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Era uma vez um mestre de esgrima que se chamava Shoken.

Era um homem maravilhoso, de uma gentileza rara. Ele gostava de


todo mundo e sobretudo da natureza.
1.1. No entanto ele não gostava dos ratos.
Ora, na sua casa, um grande rato causava desordem.
Um dia , o dono da casa o trancou no seu quarto e disse ao seu
gato doméstico
para apanhá-lo. Mas o rato saltou no pescoço do gato e o mordeu
tão cruelmente
que ele escapou miando muito alto.
1.2. Em seguida, Shoken trouxe vários gatos da vizinhança,
famosos pela sua
grande valentia, e os fez entrar no quarto.
O rato estava sentado, encolhido sobre si mesmo num canto e no
momento em
que um dos gatos se aproximou, ele saltou sobre ele e o fez fugir. O
rato tinha
um ar tão feroz que nenhum dos gatos ousava se aproximar dele
novamente.
1.3. Então o dono da casa ficou com raiva e correu ele mesmo atrás
do rato para
matá-lo. Mas este evitava todos os golpes do sábio mestre de
esgrima, que
quebrou vários objetos, enquanto o rato escapulia, se esquivando
de cada um dos seus movimentos.
Enfim pulando no seu rosto, ele o mordeu.
Finalmente, ofegante e pingando de suor, Shoken chamou seu
serviçal e lhe
disse:
“Parece que há seis ou sete km daqui vive o gato mais valente do
mundo. Vá e
traga-o”

(bife da gata)

3. E durante a noite, os gatos que tinham apanhado se reuniram na


casa de Shoken.
Respeitosamente, eles ofereceram a velha gata o lugar de honra,
se ajoelharam na
sua frente e disseram modestamente:
3.2. Então a velha gata riu e disse:

4.1. “ – Eu venho de uma linhagem célebre em capturas de ratos.


Assim, eu decidi
prosseguir neste caminho
Eu sei saltar sobre altos biombos de dois metros. Eu sei entrar num
buraco
minúsculo onde só um rato pode se enfiar.
Desde criança eu pratiquei todas as artes acrobáticas.
Mesmo acordando, quando eu não estou ainda totalmente presente,
no momento
em que eu vejo um rato correr sobre uma viga, de um salto PLIF eu
o apanho.
Mas este rato era o mais forte que já encontrei e eu fui submetido
ao mais
espantoso fracasso de toda a minha vida. Eu tenho vergonha
disso.”

4.2 Então a velha gata disse:


Bife da gata

5.1 “- É , eu penso, que unicamente o espírito é que conta na arte


cavalheiresca.
Assim, desde sempre eu me exercitei neste poder.
Assim que eu percebo o inimigo, logo este espírito todo poderoso o
fascina e por
antecedência a vitória é minha.
Eu me oriento de acordo com o som do meu adversário. Eu
fascino o rato de acordo com o meu querer: a direita, a esquerda,
eu apreendo
cada um dos seus movimentos.
Oh! Quanto a técnica como tal, eu não me preocupo. Ela se faz por
ela mesma.
Um rato que corre sobre uma viga: eu o fixo e PAF! assim que ele
cai, ele é
meu.
Mas aqui este rato misterioso chegou sem forma e se foi sem deixar
traços. O
que é? Eu o ignoro.”

5.2. Então, a velha gata disse:


(bife da gata )

6.1 “ - Sim , na verdade, é da forma como você diz. É por isso, que
há muito tempo, eu passei a exercitar a minha alma. Não sou eu
que exerço esta potência que arrasa o outro espiritualmente ( o “eu”
como o segundo gato). Eu também já não brigo mais ( como o
primeiro gato).
Eu me concilio com aquele que está na minha frente e não me
oponho de forma nenhuma. Quando o outro é mais forte que eu, eu
cedo e me abandono digamos assim, a sua vontade.

O rato que quer me atacar, por mais forte que seja, não encontra
nada onde se apoiar,
nada de onde ele possa se lançar.
Ora, este rato não jogou o jogo, ele chegou, ele partiu, sem poder
ser pego como uma
divindade. Eu nunca vi algo parecido.

6.2 “ Então a velha gata respondeu:


(bife da gata)

7. E depois a velha gata acrescentou:


Texto da gata

7.2. Um dia, eu o visitei e perguntei como se podia interpretar este


fato. Eu não recebi nenhuma resposta.
Três vezes ainda, eu coloquei a minha questão. Ele se calou. Não
era que ele não queria responder, mas que ele não sabia o que
responder.
Então eu soube: “ aquele que sabe alguma coisa, não sabe que
sabe”

vencer sem matar. Eu estou muito longe atrás dele.

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