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1Biografia
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Giorgio Agamben
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Índice
Biografia
Controvérsias
Retrato de Agamben (grafite em
Controvérsias
Agamben, em artigo publicado por Il Manifesto no dia 26 de fevereiro de 2020, escreveu que a Pandemia
de COVID-19 era uma “invenção”,[4] “uma verdadeira necessidade de estados de pânico coletivo, para o
qual a epidemia mais uma vez oferece o pretexto ideal. Assim, em um perverso círculo vicioso, a limitação
da liberdade imposta pelos governos é aceita em nome de um desejo de segurança que foi induzido pelos
próprios governos que agora intervêm para satisfazê-lo.”[5][6]
Um artigo brasileiro alega que esse posicionamento teria sido uma leitura superficial do pensamento de
Agamben, pois o autor não estaria fazendo uma análise da COVID-19 à luz da epidemiologia e demais
ciências naturais, mas que estaria, na realidade, exercendo o seu ofício de filósofo no sentido de criticar a
noção de epidemia em termos gerais, a qual não se limitaria a mero fator sanitário, mas que seria um
produto da bio-tanatopolítica praticada pelos Estados Democráticos desde o século XVIII[7].
De qualquer forma, o posicionamento de Agamben foi alvo de forte crítica de diversos filósofos, tais como
Sergio Benvenuto, Roberto Esposito, Divya Dwivedi, Shaj Mohan, Jean-Luc Nancy e outros.[8]
Obras publicadas
L'uomo senza contenuto, Milano, Rizzoli, 1970 (Macerata, Quodlibet, 1994) — (edição
brasileira: O homem sem conteúdo. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012.);
Stanze. La parola e il fantasma nella cultura occidentale, Torino, Einaudi, 1979, reedição ed.
Einaudi, 2006 — (edição brasileira: Estâncias: A palavra e o fantasma na cultura ocidental.
Tradução de Selvino Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.);
Infanzia e storia. Distruzione dell'esperienza e origine della storia, Torino, Einaudi 1979 —
(edição brasileira: Infância e história: Destruição da experiência da história. Tradução de
Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.);
Gusto, in Ruggiero Romano (a cura di), Enciclopedia Einaudi, vol. 6, Torino: Einaudi, 1979,
pp. 1019–38 — (edição brasileira: Gosto. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte:
Autêntica, 2017.);
Il linguaggio e la morte, Torino, Einaudi, 1982 — (edição brasileira: Linguagem e morte: Um
seminário sobre o lugar da negatividade. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2006.);
La fine del pensiero, Paris, Le Nouveau Commerce, 1982 — (edição brasileira: O fim do
pensamento. Tradução de Alberto Pucheu Neto. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.);
Idea della prosa, Milano, Feltrinelli, 1985 (Macerata, Quodlibet, 2002) — (edição
portuguesa: A ideia da prosa. Tradução de João Barrento. Lisboa: Cotovia, 1999; edição
brasileira: Ideia da Prosa. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.)
La comunità che viene, Torino, Einaudi, 1990 — (edição portuguesa: A comunidade que
vem. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Presença, 1993; edição brasileira: A
comunidade que vem. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.);
Bartleby, la formula della creazione, Macerata, Quodlibet, 1993, com Gilles Deleuze —
(edição portuguesa: Bartleby, Escrita da Potência. Tradução de Pedro A.H. Paixão e
Manuel Rodrigues. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008; edição brasileira: Bartleby, ou da
contingência seguido de Bartleby, o escrevente: Uma história de Wall Street. Tradução de
Tomaz Tadeu e Vinícius Honesko. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.)
