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FITOTERAPIA E
FITOLOGIA
TERAPEUTA HOLISTICO
CTH 11071/06 - CRK 10195 – INTA 0007 MG/BR
O Conhecimento histórico do uso de plantas medicinais se dá ao longo da História da Humanidade que pela
própria necessidade humana, as plantas foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados.
Estudos arqueológicos têm mostrado através da análise de pólens e outros materiais, que os homens das
cavernas já utilizavam plantas medicinais. As primeiras testemunhas do uso das plantas na medicina, foram
os papiros egípcios, os escritos chineses nas folhas de bambu e as taboas de argila dos Sumérios. No Papiro
de Ebers, de 1550 a. C. descoberto em meados de século passado em Luxor, no Egito, foram mencionadas
cerca de 700 drogas diferentes, incluindo extratos de plantas, metais (chumbo e cobre) e veneno de animais
(Almeida, 1993 in Carneiro, S. M. de B, 1997).
Entre as mais antigas civilizações, a medicina, através das plantas medicinais, já era praticada e transmitida
desde os tempos mais remotos: na antiguidade egípcia, grega e romana, quando acumularam-se
conhecimentos empíricos e foram transmitidos posteriormente, através dos Árabes à seus descendentes
europeus (Alzugary e Alzugary, 1983 in Silva, Édina B., 1997).
A arte de embalsamar cadáveres foi desenvolvida pelos antigos egípcios, evitando que estes entrassem em
estado de putrefação. Foram necessários vários experimentos com muitas plantas para dar conhecimento ao
mundo e deixar tal arte como herança (Alzugary e Alzugary, 1983 in Silva, É. B.,1997).
No ano 3.000 a.C., os países orientais praticavam o cultivo de plantas medicinais tendo como iniciante SHE
UING (Alzugary e Alzugary op. cit.in Silva, É. B.,1997).
Assírios e Hebreus também se dedicaram ao cultivo de várias plantas consideradas úteis (Balbach, op. cit.in
Silva, É. B.,1997).
A Índia foi considerada por alguns autores como o Eldorado dos Medicamentos Ativos, pela riqueza de sua
flora medicinal (Delaveau, in Silva, É. B., 1997). O primeiro Tratado de Medicina só aparece mil anos antes
de Jesus Cristo no vale do Tigre e Eufrates (atual Irã e Iraque).
Posteriormente vieram os estudos de Hipócrates (460-377 AC), Dioscorides (100 DC) e Galeno (130-200
DC). Hipócrates, considerado “o pai da medicina”, com a publicação da “Corpus Hippocraticum”,
consagrando a existência da terapia com os vegetais. Sucedeu-o Dioscoride que, com seu famoso trabalho
“De Matéria Médica”, constitui para o aumento do arsenal fitoterápico. Mais tarde, já nos anos 160 e 180 D.
C., surge o médico grego Galeno, que inicia a “Farmácia Galênica” utilizando somente os vegetais. A
medicina deixa o esoterismo e a imprevisibilidade dos caprichos divinos e avança cientificamente no terreno
da terapêutica, classificação das doenças, posologia e diagnóstico. Durante mil anos, porém, fez-se trevas na
Europa, e só em 1220 nasce a
primeira Grande Escola de Medicina da Idade Média, em Salerno, perto de Roma, fundada por Carlos
Magno. Os estudos de Farmácia avançaram celeremente neste período. Extratos alcoólicos, como o vinho ou
os destilados como a vodka e o gim, já eram bem conhecidos na Europa para extrair o "espírito das plantas".
A partir do início da sintetização de substâncias de estrutura química definida e de ação farmacológica iniciou
a Fitoterapia um ciclo declinante, com a diminuição da prescrição médica de produtos vegetais. As plantas
medicinais foram praticamente esquecidas, cedendo lugar às sintéticas. Tal fase percorre o início da década
de 50 até o final dos anos 70. Os grandes centros de pesquisas em todo mundo direcionaram, com o vivo
entusiasmo, vultosos recursos, tanto governamentais como de iniciativa privada, para a pesquisa de
propriedades curativas das plantas medicinais. Multiplicaram-se na imprensa informações sobre as vantagens
da farmacobotânica. Tal movimento naturalmente acompanhado pelo surgimento de um número expressivo
de estabelecimentos comerciais especializados em ervas.
Quando o Brasil foi descoberto, a Fitoterapia reinava praticamente sozinha, não havia vacinas nem os
medicamentos sintéticos, que só aparecem no final do século XIX com a aspirina. É essencial não esquecer
que o grande mestre de Piso, foi o Índio brasileiro, e ele honestamente em mais de uma passagem reconheceu
a superioridade da terapêutica indígena sobre a européia. Note-se o testemunho de Piso em Pernambuco:
"Os Índios precedem de laboratórios, ademais, sempre tem à mão sucos verdes e frescos de ervas. Enjeitam os
remédios compostos de vários ingredientes, preferem os mais simples, em qualquer caso de cura, visto que
por estes medicamentos os corpos não ficam tão irritados." (Pereira, op. cit in Silva, Édina B., 1997).
Estima-se que somente de 1% a 3% das espécies vegetais conhecidas foram estudadas. Com a redução
progressiva de grande parte desta biodiversidade, ocorrerá também uma enorme perda científica e econômica,
principalmente para os países menos desenvolvidos. No comércio de plantas medicinais e produtos
fitoterápicos encontra-se em expansão em todo o mundo em razão de diversos fatores, como o alto custo dos
No momento em que o primeiro ser humano surgiu no planeta, as plantas já existiam havia mais de 400
milhões de anos. Da forma como os conhecemos hoje, os primeiros vegetais apareceram durante a Era
Paleozóica, no período Siluriano. Eles evoluíram a partir dos organismos eucariontes fotossintetizantes, uma
espécie de algas primitivas.
O homem moderno, o Homo sapiens, só ganhou forma e vida cerca de 50 mil anos atrás. A partir de então
começou a fazer uso das plantas. Há registros antigos, como desenhos em cavernas, escritos e símbolos, que
revelam uma ligação muito íntima do homem com a natureza, principalmente com as plantas.
As plantas também sempre tiveram um papel muito importante na cultura, religião, medicina, estética e
alimentação dos povos. Em relatos e documentos antigos, elas eram designadas como "dádivas dos criadores"
e vistas com grande respeito e admiração por muitas civilizações.
Nos rituais da Antigüidade, os chamados "Iniciados no Mistério" eram preparados, durante longos períodos,
com a ingestão de ervas, além de banhos e inalações por meio de incensos feitos de plantas consideradas
mágicas. Acreditava-se que, usando essas técnicas, o corpo, a mente e o espírito dos magos e sacerdotes
estariam purificados para a comunicação direta com os mundos superiores.
Com o passar do tempo, o estudo da botânica evoluiu, pois o homem foi desenvolvendo um senso aguçado e,
aos poucos, classificando e catalogando as espécies em função de seu uso para os mais diversos fins. Essa
classificação se tornou possível, a princípio, pela observação direta da forma das plantas: o formato das
folhas, dos caules ou troncos e das raízes.
As espécies tidas hoje como medicinais ou tóxicas começaram a serem classificadas pelo uso prático dos
antigos habitantes da Terra. Muitas vezes, uma planta medicinal era descoberta simplesmente por apresentar
uma morfologia semelhante a alguma parte do corpo humano e, assim, associada a ele no processo de cura.
As ervas aromáticas, em especial, devido aos seus poderosos óleos essenciais, também foram empregadas
desde o início dos tempos para a elaboração de cosméticos naturais, perfumes, dentifrícios e sabões. A mirra,
o benjoim e a lavanda, por exemplo, já eram usados havia milhares de anos em perfumes e aromatizantes
raros. A sálvia era utilizada para branquear os dentes: bastava criar o hábito de mascar suas folhas.
Cada civilização, em cada parte do mundo, foi compilando suas diferentes experiências de forma empírica,
deixando acumular até os nossos dias um vasto e inestimável conhecimento sobre as ervas, em grande parte
comprovado pela ciência moderna.
Brasil
O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora e fauna.
Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica –
começou desde que os primeiros habitantes chegaram ao Brasil, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos
paleoíndios amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.
Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período. As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só
vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na Ilha de Santa
Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei
D. Manuel.
Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta detalhou melhor as plantas comestíveis e
medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus. Descreveu em detalhes
alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca,
que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a
alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a
importância que os índios davam às pinhas das araucárias.
1501-1570 –
Américo Vespúcio (italiano, 1454-1512), Thevet (francês) e Jean de Léry(francês, 1534-1611): Foram os
primeiros a explorar a fauna e a flora do país, descrevendo, de acordo com uma citação do pesquisador
Newton Freire-Maia, "plantas e animais, os esquisitos frutos dos trópicos e as aves vistosas de nossas
florestas". Léry, pastor calvinista e escritor, publicou o livro Narrativa de uma viagem feita à terra do Brasil
também dita América (1578).
1638-1644 –
Jorge Marcgrave (alemão, 1610-1644) e Guilherme Piso (holandês): Vieram a convite de Maurício de Nassau,
em 1638, para estudar a fauna e a flora brasileiras. Marcgrave construiu o primeiro observatório astronômico
da América (1639). Publicaram na Europa o livro História natural do Brasil e descreveram de forma detalhada
os hábitos dos brasileiros em relação ao uso das plantas medicinais, especialmente os chás e ungüentos
receitados pelos curandeiros negros, mulatos e caboclos — os quais, mais do que os pajés indígenas,
ensinaram aos europeus suas receitas naturais.
1783-1792 –
Alexandre Rodrigues Ferreira (brasileiro, 1756-1815): Ficou conhecido pelo cognome de "Humboldt
brasileiro". Realizou extensas investigações em todos os ramos das ciências naturais, enviando um grande
número de manuscritos e espécimes botânicos, zoológicos e mineralógicos para o Real Museu da Ajuda, em
Portugal. Boa parte de sua obra foi pilhada pelos franceses em 1808, durante a invasão de Portugal pelas
tropas de Junot, marechal do exército de Napoleão.
1800 –
Friedrich Heinrich Alexander, o Barão von Humboldt (alemão, 1769-1859): Na companhia de outro
naturalista, o francês Aimé Bonpland, Humboldt viajou entre 1799 e 1804 por vários países latinos
(Venezuela, Cuba, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e México). Na sua jornada coletou material suficiente
para escrever 30 volumes da monumental obra Voyage aux régions é quinoxiales du nouveau continent, fait
en 1799,
1800, 1801, 1802, 1803 et 1804. Nessa obra, descreve várias espécies de plantas brasileiras.
1816-1821 –
Hyppolyte Taunay (francês): Preparador do barão e naturalista Georges Cuvier, veio ao país em 1816 com a
finalidade de coletar espécimes vegetais para o Jardin des Plantes, de Paris. Em parceria com o historiador
francês Jean Ferdinand Denis (1798-1890), publicou um livro sobre o Brasil, em 1822.
1816-1822 –
Augustin François César Provençal de Saint-Hilaire (francês, 1779-1853):
Botânico, ficou no Brasil entre 1816 e 1822, percorrendo os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas
1817-1835 –
Johann-Baptist von Spix (zoólogo alemão, 1781 — 1827) e Karl Friedrich von Phillip Martius (botânico
alemão, 1794-1868): Chegaram ao país em 1817, junto com outro naturalista, o austríaco Johann von Natterer
(1787-1843). Faziam parte de uma comissão de naturalistas que acompanhou a duquesa Leopoldina d’Áustria,
que se tornou a primeira imperatriz do Brasil ao se casar com D. Pedro I. Estudaram profundamente a fauna e
a flora brasileira, descobrindo espécies novas. Spix publicou os livros O desenvolvimento do Brasil desde o
descobrimento até o nosso tempo (1821) e Viagempelo Brasil (1823-1831). Martius publicou quase dez livros
sobre o Brasil. De botânica, especificamente, foram dois: Gêneros e espécies de palmeiras (1823-1832) e a
monumental Flora brasiliense (1840-1868). Spix e Martius voltaram para a Europa em 1820, enquanto
Natterer ficou até 1835.
1822-1829 –
Georg Heinrich von Langsdorff (alemão, 1774-1852): Médico e naturalista, passou pela primeira vez pelo
litoral brasileiro em 1803, em viagem de circunavegação. Voltou ao Rio de Janeiro em 1813, como cônsul da
Rússia. Em 1824, iniciou uma série de viagens pelo Brasil patrocinadas pelo czar Alexandre I, para as quais
contratou o artista Johann Moritz Rugendas (1802-1859), o biólogo Georg Freyriss (1789-1825) e o botânico
Ludwig Riedel (1790-1861). Entre 1824 e 1825, esteve na província de Minas Gerais, onde Rugendas
abandonou a expedição. Entre 1825 e 1829, acompanhado pelos artistas franceses Aimé-Adrien Taunay
(1803-1828) e Antoine Hercule Florence (1804-1879), que substituíram Rugendas, além do mesmo grupo de
cientistas, o barão de Langsdorff empreendeu uma viagem ao Amazonas. A viagem terminou tragicamente,
com a morte do jovem Taunay, afogado no Rio Guaporé, e a loucura de Langsdorff, aparentemente provocada
por febres tropicais. Além dos desenhos e manuscritos, o acervo remetido para a Rússia durante a viagem
incluía cerca de 100 mil amostras de espécies da flora tropical.
1825-1830 e 1835-1880 –
Peter Wilhelm Lund (dinamarquês, 1801-1880): Estudou a fauna e a flora, mas suas pesquisas eram
predominantemente de ordem paleontológica. Decidiu morar no Brasil, em Lagoa Santa (MG), por causa do
clima, pois o frio das margens do Báltico prejudicava sua saúde.
1848-1859 –
Alfred Russel Wallace (inglês, 1823-1913) e Henry Walter Bates (inglês, 1825-1892): Co-descobridores da
Teoria da Evolução, de Charles Darwin, os naturalistas chegaram juntos ao Pará em 1848 e tomaram rumos
diferentes. Bates seguiu pelos rios Negro e Solimões, onde estudou a fauna e um pouco da flora, morando
durante oito anos no vilarejo de Tefé. Retornou para a Inglaterra em 1859, levando uma coleção de 14.712
espécies de animais e vegetais, muitas delas novas para a ciência. Publicou o livro The naturalist on the river
Amazonas (1863), traduzido para o português em 1944, no qual descreve muitas ervas medicinais usadas
pelas populações ribeirinhas do Solimões. Wallace ficou no país somente até 1852, viajando por outros rios da
Amazônia, mas perdeu sua valiosa coleção na saída do país, depois que seu brigue (embarcação de dois
mastros), chamado Helen, sofreu um incêndio e naufragou próximo à cidade de Belém.
1852-1897 –
Fritz Müller (alemão, 1821-1897): Emigrou para o Brasil, indo morar em Blumenau, onde se dedicou à
agricultura e à descrição de inúmeras espécies de plantas, peixes e crustáceos. Manteve correspondência
assídua com Haeckel e Darwin, que o considerava "o príncipe dos observadores". É criador de um conceito
importantíssimo para a genética e a teoria da evolução, o da ontogenia: "A ontogenia, ou desenvolvimento do
indivíduo, é a recapitulação breve e rápida da filogenia, ou desenvolvimento genealógico da espécie à qual ele
pertence".
1863-1866 –
Eugênio Warming (dinamarquês): Morou por três anos em Lagoa Santa (MG), onde estudou muito a
vegetação do cerrado. De volta à Europa, publicou os livros Lagoa Santa: Contribuição para a geografia
fitobiológica (1892), traduzido para o português em 1908 por Alberto Loefgren, e As comunidades vegetais
(1895), primeiro livro de ecologia do mundo.
1865-1866 –
Jean-Louis Rodolphe Agassiz (suíco, 1807-1873): Também foi discípulo de Cuvier em Paris, depois fixou
residência nos Estados Unidos. Veio ao Brasil na ThayerExpedition, financiada pelo milionário americano
Nathaniel Thayer. Estudou principalmente a fauna ictiológica da Amazônia, encontrando 1.800 novas
espécies de peixes — mais do que as conhecidas no Atlântico, o dobro das do Mediterrâneo e dez vezes mais
do que as espécies que Lineu conhecia em todo o mundo. Publicou diversos livros sobre o Brasil, entre eles
História física do vale do Amazonas, Geografia do Brasil e O Rio Amazonas (1867) e ainda Uma viagem pelo
Brasil (1868).
1884-1907 –
Emile Auguste Goeldi (suíço, 1859-1917): Chegou ao Brasil para trabalhar no Museu Nacional do Rio de
Janeiro, a convite do governo imperial. Com a queda da monarquia, transferiu-se para Belém, onde fundou o
Museu Goeldi (1900), de história natural, rebatizado em 1931 por Museu Paraense Emílio Goeldi. Viajou pela
região estudando a fauna amazônica e realizando expedições arqueológicas. Colaborou também nos trabalhos
relativos à questão de limites do Brasil com a Guiana Francesa. Voltou para a Suíça em 1907, onde faleceu
dez anos mais tarde. Entre suas obras estão Aspectos da natureza do Brasil, Maravilhas da natureza da Ilha de
Marajó e Álbum das aves amazônicas (1900-1906).
O botânico alemão Karl Friedrich von Phillip Martius nasceu em Erlange, atual Alemanha, em 1794. Aos 23
anos, durante o curso de medicina, optou pelo estudo da botânica relacionada à medicina. Veio para o Brasil
custeado pelo governo de seu país. Aqui estudou, coletou mais de 15 mil amostras de espécies da flora nativa,
e as descreveu cientificamente, sendo descobridor de 160 novos gêneros e 5.689 novas espécies de plantas.
Voltou para a Alemanha em junho de 1820.
Sua grandiosa obra Flora Brasiliensis, importantíssima para o estudo da botânica e da química farmacêutica
do Brasil, foi escrita em 40 volumes, rica e detalhadamente ilustrados por 3.811 estampas feitas pelos
melhores desenhistas da época.
Catalogou e classificou inúmeras plantas medicinais, conhecidas e usadas pelo povo brasileiro no século 19,
em seu livro Systema de matéria médica vegetal brasileira. Para chegar à redação final deste livro, o autor
reuniu três séculos de conhecimentos sobre a flora brasileira em 90 títulos de autores e idiomas diferentes. Sua
preocupação nessa obra era fornecer informações confiáveis e precisas para que os poucos médicos existentes
no Brasil pudessem usar as plantas nativas, em vez de importar remédios da Europa.
Martius sistematizou as plantas medicinais brasileiras usando três critérios: nome da família a que pertence a
planta, o princípio ativo dominante (conhecido na época) e a grafia dos nomes das plantas, que algumas vezes
aparecem escritos com nome popular. Os remédios caseiros também foram incluídos em sua classificação.
Confira alguns trechos do livro Systema de matéria médica vegetal brasileira:
"É mais eficaz uma planta usada fresca, colhida na época certa e a parte certa, do que seca e guardada por
anos nas gavetas das boticas. Tenho toda a confiança que o progresso da medicina está também apoiado na
China
A sabedoria milenar da China inclui um vasto conhecimento sobre as plantas. Os chineses, já em tempos
remotos, classificavam as plantas de acordo com seu uso na alimentação e na fitoterapia. Os taoístas tinham
grande devoção à natureza, prezavam a harmonia e o respeito a tudo o que é vivo. Eles tinham como base
filosófica e religiosa a completa solidariedade entre o homem e a natureza.
Na culinária, a China acabou sendo uma grande escola para o Oriente e, mais tarde, para o Ocidente. Os
chineses sempre foram hábeis na criação de novos pratos, repletos de criatividade, temperos e condimentos
inusitados para os tempos antigos, como o gengibre, o alho e as sementes de gergelim.
Na China Antiga, a medicina era caracterizada por uma riqueza excepcional quanto aos detalhes. Para os
chineses, o número cinco tinha um simbolismo especial, pois caracterizava o Universo com seus cinco
elementos (metal, madeira, fogo, terra e água) e com os cinco principais órgãos do corpo humano (coração,
pulmões, rins, fígado e baço).Além disso, faziam relações entre as plantas, cores e os órgãos do corpo
humano.
Os historiadores costumam dizer que os chineses eram mais próximos da sabedoria do que da ciência. Os
documentos médicos mais antigos de que temos notícia são dos chineses, que, já por volta de 3700 a.C.,
diziam em seus tratados de medicina que para cada doença havia uma planta que seria seu remédio natural.
A primeira farmacopéia chinesa teria sido escrita por Shen Nung, um imperador sábio que viveu entre 3700 e
2600 a.C. O imperador foi o primeiro a preparar os extratos de ervas, chegando a fazer ensaios e análises da
composição, dos efeitos e das propriedades dos extratos, que eram dados com precaução aos doentes. Seu
Egito
A civilização egípcia teve seu apogeu em mais ou menos 3000 a.C. Já nessa época os egípcios tinham uma
alimentação elaborada. Ao que parece, foram eles que inventaram a forma moderna de preparar pães e, nas
grandes comemorações, chegavam a apresentar mais de 40 tipos, feitos com trigo, leite, ovos, mel e outros
ingredientes.
Os governos do Antigo Egito deixaram registrados nos papiros a especial atenção que davam à alimentação.
Os alimentos eram quase sempre preparados de forma ritualística e as refeições constituíam momentos muito
especiais, onde todas as pessoas se reuniam, discutiam assuntos e comiam calmamente.
Essa característica peculiar pode ser comprovada pelas inscrições nas paredes das tumbas, feitas de forma
cuidadosa, mostrando grandes recipientes cheios de alimentos, sempre ligados a símbolos espirituais. Na
prática, os egípcios construíram câmaras especiais em homenagem aos seus deuses, onde eram colocadas
oferendas de alimentos como grãos, bebidas e ervas de alta qualidade.
No Antigo Egito, a medicina sempre esteve vinculada à astrologia, e havia uma forte relação entre as plantas
medicinais, planetas e signos correspondentes. Os egípcios utilizavam as plantas condimentares de muitas
formas, deixando-as até mesmo nas tumbas dos faraós e personalidades importantes para que estes fizessem
uma viagem segura aos outros planos de existência.
São comuns as citações dos papiros relatando a adoração que o povo tinha pelas plantas. O mais famoso deles
é o Papiro Ebers, datado de 1550 a.C., que contém centenas de fórmulas mágicas e remédios populares usados
na época. Esse papiro está exposto no Museu de Leipzig, na Alemanha, e contém uma coletânea de
aproximadamente 125 plantas, entre elas o anis, a alcaravia, a canela, o cardamomo, a mostarda, as sementes
de gergelim, o açafrão e as sementes de papoula.
A história da aspirina também pode ser traçada a partir do Antigo Egito, onde se combatiam inflamações com
um extrato obtido da casca do salgueiro. Esse extrato é que,mais tarde, permitiu a síntese do ácido
acetilsalicílico – lançado comercialmente pela empresa alemã Bayer, em 1899, com o nome de aspirina.
Na civilização egípcia, a cosmética também atingiu o nível de arte, voltada exclusivamente para engrandecer a
beleza e o refinamento exótico que já reinava em todo o povo. Nos grandes templos, as essências perfumadas
e os incensos eram oferecidos diariamente como presentes aos deuses para que estes, por sua vez,
mantivessem a proteção sobre o grande faraó e todo o seu povo.
As mulheres dessa época já dispunham de grande quantidade de elementos para seu embelezamento, o qual
era extremamente valorizado em todos os estratos da sociedade.Óleos e bálsamos perfumados eram dispersos
no corpo ou misturados ritualisticamente em banhos.
Muitas plantas eram cadastradas como elementos ricos de promoção do bem-estar físico, tais como a
camomila, que era usada em óleos de massagem para acalmar dores musculares ou simplesmente para se obter
um profundo relaxamento. Suas flores eram dispersas também nas águas mornas das banheiras,
proporcionando momentos únicos de prazer.
De acordo com o historiador e egiptólogo francês Pierre Montet, os cuidados com a aparência física tiveram
seu auge no reinado dos Ramsés (por volta de 800-700 a.C.). Nesse período, era comum banhar-se em águas
perfumadas pelo menos de manhã e antes das principais refeições. Os habitantes tinham o hábito de despejar a
água sobre a cabeça e ficar dentro de uma bacia com areia e ervas aromáticas purificadoras. Juntavam, então,
substâncias dissolventes das gorduras da pele, provavelmente contendo cinzas e argila. A toalete diária era
usada com requinte, e havia uma preocupação excessiva com o asseio geral e com a maquilagem. As mulheres
costumavam pintar ao redor dos olhos fazendo com que parecessem mais alongados. A tinta tinha ações anti-
sépticas eficazes, que, além de embelezar, impediam o desenvolvimento de inflamações nos olhos, tão
Europa/Idade média
Com a queda de Alexandria, até então o empório de especiarias mais famoso do Oriente, a Europa saiu do
domínio do Império Romano e entrou na Idade Média, muitas vezes chamada de Idade das Trevas. Nessa
época, a Europa Medieval sofreu uma forte mudança dos hábitos alimentares. Os vegetais passaram a ser
muito pouco consumidos, dando-se preferência para as carnes, os pães e as frutas. Contudo, há algumas
citações de condimentos que ainda permaneceram na culinária nesse período. Eram empregados sobretudo
para disfarçar o forte salgado das carnes em conserva, além de servirem de recheios, refogados e decoração de
pratos culinários.
O conhecimento das ervas e dos condimentos ficou retido nas mãos dos religiosos, que os utilizavam apenas
para a medicina e a prática espiritual. As especiarias antes usadas na alimentação foram praticamente
esquecidas, devido ao seu alto preço no mercado, que as tornava um artigo de luxo. Os religiosos acreditavam
que esses produtos eram oriundos do Jardim do Éden, do Paraíso. Isso porque a origem dos melhores
condimentos era sempre um mistério, provocando as mais diversas especulações, histórias fantásticas e
lendas, que tentavam explicar de alguma forma sua procedência.
Para ilustrar isso, no século XVI, Bartholomeu de Glanville, um enciclopedista inglês, acreditava que a
pimenta-do-reino era resultante do chamuscamento da pimenta-branca no fogo. De acordo com ele, a pimenta-
branca era o fruto de uma árvore que nascia numagrande floresta próxima às montanhas dos Cáucasos, cheia
de serpentes; dizia ainda que o fogo havia expulsado as cobras para que as pimentas pudessem ser colhidas,
escurecidas então pelo fogo!
De qualquer forma, foi o trabalho minucioso dos religiosos dos grandes mosteiros que permitiu que o
conhecimento das plantas pudesse ser passado para as gerações seguintes. Dentre outras coisas, os monges
cultivavam as ervas em hortos e passavam grande parte do tempo fazendo cópias de manuscritos antigos que
guardavam a história e a utilização das plantas medicinais.
Na Idade Média, as plantas seguiram seu uso na beleza, restringindo-se porém sua conotação mística. Nessa
época, as folhas de salsa eram usadas para fazer crescer os cabelos, curar a caspa e eliminar piolhos. Além
disso, eram empregadas na pele do rosto para clarear e eliminar sardas.
Também era muito conhecido o uso da alfazema, para limpar e perfumar os dedos engordurados de carne. Sua
infusão era colocada em potes charmosos nas mesas de refeição logo após os grandes banquetes. Esse
costume estendeu-se até o começo do século XX e abriu um grande espaço para a utilização dessa planta em
diversos produtos.
Apesar de o mundo estar passando por um período sombrio para a cultura e a ciência, o imperador dos francos
e lombardos, Carlos Magno (768-814 d.C.), fez uma interessante definição do que era para ele uma erva
aromática: "...é a amiga do médico e o prazer do cozinheiro". Sua atuação foi ainda maior quando ordenou
que todas as "plantas úteis" passassem a ser cultivadas nas hortas imperiais da Alemanha.
Europa/Renascimento
Com o fim da Idade Média e o início do Renascimento, por volta de 1500 d.C., a botânica deu um grande
salto, pois as plantas voltaram a ser catalogadas em grandes arquivos. Muitas preciosidades antigas haviam
sido destruídas na época da Inquisição, principalmente com os incêndios provocados em diversas bibliotecas
secretas. O que sobrou da Idade Média foram apenas retalhos de uma grande história mágica e científica.
No século XVI, um suíço chamado Philippus Aureolus Theophrastus – mais tarde conhecido como Paracelso
– viajou por toda a Europa à procura de plantas e minerais, mas principalmente ouvindo feiticeiros,
curandeiros e parteiras. Para grande escândalo das pessoas cultas, ele não escrevia suas observações em latim,
mas em linguagem comum, e tinha a audácia de comparar importantes estudos médicos com a sabedoria
popular.
Paracelso, fundador da alquimia, foi o precursor dos conceitos modernos da influência cósmica sobre as
plantas e suas relações com os quatro elementos –água, terra, fogo e ar. A botânica secreta de Paracelso até
hoje exerce grande atração sobre estudiosos do assunto e foi base, juntamente com a filosofia teosófica, para o
desenvolvimento dos conceitos biodinâmicos da agricultura antroposófica, elaborados mais tarde por Rudolf
Steiner. No final da Idade Média, os europeus haviam entrado em decadência em relação aos hábitos de
higiene. Começou uma fase ascética, em que os cuidados com a alma inibiram o gosto pelo tratamento e pela
beleza física. Nesse período, no entanto, houve a maior evolução da arte da perfumaria, que era necessária
para disfarçar o mau cheiro e hálito das pessoas.
Um famoso creme de beleza feito à base de polpa de maçã e folhas de alecrim, denominado "pomatum",
surgiu nessa época e se tornou muito popular por volta do século XVI na Europa.
Com o fim da Idade das Trevas, muitos estudiosos, a exemplo de Paracelso, voltaram a se dedicar de corpo e
alma ao estudo da botânica, medicina e beleza. O médico e astrólogo inglês Nicholas Culpeper (?-1654)
desenvolveu estudos vastos que atravessaram os tempos até chegar a nós. Ele afirmava, incondicionalmente,
que os condimentos eram capazes de curar todos os tipos de doenças com seus potentes óleos essenciais.
Dentre outras coisas, dizia que as pimentas, quando misturadas ao nitrato, eram capazes de fazer desaparecer
as manchas, as marcas e o descoloramento da pele.
Na França, o ponto forte foi o desenvolvimento da perfumaria. Por volta de 1379, em Paris, as monjas da
Abadia de Saint-Juste criaram a famosa Água de Carmen, elaborada àbase de folhas de erva-cidreira, limão,
noz-moscada e cravo-da-índia. Na Grã-Bretanha, a família anglo-galesa Tudor, que reinou de 1485 a 1603,
tinha grande devoção às ervas e plantas. A dedicação aos estudos das ervas e aromas é hoje um ponto muito
forte da atual Inglaterra, que herdou muitos conhecimentos importantes de seus ancestrais. Nessa região
desenvolveram-se exímios jardineiros, com lindos projetos de jardins, que envolviam plantas aromáticas
perenes, como o alecrim, o tomilho, a lavanda e o hissopo. Essas plantas eram utilizadas na preparação de
apetitosas saladas, feitas com folhas, flores e frutos, frescos ou desidratados.
Europa/Idade moderna
Na Idade Moderna, a história dos condimentos foi marcada por muito sangue, guerras e lutas pelo poder e
monopólio. Os países do continente europeu estavam cansados dos altos preços das especiarias e saíram em
busca de novas partes do mundo. Afirmam alguns historiadores que foi o alto preço da pimenta-do-reino no
mercado europeu que estimulou a expedição do navegador português Vasco da Gama, assim como a inveja do
poder de Veneza foi o motivo pelo qual Espanha e Portugal saíram em busca do cravo-daíndia, do gengibre,
da noz-moscada e da pimenta-do-reino.
A quebra do monopólio veneziano, portanto, se iniciou com as grandes navegações. Assim, os portugueses e
espanhóis, quando encontraram o caminho que levava às Índias, fizeram chegar ao continente europeu muitos
condimentos exóticos, que logo se espalharam por várias regiões, incorporando-se à culinária de muitos
povos.
Mas foi um explorador francês, de nome Pierre Poivre (1719-1786), que definitivamente acabou com o
poderio dos comerciantes do Oriente. Pesquisador exímio de especiarias, fez muitas viagens pelo mundo e
acabou alcançando a Ilhas Maurício, onde encontrou milhares de sementes de noz-moscada e de muitas outras
espécies. Conclusão: os condimentos se espalharam velozmente pela Europa, os preços no mercado baixaram
e, enfim, as plantas aromáticas se tornaram disponíveis para todas as classes sociais. Foi o início da
popularização dos condimentos.
Nessa época, a alimentação era considerada monótona e desinteressante e as especiarias acabaram tendo um
papel importante na inovação de sabores e aromas, em todas as cozinhas. Não se pode negar que os
Grécia
Índia
Uma das mais antigas civilizações, a Índia sempre teve sua medicina dirigida para o uso das plantas e dos
produtos de origem natural. A sabedoria hindu está toda registrada nos Vedas, um acervo escrito em sânscrito.
O Yajur-veda, que é uma das divisões dos Vedas, contém muitas informações voltadas para a medicina e sua
ética, com a predominância do uso de ervas e produtos naturais. Na Índia do ano 1000 a.C. encontramos o
apogeu das ervas medicinais e mágicas. O principal objetivo da medicina hindu era prolongar a vida, e a
principal fonte de conhecimento eram as ervas, filhas diletas dos deuses. Só podiam ser colhidas por pessoas
puras e piedosas, e deviam crescer longe da vista humana e do pecado. Eram usadas basicamente de duas
maneiras, uma para limpar o corpo e estimular as secreções e outra como sedativo.
Mundo árabe
A Arábia tem uma história marcante no que diz respeito aos condimentos. Muito de sua prosperidade foi
baseado no comércio de especiarias, feito por enormes carregamentos para as regiões do Ocidente. A famosa
história das Mil e Uma Noites é um rico arquivo de citações de diversas ervas condimentares de efeito
afrodisíaco e com propriedades mágicas.
Os árabes introduziram e popularizaram no Ocidente muitos condimentos, tais como o anis, o cominho, a
canela, a noz-moscada e outros, os quais acabaram se incorporando à culinária espanhola. As especiarias
alcançavam altos valores no mercado da época e eram normalmente reservadas ao consumo das classes
privilegiadas da sociedade. Uma libra de gengibre, por exemplo, valia uma ovelha. Com uma libra de cravos-
da-índia era possível comprar uma vaca. Um saco de pimenta-do-reino, valiosíssima, chegava a valer a vida
de um homem.
A medicina árabe, como em todas as outras civilizações antigas, também era ligada à religião. Dava-se
também muita importância à higiene pessoal e eram rotineiros os banhos. De acordo com um dos versículos
do Alcorão, a essência da vida era constituída por abluções, perfumes e orações.
As mulheres dos haréns do norte da África e do Oriente Médio, principalmente as turcas,perfumavam seus
hálitos e eliminavam o odor desagradável do corpo com banhos e loções feitas com as sementes do feno-
grego.
Palestina e Babilônia
A tradição simbólica das plantas na Antiga Palestina sempre esteve vinculada a citações bíblicas e suas
respectivas interpretações. O Antigo Testamento cita cerca de cem espécies de plantas, entre elas ervas,
árvores e flores, utilizadas não só na alimentação, mas também na medicina –como a mandrágora –e de forma
ornamental. Muitas dessas espécies eram usadas como condimentos para enriquecer o aroma e o sabor de
pratos feitos nas cerimônias religiosas.
Podemos encontrar referências, por exemplo, da utilização do coentro, do alho, da cebola, do alho-porró, do
açafrão, do cominho e da canela, entre outros. Na Antiga Palestina, cerca de 1.800 a.C., há outra referência
bíblica: os descendentes de Abraão que rumavam a Canaã, conduzidos por Moisés, eram alimentados apenas
pelo maná , que encontravam no deserto. Maná era o nome dado à resina da tamareira que, ao amanhecer,
pendia como gotas de orvalho nas pedras e ervas, doces como o mel.
Para o povo judaico, o alimento desempenha até os dias de hoje função muito importante nas cerimônias
religiosas, apresentando um rico simbolismo. É interessante notar que os hábitos e preceitos alimentares
judaicos influíram muito na formação de preconceitos gastronômicos em várias partes do mundo.
Na civilização judaica antiga, os sacerdotes acreditavam num Deus único e não havia lugar para superstições.
A higiene era um fator importante e definida pela Lei Mosaica, que ditava preceitos da época. Com seus
conhecimentos, os judeus deixaram um rico legado no que diz respeito à higiene e à medicina preventiva.
Eram comuns também os banhos purificadores e ritualísticos, com o uso abundante de plantas e aromas.
Os perfumes eram imensamente apreciados e usados com reverência não só pelos religiosos, mas também por
toda a população. Em descobertas recentes, foi encontrado no mar Morto, juntamente com os famosos
manuscritos, um frasco intacto de bálsamo perfumado.
Na Babilônia, uma das mais conhecidas referências do uso de plantas medicinais está ligada ao rei
Nabucodonosor, que mandou construir os Jardins Suspensos –
a 7ª Maravilha do Mundo Antigo. De acordo com registros históricos, Nabucodonosor teria ordenado a
plantação de alecrim e açafrão nos jardins, junto com rosas.
Roma
Em Roma, a presença das plantas medicinais e aromáticas também foi marcante. Pode-se dizer até que foram
os romanos que definitivamente deram aos condimentos seu verdadeiro papel na culinária. Apesar de algumas
civilizações terem ensaiado seu uso, foram os romanos que mais utilizaram os condimentos e ervas na
cozinha. Além disso, eles estavam por todos os lados: nos pratos, na decoração, nas bebidas, nos incensos etc.
Guirlandas de ervas aromáticas eram primorosamente elaboradas para enfeitar as festas e os banquetes,
acreditando-se que isso evitaria a ressaca, tão típica daqueles excessos.
Na concepção do poeta latino Ovídio (meados de 20 a.C.), os primeiros alimentos do homem foram as ervas.
Os escritos filosóficos antigos mostravam quão íntima era a relação do homem com a natureza. As anotações
do naturalista e escritor latino Plínio (século I d.C.) mencionam algumas plantas que eram cultivadas em
hortas e consumidas na alimentação da época. Dentre elas, podemos destacar a cebola, a sálvia, o tomilho, o
alho, o coentro, o manjericão, o anis, a mostarda, a salsa, a hortelã, a pimenta-do-reino, o cominho, as
sementes de alcaravia e de papoula.
Com a queda de Roma no século 5 d.C., o mundo islâmico passou a dominar o comércio do Oriente. Foi
Avicena (980-1037), um renomado médico do Oriente, quem descobriu o método de destilação para extrair os
óleos essenciais das plantas aromáticas, além de ter sido fundador de um sistema único de medicina, que
depois se espalhou pelo mundo inteiro.
Em Roma, a medicina antiga foi formada com base na grega, absorvendo muitos de seus conhecimentos. Nos
primeiros anos da era cristã, o famoso botânico e herborista Dioscórides divulgou muitos trabalhos sobre o
poder curativo das plantas. De acordo com eles, há informações sobre um famoso óleo de lírios usado para
aquecer, suavizar e desobstruir a pele, indicado especialmente para casos de inflamação.
Os homens e as mulheres preocupavam-se muito com os cuidados do corpo e não abriam mão de poderosos
tratamentos elaborados com plantas, óleos, pomadas e ungüentos. Usavam em abundância as essências
aromáticas, os banhos de leite e as máscaras de beleza feitas de frutas e ervas, que normalmente eram
misturadas a fermento e farinha.Ainda em Roma, o médico Galeno utilizava óleos vegetais especiais para
preparar o "ceratum refrigerans", cosmético que ficou famoso através dos tempos pelos benefícios que trazia à
A magia do reino vegetal baseia-se nos espíritos das plantas. Esses espíritos, chamados de elementais, são
ligados aos elementos da natureza. Temos as sílfides, que comandam as forças do ar; as ondinas, que reinam
sobre as águas; os gnomos, que dominam a terra, e as salamandras, que comandam o fogo. Todos eles têm a
tarefa de proteger e cuidar do reino vegetal.
Os elementais são seres que habitam o plano astral, possuem inteligência instintiva e apresentam-se
fisicamente nas mais variadas formas, tamanhos e cores. De acordo com os místicos, esses seres são capazes
de curar e de proporcionar visões incríveis àqueles que comungam com sua existência.
Os curandeiros, pajés e xamãs costumam, por meio de algumas plantas, entrar em um estado alterado de
consciência, popularmente chamado de transe, no qual eles dizem contatar esses espíritos, detectando assim as
doenças e as desordens presentes no corpo do paciente. Esses fenômenos psíquicos persistem nos dias de hoje,
principalmente nas tribos indígenas e selvagens remanescentes, nos templos budistas e em determinadas
confrarias derviches.
A magia foi muito discutida e praticada na Antigüidade, deixando-nos como legado
informações preciosas nos livros sagrados das antigas religiões, que ainda hoje são discutidas e empregadas
em seitas secretas e também por pessoas comuns, por mera curiosidade. As tradições esotéricas mostram uma
infinidade de utilizações das forças ocultas existentes nas plantas, com o poder de curar, matar, encantar e
envenenar pessoas e animais, mesmo a distância.
A Teoria das Assinaturas baseava-se no antigo provérbio "similia similibus curantur", ou seja, "o semelhante
cura o semelhante". O médico e alquimista suíço conhecido como Paracelso (Philippus Aureolus
Theophrastus Bombastus von Hohenheim, 1493-1541) acreditava que tudo o que é criado pela natureza
reproduz a imagem da virtude a que lhe é atribuída.
Assim, essa teoria associa o uso medicinal e nutritivo de uma planta ao seu formato e cor. Um exemplo vivo
disso é a romã. Seu suco vermelho era comparado ao do sangue humano e, por isso, usado como depurativo.
Suas sementes, com formato de pequenos dentes e dispostas como tal na polpa do fruto, eram utilizadas para
tratar de dores de dente.
Antes das descobertas científicas dos séculos XVIII e XIX, quando ainda não se dispunha de técnicas para
estudar as plantas com maior profundidade, a Teoria das Assinaturas foi de grande valia para ajudar os
homens a encontrar a cura para seus males no meio natural. Hoje, ela representa uma forma de conservar e
resgatar o conhecimento das comunidades de tradição oral, auxiliando no reconhecimento das plantas cujas
propriedades medicinais foram colocadas em evidência anteriormente.
A energia vegetal
De acordo com a ciência esotérica, todos os seres existentes em nosso planeta possuem uma aura de energia
que envolve e circunda o corpo material. Essa aura é carregada de acordo com a vibração do corpo que a rege,
apresentando diferentes cores e intensidades.
No caso das plantas, aparelhos especiais permitem que se detecte a camada energética que as reveste e que
fornecem, de alguma forma, um direcionamento no seu uso terapêutico. Esses aparelhos medem até mesmo a
afinidade de uma planta com determinada pessoa, explicando por que o uso da planta para a cura de uma
Astrologia e cabala
A astrologia estuda a relação dos astros com a vida humana, quer seja individual, grupal ou mesmo planetária.
Já a cabala é uma ciência antiga que estuda todos os tipos de correspondências entre os aromas, as cores, os
tons musicais, os signos astrológicos, os planetas, as deusas e os deuses mitológicos e os significados das
cartas do tarô.
Sol (Leão)
Deuses Mitológicos
Encantamentos e rituais
Um dos pontos mais explorados no reino da magia das plantas é o seu uso como elemento facilitador em
determinadas situações de nossas vidas. Esse uso é feito por meio de encantamentos e rituais que empregam,
além das plantas, os minerais e os elementos animais, muitas vezes misturados em complexas fórmulas
mágicas. Esses conhecimentos nos foram legados pelos herboristas, alquimistas, botânicos e sacerdotes do
passado. Seus conhecimentos por vezes se perderam, restando apenas informações dispersas e pouco
consistentes curiosidade na maioria das pessoas. que ainda assim provocam grande
Como afrodisíaco:
cravo-daíndia, baunilha, canela, camélia, cardamomo, coentro, levístico, pimenta-da-jamaica, pimentas
cápsico, laranja-azeda, flor de datura, abrótano, jasmim, ilangue -ilangue, pimenta-do-reino, patchouli, sálvia
esclaréia, sândalo, rosa.
Para ajudar na meditação:
ênula, zimbro, bálsamo-de-tolu, ciperácea, sálvia esclaréia, giesta, glicínia, sândalo, cálamo-aromático,
magnólia, mirra.
Para atrair sorte:
canela, jasmim, lótus, jacinto, baunilha, cumaru, gerânio, noz-moscada, bergamota, cipreste.
Para atrair sucesso e promoção na carreira:
azaléia, cravo-de-defunto, olíbano, hortelã-pimenta, erva-cidreira, hissopo.
Para atrair um amor:
ervilha-de-cheiro, lótus, jacinto, baunilha, bétula, camélia, coentro, lírioflorentino, rosa, cumarina, laranja-
azeda.
Para estimular a clarividência:
açafrão, capim-limão, louro, anis-estrelado.
Para estimular a mente:
Babosa, aipo, cânfora, ênula, zimbro, anis-estrelado, estoraque, funcho, madressilva, cacto, cálamo-
aromático, gengibre.
Para estimular sonhos proféticos:
peônia, mimosa, amarílis, giesta.
Para limpar os ambientes de energia negativa:
cânfora, comigo-ninguém-pode, guiné, arruda, alecrim, espada-de-são-jorge.
Para melhorar as finanças:
camomila, olíbano, alfazema, erva-cidreira, cedro, hissopo, cipreste, abóbora.
Para promover amizades:
ervilha-de-cheiro, urze, citronela, erva-cidreira, cumarina.
Para proteger contra magia negra e negatividade:
alecrim, louro, jasmim, cenoura, violeta, hortelã-pimenta, verbena, assa-fétida, gerânio, manjericão,
patchouli, hissopo, noz-moscada, bergamota.
Para purificar os altares e untar equipamentos ritualísticos:
falsa-acácia, flor de maracujá, jacinto, benjoim, rosa, sálvia, mirra.
Para trazer paz e harmonia às relações:
Banhos da Felicidade
•manjerona (folhas)
• Cravo-branco (flor)
•alecrim (folhas)
•canela (casca)
• Jasmim-estrela (flores)
•1/2 xícara (café) de álcool de cereais
Proteção do Lar
•Lágrima-de-nossa-senhora (raiz)
•alecrim (folhas secas)
•Alho (casca)
•Incenso de igreja (resina em grãos)
•Carvão vegetal
Limpeza do corpo
•canela (folhas)
• Erva-doce (sementes)
• Cravo-da-índia (flores secas)
•Limão (casca desidratada)
•Carvão vegetal
Contra Feitiços
•arruda (folhas)
•Guiné (folhas)
• Espada-de-são-jorge
•Sal grosso
Proteção no Amor
• Rosa-branca (flores)
• Jasmim-estrela (flores)
Depois dos banhos ou defumações, recomenda-se que a própria pessoa recolha as folhas e cinzas e as jogue
fora, de preferência na água corrente: em rios ou no mar. Essa etapa faz parte do ritual e deve ser executada
com a mesma concentração mental usada durante o tratamento, mentalizando que todos os pedidos vão ser
realizados e todas as coisas ruins estão sendo definitivamente levadas embora pela força das águas.
