destruí-las, conseguem
potencializar os avanços da técnica sem corromper as bases de sustentação
da sociedade. Ou seja, não recusam a mudança mas sim administram-na
para fortalecer e reiterar seus laços sociais.
Assim, por exemplo, nessas sociedades, o conhecimento popular do
potencial terapêutico da flora local é aliado ao conhecimento científico que,
produzindo sua validação e o reconhecimento de sua eficácia, vem propiciar
sua incorporação ao sistema oficial de saúde.

.....Uma das civilizações mais antigas do mundo – os chineses – que


demonstraram sua enorme capacidade de sobrevivência e de adequação aos
tempos, buscam associar a sabedoria popular, resguardada e resgatada
permanentemente em sua cultura, aos conhecimentos desenvolvidos
contemporaneamente. Tal procedimento, no que se refere à concepção de
política de saúde, vem de encontro ao que preconiza a OMS, órgão das
Nações Unidas que tem como objetivo estabelecer parâmetros para a
elevação da qualidade da atenção à saúde em todo o mundo.”

Maria Elisabeth Michiles


Coord. Do Programa Estadual de Plantas Medicinais S.E. S – RJ.

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A OBTENÇÃO DAS ERVAS MEDICINAIS

Para trabalharmos de forma séria com ervas medicinais, nos defrontamos


com a maior das dificuldades: a obtenção de ervas com qualidade garantida
e dentro dos padrões ISO 9002.

O Brasil apesar da sua biodiversidade ( 4ª maior do mundo ) e a catalogação


de mais de 1000 espécies medicinais, que são utilizadas popularmente pela
população, não possui uma infra-estrutura adequada para a obtenção de
ervas com certificação de sua qualidade e nem tampouco de seu
reconhecimento, já que a maioria das espécies são comercializadas com seu
nome popular, omitindo-se seu nome científico, o que pode causar danos ou
no mínimo, a falta do resultado esperado pois que, nas diferentes regiões,
algumas das plantas medicinais são conhecidas por diferentes nomes.
Para a utilização adequada das plantas de forma medicinal, existem algumas
regras que precisam ser respeitadas.

DA COLETA À UTILIZAÇÃO

1. Colha as plantas sempre nas primeiras horas da manhã. A coleta deve


ser feita em dia sereno e sem vento, evitando fazê-la se choveu pouco
antes. Ainda observar:
- folhas, caules e inflorescências: lua nova ou crescente.
- raízes: lua minguante.

2. A coleta das sumidades floridas deve ser feita antes da floração


total, porém os botões não devem estar muito túrgidos (inchados) e
fechados.

3. Escolher sempre, os exemplares menores, de maior vitalidade e que


não estejam, já, estragados ou mutilados pelo vento.

4. As hastes e as folhas devem ser coletadas quando são tenras e


frescas, isto é, na época em que a planta não tenha ainda lançado
flores

5. Frutos e sementes devem ter atingido a maturação plena.

6. As raízes devem ser arrancadas preferencialmente no verão, liberadas


sumariamente do húmus e limpas, depois, acuradamente com uma
escovinha de cerdas suaves.

7. Fazer, desde o momento da coleta, a triagem dos fragmentos que


possam proceder de outras plantas.
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8. Não coletar plantas ou partes delas que não estejam rigorosamente


limpas. Vigiar especialmente as deposições de animais. Selecionar
plantas sãs, sem manchas e não atacadas por insetos.

9. Não coletar em períodos de epidemia animal para não correr risco


de contaminação.

10. Evitar coletar em locais onde tenham sido espargidos adubos,


inseticidas, e outros produtos químicas.

11. Evitar as que se encontram nas proximidades de fungos.

12. Não comprimi-las para que não murchem, o que as faria perder
boa parte de seu aroma.

13. Não coletar espécimes em beira de estrada ou rua movimentada


onde eles podem estar contaminados por CO2 dos automóveis.

14. Terminada a coleta, verificar se todas as plantas estão limpas e


pertencem exatamente à espécie procurada. Eliminar as partes
inúteis.

15. Preparar a dessecação o mais rápido possível, para evitar que


apareçam bolores e fermentações.

16. Sempre que adquirir as ervas, identificá-las pelo seu nome científico,
pois os nomes populares mudam de região para região.

17. Preocupar-se com a armazenagem, para evitar que criem fungos.

18. Observar sempre o modo de preparação mais adequado para cada


parte a ser utilizada.

19. Nunca utilizar recipiente de alumínio para preparar os fitoterápicos.

20. Certificar-se que está fazendo uso da erva mais adequada para o
objetivo desejado.

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DESSECAÇÃO

Imediatamente após coletar as plantas, é necessário preocupar-se em


conservá-las.

É importantíssimo o processo de dessecação das plantas, pois se não


respeitarmos as regras básicas, corremos o risco de perder todas as suas
propriedades benéficas.

A dessecação tem por objetivo evaporar a água que todo vegetal contém,
secando a seiva e o sumo, colocando-o em condições de conservação.

A planta não perde nenhum de seus princípios ativos se a operação é feita


de maneira correta.

1. Depois de coletadas, as partes das plantas devem ser limpas e secas


separadamente.

2. Nunca devemos secar as plantas ao sol, pois, os raios solares tiram


das plantas, depois de arrancadas uma parte das substâncias
curativas, que se evaporam quando expostas ao sol.

3. As raízes devem ser bem lavadas e picadas em pedaços, antes de


serem postas a secar.

4. Espalhar bem as plantas sobre telas suspensas para que haja bom
arejamento.

5. Revirar todos os dias as plantas, afim de que elas estejam em sua


totalidade expostas à dessecação com boa circulação de ar.

6. Estar sempre atento às partes que estão manchando ou embolorando


e, retirá-las do conjunto.

OUTRO MÉTODO DE DESSECAÇÃO

Formar raminhos das plantas, colocá-las dentro de um saco de papel com o


buquet voltado para o fundo do saco e amarrar a boca juntamente com os
cabinhos. Pendurar em um varal, sempre à sombra.

Este método funciona melhor para as folhas e talos. Raízes e flores, ficam
mais bem acomodadas nas telas de secagem.

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CONSERVAÇÃO

Depois da dessecação, as plantas devem ser conservadas sem ser


comprimidas, em recipientes hermeticamente fechados e sem odor.

“ Cuidado com os recipientes de plásticos. ”

Pode-se utilizar latas, vidro escuro, cerâmica e outros que mantenham as


plantas, tanto quanto possível, fora do contato com o ar, a luz, a umidade e
a poeira, que são os principais causadores da deterioração dos elementos
orgânicos.

O ar devido ao oxigênio que contém, predispõe à fermentação.

A luz descolore as folhas e flores.

A umidade afrouxa os tecidos e dispõe à putrefação.

Também devem ser resguardados da eletricidade, que produz


transformações importantes em seu equilíbrio orgânico.

O ideal para a conservação é usar caixas de madeira, em cuja cola se agrega


babosa ou alume, para resguardá-los dos insetos.
As latas servem bem às flores.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

 As partes duras das plantas tais como, raízes, casca de caule, rizomas
ou ramos, devem ser picadas, trituradas ou mesmo pulverizadas, para
facilitar o seu preparo que deve ser por decocção.

 As partes macias, quando frescas, podem ou não ser picadas em


pedaços pequenos. Já quando secas, devem ser esfareladas até que se
possa medir numa colher.

 Toda planta dessecada sofre uma perda natural de água que eleva seu
poder medicamentoso. Esta perda natural faz com que entre uma
substância fresca e a mesma dessecada haja uma diferença que pode
fixar-se em termos médios, numa relação de 2:1. Isto equivale a dizer
que para cada 20 gr de ervas frescas, empregam-se 10gr de ervas
secas.

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NOÇÕES SOBRE PRINCIPIO ATIVO DOS VEGETAIS

Vegetais >>> realizam fotossíntese

Clorofila transforma energia luminosa em energia química.

Vegetais >>> metabolismo primário sintetiza substâncias vitais:


Celulose
Amido
Lipídeos
Aminoácidos

Metabolismo secundário >>> atividade de síntese biológica

PRINCIPIO ATIVO - varia de acordo com a espécie


- produz subst. particulares com
função as vezes indefinida.

Através de observações concluiu-se:

• algumas substâncias produzidas pelos vegetais tem funções de


adaptação ao meio > são armas de competição biológica.

• vegetais cultivados em ótimas condições de clima, solo e proteção


produzem um mínimo de principio ativo.

• vegetais expostos livremente ao meio e à competição com outras


plantas produzem muito principio ativo.

• a variação sazonal destas substâncias sugere uma época ideal para a


colheita.

• o homem se protege das variações climáticas se obrigando, o vegetal


lançando mão de substâncias adaptogêneas.

• manutenção do equilíbrio biológico da planta – proteção contra


fungos, bactérias – parasitas biológicos – substâncias de ação
antibiótica (mentol,borneol).

• partes aéreas possuem princípios ativos diferentes das partes


terrestres.

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• estudos quimiotaxinomicos, estudam os princípios ativos das plantas


>> podem auxiliar a classificação de um fitoterápico já classificado e
seco para evitar erros.

Os princípios ativos podem ser divididos em grupos com semelhanças


químicas e estruturais:

1) TANINOS

São princípios amorfos de sabor adstringente.


Atuam como antissépticos, antihemorrágicos, antidiarréicos e
cicatrizantes (criam camada protetora).

Pó de banana verde e broto de goiaba >> Diarréia


Mamão verde >> Cicatrizante
Hamamélis (folha) >> Cicatrizante (hemorróidas, flebites, varizes).

