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TEMA 1

“Milhares de mulheres entraram na justiça do DF com medidas protetivas, desde que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, em setembro de 2006. A maioria se
refere a proibições judiciais de contato pelos companheiros e ex-companheiros. Esses pedidos vieram de mulheres que moram em Brasília (região que inclui,
além do Plano Piloto, o Lago Sul e o Lago Norte, o Varjão e a Estrutural) e localidades circunvizinhas. A grande maioria das ações acolhidas pelo Tribunal de
Justiça do DF com base na Lei Maria da Penha têm-se relacionado à ingestão de álcool e são feitas contra ex-companheiros das mulheres agredidas. Em 2018, o
número de inquéritos abertos na Delegacia da Mulher do DF cresceu 86% em relação às 1.677 denúncias feitas no ano anterior. Isso não significa que a prática do
crime tenha aumentado, mas sim que as mulheres estão denunciando as agressões com maior frequência”.
“Uma ligação anônima ajudou a esclarecer as circunstâncias da morte da auxiliar de serviços gerais Pedrolina Silva, 50 anos. Segundo a pessoa que acionou a
PCDF, João Marcos Vassalo da Silva Pereira, 20, teria dito a diversas pessoas no Paranoá Parque, condomínio em que os dois moravam, que se a mulher “não for
minha, não será de mais ninguém”.
“A Lei Maria da Penha apresenta cinco tipos de atitudes violentas contra as mulheres: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A violência física é
representada por ações como tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, estrangulamento, lesões por armas ou objetos etc. A violência
psicológica inclui ações como insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, ridicularização, rechaço,
manipulação afetiva, exploração e negligência.
A violência sexual é a ação cometida para obrigar a mulher, por meio da força física, coerção ou intimidação psicológica, a ter relações sexuais ou presenciar
práticas sexuais contra a sua vontade. Já a violência patrimonial ocorre quando o agressor retém, subtrai, ou destrói os bens pessoais da vítima, seus instrumentos
de trabalho, documentos e valores. Por fim, a violência moral ocorre quando a mulher sofre com qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria
praticada por seu agressor”.

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 causas da violência contra a mulher; [valor: 4,00 pontos]
2 barreiras para a superação do problema; [valor: 4,00 pontos]
3 o dever do Estado de garantir a segurança dos cidadãos, em especial a das mulheres. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 2
"O preâmbulo da Constituição Federal de 1988 (CF) dispõe que o Estado democrático se destina a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.
A missão das forças policiais é garantir ao cidadão o exercício dos direitos e das garantias fundamentais previstos na CF e nos instrumentos internacionais
subscritos pelo Brasil (art. 5.º, § 2.º, da CF). O cumprimento dessa missão exige preparo dos integrantes das corporações policiais, que devem perseguir
incansavelmente a verdade dos fatos sem se afastar da estrita observância ao ordenamento jurídico vigente, que deve ser observado por todos, em respeito ao
Estado democrático de direito."
"O Brasil se efetivou como um país democrático de direito após a promulgação da CF — também chamada de Constituição Cidadã, por contar com garantias e
direitos fundamentais que reforçam a ideia de um país livre e pautado na valorização do ser humano. Com a ruptura do antigo sistema ditatorial, o Estado tinha
a necessidade de resgatar a importância dos direitos humanos, negligenciados até então, porquanto, desde 1948, havia-se erigido a Declaração Internacional
dos Direitos Humanos no mundo.
Já no art. 1.º da CF, afirma-se a condição de Estado democrático de direito fundamentado em cidadania e dignidade da pessoa humana. O Brasil, por ser signatário
de tratados internacionais de direitos humanos, tem como princípio, em suas relações internacionais, a prevalência dos direitos humanos."

A partir das ideias dos textos precedentes, que têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
O PAPEL DA POLÍCIA FEDERAL NO APRIMORAMENTO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA
Em seu texto,
1. Discorra sobre o papel constitucional e social da Polícia Federal e sua relação com os direitos humanos; [valor: 4,00 pontos]
2. Cite contribuições da Polícia Federal relevantes para a manutenção do Estado democrático de direito, especialmente relacionadas aos direitos humanos; [valor:
4,00 pontos]
3. Apresente sugestões de implantação de ações e(ou) projetos que possam contribuir futuramente para o aprimoramento da democracia brasileira. [valor: 4,40
pontos]
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TEMA 3
"Texto fixa duração de dez anos para Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social O Projeto de Lei 3734/12, aprovado nesta quarta-feira (11/04/2018)
pelo Plenário da Câmara dos Deputados, prevê a criação do Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social para promover a melhora da qualidade da
gestão das políticas do setor e priorizar ações preventivas e fiscalizatórias de segurança interna, nas divisas, fronteiras, portos e aeroportos. O plano terá ainda
de assegurar a produção de conhecimento no tema e a avaliação dos resultados das políticas de segurança pública, contribuindo para a organização dos conselhos
de Segurança Pública e Defesa Social. De acordo com o substitutivo do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), o plano nacional terá duração de dez anos. As ações
de prevenção à criminalidade serão prioritárias, e as políticas públicas de segurança não serão restritas aos integrantes do Sistema Único de Segurança Pública
(Susp), devendo considerar um contexto social amplo e abranger outras áreas do serviço público, como educação, saúde, lazer e cultura. No caso dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, eles terão até dois anos para elaborar seus planos correspondentes, sob pena de não poderem receber recursos da União
para a execução de programas ou ações no setor."

Considerando que o texto acima tenha caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo que aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
Relação entre eficiência policial e direitos do cidadão; [valor: 4,40 pontos]
Finalidade da repressão policial e sua intensidade; [valor: 4,00 pontos]
Aparelho policial como um dos pilares da sociedade democrática. [valor: 4,00 pontos]
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TEMA 4
"O atual presidente do Brasil expediu um decreto que facilita a posse de armas. O decreto altera o Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, que limita o
acesso a armamentos no Brasil. A principal mudança do decreto é a definição mais flexível de quem tem “efetiva necessidade” de ter uma arma – há o pressuposto
de que as informações prestadas sejam verdadeiras e a Polícia Federal apenas as examina. Outra modificação importante é o aumento do prazo de validade da
autorização de posse de cinco para dez anos."
"A posse de arma é uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter, dentro de casa ou no lugar de trabalho, uma arma que não seja
de calibre restrito, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. A posse é atualmente liberada para pessoas que sejam maiores de
25 anos de idade, tenham ocupação lícita e de residência certa, comprovem capacidade psicológica, comprovem capacidade técnica, não tenham antecedentes
criminais e não estejam respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, declarem a efetiva necessidade de ter uma arma. O sexto item foi o único a sofrer
mudanças."
"Especialistas argumentam que a difusão das armas de fogo faz diminuir o seu preço no mercado ilegal e estimula soluções violentas aos conflitos interpessoais."
"Um publicitário paulistano resolveu adquirir uma arma depois de ficar refém, com a família, em um assalto dentro de casa. O tio dele, empresário, passou a usar
carro blindado após ter sido baleado em uma tentativa de assalto. “A gente tenta se proteger da forma que pode, até onde nosso dinheiro alcança”, disse ele."

Motivado pela leitura dos textos anteriores, redija um texto dissertativo e(ou) descritivo com o seguinte tema: A FACILITAÇÃO DA POSSE E PORTE DE ARMAS
DE FOGO CONTRIBUI PARA O COMBATE À CRIMINALIDADE?
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TEMA 5
As armas de brinquedo devem sair de circulação no Distrito Federal em até dez meses, mas a polêmica sobre a proibição delas parece estar longe do fim. A lei
distrital, sancionada recentemente, impede a fabricação, a comercialização e a distribuição de peças semelhantes ou não aos armamentos convencionais. Estão
inclusas as que disparam balas, bolas, espuma, luz, laser e assemelhados, as que produzem sons e as que projetam quaisquer su bstâncias. A aprovação da norma
repercutiu nacionalmente e também fora do Brasil, com reportagem no jornal britânico The Guardian.

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
O CERCO ÀS ARMAS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE À VIOLÊNCIA
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
Percepções diversas acerca das armas, de instrumento de proteção a símbolo de morte e destruição; [valor 4,40 pontos]
Efeito educativo pretendido com a proibição da venda de armas de brinquedo; [valor: 4,00 pontos]
Limitações de uma medida legal como a proibição de venda de armas de brinquedo. [valor: 4,00 pontos]
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TEMA 6
“O TSH – Tráfico de Seres Humanos é um atentado contra a humanidade, consubstanciado em uma agressão inominável aos direitos humanos, porque explora
a pessoa, limita sua liberdade, despreza sua honra, afronta sua dignidade, ameaça e subtrai a sua vida.
[...]
Crime multifacetado, o TSH advém de uma multiplicidade de questões, realidades e desigualdades sociais. Quase sempre, a vítima se encontra fragilizada por
sua condição social, tornando-se alvo fácil para a cadeia criminosa de traficantes que a ludibria com o imaginário de uma vida melhor. Aproveitando-se de sua
situação de vulnerabilidade e da ilusão de um mundo menos cruel, transforma a vítima em verdadeira mercadoria. A crise mundial, causa do aprofundamento da
pobreza e das desigualdades, cria espaços para o fomento das mais diversas formas de exploração mediante o comércio de seres humanos.”