O Brasil é um dos 14 países com grande biodiversidade contendo mais de 10% de todos os organismos
descritos na Terra. Das plantas floríferas conhecidas, aproximadamente 55.000 espécies, cerca de 22% destas
ocorrem no Brasil, principalmente nas regiões da floresta amazônica, mata atlântica e cerrado. Estima-se que
aproximadamente 1,25% da pesquisa científica no país se destina a plantas medicinais. Dos medicamentos
atualmente produzidos, cerca de 25% têm componentes químicos de plantas. Nossa flora tem cerca de 120 mil
espécies vegetais, de aplicações
terapêuticas. O alto custo dos medicamentos fabricados pela indústria farmacêutica, dentre outros motivos,
têm aumentado o interesse das pessoas nesse tipo de terapia. A OMS estima que mais de 3 bilhões de pessoas
em todo o mundo confiam nas "medicinas tradicionais", onde as plantas têm grande emprego. Entre as plantas
silvestres e algumas poucas cultivadas, os índios brasileiros, além de as usarem para a construção de suas
casas, na confecção de ferramentas e utensílios delas obtiveram fibras, gomas, colas, combustíveis,
pigmentos, tinturas, sabões, borracha, bebidas, alimentos, veneno de flechas para a guerra e caça e pesca e
também produziam substâncias estimulantes, alucinógenas medicamentosas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial faz uso de
algum tipo de erva para tratar doenças ou aliviar sintomas. "O Brasil apresenta uma grande diversidade de
plantas medicinais em seus biomas. Entretanto, com o extrativismo descontrolado e com a excessiva
fragmentação dos ecossistemas, em virtude da ampliação das áreas agrícolas, tem ocorrido aceleração na
extinção das espécies", alerta.
O mercado mundial de medicamentos fitoterápicos cresce desde a década de 80, movimentando algo em torno
de US$ 20 bilhões ao ano. Em 1996, na Europa, as vendas foram estimadas em US$ 7 bilhões, e nos Estados
Unidos o valor situava-se entre US$ 2 à 3,4 bilhões. No Brasil em 1998, o mercado de medicamentos
fitoterápicos foi estimado em US$ 566 milhões. Considerando o mercado informal nos países em
desenvolvimento e do “terceiro mundo” esta cifra deva ter alcançado centenas de bilhões de dólares por ano.
Estimativas não oficiais relatam que o mercado global de bioprodutos é na faixa de US$ 500 bilhões/ano.
Segundo informações da Bioamazônia (2001), o setor de fármacos apontou uma receita de US$ 300 bilhões
neste mercado, vale lembrar que 40 % dos medicamentos em uso teve origem direta ou indiretamente, em
produtos naturais e estes representam 17% deste mercado.
CONCEITOS IMPORTANTES
FITOCOSMÉTICOS
A fitocosmética pode ser definida como o segmento da ciência cosmetológica que se dedica ao estudo e à
aplicação dos princípios ativos extraídos dos vegetais, em proveito da higiene, da estética, da correção e da
manutenção de estado normal e sadio da pele.
O emprego dos produtos vegetais para fins de embelezamento encontra referências há milhares de anos.
A grande incidência de plantas aromáticas na China e Índia, levou às extrações de óleos essenciais. Também o
Egito e, depois a Mesopotâmia, se destacaram no conhecimento e emprego destes óleos e extratos vegetais em
preparações de ungüentos e bálsamos com finalidade cosméticas.
Cleópatra, com sua conhecida vaidade, motivou a pesquisa cosmética e um primeiro formulário Cleopatre
Gynoecirium Libri foi editado durante seu reinado. Neste formulário foram descritos cuidados higiênicos e
tratamentos de diversas afecções da pele, sem, no entanto, dispensar pomadas coloridas e linimentos à base de
plantas e óleos vegetais, com finalidade terapêutica e cosmética.
Do Oriente, o uso de produtos naturais difundiu-se para o mundo grego. O formulário “Os cosméticos de
Ovídio”, no que são mencionadas receitas e pomadas da época à base de vegetais, surge no ano IV.
Arnauld de Villeneuve, um alquimista e médico catalão do século XIII, deixou em seus manuscritos registros
dos primeiros ensaios de destilação de vegetais.
Dessa época, até os dias atuais, o estudo dos vegetais e a aplicação dos seus ativos, seja na forma de extratos
ou os princípios ativos isolados, vem ganhando cada vez mais espaço na indústria moderna.
A botânica (do grego "botáne": planta, vegetal) é o ramo da ciência que estuda e classifica as plantas em
função de sua forma, estrutura e composição, agrupando-as em famílias com características semelhantes.
Registros antigos mostram que a botânica já era estudada há milhares de anos.
Com o tempo, a humanidade foi aprendendo a classificar e catalogar as espécies de acordo com seu uso para
os mais diversos fins. Essa classificação, inicialmente, era feita por meio da observação direta da forma das
plantas: o formato das folhas, dos caules, dos troncos das árvores e das raízes. O primeiro sistema de
classificação das espécies vegetais (e também animais) foi criado pelo naturalista e médico sueco Lineu —
Carl von Linné (1707-1778) — , considerado o
"pai da história natural". Lineu catalogou inúmeras espécies, baseando-se em características morfológicas dos
seres vivos, e propôs ainda o método binomial —
em latim ou com palavras latinizadas —para padronizar os nomes das espécies em todo o mundo.
Desde o tempo de Lineu até hoje, os nomes científicos das espécies são compostos por duas palavras: a
Para compreendermos melhor o imenso mundo das plantas, vamos acompanhar passo a passo o seu
desenvolvimento. Tudo se inicia num pequenino órgão chamado semente, que contém todas as informações
necessárias para a formação e a perpetuação da planta. As sementes são geralmente muito resistentes e
conseguem manter a sua vitalidade por muitos e muitos anos. Quando a superfície da semente recebe
diretamente a luz solar, um pequeno embrião, que já está totalmente pronto dentro da semente, começa a
despertar para a vida, no processo denominado germinação. A germinação, variando de espécie para espécie,
exige diferentes condições ambientais, como temperatura adequada, umidade específica e profundidade na
terra. O embrião, que é a configuração mais primitiva da planta, induz a princípio a formação da radícula, a
primeira ligação da planta com a terra. O processo de transformação se inicia e temos então a formação da
plântula.
A plântula rapidamente se torna verde e muitos a chamam de folha germinativa, ou seja,aquela que dá origem
ao processo formativo da planta. Mas a plântula, diferentemente da folha, aparenta ainda muita simplicidade,
em sua forma pequena, oval, alongada ou arredondada, sem nervuras ou bordos denteados. Nessa fase inicial
de embrião e plântula, só um olho muito experiente pode distinguir a que espécie pertence a plantinha.
O desenvolvimento segue, etapa por etapa. A radícula formada no início do processo morre para dar lugar às
raízes laterais, que vão crescer e fixar a planta no solo. Surgem as pequenas folhas, que começam a se
desenvolver, bem definidas, ao longo dos ramos, com diferentes formas e cores. O caule, já formado e unido à
raiz, torna-se o eixo central de sustentação do vegetal e carrega os elementos de formação da planta. Vêm as
flores, depois os frutos. Dentro dos frutos, as novas sementes, completando o ciclo da vida vegetal.
Sementes
Raiz
A raiz é o órgão da planta responsável pela nutrição e fixação da planta ao meio em que ela vive, seja terra,
água ou rocha. É um órgão vital que pode renovar-se e expandir-se com muita facilidade, endurecendo
rapidamente. A direção do seu crescimento — influenciada em grande parte por hormônios vegetais —é
oposta à da parte verde, o que nos mostra sua intensa ligação com aterra. Normalmente, a raiz se direciona ao
escuro interior da terra, de onde extrai todos os nutrientes que são enviados ao resto do vegetal. A raiz pode
apresentar diversas formas, mas não se diferencia tanto, de uma espécie a outra, quanto a parte aérea da
planta. A raiz é composta por coifa, região lisa (ou de crescimento), região pilífera e região suberosa (ou de
ramificação).
Partes da raiz
A coifa é o revestimento protetor da ponta da raiz. A região lisa, ou decrescimento, é responsável pela
multiplicação e desenvolvimento celular, promovendo o crescimento da raiz. A região pilífera é basicamente
uma área de absorção de água e sais minerais através dos pêlos. A região suberosa, ou de ramificação, é uma
área que, após a queda dos pêlos absorventes, torna-se mais espessa, impedindo assim a penetração de
microorganismos. Nessa região, inicia-se a formação das raízes secundárias, terciárias e assim por diante.
Caule
O caule é o órgão da planta responsável pela sustentação das folhas, flores e frutos. É no caule que se
encontram os canais de condução da seiva, que irão alimentar e manter viva a planta. Essa parte ainda é
responsável pela produção dos elementos vegetativos e armazenamento de nutrientes. A constituição do caule
é simples, caracterizada pela presença de nós, entre-nós e gemas.O nó é o local onde se inserem as folhas. O
entre-nó é a parte localizada entre os nós. As gemas são locais que dão origem ao desenvolvimento de partes
vegetativas da planta, dependendo da espécie. Os caules podem ser classificados, quanto ao seu hábitat, em
aéreos, subterrâneos e aquáticos. Os caules aéreos são todos aqueles que crescem em sentido radial, indo em
direção à luz, como os troncos das árvores. Clique aqui para ver a imagem. Os caules subterrâneos, assim
como as raízes, contêm normalmente uma grande reserva nutritiva e podem ser utilizados na alimentação
humana. Desenvolvem-se, assim como as raízes, imersos na terra, sem luz solar, a exemplo das batatas
Ainda sobre os caules, é interessante salientar que eles apresentam, muitas vezes, alterações em sua estrutura
para se adaptar ao meio onde estão inseridos. Eles podem tornar-se achatados e laminares, à semelhança das
folhas. Os espinhos são outras adaptações, de material endurecido e pontiagudo, presentes no gênero Citrus.
Folhas
Nos pontos dos caules onde existem as gemas irão surgir estruturas que chamamos de folhas. As folhas
possuem diversas funções na planta,
principalmente relacionadas com a respiração.
Cada espécie possui folhas de formato e
tamanho particulares, que são um elemento
fundamental para a sua identificação e
classificação.
A folha é formada por limbo, pecíolo e bainha.
Algumas delas não apresentam um dos
elementos e são chamadas de incompletas. O
limbo é normalmente de coloração verde, pela
presença da clorofila, e possui duas faces
(superior e inferior). Há várias maneiras de
classificá-lo, pois sua variedade é imensa.
Partes da folha
O bordo do limbo apresenta também diversas
formas que podem ocorrer na margem ou de
forma mais aprofundada. A natureza também é
capaz de formar elementos curiosos e algumas
As folhas podem ainda sofrer metamorfose foliar em função do meio, ou para melhor exercer suas funções. É
o caso dos espinhos, que servem como defesa do vegetal contra predadores. Outro exemplo são as gavinhas,
que ajudam o vegetal a se fixar a algum suporte, seja outra planta, um muro ou qualquer apoio horizontal.
Flores
Os elementos que compõem uma flor são semelhantes em todas as espécies vegetais: cálice, corola, estame e
pistilo. Apesar de apresentarem variações de forma, cor e tamanho, é fácil identificá-los quando se observa
atentamente uma flor. O cálice é o círculo mais externo protetor, formado por sépalas, que nada mais são do
que folhas modificadas. Em seguida, temos a corola, que é a parte mais atraente da flor. Sempre colorida e
vistosa, é ela que atrai os polinizadores, muitas vezes também pelo aroma. O androceu e o gineceu, que são
responsáveis pela reprodução da planta, encontram-se no interior das flores.
O androceu,o órgão masculino reprodutivo, é formado pelo conjunto dos estames, que podem se apresentar
em número variado. O gineceu está na parte mais interna da flor e é o órgão reprodutor feminino. As flores
podem ser hermafroditas, quando contêm os dois órgãos reprodutivos, unissexuadas ou bissexuadas.
Partes da flor
As estruturas florais agrupam-se de diversas maneiras no ramos. A isso dá-se o nome de inflorescência, nas
quais as estruturas podem estar em número e posição variados.
Frutos
Os frutos são formados pelo desenvolvimento do ovário da flor após a fecundação. Eles compõem-se de
pericarpo e semente. O pericarpo é a parede do fruto, formada por epicarpo (parede mais externa), mesocarpo
(parede do meio) e endocarpo (parede interna). Os frutos podem ser secos ou carnosos e apresentar uma ou
mais sementes. Tanto os frutos secos como os carnosos podem abrir-se, quando alcançam a maturidade, para a
liberação das sementes (frutos deiscentes). Outros frutos permanecem fechados, protegendo suas sementes no
interior (frutos indeiscentes).
As plantas medicinais podem ser encontradas em praticamente todas as famílias botânicas. Pode-se dizer que
todas as plantas têm algum potencial medicinal, mas
algumas plantas apresentam esses princípios ativos naturais em maior concentração do que outras. Outras irão
ainda entrar para essa extensa lista à medida que despertarem o interesse dos cientistas para o seu estudo
farmacológico.
As famílias mais representativas das plantas medicinais são apresentadas de acordo com a sua classificação
dentro do Código Internacional de Nomenclatura Botânica. Por esse código, as plantas são classificadas
segundo unidades de classificação chamadas de táxon. Essas unidades são escritas na língua latina e são as
seguintes:
•Reino: Plantae
•Divisão: radical + terminação phyta
•Classe: radical + terminação opsida ou atae
•Ordem: radical + terminação ales
•Família: radical + aceae
•Gênero: substantivo em latim com inicial em letra maiúscula
•Espécie: gênero + designação com a inicial em letra minúscula + abreviatura do nome do autor
Como exemplo, a classificação da planta chamada alecrim é a seguinte:
•Reino: Plantae
•Divisão: Magnoliophyta
•Classe: Magnoliopsida
•Ordem: Lamiales
•Família: Lamiaceae
•Gênero: Rosmarinus
•Espécie: Rosmarinus officinalis L.
É muito importante conhecer as espécies medicinais pelo seu nome científico, pois é ele que irá evitar
confusões na hora de identificar uma planta com exatidão. Para cada espécie existe uma gama enorme de
nomes populares, que são atribuídos de forma aleatória, nas mais diversas regiões de nosso país e do mundo.
Em outros casos, encontramos muitas espécies com o mesmo gênero, o que dificulta a sua distinção. É o caso
da planta chamada hortelã, que pertence ao gênero Mentha e possui mais de cinco espécies semelhantes
comerciais. Nesse caso, é importante saber o nome científico de cada uma delas e as pequenas diferenças
morfológicas que elas apresentam. Isso só a prática poderá ensinar, por meio da observação, manuseio e
cultivo.
Para a coleta de plantas medicinais, é importante o seu estágio desenvolvimento pois, a concentração de
princípio ativo varia conforme a época e maturação ou crescimento da erva, sendo o ideal:
-folhas - não usar folhas novas ou muito velhas, sendo o ideal, as folhas adultas e viçosas e o melhor período é
antes do início da floração até o término da mesma.
-talos - colhidas da mesma forma e com os mesmos cuidados aplicados as folhas.
-cascas - usar as cascas de plantas adultas principalmente durante a floração da planta tomando sempre
cuidado para não retirar a casca em toda a volta do caule o que promoveria a morte da planta. “Preserve a
natureza e a vida”.
-Raiz – Após o término da floração. Há diferença na quantidade de princípio ativo dependendo da coleta, da
época do ano, grau de maturação da planta, do armazenamento, etc.
É importante que antes de colher uma erva, se observe alguns itens como:
a) Colher sempre plantas adultas;
b) Saber qual a parte da planta se concentra maior quantidade do princípio
ativo desejado (raiz, casca, flor, etc.);
c) Escolher as que não estejam atacadas por pragas;
ADUBAÇÃO
COLETA
SECAGEM
Recomenda que a secagem seja feita ao ar livre, fora da luz direta do sol ou preservar em álcool. Macedo et al.
(1998), informa que após a coleta a planta deve ser prensada entre folhas de jornais, papelão e/ou alumínio
enrugado, em seguida deve coloca-la e amarra-la em prensas (grades de madeira) com cordões incluindo a
ficha de coleta com as características do material botânico colocando-a na estufa para desidratação.
Após a desidratação as prensas são retiradas e o material desidratado é amarrado apenas no jornal e é
conduzido para descontaminação da amostra em freezer (18ºC).
A partir destas etapas o material é enviado para herbários para ser identificado.
Antes de fazer a secagem, observe os seguintes cuidados:
Nunca lave as plantas antes da secagem, use escovas para fazer a limpeza.
Separe as plantas de espécies diferentes.
Plantas que são colhidas inteiras devem ter suas partes colocadas para secar em separado, e serem conservadas
em recipientes separados.
Espalhe a planta ou suas partes sobre um pano ou estrado com tela na parte inferior:
Secar o material à sombra, evitando secagens ao sol e ao fogo, que alteram a qualidade da planta;
Raizes, caules e cascas podem ser secos ao sol da manhã;
As flores precisam secar sem receber luz solar direta;
Brotos, folhas e plantas inteiras são secos à sombra, em lugares arejados;
Quando se tornarem quebradiças, as plantas estarão prontas para uso, devendo serem guardadas em vidros
fechados, longe da luz, pó umidade e possíveis ataques de pragas.
ARMAZENAMENTO
Após a identificação, o armazenamento deve ser feito rapidamente, evitando assim a perda dos princípios
ativos das plantas, preferencialmente em ambiente arejado e seco, sem acesso de poeira ou animais. Pequenas
quantidades podem ser colocadas em potes de vidro ou sacos (polietileno ou polipropileno). É recomendável
evitar colocar embalagens de espécies diferentes perto uma das outras ou coloca-las diretamente sobre o solo.
Devido à ação de uma espécie sobre o desenvolvimento da outra, recomenda-se algumas vezes o plantio de
duas ou mais espécies diferentes.Exemplos de associações benéficas:
Manjerona - Melhora o aroma das plantas
Catinga-de-mulata - seu aroma afasta insetos voadores
Funcho e Losna - Não devem ser plantadas perto de nenhuma outra planta
Hortelã - Pode ser plantada como bordadura
Alfavaca - Não deve ser plantada perto da Arruda. Seu cheiro repele moscas e mosquitos
Tomilho - Seu cheiro mantém afastada a borboleta-da-couve
Mil-folhas - Serve como bordadura aumentando a produção de óleos essenciais quando plantadas perto de
Alguns métodos naturais, embora sem ter 100% de eficácia, têm trazido bons resultados no combate de
pragas, tais como:
Doenças no viveiro: tintura de camomila - 50 gs de flores em 1 litro de água fria.
Descansar 2 dias. No terceiro filtrar. Aplicar sobre mudas recém transplantadas também.
Fungicidas do solo - Calda bordalesa, enxofre, chá de cavalinha (200 gramas de caules fervidos em 10 litros
de água por 20 minutos).
Fungos: 100 gramas de sulfato de cobre bem triturado num saco de fralda e ponha o saco em 5 litros de água.
À parte, misture 5 litros de água com 100 gramas de cal virgem (leite de cal). Junte-os para usar depois.
Fungos: 100g de sulfato de cobre, 100g de cal virgem e 10 litros de água. Coloca-se o sulfato de cobre, bem
triturado, num saquinho de pano ralo, na superfície de meio litro de água, num recipiente que não seja de
ferro. Fazer pasta (leite de cal) adicionando 100 g de cal virgem em meio l litro de água. Coar o “leite” e
coloca-lo num recipiente (nunca de ferro). Em outro recipiente já deve constar a solução de sulfato de cobre.
Misturar as duas soluções simultaneamente, usando uma pazinha de madeira. Agora o teste de acidez: pegue
uma faca ou canivete e sobre a lamina, bem limpa, coloque duas ou três gotas da calda preparada e, após três
minutos, sacuda a lamina. Se ficarem manchas avermelhadas nos pontos onde estavam as gotas de calda, esta
ainda está ácida. Quer dizer: adicionar mais uma pouco de “leite de cal” até que fique neutra ou ligeiramente
alcalina. O ideal é aplicar a calda no mesmo dia, mas se tiver que conservar a calda por 2 ou 3 dias para
depois aplica-la, adicione 5 g de açúcar para cada 1 litro de calda preparada.
Desinfetantes de canteiros : Folhas secas de sálvia incorporadas aos canteiros.
Nematóides: Plantar pés de tagetes pelos canteiros ajuda manter afastados nematóides e afídeos.
Pulgões e colchonilhas: 100 gs de urtiga previamente secas por 7 dias. Colocar em 10 litros de água
macerando por 8 dias. Juntar mais 100 litros de água após coar.
Trips: 50 gramas de pimenta malagueta esmagada em 1 litro de água, deixar curtir 24 horas. Após esse
período, mexa bem e coe. Adicione 1 col de sopa de sabão e mexa. Pulverize sobre as plantas, repetindo a
cada 5 dias até acabar.
Homeopatia
As bases científicas da terapêutica homeopática foram lançadas há cerca de 200 anos pelo médico alemão
Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843). A homeopatia se baseia no tratamento das doenças pelo
uso de um "semelhante" –
similia similibus curantur. Isso significa que a pessoa doente é tratada com uma substância que, num
indivíduo sadio, provocaria o surgimento dos mesmos sintomas de doença.
A homeopatia tem uma visão muito ampla do indivíduo, procurando não só curar a
enfermidade, como também promover o equilíbrio total, prevenindo assim o surgimento de novos problemas.
Sua visão é de que, além do corpo físico, todos os elementos vivos apresentam uma energia não material
chamada de energia vital. Quando o médico homeopata faz um diagnóstico, ele leva em consideração tanto
essa energia como as condições físicas do paciente.
As plantas são os componentes da maioria dos mais de 2 mil remédios homeopáticos. Após a extração de seus
princípios medicinais, seja por meio de tinturas ou extratos, elas são submetidas a sucessivas diluições e
dinamizações que, segundo a teoria, promovem a liberação da energia vital da planta que irá atuar em
profundidade no corpo, seja humano ou animal, harmonizando todas as vibrações.
Antroposofia
A medicina ampliada pela antroposofia foi apresentada pelo filósofo eslovênio Rudolf Steiner (1861-1925) na
década de 1910 como uma compreensão da medicina sob um ponto de vista espiritual. A medicina
antroposófica considera que, além de um corpo físico, o homem é constituído de mais três estruturas: a vital
Essas estruturas, por sua vez, agrupam-se em três sistemas funcionais e anatômicos diferentes: o neuro-
sensorial (concentrado principalmente na região da cabeça), o rítmico (cujo centro funcional se encontra na
região torácica) e o metabólico. Existe uma relação recíproca entre esses três sistemas que muda ao longo da
vida. Uma alteração nessas mudanças através do tempo leva a um desequilíbrio que é a causa primária das
doenças. As plantas entram na elaboração de diversos produtos da medicina antroposófica, que vão desde
cosméticos até os remédios propriamente ditos. Para serem usadas como ingredientes da farmácia
antroposófica, as plantas devem ser cultivadas de acordo com os princípios da agricultura biodinâmica.
Os produtos antroposóficos são sempre elaborados de forma muito natural, sem o uso de corantes,
conservantes e perfumes artificiais. Em conseqüência, todos eles são de alta tolerância para pessoas sensíveis
e não agridem o meio ambiente.
Védica
Para a terapia védica, o ideal é que o indivíduo tenha esses três doshas em equilíbrio. O desequilíbrio do Vata
traduz-se em dores, espasmos, tremores. Do Pitta, em inflamação, febre, azia, ondas de calor. Do Kapha, em
congestão, descarga de mucos, retenção de fluidos, letargia. Quando os sintomas surgem, é
necessário reduzir o dosha correspondente com o uso de recursos apropriados. O uso continuado desses
recursos gera desequilíbrio no sentido oposto, que pode ser corrigido elevando o dosha em questão. A melhor
forma de manter os doshas equilibrados é cultivando hábitos harmoniosos. A fitoterapia sódeve ser utilizada
nos casos que exijam intervenções mais radicais. Para identificar as plantas quanto à sua ação sobre os doshas,
elas devem ser analisadas nos seus mínimos detalhes, observando sua forma, sua cor, sua textura, seu sabor e
aroma, sua origem, o modo como se desenvolvem, seu tamanho, o clima onde crescem, o tipo de solo e todas
as condições ambientais.
De modo geral, porém, as plantas Vata têm o caule retorcido ou curvo, com ramos
esparsos, de casca rugosa e folhas de textura áspera. As plantas Pitta têm flores vistosas, são luminosas e
muitas vezes venenosas. As plantas Kapha são normalmente grandes, com folhagens densas, e absorvem
muita água.
Chinesa
A terapia chinesa é praticada há milhares de anos, sempre fazendo uso dos elementos da natureza (ar, água,
fogo e terra), com suas estações e ciclos, para promover a manutenção de uma relação harmônica do homem
com o universo. Essa harmonia é observada em função do equilíbrio da energia vital, chamada de Chi. De
acordo com a filosofia chinesa, o Chi percorre o corpo dentro de canais invisíveis denominados meridianos e
polariza-se em duas correntes opostas e complementares, o Yin eo Yang. Quando o equilíbrio entre essas
forças é rompido, surgem as doenças.
Na fitoterapia chinesa, as plantas são classificadas segundo a sua essência, relacionada ao sabor e à sua
natureza energética, ou segundo a sua forma, relacionada à parte do vegetal usada como remédio. Existem
ainda outras maneiras de relacionar as plantas aos elementos naturais, de acordo com a sua cor, a parte do
corpo humano sobre o qual age a planta etc. A fitoterapia chinesa consiste num vasto campo de
conhecimentos milenares, do qual demos apenas uma pálida idéia. O estudo e a compreensão dos mecanismos
de ação das plantas são considerados imprescindíveis para quem quiser se aprofundar na área de medicina
natural.
Aromaterapia
Procura tratar as doenças e desequilíbrios emocionais por meio dos aromas de óleos essenciais extraídos das
plantas aromáticas. Segundo a aromaterapia, os aromas, quando aspirados, atingem determinadas regiões do
cérebro que, por sua vez, ativam metabolismos específicos do corpo. Com a ativação desses metabolismos,
ocorre a reestruturação das condições gerais do organismo, devolvendo o equilíbrio e a harmonia perdidos.
Terapia floral
É uma terapia que procura relacionar a enfermidade com o tipo de personalidade do paciente. Foi
desenvolvida e criada pelo médico inglês Edward Bach (1886-1936), que relacionou 38 remédios para
equilibrar todos os estados de ânimo humanos. Esses remédios são elaborados usando a essência floral
extraída de diversos vegetais de vários portes (árvores, arbustos, ervas, trepadeiras) que foram criteriosamente
escolhidos.
Os florais de Bach agem de forma suave, promovendo transformações na psique humana. Não apresentam
efeitos colaterais nem contra-indicações. De acordo com o Dr. Bach, a terapia floral pode ser usada por
qualquer pessoa, de qualquer idade, e até mesmo por animais.
Segundo os seus teóricos e praticantes, a terapia floral aplica-se especialmente a estados de ânimo, tais como
o medo, a indecisão, o desinteresse pela vida, a solidão, a sensibilidade excessiva às influências e opiniões
PRODUTOS HOMEOPÁTICOS
A homeopatia, modalidade terapêutica cujo pilar encontra-se na lei dos semelhantes, anunciada por
Hipócrates na antiga Grécia, foi viabilizada na prática por um médico alemão Christian Friedrich Samuel
Hahnemann que cansado da "medicina" de sua época, abandonou sua profissão e como conhecedor de
diversos idiomas, passou a dedicar-se a traduções de livros editados em outros idiomas. Foi quando, em 1790,
ao traduzir a matéria médica do médico escocês William Cullen, teve o "estalo" que mudaria sua forma de
pensar. Em 1796, publica a obra Fragmenta de viribus medicamentorum positivis in sano corpore humano
observatis. 2 teile, Leipzig (Ensaios sobre um novo princípio para descobrir as virtudes curativas das
substâncias medicamentosas) onde expõe os fundamentos desta nova terapêutica e então esta data é
considerada o marco de fundação da homeopatia. Em 1810, publica a 1ª edição do Organon da Medicina,
onde detalha os fundamentos desta nova terapêutica, que a partir da 2ª edição, publicada em 1819, recebe o
nome de Organon da arte de curar, pois em sua visão o homeopata seria um "artista da cura" restando o termo
"médico" para designar aqueles que seguiam a terapêutica da época, à base de sangrias e sanguessugas, sem
paralelo com a medicina da atualidade. Basicamente a homeopatia baseia-se em quatro princípios, aos quais
algumas escolas homeopáticas adicionam outros:
• "Similia similibius curantur ou curentur", ou seja, o semelhante tratado pelo semelhante. Assim,
um determinado medicamento dado a indivíduos aparentemente sadios, mas susceptíveis, produz
um conjunto de sinais e sintomas. Este mesmo medicamento, em pequenas doses, produzirá a
cura em doentes que tenham os sinais e sintomas semelhantes áqueles apresentados
anteriormente;
• "Experientia in homine sano", que corresponde à experimentação no homem são, utilizado por
Hahnemann na época, e que na atualidade pode ser entendida como experimentação
medicamentosa. Isto corresponde ao conhecimento da farmacodinâmica homeopática que é
representada pelas matérias médicas, que contém a patogenesia dos medicamentos homeopáticos,
que são resultantes de estudo experimental, dados da toxicologia e observação clínica;
• "Doses minimae" ou doses mínimas, é a desconcentração da matéria-prima de origem do
medicamento homeopático, isto é, o modo de obtenção ou farmacotécnica dos medicamentos
homeopáticos;
• "Unitas remedi" ou medicamento único. Este princípio é passível de diversas concepções por
distintas escolas homeopáticas.
A grande maioria é obtida pela forma farmacêutica básica denominada TINTURA-MÃE, embora
algumas exceções sejam preparadas pela forma farmacêutica básica denominada TRITURAÇÃO-MÃE.
Os vegetais devem ser colhidos de preferência na forma fresca e de preferência em seu habitat natural
nas primeiras horas da manhã. Podemos utilizar (segundo a monografia de uma Farmacopéia
homeopática):
Fanerógamos, ou vegetais com flor, Que incluem tanto os vegetais sem frutos, ou gimnospermas,
quanto aqueles com frutos, ou angiospermas. Constituem a maioria absoluta dos medicamentos
homeopáticos de origem vegetal, em número e utilização cotidiana.Das angiospermas, podemos utilizar:
Criptógamos, ou vegetais sem flor, que incluem os vegetais sem tecido condutor, ou briófitas (musgos),
e aqueles com tecido condutor, ou pteridófitas (avencas e samambaias). A maioria constitui medicamentos
homeopáticos sem grande utilidade cotidiana, exceto Lycopodium: Ex. Adianthum capillus veneris (Avenca),
Aspidium filix mas (ou Filix mas) (Feto Macho), Lycopodium clavatum (Licopódio), Pteridium
aquilinum, etc. Algas, fungos e "liquens": tradicionalmente estudados pelos botânicos como talófitas, pois seu
corpo vegetativo é constituída de uma massa celular denominada talo, não são considerados mais
pertencentes ao reino plantae ou metaphyta, exceto as algas superiores. Constituem hoje outros reinos,
como fungi, formado por fungos superiores multinucleados e protista, ou microalgas e protozoários.
• Inorgânicos: formados por substâncias inorgânicas, que constituem a maioria absoluta dos
medicamentos homeopáticos de origem química empregados em homeopatia quotidianamente.
Exemplos: Acidum nitricum, acidum sulfuricum, alumina (Alúmen), Ammonium carbonicum,
Antoimonium tartaricum (Tartarato de antimônio), Argentum nitricum (Nitrato de prata),
Arsenicum album (trióxido de arsênico), Arsenicum iodatum (iodeto de arsênico), Aurum
metallicum (ouro metálico em pó), Borax (borato de sódio), Ferrum metallicum (ferro metálico
em pó), Glanoinum (nitroglicerina), Iodum (iodo), Kalium bichromicum (dicromato de potássio),
Mercurius corrosivus (cloreto de mercúrio II), Mercurius dulcis (calomelano ou cloreto de
mercúrio I), Natrium muriaticum (clorto de sódio), Phosphorus (fósforo branco), Platina (platina
• Orgânicos: compreende substâncias orgânicas, que são comparativamente menos utilizadas que
aquelas originárias de substâncias inorgânicas no cotidiano. Exemplos: Aloxanum (aloxana),
Anilinum (anilina), Carboneum sulfuratum (dissulfeto de carbono), Petroleum (petróleo),
Phenolum ou Acidum carbolicum (fenol), Terebinthinum (terebintina), etc;
• Minerais: formado também por substâncias inorgânicas, mas por seus minérios naturais e não
pelos compostos purificados. Sua utilização é rara no cotidiano. Exemplos: Galena (PbS),
Pirolusita (MnO2), etc;
• Produtos E Misturas, Definidas Somente Por Seu Modo De Preparo: Exemplos: Aethiops
antimonialis (mistura de Hg+S=Sb2S3), Aethips mineralis (mistura de Hg+S), Anthracokali
(mistura de C+KOH), Causticum, Hepar sulfur (mistura de CaS), Mercurius solubilis (possui uma
fórmula próxima de Hg4ON.H2NO3+NH4NO3);
• Animal todo: exemplos: Apis mellifica (Abelha), Calcarea carbonica (parte interna da concha de
Ostrea edulis L.), Cantharis vescicatoria (Cantárida), Spongia tosta (Esponja tostada), etc;
• Bioterápicos (ou Nosódios): pela definição da 10ª edição da Farmacopéia Francesa, são: "Produtos
não quimicamente não definidos (secreções, excreções, patológicas ou não, certos produtos de origem
microbiana, alérgenos) que servem para de matéria-prima para as preparações homeopáticas".
Exemplos: Eletricitas, Galvanismus, Luna, Magnetis Poli ambo, Magnetis Poli arcticus, Magnetis Poli
australis, Nidus edulis, Raios-X, Sol.
ESCALAS:
São as proporções seguidas na preparação de diferentes diluições e concentrações a que são submetidos
os medicamentos durante a preparação. As escalas Hahnemannianas são a centesimal e a cinqüenta
milesimal. Temos também a escala decimal introduzida por Hering.
• Escala centesimal (CH) – A diluição é preparada na escala 1:100 (insumo ativo : insumo
inerte);
• Escala decimal (DH) – A diluição é preparada na escala 1:10 (insumo ativo : insumo inerte);
• Escala cinqüenta milesimal (LM) – A diluição é preparada na escala 1:50.000 (insumo ativo :
insumo inerte);
DEFINIÇÕES:
• Ponto de partida – Forma farmacêutica básica. No caso de drogas solúveis utiliza-se a Tintura-
Mãe feita em solução hidroalcóolica, e no caso de drogas insolúveis, utiliza-se a Trituração-Mãe
feita a partir da trituração da droga pura.
• Insumo inerte para drogas solúveis – Álcool etílico à 70º para as 3 primeiras dinamizações da
escala centesimal e para as 6 primeiras da escala decimal.
• Insumo inerte para drogas insolúveis – Lactose para as 3 primeiras dinamizações da escala
centesimal e para as 6 primeiras da escala decimal.
• Processo de sucussão manual: a sucussão será executada através de movimento contínuo e
ritmado, no sentido vertical, com o antebraço, de modo que produza choque do fundo do frasco
com um anteparo semi-rígido.
• Processo de sucussão mecânica: feita em máquina que mantenha as características do processo
manual.
MÉTODOS:
• Drogas solúveis:
• Drogas insolúveis:
Korsakoviano:
• Drogas solúveis e insolúveis:
- Ponto de partida: medicamento na 30CH em etanol 70%;
- Insumo inerte: Se a dinamização for para estoque deixar em etanol 70% e se
for para dispensação usar etanol 30%.;
- Número de frascos: frasco único;
- Volume: O líquido à ser dinamizado deverá ocupar 2/3 do frasco usado;
- Número de sucussões: 100;
- Processo: Diluição e sucussão, manual ou mecânica.
- Técnica: colocar num frasco quantidade suficiente de medicamento na 30CH
de modo que ocupe 2/3 de seu volume. Emborcar o frasco deixando o líquido
escorrer livremente por 5 segundos. Adicionar o insumo inerte na quantidade
previamente estabelecida e sucussionar 100 vezes. A resultante desta
operação corresponde à 31K. Repetir este procedimento para obter as
dinamizações subseqüentes, tendo como limite máximo 100.000K. É vedada
a estocagem de medicamentos obtidos por este método.
Fluxo contínuo:
BASES DE FLORAIS:
Para manipular as essências, acrescentar 2 gotas de cada essência (tanto para floral de Bach, da Califórnia ou
de Minas) em 30mL de base. Se a essência for a Rescue Remedy ou um dos Buquets e for prescrita sozinha,
adicionar 4 gotas para cada 30mL.
RESCUE REMEDY (Mistura de 5 essências: Clematis, Impaties, rock Rose, Star of Bethlehem, Cherry
Plum) - O objetivo é dar ânimo e conforto em estados de choque, medo, stress mental e aflição exagerada. É
um remédio de emergência.
Homogeneizar os componentes.
RESCUE CREAM:
Aquecer as fases A e B até atingirem 75ºC e verter a fase B sobre a fase A. Mexer até atingir 40ºC e juntar a
fase C. Esperar esfriar. Embalar em bisnaga.
POSOLOGIA PARA FLORAIS DE BACH: Geralmente toma-se 24 gotas diárias divididas entre 4 e 6
vezes ao dia. O Floral Rescue Remedy pode ser usado somente em momentos de tensão e nervosismo. Os
produtos de uso externo devem ser aplicados de 4 à 6 vezes ao dia.
Ativos sobre o sistema nervoso: contra insônia, histeria, crises, perdas de entes queridos, rompimetos
afetivos, traumas por assaltos, assédio ou estupro, tensão por expectativa de exames, concursos ou vagas de
trabalho, tiques nervosos, gagueira, bruxismo, nervosismo para enfrentar o público, juri ou bancas
examinadoras.
- Ficus
- Fuchsia
- Impatiens
- Lavandula
- Momordica
- Psidium
- Sambucus
- Verbenácea
- Vervano
Ativos sobre o sistema imunológico: previne febres, infecções, feridas, tumores, cistos, corrimentos, rinites,
sinusites, otites, amigdalites, pneumonia, gripes, lúpus. É ativante do sistema imunológico e preventivo para
as diversas manifestações viróticas e bacterianas. Favorece a eliminação de toxinas.
- Ageratum
- Artemisia
- Linum
- Madressilva
- Malus
- Millefollium
- Salvia
- Verbenácea
Ativos sobre o sistema excretor: previne cálculos renais, cistites, nefrites, enrijecimento muscular do
esfíncter, retenção de líquidos no organismo, edemas, sensação de peso nos rins.
- Ageratum
- Artemisia
- Madressilva
- Malus
- Phyllanthus
- Psidium
Ativos sobre o sistema digestivo: intestino preso, má digestão, halitose estomacal, gastrite, boca amarga,
Ativos sobre o sistema tegumentar: previne queda de cabelo, impigem, caspa, alergias de pele, problemas
nos tendões, joelhos e tornozelos, vitiligo, psoríase, câncer de pele, unhas e cabelos, dificuldades de adaptação
em novos ambientes.
- Foeniculum
- Linum
- Malus
- Milefollium
- Pastoris
- Salvia
- Silene
Ativos sobre o sistema locomotor: LER, desgaste das articulações, perdas minerais, cãibras, dentes e ossos
fracos, contrações musculares, bursite, osteoporose, , desnutrição, aumenta a resistência e elasticidade
muscular.
- Agave
- Arnica campestre
- Ficus
- Matricaria
- Millefollium
- Phyllanthus
- Taraxacum
- Verbenacea
Ativos sobre o sistema respiratório: previne tosses, afecções catarrais, asma, bronquite, , dificuldades de
expectoração, respiração insatisfatória e incompleta por medos, postura crítica e pensamentos contraditórios,
tonifica o sistema respiratório.
- Eucalyptus
- Guttagnello
- Mirabilis
Ativos sobre o sistema energético: impotência sexual, falta de confiança, passividade diante das derrotas,
fraqueza, cansaço mental e físico, desinteresse, falta de força de vontade.
- Agave
- Aristoloquia
- Basilicum
- Foeniculum
- Hibiscus
Ativos sobre o sistema glandular feminino: previne distúrbios hormonais desde a menarca até a menopausa,
cólicas, TPM, alterações hormonais, menstruações irregulares, inchaços dos seios e abdômen, fogachos, às
vezes alternados com calafrios.
- Ficus
- Hibiscus
- Lantana
- Margarites
- Matricaria
- Millefollium
FITOFLORAIS:
Para preparar, deve-se somente homogeneizar os componentes. As tinturas devem ser adicionadas todas em
quantidades iguais até atingir 1%. As essências devem ser adicionadas 2gotas de cada por 30mL.
SERENIUM: contra insônia, histeria, crises, perdas de entes queridos, rompimetos afetivos, traumas por
assaltos, assédio ou estupro, tensão por expectativa de exames, concursos ou vagas de trabalho, tiques
nervosos, gagueira, bruxismo, nervosismo para enfrentar o público, júri ou bancas examinadoras.
Essências florais -Ficus Tinturas -Alfavaca
-Fuchsia -Angélica
-Impatiens -Camomila
-Lavandula -Catuaba
-Momordica -Erva cidreira
-Psidium -Maracujá
-Sambucus -Mulungu
-Verbenácea -Sálvia
-Vervano -Sete-sangrias
-Valeriana
IMUNIS: previne febres, infecções, feridas, tumores, cistos, corrimentos, rinites, sinusites, otites, amigdalites,
pneumonia, gripes, lúpus. É ativante do sistema imunológico e preventivo para as diversas manifestações
viróticas e bacterianas. Favorece a eliminação de toxinas.
EXSULTAT LIQUOR: previne queda de cabelo, impigem, caspa, alergias de pele, problemas nos tendões,
joelhos e tornozelos, vitiligo, psoríase, câncer de pele, unhas e cabelos, dificuldades de adaptação em novos
ambientes.
Essências florais -Foeniculum Tinturas -Alcachofra
-Linum -Alecrim
-Malus -Caapeba
-Milefollium -Chapéu de couro
-Pastoris -Douradinha do campo
-Salvia -Funcho
-Silene -Jatobá
-Jurubeba
-Mamica de cadela
-Própolis
-Sabugueiro
-Salsaparrilha
-Velame do Campo
METABILIS: intestino preso, má digestão, halitose estomacal, gastrite, boca amarga, flatulências, arrotos,
intoxicação medicamentosa com falta de apetite, cólicas.
HORMINA: previne distúrbios hormonais desde a menarca até a menopausa, cólicas, TPM, alterações
hormonais, menstruações irregulares, inchaços dos seios e abdômen, fogachos, às vezes alternados com
calafrios.
Essências florais: -Ficus Tinturas -Abutua
-Hibiscus -Alcaçuz
-Lantana -Alecrim
-Margarites -Algodoeiro
-Matricaria -Alho
-Millefollium -Amor do campo
-Agoniada
-Camomila
-Cardo-santo
-Damiana
-João da Costa
-Limão bravo
-Margarida
-Salsaparrilha
VICTRIS-H: impotência sexual, falta de confiança, passividade diante das derrotas, fraqueza, cansaço mental
e físico, desinteresse, falta de força de vontade. Favorece os impulsos masculinos
Essências florais -Agave Tinturas -Alfafa
-Aristoloquia -Casca D’anta
-Basilicum -Catuaba
-Foeniculum -Cipó cravo
-Hibiscus -Cipó mil homens
-Lavandula -Funcho
-Ruta -Genciana
-Sempervirum -Guaraná
-Sonchus -Imburana
-Tabebuia -Jatobá
-Limão bravo
-Marapuama
VICTRIS-M: impotência sexual, falta de confiança, passividade diante das derrotas, fraqueza, cansaço
mental e físico, desinteresse, falta de força de vontade. Favorece os impulsos femininos.
EFLUVIUM: previne cálculos renais, cistites, nefrites, enrijecimento muscular do esfíncter, retenção de
líquidos no organismo, edemas, sensação de peso nos rins.
Essências florais: -Ageratum Tinturas -Abacateiro
-Artemisia -Abutua
-Madressilva -Cabelo de Milho
-Malus -Caroba
-Phyllanthus -Cavalinha
-Psidium -Chapéu de couro
-Cipó cabeludo
-Congonha de Bugre
-Douradinha do campo
-Japecanga
-Quebra-pedra
-Sabugueiro
-Salsaparrilha
VENTILIAN: previne tosses, afecções catarrais, asma, bronquite, dificuldades de expectoração, respiração
insatisfatória e incompleta por medos, postura crítica e pensamentos contraditórios, tonifica o sistema
respiratório.
Essências florais -Eucalyptus Tinturas -Angico
-Guttagnello -Cambará
-Mirabilis -Cordão de frade
-Eucalipto
-Funcho
-Guaco
-Imbaúba
SUSTENTAV: LER, desgaste das articulações, perdas minerais, cãibras, dentes e ossos fracos, contrações
musculares, bursite, osteoporose, , desnutrição, aumenta a resistência e elasticidade muscular.
Essências florais: -Agave Tinturas: -Alcaçuz
-Arnica campestre -Alfafa
-Ficus -Arnica
-Matricaria -Aroeira
-Millefollium -Camomila
-Phyllanthus -Cana do brejo
-Taraxacum -Cipó mil homens
-Verbenacea -Cipó suma
-Confrei
-Ipê roxo
-Jatobá
-Mastruço
-Quebra pedra
-Sassafráz
EXSULTAT GELLU (GEL DE FLORES): previne queda de cabelo, impigem, caspa, alergias de pele,
problemas nos tendões, joelhos e tornozelos, vitiligo, psoríase, câncer de pele, furúnculos, cortes,
machucados, cirurgias, micoses, assaduras, empedramento de leite materno, hemorróidas.
