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BELÉM
MARÇO/2021
Projeto de Estação de Tratamento de Efluentes
Centro de Distribuição Mateus S/A
Unidade Santa Isabel do Pará / PA
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – parâmetros de determinação de vazões .............................................................................. 10
Tabela 2 – Vazões mínima, média e máxima para dimensionamento do sistema. .............................. 12
Tabela 3 – Tipos de calha parshall. ..................................................................................................... 14
Tabela 4 – Callha parshall selecionada no projeto .............................................................................. 14
Tabela 5 – Dimensões adotadas para cada tipo de grade. .................................................................... 16
Tabela 6 – Grade escolhida e suas dimensões. .................................................................................... 17
Tabela 7 – Dados de entrada para o dimensionamento. ...................................................................... 20
Tabela 8 .............................................................................................................................................. 55
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 4
2. RESPONSÁVEIS E REPRESENTANTES ................................................................. 5
2.1. Propriedade .................................................................................................................. 5
2.2. Contratante ................................................................................................................... 5
2.3. Responsável Técnico .................................................................................................... 5
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................... 6
4. MEMORIAL JUSTIFICATIVO .................................................................................. 7
5. MEMORIAL DESCRITIVO DE CÁLCULO .............................................................. 8
5.1. Caracterização Quali-quantitativa ................................................................................ 8
5.2. Tratamento de Subprodutos ......................................................................................... 9
5.3. Sistema de Automação ................................................................................................. 9
5.4. Vazões de Projeto....................................................................................................... 10
5.5. Qualidade do Efluente Bruto ...................................................................................... 12
5.6. Caixa de Gordura ....................................................................................................... 13
5.7. Calha Parshall ............................................................................................................ 13
5.8. Gradeamento .............................................................................................................. 16
5.9. Grade Retentora de Sólidos Grosseiros ...................................................................... 16
5.10. Caixa de Areia............................................................................................................ 20
5.11. Estação Elevatória de Efluentes ................................................................................. 23
5.12. Reator UASB ............................................................................................................. 28
5.13. Filtro Aerado Submerso ............................................................................................. 43
5.14. Decantador secundário ............................................................................................... 48
5.15. Desinfecção ................................................................................................................ 53
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 58
7. ANEXOS ................................................................................................................... 59
1. APRESENTAÇÃO
O presente documento consiste no memorial descritivo e de cálculo da Estação de
Tratamento de Efluentes (ETE) 01 a ser implantada no empreendimento Centro de Distribuição
do Supermercados Mateus S/A, localizado na rodovia BR-316, cidade de Santa Isabel do
Pará/PA.
Tendo em vista que o local de instalação do empreendimento não dispõe de cobertura
de rede coletora de esgoto, o efluente produzido durante sua operação será tratado e,
posteriormente, destinado ao ponto de lançamento a ser definido. Com esse cenário em vista,
o projeto teve o objetivo de atender os requisitos mínimos exigidos pela legislação nacional,
onde foram utilizadas as recomendações das seguintes normas:
2. RESPONSÁVEIS E REPRESENTANTES
2.1.Propriedade
Empreendimento: Centro de Distribuição Supermercado Mateus S/A– Unidade Santa Isabel do
Pará/PA.
Endereço: Rodovia BR-316, cidade de Santa Isabel do Pará/PA.
2.2.Contratante
Razão Social: Fibrafort Indústria e Serviços EIRELI
CNPJ: 31.319.926/0001-78
Endereço: Rod. Municipal Faruk Salmen, S/N, Parauapebas/PA
E-mail: engenharia@fibrafort.eco.br.
2.3.Responsável Técnico
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O Grupo Mateus é a maior rede varejista de alimentos do Brasil com capital 100%
nacional. Atuam no varejo supermercadista, atacarejo, atacado, eletrodomésticos, móveis,
panificação, central de fatiamento e porcionamento. Em 34 anos de história consolidaram a
marca entre as maiores do país e a maior do Norte e Nordeste. Atendem quase 20 mil pontos
de venda com a ajuda de 1.750 representantes comerciais do atacado. Estão presentes com 54
lojas nos estados do Maranhão, Pará e Piauí.