Homo sacer. Il potere sovrano e la nuda vita, Torino, Einaudi, 1995 — (edição portuguesa:
Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. Tradução de António Guerreiro. Lisboa:
Presença, 1998; edição brasileira: Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2002.);
Mezzi senza fine. Note sulla politica, Torino, Bollati Boringhieri, 1996 — (edição brasileira:
Meios sem fim: Notas sobre a política. Tradução de Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica,
2015.);
Categorie italiane. Studi di poetica e di letteratura. Venezia: Marsilio, 1996 (2ª ed. ampliada:
Roma-Bari: Laterza, 2010. con posfazione di Andrea Cortelessa). — (edição brasileira:
Categorias italianas: Estudos de poética e de literatura. Tradução de Carlos Eduardo S.
Capela e Vinícius Nicastro Honesko. Florianópolis: Editora UFSC, 2015.);
Image et mémoire, Paris, Hoëbeke, 1998;
Quel che resta di Auschwitz. L'archivio e il testimone, Torino, Bollati Boringhieri, 1998 —
(edição brasileira: O que resta de Auschwitz: O aquivo e a testemunha [Homo Sacer, III].
Tradução de Selvino Assmann, apresentação de Jeanne-Marie Gagnebin. São Paulo:
Boitempo Editorial, 2008.);
Il tempo che resta, Torino, Bollati Boringhieri, 2000 — (edição brasileira: O tempo que resta:
Um comentário à Carta aos Romanos. Tradução de Davi Pessoa. Belo Horizonte:
Autêntica, 2016.);
L'aperto. L'uomo e l'animale, Torino, Bollati boringhieri, 2002 — (edição portuguesa: O
aberto: O homem e o animal. Tradução de André Dias e Ana Bigotte Vieira. Lisboa: Edições
70, 2011; edição brasileira: O aberto: O homem e o animal. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2017.);
L'ombre de l'amour, Paris, Rivages, 2003 (con Valeria Piazza);
Stato di Eccezione, Torino, Bollati Boringhieri, 2003 — (edição portuguesa: Estado de
excepção. Lisboa: Edições 70, 2010; edição brasileira: Estado de exceção (https://drive.goo
gle.com/folderview?id=0B2fYI0opdjTIQmJtRXZKY2V4NmM&usp=sharing) [Homo Sacer, II,
1]. Tradução de Iraci Poletti. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.);
La potenza del pensiero. Saggi e conferenze, Neri Pozza, 2005 — (edição portuguesa: A
potência do pensamento. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Relógio D'Água, 2013;
edição brasileira: A potência do pensamento: Ensaios e conferências. Tradução de Antônio
Guerreiro, revista por Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2015);
Profanazioni, Nottetempo, 2005 — (edição portuguesa: Profanações. Tradução de Luísa
Feijó. Lisboa: Cotovia, 2006; edição brasileira: Profanações. Tradução de Selvino Assmann
São Paulo, Boitempo Editorial, 2007.);
Che cos'è un dispositivo?, Nottetempo, 2006 — (edição portugesa: O que é um dispositivo?.
Tradução de Nilcéia Valdati. Santa Maria: Palloti, 2006; edição brasileira: O amigo & o que
é um dispositivo? Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.);
L'Amico, Nottetempo, 2007 — (edição portuguesa: O amigo. Lisboa: Pedago, 2013; edição
brasileira: O amigo & o que é um dispositivo?. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko.
Chapecó: Argos, 2009.);
Ninfe, Torino, Bollati Boringhieri, 2007 — (edição brasileira: Ninfas. Tradução de Renato
Ambrósio. São Paulo: Hedra, 2012.);
Il regno e la gloria. Per una genealogia teologica dell'economia e del governo. Homo sacer.
Vol 2/2, Neri Pozza, 2007 — (em português: O reino e a glória: Por uma genealogia
teológica da economia e do governo [Homo Sacer, II, 2]. Tradução de Selvino Assmann.
