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Legislação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável por


fiscalizar e atestar o cumprimento ou o descumprimento das BPF. Dentre as
legislações vigentes, vale mencionar a Portaria SVS/MS nº 326/97, a qual
determina os requisitos para o alcance das boas práticas e das condições
higiênico-sanitárias nas indústrias de alimentos.

De forma geral, os aspectos tratados na portaria definem as regras relativas a:

 produção e seleção das matérias-primas;


 manipulação dos alimentos;
 condições do estabelecimento produtor;
 saúde e higiene pessoal dos funcionários;
 adequação dos equipamentos;
 qualidade e padronização dos processos, entre outras.
É importante ressaltar que o desrespeito às diretrizes contidas nas normas
vigentes acarreta sanções — de advertências a multas ou, até mesmo, ao
cancelamento do alvará de licenciamento. Portanto, as indústrias alimentícias
têm a obrigação de se adequarem à legislação para garantirem o devido
controle da produção e o acesso a alimentos de qualidade.

Legislações federais, estaduais e municipais


No Brasil, as BPF são estabelecidas por legislações federais, estaduais e
municipais. No âmbito federal existem regulamentos gerais relacionados às
BPF publicados tanto pelo Ministério da Saúde quanto pelo Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento. Seguem alguns exemplos:

Portaria MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993


Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe, entre outras
matérias, sobre as diretrizes gerais para o estabelecimento de Boas Práticas
de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos.

Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997


Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais
de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius, e
harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre
as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

Portaria Nº 368, de 1997


Ministério da Agricultura e Abastecimento – Regulamento técnico sobre as
condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação.
Resolução – RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002
Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação
geral. Ela introduz o controle contínuo das BPF e os Procedimentos
Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de
inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF.
Portanto, complementa à Portaria SVS/MS nº 326/97.

E mais legislações…
Existem outros regulamentos federais que são direcionados a setores
produtivos específicos. Estas complementam os regulamentos gerais de BPF,
como por exemplo:

Para amendoim a Resolução – RDC nº 172, de 4 de julho de 2003


Aprova as Boas Práticas de Fabricação e os requisitos sanitários específicos
para seu processamento, com ênfase nas medidas de controle destinadas a
prevenir ou reduzir o risco de contaminação por afla-toxinas.

Para frutas e hortaliças em conserva a Resolução – RDC nº 352, de 23 de

dezembro de 2002
Complementa a legislação geral incorporando as medidas específicas que
devem ser adotadas nos estabelecimentos processadores de frutas e
hortaliças. Essa Resolução contempla ainda uma lista de verificação das Boas
Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores
dessa categoria de produtos.

Para produtos gelados comestíveis a Resolução – RDC nº 267, de 25 de

setembro de 2003
Estabelece os procedimentos de Boas Práticas de Fabricação para
estabelecimentos industrializadores desse tipo de produto. Também consta no
Anexo um instrumento de avaliação das BPF aplicável a esse tipo de
estabelecimento.

Para leite e derivados a Resolução Nº 10, de 2003


Do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento institui o Programa
Genérico de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO, como
etapa preliminar e essencial dos Programas de Segurança de Alimentos do tipo
APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

No caso de serviços de alimentação a Resolução – RDC nº 216, de 15 de

dezembro de 2004
Estabelece os procedimentos de Boas Práticas para esse segmento, a fim de
garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Aplica-se aos
serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades:
manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição,
transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo.

Fonte: https://certificacaoiso.com.br/boas-praticas-de-fabricacao-e-legislacao-
brasileira/
https://blogdasegurancaalimentar.volkdobrasil.com.br/boas-praticas-fabricacao-
alimentos/

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