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A Construção do Conceito
de Número e o Pré-Soroban
Brasília, 2006
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Especial
Esplanada dos Ministérios, Bloco L
6° andar, Sala 600
70047-901 - Brasília - DF
Telefone: (61) 2104-8651 / 2104-8642
Fax: (61) 2104-9265
E-mail: seesp@mec.gov.br
1ª Edição, 2006
ISBN: 978-85-60331-07-9
CDU 51:376.352
FICHA TÉCNICA
Elaboração
Cleonice Terezinha Fernandes
Eunice Vieira Abrão Borges
Maria do Socorro Belarmino de Souza
Maria Gloria Batista da Mota
Tânia Regina Martins Resende
Waldin de Lima
Colaboração
Ieda Maria da Silva Morais
Revisão
Maria Gloria Batista da Mota
Maria do Socorro Belarmino de Souza
Martha Marilene de Freitas Sousa
Fotografias
Centro de Apoio Pedagógico – CAP de Uberaba-MG
Instituto de Cegos Brasil Central – ICBC
Nota de Agradecimento
Agradecemos inicialmente ao Professor Doutor Amilton Garai da
Silva (in memorian), ex presidente da Associação Brasileira de Educa-
dores de Deficientes Visuais – ABEDEV, que pelo seu espírito inova-
dor propôs a criação da Comissão Brasileira de Estudo e Pesquisa do
Soroban, a nível do Ministério da Educação vinculada à Secretaria de
Educação Especial por ser este um desejo acalentado, durante muitos
anos, pelos educadores brasileiros que atuavam no apoio educacional
aos alunos com deficiência visual.
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................11
INTRODUÇÃO .........................................................................................................13
11
INTRODUÇÃO
Este trabalho representa a proposta da Comissão Brasileira de Es-
tudo e Pesquisa do Soroban, para ressignificar o ensino da Matemática
para os alunos com deficiência visual.
□ Noções Pré-Algorítmicas.
13
□ Jogos Didático-Pedagógicos que facilitam a numerização do aluno
(conceituação de número pelo aluno ou a formação do conceito de nú-
mero pelo aluno).
14
CAPÍTULO I
HISTÓRICO DO SOROBAN NO BRASIL
15
de contabilidade silenciosa, que não exigia memorização nem conheci-
mentos abstratos de números, utilizando-se unicamente o princípio da
correspondência um a um.
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significa superfície plana ou tábua. O ábaco recebeu outros nomes em
outros países tais como: China, Suan Pan; Japão, Soroban; Coréia, Ts-
chu Pan; Vietnam, Ban Tuan ou Ban Tien; Rússia, Schoty, Turquia,
Coulba; Armênia, Choreb. (Lá Enciclopédia Libre).
2. O SOROBAN NO JAPÃO
17
educacional, como uma ferramenta capaz de contribuir para o desen-
volvimento das estruturas mentais.
18
Diversos modelos de Soroban
19
ricano tenente William Wood, e o soroban teve como operador o se-
nhor Kiyoshi Matsuzaki. Nesse campeonato o soroban foi vitorioso e os
americanos reformularam seu conceito sobre este instrumento, embora
sem grande divulgação. No entanto sabe-se que nos Estados Unidos
tem boa aceitação e uso pelos cegos.
Kato foi professor de soroban desde muito moço e foi o autor do pri-
meiro livro de Soroban em Português, Soroban pelo Método Moderno,
publicado em 1958, cuja 3ª edição está esgotada.
20
ção Cultural The Shuzan do Brasil, exercendo o cargo de diretor-execu-
tivo, cargo este decisivo para a propagação do soroban.
21
como os videntes as efetuam com lápis e papel. Os cubos fabricados em
plástico têm em cinco de suas seis faces, impressos em alto relevo, os
dez primeiros caracteres do Sistema Braille que representam os alga-
rismos sem o sinal de número. Na sexta face de cada cubo há um traço,
usado para representar os sinais de operação e outros.
