Docsity Projeto de Ensino Unopar Ludicidade

PROJETO DE ENSINO UNOPAR
LUDICIDADE
Pedagogia
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
30 pag.
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE PEDAGOGIA
MARLEIDE MIRANDA DOS SANTOS
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDENDO BRINCANDO
BREVES
2018

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MARLEIDE MIRANDA DOS SANTOS
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDENDO BRINCANDO
Projeto de ensino de Pedagogia apresentado à

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito final para a obtenção de grau de Licenciado
Pleno em Pedagogia.
Tuttor eletronico: Simone Diniz da Silva
BREVES-PA
2018

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Santos, Marleide Miranda. “Ludicidade na Educação Infantil: aprendendo

brincando”: 2018. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de
Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Breves 2018.
RESUMO: A questão sobre a ludicidade, nos últimos anos, tem sido alvo de
discussões, já que o brincar é inerente da criança. Essa conscientização vem sendo
despertada e tem que ser explorada com mais afinco desde o momento em que se
escolhe a pedagogia para fazer parte de sua vida. Este projeto pertence à linha de
pesquisa docência em educação infantil, e têm por objetivo dar mais ênfase a
ludicidade, de forma prazerosa onde o processo de ensino e aprendizagem das
crianças sejam satisfatório para ambas as partes, ou seja, tanto o aluno quanto a
criança; a fim de contribuirmos para a formação de cidadãos com atitudes
positivamente correta sem forçar a barra e isso cada vez mais cedo, onde as
crianças possam ter o prazer de estar na escola e aprender de forma prazerosa.
Para a consecução deste objetivo, efetuaram-se várias propostas de ensino
abordando os temas entre eles numerais, oralidade, movimento, valores entre
outros, com metodologias onde a ludicidade faça parte constante como jogos,
brincadeiras, dramatizações, danças, cantos etc. A partir desse entendimento, são
necessários recursos humanos como docentes, discentes e outros e recursos
materiais como materiais recicláveis, sucatas recursos midiáticos como TV, DVD,
EVA, entre outros. A avaliação será continua observando sempre os educandos e
suas participações. Finalmente teve como base teórica os fundamentos relacionados
a educação infantil, segundo as teorias de CARLETO (2005), BONADIO, (2004),
MEC (2009), SANTOS (1999), MACHADO(1986), LACERDA (2000), RCNEI (1998).
PALAVRAS-CHAVE: Educação infantil. Ludicidade. Desenvolvimento.

Interação. Aprendizagem.

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................05
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................07
2.1 O BRINCAR: CONCEITO E IMPORTÂNCIA......................................................07

2.2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DO ENSINO
APRENDIZAGEM.......................................................................................................10
2.3 OS JOGOS E A APRENDIZAGEM......................................................................11
2.4 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.............................................................13
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO...................19

3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA...........................................................................19
3.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................19
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................21
3.4 OBJETIVOS.........................................................................................................22
3.5 CONTEÚDOS......................................................................................................22
3.6 METODOLOGIA..................................................................................................24
3.7 CRONOGRAMA .................................................................................................26
3.8 RECURSOS ........................................................................................................27
3.9 AVALIAÇÃO ........................................................................................................27
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................28
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................29

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1. INTRODUÇAO
A criança interage com o mundo por meio de diferentes ferramentas.
A apropriação das diversas linguagens é indispensável para comunicar-se e
compreender ideias, sentimentos e organizar o seu pensamento, sendo assim, o
desenho, a brincadeira, a pintura, a linguagem corporal e outras, são formas de
linguagem que servirão de mecanismo de acesso da criança aos símbolos e signos
culturais, colaborando para a construção de novos símbolos que irão nortear seu
comportamento em face ao mundo.
O projeto intitulado: “Ludicidade na Educação Infantil: aprendendo
brincando” destaca a brincadeira como umas das maneiras capazes de envolver o
aluno nas atividades escolares e por ser um meio privilegiado de inserção na
realidade, por expressar como a criança ver o mundo, sendo a brincadeira algo
inerente a ela.
A pesquisa aqui apresentada pretende fazer uma breve reflexão
sobre o conceito do brincar, mostrar a importância da brincadeira no
desenvolvimento infantil e propor o brincar como metodologia de aprendizagem nas
turmas da educação infantil da Escola Municipal de Educação Infantil Casulo da
Mônica, localizada na rua 1 de maio s/n no bairro do Centro na cidade de Portel/Pa.
Tendo em vista a valiosa contribuição desse mecanismo de interação social para o
desenvolvimento da criança.
A temática está ligada a linha de pesquisa em docência na educação
Infantil, baseado na disciplina de conteúdos e metodologias do ensino na educação
infantil a partir de metodologia de caráter lúdico e criativo, mais simultaneamente
construtiva onde os educandos passarão a interagir e respeitar melhor o espaço de
cada um de forma coletiva e desenvolver o processo de ensino e aprendizagem de
forma prazerosa onde se aprende brincando. E para isso foram elencados
conteúdos como: Danças, Numerais, Artes visuais, contando encantando, O que
devo e o que não devo fazer entre outros.
A proposta de intervenção contará com recursos humanos como
docentes, discente, coordenação e direção da escola. De recursos materiais dos
mais variados inclusive sucatas e de alguns produtos recicláveis como garrafas
petes e de recursos midiáticos como data show e computador, TV e DVD. A
avaliação será de forma contínua, através de observação da participação ou

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envolvimento das crianças. Para tanto é necessário que todo o educador faça uma
adequação de suas atividades com o tema do projeto, contextualizando assim com o
cotidiano escolar.
Portanto vale ressaltar que as atividades voltadas para a ludicidade
devem ser apresentadas através de uma concepção crítica e compreensível da
importância dessa metodologia de ensino, distante de uma concepção ingênua de
passa tempo e diversão superficial. Ciente da importância da brincadeira na
formação integral da criança e suas contribuições para a construção do
conhecimento nesta fase.
E por fim o trabalho teve como principais referenciais teóricos:
CARLETO (2005), BONADIO, (2004), MEC (2009), SANTOS (1999),
MACHADO(1986), LACERDA (2000), RCNEI (1998).

