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SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO

Profa. Dra. Thalita Masoti Blankenheim

RESUMO

O sistema respiratório é formado por um trato respiratório superior e


inferior. No superior encontramos a cavidade nasal, os seios paranasais, a
nasofaringe e a laringe, que possuem a função de filtrar, umedecer e ajustar a
temperatura do ar. No trato inferior podem ser observados a traqueia, e os
pulmões, no qual contém entre outras estruturas brônquios, bronquíolos e os
alvéolos (MARTINS, 2018). Vale ressaltar que, o sistema respiratório é um dos
sistemas orgânicos mais expostos a fatores de agressão externa, em função de
seu contato direto com o meio ambiente (OLIVEIRA; SOBREIRA; TEIXEIRA,
2015).
O sistema fornece oxigênio para sustentar o metabolismo tecidual e
remove dióxido de carbono. O consumo de oxigênio e a produção de dióxido de
carbono variam com a taxa metabólica, que depende principalmente da atividade
física. As espécies menores têm o consumo de oxigênio por quilo de peso
corpóreo mais alto que as espécies maiores. Quando os animais se exercitam,
os músculos requerem mais oxigênio e, portanto, o consumo de oxigênio
aumenta. O consumo máximo de oxigênio no cavalo é três vezes maior que o
consumo máximo de oxigênio em uma vaca de peso corpóreo similar, e os cães
têm consumo máximo de oxigênio mais alto que os caprinos de mesmo tamanho.
As espécies mais aeróbias, como os cães e equinos, têm um volume máximo de
consumo de oxigênio mais alto, pois a densidade mitocondrial do músculo
esquelético é maior que nas espécies menos aeróbias (MORAES, 2018).
O diagnóstico e o tratamento das doenças respiratórias em animais são
uma constante e uma das principais atuações na clínica veterinária. Algumas
doenças que afetam o sistema respiratório requerem poucos recursos
diagnósticos, enquanto outras exigem até o auxílio da necropsia. É de grande
importância o diagnóstico precoce de uma afecção para a instituição do
tratamento e prevenção de novos episódios de doença, não apenas no animal
examinado, mas no rebanho como um todo (GONÇALVES, 2017).

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No exame semiológico do sistema respiratório utiliza-se o histórico do
animal ou anamnese, a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta
(MORAES, 2018).
A anamnese nesse sistema, em específico, tem o intuito de obter
informações que oferecem suporte ao clínico para o diagnóstico das afecções.
Há necessidade de se colher informações, de uma forma regrada, para não
perder de vista o objetivo e obter todos os dados necessários (GONÇALVES e
BARIONI, 2000).
Ainda segundo Gonçalves e Barioni (2000), a inspeção é o método
semiológico que se faz a observação do animal como um todo e, neste caso,
particularmente, do aparelho respiratório. Deve-se inicialmente observar o
animal de preferência sem tocá-lo, sem excitá-lo, pois isso poderá provocar
modificações na frequência respiratória e até no tipo de respiração. Para a
contagem da frequência respiratória, o Médico Veterinário poderá posicionar-se
ao lado do animal realizando a contagem de forma a observar os movimentos
respiratórios feitos pelo mesmo.
Para realizar a auscultação de pequenos animais, é de suma importância:
manter o animal em estação sobre a mesa; delimitar campo pulmonar a ser
auscultado; auscultar o tórax de frente para trás e de cima para baixo,
bilateralmente; auscultar no mínimo dois movimentos respiratórios em cada
ponto de auscultação e realizar auscultação comparativa em cada lado
(MORAES, 2018).
Os exames complementares não substituem o exame clínico, porém são
muito importantes para avaliar a extensão das alterações, o comprometimento
das estruturas adjacentes, acompanhar a evolução clínica do paciente, averiguar
a efetividade do tratamento instituído, além de, contribuir para determinar o
prognóstico (DOS SANTOS et al., 2012).

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