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo sobre o tráfico de pessoas, mencionando, necessariamente os
seguintes pontos:
Explique no que consiste o crime de tráfico de pessoas e mencione três das suas características; [valor: 4,00 pontos]
Desafios e principais iniciativas governamentais para o seu enfrentamento; [valor: 4,00 pontos]
Apresente três sugestões para combater a situação. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 7
ASSÉDIO VIRTUAL - 'CYBERBULLYING É QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA'
"Brincadeiras" ofensivas foram por muito tempo ignoradas por pais e responsáveis por crianças e adolescentes. Nos últimos anos, no entanto, o bullying passou
a ser encarado de forma mais séria e hoje é considerado um problema real e frequente em todo o mundo. No entanto, com as novas plataformas de comunicação,
a juventude passou a conviver com as agressões também no ambiente virtual. Tanto que o cyberbullying tornou-se problema de saúde pública e que pode trazer
consequências graves para as vítimas. Ansiedade, depressão e suicídio são alguns dos resultados da violência praticada entre crianças e adolescentes no ambiente
virtual. Os sintomas nem sempre são percebidos pelos responsáveis, o que torna a agressão ainda mais perigosa. Falta de políticas públicas de combate ao
problema e a ausência de debate nas escolas e na sociedade são agravantes. Segundo a última pesquisa TIC Kids, de 2016, realizada pelo CGI.br (Comitê Gestor
da Internet no Brasil), mais de 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos utilizam a rede. O número de jovens que navegam na rede mais de uma vez por dia
foi de 21% em 2014 para 69% em 2016.
MODELO DE MG COMETE SUICÍDIO APÓS VÍDEO DE SEXO VAZAR NA WEB
Uma notícia chocou o Brasil nesta quarta-feira, quando a Polícia Civil de Goiás divulgou que uma modelo de Minas Gerais pode ter cometido suicídio após o
vazamento de um vídeo. De acordo com O Tempo, Milena Chaves Andrade, 20, natural da cidade de Sete Lagoas, foi encontrada morta nesta segunda-feira, 27.
A moça foi encontrada por seu personal trainer que foi em seu apartamento à pedido de sua família, que não conseguia contato com ela há dias. Milena foi
encontrada dentro do banheiro enforcada com o cabo de sua chapinha e segundo as suspeitas, ela teria cometido suicídio após um vídeo em momento íntimo
ter caído na web. O vídeo teria viralizado entre seus colegas de trabalho e lhe causado depressão. Se a teoria for confirmada o autor do vazamento poderá pegar
até cinco anos de prisão.
CYBERBULLYING: A VIOLÊNCIA VIRTUAL
Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os
apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições” - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões
verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o
encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do
inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e
repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas
em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando
rapidamente o número de casos de violência desse tipo.

A partir da leitura dos textos de motivadores, redija um texto dissertativo sobre o tema:
CIBERBULLYING: A VIOLÊNCIA PRATICADA NA INTERNET
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 causas do problema; [valor: 4,00 pontos]
2 consequências sofridas pelas vítimas desse ato; [valor: 4,00 pontos]
3 providências a serem tomadas para o combate desse tipo de violência. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 8
“Uma recente pesquisa feita no período eleitoral, durante o ano passado, revelou que as duas maiores preocupações do eleitor brasileiro estavam relacionadas a
escalada da violência, ou seja, o medo de perder um ente querido de forma violenta ou de sofrer algum tipo de violência pessoal. Realizado pelo instituto Real
Time Data, o levantamento também revelou que 85% dos entrevistados mostravam preocupação excessiva com a segurança pública. Essa preocupação não é
exclusiva do brasileiro. A grande diferença é que, em outros países, muito já foi feito para combater a escalada da violência, e grande parte desses esforços só foi
possível por conta de novas tecnologias. Em matéria de segurança pública, não faltam inovações tecnológicas em prol do combate ao crime”.
[...] o Estado Brasileiro além de investir pouco, quando o faz, gasta mau, e em decorrência da má qualidade do investimento - não pode dele advir bons frutos -
o resultado em geral, é baixo ou pífio. No que tange a segurança pública, por exemplo, os altos índices de criminalidade estão diretamente relacionados à falta
de estratégia e inteligência no combate ao crime. Apenas para ilustrar a questão, cabe mencionar que no episódio do atentado da Maratona de Boston, a polícia,
graças a uma câmera de circuito fechado de lojas de rua, conseguiu em poucas horas identificar e prender os responsáveis pelo atentado, cuja a detonação da
bomba utilizou a rede de telefonia móvel. Cabe lembrar que tanto aqui como lá, criminosos utilizam o que há de melhor na tecnologia. A diferença é que lá o
Estado também tem os melhores recursos e aqui, nossa força policial, em geral, não tem nada ou quando tem está sucateado ou inoperante. Como esperar um
resultado satisfatório num Estado que a polícia vive de favor para comer ou abastecer uma viatura? [...]

Considerando os textos de apoio acima e seu conhecimento de mundo, elabore um texto dissertativoargumentativo sobre o tema:
A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NO TRABALHO POLICIAL
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) Como a tecnologia pode auxiliar o trabalho policial; [valor4,40 pontos]
b) Como o uso da tecnologia na atividade policial pode contribuir para a cidadania; [valor: 4,00 pontos]
c) Apresente eventual risco que envolvem a adoção massiva de recursos tecnológicos; [valor: 4,00 pontos]
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TEMA 9
Segundo o Ministério da Justiça, são assassinadas, por ano, no Brasil, nada menos que 50 mil pessoas, média de 136 mortes por dia, número equivalente ao
observado em guerras civis. Ressalte-se que esses números se referem às vítimas que morrem no local do crime. Não há dados a respeito das que morrem
posteriormente em decorrência das agressões. São vítimas, na quase totalidade, do crime organizado, cujo epicentro é o tráfico de drogas. De acordo com o
segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor mundial de cocaína e derivados, com 20% do mercado
global, e o maior mercado de crack. Nada menos.
As estatísticas denunciam: o uso de drogas e a criminalidade estão cada vez mais próximos. Dados do Programa Ação pela Vida, da Secretaria de Segurança
Pública (SSP-DF), obtidos com exclusividade pelo Jornal de Brasília, revelam a relação direta entre o número de homicídios e o uso de entorpecentes. De acordo
com o levantamento, 64% das vítimas de homicídio faziam uso ou estavam sob efeito de drogas, sendo esse o fator principal dos casos de mortes violentas no
DF.
O estudo faz parte do relatório de Exames Toxicológicos do Instituto Médico Legal (IML), e reuniu 188 casos de assassinatos ocorridos até março deste ano. Os
dados serão usados pelo plano, que tem como um de seus eixos o enfrentamento ao uso e ao tráfico de drogas, por meio da integração das forças policiais.
Entre os casos de assassinatos, 65% estavam relacionados a crimes como roubos, furtos, o uso de drogas, homicídios, ameaça e lesão corporal. “Esse estudo
serve como uma base sólida para comprovar que o grupo de risco de pessoas comprometidas com o crime está sendo vítima de homicídio. Em quase 100% dos
casos, vítima e autor possuem um perfil muito semelhante. Ambos com passagens pela polícia, quase sempre por crimes vinculados ao consumo e tráfico de
drogas”, afirma o secretário de Segurança Pública, Sandro
Avelar.

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do tema a seguir.
DROGAS E VIOLÊNCIA: A NECESSÁRIA ATUAÇÃO DO ESTADO
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
a) Narcotráfico como símbolo do crime organizado em escala global. [valor: 4,00 pontos]
b) Relação entre drogas (produção, comercialização e consumo) e violência. [valor: 4,00 pontos]
c) Ação esperada do poder público diante do problema das drogas e do crime organizado. [valor: 4,40pontos]
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TEMA 10
No passado, ligar a Zona Norte à Zona Sul do Rio de Janeiro simbolizava a esperança de aproximar a cidade partida. Hoje, crimes absurdos unem as zonas da
cidade em abraços inconsoláveis. A cada dez minutos, uma pessoa é vítima de homicídio no Brasil. O discurso oficial de que segurança pública não pode ser só
polícia faz sentido. A conhecida carência de políticas sociais tem parcela imensa de importância nesse quadro. Segurança não é só polícia, mas é polícia também.
Dois fatos trágicos que chocaram o Rio de Janeiro recentemente — a morte de dois jovens em um morro, depois de uma operação policial, e a de um ciclista na
Zona Sul da cidade — têm uma causa semelhante, que é a incapacidade do poder público de lidar com os jovens pobres, mas a repercussão deles é bastante
diversa, sem que se faça a necessária reflexão sobre isso. Para muitos, trata-se de um problema exclusivo de segurança pública. Para outros, esse é um problema
ainda maior e muito mais complexo.
Aos dezesseis anos, os jovens podem votar, isto é, escolhem os nossos representantes nas câmaras e assembleias e nos cargos executivos. Emancipados, podem
realizar todos os atos da vida civil, inclusive contrair matrimônio. A verdade é que os jovens de dezesseis anos de idade têm, de regra, capacidade de entender a
conduta criminosa.
Em vinte e cinco anos de existência do Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estado foi o que mais infringiu a lei. Não implementou as medidas previstas no
estatuto, que têm o intuito de transformar o adolescente em cidadão do bem. Com raríssimas exceções, os estabelecimentos destinados à ressocialização dos
infratores são calabouços revestidos de violência e desrespeito aos direitos fundamentais dos jovens. O sistema educacional é ruim. A saúde pública é
vergonhosa. Nas regiões de baixa renda, os jovens são encarados como mão de obra fácil e barata na luta diária pela sobrevivência. Na periferia urbana, eles são
as principais vítimas da violência que todos querem combater.

Considerando que os fragmentos de textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
SEGURANÇA PÚBLICA: DEVER DO ESTADO, DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS
Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir.
< Dê exemplos de políticas públicas para reduzir a violência e a insegurança. [valor: 4,00 pontos]
< Discorra a respeito do debate atual sobre reduzir ou não a maioridade penal. [valor: 4,00 pontos]
< Comente a respeito do sistema prisional brasileiro e da reincidência criminal. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 11
Suicídio já causa mais mortes de policiais do que confronto em serviço
343 policiais civis e militares foram assassinados em 2018, no Brasil. Em 75% dos casos, os assassinatos ocorreram quando os profissionais estavam fora de serviço.
Os dados são da 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo também aponta que a
violência à qual os policiais estão permanentemente expostos, o estresse psicológico e o acesso a armas têm causado graves efeitos: 104 policiais cometeram
suicídio no ano passado. Esse número é maior do que o de policiais que foram mortos durante o horário de trabalho (87 casos).
[...]
PMs sofrem com suicídios e transtornos mentais sem apoio da corporação
Há cinco anos, o pai de Fernanda*, um policial militar de Santa Catarina, cometeu suicídio no caminho para o trabalho. O corpo do PM, de 40 e poucos anos, foi
encontrado logo pela manhã dentro do seu carro, estacionado próximo à casa da família, que descobriu que a causa da morte era suicídio ao liberarem o corpo
no IML. Jorge* usou a própria arma de trabalho para por fim à vida. “Foi algo que ninguém esperava, fomos descobrir que ele teve depressão depois que ele se
matou. A depressão dele é aquela que tem alteração de humor, ele sempre teve isso. Depois que se matou que fomos entender o que era. Meu pai nunca falou
sobre isso [depressão]. No dia achamos que tinham matado ele, não sabíamos que tinha sido suicídio. Até porque só falaram para a gente que ele tinha se matado
perto do velório. Foi difícil porque ele não nos contava nada. Ele era bem fechado, era o jeito dele”, diz a filha.

