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E NASCE UM

TERAPEUTA...
DISCIPLINA: TEORIA E TÉCNICA PSICOTERÁPICA EM
FENOMENOLOGIA
PROFA. JULLY FORTUNATO BUENDGENS
O curso de psicologia é como uma gestação...
A cada mês (fase) o bebê (aluno) adquire órgãos, células, neurônios, etc. para a sua
formação. Nos últimos “meses” o bebê já estaria até pronto para nascer, mas não seria
fácil sobreviver no mundo. Ao fim do curso, o aluno se torna psicólogo, já está pronto
para nascer e ser um “humano no mundo” (psicólogo/terapeuta), mas ainda precisa de
alguns anos “vivendo” para realmente estar apto integralmente. No começo precisa ter
boas relações e se alimentar bem. E mesmo que seja um “adulto”, nunca deve ficar
“sozinho”. A formação, os estudos contínuos nunca terminam.

Vocês estão chegando nas últimas fases... Já está ficando “apertado”, e não veem a hora
de sair (nascer)... Mas aproveitem enquanto é quentinho e seguro aqui dentro.
Aproveitem e se preparem para a beleza do nascimento...
COMO DEVE SER UM
TERAPEUTA?

QUAIS CARACTERÍSTICAS DEVE


TER UM TERAPEUTA IDEAL?
• Quais as principais características
que deve ter um terapeuta?

• Não existe psicólogo perfeito;


• Somos humanos;
• Temos que estar conscientes da nossa humanidade, neuroses, interrupções para não
projetar no outro o que é nosso, para não nos misturarmos, para nos usarmos em
detrimento de nosso cliente;
REVISÃO DOS CONCEITOS ESTUDADOS:

Identificar no texto “A pessoa do terapeuta na relação


psicoterápica” os conceitos estudados nas disciplinas
de Psicologia da Gestalt e Fenomenologia, copiar o
trecho e explicar cada conceito.

RODRIGUES, Hugo Elidio. A pessoa do terapeuta na relação psicoterápica. In. ____. Introdução à
Gestalt-terapia: conversado sobre os fundamentos da abordagem gestáltica. Petrópolis: Vozes,
2011. p.152-159.
O elefante acorrentado –
Jorge Bucay
– Não posso – falei. – NÃO POSSO!
– Tem certeza? – perguntou Jorge.
– Tenho. Tudo o que eu queria era me sentar na
frente dela e dizer o que sinto… mas sei que não
posso.
Meu terapeuta sentou-se como Buda na horrorosa
poltrona azul da sala. Sorriu, olhou nos meus olhos
e, baixando a voz (como fazia sempre que queria
ser ouvido atentamente), disse:
– Posso lhe contar uma história?
Meu silêncio foi resposta suficiente. Jorge começou
a contar.
Quando eu era criança, adorava o circo, e o que mais gostava
de ver eram os animais. O elefante era o que mais me
chamava a atenção. Durante o espetáculo, aquele animal
enorme fazia uma demonstração de peso, tamanho e força
descomunais… mas depois da apresentação, ele ficava
amarrado por uma das patas com uma corrente presa numa
pequena estaca cravada no chão.

Embora a corrente fosse grossa e resistente, me parecia óbvio


que o elefante, capaz de arrancar uma árvore pela raiz com
sua força, poderia facilmente arrancar a estaca e fugir.

O mistério era evidente: o que faz com que ele fique então?
Quando eu tinha 5 ou 6 anos e ainda confiava na sabedoria
dos adultos, perguntei a um professor sobre o mistério do
elefante. Ele me explicou que o animal não fugia porque era
adestrado.
– Se é adestrado, por que o acorrentam? –
perguntei.
Não me lembro de ter recebido qualquer
resposta coerente. Com o tempo, esqueci um
pouco essa história e só me lembrava dela
quando encontrava alguém que tinha a
mesma dúvida que eu.

Há alguns anos conheci uma pessoa sábia o


bastante para dar uma resposta: o elefante do
circo não foge porque sempre esteve preso a
uma estaca parecida com essa – desde muito
pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o elefante recém-nascido preso à estaca. Tenho certeza de que naquele
momento o elefantinho empurrou, puxou e suou, tentando se soltar. E, apesar de tanto esforço, não
conseguiu.

A estaca certamente era forte demais para ele.


Eu poderia jurar que ele dormiu, exausto, e no
dia seguinte fez tudo de novo, e também no
seguinte, e no seguinte… Até que um dia
aceitou sua impotência e resignou-se ao seu
destino.

Esse enorme e poderoso elefante que vemos no


circo não escapa porque acha que NÃO PODE.
Ele tem o registro e a lembrança de sua
incapacidade, aquela que sentiu logo depois de
nascer. O pior é que nunca mais voltou a
questionar isso.
E jamais tentou pôr sua força à prova
novamente.

– É isso aí, Demián. Todos somos um pouco como esse elefante do circo: vivemos amarrados a muitas
estacas que nos tiram a liberdade. Acreditamos que "não podemos" um monte de coisas, simplesmente
porque alguma vez, quando éramos crianças, tentamos e não conseguimos. Então fizemos o mesmo que
o elefante. Gravamos na memória um registro de incapacidade e repetimos "NÃO POSSO… NÃO POSSO E
NUNCA PODEREI".
Fiquei olhando para ele, calado.

– Crescemos carregando essa mensagem que nos


impusemos e nunca mais voltamos a tentar – disse ele.

– No máximo, sentimos os grilhões e, de vez em quando,


fazemos soar as correntes ou olhamos para a estaca e
confirmamos o estigma: "NÃO POSSO E NUNCA
PODEREI!“

Jorge fez uma longa pausa; depois se aproximou,


sentou-se no chão à minha frente e concluiu:

– Isso é o que acontece com você. Você vive condicionado


pela lembrança de que outro Demián, que já não existe,
não conseguiu. A única maneira de saber se você pode
agora é tentar novamente, usando todo o seu coração…

TODO O SEU CORAÇÃO.


WANDERLUST
NAVEGAR É PRECISO
QUAL A POSTURA DO TERAPEUTA
GESTÁTICO?

Episódio 2- 33 minutos
Episódio 2- 28 minutos
Joy (psi) vai a sua psicóloga para relatar que quer
Na última sessão o pct relatou um sonho em
ter relações sexuais fora do casamento com a
que o seu tênis estava na geladeira.
ciência do próprio marido.

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