Precauções: taninos condensados não são absorvidos, e no uso


prolongado com mais de 1%, podem causar irritação intestinal, lesões no
fígado e rins.

Romã – Punica granatum >> a casca é utilizada em gargarejos – usar


com cautela pois é tóxica.

2) ÓLEOS ESSENCIAIS, ÓLEOS AROMÁTICOS, ÓLEOS VOLÁTEIS,


ESSÊNCIAS.

Terpenos e seus derivados.

São substancias liquidas e misturas complexas >> mais de 100


componentes.
Estão em maior concentração antes da floração.

Ações farmacológicas: anestésica, analgésica, anti-helmintica, anti-


histaminico, antiinflamatória, expectorante e sedativa.

3) ALCALÓIDES

Bases orgânicas nitrogenadas >> surgem na formação ou


transformação de matérias protéicas e podem dar sabor amargo à planta.
Beladona – Hyoxyamus niger >> 3 alcalóides que atuam no SNA e
SNC Hiosciamina, escopalamina e atropina.(Só se extrai da folha seca ).

Ações farmacológicas: dilata a pupila, relaxa músculos ciliares, reduz


as secreções, dilata brônquios, impede a contração da musculatura lisa.
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Ação tóxica: distúrbios mentais, náuseas, vômitos, secura da pele, boca,


sede e agitação.

Batata Inglesa – Solanum tuberosum – Solanácea comestível >> evitar


tubérculos verdes e os brotos - contem o alcalóide solanina que é tóxico.

A Cocaína e a Morfina são alcalóides.


Cocaína causa >> palpitações, ansiedade, psicose, convulsões por
hiperestimulação simpática.
Morfina >> deprime o SN, levando ao coma e parada respiratória. Produz
altos graus de dependência.

4) GLICOSÍDEOS

Uma fração de açúcar + genina ou aglicona responsáveis pela ação


terapêutica ( muito amargo ).
Salgueiro (salicina- princípio ativo, é um álcool) >> infuso das folhas
para reumatismo. A sua maior concentração é na casca, podendo-se fazer
um decocto dos ramos jovens.
O estudo das ações antiinflamatórias do salgueiro, levou à descoberta dos
salicilatos e à síntese do acido acetilsalicilico, a aspirina.
Babosa > Aloina ; Cascara Sagrada e Sene > Rheina >>> glicosídeo de
ação purgativa. Estimulam a defecação – amolecem as fezes.

5) PRINCÍPIOS AMARGOS

Substâncias quimicamente mal definidas, inodoras, amargas, às vezes


cristalinas e de ação tóxica.
São abundantes na Arnica Montana e Artemísia Vulgaris.

REGRA GERAL PARA COLHEITA, embora algumas espécies possam ter


particularidades.

 Planta toda (erva) >> antes da floração.


 Raízes, rizomas, tubérculos e bulbos >> final do outono ou inicio
da primavera.
 Caules >> desenvolvido, também antes da floração.
 Folhas e sumidades floridas >> antes de se abrirem e serem
fecundadas.
 Frutos >> alguns são utilizados verdes, mas para se aproveitar as
vitaminas e sais minerais, são utilizados maduros.
 Sementes >> antes da disseminação.

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MÉTODOS DE PREPARAÇÃO

MONDAÇÃO E LIMPEZA

Entende-se por mondação, a separação de cascas lenhosas, seja da raiz,


seja do fruto. Já a limpeza, consiste na separação, através de lavagens ou
fricções, de tudo o que possa alterar ou tornar menos eficazes as
propriedades medicinais das plantas.

1. INFUSÃO

Método utilizado para as partes macias das plantas: flores, folhas e frutos.
Indicada para plantas que sofrem alterações, perdendo suas propriedades se
submetidas a cozimento prolongado.

Coloca-se a quantidade da planta, suficiente para o preparo, em um


recipiente de vidro refratário, louça, ágate ou aço inox.

Em seguida ponha a água para ferver. Quando esta estiver em ebulição,


sobre a erva reservada anteriormente, mantendo o recipiente tampado por
aproximadamente 10 a 20 minutos. Após este tempo coe o infuso num
coador normal.

2. DECOCÇÃO

Deve ser empregada para as partes mais duras dos vegetais (raízes, cascas,
rizomas e sementes de casca dura ). Indicado para plantas que não perdem
sua eficácia ao contato com o fogo.

Colocam-se as ervas na água ainda fria. Leva-se ao fogo até levantar


fervura.

Deve deixar ferver de 5 a 30 minutos (o tempo depende da dureza da parte


a extrair). Deixa-se repousar por 15 minutos em recipiente bem tampado,
coando após o prazo. De acordo com a duração da fervura e a saturação do
líquido (veículo) empregado, as decocções classificam-se em leves ou
brandas e carregadas ou concentradas.

3. MACERAÇÃO

Este processo é o que mais mantém o poder curativo das ervas por não
serem destruídos ou evaporados seus princípios ativos. É o processo mais
simples de todos eles. Basta triturar as ervas a serem preparadas e colocá-
las no veiculo desejado. A maceração pode durar horas, dias ou até
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semanas, dependendo da rigidez da parte da planta empregada. Quando o


veículo for a água, esta deve ser doce.

A maceração apresenta como inconvenientes a lentidão e um início de


decomposição da massa de se efetuar a penetração total das substâncias.

Este último pode ser evitado usando-se como veículo o vinho, o vinagre ou o
álcool. Folhas, flores, sementes e partes tenras ficam de 10 a 12 horas.
Talos, cascas e raízes tenras, picadas ficam de 16 a 18 horas.
Talos, cascas e raízes duras, picadas, ficam 22 a 24 horas.
Coa-se. O método da maceração oferece a vantagem de que os sais
minerais e as vitaminas das ervas são aproveitadas.

4. TINTURAS

O termo tintura designa o álcool que deve ser absolutamente puro, em que
foram dissolvidos os princípios ativos das plantas. Para o preparo de tinturas
deve-se secar e dividir as partes das plantas a serem deixadas no álcool, por
um período de mais ou menos 3 a 7 dias, de acordo com a sua maior ou
menor facilidade em ceder os seus princípios.

Quando as substâncias soltam facilmente seus princípios, a gradação do


álcool deve ser 60°, se as substancias são muito ricas em princípios
resinosos e azeites voláteis, de 80° e para substâncias que contém corpos
gordurosos, de 90°. Depois de obtida, a tintura é filtrada e os resíduos
espremidos em uma prensa, para se extrair o líquido restante.

Para uso interno, as tinturas devem ser administradas em pequenas doses


(20 a 30 gotas), puras ou misturadas em poções. Externamente podem ser
utilizadas em maior quantidade.

5. TISANAS

Põe-se água a ferver e, quando estiver fervendo, acrescentam-se as ervas.


Tapa-se de novo. Deixa-se ferver mais uns 5 min. Retira-se do fogo. Deixa-
se repousar alguns minutos, bem tapadas, côa-se e está pronta a tisana.
Agregadas a xaropes, tinturas, extratos ou outros ingredientes, passam a
ser denominadas POÇÕES.

6. CONTUSÃO

Preparação muito usada, consiste em pilar ou amassar, com bastante força,


uma substancia colocada dentro de um gral, a fim de destruir a coesão das
moléculas.

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Coesão: harmonia, força de ligação entre as moléculas de um corpo.

7. VINHOS MEDICINAIS

São preparações nas quais as substâncias sofrem a ação dissolvente do


vinho, que, para isso deve ser de uma pureza absoluta. Os vinhos
medicinais reúnem todas as vantagens das tisanas e das tinturas, uma vez
que os diferentes princípios contidos no vegetal podem ser dissolvidos pela
sua água e seu álcool.

A sua preparação é muito simples, bastando macerar os vegetais ( depois de


bem limpos, picados e molhados em álcool ) em vinho, durante alguns dias,
filtrar o líquido e conservá-lo em local fresco.

Quando os vegetais são ricos em princípios facilmente alteráveis, devem ser


utilizados vinhos com alto teor alcoólico. Caso seja necessário dissolver
princípios tônicos ou adstringentes, usam-se vinhos tintos. E para se obter
uma preparação diurética, o vinho branco é o recomendado.

8. SUCOS

Por este termo se designam todos os produtos líquidos contidos nas plantas,
seja qual for a sua natureza. Os sucos dividem-se em aquosos extrativos e
ácidos.

Aquosos extrativos >>> geralmente retirados das folhas de plantas


herbáceas. Podem ser usados ou entrar no preparo de extratos, xaropes,
etc. Quando se trata de vegetais aquosos, esses sucos são obtidos pela
espremeção e clarificados através da filtragem para serem administrados.
Ou ainda, coagulados a quente, para a preparação de xarope.
Se a planta não for muito aquosa e o seu suco for muito viscoso, para
facilitar a operação, acrescentam-se a ele, lentamente, durante a contusão,
1/8 da parte do seu peso em água. Estes sucos devem ser preparados
exatamente no momento de sua utilização.

Sucos ácidos >>> procedem de frutos e caracterizam-se pela


presença de um ácido, quase sempre o ácido málico, cítrico e, as vezes, os
dois reunidos.
Para se extrair o sumo, em geral, despedaçam-se as frutas nas mãos,
passando-as depois por peneiras e prensando-se os seus resíduos. Filtrados
em tecido de algodão, devem então ser conservados. Quando os sucos são
viscosos, como os extraídos das cerejas, romãs, framboesas, groselhas, é
preciso deixá-los fermentar durante 24 a 48 horas. No caso de limões e
laranjas, devem-se retirar previamente a casca e as sementes. Os sucos
ácidos podem ser tomados puros, diluídos em água ou empregados no
preparo de xaropes.
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Os sucos são sem dúvida, o melhor estado para o total aproveitamento das
propriedades terapêuticas das plantas, porque elas serão consumidas “in
natura”.

