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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................05
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V. OS VÁRIOS TRATAMENTOS PARA O DISTÚRBIO.......................66
- Terapias químicas
- Terapias psicológicas
- Integrando-se ao cosmo
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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APRESENTAÇÃO
2ª Edição revisada
Procure ler este livro, não como um simples manual, mas acima
de tudo como um livro que pode lhe ajudar a compreender como os
caminhos das emoções podem ser maravilhosamente estranhos.
Isa Magalhães
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MINHA HISTÓRIA ...
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Nesse período passei a ter medo de sair sozinha, ir ao colégio ou
qualquer outro lugar estranho. Vivia com medo de sentir “a coisa
ruim” novamente. Acordava no meio da noite sentindo meu peito
apertado e um bolo subindo e descendo na garganta. Meus pais já
não sabiam que fazer e o médico receitou um antidistônico suave.
Tomei algumas vezes, mas como me sentia meio sonolenta tive
medo e só tomava o remédio quando era impossível me controlar.
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I. ENCARANDO O MEDO E SUAS MÁSCARAS
“ Tenha muito cuidado para não usar o medo como justificativa para fugir
da vida. Fazer isso, gera programações subconscientes e você pode estar
programando o medo de perder o medo - ficando temeroso de que ao abrir mão dele
perderá algo. Mas é claro que sim. Você perderá o conflito, a raiva, as
preocupações e todas as outras emoções baseadas no medo” ( Dick Sutphen - “O
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vida e suas conseqüências, como também a relação amor e agressividade,
medo e descontrole.
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risco nossa segurança e as dos outros. Assim, o problema não é o sentimento
do medo, mas a intensidade desse sentimento e a forma como relacionamo-
nos com ele. É muito importante não negarmos o medo, caso o contrario
transformara-se em neuroses difíceis de serem tratadas, como a depressão, a
ansiedade fóbica, dores físicas inexplicáveis e o próprio distúrbio do pânico -
uma das formas mais crônicas do medo como doença.
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Toda e qualquer negação dos sentimentos, fazem com que eles
cresçam, tornando-os maiores ainda. Em suma, quanto mais negamos, mais
fortificamos o sentimento que queremos acabar. A solução mais imediata
parece óbvia: aceitação!
• Invalidez
• Mudanças (na carreira, de casa, de cidade, de relacionamentos, etc.)
• Acidentes pessoais
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• Relacionamentos (afetivos, sociais, profissionais)
Esses medos são traduzidos como “tenho medo de adoecer”, “tenho medo
de ficar pobre”, “tenho medo mudar e não dar certo”, “tenho medo de amar e
perder”, “tenho medo do mundo”, etc.
• Fracasso
• Rejeição
• Sucesso
• Morte
O medo pode ainda ser tão forte, que invalida uma pessoa, são as
fobias (agorafobia - medo de lugares amplos, claustrofobia - medo de
lugares fechados, etc.). Em geral, os medos mais comuns podem ser
facilmente trabalhados através da autoconfiança interior. Mas os
medos mais profundos, como as fobias, precisam de um trabalho
terapêutico especializado e direcionado.
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(sentimos medo de ser punido por algo que acreditamos ter feito de errado,
então um forte sentimento de culpa se instala: “Puxa, se eu não tivesse feito
isso não estaria nessa situação! ”. Por trás da vergonha está o medo do
julgamento (“ Meu Deus! E agora, o que todos vão pensar de mim? ”)
E, assim por diante.
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MINHA HISTÓRIA...
Fazia algum tempo que não sentia nenhum dos estranhos mal-
estares que me fazia tremer de medo. Estava com quinze anos e tinha
uma vida normal de adolescente de um período onde não existia
internet ou redes sociais, e sim, muitas festinhas, grupos de amigos
ouvindo música.
Era a filha mais velha de uma família de seis filhos, com uma
mãe que trabalhava o dia todo e ainda arrumava tempo para
fazer várias faculdades, extremamente dominadora, mas super -
carinhosa e cúmplice de todas as coisas que eu inventava de fazer.
Apesar dos sérios problemas familiares que me acompanhavam (meu
pai era alcoólico), eu não era infeliz.
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Minha personalidade sempre foi alegre e comunicativa. Vivia um
tanto estressada pela situação dos meus pais, contudo, achava a vida
boa demais para viver triste. Hoje, eu sei que reprimia minha dor
fingindo que estava tudo normal, que tinha uma vida normal. E
quando a pressão interior estava forte demais, apareciam as crises
como forma de aliviar meu organismo.
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II. DISTÚRBIO DO PÂNICO - O MEDO DOS MEDOS
Síndrome do pânico
Desordem do pânico
Distúrbio do pânico
Transtorno do pânico
Neurose ansiosa
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MAS ATENÇÃO, CRISE DE PÂNICO NÃO É SÍNDROME DE PÂNICO!
1. Você terá que ter pelo menos de três a quatro crises de pânicos num
período de um mês, e em circunstâncias que não esteja fazendo esforço
físico intenso, correndo algum tipo de perigo ou sofrendo estímulo fóbico
(medo de algo concreto).
Palpitações
Tontura ou vertigem
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Ondas de calor e frio
Suor intenso
Desmaio
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Somente depois de descartar toda e qualquer possibilidade de algo orgânico
é que se começa a pensar no distúrbio do pânico. Nesse caso, a opinião de
um psiquiatra será importante para a indicação do melhor tipo de
tratamento. Nessa etapa, dependendo do estado em que esteja a pessoa
portadora - crises intensas, médias ou suaves, é que o médico verifica que
tipo de medicação será necessário, e qual o tratamento que será usado.
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essa doença acomete pelo menos 6% da humanidade nos grandes centros
urbanos. E embora os sintomas desse distúrbio venham sendo relatados já há
muito tempo nos consultórios médicos, eles não eram muito levados a sérios,
sendo tratados apenas como nervosismo, histeria, ou coisa do gênero.
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diagnostico correto: síndrome do pânico, o tratamento nem sempre é o
indicado.
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num quando criança. Quando entra num elevador, seu coração dispara,
começa a suar frio e a sentir falta de ar, mas basta sai da situação e tudo
volta ao normal. Para o portador do distúrbio, porém, não é preciso estímulos
externos. As sensações aparecem sem que nada de errado esteja acontecendo,
muito embora o distúrbio possa também vir acompanhado por processos
fóbicos que são geralmente desenvolvidos após as primeiras crises.
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concentração, medo de sair só, diarréias súbitas, pressão alta ou baixa e
muitos outros sintomas que variam de pessoa para pessoa. Outra
característica do distúrbio é a personalização dos sintomas.
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os vinte e quarentas anos. Isso não quer dizer que pessoas mais jovens ou
mais velhas não venham a sofrer com o distúrbio. Em qualquer faixa etária
estamos suscetível, basta termos propensão para isso.
O cliente mais velho que atendi tinha setenta e dois anos, e me disse
que já fazia uns dez anos que sentia aquelas “coisas”, mas não ligava porque
achava ser da idade. Sempre foi muito nervoso e irritado. Tinha dificuldades
para dormir e se alimentava muito de doces. Depois que aprendeu a relaxar e
melhorou sua dieta, as crises diminuíram.
A pessoa mais jovem que atendi tinha quinze anos, Luiz Eduardo,
que apresentava pânico associado a fobia. Seu pavor a elevador transformou-
se em claustrofobia – entrava em crise só em imaginar-se preso em algum
lugar. Quando começou o tratamento não ficava um minuto em qualquer
lugar fechado. Teve acompanhamento psicológico e terapêutico alternativo,
com reiki, massagem e relaxamento durante seis meses. A ansiedade reduziu-
se bastante. Ainda tinha medo de elevador, mas já não ficava em pânico ao
entrar num lugar fechado, quando interrompeu o tratamento porque mudou
de cidade.
Muitas pessoas com Pânico sofrem pela ansiedade do medo de ter uma nova
crise. E muitas vezes essas pessoas passam a evitar situações ansiosas, o que
acabam por restringir muito as suas vidas.
