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NUTRIÇÃO DE PLANTAS

FATORES DE PRODUÇÃO
Quais são?

Planta
Solo * cultivar
* Nutrição Ambiente
* Conservação
* Fertilizantes * Clima (luz, temp...)
* Adubação * Manejo (Irrig. Controle fitos.)
* Fertilidade

(Tisdale et al.,1993)
Histórico da Nutrição de Plantas

*** Antiguidade
Aristóteles (384-322 a.C.) filósofo grego
animais invertidos e mantêm a boca no chão
TEORIA DO HÚMUS - Wallerius (1709-1785)
As plantas obtém nutrientes de extratos derivados de
húmus que contém água e compostos solúveis de C, H, O e
N, dos quais as plantas reconstroem tecidos mais
complexos. Desses 4 elementos, outros elementos vitais,
como Si e K seria formados.
Cal e sais eram importantes para as plantas, mas o papel
principal seria a dissolução de matéria orgânica em
solução do solo.
Histórico da Nutrição de Plantas

*** Sprengel (1787-1859)


Investigou compostos na zona radicular e considerou
15 elementos como importantes: O, C, N, S, P, Cl, K,
Na, Ca, Mg, Al, Si, Fe e Mn.
Em 1838 definiu a lei do mínimo:

Enunciava que “se apenas um dos elementos necessários


para a nutrição das plantas faltar, a planta sofrerá, a
despeito de todos os outros elementos necessários para a
produção vegetal estarem presentes em quantidade
suficiente”
Histórico da Nutrição de Plantas

*** Século XIX


“Era Just Van Liebig” (1803-1873)

Liebig (1840) definiu a teoria da nutrição de


plantas: livro “A química nas suas
aplicações à agricultura e à Fisiologia”:
onde a planta se nutria de CO2 e H2O e de
alguns minerais da terra.
MACRONUTRIENTES
“Era Just Van Liebig”

Liebigs Analytisches Labor um 1840

http://www.liebig-museum.de/
Histórico da Nutrição de Plantas

“Era Just Van Liebig”

Derrubou a teoria dos humanistas que


indicavam que o vegetal tirava da terra
substâncias vinda do húmus e que os
minerais não passavam de“impurezas”
a planta vive de ácido carbônico,
amoníaco (ácido azótico), água, ácido
fosfórico, ácido sulfúrico, ácido silícico,
cal magnésia, potassa (soda) e ferro
A fonte de N das plantas -> NH3 atm.
* As fontes de K e P => Silicatos insol. p/
evitar lixiviação.
Lei do mínimo

Nutriente em < qdde => Limitante, mesmo


os demais => qdde adequada
Histórico da Nutrição de Plantas

Século XX (Era Pós Liebig)


Micronutrientes
Escola Hoagland (1844-1949)
Contribuições iniciais – absorção, transporte
e redistribuição e funções

Epstein (1972)
Carregador de íons- enzima/substrato : Cinética enzimática
Histórico da Nutrição de Plantas

Século XX (Era Pós Liebig)


Stanley A. Barber (1995)
Mecanismos de absorção

Marschner (1991)
A película da rizosfera, exsudação,
microrganismos, alterações no pH, redox e
disponibilidade de macro e micronutrientes
e de elementos tóxicos

Konrad Mengel
Histórico da Nutrição de Plantas

Século XX (Era Pós Liebig)

Início da Nutrição de
Plantas no Brasil (1954)
PG – MS: 1964 e DR: 1970
1a Tese:
LOPES, G.O. 1972. Contribuição ao
estudo das relações entre o zinco e o
fósforo das plantas. Tese de Doutorado.
44 p.
Conceitos em nutrição de plantas
NUTRIÇÃO DE PLANTAS
O conceito??

absorção,
Quais são os transporte e
nutrientes? redistribuíção
dos
Suas funções? nutrientes?

Diagnóstico de
deficiências/excessos?
Análise química
Visual
Conceitos em nutrição de plantas

Essencial (sem ele a planta


não vive)
Natureza: Benéfico (aumenta o crescimento
e a produção em situações
>100 elementos particulares.
Tóxico (não pertencendo às
categorias anteriores, diminui o
crescimento e a produção,
podendo levar à morte.