Aristoloquia 2gotas
Buquet de 9 flores 2gotas
Foeniculum 2gotas
Linum 2gotas
Malus 2gotas
Milefollium 2gotas
Mirabilis 2gotas
Pastoris 2gotas
Verbenacea 2gotas
Tintura Mãe de Bálsamo Coral 1%
Conhaque Domecq 30%
Gel de carbopol qsp 30g
POSOLOGIA PARA FLORAIS DE MINAS E FITOFLORAIS: Tomar 20gotas 8 vezes ao dia (a cada 2
horas) nos 2 primeiros dias. A partir do 3º dia, tomar 20 gotas 4 vezes ao dia (a cada 4 horas). O gel deve ser
usado sobre a lesão de 3 à 4 vezes ao dia, tomando o cuidado de não expor o local à luz solar direta.
ESSÊNCIAS FLORAIS DA CALIFÓRNIA:
MONOGRAFIAS DE FITOTERÁPICOS
Abacate
Abacaxi
Abiu
Abóbora
Acácia-falsa
Açafrão
Açaí
A Lenda do Açaí
Há muito tempo, havia no local onde se ergueria mais tarde a cidade de Belém do Pará, uma tribo que, devido
à escassez de alimentos, vivia sempre em grandes dificuldades. E como a tribo aumentava dia a dia, o cacique
Itaki reuniu sua gente para advertir sobre a grande crise que viria caso a tribo continuasse a crescer
demograficamente. Resolveu, de comum acordo com os mais velhos guerreiros e curandeiros, sacrificar todas
as crianças que nascessem a partir daquele dia.
Talvez devido à tal medida, passaram-se muitas luas sem nenhuma nativa conceber. Porém, um dia, Iaçá, a
filha do cacique Itaki, concebeu uma linda criança. Entretanto, não demorou muito para o Conselho Tribal se
reunir e pedir o sacrifício da filha de Iaçá. Seu pai, guerreiro de palavra, não hesitou em dar cumprimento à
sua ordem.
Ao saber da sorte de seu rebento, Iaçá implorou ao pai que poupasse a vida da filha, pois os campos estavam
verdejantes e a caça não tardaria a abundar na região. O cacique Itaki, porém, manteve sua palavra e a criança
foi sacrificada. Iaçá enclausurou-se em sua tenda, ficando ali por quase dois dias de joelhos, rogando a Tupã
que mostrasse a seu pai uma maneira pela qual não fosse preciso repetir o sacrifício de inocentes. Altas horas
da noite, porém, ouviu Iaçá um choro de criança.
Aproximou-se da porta da tenda e, então, viu sua filha sorridente ao pé de uma esbelta palmeira. A princípio,
ficou estática. Depois, em correria louca, lançou-se em direção à filha, abraçando-se a ela, mas deparou-se
com a palmeira, pois, misteriosamente, a criança desaparecera. Iaçá, inconsolável, chorou copiosamente até
desfalecer. No dia seguinte, o seu corpo foi encontrado ainda abraçado à palmeira. Estava morta, mas seu
semblante risonho irradiava satisfação; ao mesmo tempo, seus grandes olhos negros, inertes, fitavam o alto da
Acônito
Adônis
Agnocasto
Agrião
Agrimônia
Aipo
Ajowan
Ajuga
Alamanda
Alcachofra
Alcaçuz
Alcaparra
Alcarávia
Alecrim
Alface
Alfafa
Alfarroba
Alfazema
Algodão
Um dos fatores que atrai tantos países para o cultivo do algodão é a sua grande resistência à seca: o algodoeiro
é uma das poucas espécies adaptadas à prática da agricultura em regiões semi-áridas, permitindo aos governos
criar programas de fixação do homem no campo, geração de empregos e renda no meio rural e urbano.
Outros Nomes Populares: algodão-de-malta, algodão-herbáceo, algodoeiro, amaniu.
Outros Idiomas: baumwolle (alemão), alcotón (espanhol), coton (francês), cotton (inglês), nanchina
(italiano).
Descrição Botânica: Arbusto ramificado, de ciclo perene - embora cultivado comercialmente em ciclo anual
– que alcança até 2 metros de altura. Suas folhas são largas, alternas, longo-pecioladas e com margens
serrilhadas. As flores são solitárias, de coloração amarelado-dourada a amarelo-parda, com manchas púrpuras
Alho
Alho-poró
Almeirão
Almíscar
Alpínia
Alsina
Altéia
Ameixa
Amêndoa-doce
Amendoim
Amora-preta
Andiroba
Aneto
Angélica
Anis-estrelado
Anis
Araruta
Arnica
Aroeira-mansa
Arroz
Arruda
Artemísia
Árvore-da-cera
Aspargos
Aspérula
Assa-fétida
Assa-peixe
Astrágalo
Avelós
Avenca
Azaléia
Azedinha
Babaçu
Babosa
Babosa
Bálsamo de Gilead
Abies balsamea (L.) Mill - Pinaceae
Essa conífera é facilmente encontrada nas florestas frias da América do Norte, principalmente no Canadá. Era
muito usada pelos índios norte-americanos com fins medicinais. A resina extraída de sua madeira tem
diferentes usos, desde a fabricação de cola até a cura de tosses. Árvore fragrante e vistosa, de folhas verde-
escuro, em forma de agulhas, é um dos pinhos preferidos pelos canadenses para as árvores de Natal. Seu nome
originou-se da cidade bíblica de Gilead, na atual Síria, localizada em um vale verde e fértil. Escavações
recentes descobriram sinais de um forte, na forma de um grande edifício, onde era feita a manufatura de um
Bálsamo-do-Peru
Bálsamo
Bambu
Pseudosasa japonica (Siebold & Zucc. ex Steud.) Makino ex Nakai - Poaceae (Gramineae)
Planta originária da Ásia, cujo nome vem do malaio, idioma falado na Malásia. O bambu é empregado na
alimentação, na produção de celulose para papel, na carpintaria e como planta ornamental. Pode ser
encontrado facilmente na Índia, Paquistão e China, onde tem grande importância na culinária local.
Outros Idiomas: bambus (alemão), bambú (espanhol), bambou (francês), arrow bamboo (inglês), bambu
(italiano).
Descrição Botânica: Planta rizomatosa, de tamanho médio, que atinge cerca de 3 metros de altura. Ela segue
um ciclo de vida anual, que começa no início da estação quente e que difere das outras plantas - nessa época,
suas folhas do ano anterior começam a se desprender do colmo e são repostas por novas. Ao mesmo tempo,
novas brotações começam a emergir do rizoma subterrâneo e, em poucas semanas, tornam-se colmos novos.
Seus colmos são estreitos e verde-amarelados. As folhas são de tamanho médio, medindo de 12 a 33
centímetros de comprimento e 4,5 centímetros de largura. Também são pontiagudas, com margem serrada. A
superfície superior do limbo foliar é verde escura e brilhante, enquanto a inferior é cinza-esverdeada.
Raramente floresce, mas, quando o faz, forma flores pequenas, parecidas com grama, numerosas e agrupadas
em inflorescências do tipo panícula, que surgem no meio da primavera.
Composição Química: Celulose, ácido silícico, ácido cianídrico, aminoácidos, cálcio, fósforo, mono, poli e
oligossacarídeos, vitaminas C, B1 e B2.
Partes Usadas: Brotos Jovens, Folhas, Rizoma.
Propriedades Medicinais: Afrodisíaca, Antiasmática, Antitussígena, Calmante, Carminativa, Depurativa,
Digestiva, Estomáquica, Tônica.
Usos
culinária: Os brotos jovens cozidos são muito usados na culinária oriental, principalmente na China. Já as
suas sementes são consumidas na Índia, pela sua abundância e pelo alto valor alimentício. O suco da planta
serve de base para uma bebida alcoólica, conhecida na Índia como "tabacsir".
beleza: Não é usado.
saúde: O consumo regular de brotos de bambu estimula os movimentos peristálticos do estômago e do
intestino, facilitando a digestão e a excreção. No Brasil, a medicina popular usa o chá de folhas de bambu no
combate à tosse. A medicina oriental afirma que o rizoma pode ser usado de modo eficaz na cura de erupções
na pele. A planta também é usada contra paralisia, gases intestinais e como contra-veneno em casos de
envenenamento. A medicina popular acredita que uma pomada feita de sua raiz é ideal para curar tumores e
cirrose. Uma secreção com silício própria da planta é considerada afrodisíaca, calmante e tônica e é usada em
tosses e asma.
outros usos: Aproveitado na produção de celulose para papel, carpintaria, artesanato e como planta
ornamental.
Contra-Indicações: Não encontrado na literatura consultada.
Efeitos Colaterais: Os brotos crus podem ser tóxicos, pois contêm ácido cianídrico. A planta em si, bem
como os fungos que vivem nela, podem causar dermatite de contato na pele de pessoas sensíveis.
Cultivo e Conservação
clima: Tropical.
exposição solar: Meia-sombra.
propagação: Divisão de rizomas contendo alguns colmos.
espaçamento: Não foi encontrado na literatura consultada.
tipo de solo: De textura arenosa, rico em nutrientes, bem drenado e com pH entre 4,3 e 7,3.
adubação e correção: Recomenda-se aplicar um fertilizante para grama depois que as brotações
começarem a surgir.
necessidade de água: Moderada (A irrigação se faz necessária somente em casos de estiagem).
Colheita
Brotos Jovens: Para fins de alimentação, são colhidos quando chegam à altura de 75 centímetros.
Folhas: Quando necessário, durante todo o ano. A primeira ocorre em média 3 anos após o plantio.
Banana
Barbatimão
Bardana
Batata-de-purga
Batata
Batata-doce
Batata-mexicana
Baunilha
Beladona
Beldroega
Benjoim
Bergamota
Berinjela
Beterraba
Bétula
Bistorta
Boldo-do-Chile
Bolsa-de-pastor
Borragem
Boswellin
Brócolis
Bucha
Buchu
Buxus
Cacau
Café
Cajá
Cajepute
Caju
Cálamo-aromático
Calêndula
Cambará
Camomila
Cana-de-açúcar
Cana-do-brejo
Canela
Cânfora
Capuchinha
Caqui
Cará
Carambola
Cardamomo-falso
Cardamomo
Cardo-mariano
Cardo santo
Carqueja
Carvalho-vermelho
Carvão Vegetal
O carvão vegetal cujo nome botânico é Carbo activatus é considerado um fitoterápico extraído de partes
lenhosas (cascas e serragens) de madeiras não resinosas. O carvão vegetal para uso medicinal provém de
certas angiospermas, madeiras moles e não resinosas obtidos por combustão incompleta, o que lhes confere a
capacidade adsorvente. O carvão vegetal é utilizado desde o antigo Egito para purificação de óleos e para
aplicações medicinais. Na Segunda Guerra Mundial foi utilizado para remoção de gases tóxicos devido a sua
capacidade adsorvente sendo um material extremamente poroso.No Brasil, Martins faz referências ao uso do
carvão entre os indígenas misturado às gorduras animais no tratamento de tumores e úlceras malignas.
Estudos duplo-cego, utilizando carvão ativado, encontraram uma redução significativa na produção de gases
intestinais nos pacientes tratados, comparado ao placebo e a dimeticona, o que eliminou os desconfortos
abdominais.
Supõe-se que tal atividade deva-se ao poder de adsorção do carvão ativado, de substratos que produzem gases
sob a ação de bactérias do trato gastrointestinal. Nestes estudos o carvão ativado se mostrou seguro, sem
efeitos adversos e efetivo no tratamento da flatulência. Suas propriedades adsorventes são determinadas não
somente por sua estrutura porosa, mas por sua constituição química. É um notável condutor de oxigênio,
sendo um extraordinário eliminador de toxinas. Devido a sua rapidez de ação o carvão vegetal é considerado
um agente útil no tratamento de envenenamentos. O carvão ativado se liga ao tóxico residual no lúmen do
trato gastrointestinal e reduz rapidamente a absorção deste. O carvão ativado pode interromper a circulação
entero-hepática das drogas tóxicas e aumentar o ritmo de eliminação de tóxico no organismo.
Age também adsorvendo gases produzidos pela fermentação intestinal, evitando dores no aparelho digestivo e
flatulências.
O carvão vegetal tem a propriedade de adsorver substâncias que, em contato com bactérias intestinais,
contribuem para a produção de flatulência. Deste modo, o carvão vegetal é importante na eliminação dos
desconfortos abdominais, causados pela flatulência.O carvão vegetal age como protetor e adsorvente
gastrointestinal. Seu uso é indicado em caos de dores no estômago. Mau hálito, aftas, gases intestinais e
intoxicações.
O carvão vegetal não deve ser administrado junto com produtos a base de ipeca, por ocorrer uma diminuição
da ação.
Em relação a seu uso durante a gestação e lactação, não foram encontradas referências na literatura
consultada.
Não há relatos na literatura sobre restrições específicas quanto ao uso ou adequações de posologia do Carvão
Vegetal em pacientes idosos.
Cáscara-sagrada
Castanha-da-índia
Castanha-do-pará
Castanha
Catinga-de-mulata
Catuaba
A catuaba (Erythroxylum catuaba) é uma árvore pequena a vigorosa, que produz flores amarelas e cor-de-
laranja, e pequenos frutos ovais, amarelados e não comestíveis.Cresce no norte do Brasil na floresta
amazónica. A árvore da catuaba pertence à família Erythroxylaceae, cujo género principal, o Erythroxylum,
contém várias espécies que são fontes de cocaína. A catuaba, no entanto, não contém qualquer um dos
alcalóides ativos da cocaína. A catuaba tem uma longa história de uso medicinal natural como afrodisiaco. Os
índios Tupi do Brasil foram os primeiros a descobrir as qualidades afrodisíacas da planta e nos últimos
séculos inventaram muitas canções sobre as suas qualidades e capacidades.
Uma infusão da raiz é usada na medicina tradicional brasileira como afrodisíacco e estimulante do sistema
nervoso central. Uma decoção da raiz é comummente usada para a impotência, agitação, nervosismo,
nevralgia e cansaço, problemas de memória e fraqueza sexual.
Uso
Em geral, no Brasil aplicam-se uma infusão normal (chá da raiz) e uma tintura de álcool. O uso recomendado
é 1-3 chávenas de infusão diariamente, ou 2-3 mL de uma tintura de álcool normal duas vezes ao dia.
Ferve 1-2 colheres de sopa em meio litro de água por 15 minutos para obteres 2 chávenas de chá. Os efeitos
ocorrem após cerca de meia hora.Para um efeito mais forte, junta 30 gramas de catuaba com meio litro de
licor numa garrafa de vidro. Deixa repousar por 2 semanas, agitando diariamentes. Alguns pequenos golos
devem chegar para um efeito mais forte.
Ingredientes
Na catuaba, crê-se que um grupo de três alcalóides chamados catuabina A, B e C aumentam a função sexual
estimulando o sistema nervoso.
Cavalinha
Acondicionamento
Caules estéreis: em sacos de papel ou plástico transparente.
Cebola
Colheita
Bulbo: no verão ou na primavera.
Secagem
Bulbo: após a colheita, a cebola passa pelo processo de cura, ou seja, fica descansando no canteiro,
protegida por ramas de outro pé, de três a cinco dias. Se o tempo estiver chuvoso, a cura pode ser feita em
galpões bem arejados e iluminados. O processo termina quando a casca estiver soltando com facilidade do
bulbo.
Acondicionamento
Bulbo: em sacas pequenas de ráfia ou, preferencialmente, em embalagens de papelão ou madeira
laminada. As réstias devem ser guardadas em lugar seco, bem arejado e amplo, com inspeções periódicas para
retirada das que estão apodrecendo ou brotando.
Cebolinha-francesa
Cedro
Celidônia
Cenoura
Centeio
Centela
Cerefólio
Cereja-de-Cametá
Cereja
Cerigüela
Cevada
Chá
Chicória
Chlorella
Chlorella é um gênero de algas verdes unicelulares, do Filo Chlorophyta. De forma esférica, cerca de 2-10
μm de diâmetro, sem flagelo. Chlorella contém os pigmentos verdes fotossintetizadores clorofila-a e -b em
seu cloroplasto. Através da fotossíntese se multiplica rapidamente requerendo só dióxido de carbono, água,
luz solar, e pequenas quantidades de minerais, para reproduzir-se.
O none Chlorella provém do grega chloros: verde; e do sufixo diminutivo latino ella: "pequeno". O
bioquímico alemão Otto Heinrich Warburg recibeu o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina em 1931 por
seu estudo da fotossíntese na Chlorella.
Em 1961 Melvin Calvin da Universidade da Califórnia recebeu o Prêmio Nobel de Química por seu estudo
sobre os caminhos da assimilação do CO2 em plantas usando a Chlorella. Em anos recentes, investigadores
têm feito uso menor de Chlorella como organismo experimental devido a suas faltas do ciclo de vida
biológico e, além disso, o avanço nos estudos da genética.
Muita gente crê que Chlorella pode servir como uma fonte potencial de alimento e de energia devido a sua
eficiência fotossintética, que pode alcançar teoricamente a 8 %, que é comparável com outros cultivos
altamente eficientes como a cana de açúcar. Também o faz atrativa fonte alimentar por sua alta proporção de
proteína e outros nutrientes essenciais ao humano; seco, têm cerca de 45% de proteína, 20% de gorduras, 20%
de carboidratos, 5% de fibras, 10% de minerais e vitaminas. Entretanto, devido a ser uma alga unicelular, seu
cultivo apresenta enormes dificultades práticas para ser feito em grande escala. Os métodos de produção de
biomassa estão començando a ser usados para seu cultivo em grandes depósitos artificiais.
Chlorella foi a primeira forma de vida com um núcleo verdadeiro. Em condições com muita luz solar e em
água doce fresca se reproduz por divisão celular à razão de quatro novas células a cada 17/24 horas.
Em ou perto dos corpos de água em nosso planeta, existem 25.000 espécies de algas que são plantas
elementares sem raízes, caule e folhas. Elas, habitualmente, possuem clorofila, sendo as algas verdes os
organismos mais simples. Quando possuem clorofila, como as plantas, as algas convertem elementos
químicos inorgânicos em matéria orgânica usando a luz solar. Elas formam a primeira ligação na série de
organismos que caracterizam a base da cadeia alimentar. A primeira Chlorella foi identificada por volta de
1900. Elas existem na terra desde o período Pré-Cambriano, há mais de 2.5 bilhões de anos. Entretanto, até
1890 suas células não tinham sido identificadas por olhos humanos sob um microscópio. Elas cresceram de
forma natural, primeiramente, na Holanda, no final de 1800.
No início de 1900, compreendendo que a Chlorella consiste em 60% de proteínas e multiplica-se muito
depressa, cientistas de várias nações, especialmente da Alemanha, começaram a se interessar pela idéia de
utilizar a Chlorella como alimento. Embora a pesquisa tenha sido interrompida pelas duas guerras mundiais na
Europa, o entusiasmo pela Chlorella continuou. Em 1948, um estudo piloto do Instituto de Pesquisa de
Stanford sobre o crescimento da Chlorella foi bem sucedido. Porém, o estudo teve que parar devido a
problemas financeiros. Em 1950, pesquisadores do Instituto Carnegie invadiram o estudo e perceberam que a
Chlorella podia crescer em escala comercial e ser a solução para a fome no mundo.
O inicial interesse em Chlorella como uma fonte de alimento partiu, no período Pós-guerra, por parte do Japão
que possuía um sério problema naquela época: deficiência em alimento. Em 1951, a Fundação Rockefeller e o
governo japonês apoiaram os estudos do Dr. Hiroshi Tamiya no Instituto Biológico Tokugawa. Dr.Tamiya foi
um pioneiro no desenvolvendo da tecnologia de crescimento da Chlorella em larga escala. Em 1957, a
organização, chamada Japão Chlorella, fundou um Centro de pesquisa e a maior piscina de Chlorella do
mundo foi construída. Então, outra organização, Japão Chlorella Associações, foi estabelecida com a
Chuchu
Cidra
Cipó-chumbo
Cipreste
Citronela
Cocleária
Coentro
Cogumelo-do-sol
Confrei
Couve-flor
Couve
Cravo-da-índia
Damasco
Dente-de-leão
Embaúba
Ephedra
Equinácea
Erva Baleeira
Descrição
Cordia verbenacea, popularmente chamada de Erva baleeira é um arbusto perene, nativo de nosso país, pode
alcançar até 2 metros de altura e é encontrado em todo o litoral brasileiro, principalmente em Santa Catarina.
Popularmente, a Erva baleeira, que também é conhecida como Maria-preta, Maria-milagrosa, Catinga de
barão ou Pimenteira, é utilizada no tratamento da úlcera gástrica, artrite reumatóide e diversos processos
inflamatórios e infecciosos.
Uso popular
A Erva baleeira é utilizada há séculos pelas populações litorâneas como cicatrizante e antiinflamatória.
Trabalhos científicos
Nos anos de 1990 e 1991, o farmacologista Sertié, o bioquímico Sylvio Panizza, ambos da Universidade de
São Paulo, juntamente com uma equipe multidisciplinar, publicaram estudos sobre a ação antiinflamatória da
Erva baleeira.
Em 2004, pesquisadores Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de São Paulo, PUC-
Campinas e Universidade de Campinas em parceria com um importante Laboratório Farmacêutico,
finalizaram a pesquisa na qual o alfa-humuleno encontrado no óleo essencial foi identificado como ativo
responsável pelas propriedades terapêuticas desta planta.
Erva-benta
Planta encontrada em bosques e locais parcialmente sombreados, nas zonas temperadas do hemisfério norte,
mas que também cresce próximo aos muros e cercas, freqüentemente nas ruas das cidades - daí seu nome
urbanum. O nome do gênero Geum, que vem do grego “geno” (produzir uma fragrância agradável), foi dado
porque, quando colhida ainda fresca, a raiz exala um forte aroma de cravo-da-índia. A erva-benta ganhou
muitos nomes a partir do século 14. Era chamada de "A Erva Abençoada", pois se acreditava que a planta
tinha poderes protetores contra espíritos demoníacos e bestas e, por isso, era usada como amuleto. O Ortus
Sanitatis, um compêndio sobre plantas medicinais impresso em 1491, diz: "Na casa onde há esta raiz, Satã
nada pode e não se aproxima, porque está abençoada na presença desta erva, e se um homem carrega a raiz
consigo, nenhuma besta do mal pode machucá-lo". O nome original provavelmente era "Erva de São
Benedito", em alusão à lenda do respectivo santo. Essa lenda conta que, em certa ocasião, um monge
presenteou São Benedito com uma taça de vinho envenenado, mas quando o santo a abençoou, o veneno
evaporou com tal força que a taça partiu-se em pedaços, e o crime do monge foi, então, desmascarado. Por
extensão, nos tempos medievais, as folhas e a graciosa flor de cinco pétalas douradas simbolizavam a
Santíssima Trindade e as cinco chagas de Jesus Cristo. Alguns dos antigos médicos tinham uma
particularidade na coleta desta planta, feita na primavera: 25 de Março era a data correta para procurar estas
raízes (e era especificado que o solo deveria estar seco), pois neste dia a raiz estaria mais fragrante. O gosto de
sua raiz é adstringente, suavemente amargo e parecido com o cravo-da-índia. Por isso, seu sinônimo botânico
é Radix caryophyllata L., que significa “raiz de cravo-da-índia”. A raiz da planta é freqüentemente usada
como substituto do próprio cravo.
Outros Nomes Populares: cariofilada, erva-de-São-Bento, erva-santa, sanabunda, sanamunda.
Outros Idiomas: echte nelkenwurz, nelkenwurz (alemão), benedicta, cariofilada, cariofilata, flor de Sant
Benet, gariofilea, herba de Sant Benet, hierba de san Benito, sanamunda (espanhol), benoîte commune, herb
de St. Benoit (francês), avens, Benedict's herb, bennet, blessed herb, city avens, clove root, cloverroot,
colewort, european avens, geum, goldy star, goldy stone, herb bennet, star of the earth, way bennet, wild rye,
wood avens, yellow avens (inglês), ambretta, ambretta salvatica, erba benedetta (italiano).
Descrição Botânica: Planta herbácea, de ciclo perene, que chega a atingir meio metro de altura. Possui um
rizoma grosso e curto e de cor marrom escuro por fora e rosada ou vermelho-fogo por dentro. O caule é
ramificado e rico em folhas e flores amarelas que se desenvolvem no topo da haste. As folhas mais baixas do
caule são muito arredondadas, penadas e em forma de lira, com pecíolos longos. Porém, conforme se
aproximam do topo do caule, diminuem de tamanho e se tornam bipartidas e pontudas, com pecíolos mais
curtos. No início do verão, as flores amarelo-ouro surgem em cima da haste da planta. Elas têm cerca de um
Erva-cidreira
Erva-de-bicho
Erva-de-santa-maria
Erva-mate
Espinafre
Esponjeira
Estévia
Eucalipto
Falso-boldo
Feijão azuki
Feijão
Feno-grego
Figo-da-índia
Figo
Folha-da-fortuna
Framboesa
Fruta-do-conde
Fruta-pão
Fucus
Fumária
Funcho
Garcínia
Garra do Diabo
Gengibre selvagem
Gengibre
Gerânio-silvestre
Gerânio
Gergelim
Ginkgo
Ginseng-brasileiro
Ginseng
Girassol
Goma-arábica
Glucomanan
Propriedades
É uma fibra vegetal de alto peso molecular, quimicamente relacionada à celulose, obtida da raiz do
Konjac, Amorphophalus Konjac ( Araceae), usado como alimento no Japão e em partes da China.
Esta fibra é composta de várias unidades de glicose e manose, que absorve muitas vezes o seu
peso em água, formando um gel.
Indicações
-Tratamento adjuvante da obesidade por sua propriedade formadora de massa que proporciona a
sensação de plenitude gástrica;
-Forma também um revestimento em torno das partículas alimentares, que retarda o processo da
digestão;
-O glucomanan promove também uma redução nos níveis plasmáticos de colesterol e triglicerídeos;
-Por sua propriedade formadora de massa é usado também na obstipação crônica.
Grão-de-bico
Graviola
Grindélia
Groselha
Guabiroba
Guaco
Guaraná
Guiné
Gymnema
Habitat
Planta trepadeira, comum na Índia Central e Sul, no Oeste de Ghats e no território de Goa.
Parte Usada
Raiz, folhas e princípio ácido.
Constituintes
As folhas secas ao sol contém 2 resinas – a resina insolúvel em álcool em álcool, formando a maior
porção e a resina solúvel em álcool, que deixa uma leve sensação na garganta, não contém
nenhum tanino. Existe também em sua constituição, um princípio ativo alguminoso, neutro e
amargo, além de oxalato de cálcio, parabina, glucose, carboidratos, ácido tartarico, um ácido
orgânico chamado X(fórmula C32H5CO12), que viria a ser um glicosído e possuir propriedade anti
sacarínica, ácido gimênico 6% celulose e quercitol. O ácido gimnêmico quando purificada e
analisado, não foi encontrada nenhuma propriedade anti-sacarínica, a não ser por um glicosideo, a
substância X, conforme acima. Em preparações com diferentes frações das folhas, isolou-se o
ácido gimnêmico e preparou-se um sal de sódio para tratamentos farmacológicos e clínicos. Foram
isoladas, também, algumas enzimas e testada sua ação para hidrolisar açúcar.
Hamamélis
Hena
Hera
Herniária
Hipérico
Descrição /Composição
O extrato de Hypericum perforatum, também conhecido como Erva-de-São-João ou St. Johns Wort
;é uma planta da Família da Hipericaceae, nativa das regiões sub- tropical e temperada do mundo.
Os extratos de hipérico são padronizados em Hipericina e eles são preparados usando botões e
flores secas, que contém ao menos dez componentes de grupos que podem contribuir para os
efeitos farmacológicos.
O mais interessante inclui naphtodiantronas, hipericina e pseudohipericina, vários flavonóides
incluindo: quercetina, rutina; os floroglucinóis: hiperforina e adhiperforina, óleos essenciais e
xantonas.
Indicações
Hoje o mais importante uso dos extratos de hipérico é como antidepressivo Quadros de distúrbios
psicovegetativos (distúrbios psíquicos com efeitos sobre o estado físico), estados depressivos leves
e moderados, medo e/ou agitação emocional(ansiedade).
A hipericina atualmente,está sendo testada como um agente antiviral em pacientes aidéticos pois
mostra atividade contra retrovírus.
Precauções/ Interações
Uso na gravidez e lactação. Uma vez que até o presente momento não foi comprovada a
segurança do Hypericum perforatum em mulheres grávidas ou que amamentam, este produto não
deverá ser utilizado por gestantes e lactantes.
Na prescrição deste fitoterápico, deve-se atentar para a ocorrência de interações, principalmente
com quimioterápicos, pois alguns princípios ativos presentes no Hipérico provocam o
deslocamento destes quimioterápicos da ligação das proteínas plasmáticas , diminuindo , assim, a
sua biodisponibilidade e aumentando excreção.
Reações Adversas
É possível a ocorrência de fotossensibilização (sensibilidade aumentada da pele à luz solar),
particularmente em pessoas com a pele clara. Os efeitos colaterais mais freqüentes foram irritações
gastrintestinais (0,55%), reações alérgica (0, 52%), cansaço (0,40 %) e agitação (0,26%).
Posologia
Hipérico( Extrato Seco): 300-900mg/dia.
Hortelã-pimenta
Ilangue-ilangue
Inhame - selvagem
Insulina-vegetal
Iohimbina
Ipecacuanha-verdadeira
Isoflavonas de soja
Jaborandi
Jabuticaba
Jaca
Jambo
Jambolão
Jasmim
Jatobá
Jenipapo
Jiló
João-da-Costa
Jojoba
Juá
Jujuba
Jurubeba
Karitê
Kawa-kawa
Kiwi
Lágrima-de-nossa-senhora
Laranja
Lentilha
Limão
Lírio-branco
Lótus
Louro
Lúpulo
Maca
Maçã
Magnólia
Malva
Mamão-papaia
Mamona
Mandacaru
Mandioca
Manga
Mangaba
Manjericão
Manjerona
Maracujá
Marapuama
Marmelo
Melancia
Mirra
Morango
Mostarda branca
Nabo
Neem indiano
Ninféia
Noz-moscada
Oliva
Ora-pro-nobis
Orégano
Papiro
Papoula
Páprica
Patchuli
Pepino
Pêra
Pêssego
Pimenta-do-reino
Pistache
Pitanga
Poejo
Porangaba
Prímula
Psyllium
Fonte
Obtido das sementes de Plantago psyllium e Plantago arenaria ( Plantaginaceae)
Composição
As sementes são compostas por alcalóides (boschmaquina, plantagonina, indicainina), mucilagens
ácidas (xilose, ácido galacturônico, arabinose, ramnose), misturas de polissacarídeos, iridóides,
fitosteróis (b-sitosterol, campestrol), triterpenos, ácidos graxos, taninos e sais de potássio.
Ações terapêuticas
Tem ação laxativa mecânica suave, por aumento da emoliência das fezes. É usado na obstipação
crônica, hemorróida,gravidez,convalescença,pós operatório,senilidade,colites e diverticulites.
Dose
Segundo Formulário Médico Farmacêutico, usar Psyllium Pó: 10 a 30 g/dia, em doses divididas às
refeições e ao deitar.
Segundo Formulário de prescrição fitoterápica usar, Psyllium pó 5-20g dia.
Precauções
Quando misturados à líquidos deve ser ingerido imediatamente, pois o aumento de volume da
mucilagem deve ocorrer no intestino.
Quebra-pedra
Quiabo
Rabanete
Raiz-de-São-João
Romã
Rosa-mosqueta
Rosa-vermelha
Rúcula
Salsa
Sálvia
Sândalo
Sene
Spirulina
Suterlândia
Tomate
Tomilho
Trevo-doce
Tribullus
Classificação
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermae
Classe: Dicotiledônea
Ordem: Geraniales
Família: Zygophylaceae
Gênero: Tribulus
Espécie: Terrestris Linn
Sinonímia Botânica: Tribulus Languinosus Linn
Parte utilizada: Fruto Seco
Características
O Tribulus Terrestris é uma erva utilizada por centuriões na Europa e era chamada de “ puncture
yine”. Eles o usavam para o tratamento da impotência e como estimulante, aumento do libido e
performance sexual em homens e mulheres. O tribulus é a alternativa natural mais forte para a
sintetização de hormônios anabólicos. Não é um hormônio. Esse medicamento aumenta os níveis
de testosterona sem qualquer efeito tóxico. Como a testosterona promove a síntese de proteínas e
o balanço positivo de nitrogênio, os benefícios são o aumento das células dos músculos e
conseqüentemente da força do corpo, assim como uma rápida recuperação em casos de stress
muscular e recondicionamento dos músculos.
O Tribulus aumenta os níveis de testosterona em 30% ou mais em apenas 5 dias. O mecanismo
com que o Tribulus produz esse efeito é devido a simulação de produção da secreção do hormônio
LH ( hormônio luteinizante), produzido naturalmente pela glândula pituitária.
A planta cresce por toda a Índia, os arbustos florescem em solo preto muito irrigado em altitudes
acima de 3000 metros.
Indicações
Tuia
Unha-de-gato
Urtiga
Urucum
Uva-ursina
Uva
Valeriana
Valeriana L. é nome de um grande gênero de plantas herbáceas perenes da família das valerianáceas, nativas
da Europa e do norte da Ásia — porém vastamente distribuídas pelo planeta, portanto encontradiças também
nas Américas — que apresentam inflorescências perfumadas e raízes grossas com odor característico e forte,
das quais, adequadamente tratadas (maceradas, trituradas, dessecadas e acondicionadas), se preparam
medicamentos fitoterápicos de efeito ansiolítico, tranquilizante e até anticonvulsivante, classicamente
utilizados em medicina, por conterem drogas ou princípios ativos que lhes conferem tais propriedades —
medicamentos também chamados de valeriana.
Suas flores são brancas ou róseas, e seus frutos, aquênios (diminutos, secos, indeiscentes, providos de uma só
semente, que se acha inteiramente livre dentro do pericarpo fino), são realmente pequeníssimos.
Chama-se valeriana, por extensão, qualquer espécie ou espécime desse gênero, como, por exemplo, a
Valeriana comum, ou, simplesmente, Valeriana, ou — pelo nome científico — precisamente a Valeriana
officinalis.
Propriedades Farmacológicas:
A atividade de Valeriana se dá calmante, sedativa, ansiolítica, espasmolítica, relaxante e anti-ulcerogênica. O
principal efeito é reduzir o tempo de indução do sono.
Verbena
Violeta-tricolor
Violeta
Wasabi
Yam mexicano
O Yam Mexicano é uma planta trepadeira, perene, apresentando um rizoma marrom pálido, cilíndrico, torcido
e tuberoso e um fino tronco marrom avermelhado que pode medir até 12 metros de comprimento. As folhas
são largamente ovadas, geralmente, alternadas, cordadas, medindo de 6 a 14 centímetros de comprimento. A
face superior é glabra e a inferior pubescente. As flores são amarelo esverdeada, onde as masculinas estão
dispostas em panínculas curvadas e as femininas
racemos espículados curvados.
O emprego das plantas do gênero Dioscorea tem sido mencionado no livro Shen Nung Pent, datado de 25
a.C.. Estas espécies apresentam este nome em homenagem a Diocórides, sendo caracterizadas por apresentar
tubérculos os quais acumulam uma quantidade considerável de fécula, destinada à alimentação humana.
É oriundo de vários países de clima tropical, sendo muito abundante no México, onde de 1950 até os fins dos
anos 70 esta planta se constituiu como a única fonte de hormônios sexuais para a produção de pílulas
anticoncepcionais.
Nome Científico: Dioscorea villosa L. Sinonímia: Dioscorea quinata J.F.Gmel.: Dioscorea sativa Hort. ex
Lam.,; Dioscorea waltheri Desf.: Merione villosa Salisb.:
Nome popular: Yam mexicano, Inhame Selvagem, Cará, em português; Dioscorea, Barbasco,
Name Mexicano e Raiz Del Cólico, em espanhol; Igname Sauvage, na França, China Root, Colio
Root, Devil´s Bonés, Rhoumatism Root, Yuma e Wild Yam, em inglês.
Denominação Homeopática: Dioscoreaceae.
Parte utilizada: Raízes e rizomas.
Princípios Ativos
- Saponinas: dioscina, cuja aglicona é a diosgenina;
- Alcalóides: dioscorina; Taninos; Amido; Mucilagens;
- Sais Minerais: ferro, cálcio e fósforo; Carboidratos;
- Vitaminas: tiamina, riboflavina, niacina e ácido ascórbico; Sódio e Potássio; Beta caroteno;
- Hormônio: estrona.
Indicações e Ação Farmacológica
O Yam Mexicano é indicado em problemas reumáticos, cólicas biliares, dismenorréia e câimbras. É utilizado
também para a síntese de hormônios esteroidais e nas preparações homeopáticas, sendo usado nas cólicas
Zedoária
A bioenergia é o campo de atividades que experiencia a energia da vida, ou seja, a energia que mantém o ser
vivo com vida. É a energia vital. Nós a ativamos em nós com o ar que respiramos, com o contacto com a terra
que recarrega nossas energias, com a água que renova constantemente a vida e onde toda a vida começa, com
o movimento, com o alimento para o corpo e para a mente. Este é o campo bioenergético.
Estaremos tratando aqui, especificamente, de um método de diagnóstico das plantas medicinais, alimentos e
outras terapias para o uso das pessoas em determinadas situações de saúde.
Cada ser vivo possui sua energia própria. O bioenergético leva em conta esta energia e a utiliza em suas
avaliações do estado geral da saúde e das plantas que devem ser utilizadas para o restabelecimento de cada
organismo individualmente. Portanto é um método que permite personalizar os cuidados com a vida de cada
pessoa.
Assim como qualquer ser vivo e mesmo qualquer elemento da natureza possui sua energia própria, também o
ser humano é dotado de energia. E mais: é o único ser capaz de fazer uso, consciente, e canalizar a energia
cósmica para si ou para outros seres,em qualquer parte do planeta, beneficiando-se e aos outros, grandemente
com a mesma. O homem pode harmonizar o universo, trabalhando com a energia.
Em nosso corpo, cada órgão tem sua própria energia. Se estivermos bem, esta energia circula livremente de
um órgão para outro sem nenhum bloqueio. De acordo com a maior ou menor circulação da energia teremos
maior ou menor energia vital. Isto é, estaremos bem ou não.
A circulação da energia, em nosso corpo, se dá nesta ordem: do pulmão para o intestino grosso, para o
estômago, para baço-pâncreas, para o coração, para intestino delgado, para a bexiga, para os rins, para
circulação-sexo, para o tríplice aquecedor, para a vesícula biliar, para o fígado, para o pulmão e assim
sucessivamente. Desta forma, ativando um órgão, estaremos ativando energeticamente outro órgão. Se
tomarmos, por hábito, energizarmos todo o corpo a cada manhã, certamente experimentaremos uma boa
mudança em nossa vida.
É muito importante que a nossa energia vital circule livremente sem nenhum bloqueio. Desta forma teremos
boa energia vital. Isto é imprescindível para nosso bem estar.
Há muitas maneiras de ativar a energia. Caso não nos sentirmos bem, é recomendável fazer algum exercício,
entrando em contacto com a natureza: terra, água, florestas, montanhas, bosques ou, simplesmente respirando
profunda e suavemente.
Seguir uma dieta natural e frugal, com predominância de alimentos crus tomando bastante líquido até sentir
voltar a vitalidade. Energizar-se, friccionando as mãos e o corpo. Desenvolver o pensamento e atitudes
positivas em relação à vida. Tudo isto ativa nossa energia.
Falamos que nossa energia circula de um órgão para outro. Mas como avaliar a circulação desta energia ou
seus bloqueios?
É muito simples. Mas antes vamos falar do Dr. Yoshiaki Omura. Foi ele que criou este método, baseado nos
conhecimentos da medicina oriental. Na verdade é um teste neuromuscular de cinesiologia aplicada, que leva
em conta o grau de energia vital do organismo.
Omura estabeleceu os princípios do que chamou de “O Ring Test”, entre 1976 à 1978. É o teste de romper o
anel. Para avaliar o estado de saúde de um ser vivo, Omura estabeleceu três momentos:
- verificar em que órgãos a energia está bloqueada;
- encontrar a causa deste bloqueio, e,
- obter a resposta, do organismo em questão, sobre o que ele necessita para desbloquear-se e assim levantar a
energia vital, possibilitando o restabelecimento da saúde plena.
A origem do método
Tendo estabelecido os princípios do método Omura passou a fazer uso do mesmo em sua clínica em Nova
York. Durante dez anos fez experiências com o “O Ring Test”, confirmando com exames laboratoriais.
Decorrido este período, divulgou para amigos médicos e dentistas.
Em 1990 Dr. Áton Inoue, da Nicarágua, tomou conhecimento da descoberta de Omura. Passou a fazer
experiências em sua clínica em Léon - Nicarágua. Durante dois anos também fez exames pelo “O Ring Test”
comparando-os com exames de laboratório. Percebendo sua eficácia e simplicidade, decide divulgar o
método, porém para lideranças comunitárias.
Reúne em sua clínica, um grupo de populares aos quais passa a ensinar não só o método, mas sobretudo,
terapias naturais que as pessoas podem aprender e fazer em suas casas, sem depender de hospitais e médicos.
Na ocasião P. Renato Barth se encontrava na Nicarágua e aprendeu com Áton. Percebendo seu grande valor
resolveu então divulgar no Brasil. Isto ocorreu em outubro de 1993. Enquanto isto Omura registra a patente de
seu invento. Este fato leva o grupo de Dr. Áton a trocar a denominação “O Ring Test” para Método
Bioenergético, dando-lhe a característica popular, com uso exclusivo de terapias naturais, acrescido da
urinoterapia como elemento totalmente novo e dando especial atenção às dietas e ao jejum.
Em junho de 1994 o grupo de Cuiabá toma a iniciativa de chamar os demais grupos do Brasil para um
encontro. O mesmo ocorreu em fevereiro de 1995. Reuniram-se 38 pessoas das quais apenas duas de Manaus
e os demais todos do Mato Grosso. Em 1996 realizou-se o primeiro encontro Nacional do Bioenergético com
a participação de 109 representantes dos grupos já existentes no Brasil. Dr. Áton também se fez presente na
ocasião.
No ano seguinte, aos 07/03/97 criou-se a ABRASP - Associação Brasileira de Saúde Popular e, em 2001
decidiu-se pela criação de entidades estaduais autônomas, porém, ligadas pelos mesmos princípios. Hoje
contamos com Entidades Estaduais do Bioenergético em S.Paulo, Bahia, Paraná, Sul (SC e RS), Mato Grosso
do Sul, Mato Grosso, Goiás e Pará.
O Bioenergético como método de avaliação do estado de saúde Um bom método de avaliação é meio caminho
andado. Isto aliado ao conhecimento de terapias naturais e a maneira do organismo reagir frente às mesmas,
nos abre caminho para a possibilidade de uma vida saudável, independente de estruturas hospitalares. O
método bioenergético é um método seguro de
avaliação, desde que se observem alguns pré-requisitos:
1º O praticante deve ter um bom conhecimento de
anatomia e fisiologia para conhecer os pontos do
exame, bem como o funcionamento do organismo;
2º ter conhecimento da energia e do como ela age e
reage no organismo;
3º conhecer os princípios básicos da energia e exercitar-
se energeticamente;
4º treinar com os dedos para ter domínio para ter
domínio do campo energético;
5º estar aberto a mudança de hábitos de vida, ao estudo
e a novas experiências ;
6º fazer parceria com um companheiro ( a) com o (a) qual estabelece uma sintonia energética, possibilitando
segurança nos testes.
O bioenergético é um método de avaliação da energia vital de um organismo vivo. Por ele é possível fazer
indicações terapêuticas personalizadas. É um método que possibilita prevenir problemas de saúde e/ou tratar
as pessoas, animais e plantas de acordo com as necessidades fundamentais do organismo em questão, sem
exercer nenhuma agressão, pois permite agir sobre o corpo desbloqueando as energias e assim possibilitando
que o mesmo reaja, naturalmente e recupere a saúde e o bem estar. Em síntese, o bioenergético possibilita
uma nova visão e uma nova consciência em relação a si, à sociedade e ao meio ambiente. Abre novas
possibilidades diante da vida. Traz novas perspectivas e muita esperança de vida e de um mundo um pouco
melhor. Este método veio para revolucionar a vida das pessoas em nossa sociedade mostrando outros valores
e outros caminhos para uma vida saudável.
Apiterapia é a utilização de produtos derivados das abelhas para tratamento terapêutico. Nestes casos, são
utilizados o mel, o pólen, a geléia real e as apitoxinas das picadas das abelhas. De acordo com seus adeptos,
esta prática pode curar doenças do aparelho respiratório, cardiovascular, genitourinário e gastrintestinal,
doenças de ordem neurológica e dermatológicas, como a celulite, entre outras.. Substancias extraídas da Apis
melifera são também utilizadas em preparados da homeopatia inclusive com o próprio corpo da abelha.
Denomina-se toxinologia o ramo da toxicologia que estuda as propriedades dos venenos animais tanto para o
tratamento de envenenamentos como para aplicação terapêutica de seus componentes moleculares. Exemplos
podem ser encontrados no estudo dos anuros (ver: Vacina do sapo; das serpentes a exemplo da jararaca
(Bothrops) se derivou o medicamento Captopril (Capoten) produzido pela Bristol Meyrs) e mais recentemente
do monstro de gila (Heloderma) de cuja saliva desenvolveu-se um remédio para diabetes.
A origem da apiterapia moderna remonta ao século XIX, onde o médico austríaco Philip Terc, portador de
reumatismo, foi atacado por uma série de abelhas. Depois do ataque, começou a perceber que suas fortes
dores começaram a desaparecer. A partir de então, começou a estudar o mundo das abelhas
MEL
Mel é um alimento, geralmente encontrado em estado líquido viscoso e açucarado, que é produzido pelas
abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos, sendo
armazenado em favos em suas colmeias para servir-lhes de alimento durante o inverno.
Existem dezenas de variedades de mel de abelhas e marimbondos que podemos obter: segundo a floração, os
terrenos de obtenção ou ainda segundo as técnicas de preparação. Dessa forma variam em cor, aroma e sabor.
Diferenciam-se, assim, na cor, indo do branco incolor, amarelo ao castanho principalmente.
Outra característica marcante em alguns méis é a consistência líquida ou endurecida que poderá apresentar
quando armazenado em recipiente, sendo de igual qualidade sob esse aspecto.
No que diz respeito ao néctar, pode provir de uma única flor (mel monofloral) ou de várias (mel plurifloral).