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MINHA HISTÓRIA...
... Passei mais de um ano sentindo os sintomas desagradáveis
que mudaram completamente minha vida por aqueles dias. De uma
menina alegre e festeira passei a ser uma adolescente medrosa, que
andava com remédios calmantes na bolsa, dormia pouco a noite e
muito durante o dia, tinha medo de tudo. Apesar de teimar em
manter a vida normal, tudo era diferente. A qualquer momento,
independente de onde estivesse, poderia começar a sentir um medo
estranho e todo meu corpo vibrava entre calafrios e tremores
incontrolaveis, que faziam minhas mãos e pés ficarem dormentes.
Era horrível! Tinha pavor, mais até do que o próprio medo que
maltratava meu corpo e minha mente, das pessoas desconfiarem do
que se passava comigo. Tinha medo que achassem que era louca,
desequilibrada ou doente. Quase ninguém, fora minha família, sabia
das minhas crises.
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diziam coisas do tipo “quando casar passa”. Eu me sentia
extremamente estúpida por não poder explicar realmente o que
sentia, e por ser considerada histérica pelas pessoas a minha volta.
Isso me fez esconder-me cada vez mais e, apesar da minha
personalidade extrovertida, eu passei a desconfiar de todos e me
sentia profundamente só. Era como se todo mundo fosse normal,
levasse uma vida normal e eu era a única desajustada, que sentia
“coisas” que não existiam. Tinha raiva de mim mesma e inveja das
pessoas que viviam “bem”...
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III. A RELAÇÃO MENTE-CORPO NO
TRATAMENTO DO PÂNICO
Mas não podemos negar também, que o homem ainda não conseguiu
definir a centelha de vida que anima o corpo. De onde vem a vitalidade? Do
cérebro? Do coração? De outro lugar ou de todos os lugares? Que milagre
forneceu o molde de um corpo tão perfeito? São perguntas ainda sem
respostas, mesmo para uma ciência que já tem uma engenharia genética tão
avançada.
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Nas últimas décadas surgiu um novo modelo de pensamento que
começa a interessar a comunidade cientifica e que, possivelmente,
influenciará profundamente a cultura do século XXI - é o paradigma holístico
sistêmico que mostra o mundo com uma unidade onde tudo é o todo, e todas
as partes se intercomunicam de forma a se auto influenciarem. É como se
tudo nesse mundo encaixasse-se como peças de um quebra-cabeça – se uma
peça faltar o jogo estará inutilizado.
Esse conceito holístico entende nosso organismo não apenas como uma
estrutura química, mas também como uma estrutura energética. No conceito
holístico a mente é energia e o corpo é química. Um influencia o outro como
duas polaridades que se completam numa perfeita comunicação. Até bem
pouco tempo a ciência tradicional não reconhecia essa comunicação. Era como
se mente e corpo fossem dois completos estranhos. Daí a maioria dos
tratamentos médicos serem feitos apenas com remédios químicos, mesmo
quando a origem da doença não fosse física.
E o que tudo isso tem haver com o pânico? Acredito que já esteja
fazendo essa pergunta. Tem tudo haver. Uma vez que o distúrbio do pânico se
manifesta tanto a nível físico como emocional-mental-energético. E, para
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compreendermos como um sistema influência o outro é necessário
conhecermos, mesmo que superficialmente, a estrutura do corpo-mente, o
palco onde acontece as crises de pânico.
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principais: o Sistema Parassimpático – que produz relaxamento no corpo e o
Sistema Simpático – que ativa o organismo. A comunicação Cérebro e
Sistema Nervoso acontece através das moléculas mensageiras chamadas de
neurotransmissores, encarregadas de levarem as mensagens aos neurônios –
células do sistema nervoso influenciam os hormônios que ativam nosso corpo,
como a serotonina, adrenalina e noradrenalina.
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uma possível fuga ou ataque. Tudo isso acontece porquê uma glandulazinha
que fica no cérebro, o Hipotálamo, recebeu e passou a informação para outra
companheira, a Pituitária, de que estamos em perigo! E aí todo o organismo
prepara-se para esse perigo. Mas que perigo? Se estivermos realmente numa
situação de perigo, tudo bem, é natural o corpo está em alerta. Mas para os
portadores do Distúrbio do Pânico o problema começa aqui.
O corpo se prepara para algo que na maioria das vezes não existe. É
como se vestíssemos uma armadura para lurar com os moinhos de ventos,
feito Dom Quixote! Ou seja, para uma crise não é necessário estarmos em
perigo, embora o corpo acredite que estejamos. Assim, as sensações ruins que
nos faz sentir tão mal, na verdade são efeitos dos excessos dos hormônios no
corpo sem uma finalidade aparente. E a pergunta é: se não estou em perigo
por que meu corpo reage assim?
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Ao que parece, nós, os portadores do Distúrbio do Pânico temos uma
Amigdala, digamos, “inflamada”, sensível demais que interpreta as mais
variadas sensações emocionais como perigosas.
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O importante para o portador do distúrbio do pânico é entender que
as sensações durante uma crise seriam normais em outras situações, caso
estivéssemos em perigo, por exemplo. Ou seja, são reações químicas dos
hormônios no corpo que, em situação de perigo, estariam naturalmente
cumprindo suas obrigações de nos alertar. Embora os sintomas sejam
desagradáveis e apavorantes, eles são causados pelo excesso de hormônios
que provocam reações no metabolismo do nosso corpo, como uma espécie de
intoxicação.
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com essa doença tão difícil. O importante é sabermos que o desacelerar da
energia nervosa é primeiro caminho para a cura das nossas emoções.
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Em geral, a pessoa muito ansiosa vive ligada ao passado de modo
automático, e essa ligação lhe faz perceber o presente de forma vaga e
confusa, projetando-o, inconscientemente, para o futuro. É como se só
existisse o passado (sente-se seguro com que já conhece) e o futuro (preocupa-
se com o desconhecido). O presente praticamente não existe. Para haver uma
integração que proporcione harmonia e entendimento dos três tempos:
passado, presente e futuro, é necessário submeter-se a uma terapia de apoio
que lhe dê base e estrutura interna suficiente para enfrentar os medos de
forma consciente e segura.
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ameaçador e perigoso”. Sua percepção é de um eterno conflito no
presente, o que lhe projeta angustiadamente para o futuro esperando
ou pressentindo “desgraças” para si e os outros. Isso pode causar crises
de ansiedade aguda.
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porque tem profundo medo de adoecer ou de perder o controle da sua
vida.
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angustiada. Mas quando a pessoa é afastada da situação tudo volta ao
normal. No distúrbio do pânico o medo é sempre indefinido e os sintomas
aparecem sem causa aparente, sem nada que justifique esse medo ou
sintomas.
O Drama do Eu Falador!
Todos nós temos vários pequenos “Eus” que convivem fazendo parte da
constelação do ego. São várias facetas da personalidade que nos faz agir de
maneiras diversas de acordo com a situação. Alguns desses “eus” quando em
desarmonia causam conflito, como é o caso do Eu Falador. As pessoas mais
ansiosas apresentam um Eu Falador pessimista que não para de gerar
pensamentos obsessivos.
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Assim, as pessoas ansiosas não conseguem ficar um minuto sem um
diálogo mental confuso. O Eu falador fica o tempo todo confundindo e criando
muitas situações: “Será que vou conseguir isso? Será que não é melhor
desistir? E se acontecer um acidente? É perigoso se envolver. E se eu
fracassar? ” É um diálogo constante e confuso, como se a mente não parasse
de falar e inventar mil desculpas ou interpretações. E o que é pior, o Eu
Falador é sempre pessimista: “Se estou sentindo dormência nas mãos é
porque estou tendo um derrame!”. Pronto, basta esse pensamento para que o
cérebro detecte perigo e mande um alerta que acabará por trazer uma crise
de pânico.
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Esse mesmo movimento acontece dentro de nosso corpo como um
microuniverso, mostrando que também somos energia. Dentro do nosso corpo
físico a dança da energia se faz perceber diante dos movimentos de contração
e expansão das células e dos órgãos como coração, pulmões, intestinos.