Seu novo centro de distribuição, objeto deste projeto, será localizada na Rodovia BR-
316, cidade de Santa Isabel do Pará/PA, sob as coordenadas geográficas 1°16'46,79"S e
48°03'53,73"O, conforme ilustra a figura 1.
4. MEMORIAL JUSTIFICATIVO
A concepção adotada para o sistema de tratamento de efluentes 01 do Centro de
Distribuição do Supermercado Mateus – Unidade Santa Isabel do Pará será composta,
basicamente, por sistema de retenção de sólidos grosseiros, desarenador, medidor de vazão,
estação elevatória, tratamento secundário e desinfecção, os quais serão abordados a seguir.
Para o sistema de retenção de sólidos grosseiros, foram avaliadas, como alternativas, o
sistema de peneiras, centrífugas e gradeamentos, optando-se pela última por apresentar
eficiência satisfatória, menor custo de implantação, maior facilidade operacional, além de ser
uma tecnologia consolidada na região.
Os mesmos critérios nortearam a seleção das alternativas para os demais componentes
do tratamento preliminar, onde foram avaliados, para o sistema de desarenação, o sistema
aerado e a caixa de areia do tipo canal, optando-se pela segunda, e, para o sistema de medição
de vazão, a medição com medidores eletrônicos (ultrassônicos e magnéticos) e por meio de
vertedouros, optando-se pela segunda opção, representada pela calha parshall.
Como critério para seleção de tecnologias para pós-tratamento, utilizou-se a eficiência
de aproximadamente 90%, demanda de área, demanda de energia elétrica, complexidade
operacional e produção de lodo. Frente a esses quesitos, avaliou-se os sistemas de filtro
anaeróbio seguido de filtro aerado submerso + decantador secundário. Tendo em vista que
somente a primeira alternativa não atende ao critério de eficiência mínima, adotou-se o filtro
aerado submerso seguido de decantador secundário.
Para seleção do método de desinfecção, foram adotados os critérios de custo de
implantação e operação, disponibilidade de mão de obra especializada para operação e
manutenção e grau de complexidade operacional. Os sistemas avaliados foram a cloração,
ozonização e ultravioleta. Frente aos critérios adotados, a alternativa adotada foi a cloração,
por apresentar maior viabilidade.
Ressalta-se que as presentes alternativas tecnológicas foram selecionadas a partir da
informação de volume de esgoto a ser gerado (60 m³/d), bem como a partir de informações de
experiência de mercado da contratada, não sendo possível realizar estudos mais aprofundados
no que diz respeito a caracterização do esgoto a ser gerado, uma vez que não se obteve resposta
das informações solicitadas.
Por fim, após o citado processo de seleção de alternativas tecnológicas, a Estação de
Tratamento de Efluentes 01 do Centro de Distribuição do Supermercado Mateus S/A – Unidade
Santa Isabel do Pará apresenta o fluxograma disposto em anexo.
➢ Contribuição de Efluente:
o População equivalente: 1.200 hab;
o Contribuição per capta: 50 L/hab.dia;
o Contribuição total estimada: 60.000 L/dia.
5.2.Tratamento de Subprodutos
A) Subprodutos Gasosos
O tratamento de efluentes resulta na produção e emissão diversos gases, os quais possuem
diversas composições, eles podem ser gases odorantes como o sulfeto de hidrogênio (H 2S),
amônia e compostos orgânicos voláteis; Gases de efeito estufa (GEE), tais como o metano
(CH4) e óxido nitroso (N2O) e, por fim, poluentes atmosféricos em geral, tais como os gases
que são provenientes da queima do biogás como o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de
enxofre (SO2), principalmente.