Nunca prepare grandes quantidades de suco, apenas o suficiente para um


dia, pois neste estado, as ervas se alteram facilmente.

Utilizar qualquer outro tipo de metal no preparo de ervas, quer seja para
infusão ou para ferver água, pois estes soltam partículas microscópicas de
metal que reagem com o principio ativo das plantas, reduzindo seu poder
terapêutico em quase 50%.

9. XAROPES

Compreende uma mistura de açúcar e água associada ao extrato das ervas


que se deseja utilizar. Existem varias formas de preparo para xaropes:

XAROPE SIMPLES - açúcar branco diluído em água sob calor brando


e agitação constante. Base: 1 xicara de açúcar para 2 xícaras de água.

XAROPE COMPOSTO - adição de um ou mais fitoterápicos ao xarope


simples, sob a forma de extrato ou tintura. Pode-se adicionar mel puro.

Medidas: 3 partes de tintura ou extrato para 7 partes de xarope simples.

Doses : 4 a 8 ml de tintura de cada fitoterápico, para 100 ml de solução.

Dosagem para ingestão: 3 a 6 ml de xarope por kilo de peso por dia, isto
dividido em 3 vezes.

10. POMADAS

Mistura-se vaselina sólida (60 a 70%), lanolina anidra ou cera de abelha


(20%) e o fitoterápico sob a forma de tintura, extrato seco ou pó (10 a
20%).

Os componentes da formula devem ser misturados em ligeiro aquecimento


até homogeneizar completamente a mistura.

Armazená-las ao abrigo da luz em local fresco e em recipiente hermético.

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11. CATAPLASMA

Preparações para uso externo, de consistência mole, compostas de pós ou


farinhas diluídos em água.

Dissolve-se a farinha em água na quantidade necessária para formar uma


pasta que dever ser cozida até adquirir a consistência adequada ( mole ).

Acrescentar o pó, ungüento, tintura, extrato desejado assim que a pasta for
retirada do fogo.

Aplicá-las entre dois tecidos ou diretamente sobre a pele.

Pode ainda ser misturado a um óleo para aplicar diretamente sobre o local
afetado.

Cataplasmas tem uma ação calmante sobre os inchaços, nevralgias,


contusões, reumatismo, gota, furúnculos, supurações.

Duração da aplicação: aproximadamente 2 horas.

Para doenças do calor >> cataplasma frio – efeitos dissolventes,


eliminatórios, calmantes.

Para doenças de frio >> cataplasma quente – bronquite, asma, tosse


convulsiva, circulação deficiente e anemia.

12. COMPRESSAS

São aplicadas embebendo-se toalhas na infusão ou decocto das ervas.


Valem as observações do cataplasma para doenças de frio e calor.

As compressas frias troca-se a cada 15 minutos e as quentes a cada 5 min.


Utiliza-se de 2 a 4 vezes mais erva do que para os chás.

13. GARRAFADA

Colocação de ervas medicinais num frasco de vidro com vinho de arroz,


vinho branco ou cachaça.

Dose: 100 gr de ervas para aproximadamente 200 ml de bebida.


Deixar o frasco bem tampado por 2 a 3 semanas.
Pode-se ainda enterrar o frasco, deixando o gargalo de fora, durante o
mesmo período.

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Dose para ingestão: 1 copo 2 vezes ao dia.

Não se esqueça: preparações alcoólicas aquecem; utilizá-las nas doenças


de frio e deficiência.

14. INALAÇÕES

Podem ser feitas com ervas cozidas ou preferencialmente com extratos ou


essências das ervas, através de aparelhos próprios ou de forma caseira.

15. UNGENTOS

Na antiguidade eram preparados para perfumar o corpo de reis e rainhas.


É a mistura de ervas ou suco de ervas com uma substância gordurosa.
Podem ser: vaselina, lanolina, gordura vegetal de coco ou manteiga fresca.
Aquecer um pouco antes de usar para derreter.
Utiliza-se apenas externamente.

16. GARGAREJOS

São preparados com os chás de plantas medicinais e devem ser feitos pela
manhã e à noite.

17. EXTRATOS

Resultado da mistura dissolvida de substâncias animais ou vegetais,


evaporando-se até a consistência desejada, para ser consumido ou utilizado
em outras preparações.

1 8 . B AN H O S

Existem três tipos: quente, frio ou de vapor e devem ser usadas ervas como
eucalipto, alecrim e camomila que tem efeito calmante e sedativo. Elas são
ideais para várias doenças, desde febres até inflamações genitais.

DICAS IMPORTANTES

o Os chás sempre devem ser bebidos mornos ou quentes, exceto


quando em estado febril. Nestes casos deve-se bebê-lo frio.

o Não se devem adoçar os chás de fins terapêuticos, pois os açucares


anulam os princípios ativos das plantas. Exceção para este caso é o

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mel de abelhas puro. Mesmo assim procure usá-lo apenas para


salientar a característica expectorante de algumas ervas.

o Escolha com muito critério as plantas que usará em seu tratamento.


Procure usar sempre aquelas que melhor se adequem às suas
necessidades.

o Logo após o preparo ( depois de frio ) deve-se acondicionar os chás


em recipientes hermeticamente fechados no refrigerador. Sob estas
condições os chás podem durar, em perfeito estado de conservação,
por até 5 dias.

o A posologia indicada para os chás, é de 2 a 4 xícaras diárias.


Doses completas para adultos de 18 a 65 anos.
a) 2/3 para jovens de 12 a 17 anos.
b) ½ dose para crianças de 6 a 11 anos.
c) 1/3 para crianças de 3 a 5 anos.
d) ¼ para crianças entre 1 e 2 anos.
e) 1/5 ou 1/8 para lactentes de menos de 1 ano.

o A dosagem ideal de ervas para o preparo dos chás é:

a) Uso interno em adultos >> 1 colher de sopa da erva seca ou 2


colheres da erva verde para 1 litro de água.
b) Uso externo >> de 4 a 6 colheres de sopa de ervas secas ou o
dobro disso para ervas tenras em 1 litro de água.
Recomenda-se estas mesmas proporções para banhos de imersão,
duchas vaginais, uretrais e anais.

ALGUMAS ERVAS DE USO MEDICINAL

AGRIÃO ( Sisymbrium nasturtium, Spilanthus oleraceae )

Família das Crucíferas.


Planta conhecida e boa para saladas. Deve-se usá-la crua, porque, quando
cozida suas propriedades medicinais se perdem.
O agrião contém um óleo essencial, iodo, ferro, fosfatos e alguns sais.
Seu uso prolongado tem eficaz efeito depurador do sangue e
antiescorbútico.
Tomam-se, diariamente, 3 a 4 colheres do suco de agrião puro ou diluído em
água.
Aplicado em cataplasmas, sobre úlceras, acelera sua cicatrização.
O suco misturado com mel dá um bom xarope para combater a bronquite e
a tosse. Para o ácido úrico comer diariamente.

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Mulheres grávidas não devem abusar desta planta pois pode provocar
aborto.

ALECRIM DE JARDIM (Rosmarinus oficinalis )

Família das Labiadas.


O decocto das folhas é usado em loções, contra as chagas gangrenosas, em
banhos, contra o reumatismo articular.
As folhas secas, reduzidas a pó, são boas para cicatrizar feridas assim como
as gotas do suco das folhas.
O chá é usado para lavar as feridas. Também para passar na cabeça como
combate à caspa e à queda de cabelos.
Para combate à sarna prepara-se uma pomada misturando-se 10 partes de
veículo para uma parte de suco de alecrim.
Dose para o chá: 10 a 15 gr para 1 litro de água em infusão.

ALFAZEMA (Lavandula Vera, Lavandula Officinalis)

Família das Labiadas.


Uso medicinal: aplicam-se topicamente cataplasmas quentes, com folhas
cozidas, para acalmar nevralgias e dores reumáticas.
Parte usada: toda a planta.
Dose: 8 gramas para 1 litro de água, 3 a 4 vezes por dia.
ARRUDA ( Ruta graveolens, Ruta montana, Ruta sativa, Ruta
hortensis, Ruta latifólia )

Familia das Rutáceas.


Uso medicinal: o principal uso é nas regras suprimidas bruscamente.
Dose: 2 a 3 gr para 1 litro de água por infusão, 2 vezes ao dia. Não tomar
quantidades maiores. Usar também em escalda-pés.
O infuso bebido é excelente calmante para os nervos e para lombrigas.

Uso externo: infusão de 20 gr para 1 litro de água – mata piolhos e sarna.


As folhas frescas machucadas, aplicadas sobre as feridas, tem um bom
efeito curativo.

BABOSA (Aloes humilis, Aloes perfoliata) - Caraguatá.

Família das Liliáceas.


Uso Medicinal : as folhas e principalmente seu suco, são emolientes e
resolutivas, quando aplicadas sobre inflamações, queimaduras, eczemas,
erisipela.
A polpa é boa para combater a oftalmia ( calor nos olhos ) e curar feridas.
Deve-se ter muito cuidado na aplicação interna, pois tem forte efeito e pode
provocar nefrite. Melhor é fazer somente uso externo da mesma.
Parte usada: folhas, polpa e seiva.

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BARDANA ( Sappa officinales, Arcticum bardana ) Pega-Massa

Família das Compostas.


