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CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO (TIC) NAS ORGANIZAÇÕES
ESTUDO DE CASO DA EMPRESA KANJAYA, LDA

Trabalho de Conclusão do Curso


Apresentado por Evandro José Coelho do Amaral, no ano de 2017
CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO (TIC) NAS ORGANIZAÇÕES
ESTUDO DE CASO DA EMPRESA KANJAYA, LDA

Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção do grau de Licenciado em Administração


Pública, sob orientação do Professor Mestre Luís Adão Gonfulo.

LUANDA, 2017
APROVADO

O JÚRI DE AVALIAÇÃO:

Presidente:
Prof. Dra. Rosa Amélia João Melo

_________________________________

Primeiro Vogal
Prof. Dr. Ernesto Guimarães

_________________________________

Segundo Vogal
Prof. Dr. Luís Adão Gonfulo

_________________________________

Luanda, 26 de Janeiro 2018.


Dedico este trabalho à Deus e aos meus pais

Dr. Manuel Fernandes Coelho do Amaral e Sra. Cândida José do Amaral

i
AGRADECIMENTOS

Os meus agradecimentos profundos vão à Deus Criador do Céu, da Terra do Mar e de


todo Universo e sua existência.

Agradeço de forma especial o meu pai Dr. Manuel Fernandes Coelho do Amaral, pela
dedicação e perseverança e a minha mãe Sra. Cândida do Amaral, que sempre me deu muita
coragem para chegar até o fim do curso. Deus muito obrigado por me dar a oportunidade de
conhecer todos os meus amigos e companheiros, por último as pessoas que me ajudaram quando
eu estava muito embaixo, Professor Helder Afonso, Mbiavanga Alberto, Bernardo Firmino e o
Londa Belta, muito obrigado a todos os meus.

Quero agradecer particularmente, pelo esforço, dedicação e entrega durante a fase de


projecção, pesquisa e elaboração deste trabalho de conclusão de curso, ao Professor Dr. Luís
Adão Gonfulo.

Aos meus familiares, amigos e professores por terem dado toda força para terminar o
ensino superior, agradeço imenso pelos vossos esforços.

Quero agradecer os meus Tios Francisco Amaral, Alberto da Silva. Aos meus irmãos
Edson, António, Cláudio, Ricardo e Anabela, também aos meus primos Aníbal, Carolina,
Lorena, Jóia, Debora, Alcina, Nair, Dito, Marlene e aos meus sobrinhos Lidiane, Cândida,
Hélvio, Layana
Amigos: António Mira, Jacinto Quindala, Dario Correia, Mbiavanga Alberto, Eng. José
Lopes, Dr. Cristóvão Cassule, Helder Sacanama, Dieudonne Pascal, Leandro Andrade, Yaya
Coulibaly, Omar Jobral José Almeida, Mario Pitra, Fabio Soares, Eng. Domingos J. Almeida e
Bernardino Chissola.

Professores: Eng. Luís Ventura, Prof. Luís Barros, Prof. Diakondua Ranço, Eng.
Bartolomeu Fernandes, Prof. Ngury, Prof. Nelson Albino, Prof. Luis Gonfulo, Prof. Ernesto
Guimarães, Prof. António Muembanza, Eng. Adão Pedro, Prof. Abdulay Pinto, com muito
carinho e admiração.

ii
“Quando existe avanço tecnológico sem avanço
social surge, quase automaticamente, um aumento
da miséria humana”

(Michael Harrington, sociólogo Americano)

iii
RESUMO

O intuito deste trabalho, tem como objectivo, conhecer como as organizações angolanas usam
as tecnologias de informação e comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da
gestão. Norteado pelo requisito da norma da APA – 6º edição. No primeiro período, foi
apresentado o objectivo geral e específico, as variáveis, hipóteses, delimitação do trabalho, foi
exposta a justificativa à escolha do tema, que dá-se ao facto do sector das tecnologias de
informação e comunicação ser um sector emergente na República de Angola. Em seguida, foi
apresentada a empresa Kanjaya, Lda, que é o objecto do estudo. Onde o resultado esperado:
permitiu verificar como as organizações angolanas usam as tecnologias de informação e
comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da gestão.

Palavras-chave: Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Gestão e Angola.

iv
ABSTRACT

The objective of this work is to know how Angolan organizations use information and
communication technologies (ICT) as a tool for improving management. Guided by the
requirement of the APA standard - 6th edition. In the first period, it was presented the general
and specific objective, variables, hypotheses, delimitation of work, was exposed the
justification to the choice of the subject, which gives to the fact that the information and
communication technology sector is an emerging sector in the Republic Of Angola. Then the
company Kanjaya, Lda, was presented, which is the object of the study. Where the expected
result: allowed to verify how the Angolan organizations use information and communication
technologies (ICT), as a tool for the improvement of the management.

Key words: Information and Communication Technology (ICT), Management and Angola.

v
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL E TEÓRICO .............................. 4

1.1.Definição de Conceitos ........................................................................................................ 4

1.1.1.Tecnologia de Informação e Comunicação ................................................................... 4

1.1.2. Organização .................................................................................................................. 5

1.2. Fundamentação Teórica ...................................................................................................... 6

1.2.1.Teoria Tecnológica ........................................................................................................ 6

1.2.2.Teoria Organizacional ................................................................................................... 8

1.2.3-Teoria Contingencial ..................................................................................................... 9

1.3.Tecnologia de Informação e Comunicação em Angola ..................................................... 11

1.3.1.Sistema de Tecnologia em Angola .............................................................................. 16

1.3.2. Enquadramento Legal sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação em Angola


.............................................................................................................................................. 17

1.3.3. Órgão de Regulamentação, Inspecção e Serviços das Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC) em Angola ........................................................................................... 20

1.4.As Micro Empresas Angolanas e as Tecnologias de Informação e Comunicação ............ 38

1.4.1.Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e como Ferramenta de


Gestão nas Empresas ............................................................................................................ 40

CAPÍTULO II – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ........................................... 42

2.1.Tipo de abordagem ............................................................................................................. 42

2.2.Método de Pesquisa ............................................................................................................ 43

2.2.1. Método Indutivo ......................................................................................................... 43

2.2.2. Método Estudo de Caso .............................................................................................. 43

2.3.Técnicas de Recolha de Dados ........................................................................................... 44

vi
2.3.1.Pesquisa Bibliográfica ................................................................................................. 44

2.3.2.Pesquisa Documental ................................................................................................... 44

2.3.3.Observação Directa e Indirecta.................................................................................... 46

2.3.4.Observação Participante .............................................................................................. 46

2.3.5.Entrevista Estruturada.................................................................................................. 46

2.3.6. Questionário................................................................................................................ 46

2.4.Técnicas para a Análise dos Dados Recolhidos ................................................................. 47

2.5.Caracterização da Amostra e do Tipo de Amostragem Utilizado na sua Constituição...... 47

2.6. Caracterização da População Alvo .................................................................................... 48

2.7. Caracterização da Unidade de Análise .............................................................................. 48

2.8.Procedimentos de Pesquisa ................................................................................................ 50

2.9.Limitações Encontradas Durante a Pesquisa ...................................................................... 50

CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS


RECOLHIDOS ....................................................................................................................... 52

3.1. Análise dos Questionários Aplicados aos Colaboradores ................................................. 52

3.2. Discussão dos Resultados.................................................................................................. 62

3.2.1. Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ............................. 62

3.2.2.Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Como Ferramenta para o


Melhoramento da Gestão ...................................................................................................... 64

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 66

RECOMENDAÇÕES .............................................................................................................. 67

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 70

ANEXOS .................................................................................................................................. 75

vii
ÍNDICE DE TABELAS E GRÁFICOS

Tabela nº 1– Funções dos Colaboradores................................................................................. 53


Tabela nº 2 – Tempo de Serviço .............................................................................................. 54
Tabela nº 3 – Idade dos Colaboradores .................................................................................... 55
Tabela nº 4 – Género dos Colaboradores ................................................................................. 56
Tabela nº 5 – Nível de Ensino .................................................................................................. 57
Tabela nº 6 – Formação Ligada as TIC´S ................................................................................ 58
Tabela nº 7 – Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ........................ 59
Tabela nº 8 – Ferramentas que Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar os seus
colaboradores ........................................................................................................................... 60
Tabela nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda ............................................................ 61

Gráfico nº 1 – Funções dos Colaboradores .............................................................................. 53


Gráfico nº 2 – Tempo de Serviço ............................................................................................. 54
Gráfico nº 3 – Idade dos Colaboradores ................................................................................... 55
Gráfico nº 4 – Género dos Colaboradores ................................................................................ 56
Gráfico nº 5 – Nível de Ensino ................................................................................................. 57
Gráfico nº 6 – Formação Ligada as TIC´S ............................................................................... 58
Gráfico nº 7 – Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ...................... 59
Gráfico nº 8 – Ferramentas que Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar os seus
colaboradores ........................................................................................................................... 60
Gráfico nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda .......................................................... 61

viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APA – American Psychological Association

BAI – Banco Africano de Investimento

BNA – Banco Nacional de Angola

CIS – Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais

CNTI – Centro Nacional das Tecnologias de Informação

ENAD – Escola Nacional de Administração

FADCOM - Regulamento Do Fundo De Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações

INACOM - Instituto Angolano das Comunicações

INAPEM - Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas

ISUTIC - Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação

MC – Micro empresas

MINCT – Ministério da Ciência e Tecnologia

MPME – Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas

MTTI – Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação

PAGE – Plano de Acção para a Governação Electrónica

PASI – Plano de Acção para a Sociedade de Informação

REMA - Rede de Mediatecas de Angola

SIAC - Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão

TI – Tecnologia de Informação

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação

ix
INTRODUÇÃO

O Presente trabalho aborda a utilização das tecnologias de informação e comunicação


(TIC) nas organizações sendo um estudo de caso da empresa Kanjaya, Lda. Com a finalidade
de conhecer como as organizações angolanas usam as tecnologias de informação e comunicação
(TIC), como ferramenta para o melhoramento da gestão. Temos acompanhado como esse sector
tem vindo a desenvolver muitos países, quer desenvolvidos e em via de desenvolvimento.

Nos dias de hoje, abriu-se mão a um sector da economia, o 4º sector da economia que é
precisamente das TIC´S. Que também é uma das fontes de rendimento de vários países, porque
essas tecnologias podem ser exportadas para aqueles países que não a possuem. E este sector é
dinâmico, as tecnologias de séculos passados, nos dias actuais foram actualizadas, inovadas.
“Com isso entende-se que a preparação das novas gerações para a plena inserção na sociedade
moderna não pode ser feita usando os quadros culturais e os instrumentos tecnológicos do
passado”, (Ponte, 1993, p. 56).

Actualmente a tecnologia está presente em todos os sectores da sociedade, é um


componente social importante na vida moderna. E sem utilização das TIC´S, podemos dizer
que estaríamos a nos comparar na época da idade da pedra, porque “o uso da tecnologia está
além do ‘fazer melhor’, ‘fazer mais rápido’, trata-se de um ‘fazer diferente”, (Rolkouski, 2011,
p. 102).

A difusão das aplicações da tecnologia da informação e comunicação e sua


popularização, a partir da última década, foi amplamente acelerada com a grande redução dos
preços dos computadores e também de sua associação com os meios de comunicação. Esta
integração favorecida pela internet e os serviços que esta oferece, possibilita, através da queda
das barreiras geográficas, o acesso às informações que circulam em todo o planeta, onde por
sua vez, as empresas estão cada vez mais dependentes das tecnologias da informação e
comunicação (TIC). Para que elas mantenham-se competitivas, precisa-se utilizar ao máximo
suas competências e disponibilidades tecnológicas.

Problema de estudo: Temos visto que as organizações a nível mundial, têm por
frequência utilizar as tecnologias de informação e comunicação (TIC), pelo seu grande avanço.
Daí o interesse em realizar-se este estudo para melhor compreendermos como a empresa

1
Kanjaya, Lda utiliza na maior parte das vezes as tecnologias de informação e comunicação
(TIC), e darmos subsídios para a melhoria deste serviço.

Para o desenvolvimento deste trabalho começamos com a seguinte pergunta de partida:


De que forma a empresa Kanjaya, Lda tem feito o uso das tecnologias de informação e
comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da sua gestão?

Variável independente: utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC).

Variável dependente: O melhoramento da organização no que toca à eficiência e


eficácia.

Tendo em consideração a pergunta de partida, nos propusemos a formular os seguintes


objectivos que servirão de bússola para a consolidação:

Objectivo geral - Conhecer como as organizações angolanas usam as tecnologias de


informação e comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da gestão, estudo de
caso empresa Kanjaya, Lda.

Objectivos específicos - Identificar como as organizações angolanas usam as


tecnologias de informação e comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da
gestão, estudo de caso empresa Kanjaya, Lda;

Verificar como as organizações angolanas usam as tecnologias de informação e


comunicação (TIC), como ferramenta para o melhoramento da gestão, estudo de caso empresa
Kanjaya, Lda;

Para a justificativa à escolha do tema, tendo em conta que o sector das tecnologias de
informação e comunicação é um sector emergente na República de Angola, que perante o
crescimento encontrado, verificou-se igualmente que este sector é importante no que diz
respeito ao desenvolvimento sustentável e ao bem-estar da nossa população, permitindo
igualmente um acesso mais democrático à informação e ao conhecimento, essencial nas
sociedades modernas e no mundo global em que hoje vivemos.

As organizações angolanas acompanham o mundo globalizante através das tecnologias


de informação e comunicação (TIC), mas nem todas as TIC´S estão disponíveis.

O estudo delimitou-se na realização de um inquérito aos colaboradores da Empresa do


estudo de caso empresa Kanjaya, Lda, localizado no Bairro Popular, na Rua Viçosa, nº 97 –
2
Kilamba Kiaxi, através da aplicação de um questionário para a recolha de dados e dessa forma
podermos perceber melhor se têm utlizado as tecnologias de informação e comunicação (TIC),
para melhorar na produtividade da organização. Para o desenvolvimento deste trabalho,
formulamos a seguinte hipótese:

H1- Empresa Kanjaya, Lda; usam as tecnologias de informação e comunicação (TIC),


logo, como ferramenta para o melhoramento da gestão no que toca à Eficiência e Eficácia.
H2- Empresa Kanjaya, Lda; não usam as tecnologias de informação e comunicação
(TIC), logo, não tem o melhoramento da gestão no que toca à Eficiência e Eficácia.

Para a Estrutura da Pesquisa, para além da parte introdutória onde apresentamos a


formulação do problema, variáveis e os objectivos que se pretendem alcançar, este trabalho
conta com três capítulos, a saber:

No primeiro capítulo, fazemos o enquadramento conceptual e teórico, definindo os


principais conceitos do tema em estudo e principais teorias. Trazendo legislação, órgãos de
regulação e inspecção. Por outro lado, fez-se uma breve abordagem sobre tecnologia de
informação e comunicação em Angola, sistema de tecnologia em Angola, empresas angolanas
e o uso das tecnologias e melhoria da utilização das tecnologias de informação e comunicação
(TIC) nas organizações.

No segundo capítulo faz-se o enquadramento metodológico aplicado neste estudo,


fizemos à descrição dos procedimentos utilizados no estudo que consideramos necessário para
o cumprimento dos objectivos propostos e para responder ao problema que serviu de base à sua
realização.

O terceiro capítulo reserva-se a apresentação do estudo de caso prático, realizado na


empresa Kanjaya, Lda, por via de um questionário aplicado aos colaboradores sobre a utilização
das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas organizações.

Finalmente apresentamos a conclusão, recomendações, referências bibliográficas e os


anexos.

3
CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL E TEÓRICO

1.1. Definição de Conceitos

O presente capítulo abordará a definição dos conceitos que fundamentam o nosso


trabalho, bem como outros conceitos indispensáveis para a sua compreensão.

1.1.1. Tecnologia de Informação e Comunicação

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) referem-se a toda a tecnologia


utilizada para lidar com as comunicações, incluindo sistemas de telefonia, Web sites, e áudio e
transmissões de vídeo e dentro do contexto de negócio, teve um grande impacto no que tange
as comunicações internas e externas de transformação, comercialização e dados, (Graeml,
2000).

Para Pacievitch (2017), TIC pode ser definida,

Como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um


objetivo comum. As TIC´S são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no
processo de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de
publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação
imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação a
Distância).

Para Mendes (2008), TIC são tecnologias “usadas para reunir, distribuir e compartilhar
informações, como por exemplo: sites da Web, equipamentos de informática (hardware e
software), telefonia, quiosques de informação e balcões de serviços automatizados”.

Já Miranda (2007, p. 43), entende:

O termo tecnologias da informação e da comunicação refere-se à conjugação da


tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na
Internet e mais particularmente na World Wide Web (WWW) a sua mais forte expressão.

Tecnologia da informação pode ser entendida como um conjunto formado por hardware
e software e utilizado para colectar, processar, armazenar, disseminar informação para suporte
às decisões, (Laudon & Laudon, 2004).

4
1.1.2. Organização

“Uma organização é uma ferramenta que as pessoas usam para coordenar suas acções e
obter alguma coisa que desejam ou valorizam – ou seja, para atingir seus objectivos”, (Jones,
2010, p. 1).

Segundo Chiavenato (2005, p. 24),

Organização é um conjunto de pessoas que actuam juntas em uma criteriosa divisão


de trabalho para alcançar um propósito comum. As organizações são instrumentos
sociais por meio dos quais muitas pessoas combinam seus esforços e trabalham juntas
para atingir propósitos que isoladamente jamais poderiam fazê-lo.

Ainda para Chiavenato (2009, p. 8), “a organização é um sistema de actividades


conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A cooperação entre elas é essencial para
a existência da organização”.