Certamente não há mel rigorosamente monofloral, entretanto a presença de outro néctar em pequena
quantidade não influi apreciavelmente no seu aroma, cor e sabor.
É importante salientar que, a despeito de o mel utilizado atualmente em maior escala na alimentação humana
provir da produção das abelhas melíferas, existem outros insetos que também o produzem em menor
quantidade e não são explorados economicamente.
Além de ser utilizado como adoçante, o mel sempre foi reconhecido devido às suas propriedades terapêuticas.
De um modo geral, o mel é constituído, na sua maior parte (cerca de 75%), por hidratos de carbono,
nomeadamente por açúcares simples (glicose e frutose). O mel é também composto por água (cerca de 20%),
por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos
aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido acético, ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do
complexo B, por vitamina C, D e E. O mel possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonóides e
fenólicos).
Os vários tipos de mel variam em função das plantas de onde é extraído o néctar e, também, de acordo com a
localização geográfica dessas plantas e os tipos das abelhas produtoras. Por esta razão, o mel pode apresentar
consistências e cores diferentes. Devido ao seu teor de açúcares simples, de assimilação rápida, o mel é
altamente calórico (cerca de 3,4 kcal/g), pelo que é útil como fonte de energia.
O mel é também usado externamente devido às suas propriedades antimicrobianas e anti-sépticas. Assim, o
mel ajuda a cicatrizar e a prevenir infecções em feridas ou queimaduras superficiais. O mel é também
utilizado largamente na cosmética (cremes, máscaras de limpeza facial, tônicos, etc.) devido às suas
qualidades adstringentes e suavizantes.
Juntamente com o mel, as abelhas produzem outros importantes produtos a saber a cera, a geleia real, e
Própolis.
Própolis é obtida pelas abelhas a partir de resinas retiradas principalmente de secreções de árvores, quando
destas se quebra algum galho. Dessa forma a árvore se protege com um produto natural com poder bactericida
e a abelha reprocessa essa seiva originando a Própolis. Esta é utilizada pelas abelhas para duas finalidades
principais: vedar a colmeia de maneira a não entrar água, vento ou outro animal; e serve também para
mumificar outros insetos que penetrem na colmeia e são eventualmente mortos. A Própolis é bastante útil ao
PRÓPOLIS
Própolis é uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da coleta de resinas da flora (pasto apícola)
da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A cor, sabor e o aroma da própolis variam
de acordo com sua origem botânica.
A palavra "propolis" vem do grego: ["pro"=em favor de] + ["polis"=cidade], isto é, para o bem, em defesa da
cidade, no caso, a colmeia. Escreve-se O ou A Própole.
Os gregos chamavam própolis às portas de uma cidade, voz tomada pelo prefixo ‘pro-‘ e ‘polis’ (cidade).
Mais tarde, Plínio empregou esta palavra em latim para dar nome à cera – extraída da polpa das árvores – com
a qual as abelhas recobrem a entrada de suas colméias a fim de protegê-las contra fungos e bactérias.
As propriedades antibióticas e fungicidas desta substância, que em nossa língua se chama própole, eram
conhecidas desde a mais remota antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e romanos,
assim como por algumas culturas sul americanas.
Própolis, ou própole, está vinculada através de ‘polis’ com muitas outras palavras da nossa língua, tais como
político (relativo à cidade)e metrópole (cidade principal).‘Polis’ provém do sânscrito ‘pur’ (cidade
fortificada), que se encontra no nome de Singapura (cidade dos leões).
Sua composição é de 55% resinas vegetais; 30% cera de abelhas; 8 a 10% de óleos essenciais; e 5% de pólen
aproximadamente.
A diferença entre os tipos de própolis está vinculada à sua origem botânica e à espécie de abelha que a
produziu. A própolis verde do Brasil está associada a planta Baccharis dracunculifolia, conhecida também
como alecrim-do-campo, onde é nativo.
Dos mais de 200 compostos químicos já identificados na própolis, entre os principais compostos ativos
podemos citar os compostos flavonóides, ácidos aromáticos, terpenóides, aldeídos, álcoois, ácidos alifáticos e
ésteres, aminoácidos, esteróides, açúcares, etc.
É utilizada pelas abelhas de diversas formas:
• Para proteger a colmeia de intrusos e do frio, mantendo a temperatura ideal para suas crias, fechando
frestas e diminuindo o tamanho da entrada;
• Para desinfetar o interior da colmeia e os alvéolos onde a abelha rainha faz a postura dos ovos;
• Quando um intruso é abatido e não pode ser retirado do interior da colmeia, as abelhas cobrem o
intruso com propolis, evitando que sua putrefação contamine o ninho.
Foi recentemente mostrado que as albelhas poderam sobreviver mais longo quando tinha usado a propolis
para selar as fendas da colmei. Isso é provavelmente porque a propolis, feito de 50 % resina, conte bastante
moléculas com funcaos antibióticos
A própolis possui diversas propriedades biológicas e terapêuticas.
Desde a Antigüidade a própolis já era utilizada como medicamento popular no tratamento de feridas e
infecções. As histórias das medicinas das civilizações Chinesa, Tibetana, Egípcia e também a Greco-Romana
são ricas, todas contendo em seus escritos antigos centenas de receitas onde entram principalmente mel,
própolis, larvas de abelhas e às vezes as próprias abelhas, para curar ou prevenir enfermidades. A própolis é
conhecida como um poderoso antibiótico natural.
Hoje a própolis é utilizada com maior freqüência na prevenção e tratamento de feridas e infecções da via oral,
também como antimicótico e cicatrizante. Estudos mais recentes indicam eficiente ação de alguns de seus
compostos ativos com ação imuno-estimulante e antitumoral.
PÓLEN
O pólen (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das
angiospermas (ou pelas pinhas masculinas das gimnospérmas), que são os elementos reprodutores masculinos
ou microgametófitos, onde se encontram os gâmetas que vão fecundar os óvulos, que posteriormente irão se
transformar em sementes.São sementes de pólén em conjunto produtivos.
CERA DE ABELHAS
É uma substância secretada pelas abelhas operárias entre 14 a 18 dias de vida adulta, através de quatro pares
de glândulas gordurosas ou cerígenas, localizadas na parte inferior do abdômen.
Para as abelhas, a principal utilidade é a construção dos favos que são feitos de cera. É composta por diversas
substâncias, todas obtidas do mel que as abelhas consomem para a sua produção. Sua densidade é de 0,960 a
0,972, com ponto de fusão entre 61 a 65º C.
A coloração é variável do branco, amarelo ao escuro pela contaminação do pólen encontrado no mel, além de
partículas de própolis.
Tem aplicação na indústria, como impermeabilizante, fabricação de vela, produção de cosméticos e outros.
O ferrão das abelhas condutor do veneno é a única arma de defesa das abelhas contra seus inimigos, e que em
grandes quantidades, é fatal ao homem.
O veneno em grande quantidade mata, mas em pequenas doses também cura.
É formado por várias substâncias biológicas, responsáveis pelos diferentes efeitos no organismo do homem e
dos animais. É um liquido transparente, com sabor amargo e acre e odor ácido.
GELÉIA REAL
Geléiar eal é a secreção produzida pelas glândulas hipofaríngeas das jovens abelhas operárias, durante um
breve periodo de suas vidas. A continuidade é obtida pela produção das novas jovens operárias da colméia. A
rainha dessa maneira sempre deverá produzir ovos.
Os demais indivíduos da colônia, operária e zangão, recebem alimentação com Geléia Real apenas nos três
dias de vida larval, reduzindo sensivelmente a sua longevidade, como por exemplo: a rainha pode chegar até
cinco anos de vida. A operária vive entre 38 a 42 dias no período de trabalho. O zangão vive entre 60 a 80
dias, ou na dependência de um vôo de fecundação, quando também perde a vida.
Resumindo a Geléia Real é um superalimento, com excelentes efeitos no organismo humano, sem qualquer
contra indicação.
Também misturado com mel. Também tem um efeito antioxidante.
LACTOBACILOS PROBIÓTICOS
Probióticos são suplementos alimentares microbianos vivos que apresentam efeitos benéficos para um
hospedeiro quando ingeridos por este, promovendo o equilíbrio microbiano intestinal . Os probióticos
compreendem basicamente o grupo das bactérias ácido lácticas (lactobacilos, bifidobactérias e estreptococus
em menor funcionalidade) que fermentam o açúcar, produzindo ácido láctico como principal produto do
metabolismo. As principais cepas são: Lactobacillus casei, Lactobacillus bulgaricus e Lactobacillus
acidophilus; dentre outros . Vale lembrar que alguns lactobacillus são hospedeiros habituais do intestino
humano e de animais e não possuem nenhuma toxicidade, confirmado não só por múltiplos estudos clínicos,
mas também pela farmacovigilância Para que um microorganismo possa ser usado como probiótico, ele deve
ser capaz de expressar suas atividades benéficas no corpo do hospedeiro, resistindo ao trato digestório (aos
ácidos clorídrico e biliar e às enzimas pancreáticas) e ter boa adesividade às células do intestino, colonizando-
o.
. Além disso, prorroga-se que eles devem ter ausência de translocação e produção de substância
antimicrobianas contra bactérias patogênicas . Outra consideração é que seja habitante normal da microbiota
intestinal; porém,
algumas cepas que não fazem parte da composição normal do trato intestinal, podem vir a ser catalogadas
como probióticos, como por exemplo, o Lactobacillus bulgaricus, pois estas bactérias não colonizam o trato
gastrointestinal, apenas produzem efeito benéfico sobre o balanço da microbiota..
A fermentação láctica promovida pelos lactobacilos promove incremento nos teores de vitaminas B6 e B12 e
um aumento de vitamina C, ácido fólico e de colina. Este procedimento apresenta também uma melhora na
digestibilidade de proteínas e gorduras, e melhora a utilização de alguns cátions no metabolismo humano;
além de sintetizar vitamina K e auxiliar no metabolismo de xenobióticos. De forma geral, os probióticos
atuam amenizando alguns processos patológicos como a diarréia (principalmente causada por rotavírus e
antibioticoterapia, e fundamentalmente em crianças não amamentadas ao peito), processos alérgicos e, mais
recentemente, aponta-se sua influência na melhora da resposta imunológica no ser humano.
Na imunidade, o uso de probióticos pode melhorar a composição da microbiota intestinal e, assim, aumentar e
manter a barreira imunológica local, amenizando as respostas inflamatórias. Estudos indicam que os
probióticos
têm efeito imunomodulatório e podem ser eficazes nas disfunções gastrointestinais e nos processos alérgicos
inflamatórios. O efeito terapêutico dos probióticos contra viroses intestinais demonstra sua ação mediante o
estímulo do tecido linfóide associado ao intestino aumentando a resposta humoral .
Deve-se atentar também que o amplo alcance do efeito sobre o sistema imune mostrado pelas bactérias ácido
lácticas pode se dar devido ao aumento da função fagocitária, bem como ao aumento de neutrófilos,
macrófagos e monócitos .
Há indicação na literatura do uso da terapia com probióticos para amenizar os efeitos do tratamento dos
antiretrovirais e demais intercorrências ocasionadas por vírus/bactérias oportunistas, pois estes, na grande
maioria dos casos, melhoram a flora intestinal e reprimem o crescimento e a colonização de bactérias
patogênicas . Já no caso de doenças inflamatórias crônicas do intestino, discute-se que a etiologia patológica
da doença de Crohn e colite ulcerativa para a qual não existe, até o momento, uma terapia especifica, parece
também estar ligada a alterações da microbiota intestinal . Isto põe o uso racional dos probióticos
como coadjuvante na terapia de tal patologia . Estudos preliminares indicam como a administração dos
probióticos pode ser eficaz na terapia de manutenção em pacientes com colite ulcerativa . Os probióticos
também são utilizados na prevenção e tratamento de casos de intolerância à Lactose e a outros dissacáridos,
devido à atividade lactásica das bactérias .
Já em dislipidemias e hipertensão arterial, vários estudos clínicos apresentam como resultado de utilização dos
probióticos reduções significativas dos níveis de colesterol total pela diminuição do colesterol LDL, enquanto
os níveis de colesterol HDL aumentam ligeiramente. O efeito hipocolesterolemiante de probióticos
bifidobactérias resulta da diminuição da absorção e do transporte do colesterol alimentar para o fígado via
quilomicras e, por outro lado, pela desconjunção dos sais biliares com menor absorção do colesterol pelo
intestino. A niacina formada por probióticos bifidobactérias reduz o fluxo de ácidos gordos livres que ao
diminuir a biosíntese da lipoproteína VLDL contribui para a redução dos níveis plasmáticos dos triglicéridos.
DESCRIÇÃO
O Lactobacillus acidophilus é o probiótico mais utilizado. Essas bactérias saudáveis normalmente habitam os
intestinos e a vagina, proporcionando proteção contra a entrada e proliferação de microorganismos
patogênicos .
PROPRIEDADES
Presente na parede do intestino delgado, na parede da vagina, no cérvix e na uretra, o Lactobacillus
acidophilus possui ação antimicrobiana comprovada contra Staphylococcus aureus, Salmonella, C. albicans,
Escherichia coli, Clostridium e Klebsiella.
Isto é conseguido através de uma variedade de mecanismos. Por exemplo, a quebra dos alimentos pelo L.
acidophilus leva a produção de ácido lático, peróxido de hidrogênio e outros subprodutos que tornam o
ambiente
hostil para microorganismos indesejáveis .
L. acidophilus produz a enzima lactase em grande quantidade. Essa enzima fraciona as moléculas do açúcar
presente no leite (lactose) em açucares mais simples que podem ser facilmente digeridos. As pessoas com
intolerância à lactose não produzem essa enzima, e podem se beneficiar do uso de suplementos de L.
acidophilus.
L. acidophilus e outras bactérias benéficas são resistentes aos ácidos e à bílis. São, portanto, capazes de
sobreviver ao trânsito através do trato gastrintestinal após serem ingeridos . Estudos com humanos e com
animais mostraram os benefícios diretos do consumo regular de L. acidophilus e outras bactérias benéficas
sobre a função do sistema imune. No geral as bactérias probióticas tendem a resultar em capacidade
aprimorada do sistema imune em reconhecer e destruir organismos invasores .
Estudos epidemiológicos apóiam a possibilidade de que o consumo de lactobacilos probióticos exerça um
papel na prevenção do câncer de cólon. Estudos in vitro demonstraram que o L. acidophilus pode reduzir o
potencial
causador de câncer (atividade mutagênica) de vários carcinógenos, possivelmente devido à interação direta
entre os carcinógenos e a bactéria . Foi demonstrado que o consumo de Lactobacillus acidophilus reduz os
níveis de enzimas causadoras de câncer no trato digestivo, o que apóia a possibilidade de que este e outras
bactérias benéficas possam de fato ter um papel na prevenção do câncer de cólon .
TRATAMENTO DE CANDIDÍASE
Constatou-se que a aplicação de Lactobacillus acidophilus inibe cepas de Candida albicans, in vitro. Além de
produzir o peróxido de hidrogênio, que por si só é tóxico para as cepas de C. albicans e outros, L. acidophillus
aconverte o tiocianato de sódio em hipotiocianato, que é ainda mais eficaz contra as mesmas . Além disso,
produz o ácido lático, que acidifica a vagina e os intestinos, protegendo contra infecções por leveduras e
agindo como um antibiótico.
Em um estudo, quando comparado com os resultados de pacientes recebendo placebo, mulheres tratadas com
supositórios contendo L. acidophilus tiveram apenas metade do risco de sofrerem um episódio de vaginite por
C. albicans, esse bom resultado foi praticamente o mesmo obtido com o uso do Clotrimazol. A ingestão diária
de L. acidophilus reduziu a colonização e a infecção provocada por C. albicans .
COLESTEROL
Estudo pré-clínico avaliou os efeitos de lactobacilos na redução do colesterol. A suplementação com leite
fermentado com L. acidophilus reduziu os níveis de colesterol séricos e totais no fígado em 30,1% e 13,4%,
respectivamente, mostrando atividade hipocolesterolêmica . A suplementação com L. acidophilus
significantemente inibiu o aumento dos níveis séricos de colesterol em ratos que receberam também uma dieta
rica em lipídeos. Ao mesmo tempo, os níveis séricos de HDL-C (o colesterol benéfico) foram maiores que no
grupo de controle. O estudo sugere que o aumento nos níveis séricos de colesterol em ratos pode ser inibido e
a
arteriosclerose pode ser prevenida pela suplementação de L. acidophilus .
DIARRÉIA
Um estudo duplo-cego controlado por placebo avaliou a eficácia de uma suplementação de zinco e bactérias
probióticas no tratamento de gastrenterite aguda em 65 bebês de 6-12 meses de idade. Eles receberam 2 x
10(9) UFC de Streptococcus thermophilus, 2 x 10(9) UFC de Bifidobacterium lactis, 2 x 10(9) UFC de
Lactobacillus acidophilus, 10mg de Zinco e 0,3g de FOS (frutooligossacarídeos) ao dia, em cereal de arroz e
proteína de soja, ou somente o cereal no grupo de controle. O término da diarréia ocorreu após 1,43 +/- 0,71
dias no grupo que recebeu os probióticos, e em 1,96 +/- 1,24 no grupo de controle. Nas crianças que
apresentavam vômitos, essa condição cessou em 0,27 +/- 0,59 versus 0,81 +/- 0,91 dias nos grupos
suplementados e de controle, respectivamente. A suplementação reduziu a severidade e duração de
gastrenterite aguda em crianças.
OUTROS ESTUDOS
Um estudo apresentou a primeira evidência de defeito na função das células T em atletas fatigados, e sua
reversão após terapia com probióticos. Os atletas receberam cápsulas de L. acidophilus por um mês. A
secreção de gama interferon de células T aumentou significantemente até os níveis encontrados em atletas
saudáveis. Estudo mostrou que a suplementação de probióticos parece reduzir a translocação bacterial e a
atrofia da mucosa intestinal em ratos com dano termal .
INDICAÇÕES
˜ Para repovoar e fixar a flora intestinal e vaginal destruída por antibióticos ou doenças;
˜ Para auxiliar a digestão e suprimir bactérias causadoras de doenças ;
˜ Na prevenção e tratamento de diarréias, inclusive por rotavírus ;
˜ No alívio da síndrome do intestino irritável, doença de Crohn e colite ulcerativa;
˜ Prevenindo ou reduzindo a ocorrência de infecções vaginais uretrais e da bexiga causadas por leveduras
patogênicas, incluindo Candida albicans;
˜ Para facilitar a síntese de ácidos graxos de cadeia curta ;
˜ Para facilitar o aumento da absorção de minerais;
˜ Para a síntese de vitaminas, principalmente do complexo B e vitamina K ;
˜ Na redução dos níveis de colesterol;
EFEITOS ADVERSOS
Suaves transtornos gástricos podem ocorrer em alguns indivíduos (não sob terapia com antibióticos) que
estejam fazendo uso de mais que 1 a 2 bilhões de células de L. acidophilus ao dia .
POSOLOGIA
Na prevenção e tratamento da diarréia, a dose usual é de 1 a 2 bilhões de UFC ao dia. Para a manutenção da
flora intestinal normal a dose usual é de 1 a 10 bilhões de UFC ao dia . Utilizam-se concentrações de 200
milhões de
Lactobacillus acidophilus por supositório vaginal. Esses supositórios devem ser usados na hora de dormir,
mas também podem ser 4 usados duas vezes ao dia.
BIFIDOBACTERIUM BIFIDUM
DESCRIÇÃO
Bifidobacterium Bifidum é uma bactéria probiótica que foi originalmente isolada no trato intestinal de seres
humanos . É um habitante específico do intestino grosso (especialmente no cólon), onde pode ser encontrado
em altas concentrações. O Bifidobacterium bifidum é um dos probióticos presentes na flora intestinal de
crianças, ao lado de outras bifidobactérias como B. longum e B. pseudocatenulatum . Várias espécies de
bifidobactérias, entre elas Bifidobacterium bifidum, B. longum, B. adolescentis, B. animalis (lactis), B.
angulatum e B. pseudocatenulatum colonizam simultaneamente o trato gastrintestinal de adultos saudáveis .
Os pesquisadores japoneses consideram Bifidobacterium bifidum como a bactéria benéfica mais importante
para a saúde humana .
PROPRIEDADES
B. bifidum faz parte da microbiota benéfica que produz ácidos (Lático e Acético) para baixar o pH do intestino
grosso e retardar a colonização de bactérias putrefativas indesejáveis tais como E. coli, Clostridium e
Salmonella, além das leveduras.
B. bifidum inibe a proliferação de bactérias que podem alterar os nitratos, transformando-os nos
potencialmente danosos nitritos. As cepas de B. bifidum ajudam o funcionamento saudável da função
hepática, além de promoverem a síntese de vitaminas do complexo B e ajudarem a assegurar a regularidade
dos movimentos peristálticos do intestino .
Cepas dessa espécie têm sido usadas na produção de alimentos contendo bifidobactérias, tais como leites
fermentados, e em preparações terapêuticas para o tratamento de vários distúrbios digestivos em crianças (26).
Bifidobacterium bifidum ajuda a absorção vários minerais, principalmente o cálcio, além de diversas
vitaminas, principalmente as do complexo B. Também ajuda o organismo a eliminar os resíduos digestivos de
alimentos não totalmente digeridos.
Por evitar o crescimento de bactérias indesejáveis, o Bifidobacteriumbifidum evita a passagem de amônia para
a corrente sangüínea, onde a mesma teria que ser metabolizada e desintoxicada pelo fígado, evitando assim
uma provável sobrecarga do órgão.
ESTUDOS CIENTÍFICOS
Pesquisadores observaram que há uma prevalêcia de desordens da microbiota intestinal observada em adultos
e crianças com diferentes patologias, por exemplo, doenças crônicas do trato gastrintestinal, infecções
intestinais agudas, infecções virais respiratórias agudas, pneumonia, bem como certas doenças nefrológicas,
ginecológicas e cirúrgicas. A deficiência de bifidobactérias é o elo mais frequente em patologias da
microbiota intestinal. Os efeitos da suplementação de probióticos compreendendo Lactobacillus acidophilus e
B. bifidum na microbiota intestinal, em resposta à terapia com antibióticos, foram estudados. Neste estudo:
• Nos casos de enterocolite ;
• Nos casos de constipação ;
• Como coadjuvante nos casos de cirrose hepática ;
• Nos casos de desequilíbrio da flora intestinal após terapia com antibióticos;
PRECAUÇÕES
Não constam casos conhecidos de interações ou questões de segurança em associação com o uso de
Bifidobacterium bifidum nas dosagens normais, porém, deve ser usada cautela nos casos severos de problemas
hepáticos ou renais .
POSOLOGIA
A dose usual é de 2,5 a 7,5 bilhões de UFC ao dia em doses fracionadas.
LACTOBACILLUS BULGARICUS
Um de seus usos é no tratamento de diarréia causada por antibioticoterapia.
CONTRA-INDICAÇÕES
Em casos de alergia ao Lactobacillus casei rhamnosus .
GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
O uso deste microorganismo não é aconselhável durante a gravidez ou aleitamento, salvo indicação médica
contrária .
POSOLOGIA
Deve ser administrado diariamente, podendo ser veiculado em cápsulas, com água, sumos e alimentos.
Complementar este tratamento com bebidas açucaradas e caldos salgados para compensar as perdas em
líquido devidas á diarreia .
Não há necessidade de ajuste posológico nas crianças, idosos e insuficientes renais ou hepáticos.
A duração média do tratamento com Lactobacillus casei rhamnosus, na situação de prevenção das diarréias,
dura até ao final do tratamento do antibiótico. No caso de tratamento sintomático das diarreias pode ser
utilizado
até ao desaparecimento de sintomas.
LACTOBACILLUS RHAMNOSUS
Suplementos probióticos contendo, dentre outros, Lactobacillus rhamnosus, é usado na de prevenção de
candidíase vulvovaginal em pacientes mulheres que usam antibióticos. Esses lactobacillus, com esta
finaldidade,
podem ser encontrados em suplementos orais e intravaginais .
Estudos indicam também que o uso deste lactobacilo como coadjuvante no tratamento da diarréia diminui o
período diarréico.
No eczema tópico, a administração oral de Lactobacillus rhamnosus é benéfica no gerenciamento de
dermatites atópicas. O efeito preventivo de probióticos nestas condições pode estender além da infância .
O Levedo de Cerveja tem muitas funções no organismo, mediadas por seus componentes, que são muitas
vitaminas e aminoácidos essenciais para o corpo humano.
A levedura de cerveja é rica em proteínas (45 a 50%) muito digeríveis, possuindo todos os aminoácidos
indispensáveis à vida (histidina, arginina, lisina, triptofano, alanina, leucina, isoleucina, cistina, cistaína,
glicina, ácido aspártico, ácido glutâmico, fenilalanina, treonina, metionina, tirosina, valina, prolina, serina,
etc), glúcidos, auxonas (complexo T), vitaminas (sobretudo do grupo B) e minerais (principalmente fósforo,
ferro 3, potássio, cálcio, magnésio, silício, cobre, zinco, selénio, crómio, alumínio). Possui, igualmente, em
quantidades consideráveis, lípidos (5 a 20%: estearina, palmitina, ácido aracínico), lecitinas, numerosos
esteróis (os principais: ergosterol 4 e zimosterol), enzimas ou diástases (zimases, invertina, maltase,
fosfatases, etc).
No que concerne ao teor vitamínico, é considerada a maior e melhor fonte conhecida. Como já dissemos, é
riquíssima em complexo B, fator essencial da respiração e nutrição celulares e, assim, da manutenção do
equilíbrio orgânico. Vale a pena, pois, determo-nos no seu quadro de vitaminas e factores vitamínicos:
• B1 (aneurina ou tiamina) – protectora e equilibrante do sistema nervoso e de enorme importância no
metabolismo dos glúcidos (registam-se 8 a 15mg por 100gr de levedura).
• B2 (riboflavina ou lactoflavina) – factor de crescimento, favorece a respiração celular e regenera a
microbiota intestinal (3,5 a 8mg).
• B5 (ácido pantoténico) – de grande valia para o fígado, os epitélios, as mucosas respiratórias e digestivas
(útil nas alergias). A carência produz dificuldades na atenção e na concentração mental, dores de cabeça,
transtornos do sono, cãibras musculares e baixo rendimento energético geral. Ajuda a promover o crescimento
e a pigmentação dos cabelos, e a cicatrização das feridas, sobretudo no campo da cirurgia (12 a 25mg, 8 vezes
mais do que igual conteúdo de cereais).
• B6 (adermina ou piridoxina) – factor de crescimento, estimulante muscular, favorece a formação de glóbulos
vermelhos, protege a pele. Intervém na função adreno-cortical e no metabolismo do enxofre e das purinas. É
antagónica à histamina, sendo, por isso, útil nas doenças alérgicas (3 a 10mg, 10 vezes mais do que em igual
conteúdo de carne).
• B9 (ácido fólico) – factor de crescimento e anti-anémica; nutriente do sistema nervoso. É muito necessária
na gravidez (0,005 a 0,13mg, 20 vezes mais do que igual conteúdo de farelo de trigo).
• B12 – intervém activamente na hematopoese (formação dos glóbulos sanguíneos) (não dispomos de valores
tabelares).
• B15 – facilita o aporte de oxigénio a todos os tecidos. Ajuda na síntese das proteínas. Estimula o sistema
imunitário. É um protector hepático e combate o colesterol (não dispomos de valores).
• BX (ácido paraminobenzóico) – é importante na boa utilização das proteínas. Mantém, e em alguns casos
recupera, a pigmentação capilar, bem como a elasticidade da pele. Promove a expectoração e é balsâmica nas
inflamações do tracto urinário. O seu défice pode causar eczema (0,03 a 0,55mg)
.• PP (nicotinamida) – anti-pelagra, importante para a assimilação dos amidos e gorduras, intervém na
formação do sangue e na função dos nervos (30 a 80mg, 10 a 20 vezes mais do que igual conteúdo de carne).
• Biotina – protectora da pele, anti-seborreica, importante no equilíbrio do crescimento e do sistema nervoso
(2 a 7,5mg).
• Colina – tem acção fisiológica sobre a pressão sanguínea, como antagonista da adrenalina, e na regulação
dos movimentos peristálticos do intestino. Opõe-se à sedimentação de gordura a nível hepático, sendo útil nas
cirroses (0,1 a 1,2mg).
Está particularmente indicada nos casos de diabetes (devido ao alto teor em glutatião - um péptido sulfurado
(composto de ácido glutâmico, cisteina e glicocola), que exerce ação preponderante em todos os fenômenos
biológicos e, em particular, nas reações de oxido-redução, nos processos de desintoxicação e de resistência às
infecções), furunculose, acne e demais problemas de pele, gravidez, anemias, atrasos de crescimento e
desenvolvimento, afecções do sistema linfático (intoxicações e infecções), arteriosclerose, doenças artríticas e
alcoolismo.
É um excelente reconstituinte e protetor do sistema nervoso. Possui ação reguladora das glândulas endócrinas,
como a tiróide, o pâncreas, as supra-renais, as gônadas. É um tônico geral cardíaco e circulatório. Favorece a
assimilação dos alimentos, equilibra e regenera a flora intestinal e é um notável protetor hepático (indicada
nos estados pré-cirróticos e nas degenerescências adiposas do fígado). É muito adequada aos desportistas,
aumentando-lhes a resistência, favorecendo o trabalho muscular e promovendo a eliminação de toxinas
residuais.
Como alimento, usa-se misturada nas saladas, nas sopas, nas hortaliças estufadas, fritas ou cozidas (cerca de
uma colher de sobremesa, para crianças; uma ou duas das de sopa, para adultos). Emulsionada em azeite pode
barrar fatias de pão, substituindo, com vantagem, o queijo ou a manteiga. Também encontrada no farelo de
cereais, na gema de ovo, no melaço de cana, e nas leguminosas secas.
Existe, à venda, levedura isenta de sódio, para as dietas sem sal. Para manter a sua integridade, não deve ser
cozinhada, mas, sim, misturada nos outros alimentos, “em cru”, ou pode polvilhar-se, como se faz com o
queijo ralado.
Existe uma opção comercializada em comprimidos ou cápsulas, que também tem grande aceitação na
prescrição de várias enfermidades.
Não foi encontrado nada na literatura que contra-indicasse o uso de levedo de cerveja. Porém, são necessários
mais estudos sobre o assunto.
Não há indicações na literatura sobre a necessidade de ciclar o uso de levedo de cerveja, porém dependendo
do motivo de sua utilização, existe uma posologia diferente para cada situação.
KEFIR
Kefir ou quefir é uma colônia de microrganismos simbióticos imersa em uma matriz composta de
polissacarídeos e proteínas. Originário do Cáucaso é formado por lactobacilos e leveduras aptos a fermentar
diversos substratos – sendo o leite (caprino ou bovino), historicamente, o mais comum deles.
O metabolismo da colônia de microorganismos consome a lactose e reduz a caseína, albumina e
outras proteínas aos aminoácidos que as constituem, além de sintetizarácido láctico, a lactase e
outras enzimas que ajudam a digerir a lactose restante depois da bebida ingerida. Ainda modificam os sais
de cálcio para formas mais facilmente absorvidas pelo organismo humano.
O preparado pode ser feito com leite de vaca, cabra, ovelha, búfala, égua e até de camela. Diferentemente
do iogurte que é fermentado apenas por lactobacilos, o kefir exige temperaturas mais baixas e é fermentado
por trinta e sete tipos diferentes de microorganismos em sua colônia, incluindo as leveduras (utilizadas na
preparação de diversos produtos, dentre eles: pão, cerveja, vinagre, queijo, vinho, chucrute etc).
O kefir é o produto cuja fermentação se realiza com cultivos acidolácticos elaborados com grãos de
Kefir, Lactobacillus kefir, espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcuse Acetobacter com produção
de ácido láctico, álcool etílico e dióxido de carbono. Os grãos de Kefir são constituídos
por leveduras fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não fermentadoras de lactose
VINAGRE DE MAÇÃ
O vinagre de maçã tem sido usado em muitos lugares como terapia (ou auxiliar terapêutico) contra
muitos distúrbios, pois auxilia nosso metabolismo a atingir um melhor balanço de vitaminas, minerais e
enzimas.
Uma das funções do Potássio no nosso organismo é manter os tecidos macios e maleáveis. Potássio é
para os tecidos moles, o que o Cálcio é para os tecidos duros, os ossos. O endurecimento das artérias ocorre
mais freqüentemente na presença de sangue pobre em Potássio.
Assim sendo, a nossa vida, o nosso metabolismo necessita de um balanço de vitaminas, minerais e
enzimas, sendo que o vinagre de maçã é uma excelente fonte de todos esses, inclusive do mineral-chave, o
Potássio. Conclui-se então que o Potássio na sua forma natural fornece traços de nutrição em uma fórmula
combinada, compatível com as nossas necessidades. O uso de drogas sintéticas produz substâncias muito mais
potentes que são capazes de ocasionar sérios riscos, inclusive a morte se a eliminação da droga é diminuída ou
a função dos rins está prejudicada.
Para assegurar níveis saudáveis de Potássio no seu organismo, inclua diariamente na sua dieta frutas
frescas, frutas secas, damascos, uva passa, ameixa seca, uvas, framboesas, amoras, bananas, melão, vegetais
folhosos, vegetais crus, alho, salsinha, agrião, batatas (com a pele e sem agrotóxico), abóbora, nabo, mel,
melado, e vinagre de maçã.
Esta reforma na alimentação é necessária principalmente se diuréticos estão sendo usados diariamente
para reduzir a pressão arterial ou por outro motivo, pois o aumento da diurese reduz os níveis de minerais, em
especial do Potássio.
O vinagre de maçã, por ser um alimento básico afeta o equilíbrio ácido-básico do nosso organismo.
Os ácidos orgânicos são oxidados no organismo fornecendo energia e resíduos alcalinos no sangue. A rica
fonte de elementos formadores de resíduos alcalinos, Potássio, Cálcio, Magnésio, Fósforo, Cloro, Sódio,
Efeitos na Obesidade
Nos estudos que envolvem a obesidade, muitas lacunas ainda estão sendo preenchidas ou sem
preenchimento. Por exemplo, nem todas as pessoas que são obesas comeram demais. O vinagre de maçã
poderia ser uma dessas lacunas que poderiam auxiliar na prevenção e tratamento da obesidade.
Algumas causas que podem levar à obesidade são: defeitos nas glândulas endócrinas, ingestão de
bebidas alcoólicas (indivíduo incha, porque os tecidos ficam repletos de líquido), alguns medicamentos,
intoxicação por Arsênico ou Mercúrio, vida sedentária, excesso de alimentação, excesso de consumo de
produtos doces, mas a causa principal da obesidade é a oxidação insuficiente do sangue. E o vinagre de maçã,
como já foi descrito anteriormente, conduz a esta oxidação do sangue.
Modo de uso: 2 colheres de chá de vinagre de maçã em um copo de água tomado pela manhã, em jejum. Para
alcançar o efeito desejado, deve ser continuado por um longo período. Não se pode esperar que a obesidade
desapareça em 24 horas, mas o organismo precisa sim de um tempo para reajustá-lo.
Nos casos mais severos, o vinagre de maçã também pode ser tomado, como indicado acima, durante as
principais refeições (lentamente, para que o término do copo coincida com o término da refeição), além do
copo da manhã. Esta ingestão, além dos outros efeitos, modifica o desejo de comer demais e promove a
digestão.
Calcificação:
Quando levamos em consideração mulheres mais jovens, pode ocorrer um aumento nos seus pesos apesar de
exames demonstrarem menos gordura, pois ocorre um aumento da deposição do Cálcio nos seus ossos
devido ao aumento do seu metabolismo. Também os dentes ficam mais fortalecidos.
Efeitos no Sangue
1) Hemofilia:
O consumo do vinagre de maçã como indicado anteriormente, favorece a coagulação do sangue, onde
ela encontra-se reduzida, como no caso dos Hemofílicos. Expoentes da Medicina sabem que a Hemofilia
ocorre quando existe uma deficiência de fosfato de potássio, fosfato de ferro e cloreto de sódio no sangue.
Então, o vinagre de maçã favorece a assimilação destes sais, especialmente se são acrescentadas 2 colheres de
chá de mel à bebida.
Ouvido
Redução da audição deve ser tratada na seguinte forma: ingestão de 1 colher de chá de vinagre de
maçã no meio da manhã e outra no meio da tarde. É interessante observar que a cura da surdez pode se
processar via oral, pois considera-se que o ouvido faz parte do corpo humano como um todo. Mais uma vez,
falhas na audição refletem em defeitos no metabolismo.
Nariz
Quando estamos com o nariz congestionado, podemos usar o vinagre de maçã como um inalante:
5cm de vinagre de maçã em uma vasilha no fogão, até começar a evaporar. O vapor deve, então, ser inalado.
Após isso, a passagem nasal vai continuar descongestionada durante 12 ou 24 horas. Se necessário, repetir a
inalação. Os efeitos do tratamento são: remover a congestão, reduzir a inflamação da mucosa e matar as
Dor de Garganta
Todas as evidências indicam que a dor de garganta, mesmo a causada pelo Streptococcus sp, pode ser
curada muito rapidamente – às vezes em 1 dia apenas – usando-se gargarejo de vinagre de maçã. Lembramos
aqui que o uso indiscriminado de antibióticos pode ter efeitos muito indesejáveis. Para o gargarejo, procede-se
como a seguir: adiciona-se 1 colher de chá de vinagre de maçã em 1 copo de água. O paciente deve fazer
gargarejos a cada 1 hora com um pouco da mistura. Uma segunda quantidade deve ser pega para novamente
fazer um gargarejo, engolindo a solução logo após. Esse procedimento deve ser repetido à cada 1 hora do dia
e até mesmo durante a noite, quando o paciente não estiver conseguindo dormir.
Quando o paciente melhorar, os intervalos devem ser espaçados para cada 2 horas.
Quando o paciente sarar, é indicado que ele continue fazendo gargarejos após as refeições durante
alguns dias, para assegurar-se que o problema não irá voltar.
Tosse “noturna”
Na maioria dos casos as pastilhas para a garganta ou outras medidas não resultam em melhora do
paciente. A maioria dos médicos prescreve compostos com analgésicos, que muitas vezes têm efeitos
colaterais. O tratamento com vinagre de maçã é efetivo e não têm efeitos colaterais. Adiciona-se 1 ou 2
colheres de chá de vinagre de maçã em 1 copo de água e deixe-o ao lado da cama. Quando a tosse ocorrer,
tome alguns goles da mistura, após a qual a tosse vai melhorar rapidamente, deixando o paciente apto para
dormir.
Laringite
Este tratamento pode ser usado tanto para prevenção (em pessoas que costumam ter esta doença com
freqüência), quanto para melhora da faringite: 1 colher de chá de vinagre de maçã em meio copo de água a
cada 1 hora, durante 7 horas. Após a 7ª hora, o paciente já deverá estar conseguindo falar normalmente.
Asma
Nos casos moderados de asma, naqueles que somente ocorrem à noite é indicado: adicione 1 colher de
sopa de vinagre de maçã em 1 copo de água. Esta quantidade deve ser tomada aos poucos durante meia hora.
O paciente deve, então, descansar meia hora e repetir o processo. Caso a falta de ar ainda persista, um outro
copo da mistura deverá ser tomado lentamente.
Nos casos severos de asma é aconselhável consultar um naturopata, haja visto que os médicos mais
convencionais tratam a causa, mas não o efeito. Normalmente estes casos mais severos de asma são uma
supressão de uma doença de pele. Exercícios de respiração são muito indicados. Respirações profundas devem
ser praticadas gradualmente e de preferência todos os dias. Estes exercícios, aliados com o tratamento com
vinagre de maçã e um tratamento da causa do problema são suficientes para curar a asma.
Vigor Mental
Para combater o envelhecimento e perda do vigor mental pode-se usar o vinagre de maçã diluído ou
tomar pelo menos 2 copos de sidra todo dia. Porém, nem sempre a qualidade da sidra que encontramos é
garantida, sendo que devemos optar pelo uso do vinagre de maçã diluído, pois contêm os mesmos elementos
curativos e é muito mais barato.
Devemos lembrar aqui que o vinagre de maçã diluído tem um efeito no metabolismo dos indivíduos,
restabelecendo seu equilíbrio. Inclusive o vinagre de maçã diluído pode restaurar o vigor mental e físico até
mesmo nos casos onde estes já tiverem sido perdidos (o autor refere-se neste momento a pessoas que
recentemente aderiram ao hábito de tomar vinagre de maçã diluído e não àquelas que o introduziram-no como
hábito há algum tempo atrás).
A memória também é melhorada. Baseado em observações, o autor relata que o esquecimento das
pessoas mais velhas era reduzido parcialmente ou completamente após a adesão de tomar 1 colher de chá de
vinagre de maçã diluído em 1 copo de água, durante ou entre as refeições, como for melhor para o paciente.
Algumas pessoas têm relatado que a ingestão do vinagre de maçã diluído durante a refeição causa
Trato Gastrointestinal
Indica-se a ingestão de uma maçã em casos de náuseas após fumar um charuto ou cachimbo muito
forte. Assim, o vinagre feito a partir das maçãs ajuda na cura de diversos problemas digestivos se tomado
como já explicado anteriormente.
Intoxicação Alimentar
Os pacientes devem ingerir 1-2 colheres de chá, de 5 em 5 minutos, da seguinte mistura: 1 colher de
chá de vinagre de maçã diluído em 1 copo de água. Esse procedimento é repetido quantas vezes for
necessário. Porém, o conteúdo todo do copo não deve ser tomado de uma vez só, pois o estômago está
sensível devido ao estado do paciente e não vai tolerar esta quantidade. Apenas pequenas quantidades da
mistura serão toleradas.
Quando uma melhora já for observada, os intervalos entre os goles podem ser espaçados.
Normalmente, os sintomas já desaparecem após 12 horas de tratamento. Porém, o tratamento deve ser
continuado com o consumo de vinagre de maçã diluído durante as refeições de alguns dias depois, para
completar a cura.
Diarréia
Diarréia é um mecanismo de defesa do organismo contra um veneno. Porém, quando é continuada por
um tempo maior, medidas precisam ser tomadas para não enfraquecer muito o paciente. Normalmente os
médicos ortodoxos prescrevem drogas que vão obstipar o paciente depois da cura da diarréia. Mais uma vez,
esses remédios tratam o efeito e não a causa do problema.
Caso a diarréia não seja conseqüência de um problema mais sério, ela pode ser curada em pouco
tempo com o tratamento de vinagre de maçã: 1 colher de chá de vinagre em 1 copo de água para ser tomado
durante as refeições e também no meio da manhã, no meio da tarde e antes de dormir, independente da idade
do paciente. Não têm contra-indicações e pode ser dado para crianças de apenas 3 anos.
É um antiséptico para o intestino e todo o trato gastrointestinal, inclusive sendo usado em animais. Por
exemplo, uma diarréia grave em bezerros, que poderia facilmente levá-los à morte, foi tratada administrando-
se 180mL de vinagre de maçã em mesma quantidade de água via oral.
Antiséptico
O vinagre de maçã possui propriedades antisépticas, destruindo bactérias maléficas, aquelas
responsáveis pelas reações de apodrecimento no nosso organismo, resultando em gases, fezes e urina
sem odor forte.
Hoje em dia ter um intestino limpo, saudável é um pré-requisito para a boa saúde e vigor. E a prova de
um intestino limpo é determinada por gases e excretas sem odor. Onde existe odor, normalmente também há
putrefação intestinal. Porém, podemos ter situações isoladas que produzem odores mais acentuados nas
excretas, como, por exemplo, após comer um ovo que não seja muito fresco, cebolas cruas (devido ao seu
conteúdo de Enxofre) e repolho. Mas, uma situação permanente de putrefação intestinal é até uma ofensa para
a própria pessoa.
Putrefação e Decomposição são quase sinônimos, sendo que a decomposição é a primeira causa de
doenças e, por isso, a melhor maneira de se curar doenças é achar uma substância que previne a
decomposição. Dr. Henry Smalpage de Sidney defende o Fósforo como esta substância. Assim, maçãs contêm
Fósforo, e, portanto, o vinagre de maçã também o possui.
Portanto, o vinagre de maçã diminui a decomposição no organismo humano e por isso retarda as
dificuldades na idade avançada, previne a putrefação nos intestinos e cura ou previne o início de muitas
doenças.
Caso o paciente ingira 2 colheres de chá de vinagre de maçã diluídas em 1 copo de água, durante as
refeições, ele vai perceber, no final de 2 meses ou menos, que suas excretas não têm mais odor desagradável.
Auto-Intoxicação
O vinagre de maçã previne a auto-intoxicação (condição promotora de doença), da qual muitas
Azia
Em casos de azia, sensação de queimação 1 ou 2 horas após as refeições, pode-se usar o vinagre de
maçã diluído. Assim, a azia pode desaparecer por completo ou ao menos diminuir.
Gosto ruim
Quando um gosto ruim na boca logo ao amanhecer é notado, pode-se fazer um bochecho com 1 colher
de chá de vinagre de maçã em 1 copo de água, o que rapidamente vai solucionar o problema.
Soluços
Quando não forem conseqüência de uma condição mais séria, podem ser aliviados tomando-se 1
colher de chá de vinagre de maçã puro.
Urina
Em casos onde a pessoa bebe muito líquido, o vinagre também pode ajudar, sendo ingerido, de
maneira diluída, durante as refeições, o que diminui a sensação de sede entre elas. Além disso, também reduz
aquelas sensação de fome exagerada, caso uma refeição seja omitida.
Caso sejam adicionadas 2 colheres de chá de mel, melhor ainda, pois a combinação destes dois
alimentos tem sido considerada completa.
Cabelo
A queda de cabelo é normal em algumas épocas do ano. Mas, se os cabelos não voltarem a crescer, o
período de queda for muito grande ou o cabelo se tornar muito fino, isto é sinal de um metabolismo deficiente
e um estado anormal.
Repetidas observações provaram que o vinagre de maçã diluído, tomado durante ou entre as refeições
(1 colher de chá em 1 copo de água), faz com que o cabelo não só pare de cair, mas irá crescer mais
rapidamente e mais grosso, especialmente se 1 colher de chá de rabanete é tomado junto com as duas
principais refeições. O efeito desejado ocorrerá após 1 ou 2 meses.