Com esse cenário em vista, a estação conta com um filtro de biogás modelo
FIBRAFORT, responsável pela adsorção dos gases produzidos durante a operação da ETE.
B) Subprodutos Sólidos
Os subprodutos sólidos que podem ser gerados na ETE são os resíduos gradeados, areia,
detritos, gordura, escuma e lodo, os quais não foram contemplados no escopo do projeto, logo,
a remoção, destinação final e tratamento se dará por meio de caminhão limpa-fossa ou sistema
de tratamento local.
5.3.Sistema de Automação
O sistema de automação é centralizado em quadro elétrico, detentor de seletoras para
comandos liga-desliga, automático-manual e determinação de unidade operante, alarme de
sinalização de defeitos, sinalização de operação e reles auxiliares. Como componentes
elétricos, a estação conta com bombas de recalque e bombas dosadoras, que terão seu regime
de funcionamento detalhado a seguir.
A) Bombas de Recalque
As bombas apresentam função ‘Automático” e “Manual” e modo de seleção de “Bomba
1” e “Bomba 2”. No modo automático, as bombas funcionarão de forma alternada, com dois
níveis de acionamento e um de desarme, sendo esses o nível mínimo, que desarma a bomba em
funcionamento; nível máximo, que aciona uma das bombas, de forma alternada; e, por fim, o
nível crítico, responsável por acionar as duas bombas em paralelo, aumentando a vazão de
recalque e evitando transbordos. Como medidor de nível, será utilizado o sensor do tipo boia
de 25 A, com recomendação das marcas Schneider e WEG.
B) Bomba Dosadora
A bomba dosadora apresenta função “Automático” e “Manual”, sendo que, no primeiro
regime, o acionamento da bomba dosadora ocorrerá em conjunto com o das bombas
submersíveis, de forma a dosar produto químico sempre que houver fluxo de esgoto no Tanque
de Contato.
C) Exaustores
A exaustão de gases deve ser realizada 24 horas por dia.
5.4.Vazões de Projeto
Para determinação das vazões de projeto, foram adotados os parâmetros dispostos na
Tabela 1, a seguir. Ressalta-se que a população de projeto foi fornecida pela administração do
empreendimento e a produção per capta foi adotada com base nas recomendações da NBR
13.969/1997.
A) Vazão mínima
Com o objetivo de determinar a Vazão mínima de projeto, faz-se uso da Equação 1 a seguir:
(pop x q x K 3 )
Q min = Eq. (01)
86400
Q min =0,347 L/s
Onde:
➢ População (pop);
➢ Coeficiente de variação mínima diária (K3);
➢ Per capta (q).
B) Vazão média
Com o objetivo de determinar a Vazão média de projeto, faz-se uso da Equação 2 a
seguir.
(pop x q)
Qmed = Eq. (02)
86400
Q med =0,694 L/s
Onde:
➢ População (pop);
➢ Per capta (q).
C) Vazão máxima
Com o objetivo de determinar a Vazão máxima de projeto, faz-se uso da Equação 3 a
seguir.
CODBO
E. P = Eq. (04)
q per capta
Onde:
➢ Carga Orgânica de DBO (CODBO);
➢ Carga Per capta populacional (qper capta);
➢ Equivalente populacional (hab).
Logo, sabendo que C.ODBO= 54.000 gDBO/d e para representar a contribuição de cada
indivíduo por unidade de tempo, será utilizada percapta de 45 gDBO/hab.d, conforme Von
Sperling (1996).
Deste modo, a carga de DBO do efluente correspondente à carga gerada por uma
população de 1.200 habitantes.
Sendo assim, adotou-se uma caixa de gordura quadrada as dimensões listadas abaixo,
totalizando 2,70 m³:
Largura:1,50 m;
Profundidade útil: 1,20 m.