Na planta:
Total:40-50 elementos
Quantos?
16 elementos são Essenciais
Relação com disciplinas afins

NUTRIÇÃO DE PLANTAS

&

DISCIPLINAS AFINS
Relação com disciplinas afins
NUTRIÇÃO
Melhoramento Fitopatologia
Adubação

Mecanização Fertilizantes
Fertilizantes

Microbiologia Bioquímica/
Fisiologia
FERTILIDADE
DO SOLO
Relação com disciplinas afins
Adubação: (Exigência da Planta - Qdade do Solo) x “ f ”
NUTRIÇÃO DE PLANTAS FERTILIDADE DO SOLO
Análise química Análise química

O que? Quanto? Planta


Como? Quando?
Solo
Fertilizantes

“f”
Relação com disciplinas afins
Fatores que causam perdas “f”
FERTILIZANTE CHUVA

ABSORÇÃO

VOLATILIZAÇÃO
URÉIA (NH3)
SOLO
FIXAÇÃO EROSÃO
H2PO4- N=P=K
LIXIVIAÇÃO
NO3- > K+

´f´ N: 40-50% ;P: 70-80%; K: 30%


Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade
O que é? NUTRIENTE

Um elemento químico considerado essencial as plantas

Critérios de essencialidade
(Arnon & Stout, 1939)
Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade

O elemento participa de
um composto ou de uma
reação química, sem a
qual a planta não vive
Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade

1) Na ausência do elemento a planta não


completa o seu ciclo vegetativo
2) O elemento não pode ser substituído por
nenhum outro
3) O elemento deve ter um efeito direto na vida
da planta e não exercer apenas o papel de,
com sua presença no meio, neutralizar
efeitos físicos, químicos ou biológicos
desfavoráveis para o vegetal
Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade
Quando? Nutrientes foram descobertos..
Descoberta e demonstração da essencialidade dos elementos

Elemento Descobridor Ano Demonstração Ano

C - - De Saussure 1804
H Cavendish 1766 De Saussure 1804
O Priestley 1774 De Saussure 1804

N Rutherford 1772 De Saussure 1804


P Brand 1772 Ville 1860
S - - Von Sachs, Knop 1865

K Davy 1807 Von Sachs, Knop 1860

Ca Davy 1807 Von Sachs, Knop 1860

Mg Davy 1808 Von Sachs, Knop 1860


(Glass, 1989)
Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade
Continuação

Fe - - Von Sachs, Knop 1860

Mn Scheele 1744 McHargue 1922

Cu - - Sommer 1931

Zn - - Sommer & Lipman 1926

B Gay Lussac & 1808 Sommer & Lipman 1939


Thenard

Mo Hzelm 1782 Arnon & Stout 1939

Cl Schell 1774 Broyer et al. 1954


Composição relativa dos nutrientes nas plantas

Qual a proporção que aparecem nas plantas?

Plantas vivas:até 95% H2O + 5% M.S.


(Reichardt, 1985)

Ar (CO2)

~ 92% : C (40%)+H(12%)+O(40%)
100% MS
~ 8%: Macro e micronutrientes
Composição relativa dos nutrientes nas plantas
COMPOSIÇÃO RELATIVA DE MACROS E MICROS

ORGÂNICOS MINERAIS
Macronutrientes Macronutrientes
orgânicos
N 2,0% Ca 1,3%
C 42% P 0,4% Mg 0,4%
K 2,5% S 0,4%
O 44%

H 6% Total 7%

Micronutrientes
Fe, Zn, B, Cu, Mo e Cl
Total 92%
Total 1%
100%
Composição relativa dos nutrientes nas plantas
COMPOSIÇÃO DE MACRO E MICRONUTRIENTES
Elementos Concentração na M.S. Número relativo de
MACRONUTRIENTES átomos
g kg-1
N 15 1.000.000
K 10 250.000
Ca 5 125.000
Mg 2 80.000
P 2 60.000
S 1 30.000
MICRONUTRIENTES
mg kg-1
Cl 100 3000
B 20 2000
Fe 100 2000
Mn 50 1000
Zn 20 300
Cu 6 100
Mo 0,1 1
(Epstein, 1975)
Importância dos nutrientes nas plantas
√ ESTRUTURAL
O elemento faz parte da molécula de um ou mais compostos
orgânicos; exemplos: N: aminoácidos e proteínas; Ca: pectato;
Mg: clorofilas.

√ ATIVADOR ENZIMÁTICO
o elemento está presente na fase dissociável da fração protéica da
enzima, é necessário à atividade da enzima.

√ CONSTITUINTE DE ENZIMA
Refere-se a elementos, geralmente metais ou elementos de
transição (Mo), que fazem parte do grupo protético de enzimas e que
são essenciais às atividades das enzimas; é o caso de Cu, Fe, Mn,
Mo, Zn, Ni.
Importância dos nutrientes nas plantas

Estrutural Grupo
prostético

Ativador

As três funções que os elementos podem desempenhar


Importância dos nutrientes nas plantas
planta sem deficiência nutricional

Omissão do
nutriente

planta com deficiência nutricional


Importância dos nutrientes nas plantas
Redução da velocidade dos processos metabólicos

Paralisação/desarranjo dos processos biológicos


Nível molecular

Alteração de membranas, parede celular, organelas


Nível subcelular

Alteração/deformação das células


Nível celular

Alteração dos tecidos


Nível de tecido = sintoma (clorose/necrose)

Sequência de eventos biológicos em plantas deficientes de nutriente.


Importância dos nutrientes nas plantas
RESISTÊNCIA À DOENÇAS INDUZIDA PELA
NUTRIÇÃO DE PLANTAS

Modificações anatômicas: células da epiderme


mais grossas, lignificadas e/ou silificadas.

Propriedades fisiológicas e bioquímicas:


produção de substâncias inibidoras e repelentes.

Capacidade de resposta da planta ao ataque


dos parasitas: aumentando as barreiras
mecânicas e síntese de compostos tóxicos
Importância da desnutrição
no mundo
Alguns dos principais fatores de risco de mortes a
nível mundial no ano 2000

Desnutrição ≈ 30 milhões de mortes por ano (cerca


de 1 morte por segundo) (3600 mortes/h)
Distúrbios nos
seres humanos
por desnutrição

Deficiência de Fe
Deficiência de Zn

Deficiência vitamina A Deficiência de Iodo Deficiência de Ca


Deficiência global de nutrientes (Fe, I) e vitamina A

> 3 bilhões de pessoas afetadas


(Map from USAID)
Estimativa da população com risco de deficiência de zinco

Mais de 20% da população mundial apresenta deficiência em


zinco (Brown e Wuehler, 2000)
Existem 51 elementos essenciais para sustentar a vida humana

Ar, Proteinas Lipídeos Macro- Elementos Vitaminas


água & (aminoacidos) (2) Minerais traços
Energia (9) (7) (17) (13)
(3)
Oxigênio Histidine Acidos Na Fe A
Água Isoleucine linoleicos K Zn D
Carboidratos Leucine Ca Cu E
Lysine Mg Mn K
Methionine S I C (Ascorbic acid)
Phenylalanine P F B1 (Thiamin)
Threonine Cl Se B2 (Riboflavin)
Tryptophan Mo B3 (Niacin)
Valine Co (in B12) B5 (Pantothenic
B acid)
Ni B6 (Pyroxidine)
Cr B7/H (Biotin)
V B9 (Folic acid,
Si folacin)
As B12 (Cobalamin)
Li
Sn
Importância da Nutrição de Plantas
Alimentos para o Homem
Importância da desnutrição no mundo

O homem come Planta (direta ou


indiretamente), portanto, para alimenta-
lo tem que satisfazer primeiro a planta
PRODUÇÃO
SUSTENTADA

6CO2 + 6H2O -> 6O2 + C6H12O6


CO2
O2
Fotossíntese

nutrientes O2

CO2
H2O

Nutrição de Plantas
Conceitos de nutrientes e critérios de essencialidade

Apenas, ~5% do total


de radiação solar é
aproveitada pela
fotossíntese;
Por que otimizar a produtividade?

POPULAÇÃO
dados atuais projeção
grãos - t/ha
bilhões POPULAÇÃO

GRÃOS - t/ha

fertilizantes
adubos
orgânicos

solo - reservas

Tendência global de aumento populacional,


produtividade de grãos e origem dos nutrientes
vegetais
Por que otimizar a produtividade?

Desafio da Agricultura no futuro ~


próximos 50 anos

População Mundial: Alta (~10 bi)

~ Dobrar a produção de alimentos e


aumentar qualidade

Reservas de fertilizantes finitas


Como otimizar a produtividade de
forma sustentável?