A queda de cabelo ocorre primariamente a um deficiência de cloreto de sódio, fosfato de cálcio,
fosfato de silício ou sulfato de cálcio. Portanto, o vinagre de maçã com as suas propriedades anteriormente
denominadas, restabelece o equilíbrio, supre as necessidades, levando, assim, à cura, se o tratamento for
persistido durante algum tempo. Inclusive, adverte-se que o tratamento deveria ser continuado após melhora,
para evitar a recorrência do problema.
Unhas
Quando as unhas tornam-se muito finas, frágeis, rompem-se com facilidade, curvam-se, descascam,
quebram, possuem manchas brancas ou demonstram outro tipo de anormalidade, é sinal de um metabolismo
deficiente. Pessoas com unhas defeituosas repararam que após o uso do vinagre de maçã diluído para
tratamento de outra doença, suas unhas também melhoravam.
Tontura
A tontura pode ocorrer por diversas causas, sendo algumas sérias, e outras passageiras, como
desordens do estômago e do fígado. Problemas do coração, anemia ou algum distúrbio no cérebro também
podem causar tonturas, sendo que estes problemas necessitam de um tratamento especial.
Quando anemia ou o coração estão envolvidos, têm-se demonstrado que o consumo de melado
funciona como um tônico cardíaco.
Cardíacos deveriam sempre usar mel no lugar de geléia, devido às propriedades valiosas que possui e
que serão discutidas posteriormente.
Em casos de anemia, têm-se provado que o melado é curativo.
Mesmo nestes casos mais graves, o tratamento com vinagre de maçã diluído pode ser usado como
coadjuvante no tratamento principal.
Caso a tontura não esteja associada a doenças mais sérias, a ingestão do vinagre de maçã diluído
durante as refeições pode trazer a cura após 4 ou 8 semanas.
Quando a tontura está associada à hemorragia no ouvido interno, como o vinagre de maçã têm
propriedades de prevenir e curar sangramentos, ele pode e deve ser usado nesses casos e bons resultados serão
obtidos.
Eczemas
O vinagre de maçã diluído deve ser tomado junto com as refeições e o vinagre, também diluído,
aplicado sobre a pele.
Normalmente ocorre por deficiência de cloreto de potássio no organismo, especialmente se for do tipo
fibroso. E o Potássio é encontrado na maçã, não sendo perdido durante o processamento do vinagre.
Por outro lado, o tipo seco do eczema normalmente é conseqüência de um excesso de consumo de sal
comum, sendo que este hábito deve ser descontinuado se for o caso deste tipo de eczema.
Para acelerar a cura deste segundo tipo de eczema, devemos prestar atenção na dieta. O tratamento do
eczema com óleos de supressão são um verdadeiro crime contra a natureza, pois a pele está eliminando
toxinas e uma supressão do processo poderia levar ao acúmulo de toxinas no organismo.
Caspa
O vinagre de maçã diluído deve ser aplicado no couro cabeludo.
Calor do Verão
O vinagre de maçã reduz a fadiga e o cansaço dos dias de calor excessivo.
Insônia
Deve-se tomar 2 colheres de chá de vinagre de maçã e 2 colheres de chá de mel em 1 copo de água
antes de dormir. Um outro copo com a mistura deve ser posto ao lado da cama, caso o paciente acorde durante
a noite. A melhora ocorre devido a elementos contidos nas duas substâncias.
A primeira causa de insônia parece ser uma deficiência de fosfato de potássio e fosfato de ferro,
podendo ser deficiência de fosfato de magnésio em alguns casos. Também problemas deixam as pessoas
acordadas, mas também este problema será amenizado em caso de reposição do fosfato de potássio.
Vale lembrar que os soníferos não curam a causa da insônia e sim seu efeito e assim que o paciente
parar com o uso deles, a insônia retorna. Porém, devemos considerar que são úteis em casos de doenças
graves. Os soníferos são formadores de hábitos: primeiro quebram o hábito de não dormir e, se tomados
durante um tempo um pouco maior, seu uso torna-se hábito. Assim, apenas transformam um hábito em outro.
Caso o tratamento com vinagre de maçã diluído não surta o efeito esperado, um homeopata deve ser
consultado.
Artrite
Usar a combinação vinagre de maçã com mel, a cura poderia ter sido mais rápida ainda. Pode-
se aliar o uso do melado.
Juntamente com o tratamento de vinagre de maçã com mel, pode-se sugerir 2 copos diários de chá de
cebolinha, tomado frio, que também ajuda na cura da artrite.
Fumo
Apesar do vinagre de maçã ser um antídoto contra o tabaco, assim como outros vinagres, isso não
quer dizer que também contenha os efeitos deletérios dos aditivos químicos do cigarro.
Trepadeira venenosa
Misture partes iguais de água e vinagre de maçã e aplique freqüentemente sobre a área afetada e deixe
secar sobre a pele.
Herpes-zóster
Aplique vinagre de maçã puro sobre a pele afetada 4 vezes ao dia e 3 vezes durante a noite, em caso
de o indivíduos estar acordado. A sensação de dor e ardor vai reduzir bastante após a aplicação do vinagre,
que ajudará na sua cura total.
Suores noturnos
Nestes casos, esfregue um pouco de vinagre de maçã em todo o corpo antes de se deitar.
Queimaduras
Vinagre de maçã puro aplicado sobre a queimadura, reduzirá seu ardor e inflamação.
Naturopatas estão cada vez mais certos de que não é apenas o excesso de alimentos que ingerimos nos
países desenvolvidos, mas também a falta de outros alimentos que causa as doenças atuais.
Hoje em dia ocorre uma ingestão excessiva de alimentos processados, ou seja, alimentos refinados,
que até podem levar a uma nutrição do corpo e nos manter vivos. Porém, precisamos de mais do que apenas
nutrição para mantermos a nossa saúde, nos conduzir à longevidade e prevenir a obesidade, condição bastante
indesejável.
Uma pessoa não pode ser considerada saudável caso seu metabolismo esteja deficiente. Um
metabolismo deficiente reflete-se no surgimento de gordura localizada, no afinamento do cabelo, quando
dentes tornam-se careados, quando os olhos tornam-se facilmente cansados, quando a audição é reduzida,
quando as unhas tornam-se frágeis, quando as articulações começam a doer, sem falar no surgimento de
doenças. E o vinagre de maçã pode auxiliar no restabelecimento do equilíbrio deste metabolismo.
Devemos lembrar aqui que o vinagre de maçã, mel e melado não podem realizar milagres, não
podendo conter vícios malignos e não podendo substituir tratamentos de doenças mais sérias.
Além disso, não existe algo que possa se adaptar a todas as pessoas, podendo algumas apresentar
intolerâncias. Porém, pode-se dizer que pessoas que sofrem de estranhas idiossincrasias são uma exceção à
regra.
Porém, o vinagre de maçã parece ser um líquido natural que até crianças podem precisar.
FRUTOOLIGOSSACARÍDEO – PRÉBIÓTICO
É uma fibra prébiotica derivada da banana verde, cana ou açúcar da beterraba, capaz de promover saúde
apoiando o crescimento benéfico de bactérias que em troca provêem benefícios saudáveis como melhor
absorção de cálcio e forte sistema imune. O frutooligossacarídeo promove ótima saúde digestiva agindo como
um prébiotico e fibra solúvel. É a escolha ideal por desenvolver soluções criativas podendo ser usado em
aplicações ilimitadas e em uma variedade larga de formulações: Laticínios, barras protéicas, alimentos para
diabéticos, bebidas funcionais, produtos com baixo teor de carboidratos, produtos a base de soja, alimentos
nutritivos para esportistas e suplementos. É recomendado ingerir de 1g/dia e no máximo 6g/dia.
A biomassa de banana verde consiste em uma preparação feita com polpa de bananas verdes cozidas. Esta
simples preparação é capaz de melhorar a imunidade, contribuir para o desenvolvimento da microbiota
intestinal, reduzir o risco de câncer de intestino, controlar os níveis de colesterol, prevenir o diabetes e evitar o
acúmulo de gordura abdominal.
Principais nutrientes da biomassa de banana verde
A biomassa de banana verde se destaca por possuir boas quantidades de um amido resistente que é uma
espécie de fibra que o aparelho digestivo não consegue digerir. Como este tipo de fibra não é digerida, ela
serve de alimento para as bactérias benéficas do intestino e assim contribui para o desenvolvimento da
microbiota intestinal. Consequentemente, a imunidade melhora e o risco de câncer no intestino diminui. Esta
fibra também previne o diabetes tipo 2 e melhora o trânsito intestinal.
A biomassa de banana verde também possui vitamina A, que é importante para a saúde dos olhos, da pele e
contribui para o crescimento. O alimento conta com vitaminas do complexo B, B1, B2 e B3, que agem no
metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajudam o organismo a utilizar essas
substâncias com eficiência. O potássio, o manganês e o fósforo também estão presentes na biomassa de
banana verde.
Benefícios da biomassa de banana verde
Previne o diabetes tipo 2: As fibras da biomassa de banana verde ajudam a evitar os picos de glicose no
sangue, fazendo com que ela seja liberada aos poucos. Estes picos de glicose levam a picos de insulina. Diante
de constantes picos de insulina, alguns órgãos passam a se tornar tolerantes a ela, sendo preciso cada vez mais
insulina para cumprir a mesma função, gerando o quadro de resistência à insulina, que se não for combatido
pode evoluir para o diabetes tipo 2.
Ajuda na perda de peso: A biomassa de banana verde contribui para o emagrecimento porque as fibras
evitam o pico de glicose e fazem com que ela seja liberada aos poucos, fazendo com que a pessoa sinta
saciedade por mais tempo.
Melhora a saúde da microbiota intestinal: A biomassa de banana verde se destaca por possuir boas
quantidades de um amido resistente que é uma espécie de fibra que o aparelho digestivo não consegue digerir.
Como este tipo de fibra não é digerida, ela serve de alimento para as bactérias benéficas do intestino e assim
contribui para o desenvolvimento da microbiota intestinal.
Melhora a imunidade: O amido resistente da biomassa de banana verde contribui para a saúde da microbiota
intestinal. Quando a microbiota intestinal está saudável existe a produção de uma substância chamada citocina
anti-inflamatória que melhora a imunidade, fazendo com que os anticorpos trabalhem com mais eficiência.
Diminui os níveis de colesterol: O butirato, que é produzido quando a microbiota intestinal está saudável,
também tem o efeito de diminuir discretamente a produção do colesterol do fígado. Já o amido resistente
reduz o colesterol que nós ingerimos.
Melhora o trânsito intestinal: As fibras não digeríveis na da biomassa de banana verde contribuem para a
formação do bolo fecal, com um bolo fecal maior, ele sairá com mais facilidade. Assim, há melhora no
trânsito intestinal.
A orientação é não ultrapassar o consumo de duas colheres de sopa de biomassa de banana verde por dia.
Como consumir a biomassa de banana verde
A biomassa de banana verde pode ser utilizada na culinária como um espessante para dar mais consistência
nas receitas culinárias. Ela substitui boa parte das receitas que utilizam óleo, maionese, creme de leite e
qualquer outro espessante e não altera o sabor ou interfere no sabor do prato. A biomassa também pode ser
adicionada em sucos.
Quando a biomassa de banana verde é feita em casa, ela pode ser guardada na geladeira por sete dias ou
congelada por até dois meses. Para descongelar basta deixar a biomassa em temperatura ambiente ou aquecê-
la em banho-maria.
Contraindicações
Culturalmente, nossa alimentação é baseada em uma pequeníssima parcela de alimentos. Mais de 50% das
calorias que consumimos no mundo provêm de no máximo quatro espécies de plantas. 90% dos alimentos
consumidos vêm de somente 20 tipos de plantas. Por outro lado, temos uma oferta potencial de alimentos de
pelo menos 30 mil plantas diferentes. A FAO, órgão da ONU, envolvido com a questão da alimentação
mundial, estima que 75% das variedades convencionais de plantas alimentícias já foram perdidas.
No que toca às hortaliças (verduras, legumes, etc.), sabe-se que a oferta destes alimentos é também pobre. A
maioria das hortaliças comercializadas provém de poucas empresas de sementes, e também não corresponde a
plantas nativas. A seleção ou “melhoramento” que sofreram as deixou ainda mais suscetíveis às alterações
ambientais, o que hoje é cada vez mais comum. Seu modo de cultivo, muitas vezes em gigante escala,
desenhado para suprir enormes demandas induzidas pelo mercado, é feito por meio de monoculturas: um
modelo simplificado e disfuncional de trato com os ecossistemas. Muitos dos chamados “alimentos”, por meio
de grãos, vão ser transformados em ração para aves, suínos e bovinos, confinados e transformados em carnes e
outros produtos industrializados. Neste atual antissentido, as monoculturas dependem de um aporte energético
muito elevado, além do uso intenso de biocidas (herbicidas, pesticidas, inseticidas), que contaminam os
ecossistemas, a saúde do trabalhador e a população brasileira.
Estamos, no Brasil, transformando nossos biomas em imensos desertos verdes, compostos de paisagens
homogêneas de soja, eucalipto, cana, milho transgênico, entre a pobreza que representa o modelo de
agricultura baseado na venda de insumos químicos, com destaque aos agrotóxicos, ou biocidas. O sufixo
CIDA corresponde a MATAR, e BIO significa vida.
O sistema hegemônico atual (monoculturas) é desajustado por natureza. Não mantém ciclos fechados (ex. os
adubos vêm de fora) e praticamente todo o processo de preparo da terra - uso de biocidas, colheita, transporte
- depende do petróleo. Sugere-se, aqui, a leitura do Livro “Monoculturas da Mente”, de Vandana Shiva. A
forma de “ajustar” a produção, evitando que surjam o que se costuma chamar de “plantas daninhas” ou
“pragas”, é a quimicodependência (adubos químicos, herbicidas químicos, inseticidas sintéticos, etc.).
A agricultura convencional, portanto, baseada no uso de agrotóxicos, foi desenvolvida na primeira e na
segunda guerras mundiais, para servir como armas químicas de guerra! O DDT, por exemplo, é resultado
disso. A agricultura convencional, não respeitando os princípios necessários da vida, ou seja, a diversidade e a
complexidade - no caso dos agrossistemas – vem semeando a disfuncionalidade, principalmente depois da
chamada “Revolução Verde”, alegando substituir “com vantagem” a diversidade e a complexidade dos
ecossistemas agrícolas, pela artificialização extrema. A pedra de toque é a venda de insumos, que vai parar
nos mesmos oligopólios de sementes e agroquímicos daqueles que a defendem e mandam na agricultura
mundial e na nossa alimentação. Muitas dessas mesmas empresas vendem, além de sementes e agrotóxicos
associados, as vitaminas e os remédios para tratar das nossas doenças (resultado da disfuncionalidade de nossa
alimentação).O Brasil, detentor da maior diversidade biológica até então, a partir de 2008 se tornou o país que
mais consome agrotóxicos em todo mundo! São 5 Litros de agrotóxicos por habitante/ano. No RS, este
valor é quase o dobro!
Essa é uma longa história do atual modelo hegemônico, que tem como o intuito o lucro a qualquer modo.
Devemos buscar conhecê-la melhor para evitar que a natureza, nosso futuro e de nossos filhos estejam cada
vez mais comprometidos. O que, talvez, poderíamos resumir sobre as monoculturas é isso: a nossa
alimentação e a forma de produção de alimentos dependem atualmente de um círculo vicioso, que reproduz
vulnerabilidade nos sistemas vivos (ecossistemas, comunidades, populações e nossos corpos), enriquecendo
alguns poucos agentes que sofrem da “acumulação mórbida do capital”. Sem perceber, vivemos uma servidão
alimentar que é controlada por oligopólios de empresas de agroquímicos e “bio”tecnologia, associadas a
mercados financeiros, e não baseada nas reais necessidades alimentares da população. Além disso, essa
produção de alimentos, em larga escala, torna nossos paladares viciados, cada vez mais, em sal, açúcar, e
conservantes químicos. Monoculturas de paladares?
Felizmente, emerge na agricultura a agroecologia, com base também nas plantas da agrobiodiversidade,
algumas delas aqui chamadas de PANC.
No sentido, então, do resgate da funcionalidade sistêmica, as PANC, adaptadas aos diferentes ambientes,
nascendo sozinhas, buscam sua reinserção natural, no resgate dos processos dos sistemas vivos (bioprocessos)
e que também estão associadas à busca de maior autonomia, no que hoje vem se fortalecendo o conceito de
SOBERANIA ALIMENTAR. Assim, não precisam necessariamente ser cultivadas, e sim mantidas e
Descrição botânica: planta anual, suculenta, de caule retorcido e longo. Folhas arredondadas, com nervuras
bem marcadas saindo da parte central da folha onde se insere o talo. Flores isoladas, afuniladas, que variam de
coloração amarela, alaranjada aos tons de vermelho com manchas escuras internas.
Propriedades: rica em vitamina C, antocianina, carotenoides e fl avonoides. O suco é expectorante. As folhas
abrem o apeti te, facilitam a digestão e são calmantes. Tem potencial anti oxidante, anti -infl amatório e
hipotensor.
Parte comestí vel e usos: Toda a planta. Com sabor picante semelhante ao agrião, as fl ores e folhas podem
Das plantas se obtém os princípios ativos empregados nos medicamentos. Deus nos deu uma completa
fármácia natural.
Deus disse:
"Eis que vos dou toda a erva que dá semente sobre a Terra e todas as árvores frutíferas, contendo em sí
mesmas a sua semente, para que vos sirva de alimento"
Genesis 1,29
Das plantas se obtém os princípios ativos empregados nos medicamentos. Deus nos uma completa fármácia
natural. Umas alimentam, outras nos perfumam, outras nos purificam, nos calmam, nos dão prazer, etc.
Porém, algumas plantas transportam a mente humana a regiões de maravilhas espirituais, alterando a nossa
consciência, levando-nos ao Mundo Profundo, reconectando-nos com os nossos ancestrais.
O uso de Plantas Sagradas vem fazendo parte da experiência humana há milênios. Não podem nunca serem
confundidas com drogas que causam a dependência e colocam em risco a saúde de quem as usa. A Planta é
criação de Deus, a droga é uma criação humana.
As Plantas de Poder são ingeridas em rituais. Obedecem a preceito mágico-religiosos e proporcionam cura,
autoconhecimento, expansão da consciência.
Com as obras de Castañeda, abriu-se uma porta para a observação do uso de plantas de poder, para a expansão
da consciência, mas há sinais de sua utilização em Escrituras Sagradas. Sabe-se por exemplo que os
sacerdotes védicos se utilizavam do Soma para entrar em contato com o Reino Celestial, que o Rei Salomão
era mestre no conhecimento de algumas plantas de poder. Os druidas tomavam uma poção que lhes conferia
força e coragem, mas, foi entre os primitivos, os indígenas que se têm um relato mais preciso de sua
utilização.
Conhecidas atualmente como plantas enteógenas ( entheos = Deus dentro ) são também reconhecidas como;
Plantas Mestres, Plantas Professoras, Plantas de Conhecimento, Plantas de Poder, Plantas Sagradas.
As plantas de Poder, em suas diferentes espécies, participaram e participam de cerimônias rituais em todos os
continentes. Com o advento das obras de Castañeda, abriu-se uma porta para a observação do uso de plantas
para expansão da consciência, porém há sinais de sua utilização em muitas escrituras sagradas.
Atualmente, existem comunidades religiosas que se utilizam de Plantas de Poder, como sacramento de seus
rituais tais como; a Igreja Nativa Americana que se utiliza do Peiote ( Don Juan ) ; o Catimbó, da Jurema; a
Ganja entre os Rastafaris, O Santo Daime, a União Vegetal, e a Barquinha, da bebida Sacramental conhecida
no Peru como Ayauasca, e nas matas brasileiras com os nomes; iagé, nixi honi xuma, caapi.
As Plantas de Poder aumentam a percepção, a acuidade visual e auditiva, e transportam o praticante para
outras camadas vibracionais ou dimensões. A experiência é individual, algumas pessoas tem visões, outras
canalizam mensagens, fazem regressões, recebem insights, recebem soluções para seus problemas com maior
claridade, percebem as causas de suas doenças, recebem cura, se conectam a arquétipos, aos mitos, aos medos,
traumas, símbolos que estão no inconsciente coletivo, visualizam entidades, viajam astralmente, etc..
O uso ritualístico de Plantas de Poder, proporciona, sem dúvida, uma experiência místico-religiosa de beleza
incomparável, proporcionando o samadhi, o êxtase, o nirvana, o encontro com o Eu Superior, o transe.
Gostaría de ressaltar uma pequena preocupação com relação ao uso de cogumelos e plantas sagradas, sabemos
que estas plantas foram utilizadas por nossos ancestrais. Nós civilizados, que temos uma alimentação cheia de
aditivos quimicos, onde reina, por exemplo, esse mundo dos refrigerantes, pricipalmente as "colas",sei que
nossos organismos não são puros e contaminados por corantes, conservantes, agrotóxicos e etc... Será que os
nossos ancestrais suportavam melhor estas plantas pois seus organismos eram mais puros e naturais?
Plantas Mágicas
A palavra droga tem, hoje em dia, uma carga semântica negativa, de condenação, medo, curiosidade mórbida.
Droga em grego é pharmakon , quer dizer remédio, medicamento, mas também é veneno. É o nome dado a
Platão à bebida que matou Sócrates.
Em inglês o termo drug é o termo que serve tanto para remédio como para veneno. A Organização Mundial de
saúde definiu : " Dependência de droga é o uso habitual e compulsivo de qualquer droga narcórtica, de
maneira que ameace a segurança e o bem-estar do próprio dependente ou de terceiros. " Narcótico, é um
termo genérico, que designa substância que produz estupor ou letargia e pode, inclusive, aliviar ou suprimir a
dor.
O Bulletin on Narcotics, editado pelas Nações Unidas, já publicou inúmeros trabalhos sobre o hábito de
mascar folhas de coca, o qual, além de não levar à narcose, tem efeito justamente oposto, o de eliminar sono e
cansaço. Já o álcool, que pode até provocar sono comatoso, jamais foi chamado de narcótico, pois é uma das
drogas sacramentadas pela civilização ocidental.
Para aumentar a confusão, entra em cena a palavra tóxico, que significa veneno, mas que adquiriu um sentido
tão amplo quanto da palavra narcótico. Droga e tóxico passaram a ser palavras irmãs. Maconha é sinônimo de
horror e delinqüência; cigarro de elegância e bom gosto ( hoje em dia já mudamos isso, ainda bem !).
Os meio de comunicação noticiam com destaque a prisão de maconheiros; mas veiculam insidiosas
propagandas de cigarros e álcool. A sociedade combate a maconha como se fosse uma " erva maldita " e pune
o seu uso. Mas permite que seja anunciada amplamente as bebidas alcoólicas. Não é um aguardente que o
povo bebe, mas produtos falsificados pela ganância, na alquimia de fabricantes. A cachaça tem ação
devastadora na saúde dos subalimento bóias frias, colonos de fazendas, operários de fábricas. E os alcoólatras
se multiplicam na fermentação da miséria. Os ébrios apodrecem em vida nas sarjetas das grandes cidades.
Por que os que se empenham em combater tóxicos não começam pelos mais graves ? Basta olhar à volta, para
constatar a gigantesca quantidade de tóxicos que ameaçam a saúde e a vida de nosso povo, em terra, nas
águas, no ar.
Em terra, tóxicos oriundos de detritos, resíduos, podridões - a semeadura de imundices feita pela ganância do
homem "civilizado" . Nos alimentos, tóxicos provenientes de substâncias químicas, produtos de conservação,
defensivos agrícolas (agrotóxicos), toda uma tecnologia a serviço do lucro, através da adulteração e da fraude.
Rios, mares e lagos estão morrendo sob ação de tóxicos oriundos de esgotos, resíduos industriais, lixo, enfim,
os restos pestilentos da civilização. Os ares estão envenenados pelos tóxicos de emanações deletérias,
incluindo a fumaça das chaminés das fábricas e dos veículos motorizados.
Derrubam florestas e plantam dinheiro. A especulação imobiliária devasta e desumaniza. Aniquila-se a flora e
• AYAHUASCA
Bebida Sacramental Ayahuasca, é, principalmente, fruto da decocção do cipó Banisteriopsis Caapi e a folha
Psycotria Viridis. Outras espécies de cipó e folha também são utilizadas em algumas regiões.
É também conhecida por Yagé, Caapi, Nixi Honi Xuma,Oasca,Vegetal, Santo Daime, Kahi, Natema, Pindé,
Dápa, Mihi, etc.
Seu nome mais conhecido, AYAHUASCA é de origem quechua, que significa "Liana ´(Cipó) dos Espíritos ".
É chamada também de "O Vinho da Alma " ou "Pequena Morte".
Utilizada por povos pré-colombianos, incas, e muito utilizada, por pelo menos, 72 tribos indígenas diferentes
da Amazônia. É empregada extensamente no Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Brasil. Foi usada
provavelmente na Amazônia por milênios, e está expandindo-se rapidamente na América sul e em outras
partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados tais como Santo Daime, União do
Vegetal (UDV), Barquinha que a consagram como sacramento de seus rituais.
Ingerindo essa bebida mágica, pode-se absorver o “Espírito da Planta”. Os sentidos são expandidos, os
processos mentais e as emoções tornam-se mais profundos. A jornada pode mover-se em muitas dimensões. O
vôo da alma, a partida do espírito do corpo físico, uma sensação de flutuar.
A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insight´s, produzir catarses, produzindo
experiências de renovação, de renascimento positivas. Visões arquetípicas, de animais, de espíritos
elementais, de cenas de vidas passadas, de Divindades, etc. Abre-se o portal de outros reinos da existência.
AYAHUASCA
(Léo Artése)
Força da floresta
Luz tão pura cristalina
Ayahuasca é o amor
Esta é a ciência
O Poder. É a magia
O saber Universal
A Sagrada Medicina
É Luz de Conhecimento
Ayahuasca é Divinal
Vem trazendo a saúde
Vai curando a doença
Com os seres do astral
Ayahuasca, Ayahuasca
O Cipó Rei vai ligando
Esta Terra ao Astral
Na sua Folha Rainha
A visão que descortina
A Verdade Universal
Não são todos que recebem visões na primeira vez que experimentam. O trabalho com Ayahuasca é um
processo que exige exame, dedicação, disciplina, perseverenca e tempo para um benefício mais completo. Às
vezes são necessárias várias sessões para se conseguir esse presente.
A experiência é ainda mais poderosa, quando abrimos a mente e o coração e nos entregamos para receber essa
energia de cura e conhecimento.
Uma vez que iniciado, o processo da renovação e transformação, eles continuam. O grande passo no trabalho
com a Ayahuasca é a assimilação dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária , ou seja por em
prática o que se aprende. Isso garante a dimensão espiritual em nosso dia-a-dia, e é essencial para recebermos
as dádivas e as bênçãos espirituais e para que possamos evoluir no estudo, aprender mais.
MADRE AYAHUASCA
Segue abaixo a tradução de um texto de Rosa Giove, médica cirugiã do Centro Takiwasi ( Centro de
recuperação de drogados, dirigido pelo médico francês Jaques Mabit, que se utiliza da ayahuasca e
métodos de cura dos xamãs e ayahuasqueiros em Tarapoto, no Perú)
Em meio a escuridão da noite, no profundo silêncio da selva ( que nunca é silêncio completo pelos cantos das
cigarras, das aves noturnas, o deslizar futivo dos répteis...) se eleva o canto sagrado do xamã, o " ícaro ",
conduzindo-nos dentro do mundo mágico da Ayahuasca, planta mestre da Amazonia. Nos fundimos na
profundidade da terra, sólida, tibia, acolhedora, mãe do cipó. O ícaro é grave, removendo nossa essência
fundamental, terrena, e logo, ascendendo em ligeiras cadências, competindo com o vento, e então a essência
volátil que nos remonta ao céu num vertiginoso vôo sem fronteiras. Sentimos crescer dentro de nós a planta, o
animal, o espírito ao qual nunca nos sentimos ligados e que, agora descobrimos tomando parte de nosso ser
transcendente.
Cálida, doce e amarga, forte, flue em meu corpo com o sabor acre das coisas boas. Uma paisagem descortinou
na minha frente, muito céu azul, vento, sol e terra.
Ao apagar-se a luz e ao conjuro dos ícaros, veio a mim uma adolescente que, saindo da garrafa que contém
ayahuasca, cresce enquanto vai dançando. Tem aparência ameríndia, cabelos negros grandes e lisos e olhos
rasgados. Seu corpo flexível é vegetal e dança ao meu redor, enquanto sorrí e conforme vai girando, envelhece
sem perder a graça do movimento. É agora uma anciã afetuosa e amiga e a sinto como protetora, me
surpreende. E então me olha com olhar travesso e volta a ser jovem.
A ayahuasca me pega pelas mãos e leva-me através dos bosques, do ar e até o mar. Alí me submerge, pese o
meu temor, e descubro com surpresa que o lugar que achava ser perigoso e desolado era um mundo cheio de
Enséñame a ver
a ver al Hombre dentro del hombre
a ver el Sol dentro e fuera del hombre
enséñame a ver...
Usa mi cuerpo, hazme brillar
com brilho de estrelas,
com calor de sol,
com luz de luna e fuerza de tierra,
com luz de luna y calor de sol
hazme brilhar
Madre Ayahuasca....madre..
.
Flutua, oscila e grita tua voz em meu corpo. Não te escuto nem vejo, mas vibro com teu calor distante.
Ayahuasca, essência viva, mulher etérea, imaterial e vegetal.
Mãe amiga, sem tempo, idioma universal.
Graças a tí, minha mente se funde e reencontra Deus e o Eterno.
Vislumbro através de mil cores e formas ao Ser-Espírito
perdido na alvorada dos tempos, em meu cérebro...
Memória longínqua do meu ser....
O amor estará gravado em meu genoma ?.....
Aonde tú ?...
Guiada por um sonho, me fez submergir no mar.
Mar imenso e transparente,
cheio de cores e vida,
tibio, luminoso e acolhedor...
tem uma cidade alí...há muitos anos...
conjunção com meu Eu profundo,
que está na terra há milênios e não morre...
que me chama sem voz desde o fundo do mar,
escondido em mim mesma,
que me assalta em sonhos irreais,
que me agita o coração sem saber por que,
Efeitos Bio-Químicos
Texto do titulo Farmacologia do Santo Daime e seus Efeitos Bioquímicos no Corpo Humano
O Santo Daime é uma bebida conhecida milenarmente pelos povos das américas e foi, durante todo este
período, utilizado de forma sagrada e ritualística por estes povos, porque tem um grande poder alterador da
consciência humana.
Este poder de alterar a consciência permite que o indivíduo que utiliza esta bebida entre num estado de
percepção bastante profunda sobre si mesmo. É uma característica do Santo Daime propiciar uma viagem para
dentro de si mesmo, levando aquele que o utiliza, a níveis muito profundos de auto-consciência e de auto-
entendimento. Assim, esta bebida foi e é conhecida pelos povos nativos do nosso continente como uma
substância enteógena, que significa aquela que tem Deus dentro (do grego theos, genus). É exatamente por
esta razão que sempre foi utilizada de forma sagrada e ritualística e não poderia ser de outra maneira. É um
veículo muito poderoso que permite um indivíduo se encontrar consigo mesmo de forma bastante profunda.
O Santo Daime é uma bebida obtida através do cozimento em água de duas plantas nativas da região
amazônica: um cipó, de nome científico Banisteriopsis Caapi, conhecido também como Jagube ou Mariri, e
um arbusto da família do café, de nome Psychotria Viridis, conhecido popularmente como Rainha ou
Chacrona. Estas duas plantas contêm, cada uma, substâncias bioquímicas que, juntas, são complementares
porque se encaixam perfeitamente no funcionamento do sistema nervoso humano de uma forma que é
tranqüilamente absorvida pelo organismo, sem causar qualquer tipo de agressão ou de dependência. A junção
destas duas plantas também traz o perfeito equilíbrio energético do feminino e do masculino, do yin e do
yang, da Lua e do Sol. A Rainha possui uma força evidentemente feminina e é nela onde reside o poder de
visão da bebida, contida numa substância abundante de sua seiva, conhecida como DMT (dimetiltriptamina),
enquanto que no Jagube está a força masculina deste equilíbrio contida nos alcalóides Harmala (Harmina,
Harmalina, Tetrahidroharmina, Harmalol e Harmol, estes dois últimos em menores concentrações).
Para que possamos entender o funcionamento destas substâncias no corpo humano, é necessário um
conhecimento prévio resumido do funcionamento da área mais nobre do cérebro humano, que desempenha
funções de planejamento de atividades no tempo e é também responsável pelo foco de atenção que nos
permite a concentração necessária para realizar qualquer tarefa. Esta região cerebral é movida por um
neurotransmissor, que é a molécula que se encaixa entre um neurônio e outro com a finalidade de conduzir
estímulos nervosos através da teia neuronal, chamado Serotonina. Este neurotransmissor é produzido no
interior do cérebro humano e também no trato gastrointestinal. Em um indivíduo normal, sua produção é
obtida através do L-Triptofano, um aminoácido alimentar essencial. Quando um indivíduo entra num processo
depressivo, há deficiência na produção de Serotonina, que pode ser causada pela falta das substâncias
primordiais para a sua produção ou por alguma deficiência do sistema produtor deste neurotransmissor, sendo
que um dos primeiros sintomas da depressão é justamente uma dificuldade que o indivíduo passa a ter quanto
a focar sua atenção em qualquer tarefar que for realizar. A Serotonina é uma substância que tem uma vida útil
no corpo humano e, uma vez expirado este prazo, ela é metabolizada por uma enzima também produzida na
região gastro intestinal, conhecida como Monoaminoxidase ou MAO. Esta enzima, quando em ação, regula os
níveis de Serotonina no interior do cérebro humano num indivíduo normal. Ela é liberada no sangue através
de mensagens que chegam do cérebro ao estômago através do nervo pneumogástrico. Existe também um outro
mecanismo neurológico que é responsável pela diminuição dos níveis de Serotonina, que está localizado no
interior do cérebro e é conhecido como Sistema de Recaptação de Serotonina. Este sistema recapta as
moléculas de Serotonina que vagam pelo cérebro e as reencaminha a neurônios que necessitam de
neurotransmissores para cumprir sua função. Assim, todo este mecanismo garante o funcionamento do
sistema nervoso humano, de acordo com o projeto original.
Quando uma pessoa se encontra num estado depressivo e passa por um tratamento psiquiátrico, ela pode
Farmacologia
Botânica, Química e Farmacologia
Entre as inúmeras plantas utilizadas como enteógenos nas Américas destaca-se aquela que será aqui estudada:
o cipó Banisteriopsis caapi da família Malpighiaceae, cuja descrição em Pio Corrêa (1926:351) é a seguinte:
“Arbusto de ramos estriados e folhas bi-glanduloso-pecioladas, ovadas ou ovado-lanceoladas, agudo-
cuspidadas, fuscecentes, glabras; flores dispostas em amplas panículas pyramidaes constituídas por corymbos
umbelliformes, fructo samara alada, pilosa.”
Richard Spruce, jovem botânico inglês, foi o primeiro a descrever a planta, que conheceu em 1852, na
localidade de Urubú-coára. Apesar das referências prévias ao uso indígena desta espécie feitas por
missionários, Chantre no final do século XVII, Magnin em 1740, e por inúmeros viajantes estrangeiros (ver
Trata-se de uma planta geradora de muitas polêmicas ! Parte da população mundial quer proibir, parte
descriminalizar e outra liberar totalmente. Quem está com a razão?
A maior parte das divulgações de pesquisas feitas até hoje, foi com criminosos. Ela circula na ilegalidade. Até
agora, pouco se divulgou a respeito de milhares de pessoas que a utilizam para fins relaxantes, espirituais,
meditação, recreação, etc. Até porque existe medo na pesquisa. Já ouvimos até dizer: Fumei, mas não traguei !
Segundo o Relatório Mundial de Drogas 2006 do Unodc - Escritório das Nações Unidas contra Drogas e
Crime O relatório revelou que a maconha foi utilizada por um número estimado de 162 milhões de pessoas ao
menos uma vez em 2004, ou aproximadamente um quarto da população mundial com idades entre 15 e 64
anos. O documentou ressaltou ainda que o consumo continua aumentando.
Já há estudos desenvolvidos, como os do antropólogo Edward MacRae junto a grupos de indivíduos das
camadas médias urbanas formalmente integradas à sociedade, que demonstram, que entre os milhares de
usuários , há os que não são vagabundos e nem excluídos da sociedade. São pessoas comuns, que ajudam o
próximo e não fazem mal a quem quer que seja. Você que está lendo deve conhecer algum. A grande
polêmica é se um usuário precisa de ajuda e tratamento ou ser punido com prisão.
Foi pesquisado que entre os que usam, tem de tudo, tem um mundo. Milhares de usuários são trabalhadores,
têm suas famílias, são responsáveis, pagam impostos, etc. Entre os usuários há Professores, terapeutas,
médicos, advogados, policiais, executivos de empresas, esportistas, intelectuais, políticos, artistas, psicólogos,
psiquiatras, e vai !
O maior problema da planta é o tráfico, que financia a criminalidade, o terrorismo. Que movimenta fortunas,
aproxima os criminosos e drogas químicas, principalmente dos jovens que buscam, na verdade, estados
diferentes de consciência. Há tempos atrás, a sociedade fazia dessas pessoas: criminosas. Acabavam sendo
criminosos pois burlavam a lei assim como os criminosos que representam perigo para a sociedade. Tudo no
mesmo mesmo saco !
Sabe-se que o trafico existe quando há proibição. Quanto mais aumentam os mecanismos de repressão, mais o
tráfico se especializa e cresce. Foi esse o grande exemplo da lei seca americana. Temo que um dia o tráfico se
sofistique tanto, se equipe tanto, que tome conta da situação. Os países investem fortunas combatendo o
tráfico, estimulados pela lei proibicionista que nega o livre-arbítrio, quando poderiam investir esses valores
em educação, saúde e para promover a paz.
A nova lei que chega ao Brasil , é um avanço na direção dos direitos humanos, tornando-a um caso de saúde e
separando-a do tráfico. A Comissão Internacional de Controle de Narcóticos (INCB, na sigla em inglês) da
ONU elogiou em seu relatório anual divulgado nesta quarta-feira, a iniciativa do sistema judicial brasileiro de
se concentrar no combate aos traficantes de drogas e adotar penas alternativas para os usuários.
Toda a situação demonstra ainda faltar mais estudos, mais pesquisas, e principalmente mais consciência. Para
ter "consciência" é preciso que primeiramente se tenha "ciência", pesquisando, comparando, deixar de lado
preconceitos e paixões, e a sociedade ter a coragem de enfrentar paradigmas, fazendo realmente um estudo
fitoquímico e psicológico para ver a verdade e não para satisfazer um ponto de vista. Mostrar os prós e os
contras para que possamos orientar melhor nossos jovens.
Os aspectos científicos cabem à ciência. Os sociais a Lei, e o que é de César...para César. Não venho aqui
iniciar qualquer tipo de movimento, trago abaixo informações que todo o pesquisador de plantas conhece.
Quero ressaltar que sou um combatente dos vícios (sejam de substâncias, plantas, comidas,medicamentos,
trabalho, esportes, jogos, bebidas, religião, pessoas). Meu interesse com as plantas é espiritual, como todo o
estudioso de xamanismo que se preza e não envolve vícios. Aprendí que as coisas de Deus não viciam, O
vício não é uma coisa de Deus. Deus é liberdade ! Não concordo porém, com a atitude de "satanizar"
plantas. Aprendemos no xamanismo que as plantas são obras de Deus, não podem nunca ser confundidas com
drogas. Deus não faz drogas. A droga é uma criação humana. Deus criou um jardim de mistérios e
maravilhas na sua infinita sabedoria. Que direito tem o homem de destruir uma espécie da Criação ? E que a
Verdade Divina prevaleça.
A Canabis Sativa é original da Ásia, da qual também é extraído o haxixe e o kif. A planta é também citada no
Velho Testamento, cantada e louvada por Salomão, que a chamava de kálamo (cânhamo) . No Brasil era
utilizada pelos escravos africanos que conheciam suas propriedades. Sabe-se que ela é de uso de muitas tribos
COCA
Não pode se confundida com a droga cocaína. No Perú ela é considerada a síntese das Plantas de Poder. Suas
folhas até hoje são utilizadas para leitura de um oráculo, por aqueles que tem esse conhecimento. Tanto no
Perú, como na Bolívia ( Ipadu) ela tem até hoje uma grande importância como chá, para dores de estômago,
cólicas, disturbios digestivos, para facilitar a digestão, normalizar a pressão, problemas de pele, do aparelho
respiratório, da circulação, enjôos, fadiga na laringe.
Também era utilizada para diminuir o apetite. Os incas ao subirem as montanhas, as vezes ficavam dias sem
comer, sómente mascando folhas, que tiravam a fome e lhe davam mais energia.
Utilizada também como antidepressivo, e como coadjuvante no tratamento de diabetes (regula o
metabolismo). Outras indicações terapeuticas estudadas : acalma inflamações, fortalece ossos fraturados, para
tirar o frio do corpo, o pó das sementes tem bons efeitos no sistema nervoso, como fortificante.
No início do Imperio Inca, eles não conheciam a coca, era um conhecimento indígena. Apenas a Família
Imperial fazia uso. A Planta Sagrada, era de uso restrito ao filhos de Inti ( Sol ). Pouco a pouco ela foi se
popularizando. Eram levadas em bolsinhas medicinais juntamente com a lifta ( resina que é utlizada para
melhor extrair os princípios das folhas).As sacerdotizas utilizavam como instrumento uma haste que na ponta
tinha um beija-flor.Com o bico extraia-se a lifta para ser juntada às folhas.
O velho hábito de mascar coca continua até hoje, principalmente entre os índios, que as usam para afastar
maus espíritos e para gerar sonhos.
Ao Deus Inti, divindade suprema, foi consagrado o arbusto da coca, e suas folhas são oferecidas nos rituais e
cerimônias.
Em todas as consagrações aos deuses incas, as pessoas levavam em suas bocas as folhas de coca. Eles
queimavam folhas para predizer o futuro, jogavam no chão para evocar Viracocha. Os sacerdotes as
mascavam para abrir portas do mundo profundo. Introduziam folhas de coca na boca dos mortos, para
preservá-los de perigos espirituais, assim como nas sepulturas.
As folhas de coca também eram usadas nos ritos de passagem dos filhos do rei.
Os Paqos, sacerdotes andinos, usam uma chuspa, uma bolsinha de tecido ou de pele de lhama para carregar as
folhas de coca. Fazem adivinhação através das folhas e também oferendas. A principal oferenda ritual chama-
COGUMELOS
Os cogumelos não são considerados plantas pela ciência, não têm clorofila. Porém na visão xamânica "de tudo
o que está plantado" sim. Os cogumelos enteógenos, têm sido de grande importância em várias cerimônias
religiosas.
O texto abaixo é extraído do livro Retorno à Cultura Arcaica (Nova Era)de Terence Mckenna, um xamã e
botãnico, que viveu no Hawai, onde reproduzia o cogumelo em seu laborátorio de plantas de poder :
" Há talvez dezenas de milhares de anos, os seres humanos vêm utilizando cogumelos para fins de
adivinhação e indução do êxtase xamanista. Pretendo demonstrar que a interação entre homens e os
cogumelos não é uma relação simbiótica estática, e sim dinâmica, através da qual pelo menos uma das partes
consegue atingir níveis culturais mais elevados.
O impacto das plantas psicoativas sobre o aparecimento e a evolução dos seres humanos é um fenômeno que
até agora não foi examinado, mas que promete esclarecer não só a evolução dos primatas, mas também o
surgimento das formas culturais peculiares ao Homo Sapiens. '
Há um fator oculto na evolução dos seres humanos que não é nem o elo perdido nem a finalidade imposta
pelos céus. Minha teoria é que esse fator oculto na evolução dos seres humanos e que teve à tona a
consciência humana em um primata bípede dotado de visão binocular tem a ver com um laço de
realimentação com alucinógenos vegetais.
Trata-se de uma noção que ainda não foi amplamente explorada, em bora uma forma muito conservadora dela
apareça em Soma: de R. Gordon Wasson. Ainda que ainda não comente o surgimento da natureza humana
nos primatas, Wasson sugere que os cogumelos alucinógenos foram o agente causal do aparecimento de seres
humanos espiritualmente conscientes e da gênese da religião. "
Composição :
A ausência de clorofila impede os cogumelos de se alimentarem utilizando a energiaa solar, o que impele a
espécie a desenvolver outros métodos de vida, atuando como parasitas em outros animais e plantas ou
habitando materia em decomposição. Os fungos também agem quimicamente no ar, de forma diferente das
plantas com clorofila, eles aborvem o oxigênio e exalam ácido carbônico, agindo nesse ponro da mesma
forma que os animais, aos quais se assemelham em composição química.
No continente americano há o Stropharia Cubensis; que nasce no estrume do zebu. Segundo Sangirardi Jr,
essa espécie de fungo tem sido empregada na América Central desde muito antes da chegada dos espanhóis
que trouxeram o gado bovino. Para ele, poderiam proliferar no estrume do búfalo americano e do gamo,
animais considerados sagrados pelos maias.
Este Cogumelo é muito conhecido aqui no Brasil, notamente em regiões de pasto de gado.Seu princípio ativo
é a psilocibina, a parte inferior do chápéu é escura e sua cor é um tom dourado escuro
Terence Mackenna, um xamã e botânico que morava no Hawai, em seu livro : " Aluninações Reais", conta
como consegue reproduzir o cogumelo, no seu laboratório de plantas de poder, afirmou :
- A psilocibina está intimamente ligada com a serotonina. A serotonina torna possívei ao cogumelo as funções
cerebrais do universo mental.
O mais interessante é como nasce o cogumelo. Imagine agora um zebu pastando. As plantas ingeridas vão
para aquela bio-máquina, que é o seu processo digestivo, e vira depois estrume. Depositado o estume na terra,
fica por conta do Universo. Vem a chuva irrigando o estrume, e em seguida o Sol com seus raios dourados,
energizando.Desta alquimia natural, nasce o cogumelo.
Numa das vezes que ingerí o cogumelo, dentro de um ritual xamânico, estabelecí contato com um ser, que
intuí ser o elemental . Tive a visão de um elemental bastante gordo, cheio de barrigas, bonachão, bastante
sorridente, passando-me que possuia os registros da Mãe-Terra e das manifestações da natureza.