Uso medicinal: abcessos, afecções da pele, bronquite, cálculos biliares,
cólicas hepáticas, debilidade do estomago, eczemas, feridas, furúnculos,
gastrite, gota, herpes, prisão de ventre, queda de cabelo, reumatismo,
sarna, tumores, tinha.
Compressas de chá por infusão ( folhas e flores ) e decocção ( raízes ).
A raiz da bardana usada como chá, em dose mais forte que a regular ( 20
gr/ 1 l ), age como antídoto em caso de envenenamento por mercúrio.
Partes usadas: folhas, flores e raízes.

BOLSA DE PASTOR ( Capsela Bursa Pastoris )

Família da Crucíferas.
Uso Medicinal: esta planta é um poderoso adstringente. È indicada nos
casos de vômitos e escarros de sangue, desinteria, regras abundantes,
hemorragias nasal e uterina. Usa-se 20 a 30 gr de folhas ou raízes para 1
litro de água por infusão.
Aplica-se o suco fresco da planta topicamente, para curar a supuração dos
ouvidos.
A planta fresca machucada, aplicada em forma de cataplasma, sobre as
partes doloridas e inflamadas, alivia a dor e a inflamação.

CARQUEJA ( Baccharis Crispa )

Família da Compostas.
Uso medicinal: chás em dose regular para anemia, cálculos biliares,
diarréias, enfermidades da bexiga, fígado, rins, má digestão, icterícia,
inflamações das vias urinárias. Também é utilizada para gota, reumatismo e
feridas por ter grande efeito diurético e depurativo.
Parte usada: Toda a planta.

CAMOMILA ( Matricária Chamomilla ) Matricária

Família das Compostas.


Uso medicinal: é indicada na dispepsia, perturbações estomacais em geral,
diarréia, náuseas, inflamações das vias urinárias e regras dolorosas.
Age como sudorífico.
Externamente: infusão em compressas ou pó das sementes esmiuçadas,
sobre feridas difíceis de curar, hemorróidas, inflamações dos olhos.
Em bochechos, usa-se nas inflamações da boca.
Parte usada: capítulos florais por infusão.
Dose: 10 a 15gr por 1 litro de água; 4 a 5 vezes ao dia.

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CIDRÃO ( Lippia Citriadora )

Família das Verbanáceas.


Uso Medicinal: antiespasmódico, digestivo e muito eficaz contra as
doenças nervosas como melancolia, histeria, angustia, hipocondria e
afecções do coração.
A espécie Lippia Lycioidea é também medicinal, servindo para combater
catarros, resfriados e dores da bexiga e do estomago.

CORDÃO DE FRADE (Leonotis Nepetaefolia) Cordão de São Francisco

Família das Labiadas.


Uso medicinal: emprega-se em abcessos, e para eliminar ácido úrico.
Externamente usa-se em banhos contra o reumatismo.
Parte usada: folhas e flores.

CORDÃO DE FRADE (Leucas Martinicensis, Stachys Fluminensis)


Catinga de mulata.

Familia das Labiadas.


Uso medicinal: combater a asma, dores artríticas, gota, histerismo e
reumatismo.
Toma-se o chá preparado por infusão e emprega-se também o cozimento
em banhos.
Parte usada: toda a planta.

DENTE DE LEÃO ( Taraxacum officinale, Leontadon taraxacum )

Familia das Compostas.


Uso Medicinal: as folhas novas dão uma salada muito saudável, de efeito
depurativo do sangue, diurético e sudorífico.
O suco é muito bom para enfermidades do fígado especialmente icterícia.
O chá das raízes secas é usado contra a obesidade.
Melhora o sangue fraco e a falta de apetite.
Seu suco tomado em água é um vantajoso fortificante dos nervos.

ERVA CIDREIRA ( Melissa Officinalis ) Melissa

Família das Labiadas.


Uso medicinal: afecções gástricas e nervosas, arrotos, debilidade geral,
desmaios, dores de cabeça, epilepsia, enxaqueca, má circulação, palpitação
do coração, resfriados, tosse, vertigens. É depurativo do sangue.
Folhas frescas sobre as pálpebras acalmam as dores em casos de
inflamações oculares.

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ERVA DE SANTA MARIA ( Chenopodium ambrosioides )

Família das Quenopodiáceas.


Outros nomes: erva formigueira, mentruz ou mastruço ( norte ); no sul
mastruço é outra planta.
Uso medicinal: vermífugo eficiente.
Mulheres grávidas não devem fazer uso desta planta.
Dose: regular sem abusos.

EUCALIPTO ( Eucaliptus glóbulus )

Família das Mirtáceas.


Existem cerca de 400 espécies.
Uso Medicinal: chás com folhas verdes em dose regular. Asma, afecções
catarrais, adenites, bronquites, coriza, cistite, febres, gripe, nefrite, rinite.
Nas doenças respiratórias é bom aspirar o vapor do cozimento das folhas.
Cataplasmas e compressas: empregam-se externamente para aliviar a dor
em casos de ciática, gota, reumatismo, nevralgia.
Óleo: o óleo essencial é adstringente, febrífugo e Tonico. Muito empregado
nas dores reumáticas.
Parte usada: folhas verdes.

GUACO ( Mikania guaco, Mikania amara ) Erva de cobra, Cipó catinga

Família das Compostas.


Uso medicinal: infusão das folhas contra febres, gota, reumatismo, sífilis.
Os sertanejos empregam esta planta contra picadas de cobras e de insetos
venenosos usando uma folha para 1 xícara de água.
Da seiva desta planta prepara-se um xarope emoliente de bom efeito contra
a bronquite e as tosses rebeldes.
Parte usada: folhas.
Dose: 10 gr para 1 litro de água – 1 xícara/dia aos goles.

HORTELÃ ( Mentha Piperita ) Hortelã pimenta, Menta

Família das Labiadas.


Uso medicinal: na hortelã estão reunidas, em elevado grau as
propriedades antiespasmódicas, carminativas, estomaquicas, estimulantes,
tônicas.
É eficaz contra os catarros das mucosas por favorecer a expectoração e
combater a formação de novas matérias a expulsar. Usado em crianças
como vermífugos parasitários.
Parte usada: folhas e sumidades floridas em infusão.

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LIMÃO ( Citrus Limonum )

Família das Rutáceas.


Uso Medicinal: o limão produz bom efeito para a maioria das
enfermidades,principalmente se tomado em quantidades progressivamente
maiores e depois menores.
Começa-se com 1 limão no primeiro dia, 2 no segundo e assim
sucessivamente até 10 limões; depois vai-se diminuindo a dose pela mesma
escala. Totalizamos então 20 dias de tratamento.
O uso do limão pode provocar o aparecimento de uma espécie de urticária.
Isto, todavia, não significa que o limão esteja prejudicando o enfermo, indica
ao contrário que seu sangue está sendo purificado, expulsando as
substâncias estranhas.

LOSNA ( Artemísia Absinthium ) Artemísia, Erva dos vermes

Família das Compostas.


Uso medicinal: catarros, cólicas, diarréia, envenenamento, estomago
( perturbações gástricas diversas ), falta de apetite, fígado, gripe, mau-
hálito.
Para dores do ventre, diarréia, cólicas, vômitos. Além do chá, aplicar
compressas locais.
O chá de losna regulariza o funcionamento do estômago, fígado, rins, bexiga
e pulmões.
Parte usada: folhas e flores.
Dose: 20 gr / 1 l de água. Tomar 1 colher de sopa, de hora em hora.

LOURO ( Laurus nobilis )

Família das Lauráceas.


Uso Medicinal: amenorréia. Empregam-se 3 gotas de suco de folhas diluído
em uma xícara de água.
Dispepsia: prepara-se um chá com as folhas. Tomar 3 vezes ao dia.
Nevralgia e reumatismo: fazem-se fricções, com o azeite extraído das
folhas sobre as partes doloridas.
Úlceras: amassam-se os frutos do loureiro, misturam-se com mel, e
aplicam-se topicamente.
Partes usadas: folhas e frutos.

MARACUJÁ ( Passiflora quadrangularis )

Família das Passifloráceas.


Uso medicinal: o maracujá é indicado nos casos de alcoolismo crônico,
asma, coqueluche, convulsão infantil, delirium tremens, diarréia, dor de
cabeça nervosa.
Atua prontamente nas erisipelas, úlceras, nevralgias e no tétano.

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É um calmante de primeira ordem, podendo assim ser empregado nas crises


nervosas e neurastênicas, insônias e tosses de origem nervosa.
Parte usada: folhas verdes em infusão.

MELÃO DE SÃO CAETANO (Momordica Charantea)

Família das Curcubitáceas.


Outros Nomes: erva de São Caetano, erva de lavadeira.
As flores clareiam a roupa e tiram nódoas.
Uso Medicinal: as folhas e frutos são vermífugos e úteis na cura do gogo
das aves domésticas.
A haste é anti febril.
O suco é misturado com óleo de amêndoas doces e usado contra
queimaduras.
O suco das folhas aplica-se contra a sarna.
A infusão das folhas são usadas nas leucorréias e menstruações difíceis e
nas cólicas por vermes.
O infuso do fruto maduro usado para tratar hemorróidas.
A polpa das sementes raspada, misturada com vaselina, fornece um
ungüento bom para provocar a supuração em casos de tumores e
furúnculos.A planta toda pode ser usada em banhos para eczemas.
Parte usada: toda a planta.

MANJERONA ( Origanum Majoranum )

Família das Labiadas.


