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DISCIPLINAS ELETIVAS – PROF.

JORGE LUIZ
DESENHO: COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO E DISCURSO

A história do desenho começa quase que ao mesmo tempo em que a do homem.


Nas cavernas ficaram gravados, por meio de desenhos, os hábitos e experiências dos primitivos
“homens das cavernas” que usavam as pinturas rupestres como forma de se expressar e comunicar
antes mesmo que se consolidasse uma linguagem verbal. Na arte rupestre o discurso de tais baseava-
se nas atividades cotidianas do homem primitivo como a caça, luta contra animais selvagens, etc.

Mas, antes de mais nada o que é discurso? Discurso representa diferentes ideologias e formas
de compreensão da realidade. Expressa um conjunto de valores, princípios, práticas e significados,
marcados por uma INTENÇÃO.

Na antiguidade o desenho adquire um discurso pautado pelo sagrado, principalmente no Egito,


onde é usado para decorar tumbas e templos. Mesopotâmicos, Chineses e povos do continente
Americano desenvolveram cada qual um sistema diferente de desenhar, com significados próprios e
que caracterizaram cada população. Da mesma forma ocorreu na antiguidade clássica, quando gregos
e romanos utilizaram o desenho para representar seus deuses.

Na mesopotâmia também, o desenho foi utilizado para criar representações da terra e de rotas
de forma bastante primitiva.

Mas um acontecimento realmente importante para todas as formas de desenho foi a invenção
do papel pelos chineses há mais de três mil anos. Até então eram usados diferentes materiais para as
representações como blocos de barro ou argila, couro, tecidos, folhas de palmeira, pedras, ossos de
baleia, papiro (uma espécie de papel mais fibroso muito usado pelos egípcios) e até mesmo bambu.

Os apetrechos utilizados para fazer o desenho também foram bem diferentes. As penas, no
século XVIII, passaram a ser de metal e em 1884, Lewis E. Watterman patenteou a caneta tinteiro,
precursora das esferográficas. Até que se inventasse a tão comum caneta em esferográfica, em 1938.

Da mesma forma que os instrumentos utilizados para o desenho evoluíam, o próprio desenho
evoluía junto. No Japão, na época mais próspera dos samurais (1192 a 1600) o desenho experimenta
um grande crescimento. Os samurais além de guerreiros se dedicavam às artes. É no Japão que foi
divulgada a tinta nanquim criada pelos chineses.

É no Renascimento que o desenho ganha perspectivas e passa a retratar mais fielmente a


realidade. Com o Renascimento surge também um conhecimento mais aprofundado da anatomia
humana e os desenhos ganham em realidade. Mestres da pintura na época eram também exímios
desenhistas que usavam os conhecimentos da anatomia para dar mais realidade as imagens através do
uso de sombras, proporções, luz e cores. entre eles destacam-se Leonardo da vinci, Michelangelo,
Rafael, entre outros.

Depois, já devido à Revolução Industrial surge uma nova modalidade de desenho voltado para a
projeção de máquinas e equipamentos: o desenho industrial.

Em 1890, surge a primeira revista em quadrinhos semanal da história. No dia 17 de maio de


1890 foi lançada a Comic Cuts pelo magnata londrino Alfred Harmsworth. Uma destas obras seria o
desenho chamado “Yellow Kid” publicada em 1897 por Richard Outcalt. No Brasil, as precursoras foram
as tiras do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, publicadas em 1869, no jornal “Vida Fluminense” com o
título de “As Aventuras de Nhô Quim”.

Depois, eis que surge o 1º super herói em quadrinhos, o Superman ou Super-Homem publicado
pela DC Comics. O personagem, entretanto, desde os anos 1930, já foi adaptado para diversos outros meios,
como cinema, rádio, televisão, literatura e video game. Superman foi criado pela dupla de autores de
quadrinhos Joe Shuster e Jerry Siegel. Sua primeira aparição aconteceu no verão de 1938, na revista Action
Comics .

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as caricaturas e charges se popularizam e sua


utilização passa a ser cada vez mais frequente. Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) não só as
caricaturas em periódicos de grande circulação, mas também as animações passam a ser utilizadas por
ambos os lados numa verdadeira “guerra visual”, seja para fazer propaganda ou para fazer críticas a
um e outro sistema. Charges e caricaturas apresentam como característa o exagero no desenho e um
discurso humorístico ácido de cunho, muitas vezes político.

Da década de 90 para cá as evoluções foram enormes. Centenas de periódicos no mundo todo


tratam exclusivamente do assunto “desenho” em suas mais diversas modalidades: cartuns, charges,
desenhos técnicos, desenho artístico, caricatura, animes, mangás, grafite e outros.

Desde então, técnicas cada vez mais apuradas de desenho, arte final, diagramação, impressão
e distribuição possibilitaram além da melhoria da técnica, a criação de estilos bastante variados.

Texto adaptado do original publicado em https://www.infoescola.com/artes/historia-do-desenho/

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