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abrirmos a televisão e ajustarmos a freqüência do canal que desejamos as
ondas eletromagnéticas, antes invisíveis aos nossos olhos e aos outros
sentidos, tornam-se visíveis na forma de imagens e sons na tela da TV. E a
internet? Que tornou o mundo concreto em virtual. Não vemos as ondas
eletromagnéticas, mas elas proporcionam várias ações físicas. Isso seria
considerado com magia há um século atrás! O que nos leva a crer que em
poucos anos teremos aparelhos que possam medir os campos sutis acoplados
ao corpo físico, de maneira tão banal como os atuais aparelhos de imagens por
ressonância magnética que vasculham o interior do nosso corpo de forma tão
natural.
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A anatomia humana é multidimensional. Apresenta, além do corpo físico
e seu complexo sistema estrutural-químico, outros "corpos" como se
fossem um molde holográfico do corpo material. Esses outros corpos, também
chamados de campos sutis, são feitos de matérias energéticas em estados
de vibração diferentes, por isso não podemos vê-los. Você até poderia
perguntar-se: Mas, se não podemos vê-los, como sabermos se realmente existem?
Você pode ver as ondas eletromagnéticas da internet?
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• CORPO FÍSICO: composto de matéria sólida e responsável pela vida
no plano material.
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Os corpos ficam juntos uns aos outros como camadas da cebola, e
entrelaçam-se uns nos outros em estado de vibrações diferentes. Se partirmos
do corpo físico ao corpo búdico, veremos que vão ficando cada vez mais sutis
em termos de energia.
Dos muitos chakras espalhados pelo corpo, temos sete que são os mais
importantes na captação e transmutação das energias úteis à nossa
existência, e cada um tem um nome específico de acordo com sua localização:
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Tudo leva a crer que os chakras estão envolvidos com o fluxo de energia
que reestruturam as células do nosso corpo físico. É como se eles atuassem,
transformando a energia que alimenta nossa chama vital, uma espécie de
filtro. Em termos fisiológicos, cada chakras está associado a um importante
plexo nervoso do nosso organismo.
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Como cada um dos sete importantes chakras está associado a um
sistema endócrinos do corpo, sugere-se que qualquer complicação energética
em um dos corpos é imediatamente comunicado ao organismo físico, causando
alterações hormonais no nível do chakra atingido.
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1. PRIMEIRA CENTRAL (chakra raiz) - localiza-se no cóccix, e
influencia o nosso potencial humano e as necessidades de
sobrevivência instintiva no planeta. Rege os instintos mais
primitivos (fome, sono, sexo como procriação, medo, etc.)
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2. SEGUNDA CENTRAL (chakra sacro) - localiza-se na primeira
vértebra lombar e está associado aos impulsos sexuais, ao
inconsciente, aos relacionamentos de prazer com o mundo físico.
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O desbloqueio dos chakras se dá através de terapias específicas com o
uso de energia (reiki, polaridade, bioenergética, etc.), ou através da meditação
que proporciona uma vida rica em harmonia e tranquilidade uma vez que os
pensamentos influenciam profundamente os chakras, por isso, a meditação é
uma das terapias indicadas para manter o pleno funcionamento das centrais
energéticas.
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chakras procuram filtrar a energia dessas dimensões para equilibrar a vida.
Tanto que, basicamente, o estado em que se encontra os chakras é
determinante para a saúde física, psicológica e espiritual de uma pessoa. Mas
nem sempre é possível o equilíbrio.
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energia vital da sua presa. O mais perigoso é que pessoas negativas não só
criam suas próprias formas-pensamentos, como também atraem outras
formas que estejam vagando no espaço sutil. Os paranormais dizem que se
pudéssemos ver a aura dessas pessoas, seria como se estivéssemos vendo um
viveiro de vermes repugnantes!
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MINHA HISTÓRIA....
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para melhorar ou mesmo sair dela mais rapidamente. Isso aumentou
minha autoconfiança, deixando-me mais segura de tudo ao meu
redor. Apesar de ainda não saber absolutamente o que acontecia
comigo e o que causava aquelas desagradáveis descargas emocionais,
pelo menos sabia que alguma coisa podia fazer por mim mesma, e
isso já era um grande alento...
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IV. CRISE DE PÂNICO -
O TERROR DO DESCONTROLE
Infelizmente, não existe uma fórmula que acabe de uma vez com os
sintomas. Os remédios químicos só controlam os sintomas fisiológicos do
corpo, e podem nos fazer dependentes como um cego de uma bengala. Mas
quando as crises são muito agudas é a primeira alternativa, já que quem
agüenta “tempestade é rochedo” – escutei isso de um amigo e achei ótimo,
sabe por que? Porque me tirava a culpa se tivesse de tomar um remédio.
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O QUE FAZER NUMA CRISE?
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3º - Durante uma crise, observe o ritmo da sua respiração. A nossa
respiração durante a crise de pânico, torna-se rápida e superficial,
provocando sensações de sufocação. Na tentativa de suprir o organismo de
ar, acabamos não mantendo um ritmo respiratório regular, assim, ficamos
intoxicados de oxigênio, o que faz o coração acelera-se e ficarmos com
dificuldade de respirar, daí pensamos que vamos morrer sem ar. É horrível!
Mas, se no momento que isso começar a acontecer, você conseguir manter a
calma e fazer um exercício de respiração para voltar ao ritmo normal (veja no
capítulo dos exercícios), ou mesmo colocar as mãos em concha e respirar
dentro dela, os sintomas podem diminuir e até mesmo sumirem. Podemos
também, massagear bem devagar o plexo solar (área do estômago), para
relaxar a musculatura dessa área e melhorar a respiração. Depois coloque um
pano úmido e morno, com algumas gotas de lavanda, sobre o estômago.
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6º - Procure não fugir das crises. Isso além de não adiantar nada,
piora sensivelmente os sintomas. Enfrente seus medos. Descubra qual o
significado deles na sua vida. Não deixe que o desespero tome conta de você.
Lembre-se de que fugir dos sintomas do pânico é ficar cada vez mais
escravizado a eles. Se enfrentar o medo, verá que aos poucos se sentirá
vitorioso e mais confiante. Para trabalhar a segurança para ter calma no
momento de enfrentar as crises, procure um terapeuta ou psicólogo e assim,
obter autoconhecimento para fortalecer-se interiormente.
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9º - Finalmente, procure encontrar suas próprias saídas para
enfrentar seu pânico. Perceba que geralmente suas crises têm a ver com
mudanças. Mas somente enfrentando o novo e mudando sua atitude diante da
vida conseguirá ficar bem. Observe você mesmo e veja que coisas lhe deixam
mais seguro e de bem com a vida. Essa será sua principal terapia. Faça
também os exercícios do final do livro, eles lhe auxiliaram a encontrar um
novo equilíbrio.
Temos medo dos outros acharem que estamos loucos ou que não somos
normais, que somos histéricos, nervosos, enfim, que somos pessoas
perturbadas. Na maior parte das vezes o portador do pânico não sabe nem o
que tem. A maioria até acha que tem depressão ou algo extremamente grave.
E quando descobrem que seus sintomas têm um nome e que muitos outros
sofrem do mesmo distúrbio, sentem um profundo alívio, mas, mesmo assim,
ainda apresentam uma grande dificuldade em falar sobre o assunto com os
outros.
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Os amigos e familiares que acompanham o problema sofrem
igualmente por não saberem absolutamente o que fazer. Às vezes até
atrapalham, quando na tentativa de ajudar, ironizam ou brincam com a
situação. É por isso, que na maioria das vezes, o portador do distúrbio do
pânico prefere calar e sofrer sozinho com as crises!
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Isso gerou um forte preconceito que marcou muitas gerações e ainda está
presente nos atuais dias.