Considerando os textos de apoio acima e seu conhecimento de mundo, elabore um texto dissertativo argumentativo sobre o tema:
SAÚDE MENTAL DO POLICIAL NO CONTEXTO DE UMA SOCIEDADE MARCADA PELA
INSTABILIDADE EMOCIONAL
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) Instabilidade emocional como uma das características da sociedade contemporânea; [valor 4 pontos]
b) Especificidades da profissão policial; [valor 4 pontos]
c) A contribuição do Estado para transformação da realidade no âmbito da atividade policial. [valor 4,40 pontos]
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TEMA 12
Operação Luz na Infância: três acusados de pedofilia são presos no DF
Uma operação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC),
coordenada nacional e internacionalmente pelo Ministério da Justiça, cumpriu, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (04/09/2019), sete mandados de
busca e apreensão contra pessoas suspeitas de alimentarem um esquema criminoso de difusão de pornografia infanto-juvenil. Três pessoas foram presas no
Recanto das Emas, em Sobradinho e Ceilândia.
A quinta fase da Operação Luz na Infância foi deflagrada em 14 unidades da Federação e no Distrito Federal e executada por 656 policiais. Na capital do país, os
alvos residem em Samambaia, Ceilândia, Santa Maria, Recanto das Emas, Guará e Sobradinho. As equipes procuram arquivos com conteúdos relacionados a
crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
Desta vez, outros seis países também deflagraram a operação de combate à pedofilia. São eles: Estados Unidos, El Salvador, Chile, Equador, Panamá e Paraguai.
Ao todo, são 105 alvos suspeitos. Os do DF foram levantados, de forma inédita, pela DRCC. A polícia prendeu no total 31 suspeitos.
A operação foi intitulada Luz na Infância por serem bárbaros e obscuros os crimes contra a dignidade sexual de crianças e ado lescentes. Os acusados deste tipo
de delito agem, em geral, na internet.
A Polícia Federal também participou da ação, com cerca de 80 agentes, que saíram às ruas para cumprir 17 mandados de busca e apreensão nos estados do
Paraná, Santa Catarina, Amazonas, Amapá, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
Em 20 de outubro de 2017, o Ministério da Justiça deflagrou a primeira fase da Operação Luz na Infância. Na ocasião, as autoridades mobilizaram 1,1 mil agentes
para cumprir mandados de busca e apreensão, em 24 estados e no DF.
A pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de 1 a 4 anos de prisão; de 3 a 6 anos por compartilhar; e de 4 a 8 anos por produzir arquivos relacionados
aos crimes de exploração sexual.
Entorno
Na segunda fase da operação, em maio de 2018, um agente socioeducativo de 47 anos, e um professor do ensino médio, 42, ambos moradores de Valparaíso
(GO) e lotados no Distrito Federal, foram presos.
Com eles, a Polícia Civil de Goiás encontrou farto material de pornografia infantil em pen drives, HDs externos, computadores e celulares. Na terceira fase, em
novembro do ano passado, a Operação Luz na Infância prendeu 43 pessoas acusadas de pedofilia, sendo duas no DF.
Operação Luz da Infância 5
São 656 pessoas, entre policiais e agentes de aplicação na lei, envolvidas na operação integrada, que conta com a participaçã o envolve as Polícias Civis do
Amazonas, Amapá, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro
e Rio Grande do Norte juntamente com a Polícia Federal.
Há ainda a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Aditância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and
Customs Enforcement-ICE), que está oferecendo cursos, compartilhamento de boas práticas e capacitações que subsidiaram as cinco fases da operação.
Balanço - A Operação Luz na Infância está na sua quinta fase. Os resultados das anteriores foram os seguintes:
Luz na Infância 1 - 20 de outubro de 2017. Foram cumpridos 157 mandados de busca e apreensão de computadores e arquivos digitais. Foram presas 108 pessoas.
Luz na Infância 2 - 17 de maio de 2018. As Polícias Civis dos Estados cumpriram 579 mandados de busca, resultando na prisão de 251 pessoas.
Luz na Infância 3 - 22 de novembro de 2018. Operação deflagrada no Brasil e na Argentina com o cumprimento de 110 mandados de busca, resultando na prisão
de 46 pessoas.
Luz na Infância 4 – 28 de março de 2019. Operação deflagrada em 26 estados e no Distrito Federal resultou no cumprimento de 266 mandados e 141 pessoas
presas
PCDF participa de Operação Luz na Infância 4 e prende cinco homens
A Polícia Civil do Distrito Federal participa, nesta quinta-feira (28), da Operação Luz na Infância 4 para cumprimento a mandados de busca e apreensão contra
alvos no DF. A força-tarefa, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP, envolve polícias civis do Distrito Federal e de 26 estados.
Desde as primeiras horas da manhã, 60 policiais da PCDF, lotados no Departamento de Polícia Especializada – DPE, sob a coordenação da Delegacia Especial de
Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA/PCDF, procuram acusados de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na
internet.
No Distrito Federal, cinco homens foram presos em flagrante. As prisões ocorreram em São Sebastião, Vicente Pires, Samambaia e na Vila Planalto. Os alvos
foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do MJSP, com base em elementos informativos coletados em ambientes
virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva.
PCDF deflagra Operação Barba Negra e combate a exploração sexual
A Polícia Civil do DF — PCDF, por intermédio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente — DPCA e apoio da Divisão de Operações Especiais e da
Divisão de Controle de Denúncias— DICOE, deflagrou a Operação Barba Negra. A ação ocorreu no sábado (8) e visou reprimir a exploração sexual de crianças e
adolescentes que vinha ocorrendo na região de Ceilândia.
De acordo com a Especializada, diversos alvos foram monitorados, dentre eles hotéis e empresas de locação de veículos, objetivando levantar provas suficientes
quanto à participação dos alvos no esquema de exploração sexual.
A partir das intensas investigações, a DPCA conseguiu identificar W.S.S.N.L., 50 anos, como alvo principal e responsável pela exploração sexual de meninas,
entre 11 e 15 anos de idade. De posse de tais evidencias, a Especializada conseguiu mandado de prisão temporária e de busca e apreensão contra o acusado,
sendo expedidos pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga.
Durante as diligências, os policiais localizaram e prenderam o criminoso em um motel de Ceilândia. Dentro do veículo de W. havia duas adolescentes, de 14 e 15
anos, as quais foram conduzidas à delegacia para as providências legais. O aparelho celular do autor também foi apreendido por conter cenas de sexo explícito
com as menores. W. ainda recebeu voz de prisão em flagrante pelos crimes de exploração sexual, produção de material pornográfico envolvendo criança e
adolescente e fornecimento de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.

A partir da leitura dos textos de motivadores, redija um texto dissertativo sobre o tema:
A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MULHERES E CRIANÇAS: FERIDA ABERTA NO SEIO DA SOCIEDADE
a) desafios relacionados à violência sexual a serem considerados pelas organizações policiais; [valor: 4,00 pontos]
b) a violência sexual contra crianças e adolescentes como grave problema social; [valor: 4,00 pontos]
c) papel da polícia no enfrentamento do problema da violência sexual contra crianças e adolescentes. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 13
A “pós-verdade” despontou para a fama graças ao Dicionário Oxford, editado pela universidade britânica, que anualmente elege uma palavra de maior destaque
na língua inglesa. Na definição britânica, “pósverdade” é um adjetivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência
em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais”. Não seria então, exatamente, o culto à mentira, mas a indiferença com a verdade dos
fatos. Eles podem ou não existir, e ocorrer ou não da forma divulgada, que tanto faz para os indivíduos. Não afetam os seus julgamentos e preferências
consolidados. O negócio é que, quando só falamos com nossos iguais, não temos de encarar contra-argumentos. Aí nossas opiniões vão se tornando mais rígidas,
extremas e, muitas vezes, distorcidas. Liberais ficam mais liberais, conservadores mais conservadores. Cada lado se fecha com suas certezas. Pensando na
“experiência do usuário”, as redes desenvolveram ferramentas e algoritmos que recortam e recontam o mundo para nos mostrar só o que queremos ver. Uma
realidade ilusória, feita sob medida para cada um de nós, para satisfazer nossos gostos, interesses e crenças. Se algo não aparece na minha timeline, não existe.
Se os outros não concordam comigo, eu ignoro. Se um dado me contradiz, é falso. Mas, se confirma o que penso, só pode ser verdadeiro. E ponto final. Mentiras,
radicalismos e obscurantismos existem desde sempre, claro. Mas agora encontram nas bolhas, filtros e caixas de ressonância das redes sociais um ambiente
perfeito para a proliferação. Os efeitos da pós-verdade estão aí para quem quiser ver. No ano passado, um dos responsáveis pela campanha do Brexit admitiu:
“fatos não funcionam, é preciso se conectar com a emoção das pessoas”.
Constituição da República Federativa do Brasil
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Tendo os textos acima como referência inicial, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. A INTOLERÂNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS
CONTEMPORÂNEAS: A CULTURA DO ÓDIO
Em seu texto, discuta, por um lado, como as emoções e as crenças pessoais alimentam a cultura do ódio [valor: 6,00 pontos] e, por outro, como o conhecimento
dos fatos, em detrimento da emoção e das crenças pessoais, pode contribuir para a construção de uma “sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social” [valor: 6,40 pontos].
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TEMA 14
Sem abrigos, grupos de imigrantes venezuelanos voltaram a acampar na rodoviária e a ficar nas ruas de Manaus. A crise política, econômica e social na Venezuela,
que desencadeou um fluxo migratório para o Brasil, continua atraindo milhares de imigrantes para o país.
Em busca de sobrevivência, indígenas venezuelanos da etnia Warao começaram a migrar para Manaus desde o início de 2017. Adultos, idosos e crianças se
abrigaram na rodoviária de Manaus e debaixo de um viaduto na Zona Centro-Sul. Enquanto o maior abrigo foi desativado no Amazonas, a chegada dos
venezuelanos não indígenas só aumentou.
As condições precárias de vida em solo brasileiro podem favorecer a ocorrência de situações degradantes. Órgãos federais e entidades religiosas anunciaram
medidas para cobrar ações concretas da prefeitura da cidade e dos governos federal e estadual.
Lei n.º 13.445/2017
Art. 3.º A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes princípios e diretrizes:
I – universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;
II – repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação;
III – não criminalização da migração;
[...]
VI – acolhida humanitária;
[...]
IX – igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;
X – inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;
XI – acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho,
moradia, serviço bancário e seguridade social;
XII – promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante;
XVII – proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante;