Sentí uma profunda conexão com a natureza, podia observar as mais sutís formas de vegetação, e tive a
compreensão que esta planta não pode ser ingerida em centros urbanos. Dizem os erveiros que os cogumelos
AMANITA MUSCARIA
Outro famoso é o Amanita Muscária, que tem sido empregado há mais de 6.000 anos, por xamãs siberianos,
um cogumelo vermelho com manchas brancas. É o sacramento de seus trabalhos espirituais.
A Amanita muscária é um cogumelo enteógeno, que proporciona visões e introvisões de profundo significado.
Alguns pesquisadores acreditam que ele é o soma, dos Vedas (a mais antiga literatura sagrada da
humanidade).
Essa planta contém elementos que permanecem intactos em sua passagem pelo organismo, por isso os xamãs
siberianos guardavam e consumiam a própria urina para ser bebida no inverno, quando não havia o cogumelo.
Nas biografias legendárias de alguns adeptos do budismo, há alguns indícios que podem ser interpretados para
revelar que eles consumiam o cogumelo Amanita muscaria para conseguir a iluminação.
Eles mantinham o voto de manter o segredo dessas práticas, tanto que sua identidade foi escondida atrás de
um jogo de símbolos.
Alguns pesquisadores afirmam que ele é o próprio Soma, dos Vedas.
Soma era mais do que uma planta, e seu sumo expressa um deus. Sugere-se o deus Agni, deus do fogo.
O soma é simbolizado pelo touro, o símbolo do rig veda (hino aos deuses) da força.
Nas pesquisas, o uso do amanita aparece também em tradições da Ásia do Norte e do Sul, nas tradições
germânicas ligadas a Odhin, em usos xamânicos mais adiantados nas florestas da Eurásia do Norte. Visto
também, por muitos anos, no distrito de Kanto, no Japão; no Norte da Europa; Índia; e na América Central por
muitos anos.
Também identificado como o Haoma, dos Persas. Esses cogumelos sagrados foram utilizados por xamãs para
a cura espiritual; era a entrada para incorporar o reino dos deuses.
O cogumelo sagrado Amanita Muscaria, segundo alguns pesquisadores, é o mesmo citado por Lewis Carroll
em "Alice no País das Maravilhas" Teria Lewis ingerido o enteógeno para escrever seu livro ?
Relata-se também efeitos analgésicos significativos, para curar males da garganta, feridas cancerígenas,
artrites.
A amanita contém os princípios ativos muscazon, ácido ibotênico, muscimelk e bufoteína. Os efeitos
começam entre 20 e 30 minutos após a ingestão e duram de 6 a 8 horas.
Geralmente, o usuário experimenta visões semelhantes aos sonhos.
O Amanita muscaria, em suma, é um dos cogumelos mais bonitos, com um encanto misterioso.
Muitos povos xamânicos também comemoravam a cerimônia da árvore, representando a "Árvore do Mundo".
Será por isso que levamos uma para dentro de nossas casas e a enfeitamos? Partimos da crença de que a lenda
do Papai Noel nasceu na Sibéria. Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas.
As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; eram também
consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do
TEONANÁCATL
DATURA
No preparo da bebida mágica, raspa-se a casca do tronco, que é espremida numa cabaça. A dose média é
aproximadamente um copo comum (200mL), o suficiente para provocar as duasclasicas etapas da embriaguez
com esse tipo de substâncias : exaltação furiosa e depressão com sono comatoso.
Reinburg observou que, entre os zaparos, a issioma é reservada aos homens e constitui, quase sempre, uma
IBOGA
Bia Labate
Afrique
Aterrizei no aeroporto de Yaounde, capital dos Camarões, com o objetivo de coletar dados sobre uma
misteriosa raiz africana a qual se atribui fortes propriedades terapêuticas. A primeira sensação, o bafo quente e
pegajoso, é de familiaridade. Os pagne, roupas tradicionais usadas pelos negros, fazem-nos sentir por um
momento em Salvador… mas logo se percebe que não é bem "a mesma coisa". Bastam poucas horas para que
todas os nossos referencias conceituais fiquem suspensas no ar. Para o forasteiro, não existe nenhuma
coerência ou ordem estética. Não há ruas nem endereços; o trânsito é cada um por si. Música 24 horas por dia.
Homens passeiam (sem malícia) de mãos dadas pelas ruas. Ao andar pela "cidade", medem, mexem e tocam
em você. Como branca, dá vontade de ser invisível.
É difícil não se chocar na África, ficar imune. De repente, parece que acordamos de um sonho: existe sob os
nossos olhos um continente todo pulsando e expandindo-se com sua pobreza sem precedentes. Em meio a este
cenário, mil modelos de bonitos e criativos penteados enfeitiçam e contagiam o turista com uma sensação de
uma alegria poderosa, encerrando simbolicamente a força de um povo.
A Iboga (1)
Não foi difícil achar o primeiro pé da tal planta. Trata-se de uma raiz subterrânea que chega a atingir 1,50m de
altura, pertencente ao gênero Tabernanthe, composto por várias espécies. 650 destas já foram identificadas na
África Central. A que tem mais interessado a medicina ocidental é a Tabernanthe iboga, encontrada sobretudo
na região dos Camarões, Gabão, República Central Africana, Congo, República Democrática do Congo,
Angola e Guinea Equatorial. O arbusto cresce em áreas de floresta tropical, solos pantanosos ou savanas
molhadas. Ela floresce e produz frutos durante todo o ano. O seu principal alcalóide – leia-se: princípio ativo -
é a ibogaína, extraída da casca da raiz e que representa 90% dos 30 alcalóides encontrados nas raízes desta
espécie. A iboga pertence a família dos alucinógenos clássicos, entre eles o peyote, os cogumelos, a ayahuasca
e o LSD.
Acredita-se que os pigmeus tenham descoberto a iboga em tempos imemoriais. Até hoje estas populações a
utilizam em ritos nos quais dificilmente admitem a participação de brancos. Segundo os escritos de um
especialista nesta planta, o italiano Giorgio Samorini, algumas espécies de animais, entre as quais os mandris
e javalis, alimentam-se das raízes da iboga para conseguir efeitos entorpecentes. É provável que os pigmeus
tenham descoberto as propriedades alucinógenas da iboga observado o comportamento curioso destes
JUREMA
A "Jurema Negra" ( Mimosa Tenuiflora ), é também conhecida como Espinheiro Preto. É uma árvore muito
conhecida no nordeste brasileiro~. São utilizadas a casca e a raiz macerada na água, vinho ou cachaça.
É desta planta que se origina o famoso "Vinho da Jurema", citado até na obra "Iracema", de José de Alencar :
"Através da planta, os guerreiros de Araquem entravam em comunicação com o mundo invisível"
É usada nos rituais do Catimbó e pajelanças, principalmente entre os índios Jês e Tapuias e Kariris (BR). O
preparo da bebida e o cerimonial eram secretos. Era usada por médicos-feiticeiros, juntamente com o fumo e o
maracá, para abençoar, aconselhar e curar. A ingestão permite ao pajé entrar em contato com seus espíritos
ancestrais.Na Umbanda, Jurema é a dona das ervas mágicas.
Segundo Sangirardi Jr.,os pajés indigenas ensinaram aos brancos e mestiços os mistérios da pajelança, e esta
influiu no Catimbó. O "Cauim" (cachaça com Jurema), dá um sentimento de plena energia, de paz com o
mundo e com nós mesmo, de empatia com todas as criaturas.
No início dos anos 90 tive a oportunidade de experimentar algumas vezes a casca da raiz de Jurema em
maceração a frio com vinho branco pelo período de 21 dias e pude sentir um transe moderado.
No final Encontro da Nova Consciência de 2.007 em Campina Grande - Paraiba, Chris e eu, participamos de
uma mesa redonda sobre "Plantas de Poder" onde conhecemos o antropólogo Rodrigo Grünewald.
Nossas afinidades nos levaram a participar de uma jornada para colher a "Raiz de Jurema" para um preparo,
consagrando uma bebida feita da mistura de Jurema DMT e Peganum Harmala (Harmina) que possui
principio ativo semelhante ao da Ayahuasca .
Abaixo nota de Rodrigo:
"O termo Jurema designa várias espécies de plantas psicoativas dos gêneros Mimosa, Acácia e Pithecelobium,
mas também vários tipos de bebidas, de cultos e de contextos de uso.
Há uma diversidade de significados abrangida pelos usos da Jurema, passando pelos contextos indígenas, pelo
Catimbó, ou seu consumo nas religiões “afro”, até os experimentalismos urbanos contemporâneos. Assim, nos
anos noventa, foi elaborada na Europa uma nova bebida feita a partir das cascas de raízes de Jurema (mimosa
tenuiflora willd poir) e de sementes de Arruda da Síria (Peganum harmala). A esta beberagem se
convencionou chamar, também, de Jurema. Diferente das Juremas dos cultos afro-ameríndios brasileiros, esta
bebida serviu como um análogo da ayahuasca, bebida composta a partir do cipó Banisteriopsis caapi e das
folhas da Psychotria viridis e regularmente usada em cultos brasileiros com os nomes de Daime ou Vegetal.
A criação da Jurema européia objetivou sua utilização na substituição do Daime em trabalhos terapêuticos
então realizados em Amsterdam. Posteriormente, esta Jurema difundiu-se pelo Brasil entre grupos urbanos
que a acolheram dentro de perspectivas espirituais variadas, mas essencialmente informadas por uma bagagem
fornecida pelas religiosidades ayahuasqueiras e “new age”. Alguns autores propuseram denominar esta nova
bebida de “Juremahuasca”. A partir dessa caracterização e focando os processos sociais concretos de
experimentação da jurema em tais contextos rituais recentes, o presente trabalho pretende analisar o
ecumenismo presente em suas formatações, bem como apontar para obstáculos culturais que parecem
O nome jurema é originário de uma árvore (acácia jurema), cujas raízes os pajés faziam uma bebida capaz de
produzir sonhos adivinhatórios.
O antigo ritual realizado pelos indígenas, supunha que os guerreiros poderiam viajar ao mundo dos espíritos
tomando a poção. Os índios sonhavam, mas eram somente as mulheres que interpretavam tal sonhos e podiam
revelar o passado e o futuro.
Dois grandes grupos indígenas praticavam este ritual: os jês (tapuias) e os karirís. Os detalhes destas
cerimônias ficaram perdidos para sempre, pois nenhum historiador ou escritor se preocupou em escrevê-los.
Até o século XIX, o fato de beber jurema era considerado um ato de bruxaria ou prática de magia e seu uso
era secreto. Alguns indígenas foram presos praticando este ritual, entretanto foram ele que ensinaram aos
brancos e mestiços o uso da planta.
Existem dois tipos de jurema, a branca (Pithecolobium diversifolium) e a negra (Mimosa nigra Hub.). Os
pajés indígenas elaboravam uma bebida com a jurema branca que produzia sonhos afrodisíacos e
premonitórios. Também é muito usada pelos pais e mães de santo do candomblé de Pernambuco.
A infusão de jurema é preparada com suas raízes, que devem primeiro serem raspadas para eliminar a terra
que nela se apresenta agregada e depois serem muito bem lavadas. Em seguida, a raiz deve ser colocada sobre
uma pedra e macerada com a utilização de outra pedra. A massa formada deve ser diluída em um recipiente
com água. Pouco a pouco a água se transforma em um líquido avermelhado e espumoso, semelhante ao vinho,
motivo pelo qual é conhecido por este nome.
Esta bebida sagrada era servida em rituais não só dos indígenas, mas também nos cultos afro-brasileiros. Estes
últimos acrescentavam à bebida mel, ervas e outras substâncias. Nos rituais de magia negra acrescenta-se
sangue de animais. Em alguns templos, costumava-se misturar a jurema com aguardente de cana de açúcar, o
que chamam de "cauim".
As folhas de jurema também são usadas secas, misturadas ao tabaco, que são fumados em cachimbos que os
indígenas faziam com o tronco da jurema. O pajé coloca o cachimbo ao contrário, onde se deposita o tabaco, e
sopra sobre a poção que se encontra no recipiente. Curiosamente, forma-se uma figura em forma de cruz no
líquido com um ponto em cada um dos ângulos formados pelos braços da cruz. Os galhos e as flores da
jurema são destinados à rituais de limpeza que combatem o mau-olhado e eliminam qualquer bruxaria do
corpo. Também servem para que os médiuns do candomblé ou da umbanda possam ver o futuro com mais
clareza.
Em outros rituais possui a função depuradora: costuma-se soprar a fumaça nos quatro cantos do templo ou da
casa, expulsando assim os maus espíritos. Em seguida, um assistente recolhe o recipiente e o deposita sobre
uma esteira de palha. As mulheres mais velhas das comunidades das regiões pobres do interior são convidadas
a participar na cerimônia formando um círculo ao redor da poção. Todos os participantes acendem seus
cachimbos que passam de mão e mão e de boca em boca, de modo cerimonioso e fraternal.
Uma cantadeira agita as maracás feitas com cabaças, enquanto entoa hinos para evocar a Jesus Cristo, à
Virgem Maria, à Padre Cícero, à cabloca Jurema e outras entidades, pedindo-lhes a benção para todos os
presentes. Elas também benzem individualmente todos os presentes. Quando a cantadeira se cansa, pede para
ser substituída por outras mulheres. Ao final de algumas horas, o chefe da cerimônia serve a bebida sagrada à
cada um: só podem beber dois tragos. O que sobra é jogado fora, a modo de libação, em um buraco sagrado.
Durante o transe (estado alterado de consciência)o participante, pode pedir aos santos ou entidades invocadas
que lhe deixem ver com claridade o passado, presente e futuro. Também pode rezar para pedir a proteção
individual ou coletiva aos espíritos protetores da natureza, geralmente de origem indígena ou afro-brasileiros.
Os participantes também podem conectar os mortos. O ajucá é um dos reinos mágicos, invisíveis habitado por
"espíritos dos bons conhecimentos". Um destes reinos era o da Pedra Bonita, em Pernambuco, onde até hoje
existem duas enormes pedras graníticas. Ali residiu o líder de uma seita que, no século passado, ordenou o
sacrifício de muitas pessoas empregando a jurema em seus rituais. Entretanto, dizem que a jurema estava
adulterada por outras substâncias que levavam à loucura, como o manacá (Brunfelsia hopeana Benth), uma
planta tóxica.
PARICÁ - VIROLA
VIROLA (Virola Calophylla) - PARICÁ (Piptadenia / Anandathera Peregrina)
Utilizados em pó como rapé. Vem das sementes leguminosas (paricá) ou das cascas do tronco (virola).
Utilizado pelos índios brasileiros, as plantas são aspiradas através de tubos, pelas narinas.
Paricá
Há varios nomes para o Paricá : niopo, nupa, yopo, cohoba, niopa, nopa, yopa, jopa, yupa, curupa, niopa,
cogioba, cohiba, coíba, kurupaiara, cebil, cevil, mori, hataj, hisioma, kakoímes, curuva, . Outros do Brasil :
angico, angico-branco, angico-do-campo, angico-roxo, angico-vermelho, arapiraca, cambuí-angico, curupaí,
paricá-de-curtume, paricá-de-terra-firme, tiborana e outros.
Ela é de uso restrito ao xamã/pajé, que a aspira e cai em transe, entrando em comunicação com os espíritos.
Então ele fica com plenos poderes para desempenhar seu papel de adivinho, curador e conselheiro. Dizem que
dá grande resistência física, e visões. Diminui a sensação de fome, sede.
è uma árvore perene do gênero uma árvore do género Anadenanthera para o Caribe e América do Sul. Ela
cresce até 20 metros altura, com uma casca espinhosa. Suas flores são brancas e amarelo pálido ao esférico
.Trata - se de uma enteogeno utilizado na cura e cerimônias rituais. Contém bufoteína, uma triptamina que
está relacionada com o neurotransmissor serotonina. Esse alcalóide é encontrado na pele de alguns sapos
(kampun)
Sangirardi Jr : O Pó sagrado dos Feiticeiros
"Massaricado nos instantes de fome, evoca Jurupari. O marido, desconfiado de que a mulher o traia, que tinha
um amante, recorre às virtudes do paricá. "Aquele companheiro dela era uim pouco pajé, cheirou paricá, viu
logo como sua mulher lhe fazia..."Esta lenda evidencia o caráter mágico e divinatório do paricá, restrito aos
poderes do pajé, o xamã, o homem medicina.
É uma cena comum, no consumo ritual das drogas hierobotânicas. O pajé está sentado ou de cócoras, com
toda a sua parafernália miraculosa. Diante dele estpá o enfêrmo, o deventurado ou o aflito.
Então o xamã absorve a substância prodigiosa, cai em transe e entra em comunhão com os espíri8tos. Agora
está com plenos poderes para desempenhar seu papel de adivinho, médico e conselheiro. Profetiza, adverte,
receita, orienta. Descobre a origem das influências maléficas e arregimenta as forças necessárias para
combatê-las.
Entre os waikás do Alto orenoco, a Piptadenia (hisioma) é planta sagrada, ligada a dois espíritos que a criaram
em tempos remotos. Segundo o Padre Pane, os índios que absorviam cohoba viam os companheiros
caminhando no ar e, após despertarem, contavam tudo o que lhes haviam revelado os Cemi ou Grandes
Espíritos.
Entre os índios karimés, o paricá é denominado kokoíme. E kokoíme é também o nome do Grande Espírito da
Montanha, que vive nessa planta. Basta que se aspire o rapé, para receber uma parcela desse espírito e suas
forças excepcionais. Durante o consumo cerimonial dos kokoíme, o médico feiticeiro conversa com os
espíritos.
Os índios Kaxuiâna, trico xaribe do Rio Trombetas, consideram sagrado o pó de pariá, que consomem durante
um longo e complicado ritual: a festa do mori absorveu todas as doenças e malefícios, sendo por isso atirada
na mata, despachada; ; a outra parte está impregnada de mana, de qualidades purificadoras e fortificadoras, e é
Provavelmente nesse momento as pessoas eram colocadas diante da imagem felínica. Essa tese se apoia na
existência, em Chavín, de uma série de cabeças incrustadas nas paredes da pirâmide, em vários estágios de
transformação: desde um humano totalmente humano até um felino totalmente dragão. A metamorfose, como
mostraram alguns pesquisadores,está claramente associada com o inchaço do nariz. Portanto, a minha
interpretação é de que, ao adicionar o paricá – que é cheirado –, produzia-se uma transformação felínica, uma
verdadeira “encarnação” do espírito tutelar do culto. Há também muitas evidências do uso conjunto das duas
substâncias [São Pedro e paricá] em outras culturas que apareceram depois, no Horizonte Médio do Peru,
entre os Mochica, os Nasca e os Wari.
- B: Mas o paricá e o São Pedro nem sempre são consumidos em conjunto...
- A: É verdade. As “tabletas” de paricá, espécie de bandejinhas para cheirar o pó, também foram amplamente
distribuídas em épocas pré-hispânicas no sul andino, até o norte do Chilee o norte da Argentina. Aí não se
sabe ao certo se as pessoas usavam o cacto também – é difícil precisar se as duas plantas sempre foram
associadas ou se, em alguns casos, eram usadas separadamente. No caso amazônico, é claro que o paricá foi
usado sem São Pedro,numa extensa área que incluía parte do Brasil. Mas as evidências de Chavín me
estimularam a fazer experiências comigo mesmo e com pelo menos vinte pessoas sob minha orientação.Todos
parecem concordar em que o efeito combinado de São Pedro e paricá é mais interessante, levando a espaços
mais insólitos do que aqueles provocados por cada uma das substâncias separadamente.
- B: Existem evidências históricas de que os incas utilizavam a wachuma? Este tipo de idéia parece ser moeda
corrente entre grupos esotéricos contemporâneos.
- A: Não há absolutamente nenhuma evidência histórica nesse sentido, assim como não háprovas
arqueológicas, nem etnográficas, de que os incas consumissem a ayahuasca. Há certeza, sim, de que usavam
folhas de coca e que consumiam as sementes de paricámoídas, misturadas na chicha (bebida de milho
fermentado).
Virola
Outros nomes: iàquí, hacudufa, epená, nyakuana, yaca, yala, yato. Os tucanos chamam a virola de paricá.
Arvore nativa da Colômbia, peru, Sul da Venezuela e noroeste da Amazônia brasileira. A resina avermelhada
que escorre da casca, quando sua casca é arrancada, contém, entre seus princípios ativos, alta concentrações
de triptaminas, principalmente a DMT, além de miristicina, óleo também encontrado na noz moscada.
Depois de extraída, coada e fervida, durante horas, a resina é trasnformada numa pasta que é colocada para
secar, sendo em seguida pulverizada até se obter uma espécie de rapé, ao qual são misturadas cinzas vegetais.
Entre os índios da Amazonia, este rapé é de uso exclusivo do feiticeiro ou xamã, que consome a droga em
rituais mágicos, aspirando-a a través de um tubo. Ao ingerir o pó, o xamã mergulha num sono profundo e
agitado, repleto de visões e sonhos, acompanhados por gritos e murmúrios, enquanto as mensagens dos
espíritos são cuidadosamente anotadas por um assistente que o acompanha em seu transe.
Transcrevo abaixo trechos do livro O Círculo dos Fogos - Feitios e ditos dos indios Yanomami, do
Tubos Inaladores
Em suas prises de paricá ou virola, os indios não usam os dedos para levar a pitada de pó nas narinas, como
fazem os brancos com o rapé: utilizam sempre um tubo inalador.
Salvo raríssima excessões, os tubos de inalação são feitos de ossos ocos, formam um ângulo do tarso de um
ave pernalta. O rapé é consumido de sua formas diferentes :
• através de aspiração nasal
• introduzido nas fossas nasais mediante ao sopro de terceiro.
As variaçõesde uso dependem principalmente da forma do tubo inalador em Y, em V em X ou formando um
duto único em reta.
PEYOTE
O Peiote ( Lophophora Williamsii ) é um pequeno cacto redondo (menos de 12 cm no diâmetro, uma planta de
poder utilizada pelos nativos do México e EUA. O famoso mescalito, dos livros de Castañeda, (derivado da
mescalina seu princípio ativo) É o sacramento da Igreja Nativo Americana - NAC (Native American Church ).
Segundo Sangirardi Jr., os nomes peyote, peiote, pellote são formas hispanizadas do nome vulgar do cato
sagrado dos antigos astecas. Os autores ingleses e norte-americanos escrevem peyote. Em náuatle é peyotl.
assim grafaram os primeiros cronistas coloniais. e assim permanece até hoje entre os indios mexicanos.
Os huicholes dão ao peiote o nome de hicurí; os coras, seus vizinhos de huatari. entre os tarahumares
rambém é hicurí, mas seguido de um oposto, huanamê que significa superior, mais alto, por certo em
decorrencia do caráter religioso da planta. É o señi dos kiowas, o wokowi dos comanches e o ho dos apaches
mescaleros.
A maioria das ceremonias formais do Peiote misturam rufar tambores de água, cantar, orar, e contar histórias
como meios de oferecer agradecimentos e como uma maneira de compartilhar com o Criador.Usado pelas
tribos mexicanas, seu uso, era uma tradição bem estabelecida na época da entrada européia no mundo novo.
Este uso religioso pré-histórico difundiu eventualmente nas regiões norte-americanas. Junto com esta
migração vieram as mudanças nas ceremonias básicos associadas com o Peiote.
O peiotismo mexicano é muito famoso pelas práticas tradicionais da Tribo Huichol. . A maioria do peiotismo
norte-americano são identificados com a Igreja Americana Nativa – Native American Church (NAC), um
grupo grande na maior parte composta por nativos. Há umas divisões numerosas do NAC (NAC de America
do Norte, NAC de Navajoland, NAC de S. Arizona, etc.), com cada divisão composta de diversos núceos
locais. Segue abaixo transcrição do artigo de Lu Gomes e Roberto Navarro :
" Com a chegada dos conquistadores espanhóis no México, o peiote foi perseguido pela inquisição e proibido
como obra do demônio, o que não impédiu que seu uso continuasse muito difundido entre os indios
mexicanos. na verdade, a disseminação cresceu nos anos seguintes, quando foi introduzida nos EUA pelos
apaches mescaleros. No século XIX, o peiote desempenhava papel central na religião de várias tribos norte-
americanas, incluindo os comanches, os cheyennes, os delawares e os kiowas.
Em 1906 surgiu a igreja Nativa Americana (Native American Church - NAC) que consomem legalmente o
peiote em suas cerimônias, graças a um dispositivo constitucional que assegura total liberdade aos cultos
religiosos, para o restante da população desses dois países, assim como para o resto do mundo, o uso da droga
permanece proibido e restrito a experiências científicas.
O peiote deriva do cacto Lophophora, que cresce no Mexico e na região sudoeste dos estados Unidos. depois
de colhido, o cacto é deixado para secar, adquirindo então, o aspecto de um botão enrugado de cor marrom.
esse botão ressecado é o peiote, que contém vários alcalóides de ações diversas, incluindo, entre outros, um
excitante dos reflexos, um convulsivo e um estimulante respiratório. A planta deve seu poder principalmente à
mescalina, embora a presença de outros alcalóides psicoativos como a loforina e a anhalonina, produza efeitos
mais fortes e diferentes daqueles experimentados com a ingestão da mescalina pura.
O uso médico do peiote foi bastante difundido entre médicos norte-americanos no final do século XIX, que
receitavam como tônico cardíaco e medicamento para dificuldades respiratórias. ele também chegou a ser
testado antiespasmódico e até mesmo em caso de manifestações histéricas, mas hoje em dia sua aplicação
terapêutica é nula. estudos realizados na Universidade do estado da Califórnia, por James McCleary,
revelaram que substâncias extraídas do peiote possuem propriedades antibióticas inibindo as atividades
tóxicas do Sataphylococcus aureus , uma bactéria resistente à penicilina.
Samael Aun Weor, da Gnose, em seu livro : Tratado Esotérico de Endocrinologia, destaca a Glândula
Pituitária, como regularizadora e controladora da estrutura celular. A pituitária é a glândula mestre do sistema
endócrino, controlando as demais glândulas. Também tonifica os músculos involuntários do organismo. Cito
ainda a afirmação do Dr. Jorge Adoun, de que o atómo do Cristo Cósmico se acha na glândula pituitária. Ela é
do tamanho de uma ervilha e é localizada no cérebro. Blavatsky disse que a glândula pituitária é o pagem e a
porta-luz da Glândula Pineal.
Os yoguis dizem que da glândula pituitária nasce a flor de lótus de duas pétalas, eles asseguram que é dai que
vem o dom da clarevidência. Já alguns astrólogos afirmam que a pituitária está influenciada por Vênus.
Agora leiam o que Samael escreve sobre a pituitária, que tem a ver com o xamanismo :
Durante a colonização espanhola no México, conta-nos a tradição que sacerdotes católicos efetuaram
trabalhos de catequese junto aos astecas, falando-lhes de Anjos e Arcanjos. Por sua vez, os sacerdotes astecas
convidaram os católicos para comer. Dizem que os sacerdotes católicos comeram entre os alimentos um
cactus. Esses cactus despertaram momentaneamente a clarevidência dos sacerdotes espanhóis. Em seguida
estes viram anjos, arcanjos, etc, etc. O assombro foi terrível, e não sabiam os sacerdotes católicos o que fazer.
Entretando os índios sorrindo diziam :
- Estes anjos e arcanjos de que nos falais, faz muito tempo que os conhecemos !
Conta a tradição que sacerdotes católicos fizeram matar os sacerdotes aztecas considerando-os bruxos ou
feiticeiros. Não existe dúvidas de que esse cactus tem o poder de despertar instantaneamente a clarividência a
quem come. Esse cactus é o Peiote. A biologia não pode subestimar o peiote, nem assegurar em forma
dogmática e intransigente que as percepções sejam alucinações.
Castañeda em "A Erva do Diabo":
" Os outros estados de realidade não comum que Dom Juan me fez experimentar foram provocados pela
ingestão do cacto Lophophora williamsii (Mescalito), comumente conhecido por peiote. Geralmente a parte
superior do cacto era cortada e guardada até secar e, depois, mastigada e ingerida; mas, em circunstânciais
especiais, a parte superior era ingerida quando ainda fresca. A ingestão, porém, não era o único meio de
experimentar um estado de realidade não comum com a Lophophora williarnsii. Dom Juan sugeriu que
estados espontâneos de realidade não comum ocorriam em condições sui generis, e ele as classificou como
dádivas do poder contido na planta.
A realidade não comum provocada pela Lophophora williamsii tinha três características distintas:
• acreditava-se que fosse produzida por uma entidade denominada "Mescalito";
• era utilizável;
• tinha elementos constituintes.
Mescalito era suposto ser um poder único, semelhante a um aliado no sentido de permitir que a pessoa
SÁLVIA DIVINORUM
A MARIA PASTORA
A Salvia Divinorum pertence à família das sálvias ou mentas. É um arbustro silvestre que chega a medir
aproximadamente um metro de altura, sua folhas são ovaladas e chegam a quinze centímetros. Possue folhas
com coroas brancas e cálices púrpuras. É originial de Oaxaca, México e era cultivada pelos mazatecas para
adivinhações e cura. Para alguns indios era associada com a Virgem Maria de Guadalupe.
Um antropólogo da década de trinta, Jean Basset, mencionou uma infusão chamada de "Erva Maria" que
provocava visões e era usada para adivinhações por um povo do México, na década de cinquenta o Dr.
Weitlaner reportou o uso de "Maria Pastora ou Ska Pastora " entre os mazatecas de um pequeno povo de
Oaxaca. Na década de sessenta Gordon Wasson e Albert Hofmann levaram mostras da planta para
identificação, onde deram o nome científico de Salvia Divinorum, salvia = salvar, e divinorum = dos
adivinhos.
Segundo Wasson, era conhecida no Antigo México em náhuatl como pipiltzintzintli, que significa significa
"A Mais Nobre Princesa". Pipiltzintzintli refere-se a algo extremamente nobre, conotando a superioridade da
planta aos olhos dos ancestrais. A Sávia Divinorum permaneceu quase desconhecida até a década de 90
PIPILTZINTZINTLI
Sangirardi JR. cita que R. Gordon Wasson esclarece que esta labíada é sempre cultivada, não se encontra em
estado espontâneo. os antigos cronistas espanhóis a ela se referiam como hierba, com as variedades
masculina e feminina; macho e hembra. e wasson conclui que o pipltzintzintli dos astecas, a divina planta da
era pré-colombiana, deve ser identica á Sálvia Divinórun, hoje invocada pelos Mazatecas em suas súplicas
religiosas. As folhas da erva, depois de esmagadas na metade, são infusas em água e filtradas, embora
registros coloniais mencionem a utilização de raízes, ramos e flores, possivelmente porque a planta tem
virtude divina em todas as suas partes.
Informa R. E Schultes que as folhas também podem ser mascadas frrescas. os efieetos são semelhantes aos
dos cogumelos sagrados, porém de menor duração. o característico são desenhos coloridos e tridimensionais
em movimento caleidoscópio.
TABACO
O tabaco aqui citado, não é industrializado, e sim o Tabaco Xamânico,uma planta ancestral. O Tabaco sempre
foi considerado pelos índios como uma Planta de Poder, porém caiu em mau uso pelos brancos, perdendo sua
força original e seu poder, sendo usado de forma viciante, responsável por terríveis males no organismo.
CANÇÃO DO TABACO
Poder do Fogo
E da terra aqui chegou
No aroma desta
Força Vegetal
OH Grande Espírito
Com Vos eu vou fumar
E meu corpo
contra o mal vai se fechar
Sagrada Erva
Oh ! Tabaco nosso irmão
Seu poder
Eu vou chamar nesta canção
O Tabaco
Minhas preces vai levar
Afastando todo o mal
que aqui chegar
PRECE DO TABACO
Tabaco,Erva sagrada
Trazida pelos bons espíritos
Afasta os maus espíritos
Purifica, acalma, traga saúde
OH ! Grande espírito
Vinde fumar comigo
Acalma as forças da natureza
Coloca-me em contato com as forças invisíveis
O nome quéchua do cacto Trichocereus Panachoi é “Wachuma”. O nome San Pedro, lhe é atribuído por dar ao
iniciado a “chave” para entrar no Céu. Trata-se de um cacto que chega a atingir a mais de dois metros de
altura, tendo a mescalina (Peiote) como princípio ativo.
Tem sido utilizado há séculos pelos índios do Peru e do Equador. É conhecido por xamãs por estar sempre em
harmonia com os poderes dos animais, de seres e personagens fortes, de seres sobrenaturais, principalmente o
Jaguar.
O uso atual do San Pedro concentra-se nas regiões costeiras do Peru e nos Andes do Peru e Bolívia, e tem
recebido forte influência cristã. É aplicado para curar enfermidades, incluindo o alcoolismo e problemas
mentais, para adivinhações, poções amorosas, para combater feitiçaria,purificação, etc.
É conhecido também por huachuma, achuma, agua colla, cardo, huando hermoso, gigantón, San Pedrito, San
Pedrillo.
Sanguirardi Jr:
" O emprego religioso, pelo índio, da bebida extraida do San Pedro é tradição secular, que se perdeu para
sempre. Hoje, o uso ritual com finalidades mágicas e curativas ocorre em práticas nas quais as raízes
ameríndias são enxertadas com o catolicismo, o espiritismo e a feitiçaria européia.
Mesmo na forma sincrética atual, seu conhecimento pelos estudiosos é recente.
Por que São Pedro ?
O cacto abre as portas do Céu. Daí ter recebido o nome do apóstolo a quem disse Jesus : " Dar-te-ei as chaves
do Reino dos Céus: o que ligares sobre a Terra será ligado aos céus..." (Matheus 16:19).
A mesma ligação é estabelecida pelo San Pedro, que dá ao xamã as chaves que abrem as portas do mundo
invisível, fonte dos seus poderes mágicos, divinató0rios e terapêuticos.
Em Plants of the Gods de Schultes e Hofmann :
O San Pedro possui um símbolo do curandeirismo, pois sempre está em harmonia com os poderes dos
animais, do seres fortes, dos seres sobrenaturais.
É uma das plantas mais antigas da América do Sul. A prova mais antiga remonta o ano de 1.200 a.C. Na
imagem uma mulher com cara de coruja, possivelmente uma xamã, segurando um cacto San Pedro.
Quando os espanhóis chegaram ao Peru, usava-se muito San Pedro. Um texto eclesiástico diziam que os
xamãs tomavam a bebida chamada Achuma, e como era muito forte, depois de tomaram perdiam o juízo e
ficavam privados dos sentidos, tinham visões nas quais aparecia sómente o diabo. Como aconteceu com o
Peyote no México.
Atualmente o São pedro é empregado para curar enfermidades, incluindo o alcooolismo e a loucura, par
adivinhação, paa namoros, para combater qualquer tipo de feitiçaria e para assegurar êxito nas empresas
pessoais.
Os xamãs distinguem quatro tipos de cactos à partir de suas costelas. Os mais raros são aqueles que tem
quatro, e são considerados os mais potentes, possuem poderes sobrenaturais especiais, sendo que as quatro
costelas representam os quatro ventos, os quatro caminhos.
Em 1992, estávamos Agustin,eu, e um grupo de norte-americanos em Machu Pichu. Tomamos a decisão de
realizar um trabalho com Wachuma nas ruínas. E lá fomos.
Chegamos à tarde nas ruínas, e, quando foi por volta das 21:00 hs. iniciamos o trabalho, nenhuma pessoa mais
estava presente, a não ser os Espíritos de Machu Pichu.Agustin tinha levado dois rapazes que ficavam tocando
flautas andinas o tempo todo, o que ajudou muito na harmonização do trabalho.
Após duas horas, já na segunda dose de San Pedro, as visões. Machu Pichu, sem utilizar nenhuma planta, já
conduz as pessoas a estados alterados de consciência. Podia perceber os Espíritos Incas, como se tivesse
voltado no tempo. Os rituais, a Festa do Sol. Olhando para cima...num instante as nuvens se transformaram
num imenso Condor..
Num momento pedí a Agustin, que falasse um pouco sobre os Incas. E, ele nos indicou uma pedra e pediu que
encostássemos nossa testa nela. Foi, a melhor resposta, me senti como recebendo um "pen drive" em minha
mente. Pude compreeender sem palavras a cosmologia do Povo Inca. O legítimo Império do Sol. Sentia muita
emoção. Sabia que já tinha feito parte daquela história. Senti-me resgatando um pedaço do meu ser, que
estava perdido no tempo e espaço.
BOTÂNICA OCULTA
Abaixo trecho do livro de Vera Fróes : Alquimia Vegetal - Como fazer sua farmácia caseira - Editora Nova
Era . Vera Fróes é etnobotânica, especializou-se no National Botanical Research Institute – NBRI- Índia, onde
desenvolveu a pesquisa “Estudo Etnobotânico Comparativo entre Plantas da Amazônia e da Índia”, projeto
patrocinado pela ONU – PNDU em 1994/ 1995.Graduou-se em História pela Universidade Federal do Acre,
foi bolsista de iniciação cientifica do CNPQ com o tema “Uso de Plantas Psicoativas por Comunidades
Extrativista”. Em 1984 recebeu o prêmio Suframa de História.
Conviveu 10 anos com índios e seringueiros da Amazônia e com eles aprendeu sobre o poder curativo das
plantas e sua aplicação. Foi secretária de cultura do município de Boca do Acre – AM, fazendo o
levantamento dos raizeiros, rezadeiras e xamãs da região, promovendo cursos, encontros e palestras na Casa
da Cultura para crianças e adolescentes da região.
Em 1995/6 foi consultora do Projeto Memória da Cidadania na implantação do horto medicinal comunitário
do Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte – MG, trabalhando com o grupo da 3ª idade da favela da Vila
Marçola; Escreveu para a coluna "Ervas e Saúde" do Jornal mineiro "Hoje em Dia".Participou durante 2 anos
do programa "Alquimia Vegetal", na rádio Band AM/ FM de Porto Alegre – RS.
Na região serrana há cinco anos produz e apresenta o quatro “Nossas Ervas”, no SM – Rural, da TV Serra –
Mar. É autora dos livros "Alquimia Vegetal: Como fazer sua farmácia caseira", editora Nova Era/ Record"
além de diversos artigo publicados em jornais científicos. Atualmente é presidente do Instituto de Estudos
Culturais e Ambientais – IECAM – em Teresópolis – RJ, sede da ONG, onde pesquisa espécies da mata
atlântica e amazônica, administra cursos, palestras e consultorias. Desenvolve também projetos de educação
ambiental (jardim produtivo, hortas medicinais, reciclagem de lixo) para escolas públicas, associações e
comunidades.
"O Xamanismo faz parte da medicina indígena, que é diferente dos princípios da lógica e dos cinco sentidos
convencionais. Nessa medicina as doenças do corpo e da alma estão intimamente ligadas. O xamanismo
ligado à botânica oculta traduz uma arte espiritual de lidar com as plantas sagradas, plantas professoras,
trabalhando com as forças da natureza (vento, chuva, trovão) e com os seus elementais.
O processo xamânico promove no homem uma tomada de consciência da vida, transformações a nível
emocional, mental e espiritual. O conhecimento das ervas é fundamental, pois deste conhecimento dependem
as receitas utilizadas no preparo; muitas vezes não é indicado para o paciente tomar uma bebida mágico-ritual,
como a ayahuasca, e sim usar outras plantas e preparados como, por exemplo, pílulas de copaíba
(descongestionante pulmonar) ou chá de batata-de-purga (depurativo). Quando o xamã toma a bebida, há um
desdobramento de sua pessoa, que consegue através da concentração sair do próprio corpo e com a ajuda dos
“espíritos auxiliares” (as plantas), vê a doença ou o problema do outro, semelhante ao efeito Kirlian.
As divindades existentes nas plantas são manipuladas com sabedoria pelo xamanismo amazônico, que conta
com a maior quantidade de espécies botânicas – riqueza natural que manifesta no homem não só forças
orgânicas, como espirituais. Quanto maior a quantidade de plantas auxiliares, maior é o poder do xamã. O
poder das plantas vem do sol. As plantas de poder têm um aspecto comum e um incomum (formas de animais,
seres inanimados, elementais).
A partir do conhecimento da natureza interna da planta é possível saber a que elemento pertence, e quais são
suas propriedades.
Nesse contexto, as plantas são muito utilizadas em doenças causadas por “energias intrusas de poderes
"O conhecimento da toxidez das plantas se remota aos nossos antepassados. Hoje existem grupos mais ou
menos definidos de acordo com sua utilidade (ornamentais, comestíveis, forrageiras, medicinais, tóxicas, etc.).
Os grupos das plantas medicinais e tóxicas ocasionalmente são tomados indistintamente, já que se tem o
pressuposto de conterem princípios ativos, que dependendo da dose, podem ser benéficos ou tóxicos para o
organismo. Na realidade, isto é correto, só que, o uso inadequado das plantas tem causado e segue causando
sérios problemas de intoxicação ou envenenamento; muitas vezes de forma mortal, por se ingerir partes das
plantas que são altamente tóxicas mesmo em doses baixas. (SANCHEZ,1998)
Podemos encontrar plantas tóxicas em todo nosso entorno (plantas ornamentais de interior, nos parques e
jardins, em forma silvestre ou em cultivares e alimentos cotidianos). De tal forma que o risco de intoxicação é
evidente tanto para o homem como para os animais.
Os principais princípios ativos conhecidos como responsáveis pelos efeitos adversos causados pelas plantas
são: alcalóides, glicosídeos, resinas, fitotoxinas, minerais, oxalatos, azeites essenciais e compostos foto-
sensibilizantes.
A importância do grupo das plantas tóxicas, não está só nos riscos que estas representam, mas também nos
benefícios que podem proporcionar, quando se lhe é dado um uso adequado. Sem entrar em detalhes podemos
facilmente dar-nos conta, que muitos dos componentes químicos empregados na farmacologia, são elaborados
por estas plantas e uma grande quantidade dos vegetais ou suas partes estão representados em infusões,
ungüentos e macerados empregados na medicina tradicional.
Grandes têm sido os benefícios da medicina alopática, das substâncias obtidas de algumas plantas (a papoula
(Papaver somniferurn), cujo uso tem sido como anestésico e analgésico; a digitalina (Digitalis purpurea) que
se emprega em afecções cardio-vasculares, ou como regulador cardíaco;. Os alcalóides da beladona (Atropa
belladona) que atuam nos problemas oculares e como antiespasmódicos, sedativos e antihipertensivo; e o
azeite extraído das sementes de mamona (Ricinus comunnis) que é amplamente empregado como purgante).
Na medicina homeopática muitas substancias vegetais consideradas como tóxicas estão formando parte dos
medicamentos. (Entre elas, as mais usualmente empregadas no processo de preparo de medicamentos são:
Arnica montana, Hitirotheca inulsides, Aconitun napellus, Atropa belladona, Digitalis purpurea). São também
muito mencionadas na medicina alopática: Datura stramonium, Rux toxicadendron, Colchicum cuatumnale,
entre muitas outras.
Até o momento, não existe um trabalho ou pesquisa que caracterize e diferencie precisamente uma planta
tóxica de uma medicinal. Existem alguns estudos, de algumas dessas plantas, que determinam quanto do
princípio ativo está presente em partes da planta, geralmente determinado como DL50 do princípio ativo
(DL50 é a quantidade em gramas ou miligramas de princípio ativo necessários para matar 50% da população
de cobaias).
Porém, até hoje, ninguém estabeleceu uma classificação toxicológica levando-se em consideração os níveis de
toxidez em função da quantidade de parte tóxica, de forma a caracterizar o limite onde tal planta deixa de ser
tóxica para ser medicinal e vice-versa.
A toxicologia das plantas, relacionada a espécie humana é encarada de um modo bastante genérico, assume
aspectos variados e importantes, interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:
Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é
tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo pediátrico.
Intoxicação crônica, consequente à ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais,
responsável por distúrbios clínicos muitas vezes complexos e graves. Exposição crônica, evidenciada
particularmente por manifestações cutâneas em virtude do contato sistemático com vegetais, verificado com
maior frequencia em atividades industriais ou agrícolas.
Utilização continuada de certas espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões,
visando a efeitos alucinógenos ou entorpecentes (SCHVARTSMAN, 1992).
A sintomatologia pode-se classificar em, afecções de pele e mucosas (olhos, boca, nariz), problemas
gastrintestinais, respiratórios, cardio-vasculares, metabólicos, neurológicos entre outros (SANCHEZ, 1998).
"Muitos dos dados sobre toxidez das plantas foram obtidos após estudo bibliográfico intenso. Mas o grande
trunfo deste trabalho está numa proposta "inovadora", em que consiste em propor a substituição das espécies
ornamentais tóxicas por espécies não tóxicas, que possuam as mesmas características de uso.
Na primeira coluna você tem o nome científico das principais plantas ornamentais tóxicas, e na ultima coluna
você tem a espécie alternativa (não tóxica), ...
Parte
Nome Científico Família Nome Vulgar Princípio Ativo Espécie alternativa
Tóxica
Codiaeum
Euphorbiaceae Cróton Semente Alcalóide Crotina Cordilyne terminalis
variegatum
Allamanda Glicosídeo
Apocynaceae Alamanda-roxa Toda Barleria repens
blanchetti cardiotóxico
Allamanda Glicosídeo
Apocynaceae Alamanda-amarela Toda Jasminum mesny
cathartica cardiotóxico
Leptospermun
Nerium oleander Apocynaceae Espirradeira Toda Oleandrina
scoparium
Euphorbia Toxalbumina(4 Hatiora
Euphorbiaceae Avelós Látex
tirucalli deoxigenol) bambusioides
Jathropa Toxalbumina Clerodendrum
Euphorbiaceae Batata-do-Inferno Toda
podagrica curcina speciosissimun
Euphorbia Toxalbumina(4 Prunus cerasifera
Euphorbiaceae Leiteiro-vermelho Látex
cotinifolia deoxigenol) 'nigra'
Diefembachia Comigo-ninguém- Estricnina e ráfides Aglaonema
Araceae Toda
spp. Pode de CaO comutatum
Toxalbumina(5
Euphorbia milii Euphorbiaceae Coroa-de-Cristo Látex Ixora coccinea
deoxigenol)
Buxus
Buxaceae Buxinho Folhas Buxina Liconia tomentosa
sempervirens
Euphorbia Mussaenda
Euphorbiaceae Bico de papagaio Látex Toxalbumina
pulcherrima erythrophilla
Caesalpinea
Caesalpinaceae Flamboyanzinho Toda Alcalóide Tecoma stans
pulcherrima
Alcalóide Schefflera
Plumeria rubra Apocynaceae Jasmim-manga Látex
agoniadina actinophyla
Euphorbia Ligustrum sinense
Euphorbiaceae Leiteiro-branco Látex Toxalbumina
leucocephala var.