Os cubos são manipulados pelo aluno que deve armar toda a conta
antes de realizá-la. Caso os cubos caiam, ou a própria caixa vá ao chão,
o cálculo será todo desfeito, sendo uma dificuldade a mais para o aluno
que teria de encontrar os cubos e colocar tudo em ordem novamente. O
soroban, por ter suas contas fixas nas hastes, evita esse inconveniente,
sendo os valores rapidamente modificados (http://www.soroban.org).
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Na implementação de suas pesquisas, Moraes recebeu o apoio de
dois japoneses residentes no Brasil, o senhor Iuta, proprietário de uma
casa comercial, e o senhor Myiata, fabricante de sorobans e outros ar-
tefatos de madeira para a colônia japonesa. O ano de 1949 foi decisivo
para as adaptações do soroban para pessoas cegas e de baixa visão.
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A partir dos resultados satisfatórios em tão curto período de tempo,
a diretora da Escola autorizou o professor Moraes a introduzir o soro-
ban na disciplina de Matemática para alunos cegos naquele estabeleci-
mento. Foi essa a primeira iniciativa concreta para o ensino do soroban
para cegos no Brasil.
24
Moraes reconheceu o apoio fundamental da professora Dorina No-
will para a divulgação do soroban no Brasil e em outros países. Relatou
que, por intermédio da Fundação para o Livro do Cego, manteve con-
tatos com o senhor Albert Joseph Asenjo, especialista em organização
de programas de reabilitação para cegos, alto funcionário da American
Foundation for the Blind (AFB), que em 1957 veio ao Brasil realizar
estudos de intercâmbio, permanecendo aqui por dois anos.
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A adaptação do soroban e a publicação de um manual didático pelo
professor Moraes inspiraram diversas iniciativas de professores de ins-
tituições de e para cegos em todo o Brasil, que, com base nesses ma-
teriais, passaram a ministrar cursos de capacitação para professores e
alunos, produzindo livros e apostilas como suporte teórico para sua prá-
tica pedagógica.
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está presente na pauta de políticas públicas educacionais do Ministério
da Educação, o que podemos observar a seguir.
27
Após mobilização e gestões da ABEDEV junto ao MEC/SEESP, sob
a liderança do então Presidente Professor Amilton Garai da Silva, foi
instituída por meio da Portaria Ministerial nº 657 de 07/03/2002, a Co-
missão Brasileira de Estudo e Pesquisa do Soroban – CBS. Na seqüên-
cia, por meio da Portaria nº 1500 de 20/05/2002 foram designados seis
membros para comporem a mesma.
A CBS, que ora escreve esta história por meio de estudo e pesquisa,
tem dentre seus objetivos:
□ Sistematizar o Pré-Soroban;
28
CAPÍTULO II
PRÉ-SOROBAN: ASPECTOS TEÓRICOS
E METODOLÓGICOS
29
Matemática, faz com que o domínio desse aparelho por pessoas com
deficiência visual converta-se em algo rígido, enfadonho e pouco pra-
zeroso.
30
3. ASPECTOS PECULIARES NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA VISUAL
□ Que aspectos devem ser levados em conta para favorecer esse de-
senvolvimento?
31
Nas palavras de Piaget:
Bebês cegos têm uma grande desvantagem por não poderem fa-
zer a mesma coordenação do espaço que as crianças normais são
capazes durante os dois primeiros anos de vida; assim, o desenvol-
vimento da inteligência sensório-motora e a coordenação das ações
neste nível são seriamente impedidos na criança cega. Por essa ra-
zão, achamos que há um grande atraso no seu desenvolvimento no
nível do pensamento representacional e a linguagem não é suficiente
para compensar a deficiência na coordenação das ações. O atraso é
posteriormente compensado, mas ele é significante e muito mais con-
siderado do que o atraso no desenvolvimento da lógica de crianças
surdas....(apud Amiralian, 1997; 39)
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tarefas realizadas por cegos e videntes. Esse autor selecionou em seu
grupo de pesquisa sujeitos cegos integrados no meio familiar. Essas
pessoas eram tratadas, primeiro como crianças, depois como cegas. O
grau de liberdade propiciado pelos pais contribui de maneira crucial
para esse desenvolvimento. Embora o autor reconheça o papel signifi-
cante que a visão desempenha na aquisição de conceitos, sugere que:
33
selhamento familiar, visando propiciar à criança cega uma participação
mais ativa na investigação e elaboração do seu cotidiano. (Souza, 2000).
4. PENSAMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO
34
Existe ampla literatura que discute esse tema, além de oferecer su-
gestões de jogos e atividades a serem desenvolvidas com crianças ainda
na primeira infância, a exemplo da obra de Constance Kamii “A criança
e o número” (1987).
□ Classificação, Seriação/Ordenação;
□ Seqüência Lógica;
□ Inclusão de Classe;
□ Intersecção de Classe;
□ Conservação.
35
ções lógicas (DROVET, 1990);
e por seriação ou ordenação a
habilidade de sistematizar ob-
jetos seguindo certa ordem:
dispor os elementos segundo
sua grandeza crescente ou de-
crescente (GOULART, 1990).
36
rida por IFRAH (1989), anterior à contagem propriamente dita, quando
esta já estará recheada de significado, ou seja, quando da compreensão
do conceito fundamental de número.
4.3. CONTAGEM
4.4. CONSERVAÇÃO
37
“Conservar o número”, segundo Piaget (apud Kamii, 1986. p.7), sig-
nifica “pensar que a quantidade continua a mesma quando o arranjo
espacial dos objetos foi modificado”.
4.5. R EVERSIBILIDADE
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Entendemos ser a metodologia dos jogos matemáticos passível de
concretização imediata, acessível no que diz respeito à confecção de ma-
teriais, fácil de ser transmitida às crianças cegas e com baixa visão por
se basear na verbalização. Além disso, trata-se de um resgate da cultura
oral, em que jogos são facilmente encontrados na literatura acadêmica.
5.1. JOGOS
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A tendência, no nosso sistema escolar, da supervalorização do pen-
samento algorítmico relega a um menor grau de importância o pensa-
mento lógico-matemático e o pensamento espacial.
O papel atribuído por Freud (apud Kupfer, 1997) a uma infância rica
em experiências e descobertas significativas que contribuem para a for-
mação de uma personalidade ajustada, leva-nos a pensar que o jogo possi-
bilita a atualização das funções em desenvolvimento. Assim, quanto mais
longa for a infância, rica de estímulos que levem a atividade, tanto maior
serão as possibilidades intelectuais devido ao aumento de plasticidade
cerebral durante o qual o indivíduo joga, imita, experimenta, multiplica
suas possibilidades de ação e enriquece seu crescimento individual.
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ças. Elas devem ser desafiadas a argumentar em defesa de suas opini-
ões, ouvir o colega, superar conflitos e contradições, atitudes que são
indispensáveis ao desenvolvimento cognitivo.
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A participação nos jogos varia dependendo do nível de desenvolvi-
mento cognitivo e da faixa etária da criança.
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CAPÍTULO III
PRÉ-SOROBAN
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Estes jogos serão o ponto de partida para a criação de matemotecas
nas escolas, devendo ser acrescidos de outras sugestões devidamente
testadas a fim de se verificar a funcionalidade e acessibilidade de crian-
ças cegas e com baixa visão a essas adaptações.
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do geoplano possibilitam a exploração tátil e criativa por crianças cegas
e com baixa visão.
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e compreendidos, bastando para isso fazer alguns questionamentos ao
final. Exemplos dessa estratégia podem ser jogos com baralho, com
blocos lógicos e o Kallah.
1. JOGOS CORPORAIS
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Na brincadeira “dança das cadeiras”, podemos encorajar as crianças
a pensarem antecipadamente de quantas cadeiras necessitarão para o
jogo. Pode-se também desenvolver o espírito de cooperação, modifi-
cando-se as regras de modo que nenhuma criança saia do jogo, eli-
minando-se apenas cadeiras, momento em que as crianças passam a
compartilhá-las.