Considerando que os fragmentos de texto apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca da entrada de imigrantes no
Brasil, discutindo estratégias para a prevenção de crimes e de violências envolvendo imigrantes no país, tanto na condição de agentes quanto na de vítimas.
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TEMA 15
Há dez anos o crime organizado parou São Paulo – a cidade mais rica do País. Nesses últimos dez anos, porém, o crime organizado não parou, seguiu em frente,
só cresceu, ampliou suas atuações, expandiu e variou seus “negócios”. Em 15 de maio de 2006, após a onda de ataques contra agentes de segurança do Estado
iniciada na noite do dia 12, o Primeiro Comando da Capital (PCC) deixou a população da maior metrópole da América do Sul atônita, amedrontada, acuada. Em
razão do pânico motivado pelas mortes em série, escolas, estabelecimentos comerciais, empresas fecharam mais cedo. Até fóruns criminais e o Ministério Público
dispensaram seus funcionários e abreviaram o expediente. Trabalhadores refugiaram-se em suas casas. A cidade se calou.
O saldo dos ataques daquele mês de maio revela um quadro de violência sem precedentes no Brasil que justifica o pânico em São Paulo. Entre os dias 12 e 21,
foram 564 mortos em todo o Estado, entre eles 59 agentes públicos. Muitos dos homicídios com características de execução sumária ainda não foram esclarecidos
pela polícia nem punidos pela Justiça. Em um único fim de semana, 94 presídios se rebelaram e incontáveis ônibus foram incendiados por bandidos em diversas
cidades paulistas. Tudo sob comando do PCC.
Sem aviso prévio à população, mas com conhecimento do Estado, os ataques cessaram. No domingo, dia 14 de maio, após uma reunião no presídio de segurança
máxima de Presidente Bernardes entre o líder da facção criminosa, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e a cúpula da gestão Claudio Lembo, substituto
de Geraldo Alckmin que disputaria a eleição presidencial mais à frente, a normalidade começaria a voltar a São Paulo. O Estado, em julho do ano passado, teve
acesso ao depoimento à Justiça do delegado José Luiz Ramos Cavalcanti, que participou da reunião. Ele afirma que uma advogada da facção dizia que os ataques
só parariam se os bandidos tivessem a certeza de que Marcola estava vivo e bem. O governo cedeu um avião da PM que levou todos até o encontro com o líder.
Lá, ele foi convencido a dar a ordem para encerrar os ataques. Um outro detento, conhecido por “LH”, recebeu um celular e, após os bloqueadores serem
desligados, passou o recado às ruas.
Até os anos 80, as estruturas criminosas limitavam-se ainda a quadrilhas de ação localizada. E ao jogo do bicho. Ele surgiu no Brasil no fim do século 19, em uma
situação inusitada – o dono do antigo Jardim Zoológico de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, vendo-se diante da falência, estimulou a visitação trocando o ingresso
por um papel com o nome de um dos 25 animais do parque; o animal sorteado pagava 20 vezes o preço do ingresso. Até ser proibido na década de 1890, era um
jogo aristocrático, com os resultados dos sorteios publicados nos jornais. Desde então, mantém a popularidade entre as classes mais baixas graças, em parte, à
facilidade na aposta, uma vez que se pode jogar qualquer quantia. Além disso, é até hoje considerado contravenção e não crime, o que ajuda os bicheiros a formar
quadrilhas poderosas. Não à toa, muitos especialistas consideram que ainda hoje eles são o grupo mais representativo do crime organizado no Brasil. “O jogo do
bicho contempla boa parte da definição desse termo: tem território definido, faz lavagem de dinheiro e tem forte penetração na máquina do Estado”, diz Michel
Misse, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (Necvu), da UFRJ.
O grande divisor de águas, que tornaria o crime organizado muito mais complexo e violento, foi a entrada com força da cocaína no mercado nacional. A gestão
diária do jogo não exigia uma estrutura muito complexa, mas as drogas sim. Para operar nesse novo mercado, era preciso montar quase uma indústria, com
estratégias para criar e manter pontos de venda e sistema de transporte para garantir a oferta constante. “A logística da economia da droga exigiu mudanças
estruturais na forma como os grupos atuavam”, diz a antropóloga Jacqueline Muniz, ex-diretora da Secretaria Nacional de Segurança Pública e professora da
Universidade Cândido Mendes (Ucam), do Rio de Janeiro. Em especial, era preciso mais gente envolvida. E é com o tráfico que a imagem positiva do malandro –
“aquela de saber se virar pela cidade” – é substituída pela do bandido feio e mau.
[...]
Da mesma forma que o crescimento da população nas cidades levou ao aumento da criminalidade, o crescimento da população nas cadeias levou à radicalização
do crime. O berço das principais facções criminosas do Brasil são os presídios. Aqui, como em outros países, o melhor lugar para o crime se organizar ou aumentar
seu poder é atrás das grades. “Há vários casos no mundo, inclusive de movimentos religiosos, como os islamitas americanos. É angustiante que isso apareça
exatamente entre os bandidos que estão sob a tutela do Estado”, diz Norman Gall, do Instituto Fernand Braudel, uma ONG de pesquisas econômicas e sociais.
A primeira a sair dos presídios brasileiros foi o Comando Vermelho (CV), ainda na década de 1970. Posteriormente, ela teria dado origem a todas as demais
grandes facções cariocas. Acredita-se que seus primeiros líderes tenham convivido com grupos guerrilheiros de esquerda no presídio Cândido Mendes, em Ilha
Grande, Rio de Janeiro, e se inspirado neles para criar sua organização (daí o “vermelho” no nome). A princípio, eram apenas quadrilhas de ladrões tentando criar
uma unidade para facilitar seu trabalho. Com a chegada das drogas, tornou-se um grupo voltado para o tráfico. A primeira consequência foi exacerbar dois
componentes que já existiam no bicho: o terror aplicado àqueles que se voltassem contra a facção e o assistencialismo à comunidade. Houve até uma época em
que o Comando Vermelho especializou-se em uma tática Robin Hood: assaltar caminhões com mercadorias e distribuir para os moradores das favelas.

Considerando os textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. CRIME ORGANIZADO NO BRASIL
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 modo de operação do crime organizado; [valor: 4,00 pontos]
2 relacionamento entre o encarceramento em massa e o crime organizado; [valor: 4,00 pontos]
3 papel do Estado e políticas públicas. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 16
A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou ontem (30) um levantamento com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) disponibilizados
no site do órgão sobre números gerais de acidentes nas rodovias federais brasileiras em 2019.
De acordo com os dados da PRF, os acidentes com vítimas (mortos e feridos) tiveram elevação de 3,3%, subindo de 53.963, em 2018, para 55.756. Foram 2.526
feridos a mais em 2019. Em 2019, o número de mortes cresceu 1,2%, passando para 5.332 (63 óbitos a mais que em 2018). Foi o primeiro aumento em sete anos.
Em 2019, sete rodovias federais que cortam o Distrito Federal registraram um aumento de 25,61% no número de acidentes. No ano passado, foram 1.089
ocorrências, contra 867 de 2018. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o aumento apontado no DF é o maior de todo o Brasil.
Excesso de velocidade. Ultrapassagens em locais indevidos. Ingerir bebida alcoólica e dirigir. A violência no trânsito depende de muitos fatores, como explica o
inspetor Diego Brandão, da Polícia Rodoviária Federal. Mais de 1,2 milhão de pessoas perdem a vida devido ao trânsito todos os anos no mundo. 40 milhões
ficam feridas.
“Os mortos não estão apenas nos carros, são também motociclistas, pedestres e ciclistas”. É o caso de Raul Aragão, de 23 anos, morto em outubro de 2017, em
Brasília. O depoimento é da mãe do ciclista, Renata Aragão. Em 2011, a Organização Mundial da Saúde iniciou a década para um trânsito seguro. O prazo para
que os governos adotem medidas é até 2020. No ano passado, a Polícia Rodoviária Federal registrou quase 90 mil acidentes graves em estradas federais, que
provocaram a morte de 6.244 pessoas.
O especialista em Segurança no Trânsito e presidente do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito, Davi Duarte, avalia que o trânsito brasileiro ainda é muito
hostil. O especialista observa que a taxa de mortalidade é altíssima. Mesmo tendo uma população e uma frota menores, o Brasil aparece em quinto lugar entre
os países recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, da China, dos Estados Unidos e da Rússia. No Continente Americano, o país tem o quarto pior
desempenho atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela.
A cada 10 minutos uma pessoa morre vítima de violência pública no Brasil, ou seja, 6 mortes por hora. Esse número praticamente se iguala quando se trata de
acidentes de trânsito: a cada 12 minutos uma pessoa morre vítima da violência no trânsito, ou seja, 5 mortes a cada hora, conforme levantamento feito pelo
Observatório Nacional de Segurança Viária.
De acordo com o estudo, o número de mortes causadas por armas de fogo, objetos cortantes e agressões em geral, nos últimos cinco anos em todo Brasil (de
2011 a 2015, ano mais recente com disponibilidade de estatísticas consolidadas), matou cerca de 260 mil pessoas no país. No mesmo período considerado pelo
levantamento, foram registradas cerca de 210 mil mortes em acidentes de trânsito, o que corresponde a cinco mortes por hora, ou uma morte a cada 12 minutos.
“Como podemos observar, o trânsito produz praticamente a mesma quantidade de vítimas/hora que a violência por agressões no Brasil”, destaca o diretor-
presidente do OBSERVATÓRIO, José Aurélio Ramalho.

