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Na area da aerodinâmica é importante estudar os casos mais parecidos da vida real

possíveis, por exemplo para analisar o funcionamento duma asa durante o voo é preciso
primeiro entender como esta funciona num ambiente controlado, para isto em vez de
recorremos a estratégias e a métodos para analisar a asa no seu todo aplicamos os conceitos
de analise dimensional e recorremos a uma secção mais pequena mas que tenha semelhança
física, geométrica e dinâmica (com o objetivo de comparar a asa real com recurso as constantes
adimensionais como é o caso do coeficiente de pressões). Nesta atividade vamos utilizar um
cilindro, mas com os valores obtidos podemos comparar a outro cilindro desde que siga as 3
condições referidas anteriormente.

Já no que toca o corpo, quando este está em movimento tem aplicado em si diversas forças,
por sua vez a resultante das forças que é decomposta em duas componentes, sendo elas a
força de sustentação, L, e a força de resistência aerodinâmica, D .

Existem dois tipos de forças que consistem na força de resistência aerodinâmica (drag). São
elas:

 Forças tangenciais ou de corte;


 Forças normais, ou de pressão.

A resistência à fricção deve-se às forças de corte, e verifica-se em corpos fuselados. Já em


corpos não fuselados/rombos, ou blunt objects, a força de resistência mais proeminente é a
força devido à pressão.

Como referido anteriormente esta atividade tem com o objetivo de medir e calcular a força
de resistência aerodinamica e analisar o perfil de velocidades do escoamento antes e depois da
iteração com o corpo não fuselado.

A interação fluído-corpo ocorre através de uma força de superfície. Estas forças encontram-
se associadas às distribuições de tensões tangenciais e normais que atuam sob a superfície do
cilindro. A resistência aerodinâmica é a componente da força que atua sobre um corpo, em que
tanto as forças normais como as de pressão induzem uma resistência ao deslocamento do
corpo.

Dado que o foco do presente estudo são as forças devido à pressão, torna-se necessário
introduzir os três tipos de pressões que são aplicadas a um corpo em movimento. São elas:

1. Pressão estática – esta pressão é aquela que o fluído exerce sobre o corpo, quando
este encontra-se em repouso. Esta força age da mesma força em qualquer direção.
2. Pressão dinâmica – esta pressão é medida em relação à energia cinética do fluido
em deslocamento. É uma medida da força exercida por unidade de área, estando
associado ao fluxo de fluido e ao efeito descrito pela equação de Bernoulli.
3. Pressão hidrostática – esta pressão ocorre no interior do líquido, sendo exercida
pelo peso do próprio líquido.

Como referido anteriormente os coeficientes de pressão e de resistência aerodinâmica são


adimensionais

Dado que o escoamento em torno do cilindro produz uma esteira espessa, verifica-se um
grande défice de quantidade de movimento e um escoamento turbulento a jusante do cilindro.
Nesta região, a pressão é inferior pelo que induz uma força de sucção, que é responsável por
criar alguma resistência. A este fenómeno chama-se de cone de aspiração.
Devido ao reduzido número de Reynolds a que o túnel de vento funiona não irão surgir
vórtices diretamente depois do cilindro, podendo ser comprovado pelo calculo do numero de
Strouhal (este parâmetro adimensional pretende quantificar a fequencia de vorticidade num
escoamento). Como estamos a trabalhar em regime laminar não ira ocorrer vórtices logo o
numero de Strouhal deverá ser nulo.

Finalmente, e dada a geometria do ponto de estagnação, a velocidade é nula neste ponto,


pelo que se verifica um aumento da pressão em relação à espera. Esta diferença de pressões
cria uma força sob o cilindro. Há que apontar que dado à natureza do cilindro , as forças de
resistência são usualmente causadas peças diferenças de pressão, isto para números de
Reynolds suficientemente altos.

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