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Ao interromper as palmas ou o som da música, o professor dará,
por exemplo, um comando: “Quero 4 umbigos!”. Os alunos terão que
se organizar para formar o grupo dos 4 umbigos. Caso esteja incorre-
to, o professor questionará: “faltam quantos para completar?”, “quan-
tos grupos formaram?” “dá para formar mais grupos?” “Quantos?”. A
brincadeira segue com outros comandos: 15 dedos, 6 braços, conforme
a criatividade do professor e a realidade dos alunos.
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Existe um jogo parecido no Dosvox chamado “cassino alto ou baixo”
que também se baseia em adivinhação. Esse pode ser experimentado
por crianças que já dominem o teclado do computador.
Alguém escolhe uma peça, pode ser uma flor, por exemplo. Por meio
de perguntas o aluno terá que descobrir qual a figura escolhida. “é um
ser vivo?” “está no ar?” “na terra?” “é humano?” “é jovem?” “trata-se
de um objeto?” “tem asa?” “é mamífero?” “é masculino?”. Essa é uma
adaptação do jogo industrializado homônimo.
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rem observando os critérios, deixá-las argumentar seus porquês. Elas
mesmas podem ser estimuladas a descobrirem outros critérios.
50
Atividades com sólidos geométricos
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Um programa pedagógico com blocos lógicos pode ser iniciado com
crianças a partir de 4 anos. As atividades iniciais envolvem jogos, traba-
lhos corporais, confecção e preenchimento de desenhos. Vejam a seguir
algumas sugestões de atividades:
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cor azul!” logo excluem-se as demais cores. As próprias crianças podem ir
preenchendo o quadro, ou o professor o fará com a ajuda delas.
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Os dados vão sendo combinados um a um, depois dois a dois, até
serem jogados os quatro de uma só vez. Neste caso só teremos um “ven-
cedor”, pois há apenas um bloco que congrega os 4 atributos. Inicial-
mente esse aspecto não é perceptível pelas crianças, mas é fundamental
que elas percebam sozinhas.
Outra opção é que cada equipe lance desafios para as demais, dis-
tribuindo elas mesmas os atributos. Neste jogo, as propriedades dos
blocos são apresentadas de forma separada. O raciocínio lógico estará
voltado para a composição e decomposição das características de cada
peça. Assim, antes de escolher a peça correta, a criança terá de imagi-
ná-la com todas as suas características. Esse é o mesmo processo pelo
qual elas passarão quando estiverem formando o conceito de número.
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dez blocos a cada participante do jogo. O primeiro jogador escolhe uma
peça qualquer e coloca no centro da mesa.
O próximo jogador coloca ao lado uma outra peça que tenha ape-
nas uma diferença em relação à primeira. Por exemplo, a peça poderá
diferir no atributo tamanho e concordar em espessura, cor (textura) e
forma. O jogo acaba quando todos terminarem suas peças.
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O segundo dado terá em cada uma das faces um símbolo que re-
presente um animal (pode ser um desenho, uma textura ou o nome),
por exemplo: formiga, sapo, coelho, elefante, jacaré e rato.
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3.1.3. OVOS RECHEADOS
3.1.4. CARONA
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ponto inicial cheios de passageiros, deixando-os pelo caminho con-
forme o número indicado no dado.
Kallah ou mancala
O Kallah é um tabuleiro retangular contendo 14 cavidades e 36 se-
mentes. É dividido em duas fileiras, sendo cada uma composta de seis
cavidades redondas e uma maior e mais ovalada. As cavidades maio-
res têm a função de reservatório, conhecida como oásis, armazém ou
kallah.
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des, exceto no kallah ou armazém.
□ Todas as vezes que a última semente parar numa casa vazia per-
tencente ao jogador, ele pega todas as sementes que estiverem na casa
em frente, sendo ela do adversário, e deposita-as em seu kallah.
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da criação de um tabuleiro com tampas coladas representando as cavi-
dades, caixas de ovos ou caixas de maçãs e sementes, que para crianças
menores não devem ser tão pequenas.