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2. REVISAO BIBLIOGRAFICA
2.1 O brincar: Conceito e importância

O brincar apresenta diversos conceitos, se consultarmos um
dicionário pode encontrar várias palavras com significados que expressam a ideia de
diversão, distração, agitação, faz de conta e outros. A brincadeira é o lúdico em
ação. Para a criança o ato de brincar não significa apenas entretenimento, mas,
principalmente, um momento de aprendizagem, é na brincadeira que ela expressa
sua linguagem por meio de gestos e atitudes repletos de significados, sendo assim a
brincadeira deve ser entendida como algo sério e fundamental para o
desenvolvimento da criança.
O termo brincadeira é utilizado, quando se fala das relações sociais,
para se designar alguma ação cujo objetivo claro é divertir. Nesse caso, incluem-se
os gracejos, as piadas, os trocadilhos e outras ações do gênero.
As brincadeiras de crianças também podem ser educativas. Brincadeiras com regras
pré-estabelecidas e com objetivos, estimulam a responsabilidade, a disciplina, entre
outros valores sem que as crianças se sintam obrigadas a cumprir. As
responsabilidades na vida da criança irão favorecer o seu convívio na sociedade.
Além do conhecimento de uma maneira espontânea, as brincadeiras trazem
vantagens em todas as etapas da vida das crianças. O desenvolvimento da
criatividade e da coordenação motora, o estimulo da imaginação e das habilidades
das podem ser trabalhadas nas brincadeiras independente da faixa etária das
crianças.
Dewey, no final do século XIX e meados do XX, desacreditaram das
atividades abstratas e reforçou as formas de ocupação ativa. De acordo com essa
concepção a educação exige novas formas de organizar seus conhecimentos,
partindo das necessidades e interesse da criança, valorizando o lúdico. Para o autor,
o jogo faz o ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e
remotas não correspondem ao seu interesse.
Observa-se, pois, que grandes pensadores e educadores do
passado já conheciam o valor pedagógico do lúdico e aproveitavam-no como agente
educativo.
Diz Carleto (2005), que quando nos debruçamos em uma
investigação mais aprofundada sobre o lúdico, percebemos que o grande número de

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fenômeno denominados jogos ou brinquedos permite criar uma multiplicidade de

referências para interpretá-los; isso porque a compreensão do jogo ou do brincar
depende sempre do contexto no qual se utiliza o termo. Cada teórico os admite
conforme os aspectos que são importantes para a sua área de atuação, isto é, para
o seu próprio contexto. Enquanto, por exemplo, o educador pode conceber o lúdico
como meio de desenvolver a criança nos seus aspectos físicos, cognitivo, afetivo,
emocional e social; o sociólogo pode concebê-lo, destacando-o do ponto de vista
sociológico; o economista tirando proveito de seu aspecto financeiro, e, assim,
sucessivamente.
A criança ao nascer já encontra uma sociedade pronta cheia de
regras e símbolos, na qual deve adaptar-se, e, ao brincar, transforma essa
sociedade num mundo próprio do seu universo, buscando conhecer cada vez mais
esta sociedade tão complexa. Na brincadeira do faz de conta a criança cria o seu
universo, com a capacidade de imaginar, fantasia a vida dos adultos, se transforma
em super-heróis e utiliza de diversos símbolos para dá vida à imaginação. Segundo
Vygotsky.
“[...] A criação de uma situação imaginaria não é algo fortuito na vida da

criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da
criança em relação as restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido
no brinquedo é que a criança opera com um significado real. O segundo é
que, no brinquedo, a criança segue a caminho do menor esforço, ela faz o
que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer, e ao
mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-
se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a
sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o
prazer do brinquedo.” (VYGOTSKY, 1998 P.130).
A partir desse conceito de brincar compreende-se que na

brincadeira, assim como no jogo seria o que Vygotsky (2000) denomina de “Zona de
desenvolvimento proximal”, pois ao brincar a criança experimenta, através de
situação imaginarias um nível acima da sua idade cronológica, das suas atitudes
cotidianas, extrapolando suas capacidades imediatas.
A brincadeira contribui para o desenvolvimento de relação de
confiança da criança com os outros e consigo mesmo, estimulando sua autoestima.
De acordo com os autores,
“Nem uma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada
por processos íntimos, desejos, problemas ansiedades. O que está
acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas:
brincar é sua linguem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a

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entendemos.” (GARDINEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004)
Dessa forma, o brincar apresenta diversos benefícios e deve ser

utilizado como ferramenta facilitadora da aprendizagem, pois tem grande relevância
na construção do conhecimento, além de permitir ao educador através de
observações do brincar o nível de desenvolvimento das crianças, suas necessidades
e sua forma de organização, com o intuito de planejar ações pedagógicas.
Diversos pesquisadores ao investigar os efeitos do brincar,
conceituam a ação lúdica como “metacomunicação”, isto é, a possibilidade da
compreensão do pensamento e da linguagem do outro. Sendo assim as implicações
do brincar inferem diretamente nas relações cognitivas, potencializando o
desenvolvimento infantil e contribuindo diretamente na construção do conhecimento.
Conforme Santos (1999), para a criança, brincar é viver. Esta é uma
afirmação bem aceita pelas pessoas, pois se sabe que a criança brinca porque
gosta de brincar e quando isso não acontece alguma coisa pode não estar bem.
Enquanto algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar
angústias, dar vazão à agressividade.
Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão
estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio,
objeto e o social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de
construção. O brincar permite, ainda, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar,
a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua
individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade. Piaget também ao falar do
tema, afirma que o brincar, implica uma dimensão evolutiva com as crianças de
diferentes idades, apresentando características específicas, apresentando formas
diferenciadas de brincar. Desta forma, a escola deve facilitar a aprendizagem
utilizando-se de atividade lúdica que criem um ambiente alfabetizador para favorecer
o processo e aquisição de autonomia de aprendizagem.
Nesta perspectiva a brincadeira é considerada como mecanismo de
compreensão do mundo pelas crianças, que deve ser entendida pelos educadores e
incorporada nas propostas educativas das crianças da educação infantil,
entendendo a relação de trocas de experiência e cultura que a brincadeira
proporciona, considerando ainda, que no ato de brincar a criança consegue
relacionar e passar das relações concretas com objetos para ações com outros