Tamo (2006, p. 27) compreende a organização como,

Uma entidade técnica, porque agrega recursos de natureza variada, e social, pelo facto
de que alberga grupos de indivíduos em interações, prosseguindo objectivos comuns.
Mas, também, considera-se a organização como uma entidade política, porque
representa um espaço onde pessoas procuram o poder, isto é, ter influência sobre
outros.

Para Silva (2008, p. 40), a conceituação mais comum de organização é: “definidas como
duas ou mais pessoas com desejo e disposição de cooperar para o alcance de um objectivo
comum”.

Já Lussier, Reis, & Ferreira (2010, p. 176), a “organização é definida como o processo
de delegar e coordenar tarefas e recursos para atingir objectivos”;

Considera Maximiano (2004, p. 111), “organizar é o processo de dispor qualquer


conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objectivos”;

E ainda Maximiano (2000, p. 92), diz que, “as organizações são grupos sociais
deliberadamente orientados para a realização de objectivos ou finalidades, que podem ser
classificados em duas categoriais principais: produtos e serviços”.

5
1.2. Fundamentação Teórica

Como base a fundamentação teórica deste trabalho, foram utilizadas as seguintes


teorias:

1.2.1. Teoria Tecnológica

Segundo Hanefeld (2004), o conhecimento, de um modo geral, sempre ocupou posição


de importância nas sociedades, sendo reconhecido como elemento de inclusão dos indivíduos
em circuitos de produção e consumo e, mais recentemente, também nos circuitos de cidadania.
O Jornal Gazeta Mercantil, em artigo traduzido da revista The Economist, analisa os eventos
responsáveis pelo crescimento económico dos últimos 250 anos.

Hanefeld (2014 Apud Gazeta Mercantil, 14, 15 e 16/1/2000, p. 12), demonstra que:

Há uma teoria que diz o seguinte. A tecnologia é impulsionada por conhecimento e,


especialmente por conhecimento científico. O conhecimento é cumulativo, uma vez
que existe, não deixa de existir. Assim, este processo de acúmulo, com descoberta
somando-se a descoberta, é vigorosamente auto-reforçador, com uma tendência
(embutida) da aceleração. Quando há uma certa massa crítica de conhecimento, o
ritmo de acúmulo futuro pode aumentar rapidamente, enquanto ligações
anteriormente insuspeitas entre diferentes ramos do conhecimento são exploradas,
cada avanço criando novas oportunidades. Se algo parecido com isso for correcto,
então um ponto de decolagem tecnológica ocorrerá em algum lugar, em algum
momento.

Referindo-se à dinâmica do sistema económico vigente, “as tecnologias de informação


e comunicação constituem o paradigma mais recente”, (Albuquerque, 1999, p. 51).

Na visão de Chiavenato (2009), a tecnologia sempre influenciou poderosamente o


funcionamento das organizações a partir da Revolução Industrial. Esse foi o resultado da
aplicação da tecnologia da força motriz do vapor na produção e que logo substituiu o esforço
humano, permitindo o aparecimento das fábricas e indústrias. No final do século XVIII, a
invenção da máquina de escrever foi o primeiro passo para a aceleração do processo produtivo
nos escritórios. A invenção do telefone, no final do século XIX, permitiu a expansão e a
descentralização das organizações rumo a novos e diferentes mercados. O navio, o automóvel,
o avião proporcionou uma expansão sem precedentes nos negócios mundiais. O
desenvolvimento tecnológico sempre constituiu a plataforma básica que impulsionou o

6
desenvolvimento das organizações e permitiu a consolidação da globalização. Todavia, foi a
invenção do computador, na segunda metade do século XX, que permitiu que as organizações
passassem a apresentar as actuais características de automatização e automação de suas
actividades.

Com base, no parágrafo anterior, podemos considerar que a partir do século xx, as
TIC´S, foram um dos grandes impulsionadores para o desenvolvimento das organizações, ainda
Chiavenato (2009, p. 66), reforça dizendo que:

Sem o computador, não haveria a possibilidade de se administrar grandes


organizações com uma variedade incrível de produtos, processos, materiais, clientes,
fornecedores e pessoas envolvidas. O computador ofereceu às organizações a
possibilidade de lidar com grandes números e com grandes e diferentes negócios
simultaneamente a um custo mais baixo e com maior rapidez e absoluta
confiabilidade.

A sociedade moderna, além de organizacional e burocratizada, também é muito


dependente de tecnologia avançada. Basicamente, a parte mais importante de um computador
é feita de areia. Para fazer a transição da areia até o computador, é necessário aplicar um grande
volume de conhecimentos avançados, que são adquiridos por meio de pesquisa e estudo, e não
da simples experiência própria ou observação da experiência alheia, (Maximiano, 2000). O
mesmo autor faz menção sobre a tecnologia avançada e do pessoal especializado, porque não
basta termos TIC´S, sem indivíduos para manusear:

A tecnologia avançada depende de pessoal especializado, os chamados trabalhadores


do conhecimento: cientistas, projectistas, engenheiros, tecnólogos, pesquisadores,
professores. Essas pessoas sabem transformar areia em computadores e ensinar outras
pessoas a fazer o mesmo. Muitas organizações contemporâneas são contingentes de
trabalhadores do conhecimento: centros de pesquisa e desenvolvimento, divisões de
tecnologia, escolas técnicas e universidades, departamentos de projectos e sistemas
nos mais diversos tipos de empresas. São essas organizações que possibilitam renovar
e ampliar o estoque de conhecimentos e, com isso, desenvolver continuamente novos
produtos e serviços.

7
1.2.2. Teoria Organizacional

Teoria organizacional é o estudo de como as organizações funcionam, de como afectam


e são afectadas pelo ambiente no qual operam. Entender como as organizações operam,
entretanto, é apenas o primeiro passo para aprender como controlá-las e transformá-las, para
que elas possam criar riquezas e recursos efectivamente, (Jones, 2010).

Silva (2008, p. 40), afirma que,

A teoria da organização não é uma colecção de fatos; é o modo de pensar sobre as


organizações. É o modo de ver e analisar as organizações de maneira mais precisa e
aprofundada do que qualquer outro modo poderia fazê-lo. O modo de pensar sobre as
organizações é baseado em padrões e regularidades no projecto organizacional e no
comportamento.

O mesmo autor alerta que, teoria da organização e a teoria da administração são


conceitos proximamente relacionados. Um administrador deve entender os trabalhos de uma
organização para ser eficaz em seus papéis administrativos. Assim, o entendimento da teoria da
organização serve como base para o estudo da administração.

Com isso, Maximiano (2004, p. 130), diz que,

Uma organização em particular pode produzir diferentes produtos e, ao mesmo tempo,


prestar diferentes serviços. Uma empresa montadora de veículos desenvolve, produz
e comercializa ônibus, caminhões, peças e componentes, e presta serviços como
assistência técnica e treinamento do pessoal de seus concessionários. A Prefeitura de
uma cidade, ou o governo de um Estado, tem inúmeros objetivos, nas áreas da saúde,
educação, transportes, assistência social e outros.

No mundo de hoje, as organizações têm uma grande importância, porque sem elas,
quase não conseguiríamos bens e serviços. Conforme afirma Jones (2010), poucas coisas no
mundo de hoje são tão importantes ou conhecidas como as organizações. Embora, no dia-a-dia,
desfrutemos os produtos e serviços que elas oferecem, raramente nos preocupamos em saber
como esses produtos e serviços são produzidos. Vemos novos filmes de linhas de produção
despejando automóveis ou computadores produzidos, lemos em jornais que escolas ou hospitais
locais estão usando novas tecnologias, como a Internet, e ensino a distância para aperfeiçoar
sua produtividade. Ainda assim, raramente questionamos como ou por que essas organizações
fazem negócios muitas vezes, pensamos nas organizações somente quando elas falham
connosco de alguma forma - por exemplo, quando somos forçados a esperar duas horas na sala
8
de emergência para sermos atendidos por um médico, quando nosso computador novo quebra,
ou quando estamos no final de uma longa fila em um banco em uma tarde de sexta-feira quando
tais coisas acontecem, pensamos por que o banco não previu o maior movimento de pessoas e
colocou mais atender, por que o hospital nos fez perder 30 minutos preenchendo papelada para
obter um serviço e depois nos deixou esperando uma hora e meia, ou por que as fábricas de
computadores não insistem em obter hardware de melhor qualidade e software livre de bugs de
seus fornecedores.

1.2.3. Teoria Contingencial

A Teoria da Contingência enfatiza o mais recente estudo integrando na teoria da


Administração; é sem dúvida a mais eclética de todas as teorias, pois além de considerar as
contribuições das diversas teorias anteriores, consegue coordenar os princípios básicos da
administração como: as tarefas, as estruturas, as pessoas, a tecnologia e o ambiente. Na visão
de Chiavenato (2009, p. 81),

Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na


teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contingencial
explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas
administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As
variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas
administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na
realidade, não existe uma causalidade directa entre essas variáveis independentes e
dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas.
Assim, em vez de uma relação de causa e efeito entre variáveis independentes do
ambiente e variáveis administrativas dependentes, existe uma relação funcional entre
elas. Essa relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos
objetivos da organização.

De acordo com Souza (2015 Apud Maximiano, 2006), essa abordagem parte da ideia de
que não existe uma única maneira ou uma forma correcta de administrar. A aplicação de um
mesmo método de administração em duas empresas distintas pode produzir resultados. Isto
porque as variáveis internas e externas que influenciam o desempenho dessas organizações são
diferentes.

Abordagem Contingencial, (…) salienta que não se alcança a eficácia organizacional


seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e

9
melhor para organizar no sentido de se alcançar os objectivos variados das organizações dentro
de um ambiente também variado, (Chiavenato, 2004).

Souza (2015, p.269 Apud Ribeiro, 2003), apresenta a seguir as principais características
da Abordagem Contingencial:

A influência do ambiente é crucial na tomada de decisões e implantação de métodos


de gestão.

Supremacia do transitório: o ambiente é dinâmico e mutável, portanto a empresa não


pode ser estática no tempo. Ela reage aos desafios e oportunidades que surgem.

Fim do modelo ideal: não existe “receita de bolo”, ou melhor, não há um modelo ideal
de administração. Tudo é conjuntural e envolve muitas variáveis.

A tecnologia adoptada por uma empresa deve ser coerente com sua estrutura social e
técnica para obter sucesso.

Em 1961, Burns e Stalker, dois sociólogos industriais ingleses, pesquisaram vinte


indústrias para verificar a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo que as
envolve ficaram impressionados com os diferentes métodos, os procedimentos administrativos
encontrados e classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organizações mecanísticas
e organizações orgânicas, (Chiavenato, 2004). O mesmo autor considera que:

A 4ª Pesquisa de Joan Woodward sobre a tecnologia, Joan Woodward, sociólogo


industrial, organizou uma pesquisa para avaliar se a prática dos princípios de
administração propostos pelas teorias administrativas se correlacionava com o êxito
do negócio. A pesquisa envolveu uma amostra de 100 firmas inglesas de vários
negócios, cujo tamanho oscilava de 100 a 8.000 empregados, classificadas em três
grupos de tecnologia de produção, (Chiavenato, 2004, pp. 508-509).

Em suma, há um imperativo tecnológico, isto é, a tecnologia adoptada pela empresa


determina a sua estrutura e comportamento organizacional. Para Chiavenato (2009), a partir da
Teoria da Contingência, a variável “tecnologia” passou a assumir um importante papel na teoria
administrativa. Alguns autores chegam a falar em imperativo Tecnológico sobre a estrutura
organizacional. A Teoria da Contingência parte para novos modelos organizacionais mais
flexíveis e orgânicos, como a estrutura matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipas.
Também enfatiza o modelo do homem complexo e abordagens contingenciais sobre Motivação
e liderança.

10
Segundo Maximiano (2004, p. 333), “tecnologia é o repertório de conhecimento
utilizados pelas pessoas e organizações para resolver problemas”.
Acrescenta Chiavenato (2009, p. 83),
A tecnologia constitui outra variável independente que influencia as características
organizacionais (variáveis dependentes). Além do impacto ambiental (para certos
autores, imperativo ambiental), existe o impacto tecnológico (para outros autores,
imperativo tecnológico) sobre as organizações. As organizações utilizam alguma
forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas tarefas. A tecnologia
adoptada pode ser tosca e rudimentar (como a faxina e a limpeza feitas com vassoura
ou escovão) como pode ser sofisticada (como o processamento de dados pelo
computador). Mas é evidente que as organizações dependem da tecnologia para poder
funcionar e alcançar seus objectivos.

Em uma apreciação crítica, verifica-se que a Teoria da Contingência é ecléctica e


interactiva, mas ao mesmo tempo relativista e situacional. Em alguns aspectos, parece que a
Teoria da Contingência é mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que propriamente
uma teoria administrativa.

A conclusão de Burns e Stalker é que a forma mecanística de organização é apropriada


para condições ambientais estáveis, enquanto a forma orgânica é apropriada para condições
ambientais de mudanças e inovação. Em resumo, há um imperativo ambiental, isto é, ambiente
que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.

1.3. Tecnologia de Informação e Comunicação em Angola

O modelo tecno-económico da tecnologia da informação e comunicação (TIC) surgiu a


partir da revolução industrial praticada pelos Estados Unidos já no fim da segunda guerra
mundial, que deu início à criação de novas indústrias que movimentaram a economia do país
no pós-guerra, como a dos computadores electrónicos, seus programas e componentes, Perez
(Perez, 2009).

Afirma Sabbag (2007), que o termo Tecnologia de Informação e Comunicação surgiu


há cerca de dez anos atrás, em substituição à palavra informática. Representa a fusão dessa
última com a telemática e com a robótica, ambas dominadas por computadores e as quais
tiveram suas expectativas aumentadas em decorrência dessa fusão. Da mesma forma, o autor
explica que o objectivo primordial da tecnologia de informação e comunicação não era mais
somente gerir informação, mas sim conhecimento, o que provocou uma nova ruptura, devido
11
aos estudos relacionados à inteligência artificial ligados à cognição. É o peopleware em voga,
e o conhecimento humano como artifício imprescindível na era actual.

Segundo MTTI (2010, pp. 9-10), “na era emergente da sociedade de informação, é
inegável o papel desempenhado pelas Tecnologias de Informação e Comunicação na
aproximação dos povos e na transformação do mundo, cada vez mais, numa “aldeia global”.

Com efeito, as Tecnologias de Informação e Comunicação são indispensáveis ao


desenvolvimento sustentável de qualquer país, o que se comprova pelo enorme impacto que
têm causado, quer a nível social, quer a nível económico, e ao qual o nosso país não é alheio.

Ainda o MTTI (2010, p. 10), acrescenta,

Tal como muitos outros países em vias de desenvolvimento, a República de Angola


acredita que as Tecnologias de Informação e Comunicação desempenham um papel
decisivo no combate à pobreza e na resolução de problemas básicos da sociedade no
acesso à informação. Assim, a aposta nas Tecnologias de Informação e Comunicação
deverá ser encarada não apenas como uma opção, no plano económico, mas sim como
uma verdadeira estratégia de potenciação e desenvolvimento de outros sectores da
actividade do país. Após ter saído, em 2002, de um período de guerra civil que durou
cerca de 30 anos, a República Angola deparou-se com graves dificuldades ao nível
das infra-estruturas mais básicas (de energia eléctrica, transportes, água e
saneamento), inclusive ao nível das infra-estruturas de telecomunicações e de
informação (tanto em hardware como em software).

Mesmo com essas dificuldades, devido a guerra que assolou a República de Angola, o
Governo não parou e continua trabalhando para o melhoramento neste sector, concernente a
Internet, ela chega à população sobretudo através de sistemas operados via satélite e através de
operadores telefónicos. No entanto, o Governo está a instalar redes de fibra óptica, para que
aquela seja acessível em todo o território nacional, a um preço mais baixo.

Com isso As tecnologias, principalmente a internet, estão trazendo fundamentalmente,


nesses últimos 20 anos, muito mais mobilidade, ou seja, a possibilidade de realizar actividades
ou tarefas sem necessariamente ir a um lugar determinado, (Moran, 2008).

O Governo tem sido, de resto, um dos grandes fomentadores e investidores na


transformação da República de Angola numa verdadeira sociedade de informação, tecnológica,
onde conseguimos em nosso País a maior parte dos serviços Administrativo já estão todos

12
informatizados, que se verifica em diversos sectores, a seguir as iniciativas, que o governo vem
desenvolvendo:

A criação do Portal do Governo, onde estão disponibilizados diversos conteúdos e


informações, de extrema utilidade para a população;

A criação de Planos de Acção, nomeadamente, do Plano de Acção para a Sociedade de


Informação (PASI) e do Plano de Acção para a Governação Electrónica (PAGE), onde estão
materializadas as estratégias aprovadas pelo Governo para o desenvolvimento das Tecnologias
de Informação no país;

A elaboração do Projecto de Massificação das Tecnologias de Informação e


Comunicação, que visa dar à população angolana a oportunidade de se inserir na sociedade de
informação de uma forma construtiva, disponibilizando-lhes o acesso às Tecnologias de
Informação e Comunicação e incentivando a utilização das mesmas em todo o território
nacional;

A criação do Projecto de E-government, que permitirá a interligação futura de todo o


aparelho do Estado, permitindo assim uma melhor organização e análise de dados, pela criação
de condições para a partilha de informação e pela disponibilização do acesso a informações e
serviços governamentais através da Internet, e que implicará a informatização de todas as
instituições públicas do país;

A criação do Data Center (Centro Nacional de Dados de Angola), cujo projecto foi
aprovado em finais de 2007, com o objectivo de criar, manter e integrar uma estrutura física de
tecnologia, comportável com as exigências estratégicas e operacionais do Estado e com os
níveis de organização de Sistema de Informação já atingidos, onde se possa manter de forma
segura e confidencial, toda a informação crítica do Estado;

A criação do Parque Tecnológico, situado no Camama, que irá albergar diversas


Empresas da área das tecnologias da informação e comunicação, e no qual Irão desenvolver-se,
entre outras, as importantes actividades de pesquisa e Investigação no sector;

A realização anual do Fórum Internacional sobre Tecnologias da Informação, em


Angola, cuja primeira edição se reporta ao ano de 2006, o qual se apresenta como um espaço
de discussão e interacção, entre o Estado, a sociedade civil e as empresas privadas, sobre as

13
políticas e projectos adoptados pelo Governo em matéria de tecnologias de informação e
comunicação, MTTI (2010, pp. 11-12).