Sabendo que a Q min =0,347 L/s e a Q max= 1,25 L/s e para o dimensionamento da calha
deve-se utilizar a vazão máxima em L/s demonstrada na Tabela 2 anteriormente, com a
finalidade de obter os valores das variáveis N e K, que serão utilizados no cálculo da altura
máxima (Hmax) e mínima (Hmin) que o afluente poderá alcançar. Desse modo, a calha parshall
escolhida será a de 2”, que possui as seguintes características simplificadas na Tabela 4 a
seguir.
Onde:
➢ Vazão em (m³/s) (Q);
➢ Altura do afluente (H);
➢ Valores de dimensão de calhas padronizadas (K e N).
N Q máx
Hmáx = √ Eq. (07)
K
Hmáx = 0,050 m
Onde:
➢ Vazão em (m³/s) (Qmáx);
➢ Valores de dimensão de calhas padronizadas (K e N).
N Q mín
Hmín = √ Eq. (08)
K
Hmín = 0,023 m
Onde:
➢ Vazão em (m³/s) (Qmín);
➢ Valores de dimensão de calhas padronizadas (K e N).
L = 30 cm
5.8.Gradeamento
São dispositivos de retenção para remoção de resíduos sólidos grosseiros, sendo
constituídos por barras paralelas, posicionadas transversalmente no canal de chegada dos
esgotos na estação de tratamento, perpendiculares ou inclinadas, dependendo do dispositivo de
remoção do material retido. As grades devem permitir o escoamento dos esgotos sem produzir
grandes perdas de carga.
A grade escolhida foi a do tipo Média com as dimensões listadas na Tabela 6 abaixo.
A) Área útil
Com o objetivo de determinar a Área útil, faz-se uso da Equação 10 a seguir.
Q máx
AU = Eq. (10)
Vmáx
Au = 0,00104 m2
Onde:
➢ Vazão em (m³/s) (Qmáx);
➢ Velocidade máxima (m/s) (Vmáx).
B) Eficiência da grade
Com o objetivo de determinar a Eficiência da grade, faz-se uso da Equação 11 a seguir.
a
E=( ) x10 Eq. (11)
a+t
E = 67,11 %
Onde:
➢ Espaçamento entre as barras em cm (a);
➢ Espessura da barra em cm (t).
Au
Sgrade = Eq. (12)
E
(100)
Sgrade = 0,0016 m2
Onde:
➢ Área útil em (m²) (AU);
➢ Eficiência (E).
D) Largura da grade
Com o objetivo de determinar a Largura da grade, faz-se uso da Equação 13 a seguir:
Sgrade
Lgrade = Eq. (13)
Hmáx
Lgrade = 0,031 m
Onde:
➢ Seção da grade (Sgrade);
➢ Altura máxima (Hmáx).
A largura adotada será um valor exequível em projeto, desse modo, será o seguir:
Lgrade = 0,30 m
Q máx
V0 = Eq. (14)
Sgrade
V0 = 0,81 m/s
Onde:
➢ Seção da grade (Sgrade);
➢ Vazão máxima (Qmáx).
Lgrade − a
Nb = Eq. (15)
a+t
Nb = 9 barras
Onde:
➢ Largura da grade (Lgrade);
➢ Espaçamento entre as barras em cm (a);
➢ Espessura da barra em cm (t).
N e = Nb + 1 Eq. (16)
Ne = 10 espaçamentos
Onde:
➢ Número de barras (Nb).
(Vmáx2 − V02 )
Hflimpa = [ ] Eq. (17)
(1,4 x 9,81)
Hflimpa = 0,058 m
Onde:
➢ Vazão máxima (Qmáx);
➢ Velocidade no canal da grade (V0).
[2 x (Vmáx2 − V02 ]
Hfsuja = { } Eq. (18)
(1,4 x 9,81)
Hfsuja = 0,16 m
Onde:
➢ Velocidade máxima (Vmáx);
➢ Velocidade no canal da grade (V0).
J) Altura da grade
Com o objetivo de determinar a altura da grade, faz-se uso da Equação 19 a seguir.