□ 2 - vermelha
□ 3 - verde claro
□ 4 - lilás
□ 5 - amarela
□ 6 - verde escuro
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□ 8 - marrom
□ 9 - azul
□ 10 - laranja
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barras em uma sacola. O primeiro retira aleatoriamente uma barra de
sua sacola e coloca sobre a mesa. O segundo, sem escolher, retira de sua
sacola uma barra. Se coincidir com o tamanho da que foi colocada na
mesa pelo primeiro, ele ficará com as duas barras, se não coincidir, elas
são do primeiro jogador. Em seguida, inverte-se a ordem das jogadas.
Ganhará quem conseguir maior número de barras.
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Recorta-se uma régua na medida desejada e colam-se quadradinhos
de borracha nessa base, referentes à quantidade representada. Pode-se
colocar o numeral correspondente em braille ou em tinta no canto di-
reito de cada régua.
3.4.1. DOMINÓ DE
SOMA SETE
Joga-se o dominó
semelhante ao con-
vencional, só que
deve-se combinar,
lado a lado, quanti-
dades que totalizem
sempre sete.
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com outro em branco. Uma variação deste jogo é retirar as 7 pedras que
tenham o lado em branco.
3.4.3. “SETES”
Uma variação desse jogo é fazer somas até dez, conforme combina-
ção prévia dos jogadores.
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3.4.4. ROUBA-MONTE
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assim chamado pela cor da madeira de que é feito, divide-se em peças
originalmente conhecidas como unidade, dezena, centena e milhar. O
material dourado oferece várias possibilidades para que a criança com-
preenda a lógica do sistema de numeração decimal, cujo domínio é fun-
damental para a operacionalização no ábaco e soroban posteriormente.
A principal função do material dourado é a concretização da lógica do
conceito do sistema de numeração decimal valor posicional base 10,
culminando com o estudo das 4 operações fundamentais.
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4.1. JOGO LIVRE
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menores. Sempre que chega em 4 vai se trocando por uma peça maior e
o jogo termina quando o primeiro jogador chegar na quinta ordem.
Esse jogo deve ser repetido por várias vezes durante o ano letivo,
também com barras Cuisenaire e principalmente com o material doura-
do, que já é estruturado na base dez.
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5.1. ADIÇÃO
Distribua peças para duas crianças. Por exemplo: uma placa (100),
oito barras (80) e seis cubinhos (6) para uma delas. Uma placa (100), três
barras (30) e sete cubinhos (7) para a outra. Solicite que expressem que
valor numérico essas peças representam. A primeira deverá responder
que tem 186 e a segunda dirá que tem 137.
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O professor deve ainda acrescentar peças para que as crianças veri-
fiquem os novos valores. Devem também ser estimuladas a somarem
com as peças dos colegas.
5.2. SUBTRAÇÃO
Diga então que todos lhe devem peças. Pode estipular que todos lhe
devem 13 cubinhos.
O aluno que estava com o valor 90, ao retirar uma barra e três cubi-
nhos, constatará que ficou com 77, ou seja, sete barras e sete cubinhos.
5.3. MULTIPLICAÇÃO
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exemplo: 5 vezes 12, organizar em linhas e colunas.
Para multiplicar 12 vezes 13, forma-se um retângulo com 12 linhas
e 13 colunas da seguinte forma: uma placa - 10 vezes 10; duas barras
abaixo - 2 vezes 10; 3 barras à direita - 10 vezes 3; completa-se com
cubinhos - 2 vezes 3. Feita esta configuração, pode-se agrupar as peças
iguais e contar quantas resultaram. Assim, uma placa = 100; 5 barras =
50 e 6 cubinhos = 6, pode-se ler: 156. Com a prática as crianças lerão o
resultado no próprio retângulo.
5.4. DIVISÃO
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CAPÍTULO IV
NOÇÕES PRÉ-ALGORÍTMICAS
NOS CONTADORES MECÂNICOS
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Aluno operando o soroban
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NOÇÕES PRÉ-ALGORÍTMICAS
1. SUBTRAÇÃO
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1.1. OPERACIONALIZAÇÃO
Ter cuidado para que o aluno não subtraia mentalmente e apenas re-
gistre o resultado no contador. Mesmo que ele saiba fazê-lo, por se tra-
tar de um pequeno cálculo. O objetivo é aprender a manusear o contador
para futuramente operá-lo com cálculos maiores, tornando-se inviável
trabalhar apenas com cálculo mental.
