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NARRADOR
1870 No sertão brasileiro, túlio estava saindo para pegar água, uma
das ordens vindas de sua sinha. Em meio a uma calma e linda paisagem
nasce o sol com todo seu esplendor, apenas sons de passos podem ser
ouvidos em toda aquela calmaria. Mas por conta de um pequeno
descuido não muito longe essa pessoa vem a se acidentar começando
nossa história. Túlio encontra tal homem ferido e decide ajudá-lo".
Sai de cena o narrador narrador
TRANQUEDO
–SOCORRO!! SOCORRO!! SOCORRO!!
(permanece gritando)
TÚLIO
(Túlio surge do meio da mata, carregando um vaso e sai correndo em
direção ao homem).
–o senhor está ferido!
–ÚRSULA, ÚRSULA venha cá!
TÚLIO
–Não sei, me ajude a levantá-lo homem! (Fala desesperado).
NARRADOR.
"Tito e Túlio levaram-no para a casa de seu luís para poderem cuidar
do homem que até o momento é um desconhecido"
TITO
ÚRSULA, ÚRSULA. Traga água e panos!!
ÚRSULA
(volta carregando os panos no ombro e água e começa a
limpar a ferida de Tranquedo) Ursula diz:
–Túlio, quem é esse? ele é algum escravo fugido?
TÚLIO
–Arrumado demais para ser um escravo, deve ser um fazendeiro.
TITO
–Deve ser filho de algum fazendeiro importante.
ÚRSULA
–Como que ele veio a se acidentar?
–Ele foi atacado?
(Disse olhando para Túlio, em tom mais nervoso).
TÚLIO
–Não sei responder a senhora.
TITO
–Deve ter caído de cansaço, olhe suas pernas estão roxas.
(Todos olham para suas pernas)
SUSANA
–Crê em Deus pai. Quem é esse?
ÚRSULA
–Não sabemos, ele apareceu ferido e desmaiado.
SUSANA
–O que sua mãe minha senhora vai achar disso?
– a pobre coitada já não pode saber de um mero vaso quebrado sem
ficar preocupada, quem dirá disso.
(Anda preocupada de um lado para o outro).
–vou avisar minha sinha. (fala enquanto vai falar com Luís B.)
NARRADOR
–Depois de muita conversa para ver se aquele homem ficaria na casa
ou não, é finalmente decidido, o homem poderia ficar na residência.
Dias se passaram, Úrsula continuava cuidando pessoalmente do rapaz,
ela estava cega de amor por ele, e ele está criando sentimentos por
ela.
(Narrador se retira)
TRANQUEDO
–Acho que está na hora de partir.
–Muito obrigado por cuidar de mim Úrsula.
(Fala tocando em seu queixo)
ÚRSULA
–Mas já? Tem certeza que está completamente recuperado? Você
deveria ficar mais um tempo.
TRANQUEDO
–não fale asneiras, estou bem.
–E mesmo que eu queira ficar, tenho que seguir meu rumo.
SUSANA
–O senhor finalmente acordou e já vai embora?
–Ao menos espere um pouco.
(Fala enquanto vai até a cozinha preparar um prato de comida).
–o senhor Luis, vai querer conhecê-lo agora que já está recuperado
e não é bom vê-la de barriga vazia.
TRANQUEDO
–Depois de três dias finalmente vou conhecer o dono dessa casa, por
que não a conheci antes?
–Seu Luis? Trouxe para o senhor vero rapaz que ficou aqui.
SR. Luís.
–Finalmente vou conhecer o homem que se hospedou em minha casa.
–Venha cá rapaz.
(Tranquedo anda até a cama)
(Senhor Luis tosse muito forte)
–Já não tenho muito tempo de vida rapaz, quando se está em minha
idade as coisas parecem passar cada vez mais devagar. Diga-me o que
você sente por minha filha?
Susana me informou o jeito que olhava para ela e ela para você.
TRANQUEDO
–Senhor, não vou mentir que não sinto tamanho amor e afeto por
sua filha.
–Estou cada dia mais apaixonado por
ela. –Mas infelizmente terei que
partir.
SR. LUÍS.
–Não é o único que o passado condena meu rapaz.
