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INSTITUTO EDUCACIONAL NOVOS TEMPOS

Planador Magnus

Contagem

2015

3ª série M
Planador Magnus

Dissertação acerca da sustentação


causada pelo Efeito Magnus para
finalidade expositiva na ExpoUna
2015; Instituto Educacional Novos
Tempos; Ensino Médio.

Andrade, Sabrina;

Augusto, Saulo;

Dias, Amanda;

Henrique, Victor.

Prof.: Mauro Oya


Nota: ________

Planador Magnus
Cole as bases de dois copos leves para fazer um planador. Enrole um

elástico em torno do centro e segure a extremidade livre. Com o planador fixo,

estique esta extremidade livre e então solte o planador. Investigue o seu

movimento.

Magnus Glider
Paste the bases of two light cups to make a glider. Wrap an elastic

around the center and hold the free end. With the glider fixed, stretch this free

end and then release the glider. Investigate the phenomenon.

Sumário
Resumo na língua vernácula........................................................................pág 4

Resumo na língua estrangeira......................................................................pág 5

Introdução.....................................................................................................pág 7

Desenvolvimento prático...............................................................................pág 8

Desenvolvimento teórico.............................................................................pág 10

Conclusão...................................................................................................pág 16

Bibliográfia..................................................................................................pág 17

Introdução

O efeito magnus é um fenômeno que está presente em todo o nosso dia-

a-dia, sendo aplicado em todo e qualquer fluido conhecido atualmente. Em


nossa obra nós o investigaremos em seus aspectos principais: suas causas,

fenômenos relacionados que sustentam e possibilitam este efeito.

Demonstraremos sua aplicação na prática avaliando o efeito de

sustentação causado pelas diferenças de pressão no fluido ao redor de um

objeto cilíndrico em rotação, o curioso fenômeno nomeado em honra ao grande

químico e físico alemão Heinrich Gustav Magnus.

Gustav H. Magnus, nascido em 2 de Maio de 1802 em Berlim, falecido


em 4 de Abril de 1870 em Berlim.

Desenvolvimento Prático
Os resultados apresentados no

experimento foram abrangentes e

satisfatórios: Com poucos recursos,

pode-se adquirir uma imensa gama de

resultados, sabendo-se realizar o

experimento. Usamos três tipos de

copos, e dois tipos de elásticos, sendo

eles utilizados com extenção total

(esticados) e depois dobrados ao meio.

Segue abaixo uma tabela comparativa com as combinações possíveis.

A ~ Copo grande (pesado); B ~ Copo médio (leve); C ~ Copo pequeno (leve).

1 ~ Elástico longo (fraco); 2 ~Elástico curto (forte)


O experimento com o copo grande (A) não obteve um bom resultado. A

levitação se dá quando a força exercida ao empurrar o ar para baixo é maior

que a acelaração gravitacional exercida sobre o corpo — e por ser muito

pesado, não conseguiu se sustentar. Portanto independente do elástico ele não

consegue sustentação o suficiente para planar.

Já com o copo médio leve (B), conseguimos um bom resultado com o

elástico curto e forte. Observamos que ao lançá-lo com esse elástico temos um

impulso maior, que faz com que o copo gire com mais velocidade. Devido à

fricção do ar envolta da sua superficie, a velocidade aparente do ar é assim

maior por cima do que por baixo, gerando um efeito de sustentaçao, que é o

efeito magnus, porém com o elástico grande e fraco o resultado não foi

satisfatório, já que o mesmo não possui resistência o suficiente para lançar o

copo de maneira adequada.

A experiência com o copo pequeno e leve (C) alcançou um ótimo

resultado com ambos elásticos. Com elástico fino e longo, o lançamento teve

uma boa conduta, e observamos o deslocamento do planador por cerca de

1,8m. O mesmo ocorreu com o elástico grosso e curto, porém o deslocamento

foi de 2m.

Desenvolvimento Teórico
Para compreendermos melhor a base teórica do funcionamento de um

planador, vamos começar explicando cada propriedade aplicada.

O Principio de Bernoulli descreve o comportamento de um fluido

movendo-se ao longo de uma linha corrente, explicando a diminuição da

pressão estática do ar e traduzindo o princípio de conservação da energia para

os fluidos. Tomamos como base então três componentes:

1) Cinética: energia devido a velocidade de aceleração do fluido;

2) Potencial gravitacional: energia devido a altitude;

3) Energia de fluxo: energia contida em um fluido devido a pressão

exercida.

“[...] Um aerofólio com um

ângulo de ataque positivo ou

com curvatura, desenvolve

uma circulação, pois, seu

bordo de fuga pontiagudo

força o ponto de estagnação

traseiro a permanecer fixo atrás de seu vértice, enquanto que o ponto de

estagnação dianteiro se localiza abaixo do bordo de ataque.” (Excerto traduzido do

capítulo 3 do Glider Flying Handbook da FFA Norte-Americana.)

O ângulo de ataque positivo do aerofólio causa uma diferença de

pressão nas superfícies superior e inferior do corpo, causando, de acordo com

o Princípio de Bernoulli, aceleração do fluxo de ar na superfície superior —

“Quanto menor a pressão, maior a velocidade” e vice-versa —, onde o


escoamento não apresenta perturbações. Assim, a conveccção do ar de

diferentes pressões (Figura 2) provoca a sustentação total, criada

perpendicularmente ao vento relativo.

Devemos tomar nota das

propriedades do ar: massa e fluidez.

O ar tem massa, portanto pode

exercer força — tanto estática quanto dinâmica. A força estática se relaciona

com a formação dentro do campo gravitacional. Já a dinâmica resulta do

contato do fluido com um corpo, causando o movimento.

Para maior abrangência, é necessário citar que a massa do ar varia com

a altitude. O ar mais frio tem uma massa volumétrica maior do que o ar quente,

portanto tem maior peso. A segunda lei de Newton diz que uma massa só pode

entrar em movimento sobre a ação de uma força; e na terceira lei, a aceleração

radial do ar sobre a superfície superior do aerofólio nos mostra a existência de

duas forças de módulo e direção iguais, mas com sentidos contrários, criando o

equilíbrio: a força centrífuga e a força centrípeta. A aceleração produzida

pelo aerofólio é devida a velocidade do fluido que atinge o bordo de ataque,

provocando a força centrífuga, que, de acordo com o princípio de Bernoulli,

produz as áreas de distorção bárica, e consequentemente o escoamento em

espiral — os vórtices — presentes no efeito Magnus, provocando a força de

sustentação que ocorre na superfície superior.

Ao colarmos a base de dois copos de plástico e lançá-los com elástico,

observamos que o cilindro gira de modo que a superfície superior se desloque

no mesmo sentido do fluxo de ar, assim a força de adesão faz com que o fluxo
do fluido tenha pressão acrescida na parte inferior e reduzida na parte superior

do cilindro, formando assim a sustentação aerodinâmica — força resultante

para cima é a reação à força exercida para empurrar o ar para baixo, de acordo

com a lei da Ação e Reação.

Todos objetos apresentam uma resistência quando se deslocam através

do ar, e a força que se opõe a esse movimento é chamada força de arrasto.

Dois tipos de arrasto

se somam para dar o

arrasto total — o

Parasita e o Induzido.

O arrasto

parasita é a

resistência atrital ao

ar, e é causado por

todas as superfícies

do planador. Este pode ser observado em três situações: arrasto de forma,

interferência ou de fricção superficial.

Quando um corpo está em movimento dentro de um fluido, sua forma e

tamanho provocam um desvio na trajetória deste, resultando em uma variação

de pressão. Quando ele passa pelo objeto, é deixada uma turbulência atrás do

corpo. O valor do potencial de causar esta deformação é denominado Força de

Arrasto de Forma (Figura 3). A Força de Arrasto de Superfície é apenas este

efeito em menor escala, observado a nível microscópico — os vórtices

causados pela rugosidade da superfície.


O arrasto de interferência são as deformações que ocorrem quando

diferentes fluxos de ar — provindos de escoamentos de distintas partes do

planador — se encontram, interagindo entre si.

A trajetória do fluido no

entorno do aerofólio causa o

arrasto induzido, em paralelo

com a sustentação. O

escoamento do ar da parte

inferior para superior devido a

diferença de pressão, faz com

que sejam formados vórtices

na ponta e ao longo do bordo

de fuga da asa — além de

uma esteira de espirais ao por sua extensão, que são deixados para trás

enquanto é gerada a sustentação. Estes vórtices redirecionam o escoamento,

criando velocidades para baixo (ou seria o contrário, as velocidades que criam

os vórtices?).

O peso também é uma força essencial para a planagem. Geralmente se

opõe a sustentação e age verticalmente, a partir do centro gravitacional do

planador. É necessária para mover um planador através do ar, uma vez que

em vôo planado um dos componentes do vetor força peso do planador fica

direcionado para frente.

O Efeito Magnus, objeto principal de estudo de nossa dissertação, é a

distorção causada num flúido corrente pela rotação de corpo. A Figura 5


representa um objeto circular — um cilindro ou esfera — submetido ao

escoamento de um fluido. O movimento translativo por si só não o acresce de

força de sustentação; entretanto, se o objeto se move entorno de seu próprio

eixo, a a parte que escoa para cima (no exemplo da Figura 5) coincide com o

sentido do movimento da superfície devido a adesão do fluido causada pela

sua viscosidade, ganhando mais energia e velocidade, se aderindo mais ao

longo da curva e reduzindo sua pressão, de acordo com o Princípio de

Bernoulli, onde a pressão é inversamente proporcional à velocidade do flúido.

Paralelamente, na parte que escoa para baixo, ocorre a diminuição da

velocidade e consequentemente o aumento da pressão. E isso nos remete à

sustentação aplicada em aerofólios.


Conclusão
Bibliografia

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172004000400003

https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/aircraft/glider_handbook/

http://www.engbrasil.eng.br/revista/v222010/artigos/art4222010.pdf

http://sabordevoar.blogspot.com.br/2012/01/informacao-19-voce-sabe-o-que-e-arrasto.html

http://imagem.casadasciencias.org/online/36826646/28_efeito-magnus-teoria.htm

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