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mal vivenciado exaustivamente em jogos anteriores, retira a conta que
vale 10, que simbolicamente contém o 9, e devolve o troco para o eixo
das unidades, que no caso é 1 .
2. ADIÇÃO
2.1. OPERACIONALIZAÇÃO
77
para representar o 9, mesmo retirando 1 unidade que ficaria a mais, do
que o aluno entender o motivo do tradicional “vai um”.
3. MULTIPLICAÇÃO
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Pode-se medir uma superfície qualquer, observando quantos quadrados
de um metro serão necessários para medi-la.
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ao comparar com os resultados dos colegas vai perceber que o raciocínio
estava correto e que o erro só ocorreu no que se refere ao cálculo.
4. DIVISÃO
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está dividindo na ordem das dezenas, o quociente vai ser registrado na
dezena.
81
CONSIDERAÇÕES FINAIS
83
BIBLIOGRAFIA
85
FALZETTA, Ricardo. “Construa a Lógica Bloco a Bloco” (artigo). In: Re-
vista Nova Escola, Ano XIII. No 111. p. 24-29. Outubro/ 1998.
86
KOTHE, Siegfrid. Pensar é Divertido. Tradução de Thomas Johann Bu-
chard. São Paulo: E.P.U., 1977.
MACEDO, Lino de, PETTY, Ana Lúcia Sicoli, PASSOS, Norimar Chreste.
Aprender com Jogos e Situações-Problema. Porto Alegre/RS: Artes Mé-
dicas Sul, 2000.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
http://es.wikepedia.org
http://www.soroban.org
87
ANEXO I
Portaria n° 657, de 07 de março de 2002.
89
dada a percepção de vantagens pecuniárias de qualquer natureza, exce-
to a cobertura de despesas com passagens e diárias.
Art. 3º Compete à Comissão Brasileira de Estudo e Pesquisa do So-
roban:
I – Proceder ao estudo, avaliação e à sistematização das metodolo-
gias e das técnicas aplicadas no uso e no ensino do Soroban em todo
território nacional.
II – Elaborar e propor diretrizes, normas e regulamentações concer-
nentes ao uso e ensino do soroban no País.
III – Acompanhar e avaliar a aplicação de normas, regulamentos,
acordos, convenções e quaisquer atos normativos referentes ao Soro-
ban.
IV – Sistematizar e fomentar o intercâmbio de informações entre
professores e profissionais afins, recolhendo e distribuindo os resulta-
dos de pesquisas, estudos e informações acerca da utilização do Soro-
ban no território nacional.
V – Prestar assessoria técnica às Secretarias estaduais e Municipais
de Educação, bem como a entidades públicas e privadas, sobre questões
relativas ao uso do Soroban.
VI – Proceder a sistemática e permanente avaliação das terminolo-
gias adotadas no País concernentes ao ensino e uso do Soroban.
VII – Recomendar procedimentos que envolvam conteúdos, meto-
dologias e estratégias a serem adotadas em cursos de formação e capa-
citação de professores, bem como nos cursos destinados a educandos e
usuários do Soroban.
VIII – Propor critérios e sugerir estratégias para implantação de al-
ternativas metodológicas que antecedem a sistematização do ensino do
Soroban, com vistas a modificações de procedimentos sempre que ne-
cessário.
IX – Elaborar catálogos, manuais e outras publicações, destinados a
facilitar o processo de ensino e aprendizagem e de uso do Soroban em
todo território nacional.
Art. 4º A Comissão reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes ao ano
e, extraordinariamente, a pedido de seu Presidente, a quem caberá con-
90
vocar e fixar as datas das reuniões.
Art. 5º A SEESP assegurará o apoio técnico, administrativo e finan-
ceiro indispensável ao funcionamento da Comissão.
Art. 6º A Comissão elaborará o seu Regimento Interno no prazo de
até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da data da publicação desta Por-
taria.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
91
ANEXO II
PORTARIA Nº 1.010, de 10 de maio de 2006
Fernando Haddad
Ministro de Estado da Educação
92