Q máx
Aca = Eq. (20)
Vh
Onde:
➢ Vazão máxima (Qmáx);
➢ Velocidade do fluxo horizontal do esgoto (Vh).
Aca = 0,0042 m²
Aca
Lca = Eq. (22)
Hmáx − Z
Lca = 0,10 m
Onde:
➢ Área da caixa de areia (Aca);
➢ Altura máxima (Hmáx).
Vale ressaltar fora adotado L = 0,3 m por ser uma dimensão exequível, o qual facilitará
a limpeza e manutenção do desarenador.
Ladotada = 0,3 m
Q máx
TESca = Eq. (24)
Cca aadotadoxLcaadotada
m3
TESca = 400,00
m2 . d
Onde:
➢ Vazão máxima (Qmáx);
➢ Comprimento da caixa de areia adotado (Cca);
➢ Largura da caixa de areia adotada (Lca).
E) Produção de areia
Com o objetivo de determinar a quantidade de areia gerada, faz-se uso da Equação 25
a seguir:
Va
Ha = [ ] x TL Eq. (26)
(Cca adotado x Lca adotada)
Ha = 0,10 m
Onde:
➢ Quantidade de areia gerada (Va);
➢ Comprimento da caixa de areia adotado (Cca);
➢ Largura da caixa de areia adotada (Lca);
➢ Tempo de limpeza para retirar de areia da caixa (T L)
A) Vazão de Recalque
Para o dimensionamento da Estação Elevatória, adotou-se a vazão máxima como vazão
de recalque, sendo está, 1,25 L/s. Para fins de segurança operacional, adicionou-se 15% sobre
a vazão máxima, dando origem à vazão de projeto de 1,44 L/s.
T x Q Rec
VMín = Eq. (27)
4
Onde:
➢ Volume Mínimo (VMín);
➢ Tempo de Ciclo (T);
➢ Vazão média (QRec).
O volume mínimo para que o intervalo entre duas partidas da bomba seja maior ou igual
a 10 min é de 0,216 m³.
1,5m. De posse destes dados, o volume mínimo do poço de sucção foi determinado por meio
da Equação 28 abaixo:
π ×D²
Vu = ( ) × FO Eq. (28)
4
Vu =0,72 m³
Onde:
➢ Diâmetro (D);
➢ Volume mínimo (Vmín);
➢ Faixa de Operação (FO);
O volume mínimo calculado foi de 0,72 m³, estando desta forma em conformidade com
o volume mínimo requerido e por consequência obedecendo o tempo mínimo de 10min entre
duas partidas consecutivas.
Onde:
➢ Volume efetivo (m³) (Ve);
➢ Vazão média (m³/min) (Qméd);
TDH=29 min
Logo, tal condição foi verificada por meio da divisão entre o Volume Adotado pela
Vazão Média, resultando em um TDH de 29,09 minutos, atendendo a referida norma.
F) Cotas de Projeto
As cotas do referente projeto possuem como referência o nível do terreno, estas cotas
estão diretamente ligadas à cota de chegada da tubulação de esgoto do empreendimento.
Portanto, tais cotas devem ser verificadas in loco juntamente com a equipe responsável pela
obra.
G) Perda de Carga
A Tabela abaixo apresenta as peças hidráulicas presentes na sucção, barrilete e linha de
recalque da EEE, assim como seus respectivos comprimentos equivalentes.
v²
hL = (∑ K) ( ) Eq. (30)
2 ×g
hL = 0,21 m
Onde:
➢ Constante para a perda de carga das peças (K);
L v²
hD = f ( ) ( ) Eq. (31)
Di 2 ×g
hD = 0,05 m
Onde:
➢ Coeficiente de atrito (f);
➢ Comprimento de recalque (L) (m);
➢ Velocidade (v) (m/s);
➢ Diâmetro interno (Di) (m);
➢ Gravidade (g) (m/s²).
