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Por outro lado, há quem discuta se a herança que os gregos receberam dos orientais com os quais
tinham contato deu origem à filosofia. E há quem afirme que o que falta é informação sobre o ori-
ente: "Há, segundo penso, muitas concepções errôneas sobre a filosofia oriental, nem toda ela de
orientação mística e religiosa." Muitos filósofos argumentam que o que ocorre é uma "visão cen-
trada no próprio umbigo"ː no caso, voltada exclusivamente para a produção filosófica realizada na
Europa e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Quando, na verdade, também se produz muita
filosofia de qualidade fora desse círculo "oficial".
A filosofia ocidental tem uma longa história. Ela costuma ser dividida em quatro grandes eras:
Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expres-
são, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato,
tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admi-
rar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um es-
tranhamento"), a archê da Filosofia. "No Teeteto, Sócrates diz a Teodoro que o filósofo tem um pá-
thos, ou seja, uma paixão ou sensibilidade que lhe é: a capacidade de admirar ou de se deixar afe-
tar por coisas ou acontecimentos que se dão à sua volta". O thaumázein, assim como o páthos,
têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupa-
ções do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade inco-
mum, em geral pouco lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os ou-
tros.".
A filosofia medieval: é a filosofia que se desenvolveu durante o que hoje é conhecido como Idade
Média, estendendo-se aproximadamente desde a queda do Império Romano no século V até a Re-
nascença no século XV. A filosofia medieval daria grande ênfase à teologia por causa do impacto
que a religião teve sobre a filosofia ocidental. A filosofia medieval pode ser dividida em dois perío-
dos: o período antes da redescoberta de Aristóteles e o período durante e depois de sua redesco-
berta. O primeiro período foi marcadamente platônico, com um estilo geralmente agradável e assis-
temático, sem uma clara distinção entre teologia e filosofia. O segundo período foi mais aristotélico,
onde o escolasticismo foi o movimento teológico e filosófico dominante.
Os temas centrais da filosofia medieval eram a relação entre fé e razão, a existência e natureza de
Deus, a questão da compatibilidade dos atributos divinos, o problema do mal, o problema da com-
patibilidade da onisciência divina com o livre arbítrio, o problema dos universais, a causalidade, os
limites do conhecimento, a lógica aristotélica e a individuação de substâncias divisíveis e indivisí-
veis. Os princípios subjacentes a todo o trabalho dos filósofos medievais são:
-O uso de lógica, dialética e análise para descobrir a verdade, conhecida como ratio.
-Respeito pelas intuições dos antigos filósofos, em particular Aristóteles, e deferência à sua autori-
dade (auctoritas).
-Coordenação das intuições da filosofia com o ensino teológico e a revelação (concordia).
Filosofia Moderna: é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX, mas a filosofia
desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes
períodos, tais como:
Filosofia do Renascimento
Filosofia do século XVII
Filosofia do século XVIII
Filosofia do século XIX