Fale, abra seu coração, seja o mais aberto que puder em relação aos
seus sentimentos e os sintomas do pânico. Verá como esses sintomas perderão
a intensidade. E, de repente, você poderá encontrar muitas outras pessoas
que sentem exatamente o que você sente, isso lhe deixará com uma enorme
sensação de normalidade!
3º - Uma massagem suave nos pés ajuda a relaxar, assim como uma xícara de
chá calmante. Procure deixar a pessoa bem a vontade e confiante de que tudo
está bem.
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4º - Seja compreensivo sem paternalismo. Compreenda que os sintomas do
seu familiar ou amigo, não são propositais. É muito difícil para ele controlar
as sensações e para que o compreenda melhor, imagine que você está perdido
no meio de uma selva a noite e sozinho. Qual seria sua reação se começasse a
ouvir ruídos de animais selvagens e não tivesse como se defender? De certo
seu coração ia disparar, começaria a suar, a respiração ia ficar rápida e as
pernas ficariam moles – pois é isso que a pessoa com pânico sente, só que sem
motivo aparente.
5º - Leia sobre o assunto e converse com a pessoa. Ela vai sentir-se mais
confiante se perceber que você se importa com seu problema.
6º - Algumas pessoas durante uma crise de pânico ficam por demais sensíveis.
Às vezes não desejam falar ou ser tocadas. Respeite essa reação, é um
mecanismo de defesa natural. Fique apenas por perto e só interfira se ela lhe
solicitar. Coloque uma música suave e lhe ofereça água ou chá.
8º - Mas, a regra principal é: não deboche nunca dos sintomas! Nunca diga
que é bobagem ou que ela já sentiu isso várias vezes e não morreu!
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MINHA HISTÓRIA....
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água com açúcar. E novamente, como num filme que se repete mil
vezes, tudo voltou, os sintomas de medo, de angústia, de desespero.
Desta vez, ao invés de meus pais era meu marido que corria
médicos e laboratórios em busca de uma explicação racional para tão
estranhos sintomas. As crises de medo eram tão violentas que fui
para um centro espírita, convencida de que só poderia ser uma
obsessão espiritual ou uma mediunidade desregulada! Passei a
estudar a doutrina espírita cheia de esperanças de curar minhas
crises. Fui parar numa mesa de desobsessão no centro espírita e
acabei pior. Os medos aumentaram, vivia andando pela casa como
zumbi, sem conseguir dormir. Os pensamentos que tomavam conta
da minha mente eram os mais negativos possíveis. Pensava em
desgraças com meu filho, meu marido, em acidentes terríveis comigo.
Tranquei a faculdade e passei a ter medo de sair sozinha de casa.
Foram meses de pavor e desespero. Finalmente comecei a fazer um
tratamento a base de homeopatia e passes espirituais num outro
centro espírita de cura. Melhorei bastante. Sabia que tinha uma
mediunidade descontrolada, mas não era hora de envolver-me.
Naquela época os centros ainda não tinham a visão da importância
da pessoa estudar a doutrina e o fenômeno mediúnico antes dela
iniciar-se numa sessão espírita. Assim, fiz apenas um tratamento
com passe e água fluidificada e apesar dos sintomas não terem
acabado totalmente, já me sentia em condições de retornar para a
vida. Nessa época também comecei a fazer psicoterapia e a pesquisar
sobre a medicina alternativa. Sempre gostei da área mística, desde a
adolescência lia revistas e livros sobre o assunto. Estudava o tarô e
era adepta da alimentação natural sem radicalismos.
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V. OS VÁRIOS TRATAMENTOS PARA
O DISTÚRBIO DO PÂNICO
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mas não desista jamais da tão sonhada vida normal. VOCÊ VAI
CONSEGUIR!
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sintomas levando a maioria a desistir do tratamento. Apresentam ainda
efeitos colaterais como calor exagerado, prisão de ventre, boca seca, etc.
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integração corpo-mente-emoções trará o equilíbrio em qualquer que seja o
processo de desarmonia da saúde.
TERAPIAS PSICOLÓGICAS
São terapias que investigam e tratam o sistema psíquico humano. O
instrumento usado na psicoterapia é a comunicação terapeuta x cliente que
pode ser verbal, não verbal ou os dois juntos.
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pessoa a desenvolver o distúrbio, sem no entanto, ficar buscando
indefinidamente a origem do problema.
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Atualmente, existe um pensamento comum de que as terapias
holísticas são complementares. Ou seja, complementam as práticas médicas e
terapêuticas já existentes, com muito sucesso. Portanto, no momento que você
se submete a um tratamento holístico não quer dizer que deva abandonar seu
médico ou psicólogo, pois você pode estar complementando e aprofundando
seu tratamento de maneira a obter uma cura mais rápida e total.
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TERAPIAS ENERGÉTICAS - Técnicas que utilizam a energia vital para
reequilibrar o organismo como um todo. As mãos são as principais
ferramentas de canalização dessa energia. Existem muitos tipos de
técnicas, as mais conhecidas são a Cura Prânica (canalização energética
direta para os chakras e corpos sutis através da visualização) e o Reiki
(sistema tibetano de cura através de toques suaves pelo corpo para
canalização de energia). Esta última técnica é muito simples e eficiente e
pode ser realizada por qualquer pessoa que tenha sido iniciada por um
mestre, mas não é um sistema religioso.
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as couraças, que se formaram devido a grande tensão emocional. Essas
couraças provocam desconforto e dificuldades até de respirar, portanto,
com as técnicas de relaxamento psico-musculares a pessoa aprende a lidar
com seu nível de tensão e como relaxar durante uma crise.
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costumam ter crises ao caminharem ao ar livre ou depois de comer),
Arsenicum (primordial para os que tem crise na cama, em torno da meio
noite e que são muito inquietos), Aurum Met. (para os que sentem
palpitações ou tem pavor de ataque cardíaco, têm fadiga pelo corpo e
ausência de sono), Bryonia (para os que sofrem crises antes da meia noite
e os medos giram em torno do futuro. A ansiedade concentra-se no meio do
peito e se sentem melhor ao ar livre, querem ficar sozinhos durante a crise)
Calcarea Carb. (remédio para os que são facilmente impressionáveis, que
vivem com medo de ficarem loucos e têm muitos medos em relação ao
futuro e a saúde. Sofrem crise com náuseas, palpitações e peso na cabeça),
Cânfora (utilizado quando a pessoa sofre perda de consciência durante as
crises, acompanhadas de prantos histéricos), Carbo Veg. (remédio para os
que têm tremores de ansiedade pela manhã ou quando se alimentam)
Chamomila (para aqueles muito intranqüilos, insatisfeitos com tudo e que
urinam freqüentemente por nervosismo), e por ai vai. São uma infinidade
de remédios e indicações para todo estado de ânimo mental, emocional e
físico. Porém, apesar de ter uma base naturalista, o remédio homeopata
deve se tomado sobre orientação profissional de um médico especializado,
já que cada medicação tem uma potencialização individual.
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reprogramação psíquica-emocional-espiritual, através do desbloqueio das
energias negativas tanto a nível dos chakras como dos corpos sutis,
utilizando-se técnicas diversas como a meditação visual, vivências
transpessoais de cura da criança interior, revisão biográfica, constelação
familiar e transgeracional, e canalização energética (ver o capítulo VI ).
76
MINHA HISTÓRIA....
“No final dos anos oitenta, meu pânico havia atingido limites
insuportáveis, as crises agora estavam muito próximas uma da outra,
e já fazia quase cinco anos que convivia com o pânico sem muitas
tréguas. Se antes eu passava algum tempo livre das crises, nesse
período eu estava tendo crises quase diariamente.
Parecia que à medida que eu ficava mais velha mais os
sintomas da síndrome me dominavam. Fazia psicoterapia e
tratamento homeopático, porque tinha verdadeira fobia a
medicação química, embora vez ou outra tomasse alguns
tranquilizantes. Nada parecia funcionar.
As vezes melhorava por uns dias e depois as crises
retornavam com outros sintomas. As vezes sentia tontura e
sensação de não estar na realidade física, doutras sentia aperto
no peito, ansiedade, boca seca e medo de algo ruim que não
sabia o que era.