Uso Medicinal: catarros nasais – a manjerona machucada misturada com
gordura vegetal, é boa para combater catarros nasais das cçs, untando-se-
lhes o nariz várias vezes ao dia.
A mesma pomada pode ser aplicada no ventre para acalmar cólicas
intestinais, ajudando a eliminar gases que produzem o inchaço abdominal.
Debilidade dos músculos e nervos : banhos quentes com as folhas.
Distúrbios estomacais : usada como condimento, auxilia a digestão,
dispepsia e arrotos.
Feridas, contusões, queimaduras e reumatismo : folhas frescas cozidas e
usadas como cataplasma ou compressas.
Parte usada: toda a planta.

POEJO ( Mentha Pulegium ) Erva de São Lourenço

Família das Labiadas.


Uso medicinal: usa-se para acidez e ardor do estomago, arrotos, catarros
em geral, debilidade geral, debilidade do sistema nervoso, diarréias, enjôo,
indisposições estomacais e intestinais, fermentações, insônia,
irregularidades menstruais, gases.
Parte usada: a planta toda, fresca e florida.

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QUEBRA PEDRA ( Phyllanthus Miruri ) Erva pombinha, Saxifraga

Família das Euforbiáceas.


Uso medicinal: usa-se para acidez e ardor do estomago, arrotos, catarros
em geral, debilidade geral, debilidade do sistema nervoso, diarréias, enjôo,
indisposições estomacais e intestinais, fermentações, insônia,
irregularidades menstruais, gases.
Parte usada: a planta toda, fresca e florida.

RELAÇÃO DE MEDIDAS

- 01 colher de sopa de folhas verdes = 5 gr


- 01 colher de sopa de folhas secas = 2 gr
- 01 colher de café = 25 gotas
- 01 xícara - liquido = 16 colheres
- 01 litro = 4 a 5 xícaras
- 01 colher de café = 4 gr de raízes / 2 gr de folhas
- 01 colher de sopa = 10 gr de raízes / 5 gr de folhas
- 01 punhado de folhas secas = 35 gramas
- 01 pitada de flores ou sementes = 2 gramas
- 01 xícara de 8 colheradas de água = 100 gr
- 01 gota de água destilada = 01 gr
- 01 gota de azeite = 0,436 grs
- 01 gota de tintura = 0,340 grs

DOSAGEM

20 grs de ervas para 01 litro de água.

01 colher de sopa para 01 xícara de chá

Toma-se de 4 a 5 vezes por dia.

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RECEITAS CASEIRAS

LOÇÃO DE ALECRIM PARA REVITALIZAR OS CABELOS

Álcool comum ............................................... 100 cc


Raminhos de alecrim seco ............................... 20 g

Deixar a planta macerar no álcool num vidro de boca larga, durante 5 dias.
Após este tempo, coar e friccionar o couro cabeludo com esta loção após
lavar os cabelos.

LOÇÃO CONTRA QUEDA DE CABELOS

1 maçã bem vermelha


1 litro de água fria

Descasque a maçã, parta a polpa, ponha no liquidificador com a água e bata


bem. Retire, ponha num litro e guarde na geladeira. Sempre que lavar os
cabelos, enxágüe com esta solução.

BASE PARA XAROPE

1 xícara de açúcar
2 xícaras de água

Mexa os 2 ingredientes. Em seguida leve ao fogo e deixe ferver até formar o


xarope. Desligue e acrescente o decocto da erva desejada.

XAROPE II

Utilize a base para xarope, acrescente o decocto das ervas desejadas, mel
puro e própolis.

XAROPE III

Preparar o decocto das ervas desejadas, adicionar o Própolis na proporção


de 100 ml de Própolis para 1 litro de decocto e acrescentar 600 gr de mel
puro. O Própolis age como antiinflamatório, antibiótico e conservante do
xarope.

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XAROPE IV

Colocar todas as ervas escolhidas num recipiente, adicionar 05 partes de


água, 02 partes de açúcar mascavo e ferver com o recipiente fechado,
durante 30 minutos. A seguir filtrar num guardanapo de tecido apertando
bem.

XAROPE OU LAMBEDOR

Colocar para ferver, 02 partes de água e 03 partes de açúcar refinado ou


mascavo ou ainda rapadura, até dissolver. Juntar 01 medida do suco da
planta ou do fruto, para 05 medidas da mistura preparada. Deixar ferver por
mais 2 minutos.
Armazenar em garrafas limpas e escaldadas.
O xarope deve ser límpido. Não deve ser usado se apresentar sinal de
coalhado ou cheiro azedo. Guardar preferencialmente em geladeira ou em
local seco e fresco. Usar no ,máximo por 15 dias.

POMADA

Colocar num recipiente de ágate, 05 partes de vaselina em pasta, e deixar


derreter, acrescentar 1 parte de cera de abelha e da mesma forma derreter.
Em seguida acrescentar a tintura selecionada na concentração desejada,
manter por alguns minutos no fogo para evaporar o álcool; desligar, deixar
esfriar e envasar.

CATAPLASMA DE CONFREI E AÇUCAR PARA ESCARAS

Preparar a decocção da erva e misturar com farinha ou fubá e açúcar


refinado enquanto quente, fazendo uma papa. Amornar ou esfriar. Colocar
sobre um pano fino ou gaze cobrindo a área afetada pela ferida.

BANHO DE ASSENTO DE HAMAMÉLIS PARA HEMORRÓIDAS

Preparar o chá do hamamélis, colocá-lo em uma bacia e sentar dentro por


15 a 20 minutos.

INALAÇÃO DE EUCALIPTO, POEJO E LEVANTE

Com um pedaço de papel, fazer um funil. Na parte fina do funil, colocar o


nariz da pessoa, na parte mais larga, o recipiente com o chá bem quente
(saindo vapor). Respirar fundo pelo nariz e soltar o ar pela boca.
Muito cuidado para não se queimar.
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TINTURA DE ALHO PARA HIPERTENSÃO

Moer uma xícara ( de café ) de alho e colocar em cinco xícaras ( de café ) de


álcool por 10 dias. Coar e tomar uma colher de chá em meio copo de água 3
vezes ao dia.

GLOSSÁRIO

Adstringente: promove o fechamento dos poros.


Afrodisíaco: restaura as forças geradoras. Excitante do apetite sexual.
Analgésico: substância que suprime a dor.
Antiespasmódico: que alivia espasmos.
Antioxidante: juntase a outras substâncias para retardar a oxidação, ou
seja, deterioração.
Antisséptico: inibe ou detém a ação dos micróbios causadores de infecção.
Antitérmico: que faz baixar a temperatura.
Bactericida: que destrói ou mata germes e bactérias.
Balsâmico: aromático, perfumado, que suaviza.
Carminativa: que atenua o desenvolvimento de gases no estomago e no
intestino.
Colágogo: excita a secreção da bile.
Colerético: ativa a produção da bile.
Depurativo: purifica, limpa.
Diurética: favorece a eliminação da urina.
Emenágoga: faz vir a menstruação.
Emoliente: exerce efeito calmante sobre a pele e as mucosas inflamadas,
combatendo o enrijecimento dos tecidos e promovendo-lhes maciez e
flexibilidade.
Estomáquica: bom para o estômago.
Expectorante: facilita a saída das secreções das vias respiratórias.
Hipoglicemiante: tem a capacidade de diminuir a concentração de glicose
no sangue.
Remineralizante: devolve ao corpo os minerais.
Tônico: tonifica ou dá energia.
Umectante: que umedece ou dilui.
Vasoconstritor: que diminui o calibre dos vasos sanguíneos.
Vasodilatador: que aumenta o calibre dos vasos sanguíneos.

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BREVE HISTÓRICO DA FITOTERAPIA ORIENTAL

A Fitoterapia Chinesa, assim como a MTC, como um todo, constitui-se num


dos sistemas médicos com a tradição mais antiga de que se tem
conhecimento. Nessa evolução milenar, o sistema da Fitoterapia Chinesa foi
se organizando e, no fim do século passado, era o sistema terapêutico mais
avançado do mundo.

Informações disponíveis sobre o passado da Medicina Chinesa datam de 227


a.C em diante. De 403 a.C. a 227 a.C.,período das guerras feudais, os
poucos livros existentes se perderam, foram destruídos ou perdidos.

Livros que sobreviveram à guerra:


-Tratado do Outono e da Primavera > algumas plantas medicinais e seu
uso, cinco sabores e as propriedades energéticas dos medicamentos,
incluindo calorificação e resfriamento.
-Clássico da Montanha e dos Mares > recursos obtidos na natureza –
aproximadamente 120 substancias de emprego medicinal, entre plantas,
animais e minerais.

Acredita-se que na China antiga, a medicina tinha uma estrutura familiar, ou


seja, o conhecimento médico era propriedade familiar. A família que o
detinha, ia aperfeiçoando-o e o transmitia de gerações a gerações.

Este conhecimento, era descoberta própria ou ainda podia ser comprado,


quando famílias de terapeutas eram famosas e ricas. Esse período era
chamado de Xamanismo >> práticas médicas realizadas junto com rituais
mágicos.

Algumas ervas são citadas como mágicas e utilizadas para purificar a alma e
eliminar demônios e maus espíritos, como Córtex Cinnamomi, Fructus
Evodiae e Folium Artemisiae.

Durante a Dinastia TANG ( 618 - 917 d.C. ), foi criada, por ordem do
Imperador, a primeira escola de medicina do mundo e foi editada a Matéria
Médica da Dinastia TANG ( TANG EM CAO ) contendo 844 medicamentos dos
3 reinos ( animal, vegetal, mineral ), além de ser a primeira matéria médica
ilustrada.