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significados, ou seja, avançar em direção ao pensamento abstrato. De acordo com

as orientações do MEC;
“[...] Desenho e brincadeira são atividades que levam diretamente à escrita,

porque a divergência entre o campo do significado e da visão se repete no
início do processo de alfabetização, quando a criança percebe que pode
desenhar também a fala.” (MEC. 2009, P. 65)
Portanto a brincadeira deve ser explorada nas diversas formas de

linguagem no processo de ensino e aprendizagem. Devem está previsto momentos
de atividades que envolva brincadeira na rotina da sala de aula, ressaltando que tais
atividades devem ser planejadas de acordo com a idade e a fase de
desenvolvimento em que a criança se encontra, além de ser mediada pelo professor.
2.2 A importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem
A brincadeira, para a criança, constitui atividade primária que traz

grandes benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social. Como benefício
físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade da
criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos exercícios físicos
impostos às crianças pelo menos durante o período escolar. Como benefício
intelectual, o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo uma excitação
mental e altamente fortificante.
Essa abordagem tem por objetivo discutir a seguinte problemática:
Qual a importância do lúdico e como incluir a brincadeira na rotina escolar nas
turmas da educação infantil? Haja visto que devemos proporcionar para as crianças
momentos não de brincar por brincar, mais que essas brincadeiras tenham
verdadeiros sentidos e que venham a ajudar no desenvolvimento das crianças de
forma positiva. Deixar as crianças a esmo no pátio ou na sala de aula é fácil e
menos trabalhoso, o professor deve ficar atento mediando de forma natural e sem
forçar em nada o que ele quer, mais respeitar o momento da criança e aproveitar
para tirar proveito desses momentos.
O que percebi durante meus estágios, é que infelizmente muitos
educadores ainda deixam esses momentos a desejarem pois não se envolvem como
deveriam nos momentos das brincadeiras ou simplesmente deixam as crianças em
contato com jogos para que manuseiem ou brinquem por brincar, o professor deve
ser mediador sim desse processo, porem como já foi mencionado, respeitando

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sempre o momento de cada um.

Além de proporcionar aos educadores a compreensão do significado
e da importância das atividades lúdicas, (brincadeiras, jogos, desenhos e outros) nas
atividades escolares procurando estimula-los a inserir o brincar em seus projetos
educativos de forma intencional, organizada, clara, voltada ao desenvolvimento e
aprendizagem. De acordo com as orientações do MEC 2009,
“[...] A brincadeira e o jogo de faz de conta são considerados como espaço

de compreensão do mundo pelas crianças, na medida em que os
significados que ali transitam são apropriados por elas de forma especifica.
Essas linguagens devem ser compreendidas, no cotidiano de uma proposta
educativa voltada para a infância, como inerente ao processo de trocas e de
experiências de cultura. São tantas possibilidades quanto é permitido que as
crianças imaginem e ajam guiadas pela imaginação, pelos significados
criados, combinados e compartilhados com os parceiros nos momentos das
brincadeira, dos desenhos, dos jogos de faz de conta, etc [...]” (MEC, 2009,
pag. 65)
Nesse sentido a utilização das brincadeiras nos projetos

pedagógicos é de fundamental importância, pois as atividades lúdicas proporcionam
o desenvolvimento integral da criança e a apreensão dos conhecimentos.
Assim, torna-se importante e necessário o incentivo a construção do
brincar aliado ao raciocínio, a percepção, ao desenvolvimento das capacidades
infantis, valorizando a brincadeira não como ato para passar o tempo, mas como
suporte para construção do conhecimento, onde a criança brinque, construa e
aprenda. Dessa forma a brincadeira não funciona apenas como ferramenta
facilitadora da aprendizagem, mas também como possibilidade de abertura de um
campo onde os aspectos da subjetividade se encontram com os elementos da
realidade externa possibilitando uma experiência criativa com o conhecimento.
Para responder à problemática, foi feito um estudo da literatura
pertinente ao tema, a partir da realização da pesquisa bibliográfica, por encontrar
nesse tipo de pesquisa uma variedade de fontes capazes de orientar o tema em
questão e contribuir para a reflexão do mesmo.
2.3 Os jogos e a aprendizagem

Incluir o jogo e a brincadeira em sala de aula tem como propósito o
duplo aspecto de servir como forma de satisfação de necessidade do lazer e
também servir à construção do conhecimento.

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É preciso que os professores saibam que a aprendizagem e a

diversão, por si só, não se realizam. É preciso sistematização de conteúdos para
que as brincadeiras aconteçam como processo de ação e reflexão. Assim o
professor deve em seu plano de ação procedimentos para que as atividades lúdicas
sejam concretizadas e inter-relacionadas no cotidiano escolar, para não acabarem
sufocadas em meio a papéis vazios e sem sentido para a criança.
Ao brincar, a criança passa a compreender as características dos
objetivos, seu funcionamento e os elementos que estão envolvidos. Para se
trabalhar com jogos e brincadeira no campo educacional é necessário fazer com que
as crianças sintam desejo pela brincadeira, para que, a partir daí, possam chegar de
fato à aprendizagem.
"O brincar pode ser visto, portanto, como a base sobre a qual se
desenvolvem o espírito construtivo, a imaginação, a faculdade sistematizar
e absterei, a capacidade de interagir socialmente, abrindo caminho para o
desenvolvimento do trabalho, da ciência e da arte." (Machado, 1983)
O uso do lúdico com fins compensatórios é uma experiência vivida

com o objetivo de descansar, recuperar forças para voltar ao trabalho e estudos com
maiores condições de produtividade por parte das crianças. O sentido
compensatório nas escolas também tem objetivo de quebrar a rotina, seja pela
necessidade de motivar os alunos para aprender, seja pela necessidade da avaliar
frustrações, tensões ou controlar inquietações das crianças, por falta de
movimentação que seus corpos demandam.
Os jogos devem ser utilizados somente quando a programação
possibilita e somente quando se construírem em um eficiente ao alcance de um
objetivo dentro dessa programação.
O brincar está para a criança o que o trabalho é para o adulto.
Portanto, brincar é coisa séria. É uma necessidade e um prazer ao mesmo tempo.
É uma necessidade porque como a criança não domina
suficientemente a linguagem, encontra no brincar uma forma de descarregar suas
tensões e, ao mesmo tempo, elaborara as situações que vive no dia-a-dia, situações
essas de demandas dos adultos e de observação dos afazeres dos mesmos dando
um sentido a tudo isso.
É através da brincadeira que a criança consegue entender conceitos
como alto e baixo (montando grandes torres, por exemplo), formas, orienta-se no