Estava nesse verdadeiro inferno quando me dei conta de
algo que simplesmente nunca havia me passado pela cabeça: eu era
a única responsável por minha vida e por tudo que nela estivesse!
Até então me entregava passivamente nas mãos dos médicos,
psicólogos e terapeutas diversos, como se deles viessem toda a
sabedoria do mundo e minha salvação.
Vivia apática e desesperançada, uma entrega em vida à
espera do grande milagre: o dia em que seria normal e igual a
todo mundo! A percepção de que a cura estava em mim mesma,
veio depois de uma viagem ao Rio de Janeiro, onde havia ido
descansar e acompanhar meu marido a trabalho.
77
Foi um desastre total, passei quase quarenta dias trancada num
apartamento, com medo até de respirar. Às vezes me aventurava a ir
até a orla de Copacabana, então as pernas pesavam, o corpo
formigava e voltava para casa quase me arrastando. Era incrível
eu ter medo de uma cidade onde já havia morado anos antes!
78
Havia lido que, quando começasse a mexer na energia estagnada
do meu organismo, seria como uma lavagem de roupa - a princípio a
água sai muito suja. Foi assim comigo.
79
Por exemplo, os clientes faziam uma consulta e queriam retornar
semanalmente para trabalhar os problemas que foram
identificados com o tarô ou com o mapa numerológico,
e não adiantava mandá-los para psicólogos parceiros. Eles
queriam ficar comigo!
80
VI. INTEGRAÇÃO PSICOENERGÉTICA -
UMA NOVA ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Energia é toda força que põe algo em movimento. Falamos no início, que
tudo no universo vibra com essa força e que a matéria nada mais é que
energia congelada, lembra-se? Assim sendo, tudo no nosso universo conhecido
é entendido em termos de movimento, fluxo e mudança. Essas são as
dinâmicas da energia. Os místicos de praticamente todas as religiões e
escolas filosóficas sempre falaram, numa linguagem subjetiva, sobre uma
força energética desconhecida e sua influencia na formação do nosso mundo
externo e interno, mas só agora os cientistas começam a descobrir, através da
bomba atômica, a extensão dessa verdade.
81
nossas emoções diante do medo de perdermos algo e da dor que isso
representa, criamos bloqueios energéticos que mais tarde se transformarão
em doenças. A ilusão de que a vida é apenas manifestada no corpo físico e que
a realidade é somente aquela que podemos observar com nossos cinco
sentidos, representa a visão oriental de estarmos presos nas teias de
samsara. Isso cria muita ansiedade para nossa alma que se vê privada de
espaço no mundo material.
82
Literalmente, a sombra representa todas as coisas que jogamos fora
para parecermos uma pessoa adaptável e encontrarmos apoio, aceitação e
amor de todos à nossa volta. Geralmente, a energia da raiva, do medo, da
hostilidade e dos traumas que reprimimos no inconsciente porque não
conseguimos vivenciá-los no dia-a-dia (as sombras), ficam presas em outros
níveis da nossa consciência, provocando todos os tipos de conflitos
emocionais, pois as sombras vêm a luz sem o controle de repreensão
do Ego.
83
PSICOENERGIA - A FONTE DE TUDO
84
fundamentalização teórica enquanto processo terapêutico, para estudar e
tratar os fenômenos psicológicos, físicos e energéticos do ser humano, sem
limitar-se aos parâmetros da ciência oficial.
87
terapeuta facilitará essa abertura, já que o abandono dessas defesas provoca
muita dor emocional, sem a qual não haverá cura.
88
experiências para integra-las de modo consciente. Na terapia de Integração
utilizamos a regressão aliada a fantasia. A pessoa volta as situações do
passado e depois recria essas situações como gostaria que tivesse sido - isso
produz uma nova reorganização nos conteúdos emocionais da memória.
89
POSTURAS FÍSICAS INTEGRATIVAS - Toda emoção deixa marcas no
corpo, moldando nossa musculatura e provocando a chamada couraça
muscular. Nenhuma terapia que se proponha a ser holística pode negar um
trabalho integrativo corpo-mente. Assim, as posturas físicas de integração
são utilizadas na IPE como forma de se trabalhar o corpo, não apenas no
seu processo de relaxamento como também de transformação das emoções
que lhe moldaram. As posturas são adaptações livres da Hatha Yoga, da
Yoga Tibetana e do Chi-Kun (exercícios de origem chinesa), usadas para
melhorar o organismo como um todo e para fortalecer o corpo na busca da
integração pessoal.
90
onde o tarô e a numerologia são magníficos instrumentos no processo do
autoconhecimento.
91
O conhecimento das couraças do nosso corpo vai libertar-nos de
muito dos sintomas da tensão muscular. Por exemplo, uma forte sensação de
aperto no peito, muitas vezes tem a ver com uma grande tensão na área do
plexo que dificulta a respiração. Fazer alguns exercícios que liberte essa
região fará com que os sintomas melhorem consideravelmente. Conhecer as
partes do corpo que estão extremamente tensas é a maneira mais rápida de
curá-las e melhorar-se dos sintomas físicos, uma vez que esse conhecimento
propicia-nos também o aprendizado do relaxamento - uma das principais
técnicas utilizadas no tratamento do pânico.
92
personalidade. Entendermos nossos medos, anseios e desejos reprimidos, é
descobrir nossa real intenção diante da vida.
93
Para entrarmos em contato com as emoções reprimidas, usamos
algumas técnicas e exercícios específicos, tais como:
94
como de repente mudamos diante das muitas situações que a vida nos
oferece? É como se fossemos muitos num só corpo. E somos! Para cada
situação temos uma subpersonalidade que usamos: como irmão somos um,
como amigo somos outro, como marido ou esposa somos outro ainda mais
diferente.
95
identificação das metas e valores a serem atingidos é que descobrimos nossos
limites e potencialidades.
96
MINHA HISTÓRIA
Depois de quase dez anos do início do programa e estudos
sobre o processo psicoenergético do pânico, sinto-me ótima! Já viajei
para a Europa, enfrentando horas a fio dentro de um avião sem o
menor problema. Dei até força para meu marido que detesta avião!
Raramente sinto alguns dos sintomas do distúrbio, mas tenho a
consciência de que não posso deixar de fazer os exercícios ou de
observar o nível do meu estresse, para não correr o risco de ter novas
crises. Isso não me assusta.
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Evito comer carne vermelha, tomar café, refrigerantes ou qualquer
alimento que podem provocar ansiedade, mas sem radicalismo! Se
estiver em algum lugar que não "der para fugir" de alguns desses
alimentos, tudo bem, como com prazer. O importante é levar a vida
com alegria e leveza, tendo esperança e muita fé em Deus.
Você que está lendo esse livro e que também tem síndrome
do pânico, procure fazer o mesmo: descubra o seu caminho e
compartilhe com todos! Isso abrirá um importante canal de troca
curativa em torno do distúrbio do pânico.
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VII. EXERCÍCIOS PARA O EQUILÍBRIO INTERIOR
Resumindo. as doenças na visão da medicina holística são causadas pelos
bloqueios energéticos em todo o sistema sutil (corpos e chakras), que acabam
transformando-se em algo agudo ou crônico no organismo físico, mental ou
emocional.
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Mas antes dos exercícios físicos, vamos fazer uma auto-avaliação chamada
de Atualização Biográfica. São dez perguntas específicas para entender
nossa vida no passado, obtendo uma melhor visão de nós mesmos e da vida no
presente, para assim, idealizar planos futuros.
ATUALIZAÇÃO BIOGRÁFICA
1. Faça uma análise profunda dos seus pais (pai e mãe). Procurando
perceber como você os via, quando criança, e como os vê agora, como
adulto.
2. Feche seus olhos, e procure voltar ao passado quando você era uma
criança. Escreva todas as lembranças que vierem a sua mente, na
forma de imagens e sensações.
3. Faça uma análise da sua infância. Você foi uma criança feliz ou
infeliz? Como era a sua relação familiar na infância?