(Úrsula aparece no quarto)
–Ótimo você está aqui minha filha, tenho uma coisa para dizer a
ambos. -Eu estou paralítico há 12 anos, mas antes de ser paralítico,
fui casado com uma mulher de condição inferior a minha Luisa b. seu
tio nunca me perdoou. Mas não foi um mar de rosas, meu casamento
foi infeliz, ela gastou toda minha fortuna com bebidas, e cortesãs.
Foi assassinada por meu irmão e o mesmo me deixou paraplégico.E por
isso, ele me avisou sobre a moça, ele nunca foi a favor de ficarmos
juntos.
–Depois ele virou dono de toda a fazenda, me retirou de casa e
deixou morar aqui, nunca mais o vi.
–Tranquedo quando eu parti, cuide de tudo por mim.
ÚRSULA
–tem mesmo que ir?
TRANQUEDO
–Infelizmente, mas voltarei logo.
–Dê esse dinheiro a Túlio, por ele ter me salvado.
ÚRSULA
– Pega o dinheiro e agradece.
SUSANA
–Hmm, a senhorita toda feliz, não se anima muito não em, e o Túlio tá
lá atrás.
(Túlio aparece)
TULIO
–Me chamaram?
SUSANA
–E pode um rapaz ficar ouvindo a conversa dos outros assim? Mas
onde já se viu.
ÚRSULA
–Túlio Tranquedo pediu para dar esse dinheiro a você, como forma de
agradecer por tê-lo salvo.
–Meus parabéns Túlio, agora você pode comprar sua Alforria.
SUSANA
–Na minha época, felicidade era arranjar um marido, se casar e ter
uma boa família, felicidade mesmo seria se eu estivesse na África.
Com minha família e amigos.
(Narrador entra)
NARRADOR
–Tempos se passam e toda aquela situação muda, Túlio e tito agora
estão livres, Úrsula estava noiva. Mas nem tudo estava feliz, o
quadro de Luís não era dos melhores, com o passar do tempo ele foi
piorando e logo veio a falecer e as coisas não melhoraram daquele
momento em diante. Úrsula se sentiu triste sem Tranquedo e seu pai,
desolada, ficava o dia todo no jardim, embaixo de um Balba, até que
um dia…
TIo DE URSULA
:Por que choras senhorita?
(Úrsula olha para cima e estranhava a situação, pois, quando olhou
quem era não reconheceu)
–Não fique triste, tudo vai ficar bem, pois você será minha esposa em
breve.
(Beija a mão de Úrsula e se esconde em uma muita, dando parecer que
foi embora).
ÚRSULA
-Tinha alguém aqui! Um estranho.
-Estou preocupada, por favor mande alguém chamar Tranquedo de
volta.
NARRADOR
Depois de horas de espera, Tranquedo finalmente chega a residência,
porém ele não era o único.
TRANQUEDO
-Meu amor, você está bem?
(Úrsula vai em direção a tranquedo e o abraça)
ÚRSULA
-Ainda bem que você está aqui, um homem estranho veio aqui e pediu
minha mão em casamento.
-Depois ele foi embora.
ÚRSULA
-TRANQUEDO POR FAVOR TRANQUEDO, NÃO MORRA. SEJA FORTE! (chora em
cima de Tranquedo).
TRANQUEDO
-Não chore, eu sempre te amei e sempre amarei….
TIO DE ÚRSULA
(anda devagar, até ele)
-Pare de chorar, seu pai não era tão presepeiro, porém era
igualmente fraco.
ÚRSULA
-Tio? É você? ( Fala apavorada).
TIO DE ÚRSULA
-Agora que você notou? Venha logo você se casará comigo. (Ele
agarra o cabelo de
Úrsula e saí à puxando)
- Nós vamos nos casar e você me dará um herdeiro.
(Úrsula enlouquece)
ÚRSULA
-NUNCAA…!!! (grita, se soltando das mãos de seu tio pegando um
pedaço de madeira, enfiando no peito de seu tio)
Narrador:
Úrsula: vou levar você até minha casa lá você será cuidado
Narrador:
Um dia depois….
Tranquedo: nem acredito que estou aqui de novo sendo cuidado por
você
Narrador: