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Escola Estadual Alberto Torres

Aluna: Sabrina da Silva Santos


Professora: Catarina Matéria: Filosofia
Turma: 1002 EMP
O desenvolvimento da Filosofia ocidental
A referência a uma filosofia ocidental é em oposição a uma filosofia oriental. A existência desta úl-
tima, porém, é um tema controverso. Por um lado, em relação ao oriente (e mesmo a regiões que,
tradicionalmente, não fazem parte do oriente, como a América, a África e a Oceania pré-coloniza-
ção europeia), muitos afirmam que não ocorreu uma separação de ciência e religião, ou pensa-
mento não religioso como algo independente do pensamento religioso, como ocorreu no ocidente.
A "maioria dos historiadores tende hoje a admitir que somente com os gregos começam a audácia
e a aventura expressas numa teoria".

Por outro lado, há quem discuta se a herança que os gregos receberam dos orientais com os quais
tinham contato deu origem à filosofia. E há quem afirme que o que falta é informação sobre o ori-
ente: "Há, segundo penso, muitas concepções errôneas sobre a filosofia oriental, nem toda ela de
orientação mística e religiosa." Muitos filósofos argumentam que o que ocorre é uma "visão cen-
trada no próprio umbigo"ː no caso, voltada exclusivamente para a produção filosófica realizada na
Europa e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Quando, na verdade, também se produz muita
filosofia de qualidade fora desse círculo "oficial".

A filosofia ocidental tem uma longa história. Ela costuma ser dividida em quatro grandes eras:

Filosofia antiga: é o período compreendido entre o surgimento da filosofia e a queda do Império


Romano, na tradição ocidental em particular, baseada na filosofia grega antiga. A filosofia antiga
nasceu de uma necessidade em explicar o mundo com explicações reais.

Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expres-
são, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato,
tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admi-
rar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um es-
tranhamento"), a archê da Filosofia. "No Teeteto, Sócrates diz a Teodoro que o filósofo tem um pá-
thos, ou seja, uma paixão ou sensibilidade que lhe é: a capacidade de admirar ou de se deixar afe-
tar por coisas ou acontecimentos que se dão à sua volta". O thaumázein, assim como o páthos,
têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupa-
ções do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade inco-
mum, em geral pouco lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os ou-
tros.".

A filosofia medieval: é a filosofia que se desenvolveu durante o que hoje é conhecido como Idade
Média, estendendo-se aproximadamente desde a queda do Império Romano no século V até a Re-
nascença no século XV. A filosofia medieval daria grande ênfase à teologia por causa do impacto
que a religião teve sobre a filosofia ocidental. A filosofia medieval pode ser dividida em dois perío-
dos: o período antes da redescoberta de Aristóteles e o período durante e depois de sua redesco-
berta. O primeiro período foi marcadamente platônico, com um estilo geralmente agradável e assis-
temático, sem uma clara distinção entre teologia e filosofia. O segundo período foi mais aristotélico,
onde o escolasticismo foi o movimento teológico e filosófico dominante.

Os temas centrais da filosofia medieval eram a relação entre fé e razão, a existência e natureza de
Deus, a questão da compatibilidade dos atributos divinos, o problema do mal, o problema da com-
patibilidade da onisciência divina com o livre arbítrio, o problema dos universais, a causalidade, os
limites do conhecimento, a lógica aristotélica e a individuação de substâncias divisíveis e indivisí-
veis. Os princípios subjacentes a todo o trabalho dos filósofos medievais são:

-O uso de lógica, dialética e análise para descobrir a verdade, conhecida como ratio.

-Respeito pelas intuições dos antigos filósofos, em particular Aristóteles, e deferência à sua autori-
dade (auctoritas).
-Coordenação das intuições da filosofia com o ensino teológico e a revelação (concordia).

Filosofia Moderna: é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX, mas a filosofia
desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes
períodos, tais como:

Filosofia do Renascimento
Filosofia do século XVII
Filosofia do século XVIII
Filosofia do século XIX

Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como


atestam os subtítulos de obras, tais como: as Meditações de René Descartes e o Tratado de Ge-
orge Berkeley, ainda se fazia referência a questões, como: a da prova da existência de Deus e da
existência e imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade ainda
pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum tipo de fundamento para
uma determinada concepção científica, ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para pre-
parar o terreno para a ciência tomar seu rumo ou ainda como competindo com determinada conclu-
são ou método científico. Gradualmente, contudo, a filosofia moderna foi deixando de se voltar ao
objetivo de aumentar o conhecimento material, i.e., de buscar a descoberta de novas verdades.

A filosofia do século XX(contemporânea) trouxe uma série de desenvolvimentos teóricos con-


trários em relação ao que se refere à validade do conhecimento através de conceitos e abstrações
absolutas, isto é, afirmações universais ou leis gerais. As certezas decorrentes do pensamento
clássico foram derrubadas, embora permaneçam como problemas sociais, econômicos e científi-
cos, juntamente com formas novas de conflito e reivindicações concernentes, à organização geo-
política e epistêmica do sistema-mundo contemporâneo.
Entretanto, essa filosofia era demasiado diferente para que se possa fixar um padrão que não seja
uma série de tentativas de reformar, preservar ou alterar os limites antes concebidos. As formas e
caminhos para estes empreendimentos são diversos e distintos.

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