Conscientizar a humanidade: que não


existe alimento grátis

Reciclar os nutrientes

Melhorar a qualidade do alimento


Nitrogênio
AR: 78,3% N
82 mil t no ar que circunda 1 ha OU 64,2 mil t de N

Processos: Natm.(N≡N) => N disponível (NH3...)

fixação biológica,
fixação industrial;
fixação atmosférica
Nitrogênio

No Brasil, estudos com FBN


tiveram início em 1963, com a
Dra. Joana Döbereiner, época em
que poucos cientistas acreditavam
que estas pesquisas poderiam
competir com fertilizantes
minerais.
Nitrogênio

Processos de fixação do nitrogênio atmosférico (N2).


Nitrogênio
Fotossíntese Ar

CARBOIDRATOS O2 N2

METABOLISMO OXIDATIVO
(ciclo de krebs) Leg-hemoglobina
(Co)
CADEIA RESPIRATÓRIA

Elétrons ATP H+

Sistema Transportador de Parte aérea


elétrons ADP+Pi
(Ferrodoxina

Nitrogenase Xilema
é
N≡N + 3H+

Fe-proteína II Fe-Mo proteína I Aminoácido


2NH3 Ex:
Bacterióide é é Asparagina

Membrana da bactéria

Reações metabólicas de FBN


Nitrogênio

Não Inoculada Inoculada


Nitrogênio
N no solo
≈ 95% ≈ 5%
Em combinações orgânicas: Óxidos nitroso e nítrico (gás)
(N-orgânico) Radical: amônio NH4+ ,
Nitrito (NO2-)
(Não assimilável pelas plantas) e nitrato (NO3-)

N-orgânico (proteína) =>N-amídico (R-NH2) =>N-amoniacal (NH4+) => N-nitrato (NO3-)


(aminização) (amonificação) (nitrificação)
Nitrogênio

Microbiota

N-orgânico N-amínico N-amoniacal N-nitrito N-nitrato

Microbiota

Imobilização (C/N>33/1)
Nitrogênio
Fatores que afetam a disponibilidade no solo:

Favorecer a MINERALIZAÇÃO:

Clima:
T: ~30oC; Umid.: 50-60% da C.C.
C/N:<20/1; Solo arejado e pH

N-orgânico N-amínico N-amoniacal N-nitrito N-nitrato


Nitrogênio Nutriente – Sólida (N-Org.)

Liberação

Nutriente – Solução (NO3-) (NH4+)

Contato íon-raiz
(Fluxo de massa)

Nutriente - contato com raiz


NO3-
Absorção
NH4+

Interior da raiz
NO3- (não metaboliz.)
Transporte
N-aminoácidos
(metaboliz.)
Nutriente - Parte aérea
Folha Folha Redução do NO3-
velha
Metabolismo NH4+
Redistribuição

Folha nova Fruto Nutriente – M.S.

Dinâmica do nitrogênio no sistema solo-planta, indicando os processos de


passagem do nutriente nos diferentes compartimentos da planta.
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição

Absorção
Contato N-raiz
Nutriente Absorção Quantidade Extrato Quantidade fornecida (kg ha-1)
(kg ha-1) disponível de
saturação
-1
Interceptação Fluxo de Difusão
(0-20 cm) (kg ha ) ppm
massa
NO3- 170 - - 2 168 0
H2PO4- 39 45 0,5 0,9 1,8 36,3
K+ 135 190 10 3,8 35 96,2
Ca2+ 23 3.300 50 66 175 0
Mg2+ 28 800 30 16 105 0
SO42- 20 - - 1 19 0
Na+ 16 80 5 1,6 18 0
H3BO3 0,07 1 0,20 0,02 0,70 0
Cu2+ 0,16 0,6 0,10 0,01 0,35 0
Fe2+ 0,80 6 0,15 0,1 0,53 0,17
Mn2+ 0,23 6 0,015 0,1 0,05 0,08
MoO4-2 0,01 - - 0,001 0,02 0
Zn2+ 0,23 6 0,15 0,1 0,53 0
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição

Formas absorvidas:

√ N (gás)
2

√ Aminoácidos (RCHNH COOH)


2

√ Uréia [CO(NH ) )]
2 2

√ NH 4
+

√ NO3- (predomina)