H) Potência da bomba
Para o cálculo da potência da bomba, utilizou-se da equação 33 a seguir:
hman × Q rec
P= Eq. (33)
0,65
P= 0,24 Cv ≅ 0,5 Cv
Onde:
➢ Altura manométrica (hman) (m);
Onde:
➢ Demanda Bioquímica de Oxigênio afluente (DBOaf);
➢ Vazão média (Qméd).
S0 Eq. (35)
CODQO = Qméd x ( )
1000
CODQO = 108,00 KgDQO/d
Onde:
➢ Demanda Química de Oxigênio afluente (S0);
➢ Vazão média (Qméd).
• Área
Com o objetivo de determinar a área do UASB, faz-se uso da Equação 38 a seguir:
• Volume
Com o objetivo de determinar o volume do UASB, faz-se uso da equação 39 a seguir:
Eq. (40)
VUASB
TDHUASB = ( )
Q méd
Nmódulos
TDHUASB = 6,94 h
Onde:
➢ Vazão média (Qméd);
➢ Volume do reator (VUASB);
➢ Números de módulos do reator (Nmódulos).
m3
CHV = 3,46
m3 . d
Onde:
➢ Vazão média (Qméd);
➢ Volume do reator (VUASB);
➢ Números de módulos do reator (Nmódulos).
S0 Eq. (42)
COVDQO = CODQO x ( )
1000
COVDQO = 6,22 KgDQO/d
Onde:
➢ Carga orgânica de Demanda Química de Oxigênio do afluente (CODQO);
➢ Demanda Química de Oxigênio afluente (S0).
J) Área de passagem
Com o objetivo de determinar a Área de passagem, faz-se uso da equação 45 a seguir:
K) Velocidades de passagem
L) Velocidades ascensionais
M) Zona de Decantação
Nesta etapa, calculou-se o Área do coletor de gases (Acoletor) com o intuito de determinar
a Área de Decantação (Ad), bem como o Volume de decantação (Vd) que são necessários para
atender os parâmetros de Taxa de Aplicação Superficial - TAS, disposta na norma supracitada.
N) Área de decantação
Com o objetivo de determinar a área de decantação, faz-se uso da Equação 51 a seguir:
• Volume de decantação
Segundo a NBR 12209/2011 a profundidade útil mínima do compartimento de
decantação deve ser de Hzona de decantação = 1,5 m, sendo pelo menos 0,30 m com parede
vertical. As paredes inclinadas do compartimento de decantação devem ter inclinação igual ou
superior a 50°. Com o objetivo de determinar o volume de decantação, faz-se uso da Equação
52 a seguir.
Vd Eq. (54)
TDH = ( )
Qméd
TDH = 1,82 h
Onde:
Vd Eq. (55)
TDH = ( )
Q max
TDH = 1,01 h
Onde:
➢ Vazão máxima (Qmáx);
➢ Volume de decantação (Vd).
Q) Sistema de Distribuição
Esta etapa do dimensionamento consiste na determinação do Número de
Distribuidores (Nd) de esgoto no reator UASB. Em função do tipo de lodo e Carga Orgânica
Volumétrica (COV), é possível determinar a Área de Influência (A i) de cada distribuidor de
esgoto e, a partir desta área, calcular o número de distribuidores necessários no reator.
Desse modo, sabe-se que a concentração do lodo do projeto é de 1020 kgSST/m³, sendo
assim, o lodo em questão é classificado como denso e floculento. Além disso, baseando-se na
COVDBO = 3,11 KgDBO/d, a área de influência de cada distribuidor deve estar entre 2 e 3 m²,
logo, adotou-se Ai = 3 m2 com o objetivo de utilizar o menor número possível de
distribuidores.