De acordo com Rocha (2007, p. 32), o Livro Branco sobre a Política das
Telecomunicações em Angola, aprovado pelo Conselho de Ministros (abreviadamente
denominado Livro Branco das Telecomunicações. No fundo, para Angola,

Consiga dominar este mercado, é essencial desenvolver-se uma capacidade nacional


de investigação, nomeadamente através do estabelecimento de programas de
cooperação e intercâmbio no domínio da investigação tecnológica com mais
desenvolvimento, contando para tal como os conhecimentos de profissionais
estrangeiros (docentes de instituições de ensino superior de outros países,
profissionais estrangeiros que laborem em empresas internacionais do ramo), que se
pretende que sejam transferidos para os profissionais nacionais e que os habilitem a
desenvolver, com eficiência, o sector das tecnologias de informação e comunicação
em Angola.

Segundo Teta (2013), o professor Pedro Sebastião Teta, Secretário de Estado para as
Tecnologia de Informação (TI) e Coordenador da Unidade Técnica de Gestão da REMA em
sua Palestra O papel e desafios das Tecnologias de Informação na Era da Globalização e a
importância do acesso ao conhecimento para o desenvolvimento.

Desde 2005 que em Angola se tem vindo a verificar um aumento importante do acesso
às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), essencialmente devido ao contexto
político e social favorável e à descida do preço das comunicações. Subsistem, contudo, lacunas
em termos de competências, conteúdos e inovação que limitam não só o acesso, mas sobretudo
a criação de valor através da utilização das TIC´S no desenvolvimento do país.

Neste momento, o Executivo Angolano está a actualizar o Plano Nacional para a


Sociedade de Informação com objectivo de colmatar as actuais lacunas, reforçando o impacto
das TIC´S no desenvolvimento económico e social, de molde a promover um país inclusivo
cujos cidadãos estarão ligados ao Mundo globalizado com acesso à educação, à saúde e às
oportunidades para desenvolverem as suas ideias e competências pessoais e profissionais.

O Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017 tem na sua base o princípio de que


as TIC´S são fundamentais para o desenvolvimento sustentável de Angola, atendendo ao
profundo impacto transformacional que, no contexto económico e social, estão a ter em todo o

14
Mundo e mais recentemente também em África, fomentando na sua génese o processo de
Globalização.

Desenvolvimento da Sociedade da Informação em Angola, alinhado com o PNSI,


deverá almejar a concretização dos seguintes objectivos gerais:

Conectividade Digital – Desenvolver capacidades tecnológicas que permitam o acesso


generalizado às TIC´S com o intuito de desenvolver substrato de dois domínios de actuação: a
melhoria das condições sociais da população e o relançamento da actividade económica e
produtiva;

Desenvolvimento de Novas Competências – Potenciar os benefícios da utilização das


TIC´S a toda a população angolana, como meio de assegurar a sustentabilidade de longo prazo
do processo de desenvolvimento do país;

Governação Electrónica – Modernizar, através da informatização, a Administração


Pública Angolana de modo a endereçar directamente o domínio do reforço da capacidade do
Estado e da estabilidade social, reflectida nos objectivos gerais do Programa Geral do Governo.

Ainda o MTTI (2010), Também ao nível da população angolana em geral, é necessário


fomentar uma cultura informática, ou seja, é necessário sensibilizar a população para as
vantagens que o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação acarreta, para o que
importará, entre outras iniciativas:

Criar centros de formação nesse domínio;

Desenvolver campanhas de publicitação eficazes;

Criar condições de financiamento que permitam a aquisição dos computadores pela


maioria da população (pois é ainda escassa a percentagem de pessoas que tem acesso a este
bem), (Idem).

Naturalmente, o envolvimento do Estado Angolano nesta matéria é vital, é de difícil


compreensão nos dias de hoje a não intervenção do Estado na Economia ou na Politica, por isso
o Governo Angolano envolve-se através da:

Criação de um quadro legislativo favorável ao desenvolvimento das Tecnologias de


Informação e Comunicação no país;

15
Elaboração de políticas de formação dos nacionais no exterior do país, no domínio das
Tecnologias de Informação;

Aplicação de fundos internacionais e/ou resultantes dos Recursos Naturais Nacionais,


para o financiamento das actividades de formação, pesquisa e desenvolvimento das tecnologias
de informação e comunicação a desenvolver no país;

Disponibilização de financiamentos e criação de incentivos e subsídios para projectos e


programas estratégicos devidamente identificados no domínio das tecnologias de informação e
comunicação, após uma avaliação séria da sua viabilidade, para as empresas nacionais nesta
área, até que estas possam transformar-se em empresas auto-suficientes, competitivas e
lucrativas;

Criação de incentivos para as empresas que venham a empregar os profissionais


angolanos com formação na área das tecnologias de informação e comunicação;

Com estas e outras medidas, estarão criadas as condições para a produção e manutenção
da riqueza dentro do país, à qual acabará por acrescer o aumento do investimento estrangeiro,
logo que a República de Angola demonstre que, tal como outras economias emergentes, é um
mercado propício para a realização desses investimentos no sector das Tecnologias de
Informação e Comunicação.

Numa perspectiva evolutiva, o que se pretende é que Angola, gradualmente, deixe de


ser um país importador de tecnologias de informação e comunicação, para passar a ser um
mercado produtor das mesmas, e, mais tarde, à semelhança do que vemos suceder na Índia,
apresentar-se ao mundo como um exportador destes bens e serviços, que primem pela
excelência e qualidade, (Idem).

1.3.1. Sistema de Tecnologia em Angola

“É importante, portanto, evitar-se uma visão fatalista acerca da tecnologia, uma posição
determinista que considere os sistemas tecnológicos como que dotados de autonomia, chegando
a dominar a vida humana”, (Smith & Marx, 1994, p. 257).

Nos termos de Thomas Hughes, um sistema tecnológico não é composto apenas de


máquinas, processos produtivos, dispositivos e dos meios de transporte, comunicação e

16
informação que os interconectam, mas também de pessoas e organizações, apresentando uma
rica conexão com a economia, com a política e com a cultura, (Smith & Marx, 1994).

Por sua vez, David Nye argumenta que estes sistemas são socialmente construídos, e
que apesar de assumirem um “momentum tecnológico” próprio que pode dar a geração que o
vivencia uma aparência de inevitabilidade e pesada determinação, eles possuem uma
momentânea hegemonia social, sendo fruto de uma “complexa negociação entre pessoas
comuns” e, portanto, culturalmente constituídos, (Nye, 1997, pp. 4-5).

O Sistema Informático de uma organização é a parte do sistema de informação cujo


tratamento e execução é realizado, parcial ou totalmente, em computador, (Caldeira, 2008).

Um dos serviços tecnológico mais utilizado em Angola é: Internet banking e mobile


banking, segundo o guia do consumidor bancário do Banco Nacional de Angola (2016), o
internet banking é um canal de acesso a serviços bancários que permite ao consumidor efectuar
operações bancárias remotamente através da internet, sem necessidade de se deslocar aos
balcões e sem restrições de horário de atendimento.

Está disponível 7 dias por semana, 24 horas por dia. Exemplos de operações: consulta
de movimentos de conta e pagamentos, entre outros.

1.3.2. Enquadramento Legal sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação em


Angola

Lei de Combate à Criminalidade no Domínio das Tecnologias de Informação e


Comunicação e dos Serviços da Sociedade da Informação, segundo o MTTI (2011),
considerando que a eficácia do combate à criminalidade no domínio das TIC´S exige a previsão
de sanções proporcionadas e dissuasivas da prática de tais comportamentos e a consagração de
regras específicas em matéria de prova e da recolha da prova para crimes praticados com
recurso a um sistema de informação ou em relação aos quais seja necessário recolher prova em
suporte electrónico, sem prejuízo da garantia da manutenção de um equilíbrio adequado entre
os interesses a que a presente lei visa responder e o respeito pelos direitos fundamentais
consagrados constitucionalmente, nomeadamente o direito à privacidade e à liberdade de
expressão; tendo em conta que a presente lei visa responder de forma eficaz aos novos desafios
da sociedade da informação, traduzida no aumento da designada “cibercriminalidade” com

17
todos os riscos a ela associados, incluindo em matéria de criminalidade organizada e de
terrorismo.

Portanto, esta lei estabelece as disposições penais, substantivas e adjectivas, relativas ao


domínio da criminalidade no âmbito das tecnologias e da sociedade da informação e da recolha
da prova em suporte electrónico.

Lei da Protecção de Dados Pessoais, segundo o MTTI (2011), a protecção dos dados
pessoais, da confidencialidade e da reserva da vida privada assume uma relevância fundamental
no contexto da salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos, reconhecidos pela
Declaração Universal dos Direitos do Homem e pela Carta Africana dos Direitos do Homem e
dos Povos.

Esta Lei aborda, O direito à privacidade traduz-se também no respeito pela reserva da
vida privada dos cidadãos face ao tratamento de dados pessoais que lhes digam respeito. Muito
embora tal tratamento tenha um papel relevante para a melhoria do bem-estar dos cidadãos e
para o progresso económico num contexto de dinamização e de desenvolvimento de uma maior
variedade de serviços, nomeadamente no âmbito das tecnologias e da sociedade da informação,
há que assegurar que o mesmo seja efectuado num contexto de respeito pela sua privacidade.

A presente lei tem por objecto estabelecer as regras jurídicas aplicáveis ao tratamento
de dados pessoais com o objectivo de garantir o respeito pelas liberdades públicas e os direitos
e garantias fundamentais das pessoas singulares.

Lei Quadro das Comunicações Electrónicas e dos Serviços da Sociedade da Informação,


segundo o MTTI (2011), as tecnologias de informação e comunicação (TIC) desempenham um
papel fundamental no desenvolvimento e competitividade de qualquer país à escala mundial.
As TIC´S contribuem para a melhoria das condições de vida das populações, e com particular
incidência no progresso da educação, cultura, tecnologia, ciência, saúde, justiça, indústria,
governação e política, bem como para a promoção da eficácia e eficiência dos serviços, o
fomento da democracia participativa e a participação dos cidadãos no exercício democrático.
Para isso, a sociedade da informação, caracterizada pela convergência das comunicações,
tecnologia e conteúdos, bem como pela globalização e massificação da informação, constitui
um novo paradigma social nascido de profundas transformações levadas a cabo pela revolução
das TIC´S. É uma sociedade assente no conhecimento, na interactividade e na presença das

18
tecnologias e da Internet em todas as áreas sociais e sectores económicos, pelo que a sua
promoção em Angola é fundamental para garantir o seu desenvolvimento e progresso.

Para o efeito, entre outras medidas, deve ser assegurada a modernização do quadro legal,
adaptado à realidade do mercado angolano, mas reflectindo as melhores práticas internacionais
e que assegure com eficácia e eficiência a convergência e interoperabilidade de plataformas e
serviços; a interconexão, a inexistência de distorções ou entraves à concorrência; o acesso às
infra-estruturas e recursos conexos de comunicações electrónicas e a neutralidade tecnológica
da regulação, a criação e disponibilização de conteúdos locais e a defesa da privacidade e
protecção de dados no âmbito das comunicações electrónicas.

Tendo em conta que o Estado Angolano está empenhado em promover a implantação


das TIC em Angola, mediante a criação de um quadro único e de referência comum
que enuncie os objectivos fundamentais da implementação das tecnologias de
informação e comunicação e dos serviços da sociedade da informação e que permita
que o seu desenvolvimento se efectue de forma coordenada, harmoniosa e sustentável,
em obediência a um conjunto de princípios e objectivos orientadores.

De acordo com o artigo 1.º diz o seguinte:

A presente lei estabelece as bases da disciplina e regulamentação jurídica das


comunicações electrónicas e dos serviços da sociedade da informação. “

A implementação e desenvolvimento das TIC´S e da sociedade da informação em


Angola devem efectuar-se em obediência aos princípios, objectivos e estratégias
constantes da presente lei, a qual constitui o quadro de referência para a preparação
de legislação e planos de acção neste domínio.

A presente lei estabelece ainda o regime jurídico relativo ao tratamento de dados


pessoais e à protecção da privacidade nas comunicações electrónicas.

Lei das Comunicações Electrónicas e dos Serviços da Sociedade da Informação, de


acordo com o artigo 1 e 2.º da Lei n°23/11 de 20 de Junho de 2011 de Angola, A presente lei
estabelece as bases da disciplina e regulamentação jurídica das comunicações electrónicas e
dos serviços da sociedade da Informação.

A implementação e desenvolvimento das TIC´S e da sociedade da informação em


Angola devem efectuar-se em obediência aos princípios, objectivos e estratégias constantes da

19
presente lei, a qual constitui o quadro de referência para a preparação de legislação e planos de
acção neste domínio.

A presente lei estabelece ainda regime jurídico relativo ao tratamento de dados pessoais
e à protecção da privacidade nas comunicações electrónicas. Sendo o seu Âmbito: A presente
lei aplica-se em todo o território nacional.

1.3.3. Órgão de Regulamentação, Inspecção e Serviços das Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC) em Angola

Ministério da Ciência e Tecnologia (MINCT), de acordo com o artigo 1 e 2.º do Decreto


Presidencial n.º 101/14 de 09 de Maio de 2014, “O Ministério da Ciência e Tecnologia,
abreviadamente designado por MINCT, é o departamento Ministerial que tem por missão
propor a formulação, conduzir, executar e controlar a política do Executivo nos domínios da
ciência tecnologia e inovação”.

O Ministério da Ciência e Tecnologia, na prossecução do seu objecto, tem as seguintes


atribuições:

a) Propor e coordenar a implementação das políticas no domínio da ciência, tecnologia


e inovação, bem como os respectivos modos de organização, funcionamento e avaliação;

b) Incentivar a investigação científica, desenvolvimento e inovação tecnológica;

c) Promover e propor a criação ou extinção de instituições de investigação científica,


desenvolvimento tecnológico e inovação;

d) Superintender as instituições de investigação científica, desenvolvimento tecnológico


e inovação, sem prejuízo das atribuições próprias dos Departamentos Ministeriais que exercem
a tutela;

e) Financiar, através de fundos, projectos de investigação científica, desenvolvimento


tecnológico e inovação;

j) Promover a normalização, padronização, regulamentação e a coordenação das áreas


de desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação;

20
g) Homologar as propostas de alteração, ampliação de infra-estruturas das instituições
de investigação científica, desenvolvimento tecnológico c inovação, cm estrita observância dos
requisitos ou critérios científicos, tecnológicos, ambientais e da ética;

h) Promover a planificação, monitorização, avaliação e análise do desenvolvimento da


ciência, tecnologia e inovação;

i) Disseminar actividades de ciência, tecnologia e inovação cm todo o território


nacional;

j) Promover o desenvolvimento, a modernização, a qualidade, a competitividade, a


avaliação e a acreditação das instituições e de outros actores da ciência, tecnologia e inovação;

k) Coordenar, em estreita colaboração com o Departamento Ministerial das Relações


Exteriores, as acções de cooperação bilateral e multilateral, bem como assegurar os
compromissos de Angola no plano regional e internacional, no domínio da ciência c tecnologia;

l) Promover, cm coordenação com o Departamento Ministerial das Relações Exteriores,


o enquadramento de representantes do MINCT nas missões diplomáticas nos países
geoestratégicos em áreas da ciência, tecnologia c inovação;

m) Promover a divulgação do conhecimento científico, tecnológico e de inovação;

n) Desenvolver actividades que estimulem e apoiem a formação e a qualificação de


recursos humanos em áreas da investigação científica, desenvolvimento tecnológico e
inovação;

o) Promover a articulação entre o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, os


subsistemas de ensino e entre estes e o sistema produtivo;

p) Organizar, estimular e apoiar a criação de empresas abertas a inovação, a


demonstração tecnológica e a investigação fundamental c aplicada;

q) Promover o desenvolvimento da cultura científica e tecnológica, estimulando e


apoiando a educação, a difusão da informação científica e de experimentação;

r) Promover a inspecção e a avaliação contínua das instituições que integram o Sistema


Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, nos termos da lei;

21
s) Organizar a captação, monitoramento e processamento de imagens espaciais de apoio
a actividade científica e tecnológica e a utilização de dados geográficos, em coordenação com
os outros órgãos e instituições afins;

t) Organizar um banco de dados geográficos do País de apoio as instituições de


investigação científica e desenvolvimento tecnológico cm coordenação com os outros órgãos e
instituições afins;

u) Promover a recolha, registo, sistematização e desenvolvimento do conhecimento


tradicional e de inovação;

v) Elaborar propostas com vista ao funcionamento da actividade científica c tecnológica,


observando as regras da sua aplicação;

w) Estimular a participação da sociedade na implementação dos programas do


Executivo nos domínios da ciência e tecnologia;

x) Zelar pela acreditação, supervisão, avaliação e salvaguarda dos mecanismos inerentes


à qualidade e a protecção legal nos processos de transferência de tecnologia;

y) Coordenar o ingresso e a promoção nas carreiras de investigador científico e técnica


de investigação científica;

z) Promover a política de regulação do registo de obras académicas, de patentes e


direitos de autor, resultantes da investigação científica e inovação tecnológica;

Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI), de acordo com


o artigo 1 e 2.º do Decreto – Lei n.º 12/09 de 9 de Junho de 2009, o Ministério das
Telecomunicações e Tecnologias de Informação é o órgão da administração central do Estado
encarregue pela execução de estratégias e políticas no domínio das telecomunicações, das
tecnologias de informação, dos serviços postais e da meteorologia e geofísica.