Após a absorção o nitrato (NO3-) tem que ser


reduzido a amônia (NH 3 ) para poder ser
incorporado nos esqueletos de C.
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição

Fatores que afetam absorção de N:


√ Idade das raízes

√ Presença de outros nutrientes


Exemplo: K pode aumentar a absorção de N nas
plantas onde a redução de nitrato ocorra na parte
aérea
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição
Fatores que afetam absorção de N:

** pH

pH ácido [H+] :

> competição NH4+ : < Absorção de N [amônio]

< competição NO3-2 : > Absorção de N [nitrato]


Absorção de nitrato Absorção de amônio

-- + -- +
NO3-- NH4+
2 H+ 1 H+

-- + -- +
ATP + ATP +
1 H+ 2 H+

-- + -- +

Alcalinização [H+] Acidificação


[H+] do meio
do meio
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição

Corte transversal da ponta da raiz, indicando o transporte do nutriente,


via caminhamento pelo apoplasto e/ou simplasto das células da
epiderme, parênquima, endoderme e cilindro central.
Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição

De que forma o N é transportado:

Raiz => Parte aérea


Nitrogênio Absorção, transporte e redistribuição
Parte aérea Parte aérea Parte aérea Parte Parte aérea
aérea
N- N- N-aminoácido N-
aminoácido aminoácido NO3- aminoácido e
NO3-
Transporte Transporte Transporte Transporte Transporte

N-NH4+ N-aminoácido
N-aminoácido N-aminoácido e NO3-
“Redução do nitrato-
“Redução
total”
assimilatória do
nitrato-parcial”

N-aminoácido NH4+ NO3- NO3- NO3-


Raiz Raiz Raiz Raiz Raiz
Plantas Plantas em Plantas Plantas Plantas
fixadoras de N geral perenes anuais perenes
“lenhosas” “herbáceas

Formas de transporte do N em função da forma absorvida e o respectivo


metabolismo “redução assimilatória do nitrato” de grupos de plantas.
Nitrogênio Redistribuição

Redistribuição do N:

forma de N-aminoácidos
OU
C-C-C-C-N-C-C-C-.....
Nitrogênio Metabolismo

Metabolismo do N nas plantas:

** redução assimilatória do nitrato


** incorporação do nitrogênio
Nitrogênio Metabolismo
Incorporação do nitrogênio
N-outros ....
NH3 =>>> N-aminoácido aminoácidos
Vias: GDH e (glutamato)
GS/GOGAT
proteínas
Metabolismo coenzimas...
NH3

Redução assimilatória do nitrato

NO3- => NO2- =>>> NH3


enzimas
redutases
(nitrito/nitrato)
Absorção

NO3- NH4+

Esquema simplificado do metabolismo do N nas plantas (redução


assimilatória do nitrato e incorporação do nitrogênio)
Nitrogênio Metabolismo

a) Redução assimilatória do N

Citoplasma Cloroplasto
Raiz Folhas Raiz
malato Respiração Fotossíntese NADPH
gliceraldeido
fosfato doador é
NADPH Ferrodoxina
doador é (Transportador)
(2 elétrons) 2H+ (6 elétrons) 6H+
NO3- HNO2 NH3
RNO3-(Mo) HNO2 RNO2- (S,Fe)
Redução do nitrato Redução do nitrito

Esquema da redução do nitrato e do nitrito utilizado pelas plantas.


Nitrogênio
N-solução => N-interior/Raiz

Fatores que afetam a redução do nitrato:

√ Luz
ativação e síntese da redutase; absorção do nitrato; transferência do
nitrato p/ locais de ativ. Metabólicas; as reações fotossintéticas
proveria poder redutor p/ assimilação do nitrato.

√ Temperatura (>350C)

√ Concentração de CO2;

√ Disponibilidade de água (déficit hídrico);

√ Deficiências minerais (Mo, Fe e S);

√ Concentração de NO3-
Nitrogênio Metabolismo
b) Incorporação do nitrogênio

NH3 produzido na primeira etapa

INCORPORADO
ACUMULAR NA PLANTA
EM ESQUELETOS DE C

TOXIDEZ
⇑ Proteínas...