Durante a Dinastia SONG ( 960 – 1279 d.C. ) foi editada uma nova matéria
médica. Neste livro foram registradas 1558 substâncias dos 3 reinos.

Desde então a tradição de cada dinastia era a edição de uma nova matéria
médica, o que persistiu até meados do século passado.

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O Formulário Imperial das Graças, da época Tai Pang, que foi compilado por
volta de 985 da Era Cristã, contem 16.834 verbetes sobre ervas em um
volume.

Atualmente existem mais de 13.000 espécies de fitoterápicos chineses


identificadas, mas somente 700 espécies são utilizadas.

Na ultima década, a fitoterapia chinesa tornou-se bem conhecida nos


principais paises ocidentais, onde recebeu aprovação por tratar com eficácia
de doenças de pele em estabelecimentos reconhecidos.

• Partes diferentes de uma mesma planta, podem ter funções diferentes.

 O local onde a planta cresce, o tipo de solo e o clima, influenciam a


função do fitoterápico.

 Plantas que crescem em solos úmidos são usadas para drenar a


umidade ou transformar a fleuma.

 Plantas que crescem em solos semi desérticos são utilizadas para a


deficiência de líquidos.

 Plantas que crescem em regiões altas são utilizadas como sudoríficos


ou para aliviar condições pulmonares ( respiratórias ).

 Plantas que crescem em vales férteis são utilizadas como tônicos.

ERVAS CHINESAS

As ervas chinesas quase nunca são utilizadas isoladamente, visando


equilibrar a receita, elas são combinadas.
Elas são categorizadas de acordo com os sabores > Essência ( acre, doce,
amargo, azedo, salgado e suave ) e as temperaturas > Natureza
energética (quente, frio, morno, fresco, neutro e variações intermediárias ).
Doenças quentes devem ser tratadas com ervas frias, tomando o cuidado de
não esfriar muito, pois o corpo pode tentar compensar esquentando
novamente.
Doenças frias devem ser tratadas com ervas quentes, tomando o mesmo
cuidado.
Por esta razão é que raramente é usada apenas uma erva: elas costumam
ser combinadas em receitas contendo entre 5 e 15 substâncias.

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OS SABORES – ESSÊNCIA

Na MTC o sabor de uma erva determina parcialmente sua função


terapêutica.

ACRE ou PICANTE – dispersa e movimenta o Qi. Afeta principalmente os


Pulmões. São sudoríficos.
Através da ação centrífuga direcionam o fluxo de Qi para a pele, mobilizando
o Wei Qi, controlando a abertura e fechamento dos poros e sudorese.
( gengibre, canela, hortelã ).

DOCE – tonifica, harmoniza e às vezes umedece. Afeta principalmente o


Baço.
Suaviza o fluxo do Qi e o tonifica como a raiz de alcaçuz (Radix glycyrrhizae)

AMARGO – drena ou desidrata, é reagrupante, centrípeto. Afeta


principalmente o Coração.
Os principais catárticos são amargos.
Reúnem o Qi no tubo digestivo para ser eliminado nas fezes.
Acalmam o Coração e tranqüilizam o Shen.
Influenciam as funções do Fígado >> estabiliza o Xue e o fluxo menstrual,
não deixa o Qi rebelar-se ( Radix Angélica Sinensis )

AZEDO ou ÁCIDO – previne ou reverte a perda anormal de líquidos e


energia. Afeta principalmente o Fígado.
São transformadores e harmonizantes. Promovem o fluxo do Qi nas vísceras
modulando a função do Fígado e prevenindo a Estagnação.

SALGADO – purga os intestinos e acalma. Afeta principalmente os Rins.


Mobiliza o Qi em ascendência ( sal na língua para hipotensão )
Tem ação Tonica. Tônicos podem ter sabor salgado, principalmente quando
se trata do Qi ou Essência do Rim.

BRANDO – absorve a umidade e estimula a micção. Favorece tanto o Baço


quanto os Rins.

AROMÁTICO – envolve o paladar e o olfato ao mesmo tempo. É etéreo e


imaterial agindo então a um nível bem imaterial. Este sabor é sutil, ou seja,
não é evidente.
Transforma a umidade e abre os orifícios superiores.

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AS TEMPERATURAS - NATUREZA ENERGÉTICA

A natureza energética refere-se à capacidade de gerar calor ou frio das


ervas.

FRIOS – são de natureza muito Yin. Resfriam fortemente.

QUENTES – são de natureza Yang. Aquecem fortemente.

REFRESCANTES – são de natureza moderadamente Yin. Resfriam pouco.

AMORNANTES – são de natureza moderadamente Yang. Aquecem pouco.

NEUTROS – São aqueles nos quais as energia Yin e Yang estão em


equilíbrio.

FORMA

Basicamente, os medicamentos podem ser classificados em produtos


animais, vegetais e minerais. De uma forma geral, os produtos animais são
mais Yang que os produtos vegetais, que por sua vez são mais Yang que os
minerais. Mas o local de procedência, a função (no caso de animais) e a
parte usada vão determinar a propriedade do mesmo no tocante à forma.

PRODUTOS VEGETAIS >> são a maioria dos medicamentos naturais da


medicina chinesa. Apenas uma parte é usada na preparação de um
medicamento.
Partes diferentes de uma mesma planta, podem ter funções diferentes.
O local onde a planta cresce, o tipo de solo e clima, influenciam a função do
fitoterápico.

Plantas que crescem em solos úmidos >> usadas para drenar a umidade ou
transformar a fleuma.

Plantas que crescem em solos semidesérticos >> utilizadas para a


Deficiência de líquidos.

Plantas que crescem em regiões altas >> utilizadas como sudoríferos ou


para aliviar condições pulmonares ( respiratórias ).

Plantas que crescem em vales férteis >> utilizadas como tônicos.

PRODUTOS ANIMAIS >> por serem morfológica e estruturalmente


diversos, são analisados em separado.
Ex: casco de tartaruga – animal simbolicamente ligado ao Rim, é utilizado
para tonificar a essência do Rim.
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PRODUTOS MINERAIS >> são mais simples sob o ponto de vista


energético, segundo a MTC, portanto suas aplicações são mais limitadas.
Possuem característica Yin, portanto a maioria dos metais é de natureza fria
ou refrescante. Eles também agem sobre o Rim. Eles possuem propriedades
que são consideradas, na MTC, relacionadas à forma mais sutil de energia, o
espírito.

PARTES DO VEGETAL

Raiz >>> Absorve nutrientes e água do meio, serve como fixação e a


maioria dos vegetais não sobrevive sem raiz.
Simboliza o Rim, Baço e a Essência; geralmente tem função tônica.

Caule >>> Permite que a seiva ascender e sustenta o vegetal.


A casca é onde circula a maior parte da seiva ou a própria. É esta a utilizada
na Medicina Chinesa.
Simboliza o Fígado e suas funções ascendentes e carminativas.
Age estimulando a circulação do Qi e Xue nos canais, ou amorna e ascende
o Qi do Baço. (Casca de canela).

Folhas >>> Respiram, portanto estão relacionadas ao Pulmão.


Influenciam o Pulmão e o exterior (pele).
Eriobotrya Japonica – nespereira é um exemplo.
Usadas para tonificar o Pulmão e eliminar condições externas.
Folhas de menta e capim limão (Herba Cimbopogonis) >> usadas como
sudoríficas para retirar fator patogênico do exterior e ou do Pulmão.

Flores >>> se abrem na parte superior do vegetal. Abrir-se é movimento


de expansão.
A parte mais alta relaciona-se ao yang, por isso as flores são os órgãos
associados ao Coração, principalmente a florada do final da primavera.
As flores são os órgãos reprodutores das plantas e para a floração do início
da primavera são associados ao Fígado.

Crisântemo - age eliminando o excesso de calor no Fígado.


Camomila - acalma o espírito.

Fruta >>> invólucro da semente que visa nutri-la.


Os frutos também tendem a cair no solo, o que lhes dá um movimento
descendente.
Por estes motivos a fruta e a raiz relacionam-se com o Baço e o Rim.
Tâmara chinesa (ziziphus jujubae) é um dos principais tônicos do Baço.
Fructus cornu (cornus officinalis) e fructus lycii (Lycium barbarum)
>>> principais tônicos do Rim.

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Sementes >>> contém a energia ancestral e germinam, crescem,


ascendem. Por estas qualidades simbolizam os Rins, sua energia Yang e a
Essência. Várias sementes são utilizadas como tônico dos Rins.
Gergelim preto ( tonifica o Qi R ), feno grego ( tonifica o Yang R ) e a
semente da nogueira.

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ALGUNS DOS NOMES ENCONTRADOS NAS FORMULAS PATENTEADAS

GHUI ZHI - Ramulus Cinnamomi Cassiae ( Canela )

Penetra no canal do Pulmão e da Bexiga. Expele o frio.


Propriedades: Acre, doce, morno.
Seu uso principal é contra resfriados e gripes ( F.P.E ), podendo as vezes ser
combinada com Bai Shao quando há muito suor no resfriado e o paciente
está enfraquecendo.
As vezes é acrescentada a receitas contra reumatismos causados por
Obstrução Fria..
Funções: - Aquece os meridianos e dispersa o Frio >> indicada para
reumatismos, principalmente dos ombros.
- Movimenta o Yang e transforma o Qi >> indicada contra retenção hídrica.
- Fortalece o Yang do Coração >> indicada para palpitações.
Contra indicação: em doenças mornas

SHENG DI HUANG – Radix Rehmannia Glutinosa ( Raiz de Dedaleira


Chinesa)

Penetra os canais do Rim, Fígado e Coração.