São atribuições do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, as


seguintes:

Na generalidade:

22
a) Habilitar o Governo a definir a política e estratégia das telecomunicações, das
tecnologias de informação, dos correios, da meteorologia e geofísica, bem como exercer a tutela
sobre actividades relacionadas com a prestação de serviços nos referidos domínios;

b) Representar o Estado nas instâncias internacionais no âmbito das telecomunicações,


das tecnologias de informação, dos serviços postais e da meteorologia e geofísica;

c) Coordenar e promover as acções que conduzam à edificação da sociedade de


informação e comunicação;

d) Criar um quadro jurídico-legal que habilite o órgão regulador à elaboração de


regulamentos, normas, padrões, instruções e manuais referentes aos serviços de
telecomunicações, no âmbito da sua competência, tanto para as redes públicas como privadas;

e) Formular normas legais e administrativas, tendo por objectivo estabelecer os


procedimentos para o licenciamento dos serviços de telecomunicações, informática e
comunicações electrónicas;

f) Promover a formação e crescimento do mercado das telecomunicações e das


tecnologias de informação, incentivando a ampla participação do empresariado nacional.

No domínio das telecomunicações:

a) Formular políticas, directrizes, objectivos e metas dos serviços de telecomunicações


e de desenvolvimento da infra-estrutura de suporte às tecnologias da informação e
comunicação;

b) Monitorar e avaliar a execução das directrizes, objectivos e metas de


desenvolvimento da infra-estrutura de suporte às tecnologias de informação e comunicação;

c) Elaborar estudos que promovam o desenvolvimento e o enquadramento de novos


serviços no domínio das telecomunicações.

No domínio das tecnologias de informação:

a) Formular políticas, directrizes, objectivos e metas de serviços de internet, seus


aplicativos de voz, dados e multimédia, bem como sobre o uso, armazenamento e protecção de
dados;

23
b) Incentivar a política de segurança e encriptação de dados no domínio das tecnologias
de informação;

c) Promover o surgimento de parques temáticos no domínio das tecnologias de


informação, incubadoras de empresas, com especial ênfase para a área de software.

No domínio da promoção das comunicações e da sociedade de informação:

a) Realizar estudos com vista ao estabelecimento de normas e critérios para a alocação


de recursos, no domínio do fomento das comunicações electrónicas e da promoção da sociedade
de informação;

b) Exercer, ao nível do sector, a coordenação geral dos programas e acções de inclusão


digital;

c) Aprovar os indicadores económicos que determinam os níveis de desenvolvimento


das actividades económicas das telecomunicações e das tecnologias de informação;

d) Desenvolver meios para a difusão das inovações científicas e tecnológicas relativas


aos serviços das tecnologias de informação e de telecomunicações, principalmente no que se
refere aos projectos e programas financiados com recursos públicos;

e) Promover, estimular e apoiar o estabelecimento de consórcios, redes e programas


entre empresas e institutos de investigação, a criação de empresas de base tecnológica, bem
como estratégias empresariais abertas à inovação, ao desenvolvimento tecnológico e à
investigação aplicada no domínio das tecnologias de informação e comunicação.

Centro Nacional das Tecnologias de Informação (CNTI), de acordo os artigos 1º - 6.º


do Decreto Presidencial n.º 212/14 de 20 de Agosto de 2014, o Centro Nacional das Tecnologias
de Informação, abreviadamente designado por «CNTI». É um Instituto Público do sector
económico ou produtivo, criado para operacionalizar as iniciativas de modernização
tecnológica na administração central e local do Estado, impulsionar a participação e o
envolvimento dos diferentes actores e instituições na prestação de serviços de tecnologias dc
informação cuja acção é transversal á generalidade dos sectores da vida nacional.

O CNTI é um instituto público dotado de personalidade jurídica e de autonomia


administrativa, financeira e patrimonial, e funciona sob tutela do Departamento Ministerial
responsável pelo Sector das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação.

24
Sendo o seu Regime Jurídico: O CNTI rege-se pelas disposições do presente Estatuto,
pelo regime dos institutos públicos e demais legislação em vigor aplicável.

Sua Sede e Âmbito: O CNTI tem a sua sede an Luanda, e exerce a sua actividade an
todo o território nacional, podendo criar representações locais, nos termos da legislação em
vigor aplicável.

Sua Missão: O CNTI tem como missão desenvolver, coordenar, monitorai c avaliar os
programas e projectos dc tecnologias de informação, de governação electrónica e de
distribuição de serviços públicos electrónicos transversais no quadro das políticas de
tecnologias de informação e comunicação definidas pelo Executivo.

Tutelado:
1.O CNTI está sujeito á tutela e superintendência do titular do Departamento Ministerial
responsável pelas Telecomunicações e das Tecnologias de Informação.

2. O exercício do poder de tutela integra a faculdade de:

a) Aprovar os planos de actividades anual e plurianual e o orçamento;

b) Aprovar o relatório de actividades e as contas;

c) Outros actos previstos na lei.

3. O exercício do poder de superintendência integra a faculdade de:

a) Aprovar a definição das linhas fundamentais e os objectivos principais da actividade


do CNTI;

b) Autorizar a criação de representações locais do CNTI;

c) Praticar outros actos previstos na lei.

O CNTI tem as seguintes atribuições:

a) Promover a articulação das iniciativas de natureza central e local no domínio da


sociedade da informação e do conhecimento;

b) Emitir pareceres sobre os projectos de investimento público, que visem a promoção


da sociedade da informação, a interoperabilidade das soluções e acompanhar a sua execução;

25
c) Pronunciar-se tecnicamente sobre a realização de projectos no âmbito das tecnologias
de informação nos organismos públicos, bem como acompanhar a implementação, gestão e
operação de sistemas informáticos;

d) Registar as empresas que actuam no sector das tecnologias de informação;

e) Emitir certificados sobre aptidão e capacidade técnica das empresas angolanas nos
domínios específicos das tecnologias de informação e comunicação:

f) Homologar soluções tecnológicas que se pretenda implementar na administração


pública;

g) Apoiar o Órgão de Tutela na definição das linhas estratégicas e das políticas gerais
relacionadas com a sociedade da informação e do conhecimento;

h) Apoiar o Órgão de Tutela no cumprimento das normas e procedimentos relativos à


selecção, aquisição e utilização de tecnologias e sistemas de informação;

i) Estabelecer relações de cooperação ou associação, no âmbito das suas atribuições,


com outras entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;

j) Promover a utilização crescente das tecnologias de informação pelo tecido


empresarial, como instrumento de modernização c competitividade nacional e internacional;

k) Promover a criação de conhecimento no domínio das tecnologias de informação nas


entidades académicas c nos organismos públicos;

l) Definir a estratégia de desenvolvimento dos portais electrónicos da administração


pública, bem como promover a interoperabilidade, metodologias e arquitecturas tecnológicas
comuns;

m) Participar na definição de políticas de qualificação de recursos humanos e utilização


dc tecnologias de informação na educação;

n) Desenvolver projectos transversais em matéria dc tecnologias de informação,


constituir e gerir o arquivo do algoritmo c códigos fontes das aplicações nacionais e estrangeiras
desenvolvidas ou personalizadas para o seu uso no Pais;

o) Promover o acesso coordenado a meios de computação distribuída assente num


Centro Nacional de Dados;
26
p) Promover o registo dos quadros formados nas distintas especialidades do ramo das
tecnologias de informação;

q) Promover a disponibilização na internet de literatura e informação de interesse


público no domínio das tecnologias de informação e de repositórios de conhecimento, e
assegurar a correspondente articulação internacional;

r) Promover iniciativas de inclusão social, sobretudo relacionadas com a participação


dos cidadãos com necessidades especiais e outros grupos cm risco de exclusão na sociedade de
informação e do conhecimento;

s) Mobilizar a sociedade angolana através da promoção de actividades de divulgação,


qualificação e inovação que nos conduzam à edificação da sociedade de informação;

t) Apoiar o planeamento, concepção, execução e avaliação das iniciativas de


informatização e modernização dos ministérios e organismos públicos;

u) Promover a ciber-segurança, a privacidade no uso da internet, o desenvolvimento de


conteúdos digitais e canais de serviços no domínio das tecnologias de informação;

v) Recomendar e fomentar as boas práticas de governação das tecnologias de


informação;

w) Promover, fazer e respeitar os direitos de autor na sociedade de informação;

x) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei ou determinadas superiormente.

Instituto Angolano das Comunicações, de acordo com o artigo 1º - 6.º do Decreto


Presidencial n.º 243/14 de 9 de Setembro de 2014, fala sobre o seu Estatuto Orgânico,
abreviadamente designado INACOM, é um Instituto Público dotado de personalidade jurídica
e com autonomia de gestão financeira, administrativa e patrimonial.

O Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) é um organismo tutelado pelo


Ministério dos Correios e Telecomunicações.

O Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) é um órgão que tem por finalidade
regulamentar e monitorar a actividade de prestação de serviços de telecomunicações abertos à
concorrência competindo-lhe também a aplicação, gestão e fiscalização do espectro de
frequências radioeléctricas.

27
O INACOM tem as seguintes atribuições:

a) Apoiar o Executivo, a pedido deste ou por iniciativa própria, na definição das políticas
gerais das comunicações, incluindo a realização de estudos, emissão de pareceres e a elaboração
dc projectos de legislação no domínio das comunicações;

b) Colaborar com o Executivo na organização e implementação de acções relacionadas


com a execução de tratados, convenções e acordos internacionais relativas às comunicações,
bem como participar em reuniões e conferências bilaterais ou multilaterais. Que tratem matérias
de comunicações, nomeadamente a coordenação da utilização do espectro de frequências
radioeléctricas;

c) Assegurar a representação do Estado em organismos internacionais, conforme


definido pelo Executivo.

d) Emitir parecer sobre a declaração da utilidade pública das expropriações e da


constituição de servidões necessárias ao estabelecimento de infra-estruturas de comunicações e
propor ás entidades competentes as expropriações e servidões necessárias à fiscalização do
domínio público radioeléctrico;

e) Fixar as normas e especificações técnicas dos elementos principais das redes de


comunicações para garantia da conecta interoperabilidade entre os diferentes serviços de
comunicações;

f) Assegurar a gestão do espectro radioeléctrico. Envolvendo a planificação, a


consignação, a monitorização e supervisão dos recursos espectrais, bem como assegurar a
coordenação entre as comunicações civis, militares e para militares;

g) Coordenar a utilização do espectro de frequências radioeléctricas com os países da


região;

h) Estabelecer o regime e as regras dc compatibilidade electromagnética;

i) Assegurar o cumprimento das obrigações inerentes ao serviço universal de


comunicações;

j) Determinar o acesso dos operadores de comunicações ás redes e serviços, em


condições de transparência e igualdade, nos termos previstos da lei;

28
k) Regular e decidir sobre os litígios, a pedido de qualquer das partes, entre os
prestadores de redes ou serviços de comunicações e entre estes e os prestadores de conteúdos e
aplicações, em matérias para as quais não sejam competentes outras entidades;

l) Promover a concorrência e o desenvolvimento nos mercados das comunicações,


nomeadamente no contexto da convergência das comunicações, dos meios de comunicação
social e das tecnologias da informação;

m) Proceder à regulação de preços dos serviços de comunicações e à verificação dos


sistemas de tarifação e facturação dos prestadores de serviços;

n) Coordenar com a entidade competente a aplicação das regras ou medidas do domínio


da concorrência no Sector das Comunicações;

o) Proteger os interesses dos consumidores, especialmente os utentes do serviço


universal, em coordenação com as entidades competentes, promovendo designadamente o
esclarecimento dos consumidores, assegurando a divulgação de informação inerente ao uso
público das comunicações, o tratamento de queixas e decidindo os diferendos entre
consumidores e prestadores de serviços de comunicações e prestadores de conteúdos e
aplicações;

p) Atribuir os títulos necessários para a oferta de redes e serviços de comunicações;

q) Apoiar o Executivo nos procedimentos de atribuição dos títulos de exercício da


actividade que sejam da competência deste;

r) Proceder a avaliação da conformidade ou à homologação de equipamentos e


materiais usados para a prestação de serviços de comunicações, assegurando a criação ou
existência de laboratórios para esse efeito;

s) Definir os requisitos necessários para a comercialização e emitir parecer técnico


sobre a importação, produção, distribuição e utilização de equipamentos e materiais;

t) Promover a normalização técnica, em colaboração com outras organizações, no Sector


das Comunicações e áreas relacionadas;

u) Elaborar e publicar as normas e especificações técnicas relevantes para a instalação


e funcionamento de equipamentos, rede de acesso de assinantes, de interiores de edifício e de
todas as infra-estruturas de comunicações electrónicas;
29
v) Emitir alvarás para o exercício do comércio de equipamentos. Produtos, materiais e
serviços de comunicações e multimédia;

w) Autorizar as entidades que prestem serviços de instalação e de manutenção de


equipamentos rádio e de comunicações electrónicas de uso público;

x) Apoiar tecnicamente os organismos e serviços e colaborar na definição das políticas


de planeamento civil de emergência do Sector das Comunicações.

2. Promover o estudo e investigação tecnológica c científica das comunicações, bem


como incentivar a criação de uma indústria nacional de equipamentos, produtos, aplicações,
conteúdos e serviços de comunicações, tomando as medidas convenientes e necessárias para a
sua introdução, protecção e desenvolvimento:

aa) Assegurar a realização de estudos nas áreas das comunicações postais e de


comunicações electrónicas. Bem como a execução de projectos no âmbito da promoção do
desenvolvimento do acesso à sociedade de informação e do conhecimento, a redução de
assimetrias regionais, a adopção de medidas aplicáveis a cidadãos com necessidades especiais,
quer directos que sob a forma de apoio a entidades públicas ou privadas;

bb) Elaborar as estatísticas do sector que se mostrem necessárias ao desempenho das


suas atribuições, que se destinem a dar cumprimentos a pedidos de entidades nacionais ou
internacionais ou que sirvam para a promoção e divulgação do Sector;

cc) Promover a divulgação nacional e internacional do Sector;

dd) Proceder à divulgação do quadro regulatório em vigor e das suas competência e


iniciativas, bem como dos direitos e obrigações dos operadores e dos consumidores de
comunicações;

ee) Exercer as demais competências estalecidas por lei ou determinadas superiormente.

Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação (ISUTIC), de acordo


com o artigo 1º - 6.º do Decreto Presidencial n.º 331/14 de 30 de Dezembro de 2014, o Instituto
Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação, abreviadamente designado por
«ISUTIC» é um Instituto Superior Técnico, pessoa colectiva de direito público, do sector
administrativo dotada de personalidade jurídica, com natureza de Instituto público, goza de

30
autonomia científica, pedagógica, administrativa, financeira, disciplinar, patrimonial e
prestação de serviços de ensino e de investigação à comunidade, nos termos da legislação em
vigor no subsistema de Ensino Superior.

Sendo a sua Sede e Âmbito: O ISUTIC tem a sua sede na Província de Luanda e
desenvolve as suas actividades académicas, pedagógicas e sociais na Região Académica n.º 1,
em que está inserido, incluindo as Províncias de Luanda e Bengo.

Sua Missão: O ISUTIC é uma Instituição de Ensino Superior integrada no Subsistema


de Ensino Superior, que tem por missão o desenvolvimento de actividades de ensino,
investigação científica e prestação de serviços à comunidade, através da promoção, difusão,
criação, transmissão da ciência e cultura, bem como a promoção e realização da investigação
científica na área de tecnologias de informação e comunicação.

Sujeito à superintendência, O ISUTIC está sujeito à superintendência do Titular do


Poder Executivo, exercida pelo Titular do Departamento Ministerial encarregue do
planeamento, orientação, coordenação, Supervisão do processo de formação e implementação
da política nacional para o desenvolvimento do Ensino Superior em Angola.

Sua Legislação Aplicável, O ISUTIC rege-se pelo presente Estatuto, pela legislação que
especificamente diz respeito ao Subsistema de Ensino Superior, bem como pela legislação
complementar em vigor no ordenamento jurídico angolano.

Na prossecução dos seus objectivos, o ISUTIC tem as seguintes atribuições:

a) Ministrar e organizar cursos de graduação e de pós-graduação integrados na Área das


Tecnologias de Informação e Comunicação;

b) Elaborar o seu plano de desenvolvimento institucional, devendo para o efeito


auscultar os diferentes sectores da sociedade;

c) Assegurar a formação humana, cultural, artística, profissional, científica, técnica,


moral e social de qualidade e de excelência;

d) Definir as suas linhas de orientação em conformidade com a política geral de


desenvolvimento do Pais;

e) Conferir graus académicos de Bacharel, Licenciatura, Mestrado e Doutoramento;

31
j) Atribuir diplomas e certificados para cursos de curta duração e diplomas de estudos
superiores especializados;

g) Outorgar títulos honoríficos de «Professor em Mérito» e de «Doutor Honoris Causa»;

h) Conservar, valorizar, difundir e ampliar o património imobiliário, científico,


tecnológico, cultural e artístico;

i) Promover actividades de ensino extra-curriculares e de formação profissional e


tecnológicas, para inserção dos formandos no mercado de trabalho;

j) Prestar serviços às comunidades nos domínios do ensino e da investigação científica,


numa perspectiva de extensão universitária e de valorização recíproca, tendo em vista o
desenvolvimento comunitário;

k) Conceder os demais graus e títulos académicos ou honoríficos, certificados e


diplomas, nos termos da legislação em vigor;

l) Promover acções conducentes ao desenvolvimento do ISUTIC;

m) Promover a mobilidade académica de docentes, investigadores e discentes, de acordo


com a legislação em vigor;

n) Proceder a prestação de contas a entidades competentes, nos termos da lei;

o) Promover o intercâmbio cultural, científico e tecnológico com instituições


congéneres, nacionais e estrangeiras, bem como com as demais instituições vocacionadas para
o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da investigação científica;

p) Promover, garantir as liberdades académicas, a inovação científica e tecnológica e a


liberdade dc criação cultural, científica e tecnológica;

q) Promover e difundir actividades extracurriculares destinadas ao corpo discente;

r) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei ou determinadas superiormente.