Motivado pela leitura dos textos anteriores, redija um texto dissertativo e(ou) descritivo com o seguinte tema: VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO BRASILEIRO:
PROBLEMAS E SOLUÇÕES
No seu texto, aborde, necessariamente, os principais problemas gerados pela violência no trânsito e as soluções para superar a situação atual.
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TEMA 17
Visão do Correio: Infância, um grito de socorro
Denúncias de maus-tratos infringidos a crianças e adolescentes se tornam cada vez mais frequentes no Brasil. Algumas ganham notoriedade, como o caso de
Isabella Nardoni, de 5 anos, Mirella Poliana de Oliveira, de 11 anos, e Rhuan Maycon, de 9 anos. A primeira, morta pelo pai e a madrasta, foi jogada do 6º andar
do prédio onde passava o fim de semana. A segunda, nas manchetes desta semana, foi assassinada pela madrasta, que, ao longo de dois meses, a envenenou à
prestação. O terceiro foi esquartejado pela mãe e companheira, depois de ter o pênis decepado.
As tragédias que ganham visibilidade não constituem ponto fora da curva. Ao contrário. Chamam a atenção para a crescente violência cometida contra parcela
da população indefesa, incapaz de exercer a plenitude dos direitos. Os algozes, na maior parte das vezes, não são inimigos contra os quais se aciona a Justiça na
busca de salvaguarda. São membros da família ou instituições do Estado, negligentes no cumprimento da Constituição e na efetividade da rede de proteção legal
— seja na prevenção às violações, seja na redução de danos.
Os números divulgados causam indignação. Em 2017, segundo o levantamento mais recente do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(Datasus), houve 307.367 casos de violência no Brasil — 126.230 dos quais se referem a menores de idade. É assustador: nada menos de 41%. Em 2018, o Disque
100 (canal de denúncias do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) registrou 152.178 ocorrências de agressão contra o público infantojuvenil.
[...]
Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres
A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à
integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero.
A violência contra as mulheres se manifesta de diversas formas. De fato, o próprio conceito definido na Convenção de Belém do Pará (1994) aponta para esta
amplitude, definindo violência contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado” (Art. 1°). Além das violações aos direitos das mulheres e a sua integridade física e psicológica, a
violência impacta também no desenvolvimento social e econômico de um país.
A violência atinge mulheres e homens de formas distintas. Grande parte das violências cometidas contra as mulheres é praticada no âmbito privado, enquanto
que as que atingem homens ocorrem, em sua maioria, nas ruas. Um dos principais tipos de violência empregados contra a mulher ocorre dentro do lar, sendo
esta praticada por pessoas próximas à sua convivência, como maridos/esposas ou companheiros/as, sendo também praticada de diversas maneiras, desde
agressões físicas até psicológicas e verbais. Onde deveria existir uma relação de afeto e respeito, existe uma relação de violência, que muitas vezes é invisibilizada
por estar atrelada a papéis que são culturalmente atribuídos para homens e mulheres. Tal situação torna difícil a denúncia e o relato, pois torna a mulher agredida
ainda mais vulnerável à violência. Pesquisa revela que, segundo dados de 2006 a 2010 da Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os dez países com
maior número de homicídios femininos. Esse dado é ainda mais alarmante quando se verifica que, em mais de 90% dos casos, o homicídio contra as mulheres é
cometido por homens com quem a vítima possuía uma relação afetiva, com frequência na própria residência das mulheres.
Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha - Lei nº 11.340/2006.
Esta lei, além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços
especializados, como os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e
da assistência social.
[...]

Coronavírus: denúncias de violência doméstica aumentam e expõem impacto social da quarentena


À medida que a população tem acatado a quarentena, na tentativa de achatar a curva de afetados pela Covid-19, um outro (velho) desafio aponta no contexto
de isolamento social. Indicadores de violência de alguns estados, sobretudo a doméstica, aumentaram logo após terem sido estabelecidas restrições de
deslocamento a espaços públicos e privados por causa da pandemia.
Somente no Paraná, por exemplo, houve um aumento de 15% nos registros de violência doméstica atendidos pela Polícia Militar no primeiro fim de semana de
isolamento. No Rio de Janeiro, a incidência foi ainda mais expressiva: os números cresceram em 50%.
ONGs chinesas de proteção à mulher notaram, além disso, procura maior por ajuda durante a pandemia do novo coronavírus. No Brasil, a Ouvidoria Nacional
dos Direitos Humanos (ONDH) anunciou aumento de 9% das denúncias atendidas pelo Ligue 180.
A violência doméstica é, no entanto, apenas parte da esteira do contexto atual que envolve, entre outras coisas, o aumento de denúncias de violação de direitos
humanos, por exemplo. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), foram registradas 1,3 mil queixas dessa natureza de 14 a
24 de março.
Por violência doméstica, compreende-se qualquer tipo de violência ocorrida dentro do âmbito familiar. Mulheres, homens, idosos, crianças e funcionários podem
ser vítimas.
"O isolamento social imposto recentemente é, na verdade, um fenômeno comum e que frequentemente está ligado a situações de violência doméstica", explica
a professora doutora Valéria Ghisi, coordenadora do Projeto Vidora (Violência Doméstica e Relacionamentos Abusivos) do curso de Psicologia da Universidade
Positivo (UP). "O agressor tende a isolar socialmente a vítima, e a casa onde isso ocorre é tida por muitos como um espaço onde os olhos dos outros não chegam.
O coronavírus apenas potencializou a questão".

Considerando que os fragmentos de texto apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca da VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA VULNERÁVEIS.
No seu texto, aborde, necessariamente:
a) violência doméstica contra crianças e adolescentes; [valor: 4,00 pontos]
b) violência doméstica contra mulheres; [valor: 4,00 pontos]
c) como a sociedade pode contribuir para o combate aos crimes que envolvem a violência doméstica. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 18
Convocada pela Defensoria Pública do Rio, a comunidade do Complexo do Alemão começou a chegar duas horas antes do combinado. Enfileiraram-se em busca,
principalmente, de carteiras de identidade e de trabalho, ícones da entrada na sociedade formal. Houve duas dúzias de coleta de material genético para exames
de comprovação de paternidade. Foram entrevistadas 180 moradoras sobre saúde, maternidade e violência doméstica. Uma cidadã transexual foi atrás de
orientação para trocar de nome. Mães pediram tratamento psicológico para filhos com sintomas de síndrome do pânico. Segundo a presidenta da Associação de
Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, “quando conversamos, percebemos que a violência permeia o discurso. Mas os moradores têm outras
demandas. Denunciam a falta de alguma instituição que os defenda da vulnerabilidade”. A agenda dos moradores do Alemão envolve cinco ações: moradia,
saneamento, educação técnico-profissional, políticas para jovens e espaços de lazer, esporte e cultura.

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
SEGURANÇA PÚBLICA: POLÍCIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir.
< Disserte a respeito da segurança como condição para o exercício da cidadania. [valor: 4,00 pontos]
< Dê exemplos de ação do Estado na luta pela segurança pública. [valor: 4,00 pontos]
< Discorra acerca da ausência do poder público e a presença do crime organizado. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 19
Droga é qualquer substância capaz de modificar o funcionamento fisiológico (normal), mental ou comportamental de um indivíduo. Inclui medicamentos (drogas
lícitas) e plantas. As drogas capazes de alterar o funcionamento mental ou psíquico são denominadas drogas psicotrópicas ou simplesmente psicotrópicos.
Costumamos usar a palavra droga para falar de substâncias que apresentam potencial de abuso e que podem causar dependência.
A história das drogas acompanha a história da humanidade. Temos relatos muito antigos do uso de chás e álcool em rituais religiosos ou em comemorações. A
alteração da consciência é algo que desperta a curiosidade do homem e o leva a experimentar substâncias psicoativas.
A dependência de drogas (lícitas e ilícitas) é consequência de uma interação entre os genes, a sequência temporal dos ambientes externos aos quais estamos
sujeitos durante a vida e eventos aleatórios de interações moleculares que ocorrem dentro das células individuais. São essas as interações que devem ser
incorporadas em uma explicação adequada acerca da formação da dependência. Uma grande parte das pessoas se envolverá em uso ocasional, porém outra
parte se tornará dependente, possivelmente devido a uma memória que a droga cria no cérebro, nos sistemas de gratificação cerebrais. Memória esta que é
despertada principalmente em diversas situações emocionais e ambientais. Nessas situações, através de mecanismos desconhecidos, o indivíduo sente
necessidade da droga. A incidência de alcoolismo em filhos de pais dependentes de álcool é de três a quatro vezes maior do que entre os filhos de não
dependentes. Estudos em gêmeos também tendem a confirmar esta predisposição. Existem vários modelos propostos para explicar este fenômeno, mas nenhum
comprovado definitivamente.
OMS: cannabis é droga ilícita mais consumida no mundo, com 180 milhões de usuários.
A cannabis é a droga psicoativa ilícita mais usada no mundo, com mais de 180 milhões de usuários globalmente. Apesar disso, segundo novo relatório divulgado
este mês pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda há menos conhecimento sobre seus efeitos sociais e na saúde quando comparado ao álcool e ao
tabaco.
A estimativa da OMS é de que haja 181,8 milhões de usuários de cannabis — em suas preparações mais comuns, como maconha e haxixe — com idade entre 15
e 64 anos no mundo.
Somente na Europa, 11,7% dos jovens (com idade entre 15 e 34 anos) usaram cannabis no ano passado, percentual que sobe para 15,2% no grupo entre 15 e 24
anos. Do total de usuários globais, estima-se que

A PROBLEMÁTICA DAS DROGAS ILÍCITAS NO BRASIL


Em seu texto, posicione-se, de forma clara e fundamentada, a respeito da descriminalização do uso de drogas ilícitas [valor: 7,00 pontos] e discuta os seguintes
aspectos:
a. As consequências do uso de drogas ilícitas para a sociedade. [valor: 2,60 pontos]
b. A influência dos aspectos geográficos do Brasil para o agravamento do problema. [valor: 2,60 pontos]
c. O uso da maconha para fins medicinais: contra ou a favor? [valor: 2,80 pontos]
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TEMA 20
À medida que o crescimento urbano avança, impulsionado ou não por novos investimentos e iniciativas imobiliárias, mais desafios a administração pública e as
empresas enfrentam. Atualmente, não são as migrações as responsáveis pelo caos urbano das metrópoles brasileiras, e sim a falta de políticas públicas que
freiem o inchaço habitacional. Exemplo clássico é a escassez de políticas habitacionais e de atividades econômicas que criem postos de trabalho próximos às
moradias, visando descentralizar essas atividades para os anéis externos das cidades, as quais, ao evoluírem e ocuparem os respectivos territórios, tendem a
manter concentradas as atividades sociais e econômicas, o que alonga os deslocamentos diários dos trabalhadores em razão do congestionamento do tráfego.