São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.);
Che cos'è il contemporaneo?, Nottetempo, 2008 — (edição brasileira: O que é o
contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó:
Argos, 2009.);
Il sacramento del linguaggio. Archeologia del giuramento, 2008 — (edição brasileira: O
sacramento da linguagem. Arqueologia do juramento. Tradução de Selvino José Assmann.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.);
Signatura rerum. Sul Metodo, Torino, Bollati Boringhieri, 2008 — (edição brasileira:
Signatura rerum: Sobre o método. Tradução de Andrea Santurbano e Patricia Peterle. São
Paulo: Boitempo Editorial, 2019.);
Nudità. Roma: Nottetempo, 2009 — (edição portuguesa: Nudez. Tradução de Miguel Serras
Pereira. Lisboa: Relógio D'Água, 2010; edição brasileira: Nudez. Tradução de Davi Pessoa.
Belo Horizonte: Autêntica, 2014.);
Angeli. Ebraismo Cristianesimo, Islam, a cura di E. Coccia e G. Agamben. Vicenza, Neri
Pozza, 2009;
La Chiesa e il Regno, Roma, Nottetempo, 2010 — (edição brasileira: A igreja e o reino.
Tradução de Pedro Fonseca. Belo Horizonte: Âyiné, 2016.);
La ragazza indecibile. Mito e mistero di Kore (con Monica Ferrando), Milano, Electa
Mondadori, 2010;
Altissima povertà. Regola e forma di vita nel monachesimo. Homo sacer. Vol 4/1, Vicenza,
Neri Pozza, 2011 — (edição brasileira: Altíssima pobreza: Regras monásticas e formas de
vida [Homo Sacer, IV, 1]. Tradução de Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial,
2014.);
Opus Dei. Archeologia dell’ufficio. Homo sacer. Vol 2/5, Torino, Bollati Boringhieri, 2012 —
(edição brasileira: Opus dei: Arqueologia do sacrifício [Homo Sacer, II, 5]. Tradução de
Daniel Arruda Nascimento. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.);
Pilato e Gesù. Roma: Nottetempo, 2013 — (edição brasileira: Pilatos e Jesus. Tradução de
Patrícia Peterle e Silvana de Gaspari, apresentação de Vinícius Nicastro Honesko. São
Paulo: Boitempo Editorial e Editora UFSC, 2014.);
Il mistero del male: Benedetto XVI e la fine dei tempi. Roma: Laterza, 2013 — (edição
brasileira: O mistério do mal: Bento XVI e o fim dos tempos. Tradução de Patrícia Peterle e
Silvana de Gaspari. São Paulo: Boitempo Editorial e Editora UFSC, 2015.);
Il fuoco e il racconto. Roma: Nottetempo, 2014 — (edição brasileira: O fogo e o relato:
Ensaios sobre criação, escrita, arte e livros. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.);
L'Uso dei corpi. Homo Sacer IV, 2. Vicenza: Neri Pozza, 2014 — (edição brasileira: O uso
dos corpos [Homo Sacer, IV, 2]. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo
Editorial, 2017.);
L'avventura, Roma: Nottetempo, 2015 — (edição brasileira: A aventura. Tradução de
Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2018).
Referências
1. Laterza (http://www.laterza.it/scheda-autore.asp?id_autore=4338&pr=)
2. «Giorgio Agamben, «No to Bio-Political Tattooing», in Le Monde, 10 de Janeiro 2004» (htt
p://www.ratical.org/ratville/CAH/totalControl.html)
3. Giorgio Agamben - Prix Européen de l'Essai Charles Veillon 2006 pour l’ensemble de son
oeuvre (http://www.fondation-veillon.ch/prix/g_agamben.php)
4. Frateschi, Yara (12 de maio de 2020). «Agamben sendo Agamben: o filósofo e a invenção
da pandemia» (https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/12/agamben-sendo-agamben-o-filos
ofo-e-a-invencao-da-pandemia/). Blog da Editora Boitempo. "Em suas reflexões sobre a
crise do coronavírus, Giorgio Agamben chega às raias do rompimento com a verdade
factual e nem mesmo as milhares de mortes ou o colapso dos sistemas de saúde em
diversos países do mundo o demovem da tese de que as medidas de contenção, como o
distanciamento social, sejam “irracionais” e “imotivadas”."