Regulamento Geral das Comunicações Electrónicas, de acordo com o artigo 1º - 4.º do


Decreto Presidencial n.º 225/11 de 15 de Agosto de 2011, o presente regulamento estabelece o
regime jurídico aplicável às redes e serviços de comunicações electrónicas, às frequências e
numeração e ao serviço universal.

32
Sendo o seu Âmbito e objecto de aplicação:

1. A oferta de redes e serviços de comunicações electrónicas, assim como a atribuição,


exploração e utilização de frequências e numeração, em qualquer parte do território nacional,
ficam sujeitas ao disposto neste regulamento e nos respectivos diplomas de desenvolvimento.

2. Excluem-se do âmbito de aplicação deste regulamento os seguintes:

a) Serviços que prestem ou exercem controlo editorial sobre conteúdos transmitidos


através de redes de comunicações electrónicas, excluindo os serviços de áudio-texto, desde que
não consistam, total ou principalmente, no envio de sinais através das referidas redes;

b) Redes privativas dos órgãos de Defesa e Segurança;

c) Rede privativa do Estado;

d) Serviços de telecomunicações administrativas.

3. O disposto no presente regulamento não prejudica o regime aplicável à:

a) Utilização do domínio público para efeitos de construção, expansão, instalação ou


manutenção de infra-estruturas e redes de comunicações electrónicas;

b) Instalação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios e outros espaços;

c) Colocação no mercado de equipamentos terminais de telecomunicações;

d) O regime aplicável ao licenciamento das estações e redes de radiocomunicações;

e) Actividade dos radioamadores.

4. As matérias elencadas no número anterior são especificadas por diploma do titular do


Departamento Ministerial que tutela o sector das comunicações electrónicas ou por diploma
conjunto deste, com outras entidades do Executivo, em função da conjugação específica dos
domínios a regular.

Tendo o Âmbito subjectivo de aplicação:

1. Ficam sujeitas ao disposto neste regulamento e nos respectivos diplomas de


desenvolvimento todas as entidades que oferecem ou pretendem vir a oferecer redes ou serviços

33
de comunicações electrónicas, assim como todas as entidades que utilizem ou pretendem vir a
utilizar frequências ou recursos de numeração.

2. No caso de acordos de interligação transfronteiriços, a entidade que requer o acesso


não está sujeita ao presente regulamento, desde que não ofereça redes e serviços de
comunicações electrónicas em território angolano.

O seu Objectivos de intervenção:

1. Constituem objectivos específicos de intervenção pública no sector das comunicações


electrónicas os seguintes:

a) Promoção da concorrência na oferta de redes e de serviços de comunicações


electrónicas;

b) Defesa dos interesses económicos e sociais dos utilizadores;

c) Garantia da existência, disponibilidade e qualidade de redes e serviços de


comunicações electrónicas em todo o território nacional, de forma a satisfazer as necessidades
de comunicação dos cidadãos e das actividades económicas e sociais;

d) Prestação do serviço universal em todo o território nacional e a adequação do seu


âmbito à realidade tecnológica, social e económica de Angola em cada momento;

e) Protecção da privacidade e dos dados pessoais dos utilizadores;

f) Promoção do investimento privado no sector das comunicações electrónicas;

g) Garantia da disponibilidade e qualidade das ligações internacionais;

h) Promoção da inovação e desenvolvimento;

i) Disponibilidade, na medida do possível, de frequências e de recursos de numeração


adequados para a oferta de redes e serviços de comunicações electrónicas de qualidade em todo
o território;

j) Promoção do desenvolvimento do sector, assim como a utilização de novos serviços


e novas redes;

k) Garantia da utilização transparente, objectiva e não discriminatória do domínio


público;
34
l) Promoção da divulgação de informações claras, especialmente nos tarifários e nas
condições de utilização dos serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público.

2. Os objectivos de intervenção identificados no número anterior são prosseguidos pelas


autoridades públicas com competência nesses domínios.

Regulamento do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações, de acordo


com o artigo 1º - 5.º do Decreto Presidencial n.º 264/10 de 26 de Novembro de 2010, O Fundo
de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações, adiante designado por FADCOM, é uma
instituição que tem por missão gerir as contribuições dos operadores e prestadores de serviços
no domínio das tecnologias de informação e comunicação ao fundo do serviço universal.

O FADCOM garante o suporte financeiro para a prestação do serviço universal no


domínio das tecnologias de informação e comunicação no processo de edificação da Sociedade
de Informação e do Conhecimento.

O FADCOM é dotado de autonomia jurídica, administrativa, financeira e patrimonial.

O FADCOM é tutelado pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de


Informação.

No âmbito do exercício de tutela, compete ao Ministro das Telecomunicações e


Tecnologias de Informação:

a) Orientar e supervisionar o funcionamento do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento


das Comunicações, velando pelo enquadramento da sua actividade nas estratégias e
programas subsectoriais, através dos órgãos competentes do Ministério;

b) Homologar os projectos ligados ao cumprimento das obrigações do Acesso Universal


aos Serviços de Tecnologias de Informação e outros a estes correlacionados e que
concorram para o desenvolvimento harmonioso e o crescimento sustentável do sector.

Ao Ministério das Finanças compete exercer a actividade de controlo e fiscalização dos


actos que se enquadram no âmbito das suas atribuições funcionais.

Constitui objecto do FADCOM garantir o suporte financeiro para o incremento do


acesso universal às comunicações em todo o território nacional.

35
De acordo com o plano anual de financiamento para as áreas prioritárias aprovado pelo
Ministério de Tutela, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações persegue os
seguintes objectivos:

a) Contribuir para a promoção do acesso das populações rurais aos serviços de


comunicações;

b) Contribuir para a promoção do desenvolvimento da rede básica, habilitando-a a servir


de suporte da generalidade das redes de telecomunicações, com vista à expansão e interligação
harmoniosa das diferentes redes;

c) Contribuir para a promoção da formação de quadros e a investigação científica no


domínio das tecnologias de informação e comunicação, particularmente no Instituto de
Telecomunicações (ITEL) e no Instituto Superior das Tecnologias de Informação e
Comunicação (ISUTIC);

d) Contribuir na disponibilização de recursos que assegurem a transparência e boa


qualidade de serviço pelos profissionais do sector.

3. O programa de financiamento e as áreas prioritárias são fixados por despacho do


Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, sob proposta do Conselho de
Administração.

Constituem atribuições do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento das Comunicações,


designadamente participar no financiamento de:

a) Acções ligadas à promoção e fomento da sociedade de informação e do conhecimento


em todo o território nacional, nas zonas rurais e urbanas, independentemente da localização
geográfica, importância económica e densidade populacional;

b) Acções ligadas ao desenvolvimento institucional e ao reforço da função reitora do


sector, no quadro da implementação dos seus programas e estratégias;

c) Acções ligadas à modernização e expansão das infra-estruturas que constituem a rede


postal e a rede básica de telecomunicações;

d) Acções de formação e aperfeiçoamento de quadros, no domínio das comunicações;

36
e) Acções ligadas à pesquisa, desenvolvimento e aplicação das tecnologias de
informação e comunicação e torná-la acessível a todas as camadas da população e
progressivamente a todo o território nacional;

f) Acções destinadas à criação de novos serviços de comunicações que visem o seu


aumento, melhoramento e diversificação, particularmente nas áreas rurais, remotas ou mais
desfavorecidas do País;

g) Todas as outras actividades que contribuem directa ou indirectamente para o


desenvolvimento do sector das comunicações no País.

2. O FADCOM fomenta a construção e implementação de infra-estruturas como factor


potenciador do surgimento e da criação de novos serviços de comunicações nas zonas
desfavorecidas, mas deve abster-se de subsidiar os custos operacionais.

Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, segundo o INAPEM (2011,


p. 4), Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de Apoio as Micro, Pequenas e Médias Empresas,
O Instituto Nacional de Apoio as Micro, Pequenas e Médias Empresas, abreviadamente
designado por INAPEM, é o órgão da administração indirecta do Estado Angolano, ao qual
compete genericamente a implementação das políticas e estratégias no domínio da capacitação
e financiamento das micro, pequenas e médias empresas.

O INAPEM é uma entidade de direito público, dotada de personalidade e capacidade


jurídicas e de autonomia administrativa e financeira.

Por deliberação do Conselho de Administração, pode o INAPEM estabelecer e encerrar


filiais, sucursais, agências, delegações ou qualquer outro tipo de representação, no País ou no
estrangeiro, bem como descentralizar os seus serviços técnicos e administrativos, de acordo
com as necessidades de sua actividade.

A abertura de representações no estrangeiro deve ser precedida de cumprimento das


disposições legais aplicáveis e de prévia autorização da tutela.

No mesmo estatuto orgânico no artigo 05.º, O INAPEM tem as seguintes atribuições:

a) Prestar serviços de formação e capacitação empresarial, assistência técnica e


consultaria às Micro, Pequenas e Médias Empresas nacionais nos mais variados sectores da
economia do País;

37
b) Apoiar o fortalecimento e modernização da estrutura empresarial do País no que se
refere às Micro, Pequenas e Médias Empresas;

c) Promover o desenvolvimento das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

d) Administrar os fundos públicos, dotações orçamentais e outros recursos postos à sua


disposição no âmbito do apoio as Micro, Pequenas e Médias Empresas.

1.4. As Micro Empresas Angolanas e as Tecnologias de Informação e Comunicação

O futuro de Angola e sua inserção no mundo globalizado dependem da rapidez com que
o país absorver as novas tecnologias de informação e comunicação que estão avançando cada
vez mais, (Narciso, 2004).

“O uso da tecnologia está além do ‘fazer melhor’, ‘fazer mais rápido’, trata-se de um
fazer diferente”, (Rolkouski, 2011).

Segundo o António (2015, p. 30), “As novas tecnologias, têm sido utilizadas nos
escritórios das empresas. A automatização das actividades administrativas aumenta a
rendibilidade das diversas funções a executar em qualquer escritório electrónico “.

Afirma Rascão (2001), que, os actuais avanços tecnológicos estão a obrigar as


organizações a mudanças e a adaptações, a velocidade sem precedentes. Estratégias
empresariais que parecem interessantes hoje, revelam-se amanhã absoletas. A tecnologia está a
permitir as empresas passar quase instantaneamente da fase de concepção do produto, à
fabricação e distribuição, permitindo-lhe uma maior flexibilidade, na forma de competir.

Além disso, Um outro autor, afirma que, “ao usar a TIC uma pessoa cega pode acessar
documentos, baixando-os da internet e convertendo o texto em fala; um tetraplégico pode obter
um título universitário sem sair de casa ”, (Warschauer, 2006, p. 52).

Ainda para o António (2015), estabelece a evolução e a importância no uso de software


das TIC´S, onde, a informatização da actividade administrativa é uma realidade no mundo de
hoje, como se pode comprovar com a utilização do telex, videotexto, máquinas de escrever com
memória e ainda software de processamento de texto e edição electrónica.

Este tipo de software (Word, Publisher, Wordstar, etc.) organiza texto em cartas,
documentos e relatórios de uma forma eficaz e rendível.
38
O processamento de texto e o sistema de edição electrónica permite guardar o texto em
disco ou disquete para posterior consulta ou alteração. Durante a própria utilização deste
software o utilizador pode alterar, apagar ou emendar texto eliminando muitas dificuldades que
se deparam ao dactilógrafo.

Conseguimos, ver que com o uso das TIC´S temos em consideração a eficácia dos
serviços, para o efeito,

A Informática é, ainda, utilizada para fins administrativos, de planeamento e no processo


de tomada de decisões. O computador é frequentemente utilizado para análise dos recursos da
empresa, do mercado, da actividade dos concorrentes e sobre a situação da conjuntura
económica e política.

O uso da Informática permite que a informação seja tratada e analisada mais rápida e
eficientemente, contribuindo para maior eficácia da gestão.

[As TIC´S também são Aplicadas no interesse público] Actualmente, devido à


complexidade de algumas tarefas os responsáveis governamentais introduziram o computador
nos recenseamentos eleitorais, no recenseamento populacional, no controlo fiscal, nas eleições
e nas actividades do Governo e do Parlamento.

Segundo o MTTI (2010), “Por outro lado, no mercado das Tecnologias de Informação
e Comunicação em Angola encontramos do lado da oferta um número relativamente baixo de
sucursais de grandes multinacionais (praticamente todas americanas), e do lado da procura um
sector público.”

Predominante e um número reduzido de empresas comerciais de dimensão diversa. E,


ainda, uma população que procura as novas tecnologias e que a elas não consegue aceder. O
Estado Angolano, não dar passos para poder colmatar essas dificuldades que todo cidadão
Angola enfrenta, por essa razão o Governo Angolano não está de braços cruzados sobre este
fenómeno, sendo estes objectivos atingir para o conforto e melhorias para as empresas,
conseguir utilizar o máximo as TIC´S.

A República de Angola ainda não desenvolveu mercados de Tecnologias de Informação


e Comunicação plenamente competitivos. Só quando esses mercados existirem é que os
cidadãos e empresas de Angola tirarão todos os benefícios da segurança e fiabilidade do
aprovisionamento e de preços mais baixos. Para atingir este objectivo, devem ser desenvolvidas
39
interconexões, estabelecidos e plenamente aplicados na prática quadros legislativos e
regulamentares eficazes. Além disso, a consolidação deste sector deve ser orientada para o
mercado, ou seja, para a verificação e análise daquilo que é a procura e daquilo que pode vir a
ser a oferta, para que a República de Angola possa responder com êxito aos muitos desafios
que se lhe colocam e investir correctamente para o futuro.

1.4.1. Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e como Ferramenta


de Gestão nas Empresas

Segundo Teta (2013), professor Pedro Sebastião Teta, Secretário de Estado para as
Tecnologia de Informação (TI) e Coordenador da Unidade Técnica de Gestão da REMA em
sua Palestra O papel e desafios das Tecnologias de Informação na Era da Globalização e a
importância do acesso ao conhecimento para o desenvolvimento.

O Projecto da Rede de Mediatecas de Angola tem como principal objectivo dotar o país
de um conjunto de infra-estruturas que, utilizando as mais modernas tecnologias de informação
e os mais variados meios de difusão do conhecimento e aprendizagem existentes, colocam ao
dispor das populações o acesso facilitado ao conhecimento gerado a nível global.

As Mediatecas são estruturas multimédia cujo objectivo fundamental é proporcionar o


acesso a diversos serviços e suportes de informação sobre os mais variados temas, sendo um
projecto transversal com grande impacto social, colmatando a grande lacuna existente no país,
originado pela inexistência de bibliotecas em número suficiente e incentivando os nossos jovens
ao gosto pela leitura, proporcionando, igualmente, o contacto com as tecnologias de informação
e mitigando assim a info-exclusão.

A estrutura das Mediatecas permite a visualização de conteúdos informativos inseridos


em suportes de informação áudio, visual e impresso, mediante a criação de espaços específicos
para cada um, como a Fonoteca, a Videoteca, a Imagoteca (arquivo fotográfico) e a Testoteca,
espaço onde é possível a realização de trabalhos de pesquisa e investigação. Estão ainda
disponíveis arquivos electrónicos sobre vários temas, acções de formação, acesso à Internet,
sendo estes espaços complementados pelas tradicionais Bibliotecas onde é possível a consulta
de livros, jornais, revistas e demais suportes de informação em papel, nas mais diversas línguas
e áreas de conhecimento.

40
Pretende-se com a edificação das Mediatecas que todos os cidadãos possam
efectivamente aceder aos diversos conteúdos aí encontrados, com o apoio de profissionais
especializados, ganhando dessa forma conhecimentos sobre aquelas que são hoje em dia
ferramentas essenciais ao desenvolvimento e integração.

Trata-se, na verdade, de um Projecto ambicioso que pretende colocar as tecnologias de


informação ao serviço do conhecimento e da disseminação da informação, factores essenciais
ao desenvolvimento sustentado que Angola agora conhece e para o combate à info-exclusão,
umas das pedras basilares da Sociedade de Informação que se desenvolve e promove no nosso
país. Ao mesmo tempo é promovida a literacia essencial à integração de todos os cidadãos no
mundo global em que se vive actualmente e que, por força dessa mesma globalidade, é um
mundo sem fronteiras ao nível da divulgação do conhecimento e das exigências sentidas ao
nível da integração social e profissional.

Segundo SIAC (2016), O SIAC - Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão é uma


unidade de atendimento integrado que reúne representações de organismos e empresas no
mesmo espaço físico, tendo como principal objectivo a prestação de serviços com conforto e
eficiência para a população.

Trata-se de um novo conceito de serviço público, orientado para a transparência,


funcionalidade e humanização, com utilização de tecnologia de informação e comunicação,
estacionamento, serviço de segurança, praça de convivência, recepção informatizada, salas de
espera e ambientes totalmente climatizados, de forma a proporcionar o bem-estar e acolhimento
aos cidadãos. Os serviços disponibilizados no SIAC Talatona são prestados em diferentes
unidades, de forma a melhor organizar a sua execução e facilitar o direccionamento do cidadão,
proporcionando mais agilidade e eficiência no seu atendimento.