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
URBANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: PROBLEMAS, ALTERNATIVAS E DESAFIOS
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1. problemas da administração pública que dificultam a ocupação urbana ordenada; [valor: 4,00 pontos]
2. alternativas para enfrentar os problemas de mobilidade nas grandes metrópoles; [valor: 4,00 pontos]
3. desafios para a defesa social resultantes do crescimento desordenado das cidades. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 21
A consolidação de um direito brasileiro democrático da criança e do adolescente tem suas origens na Campanha Criança e Constituinte, antes mesmo da entrada
em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), por força de princípios constitucionais que reconheceram a proteção integral e a prioridade
absoluta no estabelecimento de todas as políticas dirigidas à infância e à juventude. A doutrina da proteção integral interfere, diretamente, na organização de
um sistema de justiça especializado e na adoção de uma legislação especial para regulamentar todas as situações que envolvam criança ou adolescente, com
especial destaque às situações nas quais o adolescente é autor de uma infração à lei penal.

Considerando que as informações precedentes têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema. A
RESPONSABILIDADE PENAL NO BRASIL
Em seu texto, posicione-se, de forma clara e fundamentada, a respeito da redução da maioridade penal [valor: 7,00 pontos] e discuta os seguintes aspectos:
1 proteção da criança e do adolescente pelo Estado; [valor: 2,80 pontos]
2 redução/aumento da violência e tratamento dos adolescentes em conflito com a lei como adultos; [valor: 2,80 pontos]
3 papel do poder público na elaboração de políticas sociais com potencial de reduzir o envolvimento de adolescentes com a violência no Brasil. [valor: 2,80 pontos]
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TEMA 22
Desde meados da década de 1970, vem-se exacerbando, no Brasil, o sentimento de medo e insegurança. Não parece infundado esse sentimento. As estatísticas
oficiais de criminalidade indicam, a partir dessa década, a aceleração do crescimento de todas as modalidades delituosas. Crescem mais rápido os crimes que
envolvem a prática de violência, como os homicídios, os roubos, os sequestros, os estupros. Esse crescimento veio acompanhado de mudanças substantivas nos
padrões de criminalidade individual bem como no perfil das pessoas envolvidas com a delinquência. [...]
Em todo o país, o alvo preferencial dessas mortes são adolescentes e jovens adultos masculinos das chamadas classes populares urbanas, tendência que vem
sendo observada nos estudos sobre mortalidade por causas externas (violentas). Na Região Metropolitana de São Paulo, registros de mortes violentas revelam
maior incidência nos bairros que compõem a periferia urbana, onde as condições sociais de vida são acentuadamente degradadas.
É provável que parte significativa dessas mortes se deva aos conflitos entre quadrilhas, associados ou não ao tráfico de drogas. A esse quadro, conviria agregar
graves violações de direitos humanos, entre as quais as mortes praticadas por policiais em confronto com civis, suspeitos de haver cometido crimes, como
também aquelas cometidas por justiceiros e grupos de extermínio. Ademais, ao longo das décadas de 1980 e 1990, observou-se intensificação de casos de
linchamentos em todo o Brasil, particularmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e em Salvador.
Finalmente, têm-se as mortes violentas provocadas por tensões nas relações intersubjetivas e que pouco têm em comum com a criminalidade cotidiana. Trata-
se de um infindável número de situações, em geral envolvendo conflitos entre pessoas conhecidas, cujo desfecho acaba, muitas vezes até acidental e
inesperadamente, na morte de um dos contendores. São os conflitos entre companheiros e suas companheiras, entre parentes, entre vizinhos, entre amigos,
entre colegas de trabalho, entre conhecidos que frequentam os mesmos espaços de lazer, entre pessoas que se cruzam diariamente nas vias públicas, entre
patrões e empregados, entre comerciantes e seus clientes.
As políticas públicas de segurança, justiça e penitenciárias não têm contido o crescimento dos crimes, das graves violações dos direitos humanos e da violência
em geral. A despeito das pressões sociais e das mudanças estimuladas por investimentos promovidos pelos governos estaduais e federal, em recursos materiais
e humanos e na renovação das diretrizes institucionais que orientam as agências responsáveis pelo controle da ordem pública, os resultados ainda parecem
tímidos e pouco visíveis.
Ao que tudo indica, o crescimento dos delitos não foi acompanhado de uma elevação proporcional do número de inquéritos e processos penais instaurados.
Suspeita-se que o número percentual de condenações vem caindo desde a década de 1980 e, por consequência, aumentando as taxas de réus isentos da aplicação
de sanções penais. [...]
No domínio das prisões, esses fatos são indicativos de uma crise há tempos instalada no sistema de Justiça criminal. Todas as imagens de degradação e de
desumanização, de debilitamento de uma vida cívica conduzida segundo princípios éticos reconhecidos e legítimos, parecem se concentrar em torno dessas
“estufas de modificar pessoas e comportamentos”. As prisões revelavam a face cruel de toda essa história: os limites que se colocam na sociedade brasileira à
implementação de uma política de proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana, nela incluído o respeito às regras mínimas estipuladas pela ONU para
tratamento de presos.

A partir das ideias do texto precedente, que tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema:
VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: PROBLEMAS E SOLUÇÕES
Em seu texto, aborde, necessariamente:
a) principais problemas de violência nas grandes cidades; [valor: 4,00 pontos]
b) custos econômicos da violência; [valor: 4,00 pontos]
c) ações na área da segurança pública para solucionar o problema. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 23
“Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência
sistemática contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino
ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta
gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de barbárie.”
O início do ano de 2018 foi marcado pelo assassinato de Marielle Franco, que chocou a população brasileira. Mulher, negra, mãe e moradora da favela da Maré,
Marielle Franco era vereadora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e, no dia 14 de março, foi morta em um atentado. Treze tiros atingiram o veículo onde ela
estava. A comoção pública e a transformação de seu nome em símbolo de resistência são sinais de que a violência contra a mulher está deixando de ser
naturalizada.