5. «Lo stato d'eccezione provocato da un'emergenza immotivata» (https://ilmanifesto.it/lo-stato-
deccezione-provocato-da-unemergenza-immotivata/) (em italiano)
6. «Giorgio Agamben and the new state of exception - the coronavirus.» (http://www.ihu.unisino
s.br/78-noticias/597615-giorgio-agamben-e-o-novo-estado-de-excecao-gracas-ao-coronavir
us) (em portuguese)
7. Buchard, Alan (13 de julho de 2020). «Estado de exceção e emergência sanitária: Giorgio
Agamben sobre a pandemia por coronavírus» (https://periodicos.unifap.br/index.php/investig
acaofilosofica/article/view/5906). Revista Investigações Filosóficas. Consultado em 19 de
dezembro de 2020. "No conjunto de textos de Giorgio Agamben sobre a atual pandemia por
Sars-CoV-2 procurei destacar os pontos principais da argumentação do filósofo italiano. A
finalidade foi apresentar o quadro geral das teses e dos corolários desenvolvidos pelo
filosofo. Verificou-se que no primeiro texto a “epidemia” é tida no contexto contemporâneo
como um dispositivo de justificação para o decreto do estado de exceção. Mais do que um
fator sanitário, a noção de epidemia é um produto, isto é, uma invenção, da bio-
tanatopolítica exercida pelos Estados Democráticos desde o século XVIII."
8. «On Pandemics. Nancy, Dwivedi, Mohan, Esposito, Nancy, Ronchi | European Journal of
Psychoanalysis» (https://www.journal-psychoanalysis.eu/on-pandemics-nancy-esposito-nan
cy/) (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2021
Ligações externas
(em italiano)Biografia (http://www.filosofico.net/agamben.htm). Por Simone Tunesi .
Vídeo: (em inglês) State of exception in todays world of affairs (From Guantanamo to
Auschwitz) (https://web.archive.org/web/20110817060415/http://www.egs.edu/faculty/giorgio
-agamben/videos/from-guantanamo-to-auschwitz/). Conferência de Giorgio Agamben na
European Graduate School, Saas-Fee, Suíça, 2005.
(em francês) Que l’Empire latin contre-attaque ! (http://www.liberation.fr/monde/2013/03/24/q
ue-l-empire-latin-contre-attaque_890916). Por Giorgio Agamben. Libération, 24 de março de
2013.
(em português) Entrevista com Giorgio Agamben: A crise sem fim como instrumento de
poder (http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/giorgio-agamben-a-cri
se-sem-fim-como-instrumento-de-poder/). Outras Palavras, 18 de novembro de 2013.
(em português) Por uma Teoria do Poder Destituinte (http://5dias.wordpress.com/2014/02/1
1/por-uma-teoria-do-poder-destituinte-de-giorgio-agamben/). Conferência de Giorgio
Agamben em Atenas, 16 de novembro de 2013.
(em francês) Comment l'obsession sécuritaire fait muter la démocratie (http://rebellyon.info/?
Comment-l-obsession-securitaire). Por Giorgio Agamben. Originalmente publicado por Le
Monde Diplomatique, janeiro de 2014.
(em francês) Une biopolitique mineure. (http://www.vacarme.org/article255.html) Entrevista
para a revista Vacarme, n. 10, janvier 2000.
(em francês) L'atelier absent. (http://www.vacarme.org/article837.html)Texto sobre a artista
Titina Maselli para a revista Vacarme, n. 15, printemps 2001.
(em português) O futuro segundo Giorgio Agamben (http://www.proximofuturo.gulbenkian.pt/
blog/o-futuro-segundo-giorgio-agamben) Intervenção de Giorgio Agamben no programa
"Chiodo Fisso" da emissora de rádio "Rai 3" no dia 25/01/2012.
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