De acordo com Josefa Gonçalves, Funcionária da Direcção Geral do SIAC “Sem as


Tecnologias de Informação e Comunicação, existente nesta instituição não seriamos tão
produtivos e prestativos como realmente somos”

Com base a formulação das hipóteses, conseguimos ver que que as empresas acima
referidas, usam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), logo, como ferramenta
para melhoramento da gestão no que toca à Eficiência e Eficácia.

41
CAPÍTULO II – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Neste capítulo fizemos à descrição dos procedimentos utilizados no estudo que


consideramos necessários para cumprimento dos objectivos propostos e para responder ao
problema que serviu de base à sua realização.

Para Prodanov & Freitas (2013, p. 14), “a metodologia é aplicação de procedimentos e


técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.”

Neste trabalho seguimos a norma da American Psychological Association (APA) – 6º


Edição e para boa estrutura do corpo do trabalho e apresentação de Tabela e Gráfico, usamos a
versão mais recente do Software do Pacote da Microsoft de 2016 (Word, Excel e Power Point).

2.1. Tipo de abordagem

O nosso trabalho é de natureza Qualitativa. De acordo Bonoma (1985, p. 207), "quando


um fenómeno é amplo e complexo, onde o corpo de conhecimentos existente é insuficiente para
permitir a proposição de questões causais e quando um fenómeno não pode ser estudado fora
do contexto no qual ele naturalmente ocorre".

Segundo Freixo (2010, p. 8), a pesquisa qualitativa “este método assenta em estratégia
de pesquisa para observar e descrever comportamentos, incluindo a identificação de factores
que possam estar relacionados com o fenómeno em particular”

Godoy (1995), ressalta a diversidade existente entre os trabalhos qualitativos e enumera


um conjunto de características essenciais capazes de identificar uma pesquisa desse tipo, a
saber:

(1) O ambiente natural como fonte directa de dados e o pesquisador como instrumento
fundamental;
(2) O carácter descritivo;
(3) O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do
investigador;
(4) Enfoque indutivo.

42
2.2. Método de Pesquisa

No nosso trabalho optamos os seguintes métodos:

2.2.1. Método Indutivo

Segundo Lakatos & Marconi (1992, p. 47), “indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos
argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas
quais se basearam”.

Uma característica que não pode deixar de ser assinalada é que o argumento indutivo,
(…) fundamenta-se em premissas. Mas, se (…) nos indutivos, conduzem apenas a conclusões
prováveis.

No nosso trabalho optamos o Método Estudo de Caso:

2.2.2. Método Estudo de Caso

Segundo Fachin (2006, p. 45), “estudo de caso, este método é caracterizado por ser um
estudo intensivo. No método estudo de caso, leva-se em consideração, principalmente, a
compreensão, como um todo, do assunto investigado. Todos os aspectos do caso são
investigados. Quando o estudo é intensivo, podem até aparecer relações que, de outra forma,
não seriam descobertas”.

Para Yin (2001), estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um
fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites
entre o fenómeno e o contexto não são claramente definidos. Dessa forma, “os estudos de caso
representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo “como” e “por que”.

No nosso Trabalho Optamos em utilizar as Seguintes técnicas de Recolha de Dados:

43
2.3. Técnicas de Recolha de Dados

Consiste em testar os instrumentos da pesquisa sobre uma pequena parte da população


“universo” ou da amostra, antes de ser aplicado definitivamente, a fim de evitar que a pesquisa
chegue a um resultado falso. O seu objectivo, portanto, é verificar até que ponto esses
instrumentos têm, realmente, condições e garantir resultados isentos de erros, (Marconi &
Lakatos, 2002).

Recaíram como técnicas de recolha de dados para a presente pesquisa as seguintes:

2.3.1. Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já


analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém
pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando
referências teóricas publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos
prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta, (Fonseca, 2002).

2.3.2. Pesquisa Documental

Segundo Marconi & Lakatos (2002, p. 62), a “característica da pesquisa documental é


que a fonte de colecta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que
se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o facto ou
fenómeno ocorre, ou depois.”

Durante essa pesquisa, foram utilizados: Extractos de imprensa, sobre questões de


TIC´S desenvolvido pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação
(MTTI) e do Diário da Republica de Angola:

1. Projecto de Regulamento das Tecnologias e dos Serviços Da Sociedade Da


Informação do Ministério das Telecomunicações e Tecnologia de Informação, 2011;

2. Ante-Projecto de Lei da Protecção de Dados Pessoais do Ministério das


Telecomunicações e Tecnologia de Informação, 2011;

44
3. Ante-Projecto de Lei de Combate à Criminalidade no Domínio das Tecnologias de
Informação e Comunicação e dos Serviços da Sociedade da Informação do Ministério das
Telecomunicações e Tecnologia de Informação, 2011;

4. Ante-Projecto de Lei Quadro das Comunicações Electrónicas e dos Serviços da


Sociedade da Informação do Ministério das Telecomunicações e Tecnologia de Informação,
2011;

5. Decreto – Lei n.º 12/09. Estatuto Orgânico do Ministério das Telecomunicações e


Tecnologias de Informação. (9 de Junho de 2009). [I Série – N.º 105]. Luanda: Imprensa
Nacional.

6. Decreto Presidencial n.º 212/14. Centro Nacional das Tecnologias de Informação. (20
de Agosto de 2014). [I Série – N.º 153]. Luanda: Imprensa Nacional.

7. Decreto Presidencial n.º 225/11. Regulamento Geral das Comunicações Electrónicas


(15 de Agosto de 2011). [I Série – N.º 155]. Luanda: Imprensa Nacional.

8. Decreto Presidencial n.º 331/14. Estatuto Orgânico do Instituto Superior de


Tecnologia de Informação e Comunicação. (30 de Dezembro de 2014). [I Série – N.º 225].
Luanda: Imprensa Nacional.

9. Decreto Presidencial n.º101/14. Ministério da Ciência e Tecnologia. (09 de Maio de


2014). [I Série – N.º 87]. Luanda: Imprensa Nacional.

10. Decreto Presidencial n.º101/14. Regulamento das Tecnologias e dos Serviços da


Sociedade da Informação (22 de Julho de 2011). [I Série – N.º 139]. Luanda: Imprensa
Nacional.

11. Decreto Presidencial nº 243/14. Estatuto Orgânico Do Instituto Angolano Das


Comunicações. (9 de Setembro de 2014). [I Série – N.º 167]. Luanda: Imprensa Nacional.

12. Lei n°23/11. Lei das Comunicações Electrónicas e Dos Serviços da Sociedade da
Informação. (20 de Junho de 2011). [I Série – N.º 115]. Luanda: Imprensa Nacional.

13. Lei n°30/11. Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas. (13 de Setembro de
2011). [I Série – N.º 176]. Luanda: Imprensa Nacional.

45
2.3.3. Observação Directa e Indirecta

Segundo Quivy & Campenhoudt (2008, p. 164), a “observação directa é aquela em que
o próprio investigador procede directamente à recolha das informações, sem se dirigir aos
sujeitos interessados. Apela directamente ao seu sentido de observação. Tem como suporte um
guia de observação que é construído a partir destes indicadores e que designa os
comportamentos a observar, mas o investigador regista directamente as informações. Os
sujeitos observados não intervêm na produção de informação procurada. No caso da observação
indirecta, o investigador dirige-se ao sujeito para obter a informação procurada”.

2.3.4. Observação Participante

De acordo com Marconi & Lakatos (2002, p. 90), a observação participante “consiste
na participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele se incorpora ao grupo,
confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que está estudando e
participa das actividades normais deste.”

2.3.5. Entrevista Estruturada

Segundo Marconi & Lakatos (2002), padronizada ou estruturada é aquela em que o


entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são
predeterminadas. Ela se realiza de acordo com um formulário, elaborado e é efectuada de
preferência com pessoas seleccionadas de acordo com um plano.

O questionário aplicado nesta investigação, decorreu no seguimento das visitas na


empresa Kanjaja, Lda, conduzidas pelo investigador.

No nosso trabalho optamos em utilizar um Questionário:

2.3.6. Questionário

Para elaboração do presente trabalho procede-se à aplicação de um questionário aos


colaboradores da empresa Kanjaya, Lda, a fim de obter dados, conhecimentos e opiniões sobre
as TIC´S.

46
Segundo Gil (1999), pode-se definir questionário como a técnica de investigação
composta por (…) questões apresentadas por escrito (…) tendo como objectivo o conhecimento
de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas.

2.4. Técnicas para a Análise dos Dados Recolhidos

Para este trabalho usamos a técnica para a análise dos dados recolhidos, a análise de
conteúdo que “é uma técnica de investigação que tem por finalidade a descrição objectiva,
sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação”, (Bardin, 1977).

A análise de conteúdo procura conhecer aquilo que está por trás das palavras sobre as
quais se debruça. A análise de conteúdo é utilizada como um instrumento de diagnóstico, de
modo a que se possam levar a cabo inferências específicas ou interpretações causais sobre um
dado aspecto da orientação comportamental do locutor”, (Idem).

2.5. Caracterização da Amostra e do Tipo de Amostragem Utilizado na sua Constituição

Sendo a amostra e o tipo de Amostragem:

a) Amostra
A amostra foi de 3 “Colaboradores”, repartidos como se segue:

1) 2 Indivíduos do sexo Femininos = 67 %;


2) 1 Indivíduos do sexo Masculino = 33 %.

As variáveis relacionadas são:

1) Condições;
2) Pessoas;
3) Tecnológicas;

b) Modelo da Amostragem Não-Probabilístico

Nesta pesquisa, utilizamos o modelo de amostra não-probabilística intencional. Segundo


Marconi & Lakatos (2002, p. 52), “uma vez aceites as limitações da técnica, a principal das
quais é a impossibilidade de generalização dos resultados do inquérito à população, ela tem a
sua validade dentro de um contexto específico.”
47
O pesquisador não se dirige, portanto, a massa, isto é, a elementos representativos da
população em geral, mas àqueles que, segundo seu entender, pela função desempenhada, cargo
ocupado, prestígio social exercem as funções de líderes de opinião na comunidade.

Neste trabalho dirigimos aos Colaboradores da Kanjaya, Lda, portanto, a massa, isto é,
a elementos representativos da Empresa, mas àqueles que, segundo seu entender, pela função
desempenhada, cargo ocupado, exercem as funções de utilização de recursos tecnológicos

2.6. Caracterização da População Alvo

Sendo um estudo de caso, concretamente realizada na empresa Kanjaya, Lda,


Prestadores de Serviços de formação e consultoria desde 1999 no mercado Angolano.

Localizado no Bairro Popular, na Rua Viçosa, nº 97 – Kilamba Kiaxi. A empresa Possui


10 colaboradores, classificado como Micro empresa, Sendo que “Micro empresas
abreviadamente MC, aquelas que empreguem até 10 trabalhadores e/ou tenham uma facturação
bruta anual não superior em Kz ao equivalente a USD 250 mil;” (De acordo com o n.º2 do
Artigo 5º da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), Lei n°30/11, de 13 de
Setembro de 2011 de Angola);

A nossa caracterização da População Alvo são as Micro empresas, de acordo com o


INAPEM de 2012 a Agosto de 2013, foram certificadas: 2168 – Empresas certificadas, sendo:
Micro – 1444 certificadas, Pequenas – 429 e Médias – 295.

2.7. Caracterização da Unidade de Análise

A nossa unidade de Análise a empresa Kanjaya, Lda, tem a sua sede social localizada
em em Luanda, Município de Luanda, Distrito Urbano da Maianga, Bairro Vila do Gamek,
junto a Vila do Gamek, Rua e Casa s/nº.

A empresa está inscrita na Primeira Repartição Fiscal de Luanda com o Número de


Identificação Fiscal 5417291358; foi publicada em Diário da República nº155 na sua II-Série;
possui a Certidão Comercial nº 2.418-14; Certificado de Registo Estatístico nº 139069; Cartão
do Contribuinte INSS nº1768351; Certificado Micro, Pequena e Média Empresa (MPME) nº
9236 e Alvará Código 002214092767;

48
A sociedade rege-se pelo direito das sociedades comerciais de Angola, sendo
integralmente constituído por capitais privados, tendo sido constituída em 10 de Julho de 2014,
com início de actividade efectiva no dia 4 de Agosto de 2014.

A sociedade exerce a actividade principal de prestação de serviço de contabilidade às


organizações no âmbito de serviços especializados e na consultoria empresarial, como
actividade secundária a formação profissional nas áreas de gestão de empresas,
desenvolvimento humano, e educação e formação de formadores.

A empresa conta com um escritório de contabilidade e centro de formação profissional


na província de Luanda.

A organização tem como Missão, orientar organizações e formar pessoas e melhorar a


humanidade, Seus Valores são: Ética (moral, deontologia), Qualidade (competência) e
Cooperação (colaboração); como Visão: ser um grupo de referência internacional e excelência
contábil para as organizações. Sua Cultura: Inovação e Dinamismo Orientação para o Cliente
Excelência.

Seus Objectivos: impulsionar o desempenho e o sucesso de cada cliente através de


soluções personalizadas e inovadoras contribuindo para o desenvolvimento das organizações.

Mercados e Sectores: Administração Pública, Agências Governamentais, Obras


Públicas, Sector Energético, Logística, Transportes, Portos, Indústria, Comércio, Serviço e
Sector Educacional.

Seu Processo Operacional, no que tange aos serviços de contabilidade: diagnostico,


tratatamento de dados, e reporting; e para serviços e consultoria educacional: Inscrição,
Formação e Emprego.

Seus Serviços na área de contabilidade e consultoria, são a prestação de serviço de


Contabilidade geral, Contabilidade Analítica, Fecho e Contas, Organização de Arquivos,
Orientação de MPME, Pagamento de impostos via on line, Processamento de imposto,
Consultoria, Abertura de empresa, Autenticação/Registro de Livros, Certidão negativa de
falências ou protestos, Certidões negativas do INSS, AGT, Declaração obrigatória, Elaboração
de Actas, Elaboração de Plano de Negócios, Estudo de Viabilidade Económica, Inventários,
Orçamento, Processos e Procedimentos Internos, Projecto de Investimento,

49
Seus Serviços na área de formação e consultoria educacional, são: Formação,
Consultoria, Cedência Temporária de Formadores de Aperfeiçoamento de Formadores,
Orientação Profissional, Orientação Educacional, Gestão de Formadores, Gestão Escolar,
Estudos e Projectos.

2.8. Procedimentos de Pesquisa

Esta pesquisa que teve como base de apoio a pesquisa de campo através das 3 entrevistas
aos Colaboradores, no período de 3 meses (Janeiro á Março de 2017), na empresa Kanjaya,
Lda, localizado no Bairro Popular, na Rua Viçosa, nº 97.

Conforme referido anteriormente, utilizamos técnicas de entrevista estruturada e por


questionário, sendo óptimas técnicas para obter informações, que conseguimos recolher o
pensamento, ideias, atitude e opiniões dos colaboradores sobre o Tema em Estudo.

Submetemos cerca de Onze (11) questões em entrevistas estruturada e questionário, com


a aplicação de observação directa e indirecta e observação participante. Como forma de
responder os objectivos que propusemos no início da investigação.

Delimitamos o Universo de pesquisa, determinada a amostra e procedemos ao trabalho


de campo especificamente com os Colaboradores da Kanjaya, Lda.

2.9. Limitações Encontradas Durante a Pesquisa

Durante esta pesquisa encontrou-se muitas dificuldades, tal como foi referido na
justificativa à escolha do tema, as TIC´S constituem um sector emergente na República de
Angola. Com isso há ainda um défice maior de bibliografias sobre esta temática no País.

Portanto, houve a necessidade da intervenção ou ajuda externas, para solução imediata


da dificuldade de Livros, onde também alguns livros teve-se a necessidade de ser comprado via
online, sendo que a situação económica do País, não tinha disponível divisa.

Ainda para acrescentar, outra dificuldade que levou a prolongar a finalidade do trabalho
foi a questão do défice do fornecimento da Energia Eléctrica em Angola, esse problema foi
colmatado com o recurso a geradores, que teve um custo de renda maior do que se paga no
Agente Autorizado na Distribuição de Energia Eléctrica em Angola.

50
É de salientar que no País ainda temos, restrições no acesso a Bibliografia por parte de
algumas Universidades que não permitem um aluno externo ter acesso a sua Biblioteca. A
solução encontrada foi o uso de Bibliotecas Online do exterior.

Excesso de Burocratização nos serviços Públicos do Estado, ainda tem casos em que
para obter uma informação, um documento, uma entrevista, levamos muito tempo para sermos
atendidos, por falta de ética profissional e do não uso das TIC´S, por outro, na sua maioria
desses serviços olham na aparência.

51
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
RECOLHIDOS

Neste capítulo apresentamos os resultados obtidos através dos questionários elaborados,


com vista a alcançar os objectivos propostos para o estudo. Essa apresentação é seguida de uma
análise e discussão dos dados, sempre que possível, baseada na literatura consultada.

Segundo (Haro, et al., 2016, p. 162), os resultados obtidos,

Esta secção do trabalho destina-se à apresentação dos dados recolhidos e das análises
efectuadas, de modo a fornecer uma resposta à questão de investigação, tendo em
consideração as hipóteses da pesquisa enunciadas na introdução do trabalho, e a
justificar as conclusões que serão apresentadas na discussão. A apresentação dos
resultados depende do tipo de análise efectuada, consoante seja quantitativa ou
quantitativa, mas a sua interpretação deverá ter lugar, apenas na parte do trabalho
dedicada à discussão.

3.1. Análise dos Questionários Aplicados aos Colaboradores

Questionário de Onze (11) questões dirigidas aos colaboradores da Kanjaya, Lda,


passamos a descrever a distribuição das frequências de acordo com os dados obtidos na
pesquisa, constantes nas tabelas e gráficos abaixo:

52
Tabela nº 1– Funções dos Colaboradores

Função M F M% F%
Director de Divisão 1 0 100% 0%
Gestor de R.H 0 1 0% 50%
Assistente de Contabilidade 0 1 0% 50%
Total 1 2 100% 100%
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 1 – Funções dos Colaboradores

FUNCÕES DOS COLABORADORES

1
ASSISTENTE DE CONTABILIDADE

1
GESTOR DE R.H

1
DIRECTOR DE DIVISÃO

M F

Fonte: Próprio (Questionário)

Conforme a Tabela nº 1 e no Gráfico nº 1 - Funções dos Colaboradores, estão assim


distribuídos: 1 (Um) Assistente de Contabilidade de Sexo Feminino, 1 (Um) Gestor de Recursos
Humanos de Sexo Feminino e 1 (Um) Director de Divisão de Sexo Masculino.

53
Tabela nº 2 – Tempo de Serviço

Função 1 Ano 2 Ano 1 Ano % 2 Ano % Total


Director de Divisão 1 50% 0% 1
Gestor de R.H 1 0% 100% 1
Assistente de Contabilidade 1 50% 0% 1
Total 2 1 100% 100% 3
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 2 – Tempo de Serviço

TEMPO DE SERVIÇO

1
2 ANO

1 1
1 ANO

Director de Divisão Gestor de R.H Assistente de Contabilidade

Fonte: Próprio (Questionário)

Quanto ao tempo de serviço, 3 colaboradores da Kanjaya, Lda estão entre 1 ano a 2 anos
na empresa, pode-se ver através Tabela nº 2 e no Gráfico nº 2 - Tempo de Serviço que: 1 (Um)
Assistente de Contabilidade de 1 ano de serviço, 1 (Um) Gestor de Recursos Humanos de 1 ano
de serviço e 1 (Um) Director de Divisão com 2 anos de serviço.

54
Tabela nº 3 – Idade dos Colaboradores
Idade Qtd % Total
26 Anos 1 33% 1
39 Anos 1 33% 1
50 Anos 1 33% 1
Total 3 100% 3
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 3 – Idade dos Colaboradores

Idade dos Colaboradores

33%
50 Anos

33%
39 Anos

33%
26 Anos

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

% Qtd

Fonte: Próprio (Questionário)

Os 3 (três) colaboradores da Kanjaya, Lda estão entre 26 anos a 50 anos de idade,


correspondendo por cada colaborador 33 %, conforme apresenta Tabela nº 3 e no Gráfico nº 3
- Idade dos Colaboradores.

55
Tabela nº 4 – Género dos Colaboradores

Género Qtd % Total


Masculino 1 33% 1
Feminino 2 67% 2
Total 3 100% 3
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 4 – Género dos Colaboradores

GÉNERO DOS COLABORADORES

67%
FEMININO

33%
MASCULINO

Qtd %

Fonte: Próprio (Questionário)

Com base aos inquiridos, a amostra foi de 3 (três) colaboradores, repartidos como se
segue: 2 (dois) Indivíduos do sexo Femininos 67 %; 1 (um) Indivíduos do sexo Masculino 33
%. Conforme consta na Tabela nº 4 e no Gráfico nº 4 - Género dos Colaboradores.

56
Tabela nº 5 – Nível de Ensino

Nível Qtd % Total


Base 0 0% 0
Médio 0 0% 0
Superior 3 100% 3
Total 3 100% 3
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 5 – Nível de Ensino

NÍVEL DE ENSINO

100%
Superior

0%
Médio

0%
Base

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

% Qtd

Fonte: Próprio (Questionário)

A Tabela nº 5 e no Gráfico nº 5 - Nível de Ensino, mostra-nos a distribuição da amostra


quanto ao nível de ensino. Obteve-se o seguinte resultado, os 3 colaboradores da empresa
Kanjaya, Lda são técnicos superiores, estabelecendo assim a percentagem de 100 %.

57
Tabela nº 6 – Formação Ligada as TIC´S

Disciplina Qtd % Total


Sim 1 100% 1
Não 0 0% 0
Total 1 100% 1
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 6– Formação Ligada as TIC´S

FORMAÇÃO LIGADA AS TIC´S

0%
Não

100%
Sim

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

% Qtd

Fonte: Próprio (Questionário)

Como se pode ver através da Tabela nº 6 e no Gráfico nº 6 – Formação Ligada as TIC´S,


apenas 1 (Um) dos inqueridos respondeu Sim (100%).

58
Tabela nº 7 – Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

Recurso de TIC Sim Não Sim % Não %


Computadores 3 0 20% 0%
Software 2 0 13% 0%
Televisão 1 0 7% 0%
Projector 3 0 20% 0%
Biométrica 0 0 0% 0%
Word 3 0 20% 0%
Internet 3 0 20% 0%
Total 15 0 100% 0%
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 7 – Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

RECURSO DE TIC

Internet 20%

Microsoft Word 20%

Biométrica 0%

Projector 20%

Televisão 7%

Software 13%

Computadores 20%

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

Não % Sim % Não Sim

Fonte: Próprio (Questionário)

Em relação a Tabela nº 7 e no Gráfico nº 7 – Recursos de Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC), verifica-se que 100% dos inquiridos, utilizam os recursos tecnológicos,
distribuídos assim: Internet (20 %), Microsoft Word (20 %), Biométrica (0 %), Projector (20
%), Televisão (7 %), Software (13 %) e Computadores (20 %).

59
Tabela nº 8 – Ferramentas que Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar os seus
colaboradores

Ferramenta Qtd % Total


Telefone 3 20% 3
Internet 3 20% 3
Outlook 2 13% 2
Team Viewer 2 13% 2
Facebook 3 20% 3
Linkedin 0 0% 0
Teleconferencia e Telepresença 0 0% 0
Correio Electronico 2 13% 2
Total 15 100% 15
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 8 – Ferramentas que Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar os seus
colaboradores

FERRAMENTAS QUE KANJAYA, LDA UTILIZA PARA SE


COMUNICAR E INFORMAR OS SEUS
COLABORADORES
Correio Electronico 13%
Teleconferencia e Telepresença 0%
Linkedin 0%
Facebook 20%
Team Viewer 13%
Outlook 13%
Internet 20%
Telefone 20%

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

% Qtd

Fonte: Próprio (Questionário)

No que concerne a Tabela nº 8 e no Gráfico nº 8 Ferramentas que Kanjaya, Lda utiliza


para comunicar e informar os seus colaboradores, obteve-se assim os seguintes resultados:
Correio Electrónico (13%), Teleconferência e Telepresença (0%), Linkedlin (0%), Facebook
(20%), Team Viewer (13%), Outlook (13%), Internet Facebook (20%) e Telefone Facebook
(20%).

60
Tabela nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda

Ferramentas (TIC) Sim Não Sim % Não %


Produto/Serviço online 2 0 18% 0%
Venda de Produto/Serviço online 1 2 9% 40%
Ferramentais (TIC), disponibilizado pelo governo de Angola 1 1 9% 20%
Portais do Governo de Angola 1 2 9% 40%
Serviços de ATM 1 0 9% 0%
Multicaixa ou Multibanco (Caixas electrónicas) 2 0 18% 0%
Pagamento de Imposto via online 3 0 27% 0%
Total 11 5 100% 100%
Fonte: Próprio (Questionário)

Gráfico nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda

Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda


Pagamento de Imposto via online 27%

Multicaixa ou Multibanco (Caixas electrónicas) 18%

Serviços de ATM 9%

Portais do Governo de Angola 9% 40%


Ferramentas (TIC), disponibilizado pelo governo de
9% 20%
Angola
Venda de Produto/Serviço online 9% 40%

Produto/Serviço online 18%

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Sim Não Sim % Não %

Fonte: Próprio (Questionário)

Em relação a Tabela nº 9 e no Gráfico nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda,


obteve-se os seguintes resultados percentual de sim: Pagamento de Imposto Via online (27 %),
Multicaixa ou Multibanco (18 %), Serviço de ATM (9 %), Portais do Governo de Angola (9
%), Ferramentas (TIC), disponibilizado pelo governo de Angola (9 %), Produto/Serviço online
(9 %) e Venda de Produto/Serviço online (18 %).

61
3.2. Discussão dos Resultados

Segundo (Haro, et al., 2016, p. 168), “esta secção destina-se à análise, interpretação e
classificação dos resultados obtidos, a partir dos quais deve ser possível fazer inferência e tirar
conclusões, enfatizando as consequências teóricas e práticas do estudo efectuado”.

3.2.1. Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

Em relação a Tabela nº 9 e no Gráfico nº 9 – Utilização das TIC´S pela Kanjaya, Lda,


os inquiridos consideram que as TIC enquanto uma ferramenta de trabalho muito indispensável,
porque permite uma maior eficiência e eficácia no desenvolvimento de qualquer actividade,
obtendo assim os seguintes resultados percentual de sim: Pagamento de Imposto Via online (27
%), Multicaixa ou Multibanco (18 %), Serviço de ATM (9 %), Portais do Governo de Angola
(9 %), Ferramentas (TIC), disponibilizado pelo governo de Angola (9 %), Produto/Serviço
online (9 %) e Venda de Produto/Serviço online (18 %).

Partilhar toda esta gama de recursos é algo que se tornou definitivamente indispensável
e é a única maneira de gerir interdependências. Mas esta partilha só é possível se processar em
redes de pessoas e de recursos e estas assentam, por sua vez, em infra-estruturas tecnológicas
cada vez mais avançadas e sofisticadas e de utilização mais flexível, (Lopes, 1997).

Entende-se que a empresa Kanjaya, Lda, ao permitir que os funcionários usarem os


recursos Tecnológico, estará a capacitá-los com conhecimento individual ou em grupo, para as
organizações ou para sociedade. De acordo com Pinochet (2014, p. 15), diz que, “a integração
destes recursos possibilita que exista um desenvolvimento humano tecnológico necessário para
a capacitação que poderá representar competências específicas, sendo um diferencial para o
conhecimento individual ou em grupo, para as organizações ou para a sociedade, e que envolve
dentro de um cenário de competição, a vantagem competitiva”.

Em relação a Tabela nº 7 e no Gráfico nº 7 – Recursos de Tecnologia de Informação e


Comunicação (TIC), verifica-se que 100% dos inquiridos, utilizam os recursos tecnológicos.

Na visão de Chiavenato (2004, p. 551), “a tecnologia influencia fortemente as


características pessoais e os conhecimentos que os membros organizacionais deverão oferecer
do ponto de vista profissional”.

62
Para isso, não basta ter os recursos tecnológicos e sim o conhecimento profissional,
como se pode ver através da Tabela nº 6 e no Gráfico nº 6 – Formação Ligada as TIC´S, apenas
1 (Um) dos inqueridos respondeu Sim (100%).

Entender que a aprendizagem, e, por conseguinte, a educação, é um processo constante,


que se estende pela vida toda, no qual o papel da escola é relativamente pequeno, e que,
portanto, a principal responsabilidade pela educação é sempre da própria pessoa, (Chaves,
1998, p. 59).

Para Maximiano (2000), reforça dizendo, a tenologia transforma os recursos nas coisas
que os homens desejam. A tecnologia inclui, entretanto, não apenas instrumentos, máquinas e
outros implementos, mas também os conhecimentos e a habilidade acumulados necessários á
utilização de quaisquer instrumentos disponíveis.

Segundo o Director de Divisão da empresa Kanjaya, Lda, considera a utilização das


Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), sendo “a ferramenta que possibilita e habilita
os utentes a efectivarem e darem maior qualidade na informação que produzam é dever das
organizações optarem sem questionamento o uso exclusivo desta ferramenta”.

Mais de 7.803.810 de indivíduos possuem telefones, 2.119.946 de indivíduos utilizam


a internet e 2.060.989 de indivíduos têm computador. Esses são os dados da utilização das
tecnologias de informação e comunicação em Angola, segundo os dados (INE, 2016, p. 58).

Segundo o nosso Excelentíssimo, Camarada Eng.º José Eduardo dos Santos, Presidente
Cessante da República de Angola, afirma que, O uso das novas Tecnologias de Informação e
Comunicação é um dos pilares indispensáveis à estruturação e reforço das sociedades
contemporâneas. A emergência da Sociedade do Conhecimento exige do nosso Governo e de
todos os cidadãos a adopção de novos paradigmas de governação e de novos modelos de
relacionamento entre governantes e governados, a fim de se conferir outra plenitude à sua
participação na vida social, cultural, educativa, académica, económica e política do país, (Rema,
2013).

63
3.2.2. Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Como Ferramenta para o
Melhoramento da Gestão

No que concerne a Tabela nº 8 e no Gráfico nº 8 – Ferramentas Utilizadas pela Kanjaya,


Lda para Comunicar e Informar com os seus Colaboradores, é eficaz, permite trocar
informações sem deslocar, obtendo assim: Correio Electrónico (13%), Teleconferência e
Telepresença (0%), Linkedlin (0%), Facebook (20%), Team Viewer (13%), Outlook (13%),
Internet Facebook (20%) e Telefone Facebook (20%).

Verifica-se que 100% dos inquiridos consideram que as Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC), requer que os funcionários se habilitem de forma a acompanhar as
tecnologias no mercado de trabalho, porque acompanhar a evolução do mercado e contribui
para maior sucesso da empresa.

As Tecnologias de Informação e Comunicação têm evoluído nos últimos anos de forma


muito significativa, permitindo aperfeiçoar o funcionamento do sistema de informação
organizacional. A informatização das organizações possibilita não só um aumento do nível de
eficiência do sistema de informação como permite a obtenção de vantagens competitivas em
relação aos concorrentes, contribuindo desta forma para o crescimento e desenvolvimento dessa
organização, (Caldeira, 2008, p. 18)

Sendo que estamos na 4ª geração Tecnológica, onde nos dias de hoje é impossível nas
organizações, dispensarem o uso das TIC´S, acrescenta Chiavenato (2004, p. 487), “A
tecnologia é o factor principal na determinação da estrutura organizacional e das relações entre
os serviços” O mesmo autor reforça ainda que,

A tecnologia sempre influenciou poderosamente o funcionamento das organizações a


partir da Revolução Industrial. Essa foi o resultado da aplicação da tecnologia da força motriz
do vapor na produção e que logo substituiu o esforço humano permitindo o aparecimento das
fábricas e indústrias, (Chiavenato, 2004).

Já para Pinochet (2014, p. 205), “a TIC tem-se tornado um dos principais componentes
dentro do ambiente de negócios, sendo que as empresas nacionais e internacionais têm investido
de forma intensa em recursos com os seguintes propósitos: estratégico, táctico, e operacional”.

Considera-se “O uso da tecnologia está além do ‘fazer melhor’, ‘fazer mais rápido’,
trata-se de um ‘fazer diferente”, (Rolkouski, 2011, p. 102).
64
Ainda Pinochet (2014 Apud Benjamin, Rockart e Wyman, 1984), “considera que alta
gestão não deve medir esforços para que se crie um ambiente no qual a TI seja considerada uma
importante ferramenta estratégica para o negócio.”

São as Organizações que executam quase todas as actividades na sociedade moderna.


As organizações complexas representam um dos elementos mais importantes da sociedade
actual. Em geral, as pessoas nascem em hospitais, são educadas em escolas e trabalham em uma
organização, (Lacombe & Heilborn, 2008).

Pinochet (2014), acrescenta, as organizações utilizam alguma forma de tecnologia para


executar suas operações e realizar suas tarefas. A tecnologia adoptada pode ser tosca e
rudimentar (como a faxina e a limpeza feitas com vassoura ou escovão) como pode ser
sofisticada (como o processamento de dados pelo computador). Mas é evidente que as
organizações dependem da tecnologia para poder funcionar e alcançar seus objectivos.

Com isso, podemos perceber que o investimento nas TIC´S é um investimento muito
elevado e por consequência traz benefícios a saber: maximização de lucros da organização,
redução do esforço humano, minimiza custos correntes da organização e aumenta à eficiência
e eficácia das actividades de tarefas da Organização. Cabe nos dias de hoje,

Os gestores da era digital têm uma função importantíssima, a de identificar a


tecnologia adequada para que esta atenda as reais necessidades de suas empresas,
sabendo que irá mudar toda a cultura organizacional, incluindo a qualificação
profissional de seus colaboradores. A tecnologia determina a estrutura organizacional
e o comportamento organizacional. Alguns autores falam de imperativo tecnológico:
a tecnologia determina a estrutura da organização e seu comportamento. Apesar do
exagero da afirmação, não há dúvida de que existe um forte impacto da tecnologia
sobre a vida e o funcionamento das organizações. A tecnologia faz os administradores
melhorarem cada vez mais a eficácia dentro dos limites do critério normativo de
produzir eficiência, (Idem, p.523).

Com isso, podemos verificar que o nosso resultado esperado: os colaboradores da


Kanjaya, Lda, utilizam as TIC´S como ferramentas para o melhoramento da Gestão.

65
CONCLUSÃO

A nossa pesquisa não é conclusiva, estará aberta para qualquer análise científica.
Mediante a apresentação e interpretação dos dados obtidos, chegou-se as seguintes conclusões:

Os objectivos foram alcançados, mediante o estudo da utilização das tecnologias de


informação e comunicação (TIC) na kanjaya, lda. o que permitiu verificar como a kanjaya, lda
usam as tecnologias de informação e comunicação (TIC), como ferramenta para o
melhoramento da Gestão;

Quanto a primeira hipótese foi confirmada - empresa Kanjaya, Lda; usa as tecnologias
de informação e comunicação (TIC), logo, como ferramenta para melhoramento da gestão no
que toca à Eficiência e Eficácia.
A segunda hipótese empresa Kanjaya, Lda; não usa as tecnologias de informação e
comunicação (TIC), logo, não tem melhoramento da gestão no que toca à Eficiência e Eficácia.
Não foi confirmada.