Propriedades: Doce, Amargo e Frio.
É uma erva bastante umectante sendo usada em casos de febre ou em
Deficiência de Líquidos Orgânicos com sinais de sede, irritabilidade e língua
vermelha. Indicada para reposição de líquidos. Por sua propriedade
umectante, precisa ser misturada com ervas digestivas para evitar a
Umidade no Baço.
É associada a Bai Shao quando o Calor a nível do Xue; causa
transbordamento para fora dos vasos ( hematúria, epistaxe, hematemese ).
Pode ser usada no tratamento de diabetes.
Funções: - Elimina o Calor e esfria o Xue.
- Sustenta o Yin e produz líquidos >> febre baixa de longa duração com
boca seca, constipação e sudorese noturna.
- Dissipa a ascensão do Fogo >> aftas bucais e linguais, irritabilidade e
insônia.
Contra indicação: Presença de catarro.

DANG GUI – Radix Angélica Sinensis ( Raiz de Angélica Chinesa )

Penetra nos canais do Coração, Fígado e Baço.


Propriedades: Doce, Amargo, Acre e Morno.
É fundamental nos distúrbios ginecológicos por tonificar e estimular a
circulação do Xue.
Pode ser associada a qualquer receita para conter a dor ( estase de Qi e/ou
Xue ).
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Funções: - Tonifica o Xue ( compleição abatida, visão turva, tontura,


palpitação por Def. Xue ) e regula a menstruação ( irregularidade,
amenoréia e dismenorréia ).
- Revigora o Xue e dispersa o Frio ( dor por estase ). Trata ferimentos por
trauma, dor abdominal, artrite, feridas e abcessos.
- Umedece os intestinos e desbloqueia as vísceras.
- Reduz o inchaço, expele pus e desenvolve o tecido conjuntivo e
musculatura corpórea.
Contra indicação: Por ser morna, cuidado no uso em padrões de Def. Yin
com sinais de Calor.

GAN JIANG – Zinziber Officinale ( Raiz de Gengibre Desidratado )

Penetra os Canais do Baço, Estômago, Pulmão e Rim.


Propriedades: Acre e Quente.
Sua ação mais importante é a de aquecer, tratando sintomas de Frio. Ela
não apenas aquece o Jiao Médio ( BP e E ) mas também trata ( P e R ).
Funções: - Aquece Jiao Médio ( BP e E ) >> falta de apetite, membros frios,
diarréia, vômito e dor abdominal.
- Resgata o Yang em colapso e expele Frio Interior ( pulso fraco, muito frio,
choque ).
- Aquece os Pulmões e transforma o Muco ( Expectoração clara e aquosa ).
- Aquece os Canais.
Contra indicação: Padrões de Def. de Yin com sinais de Calor ou
sangramento por Calor. Cautela na gravidez.

HUO MA REN – Cannabis Sativa ( Sementes não germinadas de


Maconha )

Penetra os Canais do Baço, Estômago e Intestino Grosso.


Propriedades: Doce e Neutro.
Por se tratar de sementes não germinadas, não produz o mesmo efeito do
cigarro ou da resina desta planta.
As sementes são trituradas antes de serem fervidas. È sutilmente umectante
e combinada com Dan Gui e Sheng Di Huang na fórmula patenteada Run
Chang Wan. É aplicado para constipação.
Funções: - Umedece e sustenta os Intestinos >> constipação nos idosos e
no pós-parto.
- Sustenta e tonifica brandamente o Yin mas é usada principalmente contra
constipação por Insuficiência de Yin.
- Diminui o Calor e estimula a cura de feridas. É usada externamente contra
feridas e úlceras.
Contra indicação: Uma overdose pode causar vômitos e náuseas, portanto
usar com cautela.

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HUO XIANG – Herba Agastaches seu Pogostemi ( Hissopo Gigante


Enrugado/ Patchouli )

Penetra os Canais do Pulmão, Baço e Estômago.


Propriedades: Acre e levemente Quente.
Utilizada para Obstrução interna criada pela Umidade. Auxilia o Baço na sua
função de transformação e transporte.
Ela é a principal erva ( erva Imperador ) na fórmula patenteada Huo Xiang
Zheng Chi Wan.
Funções: - Transforma Umidade ( inchaço abdominal, náusea, fadiga, falta
de apetite e cobertura branca e úmida na língua).
- Harmoniza a região da Cintura ( Jiao Médio ) e interrompe o vômito. Pode
também ser usada contra enjôo matinal.
- Libera o exterior e expele a Umidade – como na gripe gástrica.
Contra indicação: patologias por Deficiência de Yin com sinais de Calor.

BAI SHAO YAO – Paeonia Lactiflora ( Raiz de Peônia Yao )

Penetra nos Canais do Baço e Fígado.


Propriedades: Amargo, Azedo e Fresco.
Utilizada, quando o Fígado não completa suas funções, e o Qi e o Xue não
circulam suavemente ( Estagnação de Qi e desarmonia entre F e BP ).
Por ser refrescante, tonifica o Xue e o Yin e impede a ascensão do Calor para
a cabeça.
Dá suporte ao Qi dos Rins e devido ao relacionamento Rins-Fígado, ajuda o
Yin do R a impedir a ascensão do Yang do F ( hipertensão e cefaléias ).
Funções: - Acalma o Fígado e estanca a dor ( flancos ou peito, cãibras
abdominais e espasmos nas mãos e pés.
- Trata cefaléias e tonturas por ascensão do Yang do Fígado.
- Sustenta o Xue contra disfunções menstruais, leucorréias e sangramentos
uterinos.
Retém o Yin e ajusta os líquidos ( sudorese noturna ou anormal ).

SUAN ZAO REN – Ziziphus Jujuba ( Semente de Tâmara azeda )

Penetra os Canais do Coração, Baço, Fígado e Vesícula Biliar.


Propriedades: Doce, Azedo e Neutro.
È uma das principais ervas utilizadas para acalmar o Coração e o Espírito
( Shen ). É combinada com outras ervas que acalmam o Coração e tonificam
o Xue para tratar ansiedade e problemas emocionais oriundos da Def. Xue e
Yin do Xin.
Testes em laboratório comprovaram a ação sedante desta erva.
Funções: - Sustenta o Coração e o Fígado e acalma o Espírito ( insônia,
palpitações, ansiedade e irritabilidade).
- Absorve o suor >> contra sudorese espontânea e noturna ( sinal da Def.
Yin ).
Contra indicação: cautela em pacientes com diarréia grave.

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CHUAN XIONG – Radix Ligusticum Wallichii ( Raiz de Ligustica


Szechuan )

Penetra os Canais do Fígado, Vesícula Biliar e Pericárdio.


Propriedades: Acre e Morno.
Trata muitos problemas ginecológicos que são causados por Estagnação do
Xue.
Prurido é uma patologia causada pelo Vento na pele, como esta erva expele
o Vento é especialmente indicada para problemas de pele dessa natureza.
Funções: - Revigora o Xue e estimula a circulação do Qi >> dismenorréia,
amenorréia, trabalho de parto difícil, dor no peito e parte superior do
abdome.
- Expele o Vento e alivia a dor ( vai par o alto e para o exterior ) >>
cefaléias, especialmente por viroses. Coceira, tonturas e rigidez artrítica.
Contra indicação: Cautela em condições de Def. Yin com sinais de Calor.

DU ZHONG – Córtex Eucommiae Ulmoides ( Casca de Eucommia )

Penetra os Canais do Fígado e Rim.


Propriedades: Doce, levemente Acre e Morno.
Esta erva tonifica o F e o R. Como o Fígado governa os tendões e os Rins
controlam os ossos, Du Zhong é usado no tratamento de problemas do
sistema esquelético.
É bastante indicado na gravidez, por ser um período de extremo desgaste.
Utilizada no tratamento de grávidas com ameaça de aborto por Rim
deficiente e Frio.
Funções: - Tonifica o Fígado e Rins, fortalece os ligamentos e os ossos >>
dores nas costas, joelhos fracos e doloridos, fadiga, vazamento de esperma
e micção frequente.
- Ajuda a mover o Qi e o Xue, estimula a circulação, especialmente nos
tendões e ossos.
- Acalma o feto, ajuda a prevenir o aborto. Utilizada para dores na base das
costas em grávida.
Contra indicação: Como erva que aquece, é contra indicada nos padrões
de Def. Yin com sinais de Calor.

CHEN PI – Pericarpium Citrus Reticulatae ( Casca de Tangerina )

Penetra os Canais do Baço, Estomago e Pulmão.


Propriedades: Azedo, Amargo, Morno e Odorífero. É uma erva importante
que desperta o Baço para impedir a Umidade e ainda retira o muco do peito
e do diafragma.
Funções: Movimenta o Qi e fortalece o Baço >> combate inchaço
abdominal, sensação de empanturramento e falta de apetite.
Drena a Umidade e transforma o Catarro ( tosse com expectoração e
sensação de aperto no peito ).
Estimula a descendência do Qi ( para todo tipo de náusea e vômito ).
Previne a estagnação do Qi.
Profª. Regina Vidal – CBA/ABACO-SP – 2008 42
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Contra-indicação: Por ser desidratante deve ser usada com cautela em


quadros de Calor e Secura.