⇑ MATÉRIA SECA
⇓ MATÉRIA SECA
Nitrogênio Metabolismo
b) Incorporação do nitrogênio
1- Via desidrogenase glutâmica (GDH)
COOH COOH
I I
C=O + NH3 + NADH + H+ (CH2)2 + NAD + H2O
I GDH I
(CH2)2 CHNH2
I I
COOH COOH

ácido α cetoglutárico ácido glutâmico

2- Via glutamina sintetase (GS) e glutamato sintase (GOGAT)

Ácido glutâmico + NH3 + ATP GS Glutamina + ADP + Pi

Glutamina + ácido α + NAD(P)H + H GOGAT 2 glutamato + NAD(P)+


Cetoglutárico
Nitrogênio Metabolismo

Esquema ilustrando o pigmento da clorofila


Nitrogênio Sintomatologia
DEFICIÊNCIA
a) pequeno ângulo de inserção entre folhas e ramos;
b)Maturidade e senescência abreviada (pela redução da
citocianina, responsável pela permanência da cor verde
dos tecidos por mais tempo);
c)queda prematura de folhas;
d) diminuição de flores e dormência de gemas laterais
e) produção reduzida;
f) cloroplastos pequenos;
g) baixo conteúdo de clorofila;
h) altos teores de açúcares;
i) aumento da pressão osmótica.
Nitrogênio Sintomatologia
DEFICIÊNCIA
j) baixo conteúdo proteínas

Indicação básica é fornecer de


10 a 35% do total de caloria
diária na forma de proteina Dieta sem proteína - Nigéria
Nitrogênio Sintomatologia
EXCESSO
Sintomas (visíveis)

a) Coloração verde escura;


b) folhagem abundante;
c) acamamento;
d) atraso na maturação;

Outros sintomas:
a) Sistema radicular pouco desenvolvido;
b) baixo transporte de açúcares para raízes;
c) aumento da suculência dos tecidos.
√ Formas de absorção do P

• H2PO4-
FÓSFORO

• HPO42-
√ Transporte
FÓSFORO

H2PO4-

RAIZ PARTE AÉREA


√ Fósforo nas plantas
FÓSFORO

* Forma inorgânica (ortofosfato) - Vacúolo

* Forma orgânica
√ Funções do Fósforo
nas plantas
FÓSFORO

Estrutural

transferência
de energia
(principal)
√ Funções
a)Ésteres fosfóricos, existem mais de 50, como trioses,
frutose-1-6-bifosfato
(compostos intermediários do desdobramento dos
FÓSFORO

açúcares);
FÓSFORO
√ Funções

b) fosfolipídios (componente da membrana,


conferindo a natureza lipídica);
√ Funções

c) nucleotídeos:
FÓSFORO

Base Nitrogenada + Pentose +1-3 radicais de


ácidos fosfóricos;
podendo estar livres: na forma de ATP - ADP ou
combinadas em ácidos nucléicos: RNA e DNA.
√ Funções
d) Ácido fítico
FÓSFORO

50% do P total em sementes leguminosas


60-70% do P total em sementes cereais
Um exemplo da função do P: ATP
(absorção)
FÓSFORO

Papel do ATP no transporte de solutos pelas


membranas das células.
Funções do P nas plantas (Malavolta et al., 1997)

Estrutural Processos
Ésteres de Absorção iônica
carboidratos Fotossíntese
FÓSFORO

Fosfolipídeos Respiração
Coenzimas Sínteses
Ácidos nucléicos Multiplicação e divisão
celular
Armazenamento e
Transferência de energia
Fixação biológica do N
√Sintomatologia de
carências
√ Pequeno desenvolvimento
FÓSFORO

√ Coloração verde mais escura de folhas


mais velhas
√ Coloração roxas em algumas espécies;
√ Ângulo estreito de inserção de folhas;
√ Baixo florescimento;
√ Número reduzido de frutos e sementes;
√ Atraso na maturidade.
√ Sintomatologia de carências
FÓSFORO

Deficiência de P na cultura Seringueira


Potássio
K no solo
• Formas de K no solo:

K-planta
K-Estrutural
K-fixado

K-Lixiviado K-Solução

K-trocável K-Fertilizante
K no solo
• Formas de K no solo:
K disponível às plantas depende:

K-solução

K-trocável;
Teor de argila
Temperatura
Umedecimento e secagem do solo;
pH do solo
K no solo
Teor de argila e Umidade

Argila Qdade: >teor:>retenção


Qualidade: argila 2:1>1:1

Umidade do solo => expansão


Argila => entrada do elemento entre
as unid. Estruturais e,
Umidade do solo => a contração da
argila e fixação de K.
Potássio
Nutriente - Sólida K-trocável
Minerais prim.
Liberação
Mineralização
Nutriente - Solução K+

Contato íon-raiz (difusão)

Nutriente - contato com raiz

Absorção K+

Interior da raiz

Transporte K+
(xilema)
Nutriente - Parte aérea
Folha Folha Metabolismo
velha (forma livre)
Redistribuição
(móvel) K+ Regulador enzimático

Folha nova Fruto Funções


(Ativador enz.)

