O documento discute como as pessoas no Brasil podem ser mais influenciadas pelo deus grego Apolo, que representa a razão, ou pelo deus Dionísio, que representa a emoção, com base na obra "O Mercador de Veneza" de Shakespeare. Também argumenta que é importante encontrar um equilíbrio entre razão e emoção para tomar boas decisões.
O documento discute como as pessoas no Brasil podem ser mais influenciadas pelo deus grego Apolo, que representa a razão, ou pelo deus Dionísio, que representa a emoção, com base na obra "O Mercador de Veneza" de Shakespeare. Também argumenta que é importante encontrar um equilíbrio entre razão e emoção para tomar boas decisões.
O documento discute como as pessoas no Brasil podem ser mais influenciadas pelo deus grego Apolo, que representa a razão, ou pelo deus Dionísio, que representa a emoção, com base na obra "O Mercador de Veneza" de Shakespeare. Também argumenta que é importante encontrar um equilíbrio entre razão e emoção para tomar boas decisões.
No Brasil atual as pessoas estão mais envoltas ao deus Apolo ou
Dionísio?
Na peça “O Mercador de Veneza” de William Shakespeare, Bassânio, um
veneziano nobre, mas falido, apaixona-se por Portia, uma mulher rica e bela que morava em Belmonte e possuía muitos pretendentes. Diante disso, com o fim de viajar à cidade de sua amada, o rapaz contata Antônio, um dos mais insignes negociantes da cidade e seu melhor amigo, pedindo-lhe que emprestasse certa quantia para conseguir realizar a expedição. O mercador aceita o pedido, porém afirma não possuir a quantia necessária no momento, pois todos seus investimentos estão em uma frota de navios e, por isso, sugere ao companheiro que peça o estipulado a algum usurário de Veneza. Dessa forma, Bassânio aceita a ideia e solicita o dinheiro a Shylock, um agiota judeu com quem Antônio tinha inimizades. O semita, querendo se vingar de seu rival, concorda com o empréstimo, contudo, pede como garantia uma libra (aproximadamente quinhentos gramas) da carne do comerciante. Com isso, o homem apaixonado diz ao seu amigo que desista da ideia, mas este, tomado pela emoção de satisfazê-lo, tranquiliza-o garantindo que seus navios chegariam dentro de dois meses, ou seja, um mês antes do término do contrato, o que não ocorre e, em decorrência disto, o caso vai para a Justiça.
Ao analisar o enredo da obra shakespeariana, observa-se que Antônio,
segundo as denominações do filósofo Nietzche sobre arte, tomou uma atitude “Dionisíaca”, ou seja, a emoção e a vontade impetuosa de agradar ao amigo se sobrepõem à razão e fazem com que ele coloque em prática uma proposta equivocada. Fora da ficção, muitos brasileiros, assim como o mercador de Veneza, adotam medidas dionisíacas e isso pode ser provado através de sites de compra e venda, onde alguns usuários, por terem achado um produto barato, em vez de pesquisarem se aquela página é confiável, preferem efetuar a transação, e isto, em várias ocasiões, acaba implicando em situações de fraude nas quais o produto não chega ao local destinado. Portanto, esses indivíduos se deixam levar pelos próprios desejos e esquecem que, para obter os resultados esperados, é preciso antes refletir e perscrutar se a escolha tomada pode acarretar consequências adversas.
Apesar disso, no contexto brasileiro, também há pessoas apolíneas, as quais
preferem fazer uso da racionalidade em vez da emoção, e logo, seus métodos são pautados com o fim de manter um equilíbrio. Nesse contexto, como exemplo, é possível dizer que se enquadram em tal princípio os profissionais os quais trabalham na área científica ou dão uma grande importância ao trabalho. Tendo isso em vista, esse estilo de vida pode gerar um melhor controle sobre a vida produtiva, todavia, se a razão for usada de forma exagerada, o individuo começa a tratar com seriedade tanto o âmbito privado como o público. Dessa forma, há a possibilidade de a relação com a própria família ser instabilizada, já que a emoção, em tal ocasião, é negligenciada e, por conseguinte, a demonstração de sentimentos se mostra pouco aparente.
Por fim, não é possível dizer se há um maior predomínio de “Apolíneos” ou
“Dionisíacos” no Brasil, porquanto existem os que assumem tanto aquela como esta personalidade. Assim, pode-se dizer apenas que o necessário é haver um equilíbrio entre esses estados, ou seja, é preciso saber julgar as situações e, após essa análise, utilizar-se do conceito mais propício aos diferentes momentos do cotidiano, para as relações sociais e as escolhas individuais não serem prejudicadas.