Para alcançar sua ação medicinal, uma planta deve ser tratada de tal forma que se obtenham produtos
derivados com ação específica.
Com uma mesma planta, ou com a mesma parte da planta, pode-se preparar diversos derivados levando-se em
consideração:
• Modo de preparação
• As propriedades físicas
• Aspecto
• As características organolépticas
• A concentração dos princípios ativos
• As propriedades farmacológicas
• Sua finalidade
As diferentes formas de apresentação dos derivados das plantas medicinais podem classificar-se da
seguinte forma:
.. Por destilação:
- Óleos essenciais
- Águas destiladas
-Alcoolatos
- extratos fluídos
- extratos moles
- extratos secos
Os vegetais na forma de pó possuem uma grande aplicação no arsenal terapêutico, podendo ser incorporados
facilmente às formas galênicas secas como cápsulas e comprimidos. Possuem também grande importância
como matéria-prima para a preparação de outras formas galênicas.
Após a eliminação dos corpos estranhos e das partes inertes, as ervas devem ser secas a uma temperatura de
25ºC a 45ºC.
As ervas são trituradas em moinhos de diversos modelos e peneiradas, tendo então a sua granulometria
padronizada.
Sendo todas estas operações realizadas de maneira correta, não haverão diferenças notáveis nas diversas
partes da erva, mesmo apresentando texturas diferentes.
As vantagens de utilizar os vegetais na forma de pó são diversas, como: administração da droga relativamente
segura, ajuste ou eventual concentração do princípio ativo e manipulação simples, possibilitando misturas.
A separação do óleo essencial da água, constitui o hidrolato, que é a água destilada contendo cerca de 0,2 g/l
de óleo essencial disperso na forma ionizada, não decantável. Os hidrolatos possuem grande quantidade de
produtos voláteis como ácidos, aldeídos e aminas.
São preparadas por simples destilação com vapor de água, e plantas frescas ou secas.
As plantas rasuradas são maceradas por horas com uma quantidade relativamente grande de água e depois
destiladas. A destilação é suspensa quando se obtém uma quantidade razoável de destilado. O excesso de
essência é separado por decantação ou filtração.
Para preparação do hidrolato são utilizadas de preferência as plantas frescas. O Codex preconiza, por
exemplo, para a água de hortelã a utilização de 1.000 g de planta fresca ou 200 g de planta seca para obter
1000 g de hidrolato. Os hidrolatos de plantas aromáticas contém geralmente de 0,05 a 0,20 g de óleo essencial
por litro.
A conservação dos hidrolatos é delicada, pois contaminam-se com facilidade.
Os hidrolatos são utilizados, por suas propriedades aromáticas para a preparação de xaropes; e em
cosmetologia, por suas propriedades adstringentes, calmantes e antipruriginosas, sob a forma de loções e
cremes.
Os alcoolatos são preparados pela maceração com álcool das plantas frescas seguida por uma destilação.
Atualmente a denominação alcoolato foi substituída no Codex por soluções alcoólicas de essências ou tinturas
de essências. Foram mantidos, porém, alguns nomes como o alcoolato de Garus, base do elixir de Garus e o
alcoolato de Fioravanti.
O alcoolato de mirtilo, por exemplo, é preparado da seguinte forma:
- Macera-se por 24 horas 2.000 g de mirtilo fresco mais 1.000 g de álcool a 70%.
- Destila-se e recolhe-se 1.000 g de alcoolato.
XAROPES
São formas farmacêuticas preparadas à base de açúcar e água, onde o açúcar está próximo da saturação,
formando uma solução hipertônica. Estas características impedem a precipitação do açúcar e o crescimento de
microorganismos. Apesar de ter boa conservação e ótimo poder edulcorante, o xarope simples não pode ser
usado por pacientes diabéticos e por isso fórmulas com propriedades similares feitas a partir de adoçantes
dietéticos têm que ser utilizados.
Existem xaropes específicos para pacientes diabéticos, nesses casos pode ser usado o sorbitol líquido ou
xarope de estévia.
Xarope simples
Açúcar...........................................................................850g
Água ........................................................................ 450 mL
Benzoato de Sódio............................................................1 g
Xarope De Stévia
CMC............................................................................15g
Sorbitol....................................................................100mL
Stévia..........................................................................1,2g
Benzoato de sódio.......................................................1g
Água destilada ...........................................................900mL
Dissolver a CMC na água fervente sob forte agitação e adicionar os demais componentes.
Xarope De Frutose
Frutose .......................................................................840g
Água ................................................................. 450 mL
Benzoato de Sódio....................................................1 g
Xarope Anti-Asmático
Homogeneizar os componentes.
ELIXIRES
Formas farmacêuticas semelhantes aos xaropes que possuem graduação alcoólica entre 15 e 50º GL e
outros solventes como glicerina, propilenoglicol, sorbitol e polietilenoglicol além de flavorizantes e
corretivos. Na Farmacopéia Brasileira, existem muitas formulações de elixires produzidos com vinhos.
Elixir De Passiflora
Suco concentrado de maracujá 10,0%
Extrato de passiflora 10,0%
Vanilina 0,02%
Benzoato de sódio 0,20%
Aquecer a água à 70°C e juntar a sacarose. Mexer até dissolver e juntar os demais componentes.
Elixir De Naranazeiro
Extrato fluido de guaraná 10,0%
Vanilina 0,02%
Benzoato de sódio 0,20%
Sacarose 44,9%
Água destilada 44,9%
Aquecer a água à 70°C e juntar a sacarose. Mexer até dissolver e juntar os demais componentes.
Aquecer a água à 70°C e juntar a sacarose. Mexer até dissolver e juntar os demais componentes.
Aquecer a água à 70°C e juntar a sacarose. Mexer até dissolver e juntar os demais componentes.
Elixir De Garus
Alcoolato de Garus 10,0%
Xarope de flores de laranjeira 90,0%
Macerar os pós no álcool por 4 dias agitando periodicamente e destilar de modo a obter 450mL.
Elixir Paregórico
Ácido benzóico 0,50%
Cânfora 0,50%
Essência de aniz 0,50%
Glicerina 5,00%
Tintura de ópio 5,00%
Homogeneizar os componentes.
MELITOS
Mel Boraxado
Bórax 10,0%
Glicerina 20,0%
Mel purificado 70,0%
Dissolver o bórax na glicerina em banho maria e juntar o mel.
Melito De Babosa
Babosa (mucilagem fresca) 400g
Mel puro de abelhas 400g
Álcool de cereais 200mL
Misturar os componentes e deixar em maceração por 7 dias,bater e filtrar.
EXTRATOS
EXTRATOS GLICÓLICOS
Os extratos glicólicos são obtidos por processo de maceração ou percolação de uma erva em um solvente
hidro-glicólico, podendo ser este o propilenoglicol ou a glicerina. Estes extratos normalmente são utilizados
nos fitocosméticos. A relação erva/solvente varia, sendo que normalmente se utiliza a relação indicada para as
tinturas vegetais.
EXTRATOS FLUIDOS
Segundo a farmacopéia brasileira, os extratos fluidos dão preparações oficinais, obtidas de drogas vegetais
manipuladas, de forma que 1.000 g de extrato contenham o equivalente a 1.000 g de erva seca. Por não terem
sofrido ação do calor, seus princípios ativos são exatamente os mesmos encontrados nos fármacos respectivos.
Os extratos fluidos apresentam uma relação ponderal simples entre droga e extrato, o que facilita a posologia e
a prescrição.
EXTRATOS MOLES
Os extratos moles são soluções extrativas que possuem consistência de mel, que, quando dessecados a 105ºC
perdem entre 15 e 20% de água.
TINTURAS VEGETAIS
As tinturas vegetais são preparadas à temperatura ambiente pela ação do álcool sobre uma erva seca (tintura
simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). São preparadas por solução simples, maceração ou
percolação.
A tintura simples corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, quer dizer que 200 g de erva seca permitem
preparar 1.000 g de tintura. Na maioria das vezes se utiliza um álcool a 60º G.L.
Existem algumas exceções, como as tinturas de materiais resinosos como o tolú, ou drogas ricas em essências
ou resinas como o boldo, canela, eucalípto, grindélia, ou ricas em mucilagens como casca de laranja amarga,
onde o título do álcool é de 80º G.L..
As drogas muito ativas (heróicas), como o acônito e a beladona são preparadas por percolação com álcool 70º
G.L.
As tinturas de ópio e noz-vômica são preparadas por simples dissolução do extrato correspondente em um
álcool a 70º G.L., obtendo-se um título final de aproximadamente 10% de planta seca.
As tinturas-mãe são definidas como preparações líquidas resultante da ação dissolvente de um veículo
alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou animal.
As tinturas-mãe de drogas vegetais são obtidas pela maceração em álcool de diferentes títulos, da planta
fresca, da planta fresca estabilizada ou, raramente, da planta seca.
Correspondem a 1/10 de seu peso em droga desidratada, com algumas exceções como a calêndula e o mirtilo
que correspondem a 1/20.
O título alcoólico das tinturas-mãe são geralmente de 45 +/- 5º GL como é o caso da camomila e da aveia, ou
de 65º +/- 5, como é o caso da calêndula e da noz-vômica.
Para a preparação das tinturas-mãe devem ser observados alguns cuidados na hora da colheita, levando-se em
consideração a parte da planta a ser utilizada. Por exemplo, caso das folhas, deve-se colher após o seu
desenvolvimento completo, antes da floração. As tinturas-mãe são mais utilizadas como forma galênica, na
homeopatia.
EXTRATO FLUIDO → líquido concentrado que contém os PAs solúveis de partes de plantas sendo que
em 1mL de extrato fluido deve conter os PAs de 1g da droga pulverizada e seca ao ar livre. Métodos de
Macerar a ameixa na glicerina e 10 litros de água fervente por 6 horas em lugar quente, filtrar por pano
espremendo. Macerar novamente a ameixa por 3h com o restante da água fervente e filtrar novamente por
pano. juntar os 2 filtrados e reduzí-los em banho maria à 750mL. Deixar esfriar, juntar o álcool e deixar
em repouso por 48h antes de filtrar.
Preparar pelo processo P. a tintura de possuir de 0,18% à 0,22% de alcalóides solúveis em éter.
Seguem os mesmos princípios dos extratos fluidos e tinturas mudando porém o veículo extrator. São
usados basicamente em produtos de uso tópico e cosmético.
Urucum em pó 300g
Óleo de milho 1000g
Vitamina E 0,50g
Aquecer os componentes à 50°C por 3 horas e filtrar com prensagem. Repetir este processo com o mesmo
óleo de 4 a 5 vezes.
Aquecer os componentes à 50°C por 3 horas e filtrar com prensagem. Repetir este processo com o mesmo
óleo de 4 a 5 vezes.
Aquecer os componentes à 50°C por 3 horas e filtrar com prensagem. Repetir este processo com o mesmo
óleo de 4 a 5 vezes.
Beladona em pó 100g
Álcool Etílico 100mL
Solução de Amônia à 35,7% (p/p) 2mL
Óleo de Gergelim 1000mL
Macerar a beladona no álcool e solução de amônia por 12 horas. Juntar o óleo e aquecer em B.M. até que
todo o álcool e amônia se evaporem. Coar o óleo resultante.
Preparar pelo processo M de tinturas e acrescentar 0,1% de benzoato de sódio no extrato final.
Preparar pelo processo M de tinturas e acrescentar 0,1% de benzoato de sódio no extrato final.
Preparar pelo processo M de tinturas e acrescentar 0,1% de benzoato de sódio no extrato final.
Preparar pelo processo M de tinturas e acrescentar 0,1% de benzoato de sódio no extrato final.
As alcoolaturas são obtidas pela ação do álcool sobre plantas frescas que não podem sofrer processos de
estabilização e secagem, pois perdem a sua atividade. Na alcoolatura, são empregadas partes iguais em
peso de planta fresca e de álcool a um título elevado para evitar uma diluição elevada pela água liberada
pela planta.
O modo de preparação é muito simples, basta macerar por 8 dias a droga fresca rasurada em um recipiente
fechado, com álcool fazer uma expressão e logo após uma filtração.
O suco da planta fresca é a suspensão da planta, com seus constituintes ativos e inativos, em álcool a 30º
G.L. . Por diversos processos modernos, são estabilizados, inativando as enzimas e evitando uma
degradação rápida dos princípios ativos.
Essa forma nova de apresentação das plantas permite a utilização de todo o fitocomplexo da planta fresca
sem perda de nenhum princípio ativo.
Os hidróleos são derivados obtidos pela dissolução em água de uma substância medicamentosa. Os
hidróleos são obtidos por infusão, decocção ou maceração.
Homogeneizar todos os componentes e acondicionar em frasco de vidro âmbar. Deixar em repouso por 14
dias em local escuro, fresco e sem agitação. Colocar a embalagem com a fórmula na geladeira por 24
horas. Retirar e filtrar várias vezes com o auxílio de 0,1% de carbonato de magnésio até a solução
apresentar-se completamente límpida.
Água De Melissa
Homogeneizar todos os componentes e acondicionar em frasco de vidro âmbar. Deixar em repouso por 14
dias em local escuro, fresco e sem agitação. Colocar a embalagem com a fórmula na geladeira por 24
horas. Retirar e filtrar várias vezes com o auxílio de 0,1% de carbonato de magnésio até a solução
apresentar-se completamente límpida.
Pingar a Óleo Essencial em papel filtro e deixar evaporar o excesso. Colocar o papel filtro na solução de
água e nipagim e deixar em contato por 3 horas.
Pingar a Óleo Essencial em papel filtro e deixar evaporar o excesso. Colocar o papel filtro na solução de
água e nipagim e deixar em contato por 3 horas.
Homogeneizar todos os componentes e acondicionar em frasco de vidro âmbar. Deixar em repouso por 14
dias em local escuro, fresco e sem agitação. Colocar a embalagem com a fórmula na geladeira por 24
horas. Retirar e filtrar várias vezes com o auxílio de 0,1% de carbonato de magnésio até a solução
apresentar-se completamente límpida.
Homogeneizar todos os componentes e acondicionar em frasco de vidro âmbar. Deixar em repouso por 14
dias em local escuro, fresco e sem agitação. Colocar a embalagem com a fórmula na geladeira por 24
horas. Retirar e filtrar várias vezes com o auxílio de 0,1% de carbonato de magnésio até a solução
apresentar-se completamente límpida.
Os produtos são produzidos basicamente com produtos vegetais frescos, não obtendo portanto, na
hora da compra, produtos esterilizados. A esterilização dos vegetais deve ser feita da seguinte maneira:
1º - Verificar o aspecto do vegetal na hora da compra, suas características organolépticas devem ser a de
um vegetal saudável de acordo com as características de cada espécie.
2º - Promover a limpeza manual de cada espécie, retirando detritos de terra, insetos, cascas, sementes,
raízes e folhas mortas e estragadas, lavando-as em água corrente após isso
3º - Deixar os vegetais de molho em solução aquosa com 2% de Água de Javel ou outra solução de
hipoclorito.
4º - Lavar novamente em água corrente e deixar secar em secadores tipo peneira para retirar o excesso de
água.
5º - Processar os vegetais de acordo com os procedimentos a seguir:
- CASCAS, CAULES,RAÍZES E FRUTOS: Ralar e prensar a parte do vegetal até eliminação de
todo o suco. Transferir para a estufa com o suco à 50°C por 24 horas. Triturar em gral e peneirar.
- FOLHAS E FLORES: Transferir para a estufa à 50°C por 12 horas. Triturar em gral e peneirar.
Chá Anti-Gripal
Chá Diurético:
Chá Digestivo:
Chá Anti-Diabético:
INFUSÃO
Usada para partes tenras como flores e folhas e é preparada da seguinte forma: colocar as ervas numa vasilha
e jogar água fervendo, abafar e esperar dez minutos no caso de folhas e partes tenras e até meia hora caso seja
feito o uso de raízes ou cascas.
A infusão quando usada para cascas ou raízes deve-se ter o cuidado de picar bem, reduzindo as ervas em
pedaços aumentando assim a superfície de contato com a água e conseqüentemente, facilitando a extração do
princípio ativo.
DECOCCÇÃO
Usada para partes mais duras como casca ou raiz - Colocar as ervas numa vasilha, despejar água fria sobre as
mesmas, levar ao fogo para o cozimento, deixando ferver pôr cinco ou dez minutos e em caso de partes mais
endurecidas até trinta minutos. Após o cozimento, retirar do fogo e abafar por mais alguns minutos.
TISANA
Ferver a água, jogar a erva sobre a água fervente, tampar deixando ferver pôr mais alguns minutos, coar e
tomar.
MACERAÇÃO
Ao contrário do que muita gente pensa, macerar não significa “macetar”, é simplesmente colocar as ervas em
contato com a água fria, álcool, glicerina ou outro veículo e deixar que a extração do princípio ativo ocorra
naturalmente por um tempo determinado.
O tempo de maceração de partes tenras é de dez a doze horas e das partes mais duras é de até vinte e quatro
horas.
Quando o objetivo for a preparação de um chá onde se tenha partes tenras e partes duras, pode-se proceder da
seguinte maneira: Preparar separadamente e juntar os chás posteriormente. A maneira que recomendamos, por
ser mais prática, é a colocação para cozimento primeiro da partes mais duras (casca ou raiz) deixando ferver
pôr mais ou menos dez minutos e depois adicionar as outras como folhas e flores, deixando pôr mais alguns
instantes, retire do fogo abafe e seguir o procedimento normal.
São concentrados vegetais com o teor de princípios ativos padronizado, obtidos a partir de extratos
fluidos. O primeiro passo para produzí-los é a dessecação do extrato fluido do vegetal em uma temperatura de
40ºC e pressão reduzida até a formação de um caldo viscoso. Realiza-se uma análise química para determinar
o teor de ativos do caldo e calcular a quantidade de excipiente que deve ser adicionado ao caldo através da
equação abaixo:
X = (100 – R) . a –T onde, X = quantidade de excipiente a ser adicionado (g)
B a = teor do princípio ativo no caldo (%)
b = teor final de princípio ativo no extrato seco (%)
R = tolerância de umidade (%)
T = teor de resíduo seco no caldo total (g)
Depois de adicionado o excipiente, que pode ser amido, maltodextrina ou lactose, o pasta de extrato
vegetal é levada ao “Spray Dryer” onde será dessecada, entrando no sistema com uma temperatura de 150 –
170ºC e saindo à uma temperatura de 80-85ºC.
PRODUÇÃO DE SUCOTERÁPICOS:
Suco De Alfafa
broto de alfafa 200g
folha de couve 50g
Suco De Algas
Folha de alga marinha desidratada 150g
Talos de salsão 100g
Polpa de laranja 200g
Suco De Berinjela
Polpa de berinjela 100g
Polpa de laranja 200g
Suco De Bioflavonóides
Folhas de hortelã-pimenta 50g
Polpa de limão 50g
Cascas secas de laranja 20g
Mel de abelhas 20g
Água mineral 200g
Suco De Brócolis
Folhas e talos de brócolis 100g
Suco De Brotos
Brotos de alfafa 100g
Brotos de aveia 100g
Brotos de milho 100g
Brotos de trigo 100g
Água mineral 100g
Suco De Clorofila
Folhas de trigo-sarraceno 100g
Folhas de girassol 100g
Brotos de alfafa 100g
Brotos de repolho 100g
Talos de aspargo 100g
Folhas de couve 100g
Cenoura 300g
Suco Depurativo
Talos de salsão 100g
Talos e folhas de salsinha 100g
Água mineral 200g
Suco De Couve
Folhas de couve 100g
Folhas de couve-de-Bruxelas 100g
Flores de couve-flor 100g
Flores e talos de brócolis 100g
Cenoura 300g
Suco Dermatológico
Framboesas 100g
Morangos 100g
Folhas de alface lisa 100g
Mel de abelhas 20g
Água mineral 200g
Suco Digestivo
Cenoura 500g
Folhas de espinafre 50g
Talos de erva-doce 50g
Os extratos glicólicos são indicados para aplicação em soluções aquosas, géis sem álcool, emulsões água/óleo
e tensoativos (sabões, banhos de espuma, xampus).
Extratos fluidos podem ser utilizados em soluções alcoólicas, géis com álcool e emulsões alcoólicas. Os
extratos moles apresentam as mesmas aplicações do extrato fluido, com a vantagem de possuir uma
concentração maior. Estes extratos podem ser facilmente diluídos antes do uso.
Os extratos secos podem ser usados nos produtos para banho, como sais, e em máscaras cosméticas.
Compressas
São feitas com pedaços de pano limpo, algodão ou gazes embebidos em chá ou sumo de plantas aplicadas
quentes ou frias no local afetado. Uso externo.
Loção
São preparações farmacêuticas líquidas aplicadas topicamente onde os princípios ativos estão
geralmente solubilizados. O conhecimento dos principais solventes utilizados é fundamental, pois a
solubilização e homogeneização dos fármacos é fundamental para o efeito do medicamento e para a qualidade
do produto final. Os principais solventes são:
• Água
A água é o solvente mais utilizado em farmacotécnica. A água deve satisfazer as exigências legais em
relação as características físicas, químicas e microbiológicas. A água potável (filtrada) é usada como matéria-
prima para a obtenção de água destilada, deionizada, esterilizada ou para injeção, as quais são empregadas
rotineiramente em farmácia magistral.
Água Deionizada: Para pequenos volumes, o processo consagrado é o da deionização por troca iônica.
Um deionizador de bancada possui uma grande superfície de resina em contato com a água, onde há
acumulo de impurezas, facilitando a proliferação de microorganismos. Para recuperar as resinas, é
necessário regenerar o sistema cada vez que o condutímetro indicar saturação.
A sanitização de resinas é feita com a aplicação de hipoclorito de sódio à 5% e deve ser
Água Destilada: Do ponto de vista microbiológico é o melhor processo de purificação de água pois
envolve mudança de estado físico, fornecendo teoricamente água estéril. O destilador e o barrilete devem
ser limpos e sanitizados periodicamente e o armazenamento da água é contra-indicado.
• Álcool etílico
Segundo solvente mais utilizado. Diminui a possibilidade de hidrólise, tem conservação indefinida e
pode ser misturado com água. É usado em soluções hidroalcóolicas extrativas de princípios ativos (de 45 –
90%), em soluções antissépticas e desinfetantes (70%).
Constitui um bom solvente para essências, alcalóides, glicosídeos, sendo porém fraco para gomas e
proteínas. Loções tópicas de etanol são usadas para facilitar a penetração de ativos na pele.
Incompatibilidades:
• Em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir violentamente com agentes oxidantes;
• Misturas com álcalis podem escurecer devido a reações com quantidades residuais de aldeídos;
• Substâncias biológicas e gomas podem precipitar;
• Loções hidroalcóolicas acima de 20ºGL podem inativar os lipossomas.
• Glicerina
Incompatibilidades:
• A glicerina pode explodir se misturada com agentes oxidantes fortes como o trióxido de cromo, clorato
de potássio e permanganato de potássio;
• Propilenoglicol
O propilenoglicol tem sido amplamente utilizado como um solvente, extrator e conservante em uma
variedade de preparações farmacêuticas de uso parenteral e não parenteral. Ele é melhor solvente que a
glicerina e dissolve uma variedade de substâncias tais como, corticóides, fenóis, sulfas, barbituratos, vitaminas
A e D, a maioria dos alcalóides e vários anestésicos locais. Apresenta ação antisséptica similar ao etanol,
porém pouco menos efetivo.
O propilenoglicol é também utilizado em cosméticos como umectante, como veículo de emulsificantes e
flavorizantes, como doador de viscosidade e para aumentar o tempo de permanência da droga na superfície
cutânea.
Incompatibilidades:
• O propilenoglicol é incompatível com agentes oxidantes fortes como o trióxido de cromo, clorato de
potássio e permanganato de potássio;
• Polietilenoglicol 400
Incompatibilidades:
• Pode ser incompatível com alguns corantes;
• A atividade antibacteriana de certos antibióticos, particularmente penicilina e bacitracina, é
reduzida em bases de polietilenoglicóis;
• A eficácia conservante dos parabenos podem ser reduzidas;
• Descolorações de antralina e sulfonamidas podem ocorrer e o sorbitol pode precipitar de soluções.
• Éter sulfúrico
O éter sulfúrico é um líquido límpido, incolor, de odor característico, inflamável, muito volátil,
produzindo considerável resfriamento na pele. É solúvel com o etanol, óleos, essências e dissolve as gorduras,
resinas, enxofre e etc.
Incompatibilidades:
• Ácido sulfúrico: formação lenta de ácido sulfovínico ou sulfato de óxido de etila, com novas
propriedades.
• Ácido crômico, permanganatos solúveis: forte oxidação podendo resultar em mistura explosiva;
• Sais e álcalis em geral: geralmente são insolúveis em éter;
• Óleos vegetais
Têm grande aplicação em preparações tópicas farmacêuticas e cosméticas, injetáveis oleosos, colírios
oleosos e como solvente.
Os principais óleos vegetais usados são os de soja, milho, girassol, amêndoas, semente de uva,
macadâmia, etc.
• Óleo mineral
O óleo mineral é utilizado principalmente como excipiente em formulações tópicas onde exerce ação
emoliente e solvente.
Incompatibilidades:
• Incompatível com agentes oxidantes fortes.
• Dimetilsulfóxido
O DMSO passa rapidamente pelo estrato córneo da pele e devido esta propriedade tem sido utilizado em
preparações farmacêuticas como otimizador da absorção cutânea.
• Vaselina
É constituída por uma mistura de hidrocarbonetos da série parafínica e oleofínica. É untuosa, inodora,
insípida e se funde entre 38 e 60ºC. É incompatível com o bálsamo do Peru, pois forma 2 camadas. Pode ser
usada até pura como excipiente.
• Lanolina
É o segundo componente da pomada simples, é extraída da lã de carneiro. Quando adicionada em
pomadas facilita a penetração cutânea dos ativos devido a suas propriedades emolientes e emulgentes A/O
podendo absorver até 2 vezes seu peso em água quando anidra.
Os inconvenientes de seu uso estão na cor, cheiro desagradável e persistente, poder provocar alergias e ser
de difícil manuseio devido à sua alta viscosidade. A alergia atribuída à lanolina é devida aos álcoois graxos
• Polietilenoglicóis
Polietilenoglicóis são substâncias que apresentam características tipicamente hidrófilas. São
excelentes emulsivos de óleo em água, pois apresentam atividade sobre a tensão superficial. As bases
dermatológicas preparadas com os polietilenoglicóis têm, em regra, pH 6,0 – 7,0, fato que advoga sua
tolerabilidade local.
A pomada PEG pode causar ardência, principalmente quando aplicada em mucosas. Reações de
hipersensibilidade a polietilenoglicóis já foram relatadas. É contra-indicado o uso de pomadas a base de
polietilenoglicóis em pacientes com queimaduras extensas, pois os mesmos são hiperosmóticos.
Mostram-se incompatíveis com numerosas substâncias que freqüentemente reagem com eles pela função
alcoólica primária (penicilina, bacitracina e cloranfenicol). O ácido salicílico, fenol, resorcinol, barbitúricos e
taninos são incompatíveis com os PEG.
Pomada Simples
Lanolina anidra 50%
Vaselina sólida 50%
Homogeneizar os componentes.
Fundir a cera e juntar o óleo de amendoim. Mexer até 50ºC e acrescentar a água de rosas aos poucos mexendo
até resfriar totalmente.
Fundir a colofônia e cera de abelhas e incorporar à vaselina e terebintina. Mexer até o resfriamento. Indicada
como anti-inflamatória.
Tamizar os pós e homogeneizar todos os componentes. Indicada como antisséptica, antipruriginosa, secativa e
Loção De Calamina
Calamina 8,00%
Óxido de Zinco 8,00%
Magma de Bentonita 25,0%
Glicerina 2,00%
Água de cal 57,0%
Verter a água de cal sobre o óleo e mexer até saponificação. Acrescentar os pós e homogeneizar.
Pomada De Arnica
Extrato fluido de arnica 10,0%
Lanolina anidra 45,0%
Vaselina sólida 45,0%
Homogeneizar os componentes. Indicada como anti-inflamatória e cicatrizante.
Pomada De Cirtopodium
Extrato de Cirtopodium 10,0%
Lanolina anidra 45,0%
Vaselina sólida 45,0%
Homogeneizar os componentes.
Homogeneizar os componentes.
Triturar o enxofre com o tween e incorporar à cera fundida e vaselina. Indicada como parasiticida.
Homogeneizar os componentes.
Pomada De Sapucainha
Extrato de Sapucainha 10,0%
Lanolina anidra 45,0%
Vaselina sólida 45,0%
Homogeneizar os componentes.
PÓS TÓPICOS
As preparações de pós tópicos, conhecidas vulgarmente como talcos, ampliam a área de evaporação
de água da pele, aumentam a perspiração da pele com conseqüente queda da temperatura cutânea e sensação
de frescor. Também atuam na adsorção de gordura (atividade antisseborréica ) e absorção de suor (
principalmente dos pés ).
Os principais ativos veiculados na forma de pós são:
- Antimicóticos
- Anti parasitários
- Queratolíticos
- Cicatrizantes
- Antissépticos
- Desodorantes
- Anti pruriginosos
a) ABSORVENTES DE ÁGUA:
- Carbonato de Cálcio ( concentração usual até 25% ).
- Carbonato de Magnésio ( concentração usual até 25% ).
b) MELHORADORES DE ADERÊNCIA
- Estearato de Zinco ( concentração usual até 25% ).
- Estearato de Magnésio ( concentração usual até 10% ).
c) SECATIVOS E ANTIPRURIGINOSOS
- Óxido de Zinco ( concentração usual até 40% )
.
d) SOBREENGORDURANTES
- Lanolina ( concentração usual até 5% ).
- Silicone ( concentração usual até 5% ).
Géis são sistemas semi-sólidos poliméricos nos quais o deslocamento do meio dispersante é
restringido pelo entrelaçamento tridimensional de partículas em rede ou macromoléculas solvatadas na fase
dispersa. Alguns têm aparência cristalina como a água e outros são turvos, uma vez que seus componentes
podem não estar completamente dispersos ou estarem agregados, o que dispersa a luz.
A adição de álcool ou pHs extremos pode diminuir a viscosidade dos géis. Quando a água dos géis é
substituída por glicerina, estes podem ser denominados de gliceróleos ou glicerolatos.
Gel de cmc: Seu agente espessante é a carboximetilcelulose, um polímero natural de celulose. Possui caráter
aniônico e forma sobre a pele um filme não oclusivo, facilmente removido com água. É pouco usado em
preparações dermatológicas, sendo usado em preparações orais, vaginais e para outras mucosas e como agente
suspensor. É incompatível com ativos fortemente ácidos e sais solúveis de ferro, alumínio e zinco, goma
xantana, forma complexos coacervados com gelatina e pectina e pode precipitar proteínas.
CMC 3,50%
Glicerina 3,00%
Benzoato de Sódio 0,10%
EDTA 0,10%
Água destilada qsp 100%
Gel de amigel: A novidade mais recente na área cosmecêutica. Este gel feito com gomas naturais apresenta
suavidade e pegajosidade baixa, comparado com outros géis feitos com gomas naturais e derivados de
Dispersar o amigel na água e aquecer à 70ºC sob forte agitação. Continuar agitando até resfriar e juntar o
phenonip e propileno.
Glicerolato De Amido
Amido 10,0%
Glicerina 69,9%
Benzoato de Sódio 0,10%
Água destilada 20,0%
Misturar os 3 primeiros componentes com a glicerina e acrescentar a água aos poucos e sob agitação até
formar um gel homogêneo.
Mucilagem de Linhaça
Misturar os componentes e levar à aquecimento com agitação constante., deixando em fervura por 5 minutos.
Filtrar em pano enquanto quente.
Os princípios ativos das plantas medicinais são substâncias que a planta sintetiza e armazena durante o seu
crescimento. No entanto, nem todos os produtos metabólicos sintetizados possuem valor medicinal. Em todas
as espécies existem ao mesmo tempo princípios ativos e substâncias inertes. Estas últimas, determinam a
eficácia da erva medicinal acelerando ou retardando a absorção dos princípios ativos pelo organismo.
Geralmente, numa mesma planta, encontram-se vários componentes ativos, dos quais um ou um grupo
determinam a opção principal.
Quando isolado este princípio ativo, normalmente apresenta ação diferente daquela apresentada pelo vegetal
inteiro, ou seja, pelo seu fitocomplexo.
Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal. Concentram-se preferencialmente nas
flores, folhas e raízes, e, às vezes nas sementes, nos frutos e na casca.
Outra característica dos vegetais é que não apresentam uma concentração uniforme de princípios ativos
durante o seu ciclo de vida, variando com o habitat, a colheita e a preparação.
Para uma compreensão melhor dos componentes vegetais e de sua ação, apresentamos a seguir um breve
resumo dos principais princípios ativos:
ALCALÓIDES
Os alcalóides formam um grupo heterogêneo, de substâncias orgânicas, definido pela função amina, raramente
amida, que dá a seus constituintes propriedades químicas próprias, as quais se aliam uma toxidade elevada e,
muitas vezes, uma atividade farmacológica notável.
Como exemplo de alcalóides podem se citadas a atropina, a morfina, a cafeína e a quinina.
:
PRINCÍPIOS AMARGOS
ROCHA (1998) cita que estas substâncias apresentam um gosto amargo, excitam as células gustativas,
estimulam o apetite e aumentam a secreção dos sucos gástricos. A farmacologia agrupa, sob o nome de
princípios amargos, as substâncias vegetais terpênicas susceptíveis de libertar azuleno, assim como
glucosídeos de diversas estruturas bioquímicas. O primeiro grupo engloba, por exemplo, os sucos amargos do
absinto e do cardo-santo. O segundo grupo é o mais comum: reúne os sucos das gencianáceas (genciana,
trifólio), da centáurea, entre outros. Apresentando os óleos
essenciais atividade antisséptica.
Os taninos são componentes vegetais que possuem a propriedade de precipitar as proteínas da pele e das
mucosas, transformando-as em substâncias insolúveis. Os taninos possuem ação adstringente, anti-séptica e
antidiarréica.
HETEROSÍDEOS
São substâncias amplamente distribuídas no reino vegetal. Apresentam ações e efeitos tão diversos que é
difícil agrupá-las sob um conceito químico. Todos os heterosídeos possuem em comum a característica de, por
hidrólise, se desintegrarem em um açúcar e uma porção aglicona. A glicona é que determina, geralmente, a
ação do heterosídeo.
Os primeiros heterosídeos isolados eram produtos condensados da glicose, motivo pelo qual foram chamados
de glicosídeos; termo depois generalizado para todos os heterosídeos e hoje reservado somente para aqueles
derivados da glicose. reconheceram-se vários compostos da natureza análoga, mas derivados de oses
designados de galactosídeos, ramnosídeos, etc.
Como por exemplo, podemos citar as substâncias cardioativas da digitalis, os princípios ativos da uva-ursi e o
efeito sudorífico das flores de tília.
FLAVONÓIDES
Os flavonóides foram um grupo muito extenso, pelo número dos seus constituintes naturais e ampla
distribuição no reino vegetal. São substâncias diferentes com uma composição química base, que compreende
fundamentalmente os derivados flavônicos (flavos-amarelo), os derivados antociânicos (anthos-flor e kyanus-
azul), as catequinas ou catecóis e outros constituintes com eles relacionados.
As propriedades físicas e químicas são muito variáveis, no entanto, podem ser relacionadas algumas
propriedades farmacológicas do grupo como:
Ação sobre os capilares
Ação em determinados distúrbios cardíacos e circulatórios
Ação antiespasmódica
SAPONINAS
MUCILAGENS
ÁCIDOS ORGÂNICOS
Diversos vegetais apresentam ácidos orgânicos, que lhes conferem sabor ácido e propriedades farmacêuticas
características, como ação refrescante e laxativa. Dentre os ácidos presentes pode-se destacar o tartárico,
málico, cítrico e o silícico.
As plantas das famílias das borraginácias, das equisetáceas e das gramíneas absorvem grande quantidade de
sais orgânicos do solo, principalmente o silícico, armazenando-o nas membranas das células ou no seu
ÓLEOS ESSENCIAIS
Os óleos essenciais são compostos aromáticos, geralmente voláteis, retirados dos vegetais, onde são
encontrados pré - formados ou na forma combinada. São extraídos por destilação, por expressão ou por
extração por solventes.
Os medicamentos magistrais à base de óleos essenciais variam com as propriedades químicas e físicas, em
particular a solubilidade. Com um excipiente alcoólico ou oleoso, se trabalha por simples dissolução.
Uma técnica nova de micro-encapsulação dos óleos vegetais permite a utilização dos óleos essenciais sob a
forma de pó acondicionado em cápsulas. Com excipientes não graxos pode-se utilizar externamente, na forma
de géis ou emulsionados com emulsionantes não iônicos, que fornecem emulsões estáveis.
Os óleos essenciais, nas suas diferentes apresentações, são muito utilizados na perfumaria e também na
aromaterapia.
Segundo ROCHA (1998), são substâncias de composição química muito complexa, geralmente
biocatalisadores que atuam sobre o crescimento e as trocas metabólicas (biostimulantes). Existem, por
exemplo, no lúpulo, no anis, na salvia, na sorveira, na altéia, na bolsa-de-pastor, na aveia e na cenoura.
OS ANTI-SÉPTICOS VEGETAIS
Segundo Rocha (1998), são substâncias antibióticas produzidas pelos vegetais superiores, exercendo uma ação
antimicrobiana de largo espectro, na maior parte dos casos instáveis e voláteis. Atuam mesmo em aerossol,
por via respiratória. Existem no alho, na cebola, na mostarda, no rábano silvestre, no sabugueiro, no zimbro,
no pinheiro, na tanchagem, entre outros. Continuam a ser estudadas nos nossos dias.
Desde a década de 30, os autores brasileiros discutem o problema da qualidade dos fitoterápicos e plantas
medicinais, relacionando, desde então, o conjunto de fatores que influenciam na qualidade de um produto
desta natureza. Ainda hoje esta situação persiste, pois a qualidade das drogas oferecidas no mercado ao
consumidor é preocupante.
Entende-se por qualidade o conjunto de critérios que caracterizam a matéria-prima para o uso ao qual se
destina. A partir do estabelecimento dos parâmetros de qualidade para a matéria-prima, e considerando-se um
planejamento adequado e um controle do processo de produção do medicamento, a qualidade do produto final
estará em grande parte, assegurada. Portanto, a qualidade da matéria prima vegetal é a determinante inicial da
qualidade do fitoterápico.
A segurança e a eficácia dependem de diversos fatores, como a metodologia de obtenção, a formulação e a
forma farmacêutica, entre outros e, portanto, devem ser definidas para cada produto, estabelecendo-se
parâmetros de controle de qualidade do produto final.
Na análise de plantas medicinais os problemas mais freqüentes são as adulterações, a não uniformidade da
composição e as contaminações, por isso, é imprescindível que todo material adquirido pelo laboratório,
farmácia, e outros estabelecimentos devem ser analisados por profissionais capacitados, atestando a
autenticidade e a qualidade da matéria prima.
É muito importante saber que no caso de plantas medicinais é muito utilizado o mito de que produto natural
não apresenta efeitos indesejáveis e contra-indicações. No entanto, é ou deveria ser do conhecimento geral
que muitas plantas são potencialmente tóxicas, inclusive algumas utilizadas na terapêutica, lembre-se, que a
diferença entre o medicamento e o veneno pode estar na dosagem.
1. Dados da Amostragem
A analise da qualidade de um lote de matéria prima é realizada por amostragem, sendo a tomada da amostra
um fator determinante para a confiabilidade do resultado. A amostra deve ser, por definição, representativa do
todo.
Segundo a Farmacopéia Alemã (Deustches,1991) para ate 3 recipientes, todas a embalagens devem ser
amostradas e, no caso de um numero superior a 3, é preconizado o emprego da formula (n+1)
2. Pesagem (deve-se pesar toda a amostra, embalar e rotular).
3. Caracterização
• Organoléptica (cheiro, cor, textura...).
• Macroscópica (examinar toda a amostra, separar matéria orgânica estranha e matéria inorgânica,
observar a presença eventual de fungos, insetos...).
• Microscópica (cortes histológicos).
4. Pesquisa qualitativa e quantitativa de princípios ativos Feito através de métodos cromatográficos.
5. Pesquisa de impureza
• Determinação de material estranho.
Separa-se manualmente os materiais estranhos da planta inicialmente a olho nu, em seguida com auxilio de
lentes de aumento. Pesar o material separado e determinar sua porcentagem com base no peso da tomada do
ensaio.
• Determinação de cinzas totais.
A determinação de cinzas totais destina-se a estabelecer a quantidade de substâncias residual não volátil. As
cinzas totais incluem as derivadas de tecido vegetal (cinzas fisiológicas) e de materiais estranhos,
especialmente areia e terra aderente a superfície da droga (cinza não fisiológica)
O método utilizado é: Pesar e distribuir uniformemente em cadinho, incinerá-la a uma temperatura não
superior a 450oC, até que todo o carvão seja eliminado.
• Determinação de umidade.
A presença de quantidade excessiva de água em drogas vegetais propicia o desenvolvimento de
microorganismos, insetos e hidrolise, e conseqüentemente deterioração de constituintes de drogas.
O limite de umidade para drogas vegetais varia de 8 a 14%. Um dos métodos empregados é o gravimétrico.
6. Pesquisa de falsificação
1. Geral
2. Aplicada
2.1 Identificaçao:
Qualitativa
Quantitativa (doseamento)
Métodos:
Químicos: histoquímicos, macroquímicos e microquímicos
Físicos: viscosimetria, fluorescência, ponto de fusão, microssublimação
Físico-químicos: eletroforese, cromatrografia....
Biológicos:índice de hemólise,poder ictiotóxido, doseamento de antobióticos, doseamento de vitaminas
a)matéria orgânica
b) matéria inorgânica
Métodos:
Químicos: índice de acidez, índice de saponificação, reações características. Físicos: densidade, refração ,
umidade, cinzas insolúveis em ácido.
Pesquisa de açúcares:
LICOR DE FEHLING
Reativo de Fehling A = sulfato cúprico
Reatico de Fehling B = hidróxido de sódio e tartarato duplo de sódio e potássio
Testes reativos
Ferver em um tubo de ensaio 1 mL da solução em teste com 3 gotas de HCL conc., por 1 min
Neutralizar com solução de NaOH a 15%
Preparar 1 mL do Reativo de Fehling A e 1 mL do Reativo de Fehling B
Adicionar á mistura anterior e ferver
Reação positivo: precipitado vermelho-tijolo
Análise de Resultados:
Redutor Não Redutor Interpretação
- + Ausência de Açucar
- + Pres. Açucar não redutor
+ + Pres. Açúcar redutor
+ +++ Pres.açucar redutor e não redutor
1. Pesquisa de Açucares
CALCULO para a determinação da concentração de ácidos livres computados em acido fórmico no mel:
3. Determinação da densidade
Dissolver 1 p de mel em 2 p de água destilada Verter para uma proveta e introduzir o densímetro Resultado
satisfatório: d maior ou igual a 1,099 a 25º C
1. Solubilidade
2.”Goma de Amilo” a 1%
Colocar 0,25 g de amilo em béquer Adicionar 5 mL de água fria Observar a insolubilidade Adicionar 20 mL
de água fervente
Ferver em fogareiro,agitando ate a obtenção de goma translúcida
Solução de Goma a 1%
1. Odor
2. Solubilidade em água
3. Pesquisa de amilo
4. Pesquisa de lignina
Gomas
4.Cálculo
Provas de identificação:
1. Reações de Bortraeger
2. Microsublimaçao
Cálculos
Ex: P1= cadinho = 45,0000g P2= cadinho+drogas = 48,0000g P3= cadinho + cinzas = 45,3000g
Cálculo percentual
1. Pesquisa de Sapononinas
Pesar 6 g de gelatina
Dissolver em 100 mL de solução solução fisiológica a 60º Adicionar 0,6 g de Na2 SO4 para tamponar (pH
7,4) Retirar 5 mL de Solução de Gelatina aquecida a 30-40º C
Adicionar 0,2 mL de sangue bovino com anticoagulante, homogenizando em vidro de relógio
Depositar um fragmento do Fármaco
Levar à geladeira para Solidificar
Pesquisa Positiva: Halo hemolítico ao redor do fragmento após 30 minutos
Bateria com 10 tubos de ensaio iguais , medindo 16 mm de diâmetro por 18 cm de altura Tubos com 2
graduações : a primeira corresponde a 10 mL e a segunda a 1 cm linear acima
Cálculos:
_ Se Xg do fámaco necessitou ser diluído em 100 mL de água destilada para produzir um cm de espuma , 1 g
do fármaco necessitará ser diluído em Y mL de água destilada para produzir a mesma espuma.
OBS: o índice afrosimétrico é um numero inteiro, sem unidade.
Ex:
Tubo IV = 4 mL da solução fármaco 0,1%
X= 0,004 g fármaco
Y=2500 mL
Indice afrosimétrico (espuma)= I.A=2500
Determinação da diluição em que 1 g do fármaco é inibido por igual quantidade de líquido inibidor (2 pde
acetona + 1 p de álcool isoamílico)
Aplicação: Polígala
1.Provas de identificação :
Provas de Identificação :
1. Pesquisa de Taninos
2. Extração
*Colocar 0,5 g do fármaco em um tubo de ensaio;
*Adicionar 10 mL de água destilada
* Ferver por dois minutos
* Filtrar por algodão
* Complrtar o volume do filtrado para 20 mL de água destilada
*Distribuir o Filtrado em 5 tubos de ensaio
* Executar as reações de Identificação
3. Reações de Identificaçao
Doseamento de Essência
CÁLCULO
BADIANA
CALCULO
Multiplicar o nº de mL, gastos da solouçao de 0,1 N de Nitrato de Prata por 0,0054032;o resultado será em g
de HCN na t.A( 25 mL);
Para obter a porcentagem , basta multiplicar o valor obtido por 4.