7. Analise sua vida atual. Como você definiria sua vida? Sente-se
realizado ou não? O que falta na sua vida para você se sentir feliz?
100
8. Descreva seus medos, observando quando eles começaram a aparecer
e qual a consequência na sua vida presente.
9. Novamente feche seus olhos, respire fundo e entre em contato com seu
pânico. Observe qual o papel dele na sua vida. O que você ganha
tendo pânico (fuja das respostas rápidas: “ah, mas não ganha nada, se
sofro tanto!”. Ninguém mantém nada na vida se não estiver ganhando
algo com isso, mesmo a que a nível inconsciente). Procure entender o
que você deixa de fazer por causa do pânico e como ele o protege da
vida, ou das coisas que você considera ruim.
10. Escreva cinco saídas razoáveis para você enfrentar seu pânico e dez
metas, para quando você se sentir curado, realizar na sua vida.
Procure manter esse caderno sempre perto, para você anotar os sonhos, os
dias das crises e como se sentiu, etc. Anote também suas vitórias e
como se sente fazendo os exercícios do livro.
Ou seja, para fazermos um bom programa de equilíbrio e controle do pânico
devemos nos conhecer e sermos objetivos e sinceros.
101
Para iniciar a série de exercícios do Programa de Controle e
Equilíbrio da Terapia de Integração Psicoenergética da Síndrome do Pânico,
é preciso primeiro escolher um lugar adequado onde possamos ficar à
vontade e não sermos interrompidos.
Se você não tiver esse lugar, seu quarto serve. Mas feche a porta
ou peça que não entrem enquanto faz os exercícios. Vista uma roupa
leve, de preferência de algodão (para deixar a energia circular
livremente. Roupa de material sintéticos retém a circulação natural da
energia). Coloque uma música relaxante e comece bem devagar,
tomando consciência de cada movimento do seu corpo, encontrando o seu
ritmo de acordo com sua saúde e idade.
A TÉCNICA
102
2. Deixe a cabeça tombar com suavidade para frente e depois leve-a para trás,
como se estivesse dizendo sim. O maxilar deve ficar bem relaxado, com a
boca ligeiramente entreaberta. Mova a cabeça bem devagar para frente e
para trás 06 vezes.
A TÉCNICA
A TÉCNICA
1. De pé, pernas separadas, joelhos semi-flexionados. Relaxe o corpo e
imagine-se como uma pequena árvore de caule fino que se enverga para os
lados, em dias de vento forte.
104
4. Coloque as mãos na cintura e gire suavemente o tronco para direita,
inspirando profundamente, prenda o ar. Volte a postura normal e solte o ar.
Vire então para a esquerda, respirando suave, prenda o ar. Volte para o
início e solte o ar. Repetir esses movimentos por 06 vezes.
105
4. Procure ficar nessa postura, visualizando essa imagem e respirando
suave, por no mínimo 05 minutos. Se as pernas tremerem um pouco,
não se preocupe - é a energia que está subindo!Cuidado apenas para
não tencionar o resto do corpo: ombros, braços e tronco.
A TÉCNICA
1. Sentado com as pernas cruzadas (postura da yoga), ou com as pernas
esticadas. Erguer os braços a cima da cabeça, respirando bem devagar. Unir
as mãos, sobre a cabeça, em prece. Prenda o ar, e deixe seu tronco e braços
caírem para frente. Solte o ar batendo com as mãos no chão suavemente. Fazer
esse movimento 04 vezes.
2. Ainda sentado, encolha as pernas tentando unir os solados dos pés.
Segure seus tornozelos, e comece a balançar as pernas como asas de borboleta
voando. Faça esse movimento por, no mínimo, 02 minutos.
3. Sentado, pernas unidas e esticadas para frente. Feche os olhos, respire
suave e una suas mãos na altura do peito, na postura de prece. Comece a fazer
movimentos circulatórios com as mãos (ainda na forma de prece), sobre o
peito, massageando suavemente seu timo - glândula importante para
o sistema imunológico do corpo e o chakra cardíaco. Então, deixe as
mãos caírem com suavidade sobre as pernas, e vá lentamente inclinado-se
para frente, arrastando as mãos em direção aos pés, procurando tocá-los.
Depois, suba o tronco novamente, arrastando as mãos sem retirá-las do
contato direto com o corpo, pelas coxas, quadris, peito, pescoço, face, como se
você estivesse acariciando sua pele. Quando chegar ao peito, cruze os
braços para poder acariciá-los também. Encontre as mãos sobre a cabeça,
unido-as na postura de prece. Então, traga-as de volta para o peito e repita a
mesma sequência por até 04 vezes.
4. E para finalizar, uma massagem suave e vigorosa: comece a passar óleo de
lavanda, ou outro que você quiser, por todo seu corpo com movimentos
circulantes. Comece pelas pernas, uma de cada vez, iniciando pelos pés,
massageando dedos, calcanhares. Vá subindo e apertando suavemente a
perna, como uma das mãos na parte externa e a outra na parte interna, até a
parte alta da coxa. Então massageie os braços, o pescoço e os ombros.
Finalmente, massageie a barriga e o peito. Termine, dando pequenas
batidinhas com o punho fechado (mãos fechadas e bem moles) por todo o
corpo, para ativar a circulação.
106
Variações mais simples dos Exercícios
Queixo ao peito
Queixo ao peito é um alongamento
Rotação do pescoço simples que ajuda a aliviar a dor e a libertar
A rotação do pescoço pode ser um exercício
a rigidez dos músculos do pescoço e ombros.
simples para alongar os músculos do pescoço e
à sua volta.
1. Comece por colocar-se
1.Comece colocando a cabeça em pé e direito, a olhar
reta e olhando para frente. para frente e com os seus
ombros direitos.
2. Devagar vire a
cabeça para a 2. Enquanto mantém as
esquerda e depois costas direitas, deixe oqueixo
para a direita. cair em direção ao peito até
começar a sentir uma
sensação de alongamento na
parte de trás do pescoço.
3. Aguente esta posição
durante 10 a 15 segundos.
3. Rode lentamente a cabeça, 4. Relaxe o pescoço e
primeiro olhando para cima e
volte à posição inicial,
depois para baixo.
4. Rodar para esquerda e olhando para a frente.
depois, para a direita, 5 vezes. 5. Repita este alongamento
duas vezes.
107
Exercício: Borboleta
Alongamento da cervical
Atenção: caso tenha algum problema na coluna, consulte sempre o seu médico
antes de começar um programa de exercícios. Lembre-se de parar se programa de
exercícios. Lembre-se de parar se estiver a sentir qualquer dor.
II. EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO EMOCIONAL (respiração)
108
O ato de respirar envolve ainda os músculos da caixa torácica e do
diafragma, uma camada de músculos perto da cavidade abdominal. Durante o
processo de inalação do ar, o diafragma move-se para baixo, deixando espaço
para os pulmões expandirem-se. Isso produz um relaxamento na musculatura
do abdômen que o projeta para fora, é a chamada respiração baixa.
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1. RESPIRAÇÃO DE PURIFICAÇÃO
A TÉCNICA
2. Reter vazio ( não respirar), contando até 04. Inspirar novamente e repetir a
sequência 04 vezes.
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3. RESPIRAÇÃO DE AUTOCONTROLE DAS EMOÇÕES
A TÉCNICA
4. RESPIRAÇÃO DE ENERGIZAÇÃO
A TÉCNICA
2. Reter o ar nos pulmões contando até 04, e imaginando todo seu o corpo
ficando dourado.
111
3. Soltar o ar, suavemente, imaginando que ele sai na forma de uma fumaça
escura, carregando todas as impurezas do seu interior ( magoas, medo,
raiva, dores, tristezas). Fazer a respiração por no mínimo 03 minutos.
5. RESPIRAÇÃO DE RELAXAMENTO
A TÉCNICA
4. Expirar o ar pela boca aberta e relaxar todo o corpo, ao mesmo tempo. Fazer
05 respirações.