Os inquiridos consideram que as TIC enquanto uma ferramenta de trabalho muito


indispensável, porque permite uma maior eficiência e eficácia no desenvolvimento de qualquer
actividade, obtendo assim os seguintes resultados percentual de sim: Pagamento de Imposto
Via online (27 %), Multicaixa ou Multibanco (18 %), Serviço de ATM (9 %), Portais do
Governo de Angola (9 %), Ferramentas (TIC), disponibilizado pelo governo de Angola (9 %),
Produto/Serviço online (9 %) e Venda de Produto/Serviço online (18 %).

Tendo em conta a complexidade da pergunta de partida, afirmamos que foi respondida,


tendo em conta a confirmação da hipótese que a empresa Kanjaya, Lda; usa as tecnologias de
informação e comunicação (TIC), logo, como ferramenta para melhoramento da gestão no que
toca à eficiência e eficácia.

Os Colaboradores da Kanjaya, Lda, possuem habilitações académicas do ensino


superior, as mesmas, são as exigidas para a função que desempenham na empresa.

Este trabalho de conclusão de curso verificou a utilização das tecnologias de informação


e comunicação (TIC), pensamos que o uso das TIC´S não são uma necessidade, mas sim uma
opção por parte dos particulares e empresas.

66
RECOMENDAÇÕES

Criação de um Único Sistema de Agendamento

No contexto geral, nós recomendamos ferramentas das Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC), propriamente “Agendamento”, não existe nada mais aborrecido em
Angola especialmente em Luanda do que esperar uma fila, seja no banco, nas escolas, para
tratar um documento (especialmente), as pessoas demoram dias pós dias para tratar de um
documento, a caso de pessoas que dormirem nestes locais só para ocupar os seus lugares, nos
bancos são horas e horas muitos desistem, se quiser ser atendido rápido é preciso madrugar…
em suma existe uma grande confusão quando o assunto é filas.

Em particular as empresas, com essa ferramenta podem ter o controlo dos clientes e
procurando receber mais trabalho e tirando assim preguiça, com as TIC´S dá-nos ferramentas
que tornar a vida e o trabalho humano mais fácil e menos forçados. Recomendamos prestar
serviços usando as TIC´S, aqueles trabalhos ou serviços que pode ser feito no mesmo dia e ser
entregue ao cliente, a fim de não de ter muito trabalho.

Com isso diminuirá o estresse e o engarrafamento, porque os indivíduos sairão de casa


com um objectivo e na hora exacta.

Então pensamos numa maneira de acabar com estas filas ou torna-las mais fáceis de se
acturar, já imaginou se existisse uma ferramenta para celular onde constasse todos os locais que
exijam filas como bancos, casas de registos, embaixadas, restaurantes, hotéis, instituições
estatais e privadas.

A ideia é eliminar as filas do mundo real e mandar elas para o mundo virtual, é isso aí,
vai existir uma fila virtual para cada banco ou casa de registo, onde as pessoas poderão escrever
os seus nomes e a partir dai saber quantas pessoas já se inscreveram no dia e saberem se no dia
estarão em que numero na fila (é claro que existira um número limite de pessoas a serem
atendidas por dia) e as pessoas também saberão pelo número em que estão se serão atendidas
em que hora do dia.

A pessoa não precisará de passar o dia na fila para ser atendida, já saberá a hora que
deve ir ao estabelecimento para ser atendida.

67
Entendemos que esta ferramenta além de atrair muitos usuários para rede ira também
facilitar a vida de muita gente, e atrair muita aderência e com isso é claro gerar muitos lucros.

Criação de um Sistema de Boletim de Sugestões/Reclamações

Atendendo a situação social cultural de Angola, onde a população não tem oportunidade
muitas vezes de exprimir as suas ideias ou uma opinião pública. Devido a pouca oportunidade
de auscultação a população.

Pensamos em uma ferramenta onde dará oportunidade a população explicar duas


sugestões/reclamação em diversas instituições do País. Dando então privilégios a indivíduos
dar sua ideia positiva em um determinado serviço.

Criação de um Sistema de Ferramenta para as Bombas de Combustíveis

Notamos que é de difícil saber, em determinadas vezes onde esta geograficamente uma
bomba de combustíveis. Esta ferramenta ajudar em mostrar qual a bomba de combustível mais
próxima, se há combustível disponível.

Criação de um Sistema de Ferramenta de Multicaixa

Esta ferramenta assemelha-se com a ferramenta para as bombas de combustíveis, em


que procura mostrar o multicaixa mais próximo de si, e se há dinheiro.

Ministério da Energia e Água de Angola sobre a Energia Eléctrica

É de salientar que diversas áreas estão interligadas possuem uma dependência, o mesmo
ocorre com as tecnologias de informação e comunicação (TIC), recomendamos melhorias
nesses serviços, para fim de termos qualidades dos serviços de TIC´S.

Para Pinochet (2014), em sua obra Tecnologia da Informação e Comunicação em um


sumário intitula “ Internet Tão essencial quanto a Energia Eléctrica” diz que No início do século
XXI, a internet torna-se tão essencial quanto a energia eléctrica. Os celulares, assim como os
smartphones são a porta para qualquer informação, a qualquer hora, de qualquer lugar. Lidar
com o excesso de informações talvez seja uns dois grandes desafios do momento.

Embora ainda que, segundo o MTTI (2010), bem sabemos as dificuldades com que o
nosso país ainda se depara, e que têm constituído um entrave a um desenvolvimento mais rápido

68
do sector das Tecnologias de Informação, tais como a existência de algumas infra-estruturas
básicas ainda pouco desenvolvidas (sobretudo ao nível da rede de energia eléctrica) e o número
reduzido das infra-estruturas de telecomunicações e de informação existentes (o que se reflecte,
nomeadamente, no escasso número de cidadãos angolanos com acesso a computadores e à
Internet).

Sem prejuízo das muitas melhorias que ainda há a fazer neste domínio, os problemas
têm sido colmatados com o recurso a geradores que fornecem energia eléctrica às populações,
quando a rede de distribuição eléctrica falha. Contudo, esta alternativa é insuficiente e está
longe de ser a ideal, nomeadamente pelos custos acrescidos que representa, pelo que urge
encontrar formas mais eficazes de solucionar o problema, (Idem).

Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola sobre os Correios

O correio é um sistema de comunicação que envolve o envio de documentos (cartas,


facturas, Propaganda, Produtos) e encomendas entre um remetente e um destinatário, que
podem estar numa mesma cidade ou em lugares muito distantes entre si.

Em Angola ainda temos alguns problemas que estão a ser superados pelo Governo de
Angola, foi elaborado planos, objectivos e estratégias, onde as Tecnologia de Informação e
Comunicação, conforme referido neste trabalho esta ingente em varias áreas de serviço dos dias
de hoje.

Para os Correios de Angola foram definidas seis (6) áreas de intervenção


correspondendo a igual número de planos, nomeadamente:

Plano de Recursos Humano, Plano Comercial e Marketing, Plano Financeiro, “Plano de


Tecnologias de Informação e Comunicação”, Plano de Serviços Financeiros Postais e Plano de
Recuperação da Rede Postal.

Com as melhorias que estão a ser feitas, afim que muitas empresas privadas e estatais
em aumentarem a sua produtividade. Com isso, satisfazer as necessidades e serviços com
qualidade para os cidadãos angolanos. Por exemplo: o bilhete de identidade, carta de condução,
passaporte, factura de água, gás e energia, telefone, cartão multicaixa e outros. Poderiam ser
feitos pelos correios, que faria chegar nas residências dos moradores as suas correspondências.

69
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Comunicações. (9 de Setembro de 2014). [I Série – N.º 167]. Luanda: Imprensa
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Informação. (20 de Junho de 2011). [I Série – N.º 115]. Luanda: Imprensa Nacional.
9. Lei n°30/11. Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas. (13 de Setembro de 2011).
[I Série – N.º 176]. Luanda: Imprensa Nacional.

74
ANEXOS

75
ANEXO 1. Questionário

No âmbito da realização do trabalho de fim do Curso de Administração Pública do


Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), pretende-se realizar um
questionário que tem como objectivo analisar A utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) nas Organizações – Estudo de caso da Empresa Kanjaya, Lda.

Este inquérito destina-se exclusivamente para este a fim, e para conseguirmos responder
de forma credível as perguntas de partida deste, é necessário que responda este questionário
com veracidade e de forma clara às questões que se seguem.

1.Cargo que ocupa na empresa: _________________________________

2.Tempo de serviço: __________

3. Idade: ________

4.Genero: ( ) masculino ( ) feminino

5. Nível académico: ( ) Base ( ) Médio ( ) Superior

6. O que entende por Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)?


___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

7. Possui formação ligada as TIC´S? ( ) Sim ( ) Não

8. No desempenho das suas funções na empresa você utiliza:


a) Computadores ( ) Sim ( ) Não
b) Software ( ) Sim ( ) Não
c) Televisão ( ) Sim ( ) Não
d) Projector ( ) Sim ( ) Não
e) Biométrica ( ) Sim ( ) Não
f) Word ( ) Sim ( ) Não
76
g) Internet ( ) Sim ( ) Não

9.Que tipo de ferramenta que a Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar com os
colaboradores?
( ) Telefone
( ) Internet
( ) Outlook
( ) TeamViewer
( ) Facebook
( ) Linkedin
( ) Teleconferência e Telepresença
( ) Correio Electrónico

10. A Empresa Kanjaya, Lda,


a) Compra produto/Serviço online? ( ) Sim ( ) Não
b) Vende produto/Serviço online? ( ) Sim ( ) Não
c) Usa Ferramentas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), disponibilizado
pelo governo de Angola? ( ) Sim ( ) Não
d) Usa os Portais do Governo de Angola? ( ) Sim ( ) Não
e) Usa Serviços de ATM ( ) Sim ( ) Não
f) Usa Multicaixa ou Multibanco (Caixas electrónicas) ( ) Sim ( ) Não
g) ( ) Usa Pagamentos de Imposto via online ( ) Outros. Quais?

11. Sugestão sobre a Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas
Organizações?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________

77
ANEXO 2. Grelha de Observação

Item Observado Pouco Não


observado observado
Funcionários na utilização de
computadores.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Relacionamento entre os colaboradores por meio
das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC).

Recursos tecnológicos, usado no local de trabalho.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Televisão
Projector
Calculadoras
Computador
Identificação Biométrica

Utilização de Software Genérico.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Word
Power Point
Excel
Software de navegação na Internet
Software
Outros.

78
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) influenciam a forma de trabalho
das pessoas dentro da organização.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Eficácia
Eficiência
Produtividade

O surgimento das Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), requer que os


funcionários se habilitem de forma a acompanhar as tecnologias no mercado de trabalho.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Formação Inicial
Formação Continua
Reciclagem
Update

Item Observado Pouco Não


observado observado
As ferramentas das TIC´S disponíveis
conseguem responder as exigências no local do
trabalho

Item Observado Pouco Não


observado observado
O uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) nas empresas contribuem
para o bom desempenho nas tarefas

79
Tipo de ferramenta que a Kanjaya, Lda utiliza para comunicar e informar com os
colaboradores.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Telefone
Internet
Outlook
Facebook
Teleconferência e Telepresença
Viber
Teamviewer
Skype
Correios
Outros.

Ferramentas das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), disponibilizado pêlo


governo de Angola.

Item Observado Pouco Não


observado observado
Portal Oficial do Governo da República de
Angola (http://www.governo.gov.ao/)
Portal do cidadão (http://www.cidadao.gov.ao/)
Portal Segurança Social (www.inss.gv.ao/)
Portal do SIAC (www.siac.gv.ao/)
Administração Geral Tributária
(www.agt.minfin.gv.ao/)
Guiché Único da Empresa (GUE) (gue.minjus-
ao.com/)
Ministério da Ciência e Tecnologia
(www.minct.gov.ao/)

80
Ministério do Comércio (www.minco.gov.ao/)
Ministério da Comunicação Social
(www.mcs.gov.ao/)
Ministério da Economia (www.minec.gov.ao/)
Ministério Das Finanças (www.minfin.gv.ao/)
Ministério das Relações Exteriores
(www.mirex.gov.ao/)
Ministério Da Administração Pública, Trabalho e
Segurança Social (www.maptss.gov.ao/)
Ministério das Telecomunicações e Tecnologias
de Informação (www.mtti.gov.ao/)
Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias
Empresas (INAPEM)
(www.portal.inapem.gov.ao/)
Outros.

A empresa Kanjaya, Lda tem utilizado, os seguintes serviços de Telecomunicação e


Informação (TIC) oferecidos pela instituição estatais e privadas:

Item Observado Pouco Não


observado observado
Serviços de ATM
Multicaixa ou Multibanco (Caixas
electrónicas)
Pagamentos de Imposto via online
Outros.

81
ANEXO 3. Ministérios e outras Instituições/Portais e as respectivas Páginas na Web

Instituição e Portal Página Web


Portal Oficial do Governo da República de Angola http://www.governo.gov.ao/
Portal do cidadão http://www.cidadao.gov.ao/
Portal Segurança Social http://www.inss.gv.ao/
Portal do SIAC http://www.siac.gv.ao/
Administração Geral Tributária http://www.agt.minfin.gv.ao/
Guiché Único da Empresa (GUE) http://www.gue.minjus-ao.com/
Ministério da Ciência e Tecnologia http://www.minct.gov.ao/
Ministério do Comércio http://www.minco.gov.ao/
Ministério da Comunicação Social http://www.mcs.gov.ao/
Ministério da Economia http://www.minec.gov.ao/
Ministério Das Finanças http://www.minfin.gv.ao/
Ministério das Relações Exteriores http://www.mirex.gov.ao/
Ministério Da Administração Pública, Trabalho e http://www.maptss.gov.ao/
Segurança Social
Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de http://www.mtti.gov.ao/
Informação
Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias http://www.portal.inapem.gov.ao/
Empresas (INAPEM)

82
ANEXO 4. As TIC´S nos Serviços Postais

ANEXO 5. As TIC´s na Fidelização dos Clientes - CRM (Customer Relationship


Management) - Sistema de Gestão de Clientes

83
ANEXO 6. Enquadramento - Plano Nacional da Arquitectura Global para a
Interoperabilidade da Administração Central e Local do Estado (PNAGIA)

ANEXO 7. Situação Actual - Plano Nacional da Arquitectura Global para a


Interoperabilidade da Administração Central e Local do Estado (PNAGIA)

84
ANEXO 8. Plano Nacional da Arquitectura Global para a Interoperabilidade da
Administração Central e Local do Estado – PNAGIA

ANEXO 9. Princípios Fundamentais da Interoperabilidade

85
ANEXO 10. Novo Paradigma - Plano Nacional da Arquitectura Global para a
Interoperabilidade da Administração Central e Local do Estado (PNAGIA)

ANEXO 11. Como as TIC´S podem Ajudar

86
ANEXO 12. Estatística Geral de Empresas Certificadas pelo INAPEM

87
ANEXO 13. Estatística por Província de Empresas Certificadas pelo INAPEM

88
ANEXO 14. Kanjaya apresentação

Nossos Colaboradores
KANJAYA, LDA CONTABILISTA – Membros da Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola OCPCA,
Membro da OCPCA E20170045 Consultores e contamos com mais 35000 horas oferecendo soluções especificas, Especializados nas
respectivas áreas de actuação e comprometidos com o serviço.
Contabilidade, Consultoria, Orientação
FORMADOR, Certificados pelo Centro Nacional de Formação de Formador CENFFOR e Instituições
Estudamos as reais necessidades do cliente; Internacionais, possuímos Formação Superior, contamos com mais de 15000 horas lectivas e somos
Recolhemos e tratamos das informações em Consultores Educacionais.
tempo útil; elaboramos Relatórios a medida
das necessidades reais do cliente
Estratégia
Temos como OBJECTIVO, impulsionar o desempenho e o sucesso de cada cliente através de soluções
Kanjaya Formação personalizadas e inovadoras contribuindo para o desenvolvimento das organizações.
& Consultoria™
Credencial 115.01/LA/2015 Nossa MISSÃO Orientar organizações e formar pessoas e melhorar a humanidade

Formação e Consultoria Educacional Nossa VISÃO, ser um grupo de referência internacional e excelência contábil para as Organizações

Nossos VALORES: Ética, Qualidade, Cooperação

Nossa CULTURA: orientação para o cliente

89
Criamos valor partilhado

FORMAÇÃO E CONSULTO RIA EDUCACIONAL Contabilidade


Fale Conosco Contabilidade Analítica

Kanjaya, Lda
Formação Profissional Contabilidade Geral
Gestão Empresarial Fecho e Contas
Educação, Ensino, Formação Organização de Arquivos
Formação de Formadores Rua Vila Viçosa. Casa Nº 97 Orientação de MPME
Seminários Educacionais Bairro Popular. Kilamba Kiaxi Pagamento de impostos via on line
Contabilidade, Finanças, Empreendedorismo Luanda, Angola Processamento de imposto
Malange, Angola
Consultoria Educacional Consultoria
Cedência Temporária de Formadores + 244932 401 223 Abertura de empresa
Centro de Pesquisa Pedagógica +244 912 217 676 Autenticação/Registro de Livros
Elaboração de Questionários e Guias de entrevistas Certidão negativa de falências ou protestos
Elaboração de Manuais Certidões negativas do INSS, AGT
Elaboração de Projectos Educativos contabilidade@kanjaya.net Declaração obrigatória
formacao@kanjaya.net Elaboração de Actas
Serviço Educacional kanjaya.lda@outlook.com Elaboração de Plano de Negócios
Gestão de Centros de Formação Profissional Estudo de Viabilidade Económica
FB/Kanjaya Formação & Consultoria Inventários
Gestão de Escolas
Gestão de Formações Orçamento
Acesse nosso site:
Orientação Educacional Processos e Procedimentos Internos
www.kanjaya.net
Orientação Metodológica de Monografias Projecto de Investimento
Orientação Profissional
Programa de Aperfeiçoamento de Formador
Softwares de Gestão
Biblioteca Especializada

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