Acúmulo-M.S.
(Produção)

Dinâmica do K no sistema solo-planta


Potássio Absorção, transporte e redistribuição

Pré-absorção de K

Caminhamento da solução do
solo para a superfície da raiz
Absorção, transporte e redistribuição

Dinâmica do K em solo com alto teor do


nutriente

A > parte do K vai para a


raiz por difusão

O K se move apenas a
curtas distâncias (≤0,65cm)
Potássio Absorção, transporte e redistribuição

• Forma absorvida:

• K +
Absorção, transporte e redistribuição

Transporte

Na forma: K+

(concentração no xilema: 500 a 11.500 µM)


Absorção, transporte e redistribuição

Redistribuição

Concentração no floema: 20.000 a 85.000 µM

Obs. +80% do K da planta é solúvel em água


=> o que explica sua alta mobilidade.
Metabolismo

METABOLISMO VEGETAL
Nota-se que o efeito do K na atividade das
enzimas (>50) está relacionado c/ as
mudanças na conformação das moléculas,
a qual aumenta a exposição dos sítios
ativos p/ ligação com o substrato.
Metabolismo

Ativador
redutase nitrato Síntese
proteína
-K

Aminoácidos
Metabolismo

Controle da abertura e fechamento do estômatos

Esquema do movimento dos estômatos influenciado pelo K.


Metabolismo
Estrutural Constituinte ou Processos
ativador de enzimas

Predominante Quinase pirúvica Abertura e


mente na forma Sintetase de glutatione fechamento dos
iônica estômatos;
Sintetase de Succinil-CoA
Fotossíntese;
Sintetase de succinil-CoA
Sintetase de glutamil-cisteína Transporte de
carboidratos e
Sintetase de NAD+
outros produtos;
Sintetase de formil
Respiração;
tetrahidrofolato
Sínteses;
Desidratase de treonina
Fixação
Aldolase de frutosedifosfato
simbiótica do N
Desidrogenase de aldeído
Sintetase do amido
Sintomatologia

Sintomas visuais de deficiência


Redução no crescimento;
Clorose e necrose nas pontas e margens
das folhas mais velhas; Em deficiência
severa a deficiência pode atingir as folhas
mais novas.
Decréscimo na turgecência; Flacidez;
< resistência a seca;
> suscetibilidade ao ataque de fungos.
Sintomatologia
Deficiência de potássio em eucalipto
Sintomatologia

Deficiência de potássio em Seringueira


Fatores que afetam a
disponibilidade do Ca no solo
Nutriente - Sólida Ca-trocável
Minerais prim.
Liberação
Mineralização
Nutriente - Solução Ca+2

Contato íon-raiz (fluxo de massa/


interceptação radicular)
Nutriente - contato com raiz

Absorção Ca+2

Interior da raiz

Transporte Ca+2
(xilema)
Nutriente - Parte aérea
Folha Folha Metabolismo
velha (forma complexada)
Redistribuição
(Floema) Pectato de cálcio e sais
(imóvel) Ca+2
Funções
Folha nova Fruto (Estrutural)

Acúmulo-M.S.
(Produção)
Absorção, transporte e redistribuição

Pré-absorção de Ca
Caminhamento da solução do
solo para a superfície da raiz
Absorção, transporte e redistribuição
Quantidade kg ha-1 fornecidos por
necessária para
uma colheita de 9
Elemento
t ha-1
Intercepta Fluxo de
Difusão
- ção massa

Ca(Ca2+) 23 66 175 0
Absorção, transporte e redistribuição

• Formas absorvidas:

Ca2+
Absorção, transporte e redistribuição

Veloc. de absorção:

Cátions: NH4+>K+>Na+>Mg2+>Ca2+
Absorção, transporte e redistribuição

Absorção

solução do solo => [Ca] = 10x [K] =>

Taxa de absorção de Ca < K.