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espaço, discrimina objetos e cores, etc. É por isso que, quando uma não brinca ou
parece inibida nas suas brincadeiras, isso é sinal de que algo em seu
desenvolvimento não está indo bem. A impossibilidade ou dificuldade de brincar nos
mostra que a criança está tendo problemas em seu desenvolvimento.
O brincar torna-se importante para o desenvolvimento de conceitos
como a percepção espaço-temporal, lateralidade, formas, cores, etc. Há muito
professores já perceberam isso e se utilizam de exercícios e brincadeiras que
trabalham esses outros conceitos sem que as crianças percebam a real importância
desse trabalho.
Isso simplesmente porque os professores estão trabalhando
conceitos fundamentais ao seu desenvolvimento de uma forma tão prazerosa que
parece uma brincadeira, então se os educadores conseguirem ensinar os temas a
serem trabalhados de uma forma tão prazerosa e atraente quanto uma brincadeira,
podem seguir em frente, pois esse é realmente o caminho certo.
2.4 O Brincar na Educação Infantil
RCNEI Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação

infantil é um documento criado em 1998 pelo Ministério da Educação e Cultura do
Brasil que retrata de uma maneira geral a função da educação infantil na vida da
criança no espaço escolar, diferente dos demais níveis de ensino, pois envolve duas
funções inseparáveis como o ato de educar e cuidar. Sabemos que há bem pouco
tempo as funções de educar e cuidar não estavam presentes nas instituições de
educação infantil que preferencialmente utilizavam a função assistencialista de
apenas cuidar da criança em seus espaços.
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional –
9.394/96 determina que no período de três anos a contar de sua sanção, todas as
creches passem para a administração educacional, o que transformam-nas em
responsabilidade de instituições de educação, fazendo com que as creches e pré-
escolas sejam a primeira etapa da educação básica tendo como objetivo maior
estabelecer os fundamentos para os níveis posteriores de escolarização. Sendo
parte integrante da educação básica, a educação de crianças de zero a seis anos
tem ação eminentemente pedagógica, como afirmam os RCNEI (1998).
O novo contexto social do século XXI com suas amplas mudanças

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familiares, educativas permite uma ampliação no pensar e fazer da educação infantil

abrindo perspectivas de repensar esses espaços educativos Com o passar do tempo
essa realidade foi se modificando e surge a necessidade de reflexão sobre a real
função da educação infantil no contexto atual. Assim, as práticas educativas atuais
permitem reflexões sobre o seu fazer e o seu planejar a partir do que é necessário
para o desenvolvimento da criança unindo ao seu prazer o que implica na
necessidade de planejar a ludicidade, a brincadeira no contexto escolar da educação
infantil. Segundo os RCNEI (1998, p.14):
(...) a educação assume as funções: social, cultural e política, garantindo

dessa forma, além das necessidades básicas (afetivas, físicas e cognitivas)
essenciais ao processo de desenvolvimento e aprendizagem, a construção
do conhecimento de forma significativa, através das interações que
estabelece com o meio. Essa escola promove a oportunidade de convívio
com a diversidade e singularidade, a participação de alunos e pais na
comunidade de forma aberta, flexível e acolhedora.
Diante disso, percebemos o importante papel das Unidades de

Educação Infantil UEI na vida da criança, além de compreendermos que as
professoras têm uma função especial de educar e cuidar da criança. Por isso é
indispensável que o profissional da educação infantil esteja de fato envolvido com os
educando para proporcionar benefícios do ato de cuidar e educar permitindo ao
aluno, em sala de aula e em outros espaços educativos, o contato direto com a
ludicidade a partir das diversas brincadeiras, o que possibilita a construção de um
novo repertório de aprendizagens. De acordo com os Referenciais Curriculares
Nacionais da Educação Infantil (1988, p. 23):
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer as crianças condição

para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos
adultos. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de
natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de
desenvolvimento infantil.
Os RCNEI defendem o brincar como uma atividade necessária no

cotidiano escolar, por possibilitar às crianças momentos de experiências e ampliação
de novas descobertas. Através desse ato as crianças se desenvolvem em diferentes
aspectos, como por exemplo em relação a autonomia, a cognição, a linguagem, a
motricidade, entre outros, visto que nas brincadeiras s crianças têm a oportunidade
de participarem, criarem, interagirem umas com as outras e assim resolverem
situações que venham surgir durante as atividades favorecendo assim uma melhor

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compreensão e capacidade de resolução. Brincar é realmente uma das atividades

fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia. O fato de a
criança, desde muito cedo, se comunicar por meio de gestos, sons, e mais tarde
representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua
imaginação. (RCENEI, 1998, v. 2, p. 22).
A partir dessas interações com as brincadeiras e os brinquedos, os
educandos começam a desenvolver a sua linguagem em conversas, gestos e
manuseios, pois entendemos que dialogando em coletividade durante a realização
de todas as brincadeiras a criança inicia a sua inserção no meio social em que vive.
A criança é um ser que brinca e gosta de vivenciar novas tentativas experimentais
proporcionadas pelas brincadeiras favorecendo a sua imaginação, criação e
interiorização de alguns modelos e exemplos de adulto. O ato de brincar é de
essencial importância para o desenvolvimento da motricidade das crianças, uma vez
que ao brincarem elas têm a oportunidade de manusear brinquedos, pular, dançar,
correr e isso facilitará o desenvolvimento de sua coordenação motora. Os RCNEI
(1988) afirmam que o espaço da brincadeira pode ajudar os educadores a
observarem as experiências prévias das crianças, pois essa prática provoca
momentos de tentativas de novas descobertas e criatividades destas crianças.
Porém é necessário analisar que para o brincar possibilitar à criança o
desenvolvimento através dessas experiências realizadas por elas, é de fundamental
importância a mediação e uma boa prática educativa planejada do professor.
Podemos assim dizer que as aprendizagens que ocorrem durante o
desenvolvimento da criança são construídas em situações de interações, sendo de
essencial importância a mediação e interação com um adulto, neste caso específico
o professor.
Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou

de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de
forma a que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus
modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que
propicie a confiança e a autoestima. (RCNEI, 1998, v.1, p. 31)
Muitos professores ainda não formaram uma ideia ampliada e

consciente da importância do seu papel na mediação dessa prática. Alguns veem na
brincadeira um momento de proporcionar “descanso”, deixando os alunos de
maneira solta sem nenhum objetivo didático, nenhuma mediação intencional, o que
muitas vezes passam a ficar desinteressados na realização da atividade. O brincar é