Técnica
Ensaio em branco
*Colocar num Erlenmeyer de 100 mL, 25 mL de soluçãoalcoolica 0,5 Nde KOHe gotas de fenolftaleína SI;
* Preparar uma bureta com solução 0,5 N de HCl;
* Titular a solução do Ernmeyer ate descoramento;
* Anotar o nº de mL gastos da solução 0,5 N de HCl (n)
Ensaio Real
Num Erlenmeyer de 250 mL colocar 2 gts da essência de hortela, adicionar 25 mL de solução alcoólica 0,5N
de KOH, adaptar um refrigerante a refluxo e levar ao Bm por meia hora;
Cálculo
I.S.=(n-n`) x 28,05
P
n = nº de mL gastos da solução 0,5 N de HCl , no ensaio em branco n`= nº de mL gastos na solução 0,5 N de
HCl, no ensaio real
P = peso da tomada de amostra em gramas
O índice de saponificação obtido, multiplicado por 0,3534, dar a porcentagem de ésteres na essência de
hortelã, calculados em Acetato de mentila
Fármacos alcaloídicos
Meio: Solubilidade
Extração ( a quente )
Reativo De Mayer
iodo-mercurato de potássio: precipitado branco
Reativo De Dragendorff
iodo bismutado de potássio: precipitado vermelho tijolo
Reativo De Bertrand
Acido-silico-tungstico a 1% : precipitado branco
Acido Fosfomolíbdico
Precipitado branco
Acido Picrico
*Precipitado amarelo
Acido Tânico
* Precipitado Bege
Alcalóides tropânicos
Fármacos: beladona, trombeteira, estramônio, meimendro
Pesquisa de Alcalódes:
1. Extração
Ferver cerca de 2 g do fármaco em pó ou fragmentado com 20 mL de acido sulfúrico a
1%, por 2 min Filtrar por algodão Resfriar o Filtrado
Dividir o Filtrado em duas porções: A e B
Reaçao de vitali
Ao resíduo da cápsula adicionar 2 gt de acido nítrico concentrado
Misturar com bastão
Evaporar em BM ate a Secura
Juntar ao resíduo 2 mL de acetona, misturando com bastão
Gotejar solução Alcoólica de Hidróxido de Potássio a 10% ( recentemente preparada) Reação Positiva:
Coloração rosa a violeta fugaz
Reaçao De Wasicky
Ao resíduo da cápsula adiconar 2 gt de Reativo de Wasicky ( p- dimetilaminobenzaldeido e Acido Sulfúrico
Aquecer na chapa com tela de Amianto
Reação Positiva: coloração vermelha, inicialmente nos bordos e depois em toda gota
Doseamento Da Beladona
Extração:
Purificaçao
Transferir o concentrado para o funil separador ( A) , lavando o béquer por 3 vezes, com
10 mL de clorofórmio R de cada vez,recebendo os líquidos de lavagem no mesmo funil separador ( A)
Adicionar 15 mL de água destilada e 2 mL de HCl diluído SR Agitar cuidadosamente para extração
Filtrar por algodão a camada aquosa, recebendo-a em funil separador( B )
Repetir a extração com porções de 10 mL de HCl diluído SR , juntando-as depois de filtrada pelo mesmo
algodão, no funil separador ( B)
Concluir a extração quando 1 gt da camada aquosa adicionada a 1 gt de raetico de Mayer não apresentar
turvação
Alcalinizar a mistura contida no funil separador ( B) com 4 mL de Amônia diluída SR Adicionar porções de
clorofórmio R e proceder à extracao cautelosamente, reunindo os líquidos clorofómicos em erlenmeyer de
250 mL
Esgotar completamente ate que 1 gt do liquido de clorofórmio em vidro relógio, evaporada, adicionada de 1 gt
de HCl diluído em SR e 1 gt de reativo de Mayer não apresente turvação
Levar o Erlenmeyer ao BM , evaporando solvente orgânico ate secura.
Doseamento
Dissolver o resíduo em exatamente 25 mL de HCl 0,01 N Adicionar 2gt do indicador vermelho metila
Dosear o excesso de o excesso de acido com solução de NaOH 0,01 N Anotar o volume gasto da solução
titulante.
Cálculo
A diferença entre o volume adicionado de HCl 0,01 N ( 25 mL) e o volume gasto de NaOH 0,01 N ( ? mL) ,
multiplicada por 0,00283936 dará as gramas a quantidade de alcalóides totais computados em hiosciamina na
tomada de ( 10 g)
Este valor multiplicado por 10 dara g% de alcalóides totais computados em hiosciamina no Fármaco
PM = da hiosciamina = 289,36
Equivalente grama químico = 289,36/1 = 289,36
Doseamento Da Lobélia
Extração
Doseamento
reunir os líquidos ácidos no mesmo béquer e eliminar o éter em BM Resfriar e adicionar 10 mL de acido
sílico-túngstico SR
Deixar em repouso por 12 horas
Filtrar em papel de filtro de cinzas conhecida
Lavar o filtro eo precipitado com pequenas porções de HCl N ate que a água da lavagem não precipite pela
adição de Cloridrato de quinina a 1%
Secar e calcinar o filtro em cadinho previamente tarado
Resfriar em dessecador e pesar
Cálculo
O peso do Resíduo multiplicado por 0,415 dará em gramas a quantidade de alcalóides totais computados em
lobelina na tomada de amostra ( 10 g )
Este valor multiplicado por 10 dará em g% de alcalóides totais computados em lobelina no fármaco
Alcaloídes Quinolínicos
Quinas
Considerações:
Alcalóides Indólicos
Farmácos: Noz-Vômica, Fava-De –Santo Inácio
Pesquisa:
Reação De Mandelin
Alcaloídes Púricos
Fármacos: Café, Cola, Cha-Da-India, Mate, Guaraná
Pesquisa De Alcalóides:
Extração ( a frio):
*Pesar 1 g do fármaco em pó
*Colocar em tubo de ensaio e adicionar 1 mL de amônia diluída SR e 5 mL de Clorofórmio R
*Agitar bem
*Deixar em repouso e filtrar por algodão para 2 cápsulas ( A e B)
* Levar ao BM e evaporar o solvente ate a secura
Reação De Murexida:
Cafeína-----------aloxana-------------aloxantina---------purpurato de amônio
Microssublimação
RECOMENDAÇÕES GERAIS
As alegações terapêuticas consideram apenas as formas de preparo e usos específicos aqui tratados, ficando excluídas desta resolução ações farmacológicas e indicações
terapêuticas que, embora relevantes pelo uso tradicional, ou subsidiadas por estudos científicos, requeiram formas de preparação ou uso não previstas nesta Resolução.
Informaçõe
Nomencla
Nomenclatu Parte Forma de Posologia e Contra Efeitos s adicionais
tura Via Uso Alegações Referências
ra botânica utilizad a utilização modo de usar indicações adversos em
popular
embalagem
Achillea Mil folhas Partes Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Falta de Não deve ser O uso ------------- WICHTL, 2003
millefolium aéreas 1-2 g (1-2 chá 3 a 4 x ao dia apetite, dispepsia utilizado por pode causar MILLS & BONE,
col chá) em (perturbações pessoas cefaléia e 2004
150 mL (xíc digestivas), febre, portadoras de inflamaçã o. ALONSO, 2004
chá) inflamação e úlcera gástrica ou O uso
cólicas duodenal prolongad o
ou com oclusão pode
das vias biliares provocar
reações
alérgicas.
Caso ocorra,
um desses
sintomas,
suspender o
uso e
consultar um
especialist
a
Achyrocline Macela; Sumida Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Má digestão e --------------- ---------- ------------- ALONSO, 1998
satureioides Marcela; des 1,5 g (1/2 col chá 4 x ao dia cólicas GUPTA et al,
Marcela do floridas de sopa) em intestinais; como 1995
campo 150 mL (xíc sedativo leve; e IPATINGA,
chá) como 2000
antiinflamatóri o SIMÕES et al.
1998
Aesculus Castanha- Sement Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Fragilidade Não utilizar na Altas Não utilizar BLUMENTHAL
hippocastan da-índia es com 1,5 g (½ col chá, 2 x dia, logo capilar, gravidez, doses podem junto com , 2000
um casca sopa) em após as refeições insuficiência lactação, causar anticoagulan ALONSO, 2004
150 mL (xíc venosa insuficiência irritação do tes CARDOSO,
chá) (hemorróidas e hepática e renal, trato 2009
varizes) como digestivo,
também em casos náusea e
de lesões da vômito
mucosa digestiva
em atividade
Ageratum Mentrasto, Partes Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Dores Não deve ser ---------- Nunca usar DINIZ et al.,
conyzoides Catinga de aéreas sem 2-3 g (2-3 chá de 2 a 3 x ao articulares utilizado por por mais de 2006
bode as flores col chá) em dia (Artrite, artrose) pessoas com três semanas MATOS et al,
150 mL (xíc e reumatismo problemas consecutivas 2001
de chá) hepáticos MATOS, 1997b
MATOS, 1998
MELO-DINIZ et
al., 1998
RODRIGUES,
2006
Allium Alho Bulbo Maceraçã Utilizar 1 Oral A/I Hipercolestero Não deve ser Doses Descontinua WICHTL, 2003
sativum o: 0,5 g (1 cálice 2 x ao dia lemia (colesterol utilizado por acima da r o uso 10 dias MILLS & BONE,
col café) em antes das elevado). Atua menores de três recomend antes de 2004
30 mL refeições como anos e pessoas ada podem qualquer GRUENWALD, et
(cálice) expectorante e com gastrite e causar cirurgia. al, 2000
anti-séptico úlcera gástrica, desconfort o Deixar a droga
hipotensão gastrointe seca rasurada
(pressão baixa) e stinal por cerca de
hipoglicemia uma hora em
(concentração de maceração
açúcar
baixo no sangue).
Não utilizar em
caso de
hemorragia e em
tratamento com
anticoagulante s
Anacardium Cajueiro Entreca Decocção: Utilizar 1 xíc, Oral A Diarréia não Não deve ser ---------- Não utilizar LORENZI &
occidentale sca 4,5 g (1 ½ co 3 a 4 x dia infecciosa utilizado por junto com MATOS, 2008
sopa) em período superior anticoagulan
150 mL (xíc ao recomendado. tes, corticóides
chá) Deverá ser e antiinflamat
utilizado com órios
cautela na
Aplicar Tópic Lesões como gravidez
compressa na o anti-séptico e
região afetada cicatrizante
3 a 4 x dia
Arctium Bardana Raízes Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia --------------- ---------- ------------ GARCIA et al,
lappa 2,5 g (2,5 col chá 2 a 3 x ao dia (Distúrbios 1999
chá) digestivos). GRUENWALD, et
em 150 mL Como diurético e al, 2000
(xíc chá) como WICHTL, 2003
antiinflamatóri o
nas dores
articulares
(artrite)
Arnica Arnica Flores Infusão: 3 Aplicar Tópic A/I Traumas, Não utilizar Pode, em Evitar o uso PROPLAM,
montana g (1 col de compressa na o contusões, por via oral, pois casos em 2004
sopa) em área a ser tratada torções, edemas pode causar isolados, concentraçõ es SIMÕES et al.
150 mL (xíc de 2 a 3 x ao dia devido a fraturas gastrenterites e provocar superiores às 1998
chá) e torções. distúrbios reações recomendad as. WICHTL, 2003
Hematomas cardiovascular alérgicas na MILLS & BONE,
es, falta de ar e pele como 2004
morte. Não vesiculaçã o ESCOP, 2003
aplicar em e necrose. CARDOSO,
feridas abertas Não utilizar 2009
por
umperíodo
superior a
7 dias pois o
uso
prolongado
pode
provocar
reações do
tipo
dermatite de
contato
Baccharis Carqueja; Partes Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não utilizar O uso ------------- ALONSO, 1998
trimera Carqueja aéreas 2,5 g (2,5 col chá de 2 a 3 x ao (Distúrbios da em grávidas, pois pode causar GUPTA et al,
amarga chá) em 150 dia digestão) pode promover hipotensã o 1995
mL (xíc chá) contrações (queda da PROPLAM,
uterinas. Evitar o pressão) 2004
uso SIMÕES et al.
concomitante 1998
com ALONSO, 2004
medicamentos
para hipertensão
e diabetes
Bidens Picão Folhas Infusão: 2 Utilizar 1 xíc Oral I Icterícia Não utilizar na ---------- ------------- GUPTA et al,
pilosa g (1 col chá 4 x ao dia (coloração gravidez 1995
sobremesa amarelada de IPATINGA,
) em 150 mL pele e mucosas 2000
(xíc chá) devido a uma SIMÕES et al.
acumulação de 1998
bilirrubina no ALONSO, 2004
organismo)
Calendula Calêndula Flores Infusão: Aplicar Tópic A/I Inflamações e --------------- ---------- ------------- WICHTL, 2003
officinalis 1-2 g (1 a compressa na o lesões, contusões MILLS & BONE,
2 col chá) região afetada e queimaduras 200
em 150 mL 3 x ao dia ESCOP, 2003
(xíc chá) CARDOSO,
2009
Caesalpinia Jucá, Pau- Favas Decocção Aplicar Tópic A Lesões, como -------------- ---------- ------------- DINIZ et al.,
ferrea ferro 7,5 g (2,5 col compressa na o adstringente, 2006
sopa) em região afetada de hemostático, IEPA, 2005
150 mL (xíc 2 a 3 x ao dia cicatrizante e MATOS, 1997b
chá) anti-séptico MELO-DINIZ et
al., 1998
Casearia Guaçaton Folha Infusão Utilizar 1 xíc Tópic A/I Dor e lesões, Não utilizar na ---------- ------------ LORENZI &
sylvestris ga, Erva- de- 2 a 4 g (1 a 2 chá 3-4 x ao dia o como anti- gravidez e MATOS, 2008
bugre, Erva- col de séptico e lactação
de- lagarto sobremesa cicatrizante
) em 150 mL tópico
(xíc
chá)
Intern A/I Dispepsia ITF, 2008
o (distúrbios
digestivos),
gastrite e halitose
(mal hálito)
Cinnamomu Canela, Casca Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Falta de Não utilizar na Podem ------------- WICHTL, 2003
m verum Canela- do- 0,5-2 g (1 a chá de 2 a 6 x ao apetite, gravidez ocorrer GRUENWALD, et
Ceilão 4 col café) dia perturbações reações al, 2000
em digestivas com alérgicas de GARCIA et al,
150 mL (xíc cólicas leves, pele e 1999
chá) flatulência mucosas
(gases) e
sensação de
plenitude gástrica
Citrus Laranja- Flores Maceraçã Utilizar 1 a 2 Oral A/I Quadros leves Não deve ser ---------- Respeitar WICHTL, 2003
aurantium amarga o: 1-2 g (1-2 xíc chá, antes de de ansiedade e utilizado por rigorosamen te GARCIA et al,
col chá) em dormir insônia, como pessoas as doses 1999
150 mL (xíc calmante portadoras de recomendad as. LORENZI &
chá) suave distúrbios Deixar em MATOS, 2008
cardíacos maceração por
3 a 4 horas
Cordia Erva- Folha Infusão: 3 Utilizar 1 xíc, Oral A Inflamação em ----------- ---------- ----------- LORENZI &
verbenacea baleeira g (1 col 3 x dia contusões e dor MATOS, 2008
sopa) em
150 mL (xíc
chá)
Aplicar Tópic
compressa na o
região afetada
3 x dia
Curcuma Curcuma, Rizoma Decocção: Utilizar 1 xic Oral A/I Dispepsia Não deve ser ---------- Não utilizar WICHTL, 2003
longa Açafroa, s 1,5g (3 col chá 1 a 2 x ao dia (distúrbios utilizado por junto com GARCIA et al,
Açafrão da café) em digestivos). pessoas anticoagulan 1999
Terra 150 mL (1 Como portadoras de tes ALONSO, 1998
xíc chá) antiiinflamatór io obstrução dos OMS, 1999
dutos biliares e
em caso de úlcera
gastroduodenal
. Em caso de
cálculos biliares
(pedra na
vesícula), utilizar
somente sob
avaliação
médica.
Cymbopogo Capim Folhas Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Cólicas --------------- ---------- Pode BIESKI &
n citratus santo, Capim 1-3g (1 a chá de 2 a 3 x ao intestinais e aumentar o MARI GEMMA,
limão, 3 col chá) dia uterinas. Quadros efeito de 2005
Capim cidró, em 150 mL leves de medicament os DINIZ et al.,
Capim (xíc chá) ansiedade e sedativos 2006
cidreira, insônia, como (calmantes) GILBERT et al,
Cidreira calmante 2005
suave GUPTA et al,
1995
IEPA, 2005
MATOS et al,
2001
MATOS, 1997a
1998MATOS, 1998
MATOS, 2000
MELO-DINIZ et
al., 1998
PROPLAM,
2004
SIMÕES et al.
1998
VIANA et al,
1998
BARBOSA et al,
2009
LUZ NETTO,
MATOS, 1997b
Cynara Alcachofr Folhas Infusão: 2 Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não deve ser O uso ------------ GARCIA et al,
scolymus a g (1 col chá 3 x ao dia (distúrbios da utilizado por pode 1999
sobremesa digestão) pessoas com provocar MATOS, 2000
) em doenças da flatulência PROPLAM,
150mL (xíc vesícula biliar. (gases), 2004
chá) Usar fraqueza e WICHTL, 2003
cuidadosament e sensação de MILLS & BONE,
em pessoas com fome 2004
hepatite grave, CARDOSO,
falência hepática 2009
e câncer
hepático
Echinodorus Chapéu de Folhas Infusão: 1 Utilizar 1 xíc Oral A Edemas Não deve ser Não Pode AMARAL et al.,
macrophyllu s couro g (1 col chá) chá 3 x ao dia (inchaço) por utilizado por utilizar doses interagir com 2005
em retenção de pessoas acima da medicament os PROPLAM,
150 mL (xíc líquidos e portadores de recomend anti- 2004
de chá) processos insuficiência ada pois hipertensivo s, GILBERT et al,
inflamatórios renal e cardíaca pode causa causando 2005
diarréia queda da
pressão
Equisetum Cavalinha Partes Infusão: 3 Utilizar 1 xíc Oral A Edemas Não deve ser Uma ------------ ALONSO, 1998
arvense aéreas g (1 col chá 2 a 4 x ao dia (inchaços) por utilizado por alergia rara MARINGÁ,
sopa) em retenção de pessoas com pode ocorrer 2001
150 mL (xíc líquidos insuficiência em pacientes IPATINGA,
chá) renal e cardíaca sensíveis à 2000
nicotina. MILLS & BONE,
O uso por 2004
período
superior ao
recomend
ando pode
provocar dor
de cabeça e
anorexia.
Altas
doses podem
provocar
irritação
gástrica,
reduzir os
níveis de
vitamina B1
e provocar
irritação
no sistema
urinário
Erythrina Mulungu Casca Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Quadros leves --------------- ---------- Não usar por LIMA et al, 2006
verna 4 a 6 g (2 a 3 chá de 2 a 3 x ao de ansiedade e mais de 3 dias MATOS, 1997a
col de dia insônia, como seguidos MATOS, 1997b
sobremesa calmante IPATINGA,
) em 150 mL suave 2000
(xíc chá)
Eucalyptus Eucalipto Folhas Infusão: 2 Fazer inalação Inalat A Gripes e Não deve ser Em casos Evitar o uso ALONSO, 1998
globulus g (col de 2 a 3 x ao dia ório resfriados para utilizado por raros, pode associado com MATOS, 1997b
sobremesa desobstrução das pessoas com provocar sedativos, MATOS, 2000
) em 150 mL vias respiratórias, inflamação náusea, anestésicos e PROPLAM,
(xíc chá) como gastrointestinal e vômito e analgésicos, 2004
adjuvante no biliar, diarréia pois pode WICHTL, 2003
tratamento de doença potencializar BLUMENTHAL
bronquite e asma hepática grave, suas ações. , 2000
gravidez, Pode interferir GARCIA et al,
lactação e em com 1999
menores de 12 tratamentos
anos. hipoglicemi
antes. Colocar
a infusão em
recipiente
aberto, cobrir a
cabeça com um
pano junto ao
recipiente e
inalar
Eugenia Pitangueir Folhas Infusão: 3 Utilizar 1 Oral A Diarréia não ----------- ---------- ----------- ALONSO, 2004
uniflora a g (1 colher cálice (30 mL) infecciosa
de sopa) em após a evacuação
150 mL (xíc em no máximo
chá) 10 x ao dia
Glycyrrhiza Alcaçuz Raiz Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Tosses, gripes Não deve ser Possível Deve haver ALONSO, 1998
glabra 4,5 g (1 ½ de chá 3-4 x ao e resfriados utilizado quadro de cautela ao GARCIA, 1999
col sopa) em dia na pseudoald associar com
150 mL (xíc gravidez osteronis mo anticoagulan
chá) e por ação tes, corticóides
pessoas com mineraloc e antiinflamat
hipertensão orticóide órios
arterial, (caracteriz
hiperestrogenis ado por
mo e diabetes retenção
de sódio,
cloro e água,
edema,
hipertensã o
arterial e
ocasional
mente
mioglobin
úria)
Hamamelis Hamaméli Casca Decocção: Aplicar em Tópic A/I Inflamações da --------------- Não Nunca usar WICHTL, 2003
virginiana s 3-6 g (1-2 compressas na o pele e mucosas. ingerir, pois continuamen te GRUENWALD, et
col sopa) em região afetada Hemorróidas pode, por mais de 4 al, 2000
150 mL (xíc 2 a 3 x ao dia eventualm semanas GARCIA et al,
chá) ente, 1999
provocar
irritação
gástrica e
vômitos
Harpagophy Garra do Raiz Infusão: 1 Utilizar 1 xíc, Oral A Dores Não utilizar ---------- ----------- ITF, 2008
tum diabo g (1 colher 2 a 3 X dia articulares em portadores de
procumbens de chá) em (Artrite, artrose, úlceras
150 mL (xíc artralgia) estomacais e
chá) duodenais
Illicium Anis Fruto Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Bronquite Não utilizar na O uso ------------- ALONSO, 1998;
verum estrelado 1,5 g (1 ½ de chá 3-4 x ao como gravidez e no pode MATOS, 1998
col de chá) dia expectorante hiperestrogenis ocasionar
em mo reações de
150 mL hipersensi
(xíc chá) bilidade
cutânea,
respiratóri a
e
gastrintest
inal
Justicia Chambá, Partes Infusão: 5 Utilizar 1 xíc Oral A/I Tosse, como Pacientes com ---------- ------------- BIESKI &
pectoralis Chachamb á, aéreas g (5 col chá) chá de 2 a 3 x ao expectorante e problemas de MARI GEMMA,
Trevo- em dia broncodilatado r coagulação e em 2005
cumaru 150 mL (xíc uso de DINIZ et al.,
chá) anticoagulante s 2006
e analgésicos GUPTA et al, 1995
MATOS et al,
2001
MATOS, 1997a
MATOS, 1998
MATOS, 2000
VIANA et al,
1998
Lippia alba Erva- Partes Infusão: 1 Utilizar 1 xíc Oral A/I Quadros leves Uso Doses ------------- BIESKI &
cidreira, aéreas a 3 g (1 a chá de 3 a 4 x ao de ansiedade e cuidadosament e acima da MARI GEMMA,
Falsa erva- 3 col chá) dia insônia, como em pessoas com recomend 2005
cidreira, em 150 mL calmante hipotensão ada podem DINIZ et al.,
Falsa- (xíc chá) suave. Cólicas (pressão baixa) causar 2006
melissa abdominais, irritação GILBERT et al,
distúrbios gástrica, 2005
estomacais, bradicardi a GUPTA et al,
flatulência (diminuiç ão 1995
(gases), como da IEPA, 2005
digestivo, e freqüência IPATINGA,
expectorante cardíaca) 2000
e hipotensã o MATOS et al,
(queda da 2001
pressão) MATOS, 1997b
MATOS, 1998
MATOS, 2000
MELO-DINIZ et
al., 1998
PROPLAM,
2004
LUZ NETTO,
1998
Lippia Alecrim- Folhas Infusão: Aplicar de 2 a Tópic A Inflamações da --------------- ---------- Não deve ser GILBERT et al,
sidoides pimenta 2-3 g (2-3 3 x ao dia o: Garga boca e garganta, usado em 2005
col chá) em rejos, como anti- inalações MATOS, 1997a
150 mL (xíc boche séptico devido à ação MATOS, 1998
chá) chos irritante dos MATOS, 2000
e lavag vapores. VIANA et al,
ens Não engolir 1998
o produto após
o bochecho e
gargarejo
Malva Malva Folhas e Infusão: 2 Utilizar 1 xíc Oral A Afecções --------------- ---------- ------------- ALONSO, 1998
sylvestris flores g (1 col chá 4 x ao dia respiratórias GARCIA et al,
sobremesa como 1999
) em 150 mL expectorante PROPLAM,
(xíc chá) 2004
SIMÕES et al.
Infusão: Aplicar de 3 a Tópic Contusões e 1998
6 g (2 col 4 x ao dia o dos processos ALONSO, 2004
sopa) em inflamatórios da WICHTL, 2003
150 mL (xíc boca e garganta
chá)
Matricaria Camomila Flores Infusão: 3 Utilizar 1 xíc Oral A/I Cólicas --------------- Podem MATOS, 1998
recutita g (1 col chá de 3 a 4 x ao intestinais. ocorrer PROPLAM,
sopa) em dia Quadros leves de reações 2004
150 mL (xíc ansiedade, como alérgicas WICHTL, 2003
chá) calmante suave ocasionais MILLS & BONE,
. Em caso de 2004
superdose, ALONSO, 2004
pode ocorrer CARDOSO,
o aparecime 2009
nto de
náuseas,
excitação
nervosa e
insônia
Maytenus Espinheira Folhas Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não deve ser O uso ------------- AMARAL et al.,
ilicifolia santa 1-2 g (1-2 chá de 3 a 4 x ao (distúrbios da utilizado por pode 2005
col chá) em dia digestão), azia e crianças menores provocar GUPTA et al,
150 mL (xíc gastrite. de 6 anos. Não secura, gosto 1995
chá) Coadjuvante no utilizar em estranho na IPATINGA,
tratamento grávidas até o boca e 2000
episódico de terceiro mês de náuseas LIMA et al, 2006
prevenção de gestação e MARINGÁ,
úlcera em uso de lactantes, pois 2001
antiinflamatóri os promove a PROPLAM,
não redução do 2004
esteroidais leite SIMÕES et al.
1998
Melissa Melissa, Sumida Infusão: 2 Utilizar 1 xíc Oral A Cólicas Não deve ser Utilizar ------------ GARCIA et al,
officinalis Erva- des a 4g (1-2 col chá de 2 a 3 x ao abdominais. utilizado por cuidadosa 1999
cidreira floridas sobremesa dia Quadros leves de pessoas com mente em MATOS, 2000
) em 150 mL ansiedade e hipotiroidismo pessoas com PROPLAM,
(xíc chá) insônia, como (redução da pressão 2004
calmante função da baixa SIMÕES et al.
suave tireóide) 1998
WICHTL, 2003
MILLS & BONE,
2004
ALONSO, 1998
Mentha x Hortelã- Folhas e Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Cólicas, Não deve ser ---------- ------------ WICHTL, 2003
piperita pimenta sumidad 1,5 g (3 col chá de 2 a 4 x ao flatulência utilizado em MATOS, 2000
es floridas café) em 150 dia (gases), casos de MILLS & BONE,
mL (xíc chá) problemas obstruções 2004
hepáticos biliares, danos GRUENWALD, et
hepáticos severos al, 2000
e durante a GARCIA et al,
lactação. Na 1999
presença de
cálculos biliares,
consultar
profissional de
saúde antes de
usar
Mentha Poejo Partes Infusão: 1 Utilizar 1 xíc Oral A Afecções Não deve ser A ------------- GARCIA et al,
pulegium aéreas g (1 col chá de 2 a 3 x ao respiratórias utilizada na administra 1999
sobremesa dia durante ou como gravidez, ção em doses GRUENWALD, et
) em 150 mL após refeições expectorante. lactação e em e tempo de al, 2000
(xíc chá) Estimulante do crianças menores uso acima IPATINGA,
apetite, de 6 anos. dos 2000
perturbações Contraindica- se recomend MATOS, 1998
digestivas, o uso prolongado ados pode
espasmos e a inalação promover
gastrointestinai s, danos no
cálculos biliares fígado e
e colecistite ocasionar
problemas
na gravidez
Mikania Guaco Folhas Infusão: 3 Utilizar 1 xíc Oral A/I Gripes e ---------- A Pode BIESKI &
glomerata g (1 col chá 3 x ao dia resfriados, utilização interagir com MARI GEMMA,
sopa) em bronquites pode antiinflamat 2005
150 mL (xíc alérgica e interferir na órios não- GILBERT et al,
chá) infecciosa, como coagulaçã o esteroidais 2005
expectorante sanguínea. GUPTA et al,
Doses acima 1995
da recomend IPATINGA,
ada 2000
podem MARINGÁ,
provocar 2001
vômitos e MATOS et al,
diarréia; 2001
MATOS, 1997a
MATOS, 1998
PROPLAM,
2004
VIANA et al,
1998
LUZ NETTO,
1998
Momordica Melão-de- Folhas, Decocção: Aplicar nos Tópic A Dermatites --------------- ---------- Pode ALONSO, 1998
charantia São- frutos e 5 g em 1L locais afetados o (irritação da pele) interagir com GUPTA et al,
Caetano semente s 2 x dia ou e escabiose hipoglicemi 1995
banhar-se uma (sarna) antes. Não IEPA, 2005
vez ao dia utilizar por via MATOS, 1997b
oral, pois pode MELO-DINIZ et
causar coma al., 1998
hipoglicêmi co
(por
diminuição de
açúcar no
sangue) e
convulsões em
crianças;
problemas
hepáticos e dor
de
cabeça
Passiflora alata Maracujá Folhas Infusão3 g (1 chá de 1 a 2 x Oral A/I de ansiedade e --------------- O uso pode Não deve ser DINIZ et al., 2006
col ao dia insônia, como causar usado junto GUPTA et al,
sopa) em calmante suave sonolência com 1995
150 mL (xíc medicament os MATOS et al,
chá): sedativos e 2001
depressores do MATOS, 1997a
sistema MATOS, 1997b
nervoso. MATOS, 1998
Nunca utilizar MATOS, 2000
cronicamente MELO-DINIZ et
al., 1998
SIMÕES et al.
1998
VIANA et al,
Passiflora Maracujá- Folhas Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Quadros leves --------------- Seu uso Não deve ser DINIZ et al.,
edulis azedo 3 g (1 col chá de 1 a 2 x ao de ansiedade e pode causar usado junto 2006
sopa) em dia insônia, como sonolência com GUPTA et al,
150 mL (xíc calmante medicament os 1995
chá) suave sedativos e MATOS et al,
depressores do 2001
sistema MATOS, 1997a
nervoso. MATOS, 1997b
Nunca utilizar MATOS, 1998
cronicament e MATOS, 2000
MELO-DINIZ et
al., 1998
SIMÕES et al.
1998
VIANA et al,
1998
Passiflora Maracujá Partes Infusão: 3 Utilizar 1 xíc Oral A Quadros leves --------------- Seu uso Não deve ser MATOS, 1997b
incarnata aéreas g (1 col chá de 3 a 4 x ao de ansiedade e pode causar usado junto OMS, 2007
sopa) em dia insônia, como sonolência com PROPLAM,
150 mL (xíc calmante medicament os 2004
chá) suave sedativos e MILLS & BONE,
depressores do 2004
sistema
nervoso.
Nunca utilizar
cronicament e
Paullinia Guaraná Sement 0,5-2 g do Utilizar puro Oral A Fadiga como Não deve ser Em altas Não associar GARCIA et al,
cupana es pó (1 a 4 col ou diluído em estimulante utilizado por doses pode com outras 1999
café) água pessoas com causar drogas com GRUENWALD, et
ansiedade, insônia, bases xânticas al, 2000
hipertiroidism o, nervosism os (café, noz de MILLS & BONE,
hipertensão, e ansiedade cola, mate), 2004
arritmias, nem com ALONSO, 2004
problemas anti-
cardíacos, hipertensivo s
estomacais e
intestinais,
taquicardia
paroxística,
gastrite e cólon
irritável
Peumus Boldo-do- Folhas Infusão Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não deve ser ---------- Não GUPTA et al,
boldus chile 1 a 2 g (1 a 2 chá 2 x ao dia (distúrbios da utilizado por exceder a 1995
col chá) em digestão), como pessoas com dosagem MATOS, 1998
150 mL (xíc colagogo e obstrução das recomendad a MATOS, 2000
chá) colerético vias biliares, PROPLAM,
doenças severas 2004
no fígado e nos SIMÕES et al.
casos de 1998
gravidez. Usar WICHTL, 2003
cuidadosament e MILLS & BONE,
em pessoas com 2004
doença hepática CARDOSO,
aguda ou severa, 2009
colecistite LUZ NETTO,
séptica, espasmos 1998
do intestino e íleo
e câncer hepático
Phyllanthus Quebra- Partes Infusão: 3 Utilizar 1 xíc Oral A Litíase renal Contra Em Nunca BIESKI &
niruri pedra aéreas g (1 col chá de 2 a 3 x ao (cálculos renais) indicado na concentra utilizar por MARI GEMMA,
sopa) em dia por auxiliar na eliminação de ções acima mais de 3 2005
150 mL (xíc eliminação de cálculos grandes. da recomend semanas DINIZ et al.,
chá) cálculos renais Não utilizar na ada pode 2006
pequenos gravidez apresentar GILBERT et al,
diarréia e 2005 GUPTA et al,
hipotensã o 1995
(pressão IEPA, 2005
baixa) MATOS et al,
2001
MATOS, 1997b
MATOS, 1998
MELO-DINIZ et
al., 1998
PROPLAM,
2004
SIMÕES et al.
1998 ALONSO,
2004
Pimpinela Anis, Erva Frutos Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A/I Dispepsia --------------- ---------- A droga WICHTL, 2003
anisum doce 1,5 g (3 col chá 3x ao dia (distúrbios vegetal deve GARCIA et al,
café) em 150 digestivos), ser 1999
mL água (xíc cólicas amassada ALONSO, 2004
chá). gastrointestinai s imediatamen te
e como antes de usar
expectorante
Plantago Tanchage Folhas Infusão: Aplicar no Tópic A Inflamações da Hipotensão ---------- Não engolir BIESKI &
major m; 6-9 g (2-3 local afetado, em o boca e faringe arterial (pressão a preparação MARI GEMMA,
Tansagem col sopa) em bochechos baixa), obstrução após o 2005
, Tranchage 150 mL (xíc e gargarejos 3x intestinal e bochecho e GARCIA et al,
m chá) dia gravidez gargarejo. 1999
Nunca utilizarGILBERT et al,
a casca da 2005
semente GUPTA et al,
1995
MATOS, 1997b
ALONSO, 2004
Plectranthus Boldo- Folhas Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não deve ser O uso Não usar BIESKI &
barbatus nacional, 1-3 g (1-3 chá de 2 a 3 x ao (distúrbios da utilizado em pode junto com MARI GEMMA,
Hortelã- col chá) em dia digestão) e gestantes, diminuir a metronidazo l 2005
homem, 150 mL (xíc hipotensão lactantes, pressão ou dissulfiram DINIZ et al.,
Falso- boldo, chá) (pressão baixa) crianças, pessoas arterial. 2006
Boldo- com hipertensão Doses acima IEPA, 2005
africano (pressão alta), da recomend MATOS, 1997a
hepatites e ada e MATOS, 1997b
obstrução das utilizadas MATOS, 2000
vias biliares. por um MELO-DINIZ et
Pessoas que período de al., 1998
PROPLAM,
Polygala Polígala Raiz Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A Congestão ----------- Altas ----------- ALONSO, 2004
senega 4,5 g (1 ½ chá, 3 a 4 X respiratória, doses
colher de dia como produzem
sopa) em expectorante efeito
150 mL (xíc emetizant
chá) e (provoca
vômito) e
diarréias,
além de
problemas
gastrintest
inais
Polygonum Erva-de- Partes Infusão: 3 Aplicar na Tópic A Varizes e Gravidez ---------- ----------- ITF, 2008
punctatum bicho, aéreas g (1 col região afetada o úlceras varicosas
Pimenteir a- sopa) em 3 X dia
dágua 150 mL (xíc
chá)
Psidium Goiabeira Folhas Infusão: 2 Utilizar 1 Oral A A/I Diarréias não --------------- --------- Não utilizar GILBERT et al,
guajava jovens g (col cálice (30 mL) Tópica infecciosas Pele e continuamen te 2005
sobremesa após a evacuação mucosas DINIZ et al.,
) em 150 mL em no máximo lesadas, como 2006
(xíc chá) 10 anti-séptico MATOS et al,
X ao dia 2001
MATOS, 1997a
a MATOS, 1997b
MATOS, 1998
MATOS, 2000
MELO-DINIZ et
al., 1998
Punica Romã Pericarp Decocção: Aplicar no Tópic A Inflamações e --------------- Se Não engolir BIESKI &
granatum o (casca 6 g (2 col local afetado, em o infecções da ingerido, a preparação MARI GEMMA,
do sopa) em bochechos mucosa da boca e pode após o 2005
fruto) 150 mL (xíc e gargarejos 3x faringe como provocar bochecho e DINIZ et al.,
chá) dia antiinflamatóri o zumbido, gargarejo 2006
e anti-séptico distúrbios MATOS et al,
visuais, 2001
espasmos na MATOS, 1997a
panturrilh a e MATOS, 1997b
tremores MATOS, 1998
MATOS, 2000
MELO-DINIZ et
al., 1998
PROPLAM,
2004
SIMÕES et al.
1998
VIANA et al,
1998
OMS, 2003
Rhamnus Cáscara Casca Decocção: Utilizar de ½ a Oral A Constipação Não deve ser Pode Não fazer WICHTL, 2003
purshiana sagrada 0,5 g (col 1 xíc chá, antes intestinal utilizado por ocorrer uso crônico OMS, 2004
café) em de dormir eventual pessoas com desconfort o (mais de 1 ALONSO, 2004
150 mL (xíc obstrução no trato semana). O uso CARDOSO,
chá) intestinal, gastrintest contínuo pode 2009
refluxo, inal, promover
inflamação principal diarréia, perda
intestinal aguda mente em de eletrólitos e
(doença de pacientes dependência
Crohn), colite, com cólon
apendicite ou dor irritável,
abdominal de além de
origem mudança de
desconhecida, coloração na
pacientes com urina
histórico de
polipose
intestinal. Não
utilizar durante
lactação,
gravidez e em
menores de 12
anos
Rosmarinus Alecrim Folhas Infusão: Aplicar no Tópic A Distúrbios Não deve ser Usado ---------- BIESKI &
officinalis 3-6 g (1-2 local afetado 2 x o circulatórios, utilizado por cronicame MARI GEMMA,
col sopa) em ao dia como anti- pessoas com nte, ou em 2005
150 mL (xíc séptico e doença doses IPATINGA,
chá) cicatrizante prostática, excessivas 2000
gastroenterites, , pode causar MATOS, 1997b
Utilizar de 1 a Oral Dispepsia dermatoses em irritação MATOS, 1998
2 xíc chá ao dia (distúrbios geral e om renal e MATOS, 2000
digestivos) histórico de gastrointe MELO-DINIZ et
convulsão stinal al., 1998
MELO-DINIZ et
al., 2006
Salix alba Salgueiro Casca Infusão: 3 Utilizar 1 xíc, Oral A Inflamação, Não utilizar ----------- Usar LORENZI &
do caule g (1 col 2 a 3 X dia dor e febre. Gripe junto com cautelosame MATOS, 2008
sopa) em e resfriados Maracujá e Noz nte junto a ESCOP, 1997
150 mL (xíc moscada anticoagulan
chá) tes, corticóides
e antiinflamat
órios não
esteroidais
Salvia Sálvia Folhas Infusão: Aplicar no Tópic A/I Inflamações da Não utilizar na --------- Não engolir WICHTL, 2003
officinalis 3,5 g (7 col local afetado, em o boca e garganta, gravidez e a preparação MILLS & BONE,
café) em 150 bochechos e gengivites e aftas lactação, após o 2004
mL (xíc chá) gargarejos 1 ou 2 insuficiência bochecho e GRUENWALD, et
x dia renal e tumores gargarejo pois al, 2000
mamários pode causar
estrógeno náusea,
dependentes vômitos, dor
abdominal,
Infusão: Utilizar 1 xíc Oral A/I Dispepsias tonturas e
1,5-2 g (3- chá de 2 a 3 x ao (distúrbios agitação. Pode
4 col café) dia digestivos) e elevar
em 150 mL transpiração a pressão em
(xíc chá) excessiva pacientes
hipertensos.
Em altas doses
pode ser
neurotóxica
(causar
convulsões)
e hepatotóxica
(causar dano
no fígado)
Sambucus Sabugueir Flor Infusão: 3 Utilizar 1 xíc, Oral A Gripe e ----------- O uso em Não utilizar NEWALL, 1996
nigra o g (1 col 2 a 3 X dia resfriado quantidad es folhas por ALONSO, 2004
sopa) em maiores que conterem
150 mL (xíc o recomend glicosídeos
chá) ado pode cianogênico
promover s que podem
hipocalem ia ser tóxicos
(diminuiç ão
da taxa de
potássio no
organismo
)
Schinus Aroeira- Casca Decocção: Aplicar na Tópic A Inflamação -------------- ---------- --------------- MATOS, 1997b
terebinthifol ia da-praia do caule 1 g em 1L região afetada o vaginal, MELO-DINIZ et
água 2 x ao dia, em leucorréia al., 1998
compressas, (corrimento MELO-DINIZ et
banhos de vaginal), como al., 2006
assento hemostático, PROPLAM,
adstringente e 2004
cicatrizante SIMÕES et al.
1998
Senna Sene Fruto e Decocção: Utilizar de 1 Oral A Constipação Não deve ser Desconfor Não fazer WICHTL, 2003
alexandrina folíolos 1 g (col café) xíc chá, antes de intestinal utilizado por to do trato uso crônico OMS, 1999
em dormir eventual pessoas gastrintest (mais de 1 CARDOSO,
150 mL (xíc portadoras de inal, semana). O uso 2009
chá) obstrução principal contínuo pode
intestinal, mente em promover
inflamação pacientes diarréia e perda
intestinal aguda com cólon de eletrólitos
(doença de irritável,
Crohn), colite, mudança na
apendicite ou dor coloração da
abdominal de urina
origem não
diagnosticada,
constipação
crônica.
Não usar em
crianças menores
de 10 anos
Solanum Jurubeba Planta Infusão: 1 Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia --------------- Doses ---------- GUPTA et al,
paniculatum inteira g (1 col chá) chá de 3 a 4 x ao (distúrbios da acima da 1995
em dia digestão) recomend IPATINGA,
150 mL (xíc ada e por 2000
chá) período de MATOS, 1997b
tempo acima SIMÕES et al.
do recomend 1998
ado CEDAC ALONSO,
podem 2004
causar
intoxicaçã o
com náuseas,
vômitos,
diarréia,
cólicas
abdominai s,
confusão
mental,
edema
cerebral e
morte
Stryphnoden Barbatimã Casca Decocção: Aplicar Tópic A/I Lesões como Não deve ser ---------- ------------- RODRIGUES,
drom o 3 g (col compressas no o cicatrizante e utilizado em 2006
adstrigens sopa) em local afetado anti-séptico lesões com LIMA et al, 2006
1 L de água 2-3x ao dia tópico na pele e processo GILBERT et al,
mucosas bucal e inflamatório 2005
genital intenso
Taraxacum Dente de Toda a Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Dispepsia Não deve ser O uso Não utilizar WICHTL, 2003
officinale leão planta 3-4 g (3-4 chá 3x ao dia (distúrbios utilizado por pode em menores de OMS, 2007
col chá) em digestivos), pessoas provocar dois anos ALONSO, 2004
150 mL (xíc estimulante do portadoras de hiperacide z
chá) apetite e como obstrução dos gástrica
diurético dutos biliares e e
do trato hipotensã
intestinal. Na o (queda da
ocorrência de pressão)
cálculos biliares,
consultar
profissional de
saúde antes do
uso
Uncaria Unha-de- Entreca Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A Dores Não é O uso Evitar o uso GILBERT et al,
tomentosa gato sca 0,5 g (1 col chá de 2 a 3 x ao articulares (artrite recomendado o pode concomitant e 2005
café) em 150 dia e artrose) e uso antes e provocar com GUPTA et al,
mL (xíc chá) musculares depois de cansaço, imunossupre 1995
agudas, como quimioterapia, febre, ssores e em MILLS & BONE,
antiinflamatóri o nem em diarréia, pacientes 2004
pacientes constipaçã o. transplantad os ALONSO, 2004
hemofílicos. Não Altas doses ou esperando
utilizar podem transplantes
em menores de causar
3 anos sintomas
pancreátic os
e alterações
do nervo
óptico
Vernonia Boldo- Folha Infusão: 3 Utilizar 1 xíc, Oral A Dor e ----------- ---------- ----------- LORENZI &
condensata baiano g (1 col 3X dia, antes das dispepsia MATOS, 2008
sopa) em principais
150 mL (xíc refeições
chá)
Vernonia Assa- Folha Infusão: 3 Gargarejar e, Oral A Bronquite e Não deve ser ---------- ----------- LORENZI &
polyanthes peixe g (1 col em seguida, tosse persistente utilizada durante MATOS, 2008
sopa) em ingerir 1 xícara a gravidez e
150 mL (xíc (150 mL) lactação
chá) 3x/dia.
Aplicar sobre a Tópic A Dores
área afetada 2 o musculares
x dia durante 2
horas de cada vez
Zingiber Gengibre Rizoma Decocção: Utilizar 1 xíc Oral A/I Enjôo, náusea Em casos de --------- ------------- OMS, 1999
officinale 0,5 – 1 g chá de 2 a 4 x ao e vômito da cálculos WICHTL, 2003
(1 a 2 col dia gravidez, de biliaresutilizar MILLS BONE,
café) em movimento e apenas 2004
150 mL (xíc pós-operatório. com BARBOSA et al,
chá) Dispepsias em acompanhame 2009&
geral nto de
profissional de
saúde. Evitar o
uso em pacientes
que estejam
usando
anticoagulante s,
com desordens
de coagulação,
ou com cálculos
biliares; irritação
gástrica e
hipertensão,
especialmente em
doses altas.
Evitar o uso
em menores de
seis anos,
Legenda utilizada na tabela do Anexo I:
A sigla disposta na tabela deve ser substituída pela palavra correspondente na embalagem e folheto informativo do produto.
A – Adulto I – Infantil L – Litro
mg – miligrama g – grama
mL - mililitro col – colher xíc – xícara x – vezes
1 xícara = 240 mL
1/2 xícara = 120 mL
1/3 xícara = 80 mL
1/4 xícara = 60 mL
1 colher (sopa) = 15 mL
1 colher (chá) = 5 mL
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA