Kaida encontra um adolescente prestes a se afogar em um tubo de um laboratório. Ela o salva, cobrindo seu corpo nu com seu casaco. Como pagamento por seu trabalho, ela pede a Van Kommer, o chefe do laboratório, para libertar o garoto, abrindo mão do pagamento em dinheiro. Van Kommer nega libertá-lo, mas concorda em diminuir a intensidade dos experimentos nele realizados.
Kaida encontra um adolescente prestes a se afogar em um tubo de um laboratório. Ela o salva, cobrindo seu corpo nu com seu casaco. Como pagamento por seu trabalho, ela pede a Van Kommer, o chefe do laboratório, para libertar o garoto, abrindo mão do pagamento em dinheiro. Van Kommer nega libertá-lo, mas concorda em diminuir a intensidade dos experimentos nele realizados.
Kaida encontra um adolescente prestes a se afogar em um tubo de um laboratório. Ela o salva, cobrindo seu corpo nu com seu casaco. Como pagamento por seu trabalho, ela pede a Van Kommer, o chefe do laboratório, para libertar o garoto, abrindo mão do pagamento em dinheiro. Van Kommer nega libertá-lo, mas concorda em diminuir a intensidade dos experimentos nele realizados.
A sala estava escura, tudo o que a iluminava eram os tubos gigantes.
Kaida, em sua curiosidade, não viu problema em checar. Todos os tubos
estavam vazios, exceto 1, que estava opaco, cheio de água dentro. Havia um formulário ao lado da porta. Ela o pegou e, pelo que conseguiu ler com a baixa presença de luz foi que aparentemente era um experimento de resistência. Todos os tubos vazios agora, eram antes cheios de jovens, que não resistiram o suficiente e faleceram. O tubo opaco era o único que estava iluminado devidamente. Ela se aproximou e então conseguiu ver a figura de um adolescente, era maior que ela, talvez um pouco mais velho. Ele usava uma máscara interligada a o que poderia ser tubos de oxigênio. No momento em que Kaida tocou no vidro, os olhos do rapaz se abriram desesperadamente. Ele começou a se remexer inutilmente dentro da água e danificou a máscara de oxigênio. Ele se contorcia, ela a princípio não entendeu o porquê dele ter acordado tão desesperado, mas sabia que ele ia acabar morrendo assim. Olhou em volta e não viu ninguém, nem um botão. Então decidiu, por impulso, usar sua individualidade parcialmente em um chute contra o vidro que era visivelmente grosso. O mesmo se rachara, fazendo a própria pressão da água expandir a rachadura e por fim, o quebrou. A água estava quase escaldante, o garoto foi empurrado pra fora junto à força da água, Kaida fez o possível para apará-lo da melhor forma possível, mesmo sentindo as ardências causadas pela temperatura da água que, felizmente, ainda não estava quente o suficiente para causar uma queimadura de fato. Ela podia ver o vapor saindo da água e do garoto, que tentava respirar fundo, com dificuldade. A temperatura da sala em si estava muito fria. Era inverno, pensou na possibilidade do garoto sofrer um choque anafilático. Retirou seu casaco externo e enrolou no torso dele. Tentou ignorar o fato do rapaz estar nu. Ela não era acostumada com isso, apesar de ter convivido mais com homens do que com mulheres em sua vida, ainda não sabia como reagir devidamente. Ele ainda usava a máscara, agora inútil, mas se recusou a tirá-la em frente a ela. Kaida não conseguiu discernir seu rosto muito bem devido à baixa iluminação, mas conseguiu ver seus olhos. “São muito bonitos.” – pensou. Não pode notar diferença de cores devido à luz presente no local ser azul. Buscou no corpo do garoto marcas de machucado, mas não achou nenhum. “Você está bem?” – ela perguntou. “Foi você que me tirou dali?” – ele perguntou de forma ríspida. “Sim.. você ia se afogar, eu...” – ela fez uma pausa. – “Você sabe onde está?” “Sim. Eu sei mais do que você. Não precisa me dizer!” “O que estavam fazendo com você?” “Isso não é da sua conta. Se continuar aqui vai ter problemas.” – ele abaixou a voz. Nesse momento, foi possível sentir uma presença pesada no ambiente. Kaida olhou para trás e viu Van Kommer na porta. Ele estava escorado no alizar da porta. Estava apenas observando até então. “O que está fazendo aqui, Kaida?” – perguntou ele. “Hum... Você está a demorando, e eu, vi, bom, vi essa sala aberta. O-o garoto. Esse rapaz iria se afogar dentro do tubo.” – ela disse. “E por que você se intrometeu?” “Bom... É...” – ela tinha que pensar no que falar. Seria muito estranho para uma criminosa responsável por matar e sequestrar pessoas responder que iria salvar alguém. – “Porque eu quis.” Um leve e rápido sorriso percorreu o canto dos lábios de Van Kommer. Ela tinha o desobedecido. Isso era de fato ruim. Mas ela foi astuta o suficiente para desobedecê-lo, e isso era interessante. “Eu vim lhe dizer que você pode escolher como quer ser paga pela sua parte das encomendas.” – ele disse, curioso. Kaida olhou Van Kommer de cima abaixo, ela não esperava uma reação tão indiferente ao incidente. Olhou para o garoto e ele estava olhando para ela de uma maneira discreta. Desviou o olhar quando encontrou os dela, parecia envergonhado e frustrado pelo acidente. Ela ponderou a possibilidade de mudar o pedido dessa vez. Ela sempre escolhia pagamento em dinheiro. O laboratório oferecia vários serviços e recursos interessantes para os mais diversos tipos de pessoas. Ela poderia escolher muitas coisas grandiosas, mas pensou que talvez devesse ter mais empatia dessa vez. Afinal, ela fará outras entregas e poderá escolher outras vezes pelas coisas que ela tinha prioridade. “Eu quero que liberem esse garoto desse laboratório.” – ela disse, tímida mas tentando parecer convicta, o que não sabia se realmente estava. “Bom... Não perguntarei uma segunda vez. Eu conversarei com os meus clientes sobre isso. Esteja ciente de que não receberá dinheiro nenhum, desde que fez essa decisão.” – ele disse,e retirando da sala. – “E você vem comigo. Não fique aí, não quero mais problemas.” Kaida se levanta. Não olha para o menino uma segunda vez mas faz um sinal de despedida com a mão. Quando vira as costas sente o olhar dele secá-la pelas costas, então o escuta se levantar e ir para uma sala no fundo do corredor. Ficou se perguntando se Van Kommer a puniria pelo que ela fez. Ele nunca responderia essa pergunta. Era interessante para Van Kommer o comportamento de Kaida. Ela era amais imprevisível do que Kirill, mesmo sendo mais nova. Ele era uma pessoa acostumada a ser obedecido, suas palavras eram como mandamentos para seus servos, e agora havia alguém os desobedecendo. Não foi a primeira vez. Ele admirava isso, estava cansado de conviver com bonecos. Ele tinha certeza que tinha feito a escolha certa em levar Kaida com ele em suas viagens. Se sentiu orgulhoso. Ela sabia como ganhar a atenção dele. As negociações foram um sucesso e os cientistas responsáveis negaram libertá-lo, mas concordaram em mudar a intensidade dos experimentos nele realizados. Ela estava fazendo aquilo para se sentir bem consigo mesma ao ter ajudado alguém? Esse alguém queria ser ajudado? Decidiu não pensar sobre isso e esquecer desse incidente assim que voltasse à Europa. De alguma forma a preferência de Van Kommer se fortaleceu para o lado dela, isso seria benéfico para ela no futuro.