A partir das ideias dos textos precedentes, que têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: FEMINICÍDIO:
PROBLEMA SOCIAL A SER ENFRENTADO NO BRASIL
Em seu texto, aborde, necessariamente:
A) o feminicídio como problema social; [valor: 4,00 pontos]
B) o feminicídios como expressão da desigualdade de gênero; [valor: 4,00 pontos]
C) ações do Estado para o seu enfrentamento. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 24
Polícia Federal intensifica o combate à pornografia infantil
Em dois anos, foram deflagradas nove operações, que resultaram em prisões em flagrante
Um crime relativamente novo, mas que tem feito cada vez mais vítimas no Ceará, principalmente em ambientes v irtuais. A pornografia infantil se encaixa em
um tipo de delito repugnado pela sociedade, sobretudo porque, muitas vezes, os pedófilos são pessoas próximas, que possuem certo grau de confiança e
afetividade com crianças e adolescentes molestadas.
A Polícia Federal (PF) tem intensificado as ações de combate à pornografia infantil no Estado. O resultado é que em dois anos, entre 2014 e 2015, foram
deflagradas nove operações, que resultaram no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão e 11 prisões em flagrante. Nas ações de repressão ainda
foram apreendidos milhares de CDS, DVDs, pen-drives, cartões de memórias e HDs de computadores, contendo material pornográfico envolvendo imagens de
crianças e adolescentes.
Dentre os crimes relacionados à pornografia infantil, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA), estão a produção, venda, compartilhamento
ou até mesmo a posse de qualquer material que contenha cena de sexo explícito envolvendo meninos e meninas menores de 18 anos. As penas podem variar
entre 1 a oito anos de prisão, e multa.
A PF também atua em parceria com outros órgãos, como a ONG Safernet Brasil, grupo formado por cientistas da computação, professores, pesquisadores e
bacharéis de Direito que atuam contra crimes virtuais. De acordo com dados repassados pela ONG, a pornografia infantil já é o crime virtual mais praticado no
Brasil. Somente em 2014, foram processadas 51 mil denúncias, envolvendo 22.789 sites diferentes no País.
Conforme detalhou a titular da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst) da PF, delegada Juliana Sá, os criminosos agem sobre o anonimato da internet. No
entanto, através das denúncias, os investigadores conseguem rastrear os endereços dos IPs dos computadores e assim chegar aos envolvidos.
Na 'Operação Darknet', deflagrada em 18 estados brasileiros, por exemplo, os policiais federais chegaram aos acusados após identificar os IPs de computadores
utilizados para compartilhar imagens de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. Um cearense foi preso em flagrante pela PF, acusado de abusar
sexualmente de duas crianças, gravar as violências e divulgar vídeos e fotos na internet. Ele foi condenado a mais 56 anos de prisão por pedofilia.
Virtual
"As imagens descobertas pela polícia eram terríveis. Tinham crianças amarradas, dopadas e até cenas de sexo explícito com um bebê. Para conseguirmos chegar
aos alvos, foi preciso um trabalho minucioso, pois eles mantinham as imagens em um espaço virtual abaixo ainda mais anônimo. Mas conseguimos deflagrar as
operações utilizando métodos investigativos com tecnologia mais avançada", comentou a delegada.
Para a titular da Delinst, o aumento das operações e, consequentemente, das prisões no Ceará é um resultado de capacitações realizadas na área investigativa.
"Assim como os criminosos usam de artimanhas avançadas para realizar os crimes virtuais, nós (Polícia Federal) também temos nos capacitados mais nessa área.
Com isso, estamos conseguindo dar andamento aos inquéritos, deflagrar mais operações e chegar aos alvos", afirmou a investigadora.
A delegada Juliana Sá revela que, na maioria dos casos, os criminosos são do sexo masculino, com idades entre 20 e 50 anos, e que possuem habilidade com
computadores e informática. Embora as investigações apontem para um tipo específico de suspeito, o perfil dos agressores pode ser bastante diversificado. Nas
ações da PF no Ceará, já foram identificados policiais, universitários, funcionários públicos e até religiosos consumindo materiais pornográficos envolvendo
crianças.
"Geralmente, os acusados são homens, que têm bom conhecimento em sistemas de informática, para conseguirem armazenar os vídeos em locais de difícil
acesso. São pessoas que não levantam muitas suspeitas, que tentam ganhar a confiança das famílias e assim conseguem se aproximar das crianças. Eu diria que
os agressores não têm classe social, cor ou crença definidos", explicou a delegada.
Punição
A investigadora federal diz que os casos devem ser denunciados para que a PF chegue aos envolvidos. As pessoas que recebem vídeos através das redes sociais
também devem denunciar, mesmo que não conheçam os autores ou as vítimas. Quem mantiver material de pornografia infantil, seja no celular ou computador,
também estará passível de punição.
"Não só a produção, mas também o consumo de vídeo ou foto é crime. Não adianta tentar compartilhar um vídeo de abuso contra criança através das redes
sociais para que se chegue ao culpado, como é comum verificarmos na internet. Isso acaba expondo as vítimas e é crime. Recebeu um vídeo? Então apague
imediatamente e denuncie", reiterou a delegada Juliana Sá.
Além da Polícia Federal, as denúncias podem ser realizadas através da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), por meio do Disqu e 100, ou pelo site da ONG
Safernet Brasil. A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) da Polícia Civil também investiga casos de pornografia infantil, no entanto, os dados tabulados
de vítimas e prisões não foram repassados à reportagem.
Brasil é o segundo país no mundo com maior número de crimes cibernéticos
De acordo com um relatório da Norton Cyber Security, em 2017 o Brasil passou a ser o segundo país com maior número de casos de crimes cibernéticos, afetando
cerca de 62 milhões de pessoas e causando um prejuízo de US$ 22 bilhões.
No ano anterior, o Brasil era o quarto colocado na lista, mas agora fica atrás apenas da China, que em 2017 teve um prejuízo de US$ 66,3 bilhões.
Um dos principais fatores desse aumento de crimes está na popularidade de smartphones, que agora chegam a 236 milhões de aparelhos no Brasil, ou 113,52
para cada 100 habitantes.
"Esse aumento também impacta no crescimento de cibercrimes, já que muitos acreditam que estejam mais seguros utilizando aparelhos móveis", explica o
professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas em todo o Brasil, Andre Miceli. "O paradoxo segurança x liberdade, que
sempre existiu no meio físico, existe no digital também. Quanto mais livres estivermos, menos seguros estaremos."
No último ano, o número de golpes e crimes aplicados via serviços como o WhatsApp aumentaram significativamente, tornando-se a principal ferramenta para
hackers no país. Por isso, Miceli reforça vigilância constante por parte de usuários.
"A melhor maneira é se precaver para navegar de uma forma mais segura na web. Evitar o uso de redes públicas, modificar sua senha constantemente, não usar
a mesma senha em todos os sites, não instalar nenhum software sem ter certeza da procedência e não abrir e-mails de desconhecidos."
"Essas práticas irão resolver 80% dos casos."
Para o professor, tomar medidas preventivas para proteger seus dados e não sofrer com golpes ou outros crimes cibernéticos é essencial, já que o número de
ferramentas digitais só deve crescer no futuro.
"Nos próximos anos, veremos ataques a carros, drones, roupas, cardioversores, bombas de insulina e outros gadgets que irão fazer parte de nossas vidas. Por
isso é tão importante falar sobre esse assunto.", declarou.
Gigantes da internet aliados na luta contra a pedofilia
AFP- 11/06/20 - 09h31
Os gigantes americanos Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft apresentaram nesta quinta-feira (11), juntamente com outras empresas da Internet, um
plano para combater a pedofilia online.
Reunidas na ‘Tech Coalition’, essas empresas concordam em financiar um “fundo multimilionário de pesquisa e inovação para criar instrumentos tecnológicos
para prevenir e trabalhar de maneira mais eficaz para erradicar a exploração e o abuso sexual de crianças online”, de acordo com um anúncio feito em um blog
dessa coalizão.
A organização também publicará um relatório anual sobre os esforços realizados e anunciou a criação de um “fórum anual” sobre esse flagelo.
“Os projetos de pesquisa serão conduzidos independentemente da Tech Coalition e de seus membros e incluirão estudos-piloto sobre questões como a evolução
das ameaças, a eficácia das intervenções de conscientização e dissuasão e como melhorar o trabalho dos moderadores”, de acordo com a organização.
Esse novo plano “nos ajudará a compartilhar os avanços, as lições e os principais instrumentos do ecossistema digital. Nenhuma empresa pode combater esse
problema sozinha”, afirmou Kent Walker, funcionário do Google, citado no comunicado.
“O Facebook tem orgulho de contribuir para essa iniciativa, que, esperamos, trará mudanças reais para garantir a segurança das crianças”, disse Sheryl Sandberg,
CEO do Facebook.
A Tech Coalition nasceu há 15 anos para coordenar a implementação de instrumentos de moderação tecnológica em grandes plataformas digitais:
principalmente, sistemas de reconhecimento automatizado de imagens de pornografia infantil.
Apesar das regras estritas contra o conteúdo que sexualiza ou explora menores, as redes sociais voltadas principalmente para jovens, como Snapchat, TikTok,
YouTube e Instagram, costumam ser alvo de críticas por não proteger suficientemente os menores contra abusadores para evitar escândalos e a fuga de
anunciantes.

A partir das ideias dos textos precedentes, que têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: A PROTEÇÃO DA
CRIANÇA NUM CONTEXTO DE ESCALADA DOS CRIMES VIRTUAIS
Em seu texto, aborde, necessariamente:
A) o advento da internet e o reflexo sobre a pornografia infantil; [valor: 4,00 pontos]
B) a garantia da proteção da criança; [valor: 4,00 pontos]
C) o combate à pornografia infantil virtual. [valor: 4,40 pontos]
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TEMA 25
Corrupção - uma questão cultural ou falta de controle?
Suborno, propina, carteirada, “rouba, mas faz”. Casos como Mensalão e Operação Lava Jato estampando manchetes de jornal. Quem já não escutou alguém
dizer que no Brasil a corrupção é algo natural? Muito se fala que ela faz parte de quem somos. No entanto, a corrupção é fenômeno inerente a qualquer forma de
governo, seja democrático ou despótico, em países ricos ou em desenvolvimento. Então o que nos faz acreditar que a prática é uma característica brasileira, parte
do modo de viver que nós chamamos de “jeitinho brasileiro”?
Bem, primeiro vamos entender o que é corrupção. A palavra corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. Na república romana, ela se
referia à corrupção de costumes. No mundo contemporâneo, sua prática pode ser definida como utilização do poder, cargo público ou autoridade – também
chamada de tráfico de influência - para obter vantagens e fazer uso do dinheiro público ilegalmente em benefício próprio ou de pessoas próximas.
[...]
Para muitos, a corrupção é um fator moral e cultural. Como descreveu o antropólogo Sérgio Buarque Holanda no livro Raízes do Brasil (1936), o brasileiro (segundo
ele, um indivíduo cordial, que pensa com a emoção) teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade, o que se refletiria nas suas relações com outros
indivíduos, instituições, leis e a política.
Esse comportamento explicaria a origem, mais tarde, do “jeitinho brasileiro”. Nessa predisposição à informalidade, entre o que pode e o que não pode por meios
legais, a malandragem, o "jeitinho" e frases como "você sabe com quem está falando?", como cita Roberto DaMatta, surgem como formas de se obter vantagens
e burlar regras seja no âmbito do poder seja nas nossas relações do dia a dia.
Corrupção - uma doença social
Sair às ruas para protestar contra a corrupção tem sido um ato cada vez mais comum. Claro, a corrupção está aí, corrompendo nossas instituições, “surrupiando”
o dinheiro dos nossos impostos, dizimando o pouco de esperança que resta em uma população “honesta”, que honra com seus mais profundos preceitos éticos,
códigos morais e que educa seus descendentes pelo exemplo...
A corrupção é uma praga realmente, um mal que precisa ser combatido. Mas vejamos só... Pensando no antídoto...
A corrupção é uma síndrome que se manifesta apenas em políticos e administradores de grandes construtoras? É uma doença transmitida por algum inseto? Um
inseto que escolhe quem picar? Ela é genética, é transmitida de uma geração para outra? Ela foi importada de outro país ou quem sabe de outro planeta?
Não, claro que não! A corrupção nasce em nossas casas, todos os dias. Está presente dentro do nosso mais profundo ser, enraizada em velhos e novos hábitos.
Ela se perpetua como uma praga, age como o mais potente vírus, pois é capaz de se reinventar a uma velocidade incalculável. Parece muitas vezes invisível, mas
ataca todas as raças e classes sociais. O período de incubação é variável, em alguns casos pode nunca se manifestar. Mas quem padece deste mal nega sempre
que está doente...
A corrupção está presente em nossas casas, nas ligações irregulares de água, na TV a cabo pirata, nos filmes baixados por torrent, na versão “beta” do Windows
e de todo o pacote Office, na árvore cortada sem autorização, no valor do imóvel subestimado, no imposto de renda parcial.
A corrupção está presente nas ruas, no desrespeito às vagas preferenciais, no suborno ao guarda, no bem achado e não devolvido, no troco errado não relatado...
A corrupção está presente nas escolas, nas provas coladas, nos trabalhos plagiados, nas respostas compradas, no livro “xerocado”...
Ela está presente nas empresas, nos impostos omitidos, no “por fora” do trabalhador, na contratação informal, nos favorecimentos contratuais, na nota fria...
E não podia ser diferente, ela está presente nos órgãos públicos, nas licitações direcionadas, nas decisões políticas onerosas, nas indicações pessoais...
A ocasião e a oportunidade fazem o corrupto, se a corrupção vem de berço, o político é mero retrato de uma sociedade corrupta. Ele não é a causa dos problemas,
mas a consequência de uma epidemia de doentes morais, de cegos éticos, que fecham os olhos para os pequenos atos de corrupção do dia a dia. Por isso,
protestar é um direito, mas não praticar atos de corrupção é mais do que uma obrigação."