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uma atividade lúdica que pode e deve ser desenvolvida na escola, já que permite a
criança desenvolver-se em diversos aspectos como: cognitivo, social, físico, motor,
além de representar momentos vivenciados anteriormente a partir da brincadeira. O
brincar é uma experiência diferenciada das outras, por utilizarem recursos, matérias
diversificados, além de propiciar as crianças o momento de vasto conhecimento e
por possibilitar categorias de experiências agrupadas por modalidades de
brincadeiras.
O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que

são diferenciadas pelo o uso do material ou dos recursos
predominantemente implicados. Essas categorias incluem: movimento e as
mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física
das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim
como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que
oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os
conteúdos sociais, como papéis, situações valores e atitudes que se
referem à forma como universo social se constrói; e, finalmente, os limites
definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para
brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três
modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis,
considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as
outras, brincar com materiais de construções e brincar com regras.
(RCENEI, 1998, v. 1 p.28).
Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação

infantil o brincar é uma atividade muito significativa para o desenvolvimento da
criança, devido ao desenvolvimento de experiências de brincadeiras com
modalidades diferentes em que cada uma possui uma função importante para as
novas aprendizagens e descobertas infantis, como o brincar de construções, de
regras e o de faz- de- conta, esta última é uma brincadeira que usa muito a
imaginação da criança, permitindo reviver momentos já vividos, imitar adultos, criar
histórias, possibilitando o desenvolvimento da autonomia na realização e criação da
brincadeira, além de ser um momento privilegiado de interação entre as próprias
crianças da mesma idade, e de faixa etária aproximada, sendo de importância na
educação infantil garantir um espaço para a realização dessa atividade. Os RCNEI
(1998) abordam que o brincar desenvolve integralmente a criança, porque essa
prática proporciona a ela momentos de prazer envolvendo-se e sentindo motivada
em realizá-la e assim favorecendo o desenvolvimento cognitivo, visto que é por meio
do brincar que as crianças se esforçam para resolver obstáculos tanto cognitivos
quanto emocionais, explorando a partir das brincadeiras a sua espontaneidade
criativa, e com isso elas começam a dar significados ao meio social em que se

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encontram inseridas. Porém, para que o brincar seja uma prática educativa,
desenvolvida na educação infantil, é necessário que os professores tenham a
clareza do seu importante papel de mediador nessa atividade.
A partir desse estudo abordado pelos RCNEI percebemos o
importante papel dos professores na instituição da educação infantil, em que deve
compreender claramente sobre a importância do brincar na escola e também sobre
as suas modalidades de brincadeiras, em que terá momento apenas de mediar pela
observação e outros em que proporcionará materiais que contribuem para o brincar,
e a partir disso, possam mediar conhecimentos, pois a partir da brincadeira podem
ser trabalhadas regras, a habilidade motora, a linguagem e a inserção de
informações atuais do mundo em que a criança participa e se desenvolve. Assim ao
tomar conhecimento da importância do brincar para o desenvolvimento integral da
criança, o professor deverá começar a realizar adaptações quanto à organização da
sala de aula, a sua prática de ensino, métodos de mediação das brincadeiras, além
de outras ações necessárias para proporcionar descobertas, aprendizagens e a
partir disso possibilitar às crianças desenvolverem e ampliarem novas capacidades.
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que

envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com aspectos biológicos do
corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde,
quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades
de acesso a conhecimentos variados. (RCNEI, 1998, p.24).
Com isso os professores da educação infantil precisam ter uma

concepção clara da sua função de cuidar da criança num ambiente escolar, pois
esse cuidar não significa privar os educandos de serem sujeitos das suas próprias
experiências, mas permitir aos educandos a oportunidade de vivenciarem novas
experiências.
Os RCNEI destacam a importância do cuidar no espaço escolar, que
aborda a necessidade do comprometimento de quem cuida que neste caso é o
professor, e assim afirmam: “Para cuidar é preciso antes de tudo estar
comprometido com outro, com sua singularidade, ser solidário com suas
necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um
vínculo entre quem cuida e quem é cuidado”. (RCNEI, 1998, v.1, p. 25). É essencial
a mediação dos professores durante todas as atividades escolares, e isso não
poderia ser diferente no ato de brincar, porém é necessário que os educadores
percebam a diferença entre mediar o brincar com liberdade e objetivo, e o brincar

18
com liberdade e sem objetivo, apenas como um passatempo.

O professor não deve desenvolver uma atividade lúdica como um
passatempo, sem nenhum objetivo didático porque causa desinteresse nos
educandos tornando-os desestimulados em praticá-la, e principalmente, não propicia
à criança um desenvolvimento integral. Desta forma temos que procurar refletir e
assim nos livrar de uma concepção muito arraigada nos professores de que o
brincar no contexto escola, é somente para deixar o ambiente agradável, ou como
um passatempo para a rotina escolar do educando da educação infantil.
O professor deve entender que o brincar é mais do que isso, uma
vez que pode contribuir para o desenvolvimento integral da criança, porque através
das brincadeiras o aluno constrói um novo repertório de informações, além de
proporcioná-los a uma interação prática com o meio social no qual está inserido.
Assim, o brincar no contexto escolar deve ser encarado como uma realidade
educacional.