Nd = 2 distribuidores
• DQO
• DBO
Com o objetivo de determinar a estimativa de remoção de DBO, faz-se uso da Equação
59 a seguir:
(P x K ) Eq. (63)
KT = [ ]
R x (273 + T)
K T = 2,60 KgDQO/m³
Onde:
➢ Pressão atmosférica (P) = 1 atm;
➢ DQO correspondente a 1 mol de CH4 (K) = 64 g.DQO/mol;
➢ Constante dos gases (R) = 0,08206 atmL/mol°K
➢ Temperatura (T) = 27°C.
Onde:
➢ Carga de metano produzida (DQOCH4);
➢ Fator de correção para temperatura de projeto (KT).
• Produção de biogás
Com o valor de produção de metano, é possível estimar a produção total de biogás no
tratamento secundário. Para o objetivo de determinar a produção de biogás, faz-se uso da
Equação 65 a seguir:
V) Coletor de gás
Conforme mencionado anteriormente, todo biogás gerado no reator anaeróbio deve ser
coletado e encaminhado para sua destinação final. Para dimensionar o sistema de coleta de
gases, deve-se adotar um diâmetro para o coletor que será de DADOTADO = 0,74 m.
• Área
Com o objetivo de determinar a área, faz-se uso da Equação 66 a seguir.
X) Produção de lodo
Em todo tratamento biológico, é produzido lodo e no reator UASB não é diferente, pois
este produz lodo em seu processo de estabilização da matéria orgânica presente no esgoto bruto,
logo, é necessário estimar a geração de lodo com o objetivo de dimensionar corretamente seu
sistema de tratamento.
Eq. (69)
PUASB
QlUASB =[ ]
C %
g UASB x ( UASB )
100
QlUASB = 0,48 m3 /d
Onde:
➢ Produção total de logo gerada no UASB (PUASB);
➢ Densidade do logo no UASB (gUASB);
➢ Concentração esperada para o lodo de descarte (CUASB%).
Onde:
➢ Carga orgânica DBO (KgDBO/d) (CODBO);
➢ Carga orgânica volumétrica (KgDBO/m³d) (Nmódulos);
VFBAS = 14,35 m³
π × D² Eq. (72)
Vútil = ( ) × hFBAS
4
Vútil =15,18 m²
Onde:
➢ Diâmetro adotado (m) (D);
➢ Altura do FBAS (hFBAS).
Onde:
➢ Taxa de aeração (Nm³ar/KgDBOaplicada) (Tar).
➢ Carga orgânica efluente do UASB (KgDBO/d).
Q ar =573,96 Nm³ar/d
Q ar =5.739,57 Nm³ar/d
Q ar =6.313,52 Nm³ar/d
Q ar =4,38 Nm³ar/min
P= 4,43 Kw
P= 6,02 Cv
Fabricante: Ventbras;
Modelo: CV-501;
Vazão máxima de ar: 6,3 m³/min;
Potência: 4,6 CV.
➢ Modelo 02:
Fabricante: Monovácuo;
Modelo: CRM-5;
Vazão máxima de ar: 6,0 m³/min;
Potência: 5,0 CV.
➢ Modelo 03:
Fabricante: Asten;
Modelo: CRC – 2 710 26 TSHE;
Vazão máxima de ar: 6,25 m³/min;
Potência: 4,60 CV.
DBO= 71,59%
DQO= 63,83%
E= 93,36%
A) Área requerida
Para a determinação da área requerida, adotou-se 2 módulos de decantação e uma taxa
de escoamento superficial de 24 m³/m².dia. A área requerida foi dimensionada pela Equação
77 a seguir:
Eq. (77)
Q méd
AReq = ( )
Nm
TES
AReq = 2,5 m²
Onde:
➢ Vazão média (m³/d) (Qméd);
➢ Número de módulos (Nm);
➢ Taxa de Escoamento Superficial (m³/m².d) (TES);
D) Área corrigida
Para a determinação da área corrigida, adotou-se o diâmetro de 2,35 metros. A área
corrigida foi realizada pela Equação 80.