Absorção, transporte e redistribuição

Transporte

Ca+2
(concentração no xilema: 400 a 4500 µM);
Absorção, transporte e redistribuição

Redistribuição

Na forma: n.d. (concentração no floema: 250 a


2650 µM);
Absorção, transporte e redistribuição

Ca- imóvel no floema


Metabolismo

Lamela média

Parede celular

Distribuição do Ca celular
(Marschner, 1995)
Metabolismo
FUNÇÕES DO CÁLCIO
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU PROCESSOS
ATIVADOR
ENZIMÁTICO
Estruturas e
Pectato (lamela ATPase (apirase); funcionamento de
média) Alfa amilase; membranas;
Oxalato Fosfolipase D Absorção iônica;
Fitato Nucleases Reações com
Calmodulinas hormônios vegetais
e ativação
enzimática (via
calmodulina);
Mensageiro
secundário
Metabolismo

Esquema ilustrando Ca em profundidade e


desenvolvimento de raiz e absorção de água e
nutrientes
Sintomatologia

Sintomas de deficiência de Ca

Cor esbranquiçada nas margens de folhas;


Formas irregulares de folhas;
Manchas necróticas internervais nas folhas;
Morte das brotações a partir das pontas;
Baixa frutificação;
Baixa produção de semente.
Sintomatologia

Sintomas de excesso de Ca

As plantas têm alta tolerância a excesso


de Ca, podendo atingir nas folhas velhas
~ 10%, sem sintomas de toxicidade.
Deve-se atentar, entretanto, que o
excesso de Ca poderia, eventualmente,
induzir deficiência de Mg ou de K,
especialmente se a concentração destes
estiver de média a baixa no solo.
DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO EM SERINGUEIRA
Fatores que afetam a
disponibilidade do Mg no solo
Nutriente - Sólida Mg-trocável
Minerais prim.
Liberação
Mineralização
Nutriente - Solução Mg+2

Contato íon-raiz (fluxo de massa)

Nutriente - contato com raiz

Absorção Mg+2

Interior da raiz

Transporte Mg+2
(xilema)
Nutriente - Parte aérea
Folha Folha Metabolismo
velha (forma complexada)
Redistribuição
(Floema) Clorofila
(móvel)Mg+2

Folha nova Fruto Funções


(Estrutural/Ativ.Enz.)

Acúmulo-M.S.
(Produção)
Absorção, transporte e redistribuição

Pré-absorção de Mg
Caminhamento da solução do
solo para a superfície da raiz
Absorção, transporte e redistribuição
Quantidade kg ha-1 fornecidos por
necessária para
uma colheita de 9
Elemento
t ha-1
Fluxo
Intercepta
de Difusão
- ção
massa

Mg(Mg2+ 28 16 105 0
Absorção, transporte e redistribuição

• Formas absorvidas:

Mg2+
Absorção, transporte e redistribuição

Veloc. de absorção:

Cátions: NH4+>K+>Na+>Mg2+>Ca2+
Absorção, transporte e redistribuição

Transporte

Mg+2
(concentração no xilema: 80 a 1.125 µM);
Absorção, transporte e redistribuição

Redistribuição

Na forma: n.d. (concentração no floema: 2100 a


23.000 µM);
Funções do Mg Metabolismo
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU PROCESSOS
ATIVADOR
ENZIMÁTICO
Clorofila Tioquinase acética; Absorção iônica;
Quinase pirúvica; Fotossíntese;
Hexoquinases; Respiração;
Enolase; Armazenamento e
Desidrogenase de transferência de
piruvato; energia
Carboxilase de Síntese orgânicas;
ribulose; Balanço
Sintetase de glutamilo; eletrolítico;
Transferase de Estabilidade dos
glutamilo. ribossomas
Sintomatologia

Sintomas de deficiência de Mg

Clorose internerval que


inicia-se pelas folhas mais
velhas.
Sintomatologia

Sintomas de excesso de Mg

O fornecimento de magnésio em níveis


excessivos resulta em deposição do elemento
na forma de diferentes sais nos vacúolos
celulares, e não são descritos na literatura,
efeitos prejudiciais ao desenvolvimento e
produção das plantas.
DEFICIÊNCIA DE MAGNÉSIO NO
SERINGUEIRA

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