19
3. PROCESSO DE DENSENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa

O projeto vem abordando um tema de suma importância na
atualidade que é a ludicidade, principalmente na educação infantil, visto que brincar
é inerente da criança, pois a criança não brinca só por brincar, toda brincadeira tem
um sentido para ela, e brincando com certeza ela aprende. Se a criança recebe uma
boa educação obviamente será bem sucedida e vai servir de apoio à sua criatividade
e ao seu comportamento produtivo quando adulto, nesse contexto a escola são
influências mais poderosas para o desenvolvimento da personalidade e do caráter
do cidadão e principalmente como se portar diante de determinadas situações
inclusive em relação à ludicidade.
O projeto foi desenvolvido a partir da linha de pesquisa em docência
na educação infantil, está associado ao curso de pedagogia no que se refere às
metodologias do ensino da educação infantil. Por conseguinte o projeto deve
contribuir de forma significativa em minha formação como pedagoga para os dias
atuais, frente a uma educação diferenciada onde o brincar faça parte da rotina diária,
mais não o brincar por brincar, mais sim brincadeiras que auxiliem no processo de
ensino e aprendizagem das crianças na instituição em que o mesmo será
executado.
3.2 Justificativa
Nesse contexto buscou-se contribuir como a Educação Infantil na

escola através desse Projeto de Intervenção Pedagógica com o Tema:
“LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: APRENDENDO BRINCANDO”, uma vez
que no contexto ensino aprendizagem a Educação Infantil nos tempos atuais deve
estar sempre atenta e a procura de estratégias capazes de garantir o cuidar e o
educar da infância, uma vez que a criança não pode ser considerada como um

20
adulto em miniatura devendo ser respeitada sua faixa etária e para isso faz-se
necessário a intervenção da ação lúdica tendo em vista atender as necessidades
do corpo e mediar o desenvolvimento sociocultural das crianças, assegurando o
tripé da educação infantil nessa etapa que é o direito de brincar, cuidar e educar.
Entende-se que o homem por ser um ser social ao nascer, já está
inserido em sociedade que é a família, assim convive num ambiente que lhe
favorece ou não a expressão dos sentimentos através das brincadeiras e com isso a
criança reproduz no brincar o seu contexto social. Dessa forma entende-se que a
escola tem o dever social de ampliar e favorecer esse aprendizado com os jogos
infantis e atividades lúdicas no processo do desenvolvimento infantil, onde o jogo
torna-se elemento estimulador e motivador das habilidades motoras, afetivas e
cognitivas da criança, sendo também instrumento para o desenvolvimento integral
da criança, pois segundo Vygotsky (1987)
“O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e

realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação,
de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de
construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos”.
Daí a importância do educador compreender a atividade infantil

para que possa vir a intervir como facilitador no desenvolvimento da criança, uma
vez que a escola, na primeira infância, deve considerar as estruturas corporais e
intelectuais de que dispõem as crianças, utilizando o jogo simbólico e as demais
atividades motoras próprias da criança nesse período.
É através de seu contato com os outros, e não como resultado de
seu esforço individual, que as crianças aprendem as regras de um jogo por exemplo.
É dessa forma que elas aprendem a regular seus comportamentos e o
comportamento dos outros, através das relações, sejam agradáveis ou não.
Segundo Wallon(1979) demonstra seu interesse pelas relações sociais infantis nos
momentos de jogo:
A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar,
dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também
das contestação, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem
duas equipes antagônicas (Wallon p.210).
Nesse prisma é inegável a importância do jogo para a criança, pois

auxilia na formação do ser humano, tanto na motora quanto cognitiva, e ensina
valores durante a infância que permanecem por toda vida, pois segundo Piaget a

21
atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, estas

não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das
crianças mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual
sendo, por isso, indispensável à pratica educativa.
Pensando dessa forma foi que se escolheu o tema para ser
trabalhado no caso a escola escolhida foi a Escola de Ensino Infantil Casulo da
Mônica, localizada na rua 1°de maio, bairro do Centro s/n na cidade de Portel/PA,
por se tratar de uma escola em que estagiei, e pretendo contribuir com a educação
que a mesma oferece aos seus educandos. Utilizando de metodologias prazerosas
onde o aprender se torne cada vez mais agradável e significativo, levando as
crianças as práticas educativas transformadoras, através da ludicidade.
3.3 Problematização
As pesquisas indicam que cada vez mais, as brincadeiras que

favorecem o desenvolvimento da criança estão sumindo no âmbito escolar, e até
mesmo os profissionais da área não buscam introduzir o lúdico como das
ferramentas essenciais para o crescimento saudável das crianças, em seus
conteúdos dados em sala de aula.
Durante a observação no estágio de Educação Infantil surgiram alguns
questionamentos que nos fazem refletir sobre:
• Qual a importância do brincar?
• O que o brincar proporciona ao desenvolvimento da criança
• Como introduzir as brincadeiras aos conteúdos em sala de aula?
• Qual o papel do educador na mediação das brincadeiras?
Observou-se nas escolas pesquisadas, que um certo número de
professores deu pouca ênfase a temática, temática esta de grande importância nos
dias atuais, já que estamos diante de uma geração onde a tecnologia vem ganhando
cada vez mais espaço na rotina de nossas crianças, e que não se estar dando a
devida importância para o brincar, pois sabemos que através das brincadeiras as
crianças estão tendo real aprendizado. Mais nunca é tarde para nos
conscientizarmos de tal importância e valorizarmos cada vez mais nossas crianças a
fim de podermos contribuir para mudar nossa realidade, mesmo que seja no

22
ambiente escolar ou no meio em que vivemos, com simples atitudes de mediar ou

favorecer brincadeiras para nossos pequeninos.
É interessante como os educadores reconhecem a importância do
tema, mais dão pouca ênfase. Como nos mostra uma fala a seguir de uma
professora entrevistada ao ser questionada sobre a ludicidade. “Trabalhar de forma
lúdica é de suma importância, porem requer tempo e recursos que muitas vezes a
escola não disponibiliza e assim acaba saindo do bolso do próprio professor”. (B. S.
M)
Nesse sentido cabe ao professor utilizar de metodologias que sejam
de forma simples, utilizando menos recursos possíveis, mais que podem causar ou
despertar curiosidades e aprendizado sobre o que se quer ensinar, e com isso a
ludicidade fazer parte da rotina diária das crianças.
Sendo assim, o que acredito alcançar com essa proposta é que o
processo de ensino e aprendizagem das crianças da educação infantil seja cada vez
mais de forma prazerosa através de jogos e brincadeiras sem que a criança perca
sua essência.
3.4 Objetivos
Geral
Sensibilizar os educadores sobre a importância de atividades lúdicas
na Educação Infantil, sendo elementos facilitadores na aprendizagem das crianças
desenvolvendo suas habilidades de forma prazerosa através dos jogos e
brincadeiras, pois através do lúdico a criança revela o seu verdadeiro sentimento e
desenvolve seus esquemas corporais.
Específicos
 Incentivar a prática de atividades lúdicas em sala de aula;

 Instigar a curiosidade da criança para que ela aprenda brincando;
 Estimular a socialização e o desenvolvimento psicomotor da criança;
3.5 Conteúdos
Linguagem Oral e Escrita:
 Leitura e reconto da história;