FU LING – Poria Cocos ( Psorálea ) - Fungo

Penetra os canais do Coração, Baço e Pulmão


Propriedades: Doce e Neutro.
É encontrado nas formulas patenteadas Liu Jun Zi Wan ( Decocto dos Quatro
Cavalheiros ) , Liu Wei Di Huang Wan, para equilibrar as ervas que tonificam
o Yin ( líquidos ) e Gu Zhi Fu Ling usada em casos miomas uterinos.
Funções: È muito utilizado para auxiliar a digestão pois fortalece o Baço e
drena a Umidade.É ainda um fortalecedor do Qi.
Estimula a micção ( retenção de liquido ).
Acalma o Shen ( palpitações, insônia e falta de memória ).
Contra indicações: é uma erva segura e pode ser usada pela maioria das
pessoas.

WU JIA PI – Acanthopanax Gracilistylus

Penetra os canais do Fígado e Rim.


Propriedades: Acre e Morno.
Funções: Expele Vento-Umidade e fortalece tendões e ossos.É muito
utilizada em casos de Vento-Frio-Umidade ( artrite em idosos ),
principalmente quando o F e R estão fracos.
Transforma a Umidade e reduz o inchaço. Utilizada para dificuldade urinária
e edema.
A erva seca ou seu decocto pode ser adicionado ao vinho.
Contra indicação: Wu Jia Pi seca, cuidado contra a Insuficiência de Yin com
sinais de Calor.

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NOME POPULAR INDICAÇÕES INDICAÇÕES


NOME CIENTÍFICO OCIDENTAIS ORIENTAIS
Dispepsias, constipação, Limpa calor e drena
Abutua tonteira, sono pós prandial, umidade, tonifica o Qi do
diurético, menstruação difícil, Wei.
Cissampelos glaberrrima
cólicas pré e pós parto,
blenorragia.
Inflamação dos vasos Limpa calor, resfria o Xue,
Agoniada Branca linfáticos, do útero e dos laxativa
ovários. Amenorréia e
Pluméria lancifoliata
leucorréia.
Tosse, bronquite, rouquidão, Transforma fleuma e
Alfavaca afecções das vias urinárias e umidade por deficiência do
reumatismos. Pi, circula Xue, facilita a
Ocimum basilicum
menstruação, age na
relação Shen-Fei.
Antiinflamatória, estimulante, Tonifica Pi e resolve a
Arnica antisséptica, tônica, flebites, Estagnação do Xue.
afecções bucais, furúnculos,
Arnica montana
reumatismo, gota,
hematomas, pancadas.
Aroeira Diarréias, disenterias, úlceras Limpa calor no Xue.
Schinus Weinmannioefolius rebeldes, feridas e tumores, Adstringente.
reumatismos
Vapor e suco são indicados Drena umidade, aquece
Artemísia nas afecções vaginais e profundamente e expulsa o
uterinas. Cálculos renais, frio. Antiinflamatório.
Artemísia vulgaris
retenção urinária, flatulência.
Furunculus, abcessos, acnes, Elimina vento e calor,
Bardana eczemas, gota, reumatismo, tonifica o Qi e elimina
dermatose purulenta, toxinas.
Arctium lappa
diabetes.
Tosse, afecções catarrais, Transforma fleuma,
Cambará resfriados, gripes, estimula descendência do Qi
bronquites, asma, do Fei, aliviando tosse e
Lantana camara
coqueluche. dispnéia.
Canela Preta Diarréias, disenterias, azia, Tonifica o Qi.
Nectandra amara gases intestinais, irritações
gastrintestinais, dispepsias.
Depurativo do sangue, Alivia a superfície do Vento-
Canela de Sassafrás artrites, úlceras, manchas da Frio, domina o Fogo e
pele.. expulsa umidade.
Sassafrás officinalis
Vermes, diarréia, afecções do Limpa calor e seca
Carqueja baço, do fígado, dispepsias, umidade. Age no Yang Ming
gastrenterite, gripes, e no Tai Yin.
Baccharis genisteloides
resfriados e diabetes.
Fortalece sistema nervoso, Tonifica o Qi.
Catuaba combate neurastenia, insônia
de origem nervosa, afecções
Erytroxilum catuaba
dos nervos, afrodisíaco.
Cavalinha Afecções do aparelho Alivia superfície do Vento-
Equisetum arvensis urinário, hemostático, Calor.
doenças dos pulmões.
Chá de Bugre Obesidade e formações de Drena umidade, revigora o
Cordia salicifolia depósitos gordurosos, Xue.
inchaços, tônico cardíaco.

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NOME POPULAR INDICAÇÕES INDICAÇÕES


NOME CIENTÍFICO OCIDENTAIS ORIENTAIS
Coentro Estimula as funções Desfaz estagnação de
Coriandrum sativum digestivas e combate os alimentos, alivia superfície
gases intestinais. de Vento-Frio.
Carobinha Depurativa do sangue, Limpa o calor, esfria o
Jacarandá brasiliana diurética, sífilis, blenorragias, Sangue e remove toxinas.
reumatismos.
Confrei Ulcerações na pele, psoríase, Tonifica Yin, drena calor.
Symphytum oficinallis antiinflamatória.
Cravo da Índia Digestão difícil, gases, Tonifica o Yang do Shen,
Eugenia caryophyllata impotência, desinfetante descende o Qi do Wei e
bucal. aquece o Pi.
Inapetência, gastralgias, Tonifica Qi e Yang.
Cipó Mil Homens fraqueza geral, dispepsia,
cólicas intestinais,
Aristolochia cambífera
constipação.
Dente de Leão Estimulante digestivo, Limpa calor e libera toxinas.
Taraxacum oficinalis colágogo, tônico, colerético,
Erva cidreira Sedativo, perturbações das Regula o Shen, e o Shen do
Melissa officinalis vias urinárias, gases Xin.
intestinais.
Analgésica. Desinfetante, Alivia estagnação alimentar.
Espinheira Santa gastralgias, úlceras,
gastrites, hipercloridria,
Maytenus ilicifolia
laxante.
Eucalipto Hipoglicemiante, faringite, Alivia a superfície, expulsa
Eucaliptus globulus laringite, resfriado, coriza, Vento-Calor.
vias urinárias
Gergelim Preto Reumatismo, artritismo, Tonifica Yin do Shen.
Sesamum indicum otalgias, laxativo, Tonico
nervino.
Febrífugo, sudorífico, Aquece o interior e expulsa
Gervão dispepsias, dores de frio.
estômago e fígado,
Stachytarpheta dichotona
constipação, hepatite,
afecções das vias urinárias.
Guaco Expectorante e emoliente de Expulsa vento-umidade.
Mikania glomerata secreções do aparelho
respiratório.
Adstringente, anti- Def. e afundamento do
Hamamelis hemorrágico, flebites, Yang do Pi, Fleuma-Frio no
varizes, diarréia, disenteria, Jiao Inf., dispersa calor,
Hamamelis virginiana
hemorróida. baixa o Fogo e drena a
umidade.
Icterícia, hepatite,
insuficiência hepática, Limpa calor, domina o fogo,
inflamações do baço, atonia regula o Qi.
Jurubeba gástrica, hidropsias, úlceras e
Solanum paniculatum feridas, diabetes,
constipação, dispepsia,
anemia, cistite.
Cefaléia nervosa, ansiedade,
Maracujá insônia,menopausa, asma, Regula o Shen do Xin.
taquicardia nervosa,
Passiflora sp
nevralgias, perturbação
nervosa menopáusica.

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NOME POPULAR INDICAÇÕES INDICAÇÕES


NOME CIENTÍFICO OCIDENTAIS ORIENTAIS
Mulungu Calmante, sedativo, Regula o Shen do Xin.
Erytrina mulungu tranqüilizante.

Reumatismos, nevralgias, Tonifica o Qi e o Yang.


Marapuama paralisias parciais, astenias,
dispepsias, depressão
Ptychopetalum olacoides
nervosa, impotência sexual,
esgotamento.

Afecções hepáticas e biliares, Limpa calor e resfria o Xue,


Picão parasitose, inflamações domina o Fogo do Gan em
bucais, escorbuto, diabetes. ascenção, Calor por Def. Yin
Bidens pilosa
Do Shen.
Tosse, catarro, coqueluche, Drena umidade e tonifica o
Pau Ferro asma, vermes, afecções Qi.
cutâneas e bucais, diabetes,
Caesalpina férrea
úlceras gastroduodenais,
enterocolite, diarréia,
hemorragias, contusões.

Ação digestiva, tosse, Limpa Calor e libera


Pariparoba bronquite, tônico, diurético, toxinas, remove
estimulante, emoliente. estaganações de alimentos
Potomorphe umbelata
do Wei.
Diurética, antibacteriana, Drena umidade.
Quebra Pedra hipoglicemiante,
antiespasmódica,
Phyllanthus niruri
hepatoprotetora, colágoga.
Raiz de Lótus Tosse seca Tonifica o Yin do Fei.
Nelumbo nucifera
Catarros, bronquite, asma, Limpa Calor do Gan e
Tanchagem gripe, tosse, disenteria, clareia os olhos, resolve a
diarréia, hemorragia pós Fleuma e para a tosse,
Plantago asiática
parte, aftas, amigdalite, drena a Umidade, Síndrome
ulcera varicosa. Bi.
Hiperexcitabilidade, histeria, Regula o Shen do Xin,
Valeriana insônia, taquicardia, fadiga, Circula o Qi e o Xue.
cefaléia nervosa espasmos
Valeriana Officinalis
gastrintestinais, cólicas,
parasitoses, dermatoses,
eczemas, contusões.
Gastrite, úlceras, mau hálito, Revigora o Xue.
Zedoária insônia, má digestão,
intoxicação alimentar, gota,
Curcuma zedoária
flatulências, tosse e
bronquite.

Profª. Regina Vidal – CBA/ABACO-SP – 2008 46

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