112
experiências dos sentimentos, idéias intelectuais, memórias, sonhos,
emoções).
113
1. VISUALIZAÇÃO DE CURA DO MEDO
A TÉCNICA
114
5. Faça uma fogueira. Corte o monstro em pedaços e jogue-os na fogueira. Veja
o fogo destruir para sempre o terrível monstro que tanto lhe atormentou a
vida. Sinta-se livre e vitorioso. Faça uma prece pelo monstro. Abra os olhos.
A TÉCNICA
Esse lugar será seu refúgio interior, para onde você poderá ir quando
desejar sentir-se seguro e em paz. Para isso, basta fechar os olhos, relaxar o
corpo e deixar a imaginação solta. Essa visualização é ótima para fazer-se
quando sentir a proximidade de uma crise. Tente refugiar-se no seu lugar até
se sentir mais seguro. Geralmente uso essa visualização em conjunto com a
115
Curando o Medo, vou para meu lugar de paz e luto com meu monstro do medo
lá, pois me sinto mais segura.
A TÉCNICA
2. Imagine que esse círculo é invadido por uma nuvem de luz rosa, que lhe
cobre por inteiro. Sinta que essa nuvem de luz começa a limpa-lhe todas as
energias negativas: as mágoas, as raivas, os medos, as angústias. A luz vai
absorvendo tudo de negativo que estiver na sua aura.
3. Então, veja e sinta um outro ponto de luz dourado, agora no centro do seu
peito - na altura do chakra cardíaco. O ponto de luz pulsa de acordo com as
batidas do seu coração. Comece a dizer para si mesmo, mentalmente: Eu
sou amoroso(a) e nutridor(a) - várias vezes, até começar a ver ou sentir
que o ponto de luz começa a transforma-se num botão de rosa dourada, bem
no centro do seu peito. E quanto mais você repete a frase, mais forte fica a
imagem da rosa, que começa a se abrir lentamente, pétala por pétala, até
transforma-se numa linda rosa aberta e radiante. Continue repetindo a
frase, e veja um raio de luz forte que sai do centro da rosa e projeta-se para
frente, iluminando totalmente seu caminho na vida.
4. Volte sua atenção novamente para a nuvem rosa que cobre seu corpo, dentro
do círculo de proteção. Sinta que a nuvem começa a sair lentamente,
116
levando com ela todas as negatividades da sua vida, do seu corpo, das suas
emoções.
Uma sugestão: grave os exercícios numa fita para você sentir-se mais
à vontade. Ou então, peça as fitas gravadas com minha voz (endereço e
telefone no final do livro), você vai sentir-se muito mais motivado para
realizar os exercícios.
117
VIII. DIFERENÇAS ENTRE OS SINTOMAS DO PÂNCICO
E OUTROS DITÚRBIOS
118
- Ataque de Pânico (Síndrome do Pânico): caracteriza-se por uma crise
súbita com os seguintes sintomas: apreensão, medo intenso ou terrores,
acompanhados habitualmente de sensação de morte iminente. Aparecem também
durante estes ataques, sintomas como palpitações, opressão ou mal-estar torácico,
sensação de sufocamento, medo de perder o controle, de ficar louco. Essas crises
devem acontecer sem nenhum motivo aparente, de uma a mais vezes na semana
para ser diagnosticado com Síndrome do Pânico. Outro detalhe, a pessoa pode ter
crises durante o sono, e acordar com as sensações características. Esse distúrbio
geralmente virá acompanhado de algumas fobias, mas a causa primária não será as
mesmas.
- Agorafobia: uma fobia que se caracteriza pelo aparecimento de grande
ansiedade que leva ao comportamento de evitação dos lugares e situações de onde
seja difícil ou complicado escapar, ou de onde seja impossível conseguir ajuda no
caso de se passar mal. A grande maioria dos portadores do pânico tem essa fobia. -
Fobia específica: é representada pela presença da ansiedade aguda, em resposta à
exposição a determinadas situações e/ou objetos específicos temidos
irracionalmente, que geram comportamentos de evitação e fuga.
- Fobia social: profunda ansiedade como resposta a situações sociais ou públicas,
que também se manifesta com comportamentos de evitação.
- Transtorno obsessivo-compulsivo: obsessões que causam a ansiedade crônica
e mal estar significativos, onde gestos ou ações compulsivas são usados com o
propósito de neutralizar essa ansiedade. As obsessões caracterizam-se por idéias
involuntárias, recorrentes, persistentes, absurdas e geralmente muito
desagradáveis que aparecem com grande freqüência sem que a pessoa tenha como
evitá-las. As compulsões são ainda representadas por comportamentos repetitivos
e litúrgicos que se realizam em forma de rituais específicos.
- Transtorno por estresse pós-traumático: caracteriza-se pela recorrência de
experiências ou de acontecimentos altamente traumáticos de natureza diversa, que
gera comportamento de evitação aos estímulos estressantes ou relacionados com a
situação vivida como traumática.
119
- Transtorno por estresse agudo: sintomas parecidos com o transtorno por
estresse pós-traumático que aparecem imediatamente depois de um
acontecimento altamente traumático, e que podem gerar crises de pânico
momentâneas, que desaparecem logo que o organismo volte ao estado natural.
- Transtorno de ansiedade generalizada: caracteriza-se pela presença da
ansiedade e estado de preocupações excessivas e persistentes com duração de
pelo menos seis meses.
- Transtorno de ansiedade devido à enfermidade médica geral: caracteriza-se por
sintomas agudos de ansiedade como efeitos secundários dos sintomas
fisiológicos de uma enfermidade, geralmente em pessoas que também tem fobias
as doenças.
- Transtorno de ansiedade induzido por sustâncias: são sintomas de ansiedade
vidas como efeitos fisiológicos da ingestão de uma droga, fármaco ou tóxico.
Tanto pode ser devido efeito secundário da substância como efeito psicológico.
- Transtorno de ansiedade no especificado: termo para encaixar os transtornos
que se caracterizam por ansiedade ou evitação fóbica proeminentes, mas que não
reúnem os critérios diagnósticos dos transtornos de ansiedade já mencionados.
120
2. - O segundo fator, é uma tendência a reação fisiológica intensa e crônica diante de
emoções como a ansiedade, o medo ou raiva. Portanto, observamos que para
desenvolvermos transtornos ligados a ansiedade crônica, temos que ter fatores
predominantemente tanto a nível fisiológico como da personalidade.
As pesquisas sobre as características do perfil de resposta de pessoas com diferentes
transtornos psico-emocionais-fisiológicos ou psicossomáticos, como a hipertensão
arterial, a asma, a úlcera digestiva, as dores de cabeça tipo enxaquecas ou vários tipos de
dermatites, como também a Síndrome do Pânico, indicam que tais pessoas costumam ter
níveis mais altos de ansiedade do que outras pessoas da mesma idade e sexo.
Ou seja, a mesma emoção reativa pode se apresentar com características internas ou
externas diversas de acordo com a capacidade de controle e percepção da pessoa. As
pessoas com hipertensão, por exemplo, têm níveis internos de raiva acumulada ou não
expressas, maiores do que as outras pessoas sem hipertensão. Já os que desenvolvem
asma, podem apresentar níveis maiores de raiva externa. A raiva, neste caso, ajudaria a
manter níveis altos de ativação fisiológica. E as que desenvolvem a Síndrome do Pânico?
São pessoas com tendência repressiva de suas emoções reativas, e não costumam ter
consciência da sua alta sensibilidade e ativação fisiológica, mesmo que se percebam com
alto grau de ansiedade. Esta alta e continua ativação fisiológica é um fator importante no
desenvolvimento dos sintomas dos transtornos de ansiedade.
Embora as emoções sejam reações naturais com finalidade adaptativa, quando em
demasiada intensidade ou freqüentes, podem provocar alterações patológicas na saúde
como os sintomas psicossomáticos ou os psico-emocionais como no caso do pânico. Mas
existe um fenômeno interessante no caso da S. do Pânico, a maioria dos portadores não
desenvolvem patologias graves. Ao que parece, as crises agem como um fator de
organização interna no que se refere a circulação energética das emoções, aliviando a
carga do sistema.