23
 Exploração de palavras com a letra trabalhada;

 Conto e reconto de histórias infantis;
 Participação em jogos e brincadeiras utilizando a linguagem oral;
 Dramatização de histórias, música;
 Caixa surpresa;
 Conto de histórias com recursos diferenciados (fantoches, avental, teatro de
bonecos, tapete historiado, etc);
Matemática:
 Realização do jogo da memória com cores e formas geométricas;

 Exploração dos numerais de 0 a 9 na brincadeira;
 Desafios matemáticos;
 Contagem numérica oral;
 Realização do jogo do boliche dos numerais;
 Resolução de situações-problemas (envolvendo as frutas).
Natureza e Sociedade:
 Leitura de imagens;
 Recorte e colagem de figuras e desenhos relacionados ao tema trabalhado;
 Confecção de painel sobre o tema trabalhado;
 Conversa na rodinha sobre as características daquilo que será trabalho em
sala de aula;
Artes:
 Releitura das obras de Kandinsky com formas geométricas.

 Pinturas, modelagem, colagem;
 Trabalhando com as cores e formas nas telas de pinturas;
 Dramatização da cantiga de roda cantiga – Acanoa virou.
Movimento:
 Realização de brincadeiras diversas como: Amarelinha, pula corda, corrida de

saco, elástico, pira corrente, fora dentro etc.
 Brincadeira de roda cantiga;

24
Música:
 Dramatização de músicas diversas (Dona aranha, Meu pintinho amarelinho,

1,2,3...indiozinhos, Seu lobo etc.)
 Cantiga de roda;
 Cantando as músicas infantil e observando os sons;
 Cantar espontaneamente as músicas conhecidas;
3.6 Metodologia:
O projeto será desenvolvido com turmas do Pré I e Pré II, do turno

vespertino. Poderá ser realizado durante todo ano, fazendo somente as adaptações
necessárias, principalmente nas datas comemorativas. A culminância será no final
do ano ou de cada semestre.
1º momento: Ocorrerá a apresentação do projeto aos professores e Direção da
Escola.
2º momento: Confeccionar alguns jogos, como o boliche matemático, utilizando
garrafas pets, jogo da memória (Com figuras de animais ou de acordo como tema
que se quer trabalhar no meu caso vou fazer das cores e formas geométricas,
dominó (de números, de formas, cores, letra inicial das figuras), amarelinha em EVA,
jogo da velha em EVA, caixa musical, figurinos para alguns personagens. Trabalhar
em sala de aula sempre utilizando os recursos necessários de acordo como tema
que se estar trabalhando
3° momento: Trabalhando matemática, utilizar o boliche matemático, dominó,
palitos de picolé, canudinhos etc. Trabalhinhos de pinturas e colagens.
4°momento:Tema animais: utilizar figuras de animais, desenhos, pinturas,
brincadeiras como: Que animal é esse (fazendo imitações), cantar e fazer
dramatizações das musiquinhas Dona aranha, meu pintinho amarelinho, Não atire o
pau no gato, A cobra não tem Pé. Trabalhinhos de pinturas e com massinha de
modelar, promovendo um pequeno concurso do animal em massinha de modelar
mais bonito com premiação de alguma guloseima.
5° momento: Trabalhando valores: fazer a rodinha de conversa sobre o tema,
encenar situações abordando valores como o respeito aos coleguinhas, utilizar as
palavrinhas mágicas no cotidiano, atividades para pintura, brincadeiras como pira
corrente, Pula elástico, Pula corda (fazendo com que as crianças respeitem o

25
momento de cada um e as regras), cineminha com filmes como: Procurando Nemo,

Procurando Dori, Dora Aventureira entre outros.
6° momento: Trabalhando a linguagem, oralidade e escrita: Mediação de leitura
(Três porquinhos, João e Maria, Chapeuzinho vermelho), Contação de histórias
(Cobra grande, Bicho papão, O curupira), pedir que eles recontem as histórias ou
utilizar a caixa surpresa para contar histórias, dramatizações, utilizar o avental
pedagógico para as histórias, trabalhinhos para treinar a coordenação motora fina,
grossa e a escrita utilizando o nome de personagens, trabalhinhos para pintura e
colagem, imitando os personagens, caracterizar-se e caracterizar as crianças dos
personagens das histórias para a dramatização.
7° momento: Trabalhando artes visuais e corporais: fazer a leitura visual de
algumas obras de Kandinsk, pedir para identificar elementos contidos nas obras,
desenhar e pintar utilizando lápis de cor e tintas guache, dramatizações de cantigas
de roda.
8° momento: Trabalhando músicas: utilizar todas as musiquinhas infantis que
estiver no repertório (Dona aranha, indiozinhos, samba Lelê, O cravo brigou com a
Rosa, Não atire o pau no gato, O sapo não lava o pé etc.) sempre procurando
dramatizar, cantigas de roda (A canoa virou, Fui à Espanha, Menina que dança é
essa? Atirei o pau no gato entre outras) Vale ressaltar que todos os dias pode-se
usar musiquinhas na acolhida, na hora do lanche e na despedida.
9° momento: Trabalhando movimentos: utilizar todas as brincadeiras possíveis
tanto em sala de aula como no pátio ou quadra da escola, entre elas corrida com
bolas, boliche matemático, corrida do saco, dança da cadeira, brincadeiras de roda,
pula elástico, pira-pega, boca de forno, brincadeiras utilizando brinquedos que
estiverem a disposição da criança, momento de lazer no parquinho da escola.
10° momento: Culminância do projeto. O projeto culminará com um dia de lazer
com muitas brincadeiras, diversão com as professoras caracterizada de
personagens infantis, e com a exposição dos trabalhinhos feitos pelas crianças e
apresentações das dramatizações e danças feitas pelas crianças e professores
envolvidos no projetos, com a participação da família na escola.
3.7 Cronograma