Considerando os textos acima como meramente motivadores, redija um dissertativo sobre: CORRUPÇÃO: PROBLEMA SOCIAL A SER COMBATIDO A PARTIR
DA PERSPECTIVA INDIVIDUAL
No seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:
a) corrupção como um problema social; [valor: 4,40 pontos]
b) males provocados à sociedade; [valor: 4,00 pontos]
c) papel do cidadão no combate à corrupção. [valor: 4,00 pontos]
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TEMA 26
Como as cadeias viraram fábricas de facções criminosas
[...]
Embora o CV tenha sido pioneiro, a força do PCC ainda não encontra paralelo no Brasil. Desde que foi criado, em 1993, o “Partido do Crime” segue um rigoroso
estatuto, atualizado com 18 artigos que regram a conduta de seus membros. Itens como a “luta contra a opressão do sistema prisional” e valores relacionados à
lealdade seduzem novos integrantes. Assim como um sindicato ou um clube fechado, o PCC cobra de seus membros não só fidelidade, mas também uma
mensalidade. Em troca, oferece proteção, status e possibilidade de subir na carreira do crime. A sistemática é tão bem-sucedida que outras facções se inspiram
no modelo. Privatizado pelas facções, o sistema prisional entrou num moto-perpétuo. Quanto mais gente atrás das grades, mais os grupos criminosos se
expandem.
São Paulo é exemplo desse mecanismo: o PCC controla 90% dos presídios – isso num estado que concentra mais de um terço da população carcerária nacional.
Nem toda essa massa é de membros ativos. Mas basta haver a presença da sigla para que seus códigos de convivência sejam impostos. “Quando o réu entra, ele
ganha o papel higiênico de um ‘faxina’ e entende que isso vem do ‘comando’. Ninguém vai forçá-lo a cometer um atentado, mas ele fica com uma dívida moral,
no mínimo, e segue a disciplina”, explica o defensor público Bruno Shimizu, doutor em Criminologia pela USP.
Foi em São Paulo que o PCC promoveu a maior demonstração de força já feita pelo crime organizado no Brasil. Os atentados de maio de 2006 pararam a cidade
por quatro dias. Mais de 50 policiais morreram e outra centena de bandidos perdeu a vida. Ao mesmo tempo, 74 presídios acataram as ordens do comando e
entraram em rebelião. O governo foi obrigado a sentar e negociar com os criminosos. “É impossível administrar o sistema penitenciário brasileiro sem o apoio
das organizações informais de presos”, acrescenta Shimizu.
Sob a tutela do estado, o crime se radicalizou. Foram-se os tempos do bandido malandro, cantado na música e retratado com certa dignidade pela literatura.
Entraram em cena os funks saudando carnificinas e exaltando massacres. Espremidas atrás das grades, as facções aproveitam cada brecha aberta pelo poder
público. Nascem, crescem e se multiplicam à medida que mais detentos são colocados para dentro das cadeias. [...]

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativoargumentativo a respeito do seguinte tema. DISFUNÇÃO
DO SISTEMA CARCERÁRIO, CRIME ORGANIZADO E TRÁFICO DE DROGAS: ENGRENAGENS DE UMA MÁQUINA CHAMADA VIOLÊNCIA
Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
1. a relação entre o sistema carcerário e o crime organizado; [4,00 pontos]
2. a relação entre o crime organizado e o tráfico de drogas; [4,00 pontos]
3. a relação da superpopulação carcerária com o crime de tráfico. [4,40 pontos]
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TEMA 27
Produzindo impunidade
É muito comum ouvir de autoridades e de vários candidatos a cargos públicos na véspera da eleição sugestões de endurecimento penal como panaceia para o
grave quadro de violência que atinge o Brasil. Para os defensores dessas medidas se faz necessário alterar a legislação penal para punir com mais “rigor” os
criminosos.
O que em geral não é dito pelos que defendem essas propostas é que as leis, embora instrumentos fundamentais na busca por justiça, não resolvem por si só o
problema da impunidade. Nem as legislações mais draconianas são capazes de punir adequadamente se as instituições do sistema de justiça criminal não forem
capazes de investigar, produzir provas e processar os criminosos.
Os dados divulgados pelo Monitor da Violência após um ano de acompanhamento de 1.195 casos de homicídios cometidos de 21 a 27 de agosto de 2017
evidenciam a disfuncionalidade das políticas de segurança pública no Brasil. Mais de 680 casos ainda estão em andamento e em 506 a autoria do crime é
desconhecida. Embora em 469 casos as polícias civis identifiquem os autores dos homicídios, em apenas 215 casos houve a prisão dos agressores.
De acordo com a pesquisa “Onde mora a Impunidade”, do Instituto Sou da Paz, o indicador mais confiável para avaliar a efetividade de uma investigação criminal
de homicídio é a taxa de esclarecimento, que corresponde à relação entre o número de denúncias oferecidas e o número de crimes registrados. Sob essa métrica,
os dados levantados pelo Monitor da Violência indicam uma taxa média de esclarecimento de homicídios de 22,4% no Brasil. Isso significa que, a cada 10
homicídios, apenas 2 geram uma denúncia com potencial para se tornar um processo e chegar a uma condenação no Tribunal do Júri.
[...]
O Brasil é o paraíso da impunidade para réus do colarinho branco
Vivemos no paraíso da impunidade dos colarinhos brancos. A pena da corrupção, no Brasil, é uma piada de mau gosto. Embora a pena máxima, de 12 anos,
impressione, a tradição nacional orienta que a punição fique próxima à mínima, que é de 2 anos.
Uma pena inferior a 4 anos, quando não é cumprida em regime aberto, em casa e sem fiscalização (na falta de casa de albergado), é substituída por penas
restritivas de direitos – ou seja, prestação de serviços à comunidade e doação de cestas básicas. Para piorar o cenário, decretos de indulto natalino determinam
a extinção dessas penas após apenas um quarto delas terem sido cumpridas, ainda que penas alternativas não gerem superlotação carcerária, a qual o indulto,
em tese, buscaria remediar.
Além de ser baixa, a pena raramente é aplicada contra colarinhos brancos. Ela prescreve. Advogados habilidosos, contratados a peso de ouro – do nosso ouro,
desviado dos cofres públicos – manejam petições e recursos protelatórios sucessivos até alcançarem a prescrição e, consequentemente, a completa impunidade
dos réus. O sistema estimula a barrigada.
Nosso sistema prescricional, aliado ao congestionamento dos tribunais, é uma máquina de impunidade. Somos o único país com quatro instâncias de julgamento,
que abrem suas portas à bem manejada técnica recursal. Dentro de cada uma, são possíveis novos recursos, alguns dos quais se repetem sem fim. Enquanto a
Corte Suprema americana julga cem casos por ano, a nossa julga cem mil casos por ano.
A prescrição criminal foi criada para estabilizar relações sociais diante da inércia do autor da ação penal, mas hoje ela funciona como uma punição do autor e,
consequentemente, da vítima e da sociedade, por uma demora do Judiciário da qual aqueles não têm qualquer culpa.
É como se você planejasse uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro e a estimasse em seis horas. No trajeto, entretanto, enfrenta-se congestionamento
decorrente do excesso de veículos, o que permite que a viagem só seja concluída após oito horas. Então, uma bruxa má, chamada prescrição, determina o
cancelamento da viagem num passe de mágica, devolve-o a São Paulo e o condena a nunca mais sair de lá.
Assim foi no caso Propinoduto, que apurou corrupção de fiscais estaduais do Rio de Janeiro, os quais esconderam propinas na Suíça que chegaram a US$ 34
milhões. A acusação aconteceu em 2003, mesmo ano em que a sentença foi proferida, condenando os auditores. Mas, lembrem-se, no Brasil réus ricos alcançam
quatro julgamentos, e esse foi só o primeiro.
O segundo julgamento aconteceu em 2007. O terceiro, em dezembro de 2014, e ainda pendem recursos para o mesmo tribunal. Em 2013, a Suíça ameaçou
devolver o dinheiro para os réus, em razão da demora. Se o quarto julgamento demorar o mesmo tempo que o terceiro, esse caso será concluído em 2021, quase
20 anos após a acusação e mais de 20 anos após os fatos, que ocorreram desde 1999.
Guardei a cereja do bolo para o fim: os crimes de corrupção já prescreveram. É como se a corrupção jamais tivesse existido, embora tenha sido amplamente
provada e os réus tenham sido condenados.
Infelizmente, essa é a regra em relação aos colarinhos brancos. O caso Maluf prescreveu no tocante ao político, embora tenham sido encontradas centenas de
milhões de dólares no exterior. O caso Luís Estêvão, relacionado a desvios de dinheiro público na construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo,
prescreverá ano que vem, se não se encerrar até lá.
Analisei dados fornecidos pelo Estado do Paraná e constatei que ou não há corruptos do colarinho branco que desviem milhões no Paraná, ou eles não vão para
a cadeia. Se esse fosse um teste de múltipla escolha, optaria pela segunda alternativa com segurança.
O Paraná tem quase 30 mil presos, e apenas 53 deles cumprem pena por corrupção. Eles todos, menos dois, praticaram crimes como furto, roubo, tráfico de
drogas, embriaguez ao volante ou contrabando. Em geral, tentaram corromper o policial que efetuou a prisão. Dos dois restantes, um foi submetido a medida
de segurança, o que indica que é alguém que está fora do juízo pleno, e outro é um oficial de justiça que recebeu gratificação para cumprir um mandado. Nenhum
dos presos tem o perfil do corrupto que desvia milhões.
Não há dúvidas de que a corrupção é, no Brasil, um crime de baixo risco. Para réus do colarinho branco, o sistema de justiça penal ainda tem que melhorar muito
para ser ruim, quanto mais para ser bom. Os mais reconhecidos estudiosos da corrupção no mundo dizem que, se queremos ser um país livre da corrupção, ela
deve ser um crime de alto risco.
Deve ter uma punição séria e que seja aplicada. [...] Até mudarmos a legislação, criando um ambiente menos favorável à corrupção, seremos o paraíso dos
grandes corruptos e o inferno daqueles que sofrem diariamente com a falta do dinheiro desviado na educação, na saúde, no saneamento e na segurança pública.

Considerando que os fragmentos de texto apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca das causas da impunidade no
Brasil, discutindo soluções para a redução da impunidade no país

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