π × D2 Eq. (80)
AC =
4
AC = 4,34 m²
Onde:
➢ Diâmetro Corrigido (m) (D);
Eq. (81)
Q méd
TES= ( )
Nm
AC
TES= 13,83 m³/m².d
D DF Eq. (83)
LS = ( ) - ( )
2 2
LS=0,9 m
Onde:
➢ Diâmetro adotado (m) (D);
➢ Diâmetro de fundo cônico (m) (DF);
VC Eq. (88)
TDHc=
Qméd
Nm
TDHc= 4, 39 h
Onde:
➢ Volume corrigido do decantador (m³) (VC);
➢ Vazão Média (m³/d) (Qméd);
➢ Número de Módulos (Nm);
Onde:
➢ Produção de lodo UASB (KgSS/d) (PLODOUASB);
➢ Produção de lodo FBAS (KgSS/d) (PLODOFBAS);
5.15. Desinfecção
Consiste em extinguir total ou parcialmente as bactérias e os demais organismos
patogênicos presentes no efluente tratado. Desse modo, o processo que será utilizado é o de
cloração, onde o produto químico a base de cloro será adicionada ao efluente tratado, em um
tanque de contato cilíndrico, através de bomba dosadora, o qual atuará diretamente nestes
patogênicos, penetrando em suas células presentes na massa líquida e reagindo com suas
enzimas, destruindo-as. Após a cloração, o efluente final é encaminhado para seu lançamento.
Com isso, o sistema será composto por Tanque de Contato, Bomba dosadora eletromagnética
com vazão de aproximadamente 5 L/d– e reservatório de produto químico de 50 litros.
A) Tanque de Contato
• Diâmetro requerido
Com o objetivo de determinar o diâmetro do tanque, faz-se uso da Equação 92 a seguir:
Eq. (92)
Vútil x 4
Drequerido = √( )
Hxπ
Drequerido = 0,89 m
Dadotado = 1,5 m
Onde:
➢ Volume útil (Vútil);
➢ Altura (H).
• Volume adotado
Com o objetivo de determinar o volume após adotar o diâmetro do tanque, faz-se uso
da Equação 93 a seguir:
Segundo a NBR 12209/2011 qualquer que seja a forma de desinfecção com composto
à base de cloro, com exceção do dióxido de cloro, o TDH deve ser superior ou igual a 30
minutos para vazão média.
Com o objetivo de determinar o TDH para a vazão máxima, faz-se uso da Equação 95
a seguir.
Segundo a NBR 12209/2011 qualquer que seja a forma de desinfecção com composto
à base de cloro, com exceção do dióxido de cloro, o TDH deve ser superior ou igual a 15
minutos para vazão máxima.
B) Demanda de cloro
Com o objetivo de determinar a Demanda de Cloro Ativo (DCA), em kg/dia, faz-se
necessário algumas informações listadas na Tabela 9 a seguir.
Onde:
➢ Densidade (d )(g/L);
➢ Título (τ) (%)
C = 60 g/L
• Volume de efluente tratado
Para a determinação do volume de efluente tratado, considerando uma bombona de 50L
e a concentração de cloro residual de 5 mg/L, utilizou-se da Equação 83 a seguir:
60.000 × 50
VET =
5
VET = 600 m³
Onde:
➢ Tempo de funcionamento (h) (TF);
➢ Volume de Cloro (L/h) (Vcloro).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme exposto ao longo do memorial, o sistema foi projetado para eficiência global
de, aproximadamente, 96% de remoção de DBO e, para garantir tal nível de remoção, é
imprescindível que a equipe de manutenção do Grupo Mateus garanta a adequada operação,
controle e monitoramento da estação.
Com o objetivo de garantir a plena operação do sistema de tratamento durante a falta
de energia elétrica do empreendimento, recomenda-se que a ETE seja interligada ao gerador
do empreendimento.
7. ANEXOS
ANEXO I
ANEXO II