26
ANO TODO
Fevereiro
FASES/ETAPAS/ATIVIDADES Fevereir À Junh Dezembr
o Dezembr o o
o
Apresentação do projeto aos
X
professores e Direção da Escola.
Confecção de jogos e figurinos para as
X
brincadeiras e apresentações
Reunião com os pais, para falar sobre
X
o projeto.
Atividades desenvolvida em sala de
X
aula
Confeccionar murais em conjunto,
cartazes painéis para a culminância do X
projeto.
Jogos e brincadeiras na quadra com as
X X
turmas.
Culminância do projeto
Dia: 20 de dezembro de 2017
Das: 8:00 hrs ás 11:00hrs
 Exposição dos trabalhos;
 Apresentação das dramatizações e danças;
 Brincadeiras (Dança da cadeira, espoca balão, corrida do saco etc);
 Concurso de canto das musiquinhas infantis;
 Brincadeiras com o palhaço Juju;
 Finalizando com a fala da direção, coordenação, representante de pais e
professores.
3.8 Recursos
Humanos Professores da escola

Direção e coordenação
Serventes
Palhaço Juju
Materiais Jornais, revistas, livros, cartolinas,
pilotos, E.V.A, cola, data show, papel

27
A4, bolas, corda, elástico, caixa

amplificada, microfone, prêmios, TNTs.
Balões, palito de picolé, canudinhos,
sucatas como garrafa pet,caixas de
papelão, tv, dvd entre outros.
3.9 Avaliação
Brincar é mais do que uma atividade sem consequência para a

criança. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em
que vive, e acaba por se relacionar com este mundo. Brincando, a criança aprende.
A escola deve criar condições para o aluno realizar atividades lúdicas, empregando
também como estratégias de ensino-aprendizagem.
Portanto o papel do educador é garantir que a aprendizagem seja
continua. Colaborando para o desenvolvimento do indivíduo em aspectos
emocionais, sociais, físicos, estéticos, éticos e morais, pautando seu trabalho com
atuação lúdica, onde o jogo ou a brincadeira possam dar espaço para a ação de
quem brinca. Dessa forma a avaliação será continua observando sempre o
envolvimento das crianças nas atividades propostas, principalmente as que
envolvam a ludicidade.

28
4. CONSIDERAÇOES FINAIS
É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que

conseguiremos uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro
dos interesses e necessidades da criança.
No transcorrer deste projeto procurei me remeter a reflexões sobre a
importância das atividades lúdicas na educação infantil, tendo sido possível desvelar
que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da
criança, pois para ela brincar é viver.
É relevante mencionar que o brincar nesses espaços educativos
precisa estar num constante quadro de inquietações e reflexões dos educadores que
o compõem. É sempre bom que se auto avaliem fazendo perguntas como: A que
fins estão sendo propostas as brincadeiras? A quem estão servindo? Como elas
estão sendo apresentadas? O que queremos é uma animação, um relaxamento ou
uma relação de proximidade cultural e humana? Como estamos agindo diante das
crianças? Elas são ouvidas?
O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso,
sendo uma tendência instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a
independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura
popular, desenvolve habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a
imaginação e a criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a
integração, promovendo, assim, o desenvolvimento sadio, o crescimento mental e a
adaptação social.
Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de
atividades; é, antes de tudo, uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a
escola, bem como de relacionar-se com os alunos. É preciso saber entrar no mundo

29
da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais
espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e
afetiva ela será.
Portanto, cabe à escola e a nós, educadores, proporcionarmos a
ludicidade infantil de nossas crianças, ajudando-as a encontrar um sentido para suas
vidas. Ao brincar, não se aprendem somente conteúdos escolares; aprende-se algo
sobre a vida e a constante peleja que nela travamos.
REFERENCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR9050: Acessibilidade de

pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamento
urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC /
SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
FERREIRA; Carolina; MISSE; Cristina; BONADIO; Sueli. Brincar na educação
infantil e coisa seria. Akrópolis, Umuarãma, V. 12, N, 4 outubro/ dezembro 2004.
Acesso em 20/09/2018
FORTUNA, T. R. Jogo em aula: recurso permite repensar as relações de
ensino-aprendizagem. Revista do Professor, Porto Alegre, v. 19, n. 75, p. 15-19,
Acesso em: 09/09/2018
Gonçalves, Alves Ap. a importância do brincar no desenvolvimento da criança
no seu aprendizado. Publicado em 23 de June de 2011, disponível em:
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-da-
crianca-no-seu-aprendizado/69509/ acessado em 12/09/2018 às 22:07h.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança, imitação, jogos e sonhos imagem
e representação.3.Ed. Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 1978.
PIAGET, Jean. A formação simbólica da criança. Rio de Janeiro: Zhar, 1975.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo infância: Um guia para pais e
educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
VASCONCELOS. C.S. Planejamento de ensino-aprendizagem e projetos
educativo. São Paulo:Libertad.1995.
VYGOTSKY. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VYGOTSKY, L. El desarrollo de Los processos psicológicos superiores.

30
Barcelona: Critica, 2000.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. Ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1984.


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2.1 O BRINCAR: CONCEITO E IMPORTÂNCIA......................................................07

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2.1 O brincar: Conceito e importância

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fenômeno denominados jogos ou brinquedos permite criar uma multiplicidade de

“[...] A criação de uma situação imaginaria não é algo fortuito na vida da

A partir desse conceito de brincar compreende-se que na

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entendemos.” (GARDINEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004)

Dessa forma, o brincar apresenta diversos benefícios e deve ser

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significados, ou seja, avançar em direção ao pensamento abstrato. De acordo com

“[...] Desenho e brincadeira são atividades que levam diretamente à escrita,

Portanto a brincadeira deve ser explorada nas diversas formas de

2.2 A importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem

A brincadeira, para a criança, constitui atividade primária que traz

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sempre o momento de cada um.

“[...] A brincadeira e o jogo de faz de conta são considerados como espaço

Nesse sentido a utilização das brincadeiras nos projetos

2.3 Os jogos e a aprendizagem

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É preciso que os professores saibam que a aprendizagem e a

O uso do lúdico com fins compensatórios é uma experiência vivida

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2.4 O Brincar na Educação Infantil

RCNEI Os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação

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familiares, educativas permite uma ampliação no pensar e fazer da educação infantil

(...) a educação assume as funções: social, cultural e política, garantindo

Diante disso, percebemos o importante papel das Unidades de

Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer as crianças condição

Os RCNEI defendem o brincar como uma atividade necessária no

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compreensão e capacidade de resolução. Brincar é realmente uma das atividades

Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou

Muitos professores ainda não formaram uma ideia ampliada e

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O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que

Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação

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O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que

Com isso os professores da educação infantil precisam ter uma

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com liberdade e sem objetivo, apenas como um passatempo.

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