Nosso Sistema Límbico tem a função avaliadora dos fatos e eventos da vida, nos
dando consciência do tipo de emoção que está se desenvolvendo no nosso interior. Esse
processo de avaliação depende de vários elementos, como a nossa personalidade, a
memória das experiências, as circunstâncias atuais e o tipo de cultura que vivemos.
121
É devido a esses aspectos que cada situação vivida é interpretada de maneira diferente de
pessoa a pessoa. Geralmente avaliamos à natureza do evento e sua possível ameaça, e a
escolha ou decisão da melhor maneira de enfrentamento de acordo com nossas memórias
emocionais.
Nos anos noventa, alguns clientes chegavam ao meu consultório relatando que o
psiquiatra havia diagnosticado que eles estavam com síndrome do pânico. No
entanto, quando eu perguntava se os sintomas batiam com os sintomas clássicos do
pânico, percebia que na verdade eles estavam era com depressão!
Era a tal história do modismo. Qualquer sintoma que deixassem alguém ansioso
era logo denominado pânico. E qual é o diferencial da depressão e o Síndrome do
Pânico? Às vezes é meio difícil mesmo fazer um diagnóstico diferencial. É claro
que algumas pessoas podem apresentar depressão associada ao pânico, porém,
existem algumas diferenças básicas.
122
A primeira está no próprio estado energético. O Pânico tem uma frequência yang (forte),
como o fogo, caracterizado pela ansiedade mórbida, estado de inquietação e medo
crônico. O estado de tristeza se caracteriza pela situação de falta de paz interior e provoca
forte baixar da excitação emocional, como veremos a seguir.
A depressão clássica tem muitas caras, o que dificulta sua interpretação. Existem
muitos tipos de depressão, a reativa, psicótica, neurótica, mascarada, fóbicas, bipolar,
etc.. A depressão é uma condição humana, sendo energeticamente yin (fria). Ainda não
existe definição final, classificação adequada ou explicação sobre as causas, isso gerar
uma série de confusões na cabeça de qualquer terapeuta, psicólogo ou psiquiatra.
Por isso algumas considerações precisam ser feitas sobre a depressão em pessoas que
desenvolvem o Pânico, que surge como resultante da baixa auto-estima, auto-
desvalorização e problemas gerado pelo medo com o meio familiar e social. Porém, há
outros fatores a serem considerados.
123
Costumo explica esse processo aos meus clientes, da seguinte maneira: imagine um
cachorro molhado tentando se livrar da água no seu pêlo. Ele vai sacudir-se todo até ficar
seco novamente. Pois o mesmo acontece com o corpo em estado de superexcitação, ele
vai tentar livrar-se do estado de estresse que pode ameaçar a vida, criando sintomas que
obrigam a energia a baixar, mesmo que pareça no momento que vamos explodir com as
sensações desagradáveis. A depressão pós-crise, que diminuir a energia através da
redução da própria vitalidade, é outra maneira de auto-proteção da homeostase do corpo.
A pessoa deprimida, sem apresentar antes os sintomas do pânico, também limita seu
nível de energia para organiza seus pensamentos e sentimentos. Esta pessoa também
necessita se reorganizar. Acredito que nenhum estado, mesmo que mórbido é negativo se
levarmos em conta a doença como tentativa de reequilíbrio orgânico. A depressão
geralmente é um estado de profunda frustração e raiva diante da vida. É como um fogo
que consome as entranhas, e certas pessoas não toleram essa excitação passando a
deprimir-se para não morrer, mesmo que muitos deprimidos mostrem essa vontade. Para
voltar a normalidade, é necessária uma reorganização que traga integração interior a nível
corporal, emocional e psíquica.
124
TRABALHANDO TERAPEUTICAMENTE
No processo de desenvolvimento dos sintomas da Síndrome do Pânico, a influência
da genética parece ser uma teoria incontestável. Essa influência interfere também no seu
meio ambiente desde a infância, determinando sua formação. Um trabalho que possa
mapear antepassados, histórico familiar e da infância é fundamental em qualquer terapia
de apoio ao distúrbio do pânico.
A prática terapêutica tem mostrado que grande parte das manifestações somáticas
que encontramos no pânico pode ter como origem uma forma de expressão que não
conseguimos mostrar claramente a nível consciente. Na primeira infância aprendemos a
falar e defender nosso corpo, buscando atenção e cuidados que necessitamos. E é com o
corpo que expressamos nossos desejos, necessidades e fantasias, é com o corpo que
também enfrentamos as situações estressantes da vida, então nada mais claro do que
sentir no corpo nossas repressões psíquico-emocionais.
A utilização do corpo como forma de autopunição representa uma reação de defesa do
inconsciente ao estresse interior gerado por algum conflito íntimo nãoelaborado. Vamos
encontrar no distúrbio do pânico um componente de pulsão de morte, conceito descrito
por Freud, que dizia ser a pulsão “um conceito situado entre a fronteira do mental e do
somático”. No processo de pulsão de morte encontramos um grau de sadismo-
masoquista que nos lança a uma busca destrutiva.
125
IX. ÚLTIMAS PALAVRAS ...
O que dizer agora depois de tudo que já foi escrito? Não sei... talvez desejar a
todas às pessoas portadoras do distúrbio do pânico que tenham muita força de vontade e
amor por si mesma, para lutar bravamente pelo equilíbrio interior. A vida vale a pena!
Não nascemos nesse planeta tão bonito e tão inseguro, a troco de nada. Acredito
que nascemos com o propósito de evolução e crescimento pessoal. Nossa alma necessita
de experiências para voltar ao seio do Grande Pai e da Grande Mãe, mais madura e
aprimorada. Assim, tudo que passamos, nada mais é do que situações criadas para que
possamos resolvê-las, como se a vida fosse um jogo de quebra-cabeça. Mas não percam a
calma se o jogo estiver difícil de ser entendido ou encaixado. Respire fundo, acalme a
mente e comece tudo de novo.
Quando escrevi este livro, pensei em algo que pudesse explicar e ajudar a
entender esse distúrbio de maneira simples. Porém, a medida que ia escrevendo fui
percebendo a complexidade do tema e da síndrome do pânico. Uma coisa é sentir-se o
distúrbio, outra é escrever sobre o assunto. Mas sou muito teimosa e continue a escrever,
na esperança de que o livro trouxesse esclarecimentos e esperança a todos que o leia e
nele encontre-se.
Não pensem que escrevi um manual da verdade absoluta sobre o pânico. Sou
adepta da filosofia budista que manda que desconfiemos de tudo que os nossos cinco
sentidos observam. A verdade é sempre camuflada e só existe no mundo interno de cada
um. Eu descobri a minha verdade, no que diz respeito a síndrome do pânico. Descubra a
sua. E se o livro for um ponto de partida para ajudar-lhe a descobrir essa verdade ou
caminho, terei cumprido minha missão e estarei muito feliz.
Esse livro foi escrito para você. Leia, releia, critique, elogie, faça como desejar,
mas não desista de ser feliz! De conquistar seu espaço no seu mundo interior, através do
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amor próprio, da realização e do amor por todos ao seu redor. Somente o amor importa. É
esse sentimento, atualmente tão banalizado e em descrédito, que move o universo. Todos
somos famintos de amor e atenção; não tenha vergonha de amar e de pedir para ser
amado.
Mas lembre-se, é o amor por você mesmo o ponto inicial de tudo. Você só poderá
amar o outro se amar a si mesmo em primeiro lugar, porque é a tal da velha frase: só
damos o que temos no nosso interior.
Que o Grande Deus Pai e Mãe, que habita o nosso ser imortal, possa orientar-lhe e
lhe guiar para sempre.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
128
Woolger, Roger J. - AS VÁRIAS VIDAS DA ALMA - Ed. Pensamento.
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SOBRE A AUTORA - ISA MAGALHÃES
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